jornal ucdb - edição setembro 2010

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CAMPO GRANDE, SETEMBRO/2010 Informativo mensal - Ano X N o 250 - Campo Grande - MS - Setembro/2010

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Jornal UCDB - Edição Setembro 2010

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Page 1: Jornal UCDB - Edição Setembro 2010

CAMPO GRANDE, SETEMBRO/2010

Informativo mensal - Ano X No 250 - Campo Grande - MS - Setembro/2010

Page 2: Jornal UCDB - Edição Setembro 2010

CAMPO GRANDE, SETEMBRO/201002 e d i t o r i a l JORNAL UCDB

Universidade Católica Dom Bosco

Chanceler: Pe. Lauro Takaki Shinorara

Reitor: Pe. José Marinoni

Pró-Reitor de Administração: Ir. Raffaele Lochi

Pró-Reitor de Pastoral: Pe. Pedro Pereira Borges

Pró-Reitora de Ensino e Desenvolvimento: Conceição Aparecida Butera

Pró-Reitor de Pesquisa e Pós-Graduação: Hemerson Pistori

Pró-Reitora de Extensão e Assuntos Comunitários: Luciane Pinho de Almeida

JORNAL UCDB: elaborado pela Assessoria de Imprensa da Universidade Católica Dom Bosco - UCDB. Periodicidade mensal. E-mail:

[email protected]. Telefones: (67) 3312-3355 e 3312-3359. Fax: (67) 3312-3353. Site: www.ucdb.br. Jornalistas: Jakson Pereira (DRT:

467/MS), Silvia Tada (DRT:33/17/13). Revisão: Edilza Goulart. Diagramação e Capa: Designer - Maria Helena Benites. Tiragem:

15.000 exemplares. Impressão: Gráfica UCDB.

Instituições ou pessoas interessadas em receber esta publicação, entrar em contato pelo e-mail: [email protected].

A Universidade Católica Dom Bosco - UCDB - não se responsabiliza pelos artigos assinados ou de origem definida. Os textos, mesmo

quando não publicados, não serão devolvidos aos autores.

Entidade filiada à ABRUC - Associação Brasileira das Universidades Comunitárias

Hemerson Pistori

Pesquisa fortalecida na UCDB

Hemerson Pistori

Pró-Reitor de Pesquisa e Pós-

Graduação da UCDB

A UCDB acaba de recebermais um importante reconheci-mento por suas contribuiçõesna pesquisa aplicada e no desen-volvimento de novas tecnologi-as, através da aprovação, peloConselho Nacional de Desen-volvimento Científico e Tecno-lógico (CNPq), de nossa inser-ção no Programa Institucionalde Bolsas de Iniciação Tecno-lógica (PIBITI). Assim como ojá consolidado Programa Insti-tucional de Bolsas de IniciaçãoCientífica (PIBIC), o PIBITI éum programa de bolsas paraparticipação de acadêmicos emprojetos de pesquisadores daUCDB, mas que estejam volta-dos para o desenvolvimento tec-nológico. Também tivemos nas

últimas semanas a aprovação derecursos financeiros da Funda-ção de Apoio ao Desenvolvi-mento do Ensino, Ciência eTecnologia do Estado de MatoGrosso do Sul (Fundect), atra-vés do seu Edital Universal, comrecursos para custeio e equipa-mentos, e do Edital de Bolsasde Mestrado. Estes recursos so-mam-se aos que vêm sendo ob-tidos constantemente através daparticipação de nossos pesqui-sadores nos editais de fomentoà pesquisa baseados em critéri-os de qualidade acadêmica. Arecente divulgação, pela primei-ra vez no país, de um edital deR$ 60 milhões da agência Finan-ciadora de Estudos e Projetos(FINEP), voltado exclusiva-mente para a ampliação da in-fraestrutura de pesquisa cientí-fica e tecnológica em institui-ções privadas, juntamente coma crescente abertura dos editaisjá tradicionais para a participa-ção de algumas instituições nãogovernamentais, nos motiva aacreditar que esteja sendo con-solidada uma nova visão de es-tado. Uma visão que entendeque os serviços prestados porinstituições universitárias tanto

na formação de pessoas quantona produção de conhecimentoe tecnologia, são essencialmen-te públicos e, portanto, desdeque prestados de forma séria,competente e comprometidasocialmente, devem ser estrate-gicamente apoiados pelos go-vernos, sejam essas instituiçõesprivadas ou governamentais. Oprincipal critério para direcionaros investimentos de recursospúblicos deve ser sempre aquantidade e a qualidade dosbenefícios que estes investimen-tos trarão para a sociedade. Épor isso, e por tudo o que nos-sa instituição já demonstrou terrealizado, através de suas ativi-dades de ensino, pesquisa e ex-tensão, que estamos convictosde que o governo, seja ele mu-nicipal, estadual ou federal,toma uma decisão acertadaquando investe recursos públi-cos, direta ou indiretamente, naUniversidade Católica DomBosco.

ÍNDICE

11 AGENDA UNIVERSITÁRIAEventos, dicas de sites e livros.

09 TECNOLOGIA

Estudos para a utilização de gases resultantes de biodigestoresde estações de tratamento da empresa Águas Guariroba, con-cessionária de água e esgoto de Campo Grande, em veículosautomotores avançam e a expectativa é de que, em breve, afrota circule com o biogás produzido na própria unidade. A pes-quisa é conduzida por professores dos cursos de EngenhariaMecânica, Engenharia Mecatrônica e Engenharia de Computa-ção da Universidade Católica Dom Bosco (UCDB).

12 VOCAÇÃO

Conheça um pouco mais sobre a vida do

Padre Filippo Rinaldi, “Sacerdote e Reitor

Mor da Sociedade Salesiana de

São João Bosco

10 ARTIGO

FRASE DE DOM BOSCO

“Amem o que

agrada aos

jovens e

os jovens

amarão o que

agrada aos

superiores”.

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FRASE DE DOM BOSCO

03 PESQUISAVisando fomentar o incentivo à produção de conhecimento no campoda tecnologia e processos de inovação, o Conselho Nacional de De-senvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq) criou o Programa Insti-tucional de Bolsas de Iniciação em Desenvolvimento Tecnológico eInovação (PIBITI) e agora contempla a UCDB com cinco bolsas.

04 ENTREVISTAPor 42 anos, o professor Dr.Vicente Fideles de Ávila, dedicou-se à educação. Somente na UCDBforam 17 anos nos Mestrados emEducação e em DesenvolvimentoLocal em Contexto deTerritoralidades.

05 ESPORTEA equipe de futsal da Universidade Católica Dom Bosco con-quistou no início deste mês o bicampeonato do Metropolitano deFutsal. Na decisão, o time comandado pelo técnico Paulo Sérgioderrotou o Colégio ABC na cobrança de pênaltis.

06 CULTURA E ARTEMais de mil pessoas prestigiaram o espetáculo Chico, um certoBuarque de Hollanda, promovido pelo setor de Cultura e arteda Universidade Católica Dom Bosco.

07 QUALIFICAÇÃOA Diretoria Administrativa tem realizado diversos cursos e treinamen-tos visando a qualificação continuada dos colaboradores. Um dostreinamentos foi ministrado por um dos principais palestrantes da áreade liderança do País, Aly Baddauhy Jr.

08 RELATÓRIOA Comissão Própria de Avaliação da Universidade Católica DomBosco divulga a síntese dos resultados evidenciados no processoda Avaliação Institucional 2009 (AI 2009).

Silv

ia T

ada

Page 3: Jornal UCDB - Edição Setembro 2010

CAMPO GRANDE, SETEMBRO/2010 03p e s q u i s aJORNAL UCDB

Projetos de pesquisa nas áreas tecnológica e de inovação são contemplados, pela primeira vez, pelo programa do CNPq

INICIAÇÃO CIENTÍFICA

Católica recebe bolsas do PIBITIALINE ARAÚJO

Visando fomentar o incenti-vo à produção de conheci-mento no campo da tecno-

logia e processos de inovação, oConselho Nacional de Desenvolvi-mento Científico e Tecnológico(CNPq) criou o Programa Institu-cional de Bolsas de Iniciação em De-senvolvimento Tecnológico e Ino-vação (PIBITI) e agora contemplaa Universidade Católica Dom Bos-co (UCDB) com cinco bolsas.

Com o objetivo de produzirconhecimento por meio da pesqui-sa, assim como o Programa Insti-tucional de Bolsas de Iniciação Ci-entífica (PIBIC), já reconhecidopela qualidade da produção de co-nhecimento por meio da pesquisada UCDB, o PIBITI vem para ini-ciar as atividades voltadas para odesenvolvimento tecnológico einovação. “É o reconhecimentoclaro da nossa capacidade no cam-po da pesquisa, tecnologia e ino-vação, área das mais promissorasdo País. A formação de recursoshumanos nesta área é de funda-mental importância, e o fato de aUCDB participar do grupo apoi-ado pelo CNPq deve ser motivode orgulho para todos nós”, ex-plicou o coordenador do PIBIC ePIBITI da Católica, Dr. CristianoMarcelo Espinola Carvalho.

Essa inserção da Católica nocampo da produção de tecnologia einovação vai além do reconhecimen-to científico, pois de acordo com opesquisador, os projetos envolvidosno PIBITI estão focados em apli-car seus resultados em beneficio dasociedade. “O nosso foco principalé realizar pesquisas cujos resultadospossam ser comercializados e utili-

zados em benefício da sociedade”,destacou o professor e pesquisadorda Católica, Edson Antonio Batis-ta, coordenador de um dos cincoprojetos aprovados.

Os alunos selecionados rece-bem apoio financeiro para traba-lhar, porém, a maioria dos proje-tos também conta com a colabo-ração de acadêmicos voluntáriosque entram para a pesquisa paraadquirir conhecimento. É o casodo acadêmico de Engenharia deComputação, Jeandro Dias, querealizava pesquisa, há mais de umano, como voluntário, e que agorafoi contemplado com a bolsa doPIBITI. “Entrei como voluntárioe é satisfatório saber o trabalhosendo reconhecido. Sinto-me re-compensado e feliz em saber quea Universidade está crescendo, nãose limitando apenas ao ensino, mastambém ao crescimento cientificodos acadêmicos”, relatou.

BOLSA

Vantagem para o acadêmico epara o docente, a bolsa motiva os

estudantes e valoriza o trabalho dopesquisador. “Quando um alunotem bolsa, ele tem um incentivo e

se sente valorizado, logo sua pro-dutividade aumenta”, comentou aprofessora e pesquisadora, tambémselecionada, Dra. Francilina Araú-jo Costa. “Para o pesquisador quepretende crescer na carreira acadê-mica, é fundamental ter orientadoum bolsista. Se for de um progra-ma de nível nacional como oCNPq, melhor ainda” complemen-tou o professor Edson.

“A bolsa é um estímulo para oenvolvimento de acadêmicos nasatividades desenvolvidas pelos pes-quisadores voltadas para o desen-volvimento tecnológico e inovação.Os acadêmicos devem ficar aten-tos às possibilidades de sua inser-ção nos diversos projetos de pes-quisa, desenvolvimento tecnológi-co e inovação que podem propor-cionar uma capacitação diferenci-al, desejável no mercado de traba-lho cada vez mais competitivo”,destacou o coordenador do PIBICe PIBITI da Católica.

Acadêmicos dos cursos de Engenharia participam de reunião de um dos projetos que fazem parte do PIBITI

BOLSAS

Projetosaprovados

A iniciação científica da Ca-tólica conta hoje 310 acadêmi-cos pesquisadores, entre bolsis-tas e voluntários do PIBIC eagora também do PIBITI, quecontempla os seguintes projetos:

Projeto: Cultivo in vitro da man-dioca (Manihot esculenta Crantz) eavaliação da eficiência de agen-tes geleificantes alternativos.Coordenador: Francilina Arau-jo Costa

Acadêmico: Juliano FariasMartins Cheverria

Projeto: Desenvolvimento sus-tentável da região Centro-Oestetendo por base a cadeia produti-va do bambu.Coordenador: Marney PascoliCeredaAcadêmico: Vitor Hugo dos San-tos Brito.

Projeto: Estudo Químico eFarmacológico do Caule e da Florde Jacaranda cuspidifolia Mart.(Bignoniaceae).Coordenador: Ana Lucia Alves deArruda

Acadêmico: Tarcila AparecidaSandim

Projeto: BIOVIC - Uso de Vi-são Computacional no Contro-le Microbiano em Processos deProdução de Álcool.Coordenador: Hemerson PistoriAcadêmico: Diogo Soares da Sil-va

Projeto: Hardware para Identi-ficação de Sistemas e ControleEscalar de Motor de InduçãoTrifásicoCoordenador: Edson AntonioBatistaAcadêmico: Jeandro da Costa Dias

Aline Araújo

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CAMPO GRANDE, SETEMBRO/201004 e n t r e v i s t a JORNAL UCDB

42 anos dedicados àEducação

Dos 42 anos de carreira edu-cacional do professor Dr.Vicente Fideles de Ávila, de

70 anos, 17 foram dedicados aos Mes-trados em Educação (criado com ên-fase em formação de professores) e emDesenvolvimento Local em Contextode Territorialidades da UniversidadeCatólica Dom Bosco (UCDB). Traba-lhou com milhares de alunos, desde adireção da catequese na Diocese deGuaxupé (MG) até os referidos Mes-trados. O docente, que se aposentouda UFMS em 1993 e também sedesvinculou da UCDB em julho desteano, sempre se interessou por capaci-

tação de professores que de fato se tor-nem “formadores”, que ao mesmo tempoeducam e ensinam, mas nunca se redu-zem a meros “ensinadores”.

Doutor em Política e Programaçãodo Desenvolvimento pela Universida-de de Paris I/Panthéon- Sorbonne(França, 1980), Bacharel (1963) e Mes-tre (1965) em Teologia pela PontifíciaUniversidade Gregoriana-PUG deRoma (Itália), é licenciado em Filosofiae Pedagogia por duas Faculdades mi-neiras, respectivamente a então Salesi-ana de São Del Rei (1971), quando com-plementou o Curso de Filosofia-de-Se-minário concluído em 1961) e a FAFIG

de Guaxupé (1972). Fideles foi convi-dado a trabalhar na UCDB com inte-gral dedicação à institucionalização dapós-graduação stricto sensu e da pesqui-sa na nascente Universidade. Por isso,sempre atuou intensamente nos doisprogramas, fez parte da equipe queatuou na implantação do PIBIC/UCDB, conduziu a criação das duas pri-meiras revistas de caráter permanenteda Universidade (a Série-Estudos –Revista do Programa de Mestrado emEducação e a Multitemas), empenhou-se pelo surgimento da Editora UCDBe assessorou a progressiva implemen-tação da pós-graduação e pesquisa até

A nova missão do professor Fideles é a manutenção de seu blog

Silvia Tada

JORNAL UCDB: Como foi o início

de sua carreira?

VICENTE FIDELES: Formei-meem Filosofia, Pedagogia (licenciaturas)bacharelado e mestrado em Teologia,estes dois últimos na PUG de Roma, edoutorado em Política e Programaçãodo Desenvolvimento, na Universidadede Paris I/Panthéon-Sorbonne. Fiz es-tágios socioeducacionais na Alemanhae na França. Em setembro de 1965, vol-tei ao Brasil e, no início de 1966, fui de-signado diretor diocesano da catequese.Por seis anos, trabalhamos intensamen-te e em equipe –uma central e trêssetorializadas- e elaboramos programade ensino religioso solicitado pela Se-cretaria Estadual de Educação de MG,em janeiro de 1996, desenvolvemos asérie de folhetos para uso nas escolasprimárias (da época), os editamos atéaproximadamente 50 mil exemplares,porque a demanda por eles foi crescen-do vertiginosamente a ponto de, entre1967 e 1971, já estarmos recebendoencomendas de Dioceses de 19 estadosbrasileiros. Tínhamos a proposta de tra-zer a religião para o cotidiano da vida (enão apenas a de levar a vida para o coti-diano da religião), para que adultos e cri-anças a descobrissem desde ali mesmo,onde e como viviam. Portanto, já nesseperíodo comecei a me definir como pro-fessor interativo, pois me deslocava sem-pre, dialogava muito e com muita gente(crente e descrente), me compeli a es-crever materiais próprios e enfrentamos–sempre eu e as equipes— desafios deprogramação e realização de cursos paramais de três mil professores primários.Mas, convidado cerca de dois dias an-tes, foi em 1º. de agosto de 1968 que oDiretor da Faculdade de Filosofia, Ci-ências e Letras de Guaxupé (FAFIG)me registrou em CTPS e me oficializoucomo docente de Educação Superior,ou “Ensino Superior” para a época. Emabril de 1971, iniciei a tramitação juntoao Vaticano do meu processo de Dis-pensa do Ministério eclesiástico. A Dis-pensa — prefiro considerá-la assim —foi selada maio de 1972.

JORNAL UCDB: Por que o Sr. dei-

xou a vida religiosa?

VICENTE FIDELES: Para ser cor-reto, não deixei a vida religiosa, fui ape-nas oficialmente dispensado do Minis-tério sacerdotal, como dito atrás. Aliás,quero ressaltar que sempre fui e sereigrato à Igreja pela generosa oportuni-dade de boa formação que me propor-cionou. E, para essa Dispensa, a princi-pal razão que me venceu, embora a mui-tos possa não ter convencido, foi a deque, mesmo trabalhando com pastoral

Vicente Fideles de Ávila

catequética (mediante irrestrita dedicaçãoe até bastante sucesso), senti que aindanão atingia muito o meu objetivo, de baseessencialmente humana, de criar reais emelhores perspectivas (sociais, culturais,educacionais, materiais e espirituais, é cla-ro) de vida para as pessoas pobres, exclu-ídas e marginalizadas como as do meiorural de minha infância: eu mesmo só fuialfabetizado aos onze anos de idade, e porminhas irmãs que só tinham -como sedizia- o “terceiro ano primário”. Então,acreditei que pela Educação teria maispossibilidade, e por aí me enveredei, em-bora para sobreviver nessa nova dimen-são de vida tivesse que enfrentar outrasocupações. Mudei-me para Curitiba nofinal de 1972, dei aulas onde consegui eaté trabalhei por três meses na Petrobras.Mas, logo em seguida, outubro de 1973,voltei de corpo e alma à Educação, inter-calando docência com funções técnico-educacionais. Comecei a trabalhar noCentro de Treinamento e Aperfeiçoamen-to de Pessoal do Paraná (CETEPAR),quando programamos e desenvolvemos,no final de 1993 e todo o 1974 (assumin-do a Gerência de Operações desse Cen-tro em maio), um curso de aperfeiçoa-mento para implantação da Lei n. 5692/71 nos 80 maiores municípios do estadopara 18 mil professores.

JORNAL UCDB: E como começou

a experiência universitária?

VICENTE FIDELES: O Reitor daUniversidade Estadual de Ponta Grossa(UEPG) me convidou para ajudar a im-plantar o Planejamento Institucional nessaIES, o que ocorreu de setembro de 1975a fevereiro de 1981. Em setembro de1977, parti para o doutorado em Paris,onde mantive contato com colegas dou-torandos e gente do mundo inteiro (nes-sa época, inclusive ilustres brasileiros láestavam exilados, como Celso Furtado,Paulo Freire, Fernando Henrique Cardo-so e outros). Em seguida, retomei minhasatividades na UEPG, mas logo, em feve-reiro de 1981, fui convidado a trabalharno MEC, em Brasília (DF), assumindo— na Secretaria de Estudos e Articula-ção de Planejamento — a coordenaçãode avaliação e controle, chegando à fun-ção de Secretário Substituto (Adjunto) dePlanejamento da Secretaria Geral do Mi-nistério em 1984. Foram quatro anos deexperiências muito marcantes, porque, emrelação a todo o panorama da Educaçãonacional, o MEC me proporcionou a po-sição de “mirante”.

JORNAL UCDB: Quando o Sr. veio

para Campo Grande?

VICENTE FIDELES: No final demaio de 1985, para trabalhar na Univer-

sidade Federal de Mato Grosso do Sul(UFMS), convidado pelo novo Reitor,professor Jair Soares Madureira. Traba-lhei como técnico e, no início de 1986, fizconcurso e integrei os corpos docentesdos dois primeiros Mestrados da UFMS,justo os em Educação e em Saúde Cole-tiva. Neste último, só lecionei num semes-tre, porque, em 30 de julho de 1993, meaposentei e, já em 1º de setembro, estavacomeçando a luta pelo primeiro Mestra-do (em Educação) da UCDB, como vis-to antes.

JORNAL UCDB: E como foi a vinda

do Sr. para a UCDB?

VICENTE FIDELES: Já tinha conta-to com as então Faculdades Unidas Ca-tólicas de Mato Grosso (FUCMT), poisministrara disciplina em Pós-GraduaçãoLato Sensu. Conhecia o Pe. Afonso deCastro, mas sem muito relacionamentodireto. Um dia, encontramo-nos e ele merevelou que gostaria que eu fosse traba-lhar na faculdade. Retruquei-lhe que o fa-ria com prazer, mas só depois de me apo-sentar, pois tinha Dedicação Exclusiva naUFMS e me faltavam ainda alguns anospara a aposentadoria. Aposentei-me e vimpara o Mestrado em Educação, que ha-via recebido respaldo do ex-Conselho Fe-deral de Educação para ser implantadoem consórcio com duas outras IES (ex-Sesup e ex-Socigran). A professora Dra.Helena Farias de Barros e eu fomos osprimeiros doutores contratados para aUniversidade recém-criada. Mas, semprecontamos com as valiosíssimas parceriasde outros professoras da Unesp, comoas das professoras Josefa, Leny, Clacy, dosprofessores Jayme Wanderley, Chamé, eoutros. A professora Helena é muito bemrelacionada na área educacional e foi seumérito — bem como das mencionadasparcerias — trazer renomados professo-res do Brasil todo para colaboração noMestrado. Depois, foram criados os Mes-trados em Psicologia e em Desenvolvi-mento Local. Tivemos muitos desafios,porque ainda não havia aqui culturavivenciada tanto de Administração Uni-versitária voltada à pesquisa e pós-gradu-ação stricto sensu. Todavia, e pouco a pou-co, não só a direção da UCDB como to-dos os salesianos da MSMT passaram aapoiar a pós-graduação e até a se capaci-tarem pós-graduadamente. Fiquei nomestrado em Educação de 1993 a 2003,desde 1998 também atuando no Mestra-do em Desenvolvimento Local (até pu-bliquei o livro “Educação Escolar e De-senvolvimento Local”) para, de 2004 emdiante, me vincular apenas ao Desenvol-vimento Local. Aliás, eu de fato encon-trei a rota daquele objetivo mencionadona questão “Por que o Sr. deixou a vida

religiosa?”, quando de fato comecei a ar-ticular Educação e Desenvolvimento Lo-cal, da maneira lógica como mostram ostextos disponíveis no blog. Ministrei a dis-ciplina “Filosofia da Mente” duas vezesno curso de Filosofia (graduação), assimcomo o primeiro módulo de metodolo-gia no semestre inicial de funcionamentodo Mestrado em Psicologia. Orientei 39mestrandos.

JORNAL UCDB: Para o Sr., o que é

ser professor?

VICENTE FIDELES: Ser professoré uma questão de cultura e postura. Acultura não é estática, ela avança.Categorizo três tipos de professores. Oantigo é o ensinador. O outro é o ensinador

que educa (o termo educar é um poucocomplicado, porque às vezes é confundi-do com plasmar ou domesticar, dependen-do de como você o entende). O terceiroé o formador que, ao mesmo tempo, ensina e

educa ajudando a se formar o educando, que

aprende a aprender. Isso é feito através tam-bém de postura, e não apenas só de sa-ber. Em nossa história acadêmica (inicia-da à época do império, mas perpassandoo regime de Cátedra e respingando até osdias de hoje) havia –e ainda por vezes há-apenas o professor-ensinador. No entanto,depois que você começa a descobrir omundo, e também as pessoas se conta-minam pelas riquezas de informações,oportunidades de conhecimentos echances de contatos, a Educação se tor-na muito mais que simplesmente ensinar-

e-aprender, e o papel do professor assumedimensões muito maiores, importantes esignificativas. Eu já dizia isso em 1974,naquele Curso de Aperfeiçoamento paraimplantação da Lei n. 569271, a que mereferi anteriormente. Uma coisa é fazer aprática ou mera aplicação de alguma coisajá teorizada (ensinar, por exemplo) e outraé transformar a prática em praxis, isto é,tornar a prática consciente dela mesma, por di-álogo interativo com tudo ou o máximode tudo que esteja em jogo nabilateralidade de cada cenário teórico-aplicativo em questão. É por aí que a Edu-cação passa a exercer sadio, desejável eaté necessário papel transformador.

Jornal UCDB: O Sr. foi homenagea-

do publicamente com um anúncio no

Correio do Estado, na Folha do Povo

e um evento na UCDB. Como rece-

beu esses reconhecimentos?

VICENTE FIDELES: Disse ao pes-soal, que foi até minha casa justo no diado anúncio -13/7-, que a gente investe,corre risco, cria, mas nem sempre esperaretorno alvissareiro. Aliás, várias vezes alu-nos me perguntaram a respeito do emquê consistiria o digno reconhecimento

o final da década de 1990.Foi casado por quase 38 anos com

Marlene, falecida no dia 2 de maio. Épai de Flávia, doutoranda e professorade Direito Internacional e do Trabalho,em Belo Horizonte, e de Elisa, médicaveterinária e mestre em Produção e

de um bom educador. E sempre lhesponderei que a digna recompensa dobom/excelente educador é sempre aperspectiva de homenagem póstuma,pelo que também sempre me taxaramde pessimista. Mas não há nenhum pes-simismo nisso e o motivo é logicamenteóbvio, ou seja, o bom/excelente educa-dor forma/educa sempre em perspec-tiva de sociedade futura, fato que nemsempre a sociedade atual consegue ouquer entender. Então, o bom/excelen-te educador acaba aprendendo a reali-zar investimentos formativo-educacio-nais para dimensões de médio e longoprazos societários, nem sempre colhen-do os louros enquanto vivo. Ora, sepenso assim, imaginem vocês o quantome emocionei com esses 42 anos de tra-balho educacional, ou mais particular-mente os 17 anos de UCDB, concluin-do e ao mesmo tempo culminando comapoteoses como as das homenagens quevenho recebendo, sobretudo por per-ceber o reconhecimento de que tudo oque consegui realizar não mais me per-tence e, sim, às gerações presentes, masformadoras das futuras. Por outra, ofato de essas homenagens demons-trarem e publicarem que o meu es-forço não foi só o de mero ensinador

ou receitador desarma a gente, que se-quer apostava em homenagem pós-tuma. Isso é um reconhecimento quelegitima o trabalho. Recebi e-mails emensagens, na sessão do dia 23 deagosto passado, promovida pela co-ordenação do Mestrado em Desen-volvimento Local. Foram muitas fa-las demasiadamente comoventes paramim, como a da professora Cleonice(lembrando nossa histórica parceriaao longo dos onze anos do Progra-ma), da ex-aluna Danielle (represen-tando os mestrandos e me passandomensagens de que tiraram bons pro-veitos de nossa convivência formal einformal), do professor Josemar (tam-bém representando nossos colegasprofessores e marcando tom de pro-veitosa convivência humana, científi-ca e social), do Pró-Reitor, professorHemerson Pistori (me surpreenden-do com emocionantes alusões) e, porfim, do próprio Reitor, Pe. José Mari-noni, falando sobre nossa profícuaconvivência ao longo dos decorridos17 anos, dos enormes desafios, prin-cipalmente nos primeiros anos deUCDB, e, ainda, publicando mensa-gens de agradecimentos pessoais,como também de toda a UCDB, doChanceler e da própria Mantenedora,a Missão Salesiana de Mato Grosso.Isso gera verdadeira enchente deemotividade e só me resta agradecer.

Gestão de Agronegócios. Também seorgulha da netinha Luísa e de seu pai,o genro Luciano. Agora, dedica-se aoblog www.desenvolvimentolocalvfa.com.br, que já disponibiliza, na ín-tegra, quase quatro dezenas de estu-dos seus (livros, artigos e folhetos).

Page 5: Jornal UCDB - Edição Setembro 2010

CAMPO GRANDE, SETEMBRO/2010 05e s p o r t eJORNAL UCDB

UCDB conquista o Metropolitano deFutsal pelo segundo ano consecutivoA decisão foi contra o Colégio ABC e após empate no tempo normal e na prorrogação, vitória foi definida nos pênaltis

BICAMPEÃ

Fotos: Leandro Abreu

A equipe de futsal da Uni-versidade Católica DomBosco conquistou, no

início deste mês, o bicampeona-to do Metropolitano de Futsal.Na decisão, o time comandadopelo técnico Paulo Sérgio der-rotou o Colégio ABC na co-brança de pênaltis. Esta foi asegunda conquista da Católicana temporada, já que antes ha-via ficado com o título da faseestadual da Copa Morena.

O jogo final foi marcado,além da conquista, pelo aciden-te envolvendo o jogadorHerison, que aos 3 minutos dosegundo tempo, caiu e se cor-tou com uma ferpa que se sol-tou da quadra do ginásio do co-légio Oswaldo Tognini. Apósser atendido, o jogador foi en-caminhado ao hospital e passoupor uma cirurgia para retirarpedaços da ferpa, e a partida foiadiada.

Na retomada d0 jogo, trêsdias depois em outro local, noGinásio Guanandizão, as equi-pes voltaram a jogar com o pla-car empatado por 1 a 1 (golsmarcados antes da paralisação),com gols de Hebersson para aUCDB e Matheus para o ABC.

DECISÃO

O confronto final que con-sagrou a UCDB foi muito equi-librado, acirrado e eletrizante,tendo várias chances para osdois times e fazendo com que ocampeão aparecesse nos peque-nos detalhes e graças a boa atu-ação do goleiro Jefersson.

Ainda no colégio OswaldoTognini, o primeiro a marcar foio ABC, quando logo no inícioda partida o atleta Matheus chu-tou contra o gol da Católica ecom o auxílio de um desvio dadefensa abriu o placar. Depoisdisso, a UCDB equilibrou oconfronto e partiu em busca dogol de empate, conquistado noinício da segunda etapa. Apósboa jogada, Hebersson entrouna área e, com um chute cruza-do, igualou o placar. Seguido dogol aconteceu o acidente com oHerison, fazendo com que oscapitães e técnicos entrassemem um acordo para que a parti-da fosse adiada.

Com o recomeço do con-fronto decisivo no Guanandi-zão, as equipes continuaram de-

LEANDRO ABREU

monstrando disposição e empe-nho. Mas, após muitas chancescriadas e mal aproveitadas porambos os lados, o tempo regu-lamentar acabou empatado por1 a 1, resultando que levou a fi-nal para a disputa de uma pror-rogação de cinco minutos.Como o empate persistiu tam-bém no tempo extra, a partidafoi decida na disputa de pênaltis,onde a UCDB levou a melhor.

Foram cinco cobranças paracada equipe. Nas primeiras sériestodos converteram, mas logo aestrela do goleiro Jefersson da

Católica brilhou, fazendo com quedefendesse uma cobrança do ad-versário, finalizando em 5 a 4 adisputa e consagrando obicampeonato da UCDB no Me-tropolitano de Futsal.

“Neste ano, o nosso timenão parou de treinar. No pri-meiro semestre foi para a CopaMorena e, agora, para o Metro-politano. Mas já estamos pen-sando nos próximos desafios, oEstadual e a Copa dos Campe-ões, que é o campeão da CopaMorena daqui do Estado en-frentando o campeão do Mato

Após disputa acirrada que começou no Oswaldo Tognini e terminou no Guanandizão, jogadores celebram a conquista do Metropolitano 2010

Grosso”, comentou o técnicoPaulo Sérgio.

Os quatro primeiros coloca-dos do Campeonato Metropo-litano de Futsal se classificarampara disputar o Estadual, queacontece neste mês. Neste ano,além dos finalistas (UCDB eABC), também se classificaramo time da Funlec e a equipe doPinheiros.

“As duas equipes tinhamcondições de levar o título,ambas fizeram ótima campanhae chegaram com méritos à final,mas tanto a UCDB quanto o

ABC tiveram várias chances e asdesperdiçaram, acabando que ojogo foi decidido numa felicida-de do goleiro da UCDB, quedefendeu um pênalti”, disse opresidente da Federação deFutsal de Mato Grosso do Sul(FFSMS), Renê Martinez, sobreas campanhas e merecimentosdos finalistas.

O time campeão atuou nadecisão com Tirso, Arthur,Allan, Fausto, Hebersson,Alexandro, Jeferson, Gerson,Herison, Diego, Lineker eThalisson.

Confronto foi marcado pela rivalidade entre as duas equipes, mas no final foi o capitão Tirso da UCDB que levantou o troféu da competição

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CAMPO GRANDE, SETEMBRO/201006 c u l t u r a e a r t e JORNAL UCDB

Evento reúneteatro, dançae músicaMais de mil pessoas prestigiaram o espetáculo

SHOW

KARLA MACHADO

Arquivo UCDB

Paulo Paim e Laiane Paixão representaram a UCDB em Santa Catarina

Com a coreog raf ia “Detodo, íntimo”, a companhia dedança Ararazul, da Universida-de Catól ica Dom Bosco(UCDB), ganhou o 3° lugar nacompetitiva do 28° Festival deDança de Joinville na catego-ria Dança Contemporânea –Duo Avançado, com a apresen-tação dos bailarinos Laiane Pai-xão e Paulo Paim. O grupo foio único selecionado do Estadopara o maior festival do mun-do e teve trabalho reconheci-do pelos jurados.

A dança apresentada foi cria-da no ano passado pelo coreó-grafo e coordenador do ArarazulChico Neller para o “ProjetoDançar”. A coreografia repre-senta uma relação amorosa, fiele íntima.

“A experiência foi muito vá-lida, é para a vida toda, pois pormais que treinemos aqui, parti-cipemos de espetáculos, lá

(Joinville) é outro mundo, bemmaior. Os bailarinos que vãopara o festival têm muita técni-ca, mas a gente se sentiu prepa-rado e fomos mostrar o nossotrabalho e deu certo”, comen-tou a bailarina Laiane Paixãosobre a experiência de partici-par de um festival como o deJoinville.

Os bailarinos puderam parti-cipar de oficinas nas quais tive-ram contato com personalidadesnacionais e internacionais da dan-ça. “Durante as oficinas de dançativemos um contato direto comos profissionais consagrados, ti-ramos dúvidas, conversamos eadquirimos mais conhecimen-tos”, relatou a dançarina.

Paulo Paim, integrante dogrupo Ararazul, relatou que aemoção de ser premiado “é for-te e intensa, pois fomos os úni-cos de Mato Grosso do Sul se-lecionados para participar. Es-tar lá na noite do festival, dan-çando, já é uma vitória, pois es-

távamos entre os seis melhoresdo Brasil. Podemos dizer que onosso trabalho foi reconhecido,que os ensaios frutificaram epudemos mostrar o que a gentefaz da dança aqui no Estado, noArarazul, com o coreógrafoChico Neller, com os bailarinos.Fomos recompensados”.

ARARAZUL

A Companhia de DançaArarazul foi criada há mais de 15anos pela UCDB, sob a coorde-nação do setor de Cultura e Arte.Formada por 16 acadêmicos daInstituição, tem como objetivodifundir a arte da dança regio-nal/contemporânea no meioacadêmico e na sociedade, bus-cando promover por meio dacultura, o desenvolvimento hu-mano, trabalhar a auto-estima, acidadania e a criatividade nomeio acadêmico. Eles se apresen-tam em eventos realizados pelaInstituição e nos principais fes-tivais de dança do Estado.

Ararazul é premiado em Festival de Joinville

Em comemoração ao ani-versário de Campo Gran-de, a Universidade Cató-

lica Dom Bosco (UCDB) juntocom seus grupos de arte — Co-ral UCDB, teatral Senta que oLeão é Manso e a Companhia deDança Ararazul - apresentou, no

Centro de Convenções Arquite-to Rubens Gil de Camillo, o es-petáculo “Chico, um certoBuarque de Hollanda”. O eventofoi prestigiado por mais de milpessoas e contou com o apoio daFundação de Cultura (Fundac).

Durante o espetáculo foraminterpretadas trechos da obra docompositor, escritor e cantor ChicoBuarque de Hollanda, um dos prin-

cipais representantes da culturapopular brasileira. “Achei o eventomaravilhoso, até me emocionei emalgumas canções, pois eu acho lin-do coral e estou impressionada coma organização e a estrutura do es-petáculo”, comentou Maria Dutra,aprovando o evento.

KARLA MACHADO

Ao som de músicas interpretadas pelo Coral UCDB, integrantes do Senta que o Leão é Manso se apresentaram

O Reitor da UCDB, Pe. JoséMarinoni, esteve presente noevento e destacou a cultura comoforma de expressão da educação.“São João Bosco fazia questão deque em todas suas casas tivessemcanto, teatro, esporte e dança,pois a educação tem de envolvero ser todo e a UCDB busca isso,valorizar seus acadêmicos pois,sem eles, esse espetáculo não exis-tiria hoje”.

A Pró-Reitora de Extensão eAssuntos Comunitários, Dra.Luciane Pinho de Almeida, ressal-tou o envolvimento de 75 acadê-micos e ex-acadêmicos no show. “Éuma grande festa e toda equipe estáde parabéns pela emoção que cau-sou ao público”, comentou.

Roberto Figueiredo, coorde-nador do setor de Cultura e Arteda Católica e diretor-presidente daFundac, relatou a importância darealização de um espetáculo comoesse. “É importante para aUCDB, pois demonstra que a

Universidade tem um diferenci-al, que é investir na cultura nãosó com os acadêmicos mas emCampo Grande”.

ESPETÁCULO

A coralista e ex-acadêmica daUCDB Geyse Espinosa ressaltoua importância de o grupo partici-par da apresentação. “Para nós, doCoral, é muito bom ter um públi-co como esse, pois divulga o nos-so trabalho e, ainda mais, é umahonra cantar Chico Buarque. Nãopodemos esquecer da dança e doteatro, que deram uma luz espe-cial para o espetáculo”.

“Todas as minhas expectativasforam alcançadas e ver a casacheia é uma felicidade tremenda,pois demonstramos o trabalhoque vem sendo preparado há doisanos e meio e o público conse-guiu entender o quanto esse tra-balho é importante pra o grupo”,aprovou a maestrina Edna Pal-meira Martinez.Acadêmicos e egressos da Católica foram regidos pela maestrina Edna Palmeira Martinez, em noite de festa

Arquivo UCDB

Divulgação

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CAMPO GRANDE, SETEMBRO/2010

VALORIZAÇÃO

Concurso premia frases emhomenagem aos pais

07q u a l i f i c a ç ã oJORNAL UCDB

Fotos: Leandro Abreu

Católica investe nacapacitação doscolaboradoresTreinamento sobre Liderança foi realizado em três dias na Católica

LIDERANÇA

Colaboradores da Instituição participaram de treinamento organizado pela Diretoria Administrativa

de desenvolvimento de liderança doPaís.

Na abertura do treinamento, oPró-Reitor de Administração, Ir.Raffaele Lochi, destacou a impor-tância da participação dos colabo-radores. “A universidade é o localonde se busca a sabedoria e nós pre-cisamos cada dia fazer uma univer-sidade melhor. Não queremos me-lhorar apenas o aspecto físico, tam-

bém investimos em recursos huma-nos para ter sempre o colaboradorempenhado e preparado para bemconduzir a Instituição”, destacou oPró-Reitor.

Para o diretor administrativo daCatólica, Antonio Alves, o maiorpatrimônio da instituição são as pes-soas que trabalham para melhorá-laa cada dia. “Não conseguiremos terexcelência em atendimento com o

público externo se não tivermos umpúblico interno preparado e satis-feito. Hoje, somente as empresasquem têm os melhores profissionaisse destacam e é por isso que investi-mos em nosso corpo técnico-admi-nistrativo, pois queremos os melho-res profissionais para atuarem noapoio pedagógico da instituição”,disse o diretor.

Em 12 horas de curso, AlyBaddauhy Jr. abordou diversos fato-res relacionados à liderança para fa-zer uma instituição cada vez melhore comentou sobre a importância doatendimento qualificado. “Toda ins-tituição precisa de pessoas motivadaspara que seu desenvolvimento sejaconstante. É preciso refletir sobre aconduta dos colaboradores dentro daInstituição, pois só assim saberemosde que forma nossos clientes estãosendo atendidos”, comentou.

AVALIAÇÃO

Para professora MaineideZanotto Velasques, assessora daPró-Reitoria de Ensino e Avaliação,o evento demonstrou a preocupa-ção da Instituição com os colabora-dores. “Gostei muito de participar eeste treinamento mais uma vez de-monstra o quanto a UCDB está pre-ocupada com a qualidade de seus co-laboradores e trabalha para que cadadia eles se sintam participantes des-te processo de desenvolvimento dauniversidade”, ressaltou a docente.

Da mesma forma pensa a coor-denadora do complexo de Labora-tórios Biossaúde, Regilene Fátima deOliveira. “Vejo de forma positiva ainiciativa da UCDB, pois se o cola-borador tem formação, ele obtém

informações e atualiza conhecimen-to para que possa ajudar a empresae seus colegas”, relatou a colabora-dora que já vê mudanças em seu tra-balho. “Para mim, foi muito válido,pois pude rever muitos pontos po-sitivos e negativos do meu dia-a-dia,também pude entender e compre-ender o verdadeiro papel do líder.Isso está me ajudando a tomar algu-mas decisões certas em momentoscertos. Este treinamento só tende amelhorar ainda mais o meu desem-penho e dos colaboradores com osquais trabalho, tendo uma troca diá-ria de informações e sugestões en-tre as partes”, complementou.

A iniciativa faz parte do traba-lho da Diretoria Administrativa daUCDB que, através da sua equipedo Gestão com Pessoas, realiza des-de o início do ano o projeto InFor-mando, que tem o objetivo de for-mar e informar os representantesdas áreas da universidade em pales-tras e treinamentos e que visa omelhor desempenho dos profissio-nais de cada área.

Pela proposta do InFormando,quinzenalmente, gestores da Católi-ca reúnem-se para encontros de ca-pacitação e formação de liderança.“Além de integrar e discutir assun-tos pertinentes para o desenvolvi-mento de cada área e de cada parti-cipante, capacitamos as pessoas paramelhor gerir o capital humano e osprocessos da Instituição”, enfatizoua coordenadora do Gestão com Pes-soas, Katiuce Piúna Duque.

Desde março deste ano, foramrealizadas nove edições, que abor-daram os temas como salesiani-dade no ambiente corporativo,etiqueta corporativa, primeirossocorros, responsabilidade civilnas instituições salesianas, exce-lência no atendimento, desafiosda liderança, ferramentas de co-municação interna e externa, pro-cessos internos da Instituição eatendimento especial indígena.

“É possível perceber a melhoria,as áreas estão mais integradas e osrepresentantes de área e gestores es-tão buscando seu autodesenvolvi-mento e a unificação da comunica-ção interna na UCDB”, avaliouKatiuce.

A Universidade Católica DomBosco, por meio da Diretoria Administrativa, realizou,

com cerca de 70 representantes deáreas administrativas da Instituiçãoe do Colégio Salesiano Dom Bos-co, um treinamento de liderança mi-nistrado por Aly Baddauhy Jr., umdos principais especialistas da área

JAKSON PEREIRA

A Diretoria Administrativada Universidade Católica DomBosco, através da área de Ges-tão com Pessoas, realizou noúltimo mês o Concurso Cultu-ral do Mês dos Pais, onde oscolaboradores da UCDB pre-encheram um cupom com umafrase criativa sobre a data co-memorativa. Todas as frases fi-caram expostas em um muralno saguão do bloco Adminis-trativo e foram avaliadas poruma comissão formada porprofessores da Instituição.

A frase vencedora foi da co-laboradora da Editora UCDB,Glauciene da Silva Lima Souza.“Escrevi cinco frases e recebicom surpresa o resultado. Fiqueimuito contente com a iniciativada Instituição, pois esta é umaforma de homenagear meu pa-drasto Marcio Garcia Lima, quemerece todas as homenagens domundo”, comentou Glauciane,que perdeu o pai muito cedo, edesde os 15 anos é criada pelopadrasto. Com prêmio, a campeãcom a frase ‘Paciência e auto-

ridade insubstituíveis’, ganhouum fotolivro no formato A4

com 30 fotos.A segunda posição do con-

curso ficou com BeatrizConsolini Rodrigues, colabora-dora da área administrativa e queapresentou a frase ‘Pai: Três le-

tras cujo significado é infini-

to’. “É muito bom participardeste tipo de concurso e estoumuito satisfeita com o resulta-do”, disse Beatriz após recebero prêmio. O terceiro lugar ficoucom a colaboradora da conser-vação, Dorideth Rios Figueiredo,que apresentou a frase ‘Condu-

ta do pai – caminho dos fi-

lhos’, e foi representada na en-trega do prêmio pela chefe de ga-binete da Reitoria, Janete Lara.

A premiação foi entregue emsolenidade realizada na sala daReitoria e entregue pelo Reitor

JAKSON PEREIRA

A entrega dos prêmios foi feita pelo Reitor da UCDB, Pe. José Marinoni

da Católica, Pe. José Marinoni,que durante o parabenizou as co-laboradoras não só pela conquis-ta, mas pela participação no con-curso. Também participaram da

entrega do prêmio, a coordena-dora do Gestão com Pessoas,Katiuce Piúna Duque, e a re-presentante do Marketing,Juliana de Oliveira Escobar.

Jakson Pereira

Aly Baddauhy falou sobre liderança

Aline Araújo Aline Araújo

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CAMPO GRANDE, SETEMBRO/201008 r e l a t ó r i o JORNAL UCDB

Professores Regina Cestari, Maineide Zelotto Velasques e José Moacir, responsáveis pela Avaliação

laboratórios e suportes técnicos nafazenda escola; ampliar a infraestru-tura de apoio nos pólos presenciaisda educação à distância para a pós-graduação; construir o acesso cober-to à biblioteca, ao ginásio, às clíni-cas, ao Bio-saúde, às rampas e ao La-bcom; compatibilização entre ossistemas informatizados internos.

Políticas e Desempenho

da Extensão

Destaques: implantação do Co-mitê de Extensão; ampliação denúmero de convênios, projetos,acadêmicos e públicos atendidos(16.869 atendimentos); engaja-mento de 55 professores; produ-ção de 22 artigos científicos, 25pôsteres, 26 apresentações orais,05 vídeos e 03 dissertações demestrado.Sugestões: ampliar a divulgaçãodas ações da Extensão à comuni-dade acadêmica; fomentar recur-sos para aumentar o número dedocentes envolvidos nas atividadesde extensão.

Políticas e Desempenho da

Pesquisa e da Pós-Graduação

Pesquisa

Destaques: implantação do gru-po de professores pesquisadoresdos cursos de graduação; amplia-ção do número de estudantes (242)na iniciação científica, do valor debolsas e grupos de pesquisa (57).Sugestões: ampliar a divulgaçãoacerca da Pesquisa realizada pelaUCDB; fomentar recursos para in-cluir mais docentes na Pesquisa;estruturar o Núcleo de InovaçãoTecnológica; implantar ambientede trabalho específico para o pro-fessor pesquisador.

Lato-Sensu

e Stricto-Sensu

Destaques: 16 cursos de pós- gra-duação lato-sensu; implantação docurso de doutorado em educação;ampliação de bolsas produtivida-de CNPq aos docentes (8).Sugestões: fomentar a publicaçãodos docentes em veículos qualifi-cados, segundo o Qualis CAPES;ampliar o apoio para a participaçãodos professores em eventos nacio-nais e internacionais.

A Comissão Própria de Avalia-ção (CPA) coordenou o processode Avaliação Institucional 2009 (AI2009), em consonância com seuprojeto 2005-2010, cujo objetivo é“avaliar de forma permanente, sis-temática, participativa e ética, visan-do o aperfeiçoamento das políticasinstitucionais e da qualidade das ati-vidades de ensino, pesquisa, exten-são e gestão da Instituição”. Coma participação dos vários segmen-tos institucionais, a CPA elaborouo relatório compatível com as di-mensões de avaliação propostaspelo Sistema Nacional de Avalia-ção da Educação Superior, encami-nhando-o ao MEC.

Segue a síntese dos resultadosevidenciados no processoavaliativo.

Missão e o PDI

Destaques: reorganização políti-ca e administrativa das pró-reito-rias; criação da Comissão de Tra-balho Docente (COTRAD) e Co-missão de Trabalho Administrati-vo (CTA) para propor os planosde carreira; reestruturação dosprojetos pedagógicos de cursosnas áreas de comunicação social,licenciaturas e saúde; comprome-timento da comunidade acadêmi-ca durante a avaliação institucio-nal externa, tendo em vista orecredenciamento da UCDB.Sugestão: promover atividades devivência da identidade salesianapara evidenciar seu diferencial ins-titucional.

Políticas e Desempenho

do Ensino

Destaques: continuidade do pro-cesso de capacitação docente(NAP e NIS); fortalecimento doprograma Atenção à Saúde Aca-dêmica (ASA) para atendimentosde discentes e docentes; ampliaçãodos cursos de graduação e pós-gra-duação à distância e criação da uni-dade no centro da cidade para oscursos de pós-graduação lato sensu;maior utilização do hospital vete-rinário, da fazenda escola, do com-plexo didático esportivo e clínicas-escola para atividades acadêmicas.Sugestões: ampliar os investimen-tos em equipamentos, instalações,

Responsabilidade Social

Destaques: valorização da forma-ção cidadã como diferencial insti-tucional; atendimento do Núcleo dePrática Jurídica (NUPRAJUR), do5º Juizado Itinerante, do complexodas Clínicas-Escola, dos programaseducacionais (Casa Dom Bosco,Asilo, Gibiteca) à população.Sugestões: promover ações inter-disciplinares e regulares; otimizar osmeios de comunicação para a divul-gação das ações sociais realizadas edos programas de assistência estu-dantil pela comunidade acadêmica.

Comunicação com a

Sociedade

Destaques: acolhida aos calouros;Dia de Campus; jornal institucionalmensal; edição semanal de jornalEnfoco; apresentações culturais e re-ligiosas (coral, grupos de música,dança e teatro, missas semanais e co-memorativas, retiros espirituais); pro-gramas institucionais de rádio e te-levisão; divulgação de palestras, cur-sos e congressos; sistemas de co-municação internos: Sistema de In-formações Integradas ao Acadêmi-co (SIIA), ao docente (SIID), à Co-ordenação de Curso (SIIC); site daUCDB.Sugestões: ampliar a divulgaçãopara os discentes acerca das açõesdesenvolvidas por órgãos institu-cionais, como ASA, SIMA, NAP,Pastoral, Cultura e Arte, Setor deEsporte, Apoio Comunitário;aperfeiçoar a comunicação com osegressos e a sociedade civil.

Políticas de Pessoal e

Condições de Trabalho

Destaques: semana de prevençãocontra acidentes de trabalho

(CIPA); treinamentos para colabo-radores; investimentos em equipa-mentos das salas de aula – cadei-ras ergonômicas, ar-condicionado,quadro branco, data show – quepossibilitam melhor condição detrabalho ao docente e melhor co-modidade ao discente.Sugestões: melhorar a comunica-ção das mudanças nos processosde trabalho e na formulação dasnovas políticas organizacionais esua implantação; implantar novosplanos de carreira docente e ad-ministrativo.

Organização e Gestão

Destaques: melhoria do atendi-mento do restaurante universitá-rio (preço e qualidade); participa-ção dos docentes e representaçãodiscente no Conselho de Curso eNúcleo Docente Estruturante,Conselho Universitário, Comissãode Trabalho Docente, CPA.Sugestões: aperfeiçoar os proce-dimentos para a realização de even-tos; realizar palestras, encontros eworkshops visando à comunicaçãodas políticas institucionais; padro-nizar os mecanismos de divulgaçãodas informações de gestão.

Infra-estrutura e Recursos

de Apoio

Destaques: investimentos emequipamentos e processos deatendimentos nas clínicas-esco-la, fazenda escola, hospital vete-rinário, laboratórios e instalaçõesdas salas de aula; investimentosna biblioteca (aumento do acer-vo: Em 2007: títulos = 120.233;exemplares = 260.547; em 2008:títulos = 122.246; exemplares =268.210; em 2009: títulos =123.848; exemplares = 274.835).Sugestões: fomentar o uso dabiblioteca (constata-se a diminui-ção de empréstimo domiciliar dabiblioteca à comunidade acadê-mica da UCDB e egressos: em2006 = 169.545; em 2007 =154.459; em 2008 = 131.442; em2009 = 114.932); investir em re-cursos de proteção e atualizaçãodo acervo da biblioteca; captarrecursos para transporte, viagenstécnicas e atividades práticas;aperfeiçoar o sistema de comu-nicação interna.

Planejamento e Avaliação

Institucional

Destaques: campanha da avaliaçãoinstitucional promovida pela agên-cia dos cursos de Comunicação;adesão razoável da comunidadeacadêmica; realização de avaliaçõesparciais por áreas de formação.Sugestões: aperfeiçoar o sistemainformatizado para a avaliação ins-titucional; ampliar as ações desensibilização e socialização, visan-do adesão de maior número derespondentes no processo de cole-ta de dados; necessidade de utilizarestrategicamente os resultados daAvaliação (relatórios parciais de cur-sos, programas e setores, relatóriospor área de formação, relatório daCPA) pelos conselhos de cursos egestores para intervir nos projetospedagógicos de curso, no PDI e nosprocessos organizacionais.

Políticas de Atendimento

aos Estudantes

Destaques: oferecimento de2.233 bolsas aos estudantes(PROUNI, bolsa social, ativida-de esportiva, PIBIC, FIES, cola-boradores).Sugestões: divulgar os setores ins-titucionais de apoio ao acadêmico(Atenção à Saúde Acadêmica, Se-tor de Integração Mercado Aca-demia, Setor de Atendimento aoAcadêmico) e as atividades ofere-cidas pelos programas existentes.

Sustentabilidade Financeira

Destaques: reorganização dasáreas de licenciatura, saúde e co-municação social como estraté-gia acadêmico-institucional desustentabilidade dos cursos;modernização tecnológica nassalas de aula.Sugestões: ampliar a gestão par-ticipativa; promover ações que fa-voreçam o aumento no númerode ingressantes nos Cursos degraduação e Pós-Graduação.

A CPA informa que o relató-rio integral pode ser disponibili-zado para consulta. Ao mesmotempo, agradece a participação dacomunidade acadêmica no pro-cesso de avaliação e, desde já,conclama a todos para a continui-dade das ações previstas para2010.

Jakson Pereira

AVALIAR PARA MELHORAR:RELATÓRIO DA AVALIAÇÃOINSTITUCIONAL 2009

Page 9: Jornal UCDB - Edição Setembro 2010

CAMPO GRANDE, SETEMBRO/2010 09t e c n o l o g i aJORNAL UCDB

Estudos para a utilização degases resultantes debiodigestores de estações

de tratamento da empresa ÁguasGuariroba, concessionária de águae esgoto de Campo Grande, emveículos automotores avançam ea expectativa é de que, em breve, afrota circule com o biogás produ-zido na própria unidade. A pesqui-sa é conduzida por professores doscursos de Engenharia Mecânica,Engenharia Mecatrônica e Enge-nharia de Computação da Univer-sidade Católica Dom Bosco(UCDB).

"A Unidade de Purificação deBiogás (UPB) já foi instalada, ostestes iniciais para verificação detodo o sistema concluído e apro-vado. Estamos aguardando o resul-tado do monitoramento dos gasesque está sendo executado, a fim decoletar informações a respeito daqualidade e quantidade do biogásgerado pelos reatores, para depoisiniciarmos a purificação, transfor-mação em GNBio (Gás Natural)",explicou um dos professores res-ponsáveis, Dr. Edson Batista.

Geralmente, o gás provenientede biodigestores é queimado. Como novo sistema, é possível purificaro gás, com sistemas desenvolvidospela UCDB, que passa a se chamarGNBio, que tem maior valor

Pesquisa da UCDB avançana produção de gás naturalProjeto é desenvolvido na empresa Águas Guariroba e em granjas de São Gabriel do Oeste

GNBIO

SILVIA TADA

Na Granja Bedin foram instalados equipamentos para filtrar o produto dos biodigestores, resultando em gás natural limpo, que pode ser utilizado em veículos

calorífico, acima de 96% de pure-za. Esse produto é comprimido,colocado em cilindros e utilizadocomo combustível.

"A UPB tem capacidade depurificar 480 metros cúbicos (m3)de biogás por dia, gerando 240 m3

de gás natural. Na estação de tra-tamento Los Angeles, a capacida-de de produção média é de 2.000m3 de biogás por dia, ou seja,30.000 m3 de GNBio por mês.Com esse volume, a ÁguasGuariroba pretende abastecer afrota de aproximadamente 54 ve-ículos", detalhou o coordenadordo projeto, professor Luiz Fer-

nando Baroni.A implantação de uma produ-

ção em escala industrial propor-cionará várias vantagens. Na áreaambiental, a queima de biogásreduz consideravelmente a emis-são de poluente, podendo inclu-sive ser atestado para a comercia-lização de crédito de carbono,porém, com a presença de enxo-fre. Com o filtro da UCDB, omaterial fica retido nos filtros,melhorando a qualidade do ar. Hátambém o impacto social, já quea retirada do enxofre reduz o odordo ambiente e favorece melhorescondições de trabalho, e o tecno-

lógico, com o desenvolvimentode novas tecnologias na área demecânica, controle e automaçãoe software. O resultado da pes-quisa trará, ainda, impactos eco-nômicos, com a redução de gas-tos com combustíveis e a comer-cialização de crédito de carbono.

SÃO GABRIEL DO OESTE

Em outra frente de pesquisa,a UCDB instalou sistemas de pro-dução de biogás na Granja Bedin,em São Gabriel do Oeste, a 130quilômetros de Campo Grande,em parceria com a CooperativaAgropecuária da cidade

(COASGO), que administra apro-ximadamente 67 granjas. Cadauma delas possui pelo menos umbiodigestor, gerando um total de80.000 m3 de biogás por dia.

"O projeto foi instalado nagranja por um período de 11 me-ses. Neste tempo foram realiza-dos os testes com os equipamen-tos, chegando ao final com umapureza de 98 % de metano, aten-dendo assim ao regulamento téc-nico Agência Nacional do Petró-leo, Gás Natural e Biocombustí-veis (ANP). Este projeto pode serinstalado em qualquer granja, bas-tando para isso à existência depelo menos um biodigestor", dis-seram os pesquisadores.

Até então, o metano produzi-do, em vez de eliminado no meioambiente, era queimado e, assim,produzia-se menos poluentes.Pelo trabalho desenvolvido pelaUCDB, é incluída mais uma eta-pa nesse processo, com novafiltragem que torna o gás maispotente e menos corrosivo paramotores. Os primeiros testes como gás resultante do primeiro fil-tro mostram resultados animado-res. Conforme os coordenadores,o produto apresenta menor quan-tidade de poluentes e podem ge-rar energia suficiente para abas-tecer veículos automotores, comoo gás natural, diminuindo os cus-tos de produção. Sem essa novafiltragem, o gás é considerado"fraco" e provoca redução da vidaútil dos motores.

Uma nova etapa será realizada,com a participação de novos agen-tes - Instituto de Difusão e Desen-volvimento Tecnológico (IT3),COOASGO, APL Cerâmico Ter-ra Cozida do Pantanal, de Rio Ver-de, SENAI, SEBRAE e FIEMS -para instalação de um Núcleo deProdução de GNBio para ser utili-zado em fornos cerâmicos.

São pesquisadores envolvidosos professores Dr. Edson Batis-ta, Esp. Luiz Fernando Baroni,Me. Alexsandro Monteiro Carnei-ro, Dr. Mauro Conti Pereira, Dr.Marco Naka, engenheiro meca-trônico Carlos Vanti e o acadê-mico de Engenharia Mecatrôni-ca Eduardo Bedin.Professor Luiz Fernando Baroni é um dos pesquisadores envolvidos no desenvolvimento da nova tecnologia

Gás metano é queimado

Fotos: Divulgação/Engenharias UCDB

Page 10: Jornal UCDB - Edição Setembro 2010

CAMPO GRANDE, SETEMBRO/201010 a r t i g o JORNAL UCDB

HISTÓRIAMuseu das Culturas

Dom Bosco: um estudodas potencialidades de

desenvolvimento local apartir da educação

básica

Dulcília Silva*

Em 2003, o Museu das Cul-turas Dom Bosco iniciouuma nova etapa de sua his-

tória, quando a Missão Salesianade Mato Grosso e a UniversidadeCatólica Dom Bosco decidiramque a museografia desenhada pe-los padres fundadores do museu,Félix Zavattaro (SDB), ÂngeloVenturelli (SDB) e João Falco nãoconseguia mais dar conta das no-vas propostas colocadas pela mu-seologia contemporânea. O es-paço tornou-se pequeno para sediversificar as atividades desenvol-vidas e atender as necessidades deprofessores e alunos. Sendo assim,as instituições mantenedoras pro-puseram a construção de um novo

A CARTA MAGNA DO REINO

O primeiro discurso com que Jesus apre-senta o Reino de Deus, no Evangelho deMateus, começa com uma palavra que vai

direto à mente e ao coração dos seus ouvintes de então ede todos os tempos: “felizes... felizes... felizes...”, repetidanove vezes. São as chamadas “bem-aventuranças”. Oanúncio do Reino consiste, pois, numa promessa de feli-cidade. Não se trata de um código moral ou de um novodecálogo. Como escrevi, numa carta do início do meumandato, “tudo é unificado na centralidade do Reino;por isso, foi definida como ‘carta magna da proclamaçãodo Reino’. Um Reino no qual a paternidade de Deus nãose caracteriza pelo seu domínio, mas, ao contrário, o seudomínio se qualifica pela paternidade, de modo que, no‘Reino dos céus’, não há escravos, nem servos, mas fi-lhos” (ACG 384). Na mesma carta, eu indicava, porém,que muitas vezes nos esquecemos dessa perspectiva, eaquilo que Jesus diz em seguida pareceria umaradicalização da Lei antiga, impossível de realizar. Entre-tanto, Jesus mostra como seria o mundo e a convivênciahumana se levássemos a sério as suas palavras e colabo-rássemos na construção do seu Reino. No mundo, então,

não só deixariam de existir assassinatos, mas nem se-quer ofensas ou desprezos; nem adultérios nem fur-

tos; e teríamos tanta confiança recíproca que nãohaveria necessidade de qualquer tipo de juramen-to. É “a utopia do Reino”, que ousaria definircomo “o sonho de Jesus”.

Também encontramos no evangelho deLucas o oposto das bem-aventuranças, quealguém definiu como “más-aventuranças” (Lc6,24-26). Não são maldições, pois Jesus quer

a salvação de todos, mas advertências sérias,variantes das mesmas atitudes de fundo: orgu-

lho e autossuficiência. Maria o denunciara noMagnificat: a soberba, o poder, a riqueza (cf. Lc 1,51-

53) impedem a acolhida do Reino como um dom. Je-sus adverte, com a máxima seriedade, sobre a possibili-dade de não se acolher o Reino e, por isso, ficar nastrevas da solidão e do falimento. Alguns se pergunta-rão por que, então, a vida cristã é vista por muitoscomo fonte de obrigações, de observância de nor-mas, de jugo do qual libertar-se. Lembremo-nos dapolêmica suscitada por aquele ônibus inglês que tra-zia um cartaz: “É provável que Deus não exista,mas não te preocupes: goza a vida”. Pareceria ser

necessário colocar Deus de lado para ser felizes. De ondevem essa oposição tão radical às ‘bem-aventuranças’? Aresposta está no Evangelho. Ao analisar as bem-aventuranças, percebemos que os caminhos apresenta-dos por Jesus não são aqueles oferecidos pelo mundo.Basta ler a 1ª. Carta de João: “Tudo o que há mundo – aconcupiscência humana, a cobiça dos olhos e a ostenta-ção da riqueza – não vem do Pai, mas do mundo” (1Jo2,16). E há um convite aos jovens: “Eu vos escrevi, jo-vens, porque sois fortes, e a Palavra de Deus permaneceem vós” (1Jo 2,14b). Isso não significa que se deva des-prezar o mundo e/ou fugir dele. Ao contrário: “Deusamou tanto o mundo, que entregou o seu Filho único”(Jo 3,16). Paulo VI, referindo-se a isso, deixou escrito: “AIgreja deve amar o mundo. O que não significa, porém,ser semelhante a ele, ser mundano. Amar o mundo signi-fica conhecê-lo, estudá-lo, servi-lo”.

Podemos aprofundar ainda mais o significado dasbem-aventuranças. No Novo Testamento, a primeirabem-aventurança não aparece na pregação de Jesus,mas bem antes. Está no encontro de Maria com Isa-bel, que se congratula com Ela dizendo: “Feliz és tuque acreditaste, pois se cumprirá o que te foi prometi-do pelo Senhor” (Lc 1,45). E a última bem-aventurançaevangélica está no encontro de Jesus ressuscitado comTomé: “Felizes aqueles que não viram e acreditaram”(Jo 20,29). É extraordinariamente significativo que asduas bem-aventuranças tenham como conteúdo amesma atitude: a FÉ. Ela permite compreender e aco-lher as outras. Somente do ponto de vista da fé pode-mos compreender que o caminho da nossa verdadeirarealização passa pela cruz e a morte, para chegar à ple-nitude da Ressurreição. Dom Bosco foi particularmen-te sensível ao caráter alegre da vida cristã e, no “JovemInstruído”, chama a atenção dos jovens para o enganousado pelo demônio a fim de afastá-los da prática reli-giosa, fazendo crer que ela é fonte de tristeza, tédio efrustração. Nada mais falso. A vida cristã, enquantoseguimento de Jesus é o único caminho para a verda-deira felicidade. Assim Dom Bosco pregou incansa-velmente e assim foi compreendido pelos seus meni-nos, como Domingos Sávio, que chega a criar o típicolema salesiano: “Nós fazemos consistir a santidade emestar sempre alegres”.

Mensagem do Reitor Mor dos Salesianos para julho de 2010

As bem-aventuranças: eis a revolução permanente do Evangelho, eis

as frases que embaralham todas as certezas, eis as regras

da santidade (Anônimo).

espaço que hoje funciona noParque das Nações Indígenas.

Nesse novo espaço foi possí-vel criar programas específicospara que se cumpram os objeti-vos determinados pela missãonorteadora do museu, entre osquais o estreitamento dos laçosacadêmicos com a universidade,principalmente, com o programade pós-graduação e pesquisa, umavez que, a partir da década de1990, o museu assumiu as carac-terísticas de museu universitário.A primeira ação pública capaz dedar visibilidade ao fato e torná-looficial foi a apresentação da dis-sertação de mestrado da funcio-nária do museu, Profa. RejianePlatero, no Programa de Desen-volvimento Local da Universida-de Católica Dom Bosco, coorde-nado pela Dra. Maria Augusta deCastilho, que foi, inclusive, aorientadora do trabalho.

Rejiane, quando iniciou o cur-so, tinha dúvidas em relação à de-limitação do assunto. Por conhe-cer o trabalho realizado pelo mu-seu na área de educação por meiodo Programa de Didática MusealAplicada, Dra. Maria Augusta su-

geriu que sua orientanda fizesseum estudo das potencialidades dedesenvolvimento local do museua partir da educação básica.

O trabalho da mestranda apon-ta para o reconhecimento da cor-relação entre cultura e desenvol-vimento derivado da percepção deque as atividades culturais não seancoram exclusivamente no valordo patrimônio monumental e nosacervos dos museus tradicionais;ao contrário, aborda também deatividades portadoras de futuro.Para isso, prioriza a educação, pro-pondo introduzir nos currículosescolares saberes relativos à Edu-cação Patrimonial, à cultura e aosmuseus, como estratégia de desen-volvimento social e econômicodos municípios.

O trabalho parte de um exem-plo complexo: a situação do Mu-seu das Culturas Dom Bosco emrelação a questões que envolvemo sentimento de pertença da po-pulação de Campo Grande, situ-ação criada pela divisão políticado estado de Mato Grosso. Ha-bitantes da cidade, quando visi-tam o espaço expográfico perma-nente, questionam o fato de as

etnias de Mato Grosso do Sulpossuírem um acervo muito pe-queno em relação às demaisetnias. É difícil explicar que osmissionários salesianos foramconvidados pelo governo paratrabalharem, a princípio, com osBororos e depois prosseguiramseu trabalho com outras etnias es-palhadas por todo o norte deMato Grosso, Goiás e Amazonas.Quando aconteceu a divisão doestado, a Missão Salesiana e oMuseu Dom Bosco ficaram dolado de Mato Grosso do Sul, comacervo característico dos povosdo norte, do então denominadoMato Grosso, dos Karajá e dosPovos do Rio Uaupés.

Assim, a comunidade sul-matogrossense, apesar de sermulticultural, posto que aqui con-vivem povos do sul, sudeste, cen-tro-oeste, não conseguem sentiro museu como patrimônio seu,mesmo que esteja situado no Par-que das Nações Indígenas e que,no acervo de Arqueologia, en-contrem-se vestígios e índicesfortes de seu pretérito. Isso fezcom que o museu desenvolvesseatividades que atingissem jovens

e crianças por meio da EducaçãoPatrimonial, via Museu das Cul-turas Dom Bosco, pois acreditaque só assim pode fazer com queesta comunidade viva o museucom pertencimento.

Essa dissertação, portanto, é degrande valia, não só para o museue para Campo Grande, mas tam-bém para a sociedade brasileira quevive situação semelhante em rela-ção a seu patrimônio cultural e suaidentidade. O museu agradece eparabeniza à Rejiane, ao Desenvol-vimento Local, na pessoa da Dra. Maria Augusta e aos componen-tes da banca, à diretora do museu,Dra. Aivone Carvalho, que deucondições para que a Rejiane reali-zasse seu trabalho e espera que esseseja um de uma série de outros tra-balhos que tenham o museu comoobjeto de estudo, única forma dedar visibilidade às importantes pes-quisas realizadas na UCDB e insti-tuições anexas.

* Coordenadora do Departa-

mento de Documentação e

Difusão Cultural do Museu

Dom Bosco.

Page 11: Jornal UCDB - Edição Setembro 2010

CAMPO GRANDE, SETEMBRO/2010 11a g e n d aJORNAL UCDB

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Nádia Heusi SilveiraEditora da Tellus

VII SEMINÁRIODE EXTENSÃO - A

FORMAÇÃOPROFISSIONAL EO EXERCÍCIO DA

CIDADANIA

EVENTOSDe 27 a 29 de setembro, será realizado naUCDB o VII Seminário de Extensão, quetem como tema A Formação Profissional eo Exercício da Cidadania. O objetivo doevento, realizado pela Pró-Reitoria deExtensão e Assuntos Comunitários, édiscutir e refletir sobre a extensão naInstituição, abordando a formaçãoacadêmica e a educação para exercício dacidadania, democratizando o conhecimentocientífico, presente no ensino, na pesquisa ena extensão. As inscrições estão abertas de18 a 22 de setembro. Mais informações pelotelefone (67) 3312-3574 ou e-mailprojetoscomunitá[email protected].

IV SEMINÁRIOINTERNACIONAL:FRONTEIRASÉTNICO-CULTURAISE FRONTEIRAS DAEXCLUSÃO

Com o objetivo de promover a reflexãoe o diálogo entre pesquisadores e

representantes de movimentos sociaisde diferentes estados do Brasil e de

outros países sobre a escola,identidades e diferenças culturais, a

UCDB realiza, de 20 a 23 de setembro,o IV Seminário Internacional:Fronteiras Étnico-Culturais eFronteiras da Exclusão. Mais

informações pelo telefone (67) 3312-3593 ou e-mail [email protected]

CONGRESSONACIONAL DE

FISIOTERAPIA NASAÚDE COLETIVA

Acadêmicos e profissionais deFisioterapia podem participar do"XX Fórum de Ensino emFisioterapia II - CongressoNacional de Fisioterapia na SaúdeColetiva", que acontece em BeloHorizonte (MG), entre os dias 15 e18 de setembro. O tema discutidono evento será "A política nacionalde saúde funcional: um caminho aser construído nas Instituições desaúde e de formação". Naprogramação do evento estãoconferências, oficinas, painéis,encontros e apresentações detrabalhos.

IV ENCONTROESTADUAL DEHISTÓRIA

Com o tema "Patrimônio Histórico,Memória e Ensino", será realizado, nocampus da Universidade Estadual doMaranhão, de 27 a 30 de setembro, o

IV Encontro Estadual de História. Seráo momento para a comunidade

acadêmica trocar experiências quanto àpesquisa e ao ensino de história e

discutir problemas que envolvem aspráticas de trabalho. As inscrições

podem ser feitas até o dia 26. Maisinformações: http://

anpuhma.cliovirtual.com.br/index.php

IV CONGRESSOINTERNACIONALEM CIÊNCIAS DA

RELIGIÃO E XISEMANA DE

ESTUDOS DARELIGIÃO

De 27 a 29 de setembro, em Goiânia,será realizado o IV CongressoInternacional em Ciências da Religião ea XI Semana de Estudos da Religião,com o tema "Religião, transformaçõesculturais e globalização". Segundo osorganizadores, o objetivo será discutirsobre os desafios e as contribuiçõesque o fenômeno religioso e suasinterfaces culturais aportam para ocampo das Ciências da Religião. Osconvidados são estudiosos epesquisadores em Ciências da Religião,da Teologia, da Antropologia e daSociologia Religiosa e demais áreasafins. Mais informações:www.pucgoias.edu.br

X SEMINÁRIOINTERNACIONAL EMLETRAS -LINGUAGENS:INTERFACES EDESLOCAMENTOS

Para propiciar a atualização dosestudos literários, linguísticos e deaquisição de línguas estrangeiras a

partir da temática enfocada, promoverintercâmbio acadêmico a partir da

contribuição de pesquisadores eprofessores de várias instituições e

socializar a troca de conhecimentos,estimulando a participação e a

reflexão da comunidade acadêmica,será realizado de 21 a 24 de setembro

o X Seminário Internacional emLetras do Centro Universitário

Franciscano (Unifra), em Santa Maria(RS). Informações e inscrições:

www.unifra.br/eventos/inletras2010.MEGA EVENTO

NUTRIÇÃO 2010O Mega Evento Nutrição 2010 será realizado de 30 desetembro a 2 de outubro, no Centro de Convenções eEventos Frei Caneca, em São Paulo (SP). Contando,desde o ano 2000, com o apoio e a presença deimportantes entidades internacionais, o Mega EventoNutrição trata de temas como nutrição clínica,esportiva, hospitalar, geral, saúde pública, alimentosfuncionais, food service, gastronomia e aspectosalimentares/culturais. Mais informações:www.nutricaoempauta.com.br

V SULCOMP -CONGRESSO SULBRASILEIRO DECOMPUTAÇÃO

O SulComp 2010 é um evento promovido pelo Curso de Ciência da Computação daUniversidade do Extremo Sul Catarinense (UNESC), de Criciúma (SC), com apoio

da Sociedade Brasileira de Computação - SBC. O evento tem como objetivospromover a colaboração acadêmica entre as diferentes universidades, buscar a

disseminação do conhecimento e experiências relacionadas às diversas áreascomputacionais, além de permitir a integração da comunidade sul catarinense de

pesquisadores, profissionais, alunos e empresas que atuam na área. A quinta ediçãodo Congresso Sul Brasileiro de Computação será realizada de 29 de setembro a 1º.

de outubro, com várias atividades. como palestras, sessão oral, sessão pôster e IVWorkshop de Trabalhos Acadêmicos. Mais informações: http://www.unesc.net/

post/213/11/9599

II SEMINÁRIOINTERNACIONAL

EM FAMÍLIACONTEMPORÂNEA:

NATUREZA ECULTURA

O II Seminário Internacional em FamíliaContemporânea: Natureza e Cultura é uma iniciativado Programa de Pós-Graduação em Família naSociedade Contemporânea da Universidade Católicado Salvador (UCSal) e visa reunir pesquisadores paraenfrentar os desafios da teorização, da compreensãoe da experiência empírica com pesquisa acerca doobjeto família. Participam pesquisadores daUniversidade Católica de Milão, da Universidade deBolonha, das universidades federais de MinasGerais, Bahia, Sergipe, Pernambuco e SantaCatarina. O evento acontece de 20 a 22 de setembro.Mais informações: http://www.ucsal.br/

III SIMPÓSIOINTERNACIONAL DETEOLOGIA ECIÊNCIAS DARELIGIÃO DAUNICAP

"Religiosidades populares e multiculturalismo:intolerâncias, diálogos, interpretações" é o tema

do III Simpósio Internacional de Teologia eCiências da Religião da Universidade Católica dePernambuco (Unicap), que acontece em Recife.

No evento, devem se reunir teólogos e cientistasda religião que trabalham a problemática do

diálogo entre culturas e religiões para discutir oconceito de religiosidade popular e suas

expressões culturais na complexidade do mundoglobalizado. Mais informações: http://

www.unicap.br/simposio_teologia/ odia.terra.com.br

criancaevang.blogspot.com

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Page 12: Jornal UCDB - Edição Setembro 2010

CAMPO GRANDE, SETEMBRO/2010p e r s o n a l i d a d e s a l e s i a n a12 JORNAL UCDB

28/05/1856 05/12/1931

“Sacerdote e Reitor Mor da Sociedade Salesiana de São João Bosco”

Padre Filippo RinaldiPadre Filippo Rinaldi foi o terceiro sucessor de São João Bosco e impulsionou a congregação salesiana

Filippo Rinaldi nasceu em Lu-Monferrato (Alessandria), naItália, no dia 28 de maio de

1856, oitavo de nove filhos, e foibatizado no mesmo dia, com onome de Pedro Filippo. Os pais,Cristoforo Rinaldi e AntoniaBrezzi, eram camponeses próspe-ros. A família vivia fortes e pro-fundas tradições cristãs, de modoque mais de vinte de seus membrosse tornaram sacerdotes diocesanos,religiosos e religiosas.

Nesse ambiente cristão rural,Filippo recebeu a primeira educa-ção à qual foi coerente por toda avida. Sua mãe exerceu uma influ-ência particular sobre ele. Após fre-quentar em escola privada o primá-rio, entrou, no ano de 1866, nocolégio da cidade vizinha deMirabello, onde Dom Bosco haviaaberto a sua primeira obra fora deTurim. Ali, Filippo teve a possibili-dade de encontrar-se por duas ve-zes com Dom Bosco, uma no mêsde novembro de 1866 e outra, nodia 9 de julho de 1867, ocasião emque se confessou com ele. Mais tar-de, relatou que, na confissão, viu,“improvisamente, o rosto do san-to refulgir de luz arcana”. Isso ex-plica o fascínio que Dom Boscodevia exercer sobre ele, embora, nofim do primeiro ano de colégio(1866-1967), Filippo tenha voltadopara casa.

Por uma dezena de anos,Filippo retomou o trabalho noscampos com os seus familiares, le-vando uma vida religiosa exemplar.Com 18 anos, foi eleito Prior daFraternidade de São Brás. Em 1876,encontrou-se de novo com DomBosco, que não o havia perdido devista e lhe pedia uma resposta. Nocolóquio, percebeu outra vez o fatoque já havia contemplado emMirabello. “... Eis que se lhe ilumi-nou de novo o rosto, em seguidairradiou da sua pessoa uma luz for-te, mais forte do que a luz do sol,de modo que, passados alguns ins-tantes, foi voltando ao seu aspectonormal”. Filippo já estava segurode sua vocação. “Após saudar final-mente os parentes, voltava as cos-tas àquele mundo que havia rou-bado os mais belos anos da minhavida”. Em 1877, deixou sua cidadee entrou no colégio deSampierdarena, com a firme inten-ção de se tornar salesiano. Tinhavinte anos, mas superou logo asdificuldades escolares. Passou paraa segunda classe ginasial e termi-nou a terceira com sucesso. Emseguida, apresentou-se para as pro-vas das Escolas Estatais e conse-guiu a habilitação de professor.

No dia 8 de setembro de 1879,entrou no noviciado de San Benig-no Canavese (Turim) e, no dia 20de outubro, o próprio Dom Boscoentregou-lhe a vestidura clerical jun-tamente com outros cinquenta no-viços. No dia 13 de outubro de1880, Filippo fez a profissão per-pétua. Pode-se dizer que, a partirdaquele momento, ele passou a es-tar sob orientação direta de DomBosco, que traçou os próximospassos que deveria dar em sua vida.Dada a maturidade da sua forma-

consagrada no mundo”, que con-tinua hoje no Instituto Secular das“Voluntárias de Dom Bosco”.

Percebeu a importância dos lei-gos na vida da Igreja e promoveupor isso as Associações dos Salesi-anos Cooperadores (quase umaterceira Ordem Salesiana), dos Ex-Alunos dos Salesianos e das Filhasde Maria Auxiliadora. Em 1911,por ocasião do Congresso Inter-nacional, com a participação de re-presentantes de vinte nações, deuinício a uma “Federação”, de cará-ter mundial, que foi a primeira nomundo entre os ex-alunos de to-das as escolas católicas.

Para os Irmãos e as Filhas deMaria Auxiliadora, foi “mestre desalesianidade”, dando, por váriosanos, aulas teóricas e práticas depedagogia salesiana aos estudantesde teologia.

No dia 4 de abril de 1922, elei-to Reitor Mor da Sociedade Salesi-ana, deu um extraordinário impul-so a toda a vida da Congregação.“Ocupou-se com um ardor extra-ordinário com a formação pesso-al, à qual incrementou com suas cir-culares, com suas visitas, conferên-cias e, especialmente, com reuni-ões frequentes de inspetores, mes-tres de noviços e diretores de casasde formação”. O incremento dadoàs vocações foi extraordinário: dequatro mil, os salesianos passarama oito mil, e as casas, de 400 para650. Apesar dos problemas de saú-de, fez muitas viagens, conquistan-do a todos com o coração mais doque com o dinamismo da ação.

O acontecimento mais impor-tante durante o seu reitorado foi aBeatificação de Dom Bosco, em1929, que lhe proporcionou a oca-sião de fazer reviver o carisma dofundador na sua originalidade.

Ao mesmo tempo, agravaram-se-lhe as condições de sua saúde.Sobretudo o aumento dos distúr-bios cardíacos levou-o a pensar emrenunciar ao seu cargo. Contudo,continuou até a última hora rece-bendo os irmãos, escrevendo algu-mas de suas mais bonitas circula-res e fazendo conferências. O seuprestígio moral só aumentou nes-ses últimos anos de sua vida.

Morreu no dia 5 de dezembrode 1931, como ele mesmo o haviaprevisto. Sua tumba se encontra naBasílica de Nossa Senhora Auxili-adora, em Turim.

No dia 29 de abril de 1990,Filippo Rinaldi foi beatificado porJoão Paulo II.

Texto traduzido do livro de: Resch,Andreas: I Beati di Giovanni

Paolo II. Volume II: 1986-1990.

- Vaticano: Libreria EditriceVaticana, 2002, 318 p., ISBN 88-209-7340-5

Tradução: Pe. Pedro Pereira Bor-ges /Pró-Reitor de Pastoral daUCDB

1 Termo canônico usado para indi-car que uma obra foi aprovada pelaIgreja ou por uma Congregaçãopara funcionar em determinado lo-cal.

ção, Dom Bosco fez com que ace-lerasse os estudos. Recebeu, em bre-ves intervalos, as Ordens e, no dia23 de dezembro de 1882, foi orde-nado sacerdote em Ivrea.

Dom Bosco, que já havia perce-bido as suas virtudes e as suas capa-cidades apostólicas em apenas umano de sacerdócio, nomeou-o, em1883, diretor dos “Filhos de Maria”,isto é, das vocações adultas, emMathi Torinese. Padre Rinaldi sou-be criar entre aqueles jovens o espí-rito de uma verdadeira e alegre fa-mília. De Mathi, passou, com o mes-mo cargo, para São João Evangelista,em Turim, e ali gozou do privilégio,por cinco anos, de ir semanalmenteconfessar-se com Dom Bosco, re-cebendo dele provas de íntima con-fiança espiritual. Foram anos de pre-cioso amadurecimento sacerdotal esalesiano.

Em 1889, o Padre Rua, que su-cedeu ao fundador da CongregaçãoSalesiana, mandou-o de maneirainesperada para a Espanha, comodiretor da Casa de Sarriá, nas cerca-nias de Barcelona. Padre Rinaldinunca aprendeu perfeitamente a lín-gua espanhola, mas “amou a Espa-nha como se lá tivesse nascido” epor isso ganhou a simpatia de to-

dos. Com a ajuda da insignecooperadora Dorotea Chopitea Ser-ra, fez de Sarriá a casa-mãe das obrassalesianas da Espanha e de Portu-gal. Dali, a Congregação se espalhoupor toda a península, também como auxílio das filhas de Maria Auxili-adora, levadas por Filippo para alémdos Pirineus.

A Inspetoria Salesiana espanho-la foi ereta1 em 1892, e PadreRinaldi foi seu primeiro titular epropulsor, por quase um decênio.Em nove anos abriu vinte e umacasas, de tal forma que se pode di-zer que o Padre Rinaldi foi o “Fun-dador” da obra salesiana na Espa-nha. Para medir o trabalho do Pa-dre Rinaldi na Espanha, basta pen-sar que, logo após a sua partida, aobra salesiana foi dividida em trêsinspetorias.

Em 1901, Padre Rua pediu-lheque estivesse ao seu lado na quali-dade de Prefeito (= Vice) Geral daCongregação, em Turim. Habitua-do a uma vida de contínuo movi-mento, Padre Rinadi teve que mu-dar completamente seu modo deagir no novo encargo, mas, por vir-tude da obediência, e por tempera-mento, adaptou-se ao novo teor devida, não se deixando fechar com-

pletamente por trás da mesa do es-critório.

Na verdade, sua alma sacerdo-tal o levou a outras obras e ativida-des que dão uma dimensão do seuzelo. Toda manhã celebrava a San-ta Missa às 4h30min e depois deum par de horas sentava-se no con-fessionário, sempre muito frequen-tado. O número dos penitentescresceu com o passar dos anos. Nãofoi um orador no sentido clássico,mas fez muitas pregações, com pa-lavra inspirada, ao Oratório femi-nino, às Irmãs, aos Irmãos. Em1907, tornou-se diretor do OratórioFeminino das Filhas de Maria Au-xiliadora, em Valdocco (Turim), aolado da Casa Mãe dos Salesianos.Como diretor, Padre Rinaldi cele-brava a missa dominical e fazia afunção vespertina, pregava, confes-sava, acolhia a Associação. Ele nãotirava a autoridade das Irmãs e dasdirigentes leigas, mas na realidadeestava presente em tudo. Era o bompai que em tudo mostrava a pre-sença de Dom Bosco no meio dosjovens.

O clima espiritual criado por eleentre os jovens fez com que criassee levasse gradualmente adiante oprojeto de uma nova forma de “vida