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CAMPO GRANDE, NOVEMBRO/2010 Informativo mensal - Ano X N o 252 - Campo Grande - MS - Novembro/2010

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Informativo mensal - Ano X No 252 - Campo Grande - MS - Novembro/2010

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Page 1: Jornal UCDB Online

CAMPO GRANDE, NOVEMBRO/2010

Informativo mensal - Ano X No 252 - Campo Grande - MS - Novembro/2010

Page 2: Jornal UCDB Online

CAMPO GRANDE, NOVEMBRO/201002 e d i t o r i a l JORNAL UCDB

ÍNDICE

03 PROCESSO SELETIVOA Universidade Católica Dom Bosco, melhor universidade parti-cular de Mato Grosso do Sul, conforme dados do Ministério daEducação, está com inscrições abertas para o Processo Seletivo2011 – Vestibular de Verão, que oferece 5.160 vagas paracursos presenciais e a distância.

04 ENTREVISTA

Desde 2009, o engenheiro civilJary de Carvalho e Castro está àfrente do Conselho Regional de En-genharia, Arquitetura e Agronomiade Mato Grosso do Sul (Crea-MS).Em entrevista ao Jornal UCDB, opresidente do Crea-MS fala so-bre a criação do novo curso de En-genharia Civil pela UCDB, sobrequalificação profissional, normasde acessibilidade e sobre o forta-lecimento da classe.

11 AGENDA UNIVERSITÁRIAEventos, dicas de sites e livros.

05 PROMOVE-ENGENHARO projeto Promove-Engenhar, da Universidade Católica Dom Bosco(UCDB), em parceria com a Secretaria de Estado de Educação (SED),realizou na Feira Central de Campo Grande, no dia 30 de outubro, oCampeonato de Robótica, que envolveu seis equipes formadas poralunos de cinco escolas da rede estadual de ensino.

06 e 07 PUBLICAÇÃOA UCDB lança, neste mês, o Relatório Social 2009, com informa-ções sobre atividades desenvolvidas em todas as áreas da Insti-tuição: ensino, pesquisa e extensão, administração e trabalhospastorais. É a primeira vez que a Católica lança esse tipo depublicação, que retrata de forma ilustrada e por meio de núme-ros o trabalho dos colaboradores, docentes e acadêmicos.

08 ERRATA

09 GRADUAÇÃO

12 VOCAÇÃO

Conheça um pouco mais sobre a vida do

Padre Ricardo Ziggiotti.

Universidade Católica Dom Bosco

Chanceler: Pe. Lauro Takaki Shinorara

Reitor: Pe. José Marinoni

Pró-Reitor de Administração: Ir. Raffaele Lochi

Pró-Reitor de Pastoral: Pe. Pedro Pereira Borges

Pró-Reitora de Ensino e Desenvolvimento: Conceição Aparecida Butera

Pró-Reitor de Pesquisa e Pós-Graduação: Hemerson Pistori

Pró-Reitora de Extensão e Assuntos Comunitários: Luciane Pinho de Almeida

JORNAL UCDB: elaborado pela Assessoria de Imprensa da Universidade Católica Dom Bosco - UCDB. Periodicidade mensal. E-mail:

[email protected]. Telefones: (67) 3312-3355 e 3312-3359. Fax: (67) 3312-3353. Site: www.ucdb.br. Jornalistas: Jakson Pereira (DRT:

467/MS), Silvia Tada (DRT:33/17/13). Revisão: Edilza Goulart. Diagramação: Designer - Maria Helena Benites. Tiragem: 15.000

exemplares. Impressão: Gráfica UCDB.

Instituições ou pessoas interessadas em receber esta publicação, entrar em contato pelo e-mail: [email protected].

A Universidade Católica Dom Bosco - UCDB - não se responsabiliza pelos artigos assinados ou de origem definida. Os textos, mesmo

quando não publicados, não serão devolvidos aos autores.

Entidade filiada à ABRUC - Associação Brasileira das Universidades Comunitárias

10 ESPORTE/SAÚDE

Luciane Pinho de Almeida

UCDB: Uma Universidade

com compromisso Social

Luciane Pinho de Almeida

Pró-Reitora de Extensão e

Assuntos Comunitários da UCDB

Divulgação

Nos meses de setembro e outubro, os acadêmicos dos cursos delicenciatura da Universidade Católica Dom Bosco (UCDB) reali-zaram seminários de temáticas diferenciadas, com o objetivo deexpandir os conhecimentos adquiridos em sala de aula.

Em novembro, o JornalUCDB traz a publicação da pri-meira edição do Relatório Socialque registra os resultados das ati-vidades que a Universidade Ca-tólica Dom Bosco desenvolveuao longo de 2009. A cada ano, aInstituição lançará nova edição dorelatório.

É importante ressaltar quecomo universidade salesiana, ca-tólica e comunitária, a UCDB,com 17 anos de existência com-pletados em outubro passado, ex-pressa na qualidade do ensino,pesquisa e extensão o seu com-promisso social nos desafios quese apresentam na contemporanei-dade e na formação integral deprofissionais qualificados comvisão humanística e que não ig-noram as profundas desigualda-des sociais que perpassam o nos-so país.

Este Relatório Social tem opapel de registrar, apresentar edivulgar as atividades que expres-sam esse compromisso da UCDBcom a sociedade que se faz sem-pre numa relação dialógica, mastambém demonstrar sua qualida-de no ensino, na pesquisa e naextensão, provocando-nos a refle-

tir que o conceito de EDUCA-ÇÃO não deve se ater somenteao ensino de sala de aula, mas quea qualidade aplicada em sala devepropor diálogo constante com asmais diversificadas instâncias dasociedade em que vivemos.

A Universidade Católica DomBosco tem o compromisso coma reflexão de nosso tempo e prin-cipalmente com a formação deprofissionais cidadãos que olhemas demandas societárias que seapresentam na realidade atual deforma crítica e que contribuamcom a construção de um mundomais justo e humano para todos.

Neste sentido, oportunizam-se aos estudantes desde progra-mas de acesso e permanência naUniversidade como também aparticipação em práticas culturaise desportivas. Essas atividadesajudam a desenvolver habilidades,além de oferecer possibilidade dediálogo permanente com a diver-sidade nas comunidades em quea universidade atua, a vivência empesquisa e extensão e a convivên-cia em espaços educacionais detroca de experiências.

Somos uma Universidade to-talmente envolvida com as ques-tões sociais de nosso tempo, comatuação direta entre os segmen-tos minoritários da sociedade,como indígenas, negros, idosos,deficientes, mulheres, crianças,adolescentes e jovens. Em cadasegmento temos um trabalhocontínuo de ações desenvolvidaspara esse público. Vale citar oexemplo do Projeto Parque

Ayrton Sena, há oito anos presen-te na Comunidade do Bairro AeroRancho, que proporciona à po-pulação atividades de esporte elazer para favorecer a saúde físicae mental dos usuários do Parque.Outro exemplo é o oferecimentode conteúdos de robótica e edu-cação ambiental a alunos do en-sino médio de escolas públicas, ouainda o compromisso que oNEPPI - Núcleo de Estudos ePesquisas das Populações Indíge-nas - tem com essa população.Esses são apenas alguns exem-plos, entre tantos outros.

Este é o papel de uma educa-ção que reconhece o diferente,através do diálogo, da escuta, dahumildade, da tolerância, do res-peito ao outro, do aprendizadoconstante do novo, do entendi-mento da incompletude dos se-res humanos. E que reconheceque a construção do conhecimen-to se fundamenta na constanteinovação, na criatividade e na so-lução de problemas, partindo denovas práticas e experiências pe-dagógicas e no desenvolvendoações interdisciplinares que pos-sibilitem relações sociais e comu-nitárias.

Esse é o diferencial de es-tudar numa Universidade co-munitária e católica que se pau-ta na excelência em educaçãode gerações.

FRASE DE DOM BOSCO

“O Senhor gosta

que se faça com

alegria aquilo que

se faz para ele.”

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FRASE DE DOM BOSCO Desempenho das equipes da Católica nos Jogos Universitários Brasi-leiros confirma a boa fase do Esporte da Instituição. O futsal femininoficou com o primeiro lugar na primeira divisão ao derrotar o time doPará. Já na área de Saúde, acadêmicos de Enfermagem, Farmácia,Fisioterapia e Nutrição fazem visitas para conhecer os aspectos so-ciais e epidemiológicos da população.

Page 3: Jornal UCDB Online

CAMPO GRANDE, NOVEMBRO/2010 03p r o c e s s o s e l e t i v oJORNAL UCDB

A Universidade Católica

Dom Bosco, melhor uni-

versidade particular de

Mato Grosso do Sul, conforme

dados do Ministério da Educação,

está com inscrições abertas para

o Processo Seletivo 2011 – Vesti-

bular de Verão, oferecendo 5.160

vagas para cursos presenciais e a

distância.

A novidade deste ano é o ofe-

recimento do curso de Engenha-

ria Civil, uma das áreas que mais

crescem no Brasil. Outro curso

que tem gerado expectativa é o

de Tecnologia em Produção Mul-

timídia, aprovado em 2009, uma

interessante opção para os futu-

ros acadêmicos que terão a opor-

tunidade de aprender o desenvol-

vimento tecnológico das princi-

pais mídias.

O valor da inscrição é de R$

30,00 para inscrições efetuadas

até 10 de novembro, e R$ 40,00

para as realizadas até o dia 17. A

prova escrita está marcada para o

dia 21 de novembro, das 8h às

12h, no campus da UCDB, na

Avenida Tamandaré 6.000, Jardim

Seminário.

VAGAS

Na modalidade presencial, aCatólica oferece 2.960 vagas para34 cursos, sendo 23 bacharelados,sete licenciaturas, três cursos tec-nológicos e um de formação depsicólogos. Já na modalidade adistância, em que a avaliação éfeita em processo seletivo conti-nuado, são 2.200 vagas para doiscursos de bacharelados: em Ad-ministração e Ciências Contábeis,e oito tecnológicos, divididos emdiversas áreas.

De acordo com o edital doProcesso Seletivo, do total de va-gas oferecidas, 20% são reserva-das aos candidatos que optarempor utilizar os resultados do Exa-me Nacional do Ensino Médio(ENEM), e 40% aos candidatosque participarem e optarem porutilizar os resultados do DesafioUCDB que foi realizado no mêsde outubro, em mais de 60 polosdo Estado. Entretanto, as vagasremanescentes do ENEM e doDesafio UCDB também serão

UCDB lança cursode Engenharia Civilno Vestibular 2011Instituição oferece mais de 5 mil vagas para cursos presenciais e a distância

GRADUAÇÃO

JAKSON PEREIRA

revertidas para os outros candi-datos do Vestibular de Verão.

DIFERENCIAIS

A Católica é reconhecida peloMinistério da Educação comomelhor instituição de ensino su-perior particular de Mato Gros-so do Sul pelos diferenciais queoferece aos estudantes, como amaior biblioteca do Estado emnúmero de publicações; a manu-tenção de Clínicas-Escola paraatendimento da população e paraa formação profissional dos aca-dêmicos das áreas de Psicologia,Farmácia, Fonoaudiologia, Nutri-ção, Enfermagem, Fisioterapia eServiço Social. Um destaque daUCDB nos cursos da área de Saú-de é a formação interprofissionalque prepara os alunos para tra-balhar em equipes multidiscipli-nares.

O Hospital Veterinário tam-bém é destaque, além do Com-plexo Biossaúde com 39 labora-tórios com equipamentos de úl-tima geração. A UCDB tambémconta com o maior Laboratóriode Comunicação do Centro-Oes-

te, com modernos laboratóriospara as engenharias e ciência agrá-rias, além de oferecer aos acadê-micos laboratórios de Informáti-ca, em todos os blocos.

Além disso, a Católica é aúnica Instituição de Ensino Su-perior de Campo Grande a man-ter uma Unidade Básica de Saú-de no campus. O esporte uni-versitário também é alvo de in-vestimentos, tendo conquistadotítulos em competições coleti-vas e individuais.

Nossos colaboradores, profes-sores e acadêmicos têm o privilé-gio de frequentar a única Institui-ção do Estado que mantém umCentro de Educação Infantil paraacolher seus filhos no período emque estão na universidade.

A UCDB também oferece aosacadêmicos a oportunidade daformação continuada, oferecen-do quatro programas de mestra-do, todos recomendados pelaCAPES/MEC, e o doutorado emEducação, autorizado e recomen-dado pela CAPES, além de deze-nas de cursos de pós-graduaçãolato sensu.

Alunos que participaram do Desafio UCDB 2010 podem utilizar o resultado

Arquivo

Page 4: Jornal UCDB Online

CAMPO GRANDE, NOVEMBRO/201004 e n t r e v i s t a JORNAL UCDB

“Projeção de aumento

da construção civil é

de 9% ao ano”

Jary de Carvalho e Castro

Engenheiro Jary de Castro é presidente do Crea-MS, triênio 2009-2011

JAKSON PEREIRA SILVIA TADA

JORNAL UCDB: Como

está o mercado de trabalho

na área das engenharias e

arquitetura? Qual a pers-

pectiva para os próximos

anos?

JARY DE CASTRO: O paísvive um momento de retoma-da de investimentos. A partirde 2005, após um longo perío-do praticamente sem investi-mentos, o país retomou o cres-cimento e indicadores apon-tam que o Brasil terá potencialpara crescer a taxas superioresa 5% nos próximos anos, ten-do potencial para se tornar aquinta maior economia domundo, nos próximos 10 anos.A falta de engenheiros no Bra-sil vem sendo sentida pelosmais variados setores da eco-nomia. A Confederação Naci-onal da Indústria apontou re-centemente que, até 2012, oBrasil vai demandar 150 mil en-genheiros. O mercado estámuito aquecido e acredito quenão é momentâneo. O país re-tomou o crescimento e nãotem como voltar atrás. Asobras de infraestrutura estão atodo vapor e a demanda porprofissionais, não só das enge-nharias e arquitetura, mas tam-bém por profissionais de níveltécnico e tecnológico, tendema se ampliar.

JORNAL UCDB: No Vesti-

bular UCDB 2011 será ofe-

recido, pela primeira vez, o

curso de Engenharia Civil.

Como o Sr. avalia a criação

de um novo curso em Mato

Grosso do Sul? Quais os as-

pectos que devem ser

enfatizados na formação

desse profissional?

JARY DE CASTRO: Consi-

derando os profissionais que seregistram anualmente, pode-mos avaliar, pelas estatísticaslevantadas pelo Crea-MS que onúmero de novos engenheiroscivis formados em Mato Gros-so do Sul ainda é inferior ao nú-mero de profissionais de outrosEstados que vêm trabalharaqui. Ou seja, a demanda émaior que a oferta. O enge-nheiro civil é aquele que atuanas mais diversas áreas do de-senvolvimento, construindorodovias, ferrovias, portos, in-dústrias e aeroportos. Há tam-bém as habitações, os prédios,enfim, além de estar atento atodas essas questões, é precisofortalecer a atuação da constru-ção civil nas áreas de inovaçãotecnológica, ambiental e social– tripé que reafirma uma visãocidadã para o setor. O cresci-mento esperado para o setor daconstrução civil em 2010 é de9%. O percentual é superioraos 6,26% previstos pelo mer-cado financeiro, e as perspecti-vas são bastante favoráveis parao setor. Só para exemplificar oque digo, em Mato Grosso doSul, o Crea-MS tem resgistradascinco instituições de ensino su-perior com curso de graduaçãonas áreas de engenharia. Do pe-ríodo de janeiro de 2008 a se-tembro de 2010, as instituiçõessul-mato-grossenses formaram1.293 profissionais de engenha-ria. Em contrapartida, o esta-do recebeu, no mesmo perío-do, 1.776 profissionais de ou-tros estados.

JORNAL UCDB: Qual sua a

opinião sobre os recém-for-

mados que saem das univer-

sidades? O que o acadêmico

deve buscar durante a gradu-

ação para se tornar um pro-

fissional disputado pelo

mercado?

JARY DE CASTRO: Com ummercado cada vez mais exigen-te, é fundamental que os aca-dêmicos busquem estágios ain-da nos primeiros anos da gra-duação. Além disso, é impres-cindível aprender outras lín-guas, conhecer as ferramentastecnológicas ligadas à profissãoe ainda buscar qualificação pormeio de cursos de gestão, sem-pre pautados pela ética e res-peito ao meio ambiente e à so-ciedade.

JORNAL UCDB: O Sr. de-

senvolve trabalhos na área da

acessibilidade. Como está a

situação de Campo Grande,

atualmente, para resolver

esse problema nas vias pú-

blicas e nas construções? As

pessoas estão mais consci-

entes da importância desse

trabalho?

JARY DE CASTRO: A prefei-tura de Campo Grande e o Mi-nistério Público Estadual de-senvolvem papel fundamentalnesse sentido. Cabe a eles a exi-gência de adaptações ou mes-mo legislar em favor do livreacesso aos locais por pessoascom deficiência. O Crea-MS,além de desenvolver ações,como por exemplo elaborarguias e cartilhas sobre acessi-bilidade, promover campanhaseducativas, fiscalizar e orientarprofissionais e a sociedade,possui um Fórum de Acessibi-lidade, que reúne diversas ins-tituições públicas e privadasque debatem questões relativasà acessibilidade, semanalmente.A população campo-granden-se está sim cada vez mais cons-ciente da importância da aces-sibilidade e do respeito que aspessoas com algum tipo de li-mitação merecem. A educaçãoe o trabalho de conscientiza-ção, acredito, são sempre o me-

lhor caminho para solucionar-mos os problemas que aindaatingem essa área.

JORNAL UCDB: A UCDB

também oferece os cursos de

Engenharia Mecânica e Me-

catrônica. Qual sua avalia-

ção sobre o mercado de tra-

balho para formandos desses

dois cursos?

JARY DE CASTRO: A eco-nomia de Mato Grosso do Sul,há alguns anos, vem deixandode ser baseada exclusivamenteno binômio boi-soja. A posi-ção geográfica, a qualidade dosolo e os incentivos fiscais, porexemplo, são alguns dos pon-tos que têm atraído indústriasdas mais diversas áreas. O se-tor sucroalcooleiro tem feitograndes investimentos no esta-do e é um dos setores que em-prega os profissionais dessaárea . Além disso, osgraduandos desses cursos têmrepresentado muito para a ino-vação tecnológica do estado,haja vista as premiações queconquistam nos campeonatosbrasileiro e latino-americanosde robótica.

JORNAL UCDB: O Crea re-

aliza algum projeto para a

inserção do recém-formado

no mercado de trabalho?

JARY DE CASTRO: O Crea-MS, desde 2007, conta com oCrea Júnior-MS. Integrado porestudantes representantes decursos de graduação da área

tecnológica de todas as insti-tuições de ensino do estado,buscamos promover e apoiara realização de semanas aca-dêmicas, suscitar discussõessobre ética e legislação profis-sional e incentivar a pesquisae a iniciação tecnológica.

JORNAL UCDB: Como o

Sr. avalia o crescimento do

Crea nos últimos anos e o

reconhecimento de seu tra-

balho perante a sociedade?

JARY DE CASTRO: É im-portante salientar que os con-selhos profissionais existempara defender a sociedade. Aofiscalizar uma obra nas áreasda engenharia, arquitetura eagronomia e exigir que umprofissional seja responsávelpor ela, buscamos garantir asegurança da sociedade. Acre-dito que essa mensagem este-ja bastante incutida no pensa-mento das pessoas que hojetêm conhecimento da impor-tância do trabalho desses pro-fissionais. Esta é uma lutanossa. Valorizar o profissio-nal é, acima de tudo, garantirum serviço de qualidade e, emconsequência disso, possibili-tar que as cidades cresçam ese desenvolvam de forma sus-tentável. O Brasil atravessaum momento decisivo em queas engenharias são imprescin-díveis para que possamos con-cretizar nosso crescimentoque, neste ano, deve ser emtorno de 7,5%.

Divulgação

Desde 2009, o engenhei-

ro civil Jary de Carva-

lho e Castro está à fren-

te do Conselho Regional de En-

genharia, Arquitetura e Agrono-

mia de Mato Grosso do Sul

(Crea-MS). Formado pela Es-

cola de Engenharia Civil Veiga

de Almeida, no Rio de Janeiro

(RJ), com MBA em Gestão Es-

tratégica pela Universidade Fe-deral de Mato Grosso do Sul, oprofissional destaca o crescen-te mercado de trabalho, princi-palmente na área da construçãocivil , tanto para g raduadosquanto para os técnicos.

Em entrevista ao JornalUCDB, o presidente do Crea-MS fala sobre a criação do novo

curso de Engenharia Civil pelaUniversidade Católica DomBosco, que passa a ser ofereci-do no Vestibular de Verão 2011,sobre qualificação profissional,normas de acessibilidade, inclu-são do recém-formado no mer-cado de trabalho e o fortaleci-mento da classe. Confira osprincipais trechos.

Page 5: Jornal UCDB Online

CAMPO GRANDE, NOVEMBRO/2010 05p r o m o v e - e n g e n h a rJORNAL UCDB

Alunos participantes do campeonato de robótica exibem os troféus conquistados durante a competição

Projeto da UCDBrealiza campeonatode robótica em CGEvento realizado na Feira Central foi vencido pela Escola Profa. Ada Teixeira

ENGENHARIAS

ALINE ARAÚJONYELDER RODRIGUES

Organizado pelo projeto

Promove-Engenhar, da

Universidade Católica

Dom Bosco (UCDB), em parceria

com a Secretaria de Estado de Edu-

cação (SED), a Feira Central de

Campo Grande recebeu, no dia 30

de outubro, o Campeonato de

Robótica, que envolveu seis equipes

formadas por alunos de cinco esco-

las da rede estadual de ensino.

Viabilizado pela Financiadora de

Estudos e Projetos (FINEP) do

Governo federal, o projeto é desen-

volvido nas escolas Dr. Arthur de

Vasconcellos Dias, José Maria Hugo

Rodrigues, Padre João Greiner, Pro-

fessora Ada Teixeira dos Santos Pe-

reira e Professora Joelina de Almei-

da Xavier.

Pioneiro, o projeto foi escolhi-

do em 2006 no edital da FINEP,

fundo que incentiva a engenharia no

Brasil. As escolas estaduais partici-

param de uma seleção e seis preen-

cheram os pré-requisitos necessári-

os para participar do projeto em

parceria com a UCDB. Cada uma

das escolhidas recebeu orientação

dos professores e monitores da Ca-

tólica e kits Lego Mindstorm que,

após transformados em robôs, mo-

vem-se de maneira autônoma e seguiam por meio de sensores progra-mados pelas próprias equipes paraexecutar as tarefas indicadas. Outracaracterística é estimular os alunos ase interessar por Ciência e promo-ver a participação da comunidadeescolar para atuar em ações de pre-servação do meio ambiente e ino-vações tecnológicas, envolvendo oscursos de Engenharia de Computa-ção, Engenharia Mecânica, Enge-nharia Mecatrônica, Agronomia eEngenharia Sanitária e Ambiental.

No campeonato, as equipescompetiram entre si na execução detarefas. O Reitor da Católica, Pe. JoséMarinoni, que esteve no local doevento, ressalta a importância de seinvestir em ciência. “Quero parabe-nizar não só a Universidade comoos acadêmicos, professores e afinanciadora que investiu no proje-to que desperta nos alunos esse de-sejo de se tornarem cientistas. A gen-te percebe o entusiasmo e a capaci-dade dessas crianças que estão pro-duzindo ciência”, afirmou o Reitor,que assistia atento a cada equipe queparticipava da competição.

Também prestigiaram a compe-tição a Pró-Reitora de Extensão eAssuntos Comunitários, Luciane Pi-nho de Almeida, o Pró-Reitor deAdministração, Ir. Raffaele Lochi, o

Projeto foi realizado em escolas estaduais de Campo Grande

As apresentações com os robôs chamou a atenção das pessoas que visitaram a Feira Central

Nyelder RodriguesNyelder Rodrigues

coordenador dos cursos de Engenha-ria Mecatrônica e Mecânica, profes-sor Dr. Mauro Conti Pereira, o dire-tor administrativo, Antonio Alves,assim como o analista de projetos daFinep, Marco Bruno Manzolillo, que

avaliou positivamente o evento. “Es-tou muito impressionado em perce-ber a eficiência do projeto em ensi-nar ciência a alunos de escolas públi-cas de maneira lúdica, o que os moti-va a seguir carreiras profissionais nasáreas de ciências exatas e tecnológi-cas. É bom ver como eles torcempelos colegas como torcem no espor-te, só que em uma atividade científi-ca”. O avaliador também comentoucomo ficou impressionado nas visi-tas que fez às escolas e pôde obser-var as estruturas montadas pelo pro-jeto da Católica.

Após a contagem de pontos dacompetição, que teve duração totalde seis horas e foi dividida em trêsetapas, a equipe da Escola EstadualAda Teixeira venceu o torneio. “In-teressei-me pelo projeto porque gos-to de matemática e computação esempre achei robôs interessantes.Acredito que, com a premiação, osalunos da escola vão procurar sabermais sobre essa área. Eu mesmopenso em cursar Mecatrônica”, co-mentou o líder da equipe campeã,Gabriel Teodoro, de 15 anos. Parti-ciparam da equipe, também,Williamar César, de 14 anos, eHudson, de 15 anos, todos do 1ºano do Ensino Médio, além do pro-fessor de Matemática, Antônio Jor-ge da Silva. “O projeto contribuiupara o aprendizado, trazendo res-ponsabilidade e comprometimento

com os estudos já que, para montaros robôs, era necessária atenção es-pecial. Mesmo os alunos que apre-sentavam dificuldade com a mate-mática procuraram estudar mais paraaperfeiçoarem a montagem e os mo-vimentos do robô, refletindo tam-bém no desempenho escolar”.

OUTRAS ATRAÇÕES

Além da competição derobótica, os cursos de Agronomiae Engenharia Sanitária Ambien-tal da Católica montaram umestande de demonstração dosprojetos desenvolvidos no “Pro-move-Engenhar”, como a hortacomunitária desenvolvida na Es-cola Artur de Vasconcelos, emque os acadêmicos da Católica de-senvolveram um sistema de irri-gação apropriado para o local.

No estande, além de conhe-cer um pouco mais das iniciati-vas dos cursos, os visitantes tive-ram a oportunidade de levar pracasa sacolas retornáveis, panfle-tos educativos, mudas de plantasfrutíferas, medicinais e condimen-tares, além de receberem instru-ções sobre o cultivo das plantas ea preservação do meio ambiente.O evento também expôs o carromontado por acadêmicos de En-genharia Mecânica e Mecatrôni-ca da Católica que participa daFórmula Universitária.

Aline Araújo

Page 6: Jornal UCDB Online

CAMPO GRANDE, NOVEMBRO/201006 p u b l i c a ç ã o JORNAL UCDB

Dividida em áreas como Extensão, Pastoral Universitária, Graduação, Pesquisa e Pós-Graduação e Administração, a publicação da Univ

UCDB lança Relatório Social com balanLANÇAMENTO

SILVIA TADA

A Universidade Católica Dom

Bosco (UCDB) lança, neste

mês, o Relatório Social 2009,

com informações sobre atividades

PASTORAL

desenvolvidas em todas as áreas daInstituição: ensino, pesquisa e exten-são, administração e trabalhos pas-torais. É a primeira vez que a Cató-lica lança esse tipo de publicação, queretrata de forma ilustrada e por meio

de números o trabalho dos colabo-radores, docentes e acadêmicos.“Era um sonho antigo termos umapublicação como esta, que compro-va os frutos do empenho de toda acomunidade acadêmica em transfor-

mar e melhorar a sociedade sul-mato-grossense”, avaliou o Reitor daUCDB, Pe. José Marinoni.

O Relatório Social 2009 é divi-dido em áreas como Pastoral daUniversidade, Extensão Universitá-

ria, Pesquisa e Pós-Graduação,Ensino e Administração. Foramcompilados dados de cada umadas áreas, com números de aten-dimentos, fotos e o resumo dasatribuições de cada setor.

Durante o ano de 2009, vá-rias atividades foram promovi-das pela Pastoral UCDB. Maisde 180 pessoas foram atendidascom os serviços de aconselha-mento, orientação espiritual econfissões. Os retiros espiritu-ais “Vida, Dom de Deus” pro-porcionaram momentos de ex-periência cristã a 200 acadêmi-cos, docentes e colaboradores.Na catequese, 25 acadêmicosparticiparam do grupo de jovensque se reuniam quinzenalmentepara a preparação para o batis-mo, primeira comunhão ou cris-ma.

Diariamente, no campus daUCDB, é celebrada missa, nos

GRADUAÇÃO

períodos matutino ou noturno. Aestimativa é de que mais de 300pessoas participam das cerimôni-as. Além disso, as campanhas desolidariedade também são realiza-

das. Uma delas teve a participa-ção de 1,2 mil pessoas que doa-ram três toneladas de alimentospara comunidades em situação devulnerabilidade social.

Em 2009, o Programa de Ini-ciação Científica da UCDBtotalizou 59 projetos, realizadospor 130 professores pesquisado-res e 236 alunos, tornando-se umdos mais importantes programasde Iniciação Científica da RegiãoCentro-Oeste. Foram oferecidas120 bolsas pelo CNPq e pelaUCDB, além da participação de136 acadêmicos voluntários,totalizando 256 acadêmicos quedesenvolveram trabalhos de Inicia-ção Científica em 2009.

Os trabalhos de pesquisa cien-tífica passam pelo comitê de Éticaem Pesquisa (CEP) que, no anopassado, avaliou 93 projetos. Ou-tra frente de trabalho é a EditoraUCDB, que publicou 16 livros equatro periódicos com tiragem se-mestral.

Todo o trabalho é viabilizadopela infraestrutura da UCDB, queoferece laboratórios, como oCentro de Tecnologia e Estudodo Agronegócio (CeTeAgro) e oLaboratório de Geoprocessa-mento. São 31 grupos de pesqui-sa nas áreas de Ciências Agrárias,Biológicas e da Saúde, Exatas e daTerra e Engenharias e Ciências Hu-manas, Sociais e Aplicadas.

Nos 42 cursos de pós-gradua-ção lato sensu da UCDB, especializa-ram-se 308 profissionais. Já os pro-gramas de pós-graduação strictosensu — Mestrado em Educação,Desenvolvimento Local, Psicolo-gia e Biotecnologia — somaram70 mestrandos matriculados.

PESQUISA E PÓS-GRADUAÇÃO

O Biotério UCDB possui acer-vo de 1100 roedores e 275 serpen-tes vivas no laboratório, que são usa-dos para educação ambiental e pes-quisas. A equipe também faz captu-ras de animais em todo o Estado efoi responsável pela realização demais de 180 palestras e viagenseducativas, além de ter participadode feiras de ciências e exposições.Em 2009, recebeu a visita de 2.934pessoas de escolas e universidadesde Mato Grosso do Sul.

O Núcleo de Estudos e Pes-quisas das Populações Indígenas(NEPPI) coordena programas eprojetos de pesquisa e extensãocom as populações indígenas. En-tre as atividades realizadas envol-vendo pesquisadores com forma-ção em diversas áreas do conhe-cimento, estão os ProgramasKaiowá/Guarani e ProgramaTerena, que atendem mais de 150pessoas, mediante o desenvolvi-mento de projetos para a forma-

ção de professores, acompa-nhamento de escolas indíge-nas, projetos de recuperaçãoambiental e produção de ali-mentos, beneficiando, especi-almente, professores, acadêmi-cos e população de aldeias in-dígenas. Vinculados ao NEPPIestão a Revista Tellus, o Cen-tro de Documentação e Bibli-oteca Digital Indígena TekoArandu e o Programa Rede deSaberes – Acesso e Permanên-cia de Acadêmicos Indígenasno Ensino Superior, que aten-de cerca de 400 acadêmicos in-dígenas de MS.

Ainda na área da pesquisa,o Museu das Culturas DomBosco, que funciona no Parquedas Nações Indígenas, contacom acervo de 43.941 peças, re-presentando diversas coleções,e mais de 10 mil espécies de ani-mais taxidermizados. Em 2009,recebeu 5.362 visitantes.

Os cursos de graduação daUniversidade Católica DomBosco são oferecidos na moda-lidade presencial e a distância,com metodologia via Internet,e estão divididos em seis gran-des áreas. Os cursos presenciais,além das salas de aula, bibliote-ca e auditórios, possuem outrasestruturas para o desenvolvi-mento das suas atividades.

Alunos dos cursos da área deCiências Agrárias e Veterinárias,Agronomia, Medicina Veteriná-ria e Zootecnia contam com aFazenda-Escola, localizada a milmetros da UCDB, com o Hos-pital Veterinário, moderna ins-talação localizada no campus, ecom laboratórios específicos deensino. Para acadêmicos e pro-fessores da área de Ciências Bi-ológicas e da Saúde, Biologia Ba-charelado, Educação Física, En-fermagem, Farmácia, Fisiotera-pia, Fonoaudiologia, Nutrição ePsicologia, o Complexo Bios-saúde tem mais de 40 laborató-rios instalados, além do Biotério,das Clínicas-Escola e do Com-plexo Didático-Esportivo, dis-ponibilizados para atividades eaulas práticas, atividades de pes-quisa e de extensão.

A área de Ciências Humanas,composta pelas licenciaturas emBiologia, Filosofia, Geografia,História, Letras e Pedagogia,

além de laboratórios específicos,possui também o Labinter, espa-ço multidisciplinar destinado àaprendizagem de práticas pedagó-gicas modernas e diferenciadas.

Nas Ciências Sociais Aplica-das, com os cursos de Adminis-tração, Ciências Contábeis, Direi-to e Serviço Social, área que agre-ga 35% dos alunos da UCDB,destaca-se o Núcleo de PráticasJurídicas (Nuprajur), com escritó-rios-modelo e espaços internosdestinados a estágios supervisio-nados. Na área da Computação eEngenharias: Engenharia deComputação, Engenharia Mecâ-nica, Engenharia Mecatrônica,Engenharia Sanitária e Ambien-tal, Tecnologia em Redes de Com-putadores, Tecnologia em Análi-se e Desenvolvimento de Siste-mas, são mais de 30 laboratóriosespecíficos de hardware, software,física, eletrônica, mecânica,mecatrônica, análises ambientais.

Para quem escolhe a área deComunicação Social e Design, oscursos de Jornalismo, Publicidadee Propaganda e Rádio e TV, con-tam com laboratórios específicosda área e agências corresponden-tes aos cursos que possibilitam ex-periências para o mercado de tra-balho e são disponibilizados noLaboratório de Comunicação So-cial (LabCom), com equipamen-tos e excelente infraestrutura.

Arquivo Pastoral

Arquivo Assessoria de Imprensa

Arquivo Assessoria de Imprensa

Page 7: Jornal UCDB Online

CAMPO GRANDE, NOVEMBRO/2010

ADMINISTRAÇÃO

07p u b l i c a ç ã oJORNAL UCDB

versidade Católica Dom Bosco mostra o trabalho desenvolvido, que beneficia a comunidade acadêmica e a população

nço de atividades realizadas em2009

EXTENSÃO UNIVERSITÁRIA

As atividades de extensão uni-versitária são divididas em pro-gramas e projetos já consolida-dos e reconhecidos pela socieda-de pelos benefícios oferecidostanto à população atendida quan-to aos acadêmicos e professoresparticipantes. A Universidade daMelhor Idade (UMI), por exem-plo, atendeu, até 2009, 519 ido-sos, sempre trabalhando na cons-trução do conhecimento na ter-ceira idade. O Centro de Educa-ção Infantil São DomingosSávio, localizado no campus daCatólica, promove a educação in-fantil e estimula o aprendizadode 110 crianças, de quatro mesesa seis anos, filhos de professo-res, colaboradores e acadêmicosda UCDB. Desde a sua criação,o CEI/SDS formou mais de 240crianças para iniciarem a Educa-ção Fundamental nas escolas.

Há ainda o Programa Edu-

cação e Diversidade (PED),que incentiva a formação e a al-fabetização, tendo atendido, noano passado, mais de 700 pes-soas. As linhas de ação inclu-em parceria com a Alfabetiza-ção Solidária (Alfasol) e, de1997 a 2009, alfabetizou 14.524pessoas; grupo de estudo sobreeducação no campo, em parce-ria com a Escola Família Agrí-cola Rosalvo da Rocha Rodri-gues e mantida pelo Centro deOrganização e Apoio aos As-sentados de Mato Grosso doSul (COAAMS), que tem 107estudantes e 229 egressos. Des-de o início da parceria, em2005, já foram atendidos maisde 400 jovens. O PED tambémé membro do Fórum de Edu-cação de Jovens e Adultos(FEJA), realizam a coordena-ção pedagógica. Desde 2006,foram atendidos, nos Fóruns e

no I Colóquio, aproximada-mente 1.800 professores deEJA. Atividades de alfabetiza-ção de jovens e adultos são de-senvolvidas na MSMT CasaDom Bosco e, em dois anos defuncionamento, letrou 21 pes-soas. Em parceria com a Secre-taria Municipal de Educação,busca capacitar professores ebibliotecários como contadoresde histórias, tendo qualificado25 professores e assistentes debibliotecas que passaram a fa-zer visitas às escolas, atingindoaproximadamente 2.500 crian-ças e jovens.

Na MSMT Casa Dom Bos-co, os extensionistas da Católicadesenvolveram vários trabalhosque beneficiaram, em 2009, 260crianças e adolescentes. São eles:acompanhamento escolar, ativi-dades artísticas e culturais (vio-lão, teatro, dança, oficinas de ar-tes), formação cristã e salesiana

inspirada no Sistema Preventivode Educar de Dom Bosco,iniciação esportiva e de lazer (fu-tebol, voleibol, handebol,karatê, ginástica rítmica,tchoukball), oficina de informá-tica, gibimania, acompanhamen-to nutricional e social às famíliasdas crianças atendidas, cursosalternativos diversos para gera-ção de renda e capacitação pro-fissional.

Os projetos de extensão sãodivididos por áreas temáticas,que incluem comunicação, direi-tos humanos e justiça, educação,tecnologia e produção, meio am-biente, saúde e trabalho.

Outra área de atuação é naassistência ao estudante, que be-neficiou mais de seis mil acadê-micos em processos seletivos(entrevistas, análises para seleção,elaboração de pareceres, visitasdomiciliares), acompanhoubolsistas,colaborou na manuten-

A Universidade CatólicaDom Bosco está sediada emuma área de 774 mil m², emCampo Grande/MS. Seu cam-

pus dispõe de amplas instala-ções e modernos equipamen-tos para atender aos acadêmi-cos e à comunidade em geral.São três grandes blocos de en-sino (com anfiteatros e salasmultimídias), um bloco admi-nistrativo e diversos anexos.

Para melhorar cada vezmais o atendimento e a gestão,em 2009, foram realizados 24treinamentos, com 643 parti-cipantes. Entre os projetosdesenvolvidos estão o DesafioUCDB (Escolas, PM e In

Company), o Estúdio Livre Edi-ção Desafio I, com participaçãode mais de 50 escolas, 1.500 em-presas e todos os policiais mu-nicipais de Campo Grande, e oCartão UCDB Mais Vantagens,com cerca de 1.500 ex-acadêmi-cos beneficiados em 2009 e par-cerias com mais de 40 empre-sas de diversas atividades, emCampo Grande. A Instituiçãoconta com o Jornal UCDB que,em 2009, teve nove edições comtiragem de 15 mil exemplares,além do Jornal UCDB On-Line,no site da Católica, com publi-cação diária de dez notas refe-rentes às atividades dos cursos,programas de mestrado, UCDB

Virtual, parcerias, setores e pro-jetos da Instituição.

A área de Marketing desen-volveu 826 peças publicitárias,entre cartazes, folders, faixas,banners, fi l ipetas e emailsmarketing, incluindo campa-nhas institucionais, de proces-sos selet ivos, vestibulares,UCDB Virtual, Marcato e Mes-trado. A marca UCDB foi leva-da para cerca de 50 mil pessoasformadoras de opinião, emeventos da região. Nas mídias degrande impacto, como TV, emhorário nobre, foram atingidosmais de 2 milhões de telespec-tadores, em 76 municípios doEstado.

ção, avaliação e monitoramen-to dos programas, elaborou do-cumentos e relatórios institu-cionais, cadastro de bolsas, ge-ração e emissão de boletos,atendimento de orientação. NoSetor de Integração Mercado-Academia (Sima) 1.100 acadê-micos fizeram estágio em em-presas conveniadas, e 120estagiaram na UCDB.

Um dos destaques daUCDB é o setor de Esportes.A Instituição mantém equipesem seis modalidades (vôlei,basquete e futsal masculino efeminino, handebol masculino,judô e natação) que disputamcampeonatos locais, estaduaise nacionais. Os atletas foramdestaque nos Jogos Universitá-rios Brasileiros (JUBS) de 2009com as equipes de handebol,vôlei e basquetebol, tricampeãsdos Jogos Universitários Esta-duais (2007, 2008 e 2009) epentacampeã no 31º JogosAbertos Municipais em 2009(2005, 2006, 2007, 2008, 2009).

A Católica mantém quatrogrupos culturais no Setor deCultura e Arte. São eles oGrupo Teatral Senta que oLeão é Manso, o Coral daUCDB, a Ararazul Cia. deDança e o Grupo MusicalAves Pantaneiras. São ofere-cidos, também, cursos de Ex-tensão presenciais e virtuais,palestras, minicursos, treina-mentos e oficinas, benefician-do 672 pessoas.

A Clínica-Escola realizoumais de seis mil atendimentosnas áreas da Saúde Auditiva, Fi-sioterapia e Terapia Ocupacio-nal a pacientes de Campo Gran-de e do interior do Estado.

Tatiana Gimenes

Arquivo Assessoria de Imprensa

Tatiana Gimenes

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CAMPO GRANDE, NOVEMBRO/201008 e r r a t a JORNAL UCDB

A Propósito da Ética(por Domingos Oliveira Medeiros)

Às vezes, as pessoas acreditam que a éti-ca é inaplicável ao mundo real, notadamentequando imaginam que seja possível entendê-la ou aceitá-la como sendo um sistema denormas simples e breves, contendo proibi-ções para vários tipos de comportamentos.Isso não é possível. E nada tem a ver com aética, na acepção mais rigorosa do termo. Aética, também, tem sido muito confundidacom as questões de ordem sexual. O sexonão coloca nenhuma questão moral sob en-foque. “As decisões relativas ao sexo podemenvolver considerações de honestidade, depreocupações com os outros, etc., mas nãohá, nesse fato, nada de particular com o sexo”.

São questões que se aplicam, por exem-plo, e do mesmo modo, ao ato de dirigir. Ou-tra confusão, que se faz com a ética, é a suaabordagem dentro do contexto religioso. Aética não é inteligível, somente, no contextoda religiões. A ética,também, não é relativa enem subjetiva. A idéia de que a ética é relativaà sociedade em que se vive, é verdadeiro numsentido, e falso em outro.

A abordagem sob o prisma doutilitarismo, uma das teorias sobre a ética, de-nominada de conseqüencialistas, é discutível.Para o utilitarista, mentir seria mau em algu-mas circunstâncias; e bom em outras. Tudoirá depender das conseqüências que o ato tra-rá. Mentir para os alemães, dizendo que nãoé judeu, pode ser bom nas circunstâncias deuma guerra. Mentir em juízo, para tentar serabsolvido, pode não sê-lo. Isso não passa deuma forma superficial de relativismo. Os mar-xistas adaptaram o relativismo às suas teori-as. “As dominantes de cada período, diziam,são aquelas das classes dominantes, portan-to, a moralidade é relativa à classe econômicaque a domina”. Nada mais falso.

Engels foi mais confuso ainda. Abordouo problema abandonando o relativismo emfavor da afirmação mais limitada de que amoralidade de uma sociedade, divida em clas-ses, será sempre relativa à classe dominante,“ainda que a moralidade de uma sociedadesem antagonismos de classes pudesse ser umamoralidade realmente humana. Isso já nãotem nada de relativismo. Apenas uma sériede idéias relativistas e muito pouco claras.

As crenças e valores dentro dos quaisfomos criados podem, de fato, exercer influ-ência sobre todos nós. Mas quando refleti-mos sobre esses valores, podemos agir deacordo como que está sendo sugerido ou não.

Ou seja, quando digo que a escravidão éerrada, na verdade estou dizendo que a mi-nha sociedade condena a escravidão. Quan-do os proprietários de escravos,de outra so-ciedade, dizem que a escravidão é correta,só estão dizendo que eles aprovam a escra-vidão. E ambos podem estar dizendo a ver-dade. Não há o que discutir nestes termos.O relativista não pode explicar o não-con-formista. Estas dificuldades derrubam o re-lativismo ético.

Há esboços de concepções sobre aética,calcadas na razão, que são mais plau-síveis de entendimento. Desde os temposmais remotos, filósofos e moralistas vêmexpressando a idéia de que a conduta éticaé aceitável sob o ponto de vista que é, decerta forma, universal. “O Preceito Áureo,atribuído a Moisés, que se acha no Levíticoe foi, subseqüentemente , repetido por Je-sus, diz que devemos ir além de nossos in-teresses pessoais e amar os nossos seme-lhantes como amamos a nós mesmos”.Atribuir ao alheio o mesmo peso que atri-buímos aos nossos interesses. Temos queconcordar que o princípio ético não se dáem termos de qualquer grupo, parcial oulocal, mas sim, que a ética se fundamentasob o ponto de vista universal. A verdade éúnica.

Estou com Leonardo Boff:

“Tudo o que existe e vive precisa sercuidado para continuar a existir e a viver:Uma planta, um animal, uma criança, umidoso, o planeta Terra. Uma antiga fábuladiz que a essência do ser humano reside nocuidado. O cuidado é mais fundamental doque a razão e a vontade. ..(...) .cuidado coma Terra, com a sociedade sustentável, como corpo, com o espírito, com a grande tra-vessia da morte.A ótica do cuidado fundauma nova ética, compreensível a todos ecapaz de inspirar valores e atitudes funda-mentais para a fase planetária da humani-dade. Saber Cuidar – ética do humano –compaixão pela terra. Editora vozes – 7a.Edição..

PS.:Considerações sobre as idéias con-tidas no artigo do companheiro Carlos Luizde Jesus Pompe

(Por Domingos Oliveira Medeiros)

A propósito de seu artigo, desta data,“Ainda bem”.

Ainda bem, também, GéberRhomano Accioly.

E deve ter, ainda, e talvez, com cer-teza, também, muito mais gente presen-te; de olho em tudo que é presidente.Pelomenos é o que se espera. De esquerda oude direita, “volver” ou “vamos ver”. Tan-to faz. Já está mais do que provado.

Para que servem as eleições, afinal?Seriam elas álibis oficiais? Para dar susten-tação legal ao pleito? Com que direito?Fazem uso do voto os nobres eleitos.?Sejam vereadores ou prefeitos? Para ficar-mos só no piso. Com os pés e mãos amar-rados no chão? Sem atingir o teto. De as-censão social ? Ou mesmo salarial?

Eleição por eleição, é sexo sem ere-ção. Não faz sentido. Nem pelo ouvido.Só se pensa naquilo. Na próxima eleição.E o Brasil continua sendo um grandenegócio: um balcão.

Todo mundo mete a mão. Dão a con-fusão. Os figurões. Os Euclides, dos ser-

tões. O romance que mistura realidade eficção, com uma pitada de maldade e derealidade. O Euclides tinha razão.Estamos, há tempos, na contramão.

Na estrada de vinda para o caos. Quejá sinaliza para os perigos das curvastangenciadas pelos “waldomiros”,“fernandinhos” e dos “zezinhos da sil-va; e coisa e tal. Que o diga o João, aque-le do caso “Anão”. Que no orçamentometeu sua mão. Com precisão. E tudoprossegue como se tudo fosse normal.E tantas são as nossas dívidas. A maiordelas, a social.

Afinal de contas, para que servem aseleições?

Para irritar o povo e criar comissõesde todos os tipos: parlamentares, nemtanto; são barradas de pronto. De um porcento ? Até que é razoável; quando sa-bemos que a moda sempre foi de dez pralá, dez pra cá. A valsa de todos os bailes.Que fazem o povo dançar .

O risco-Brasil iminente. Um por cen-to é muito pouco. Caiu a demanda ou oWaldomiro é louco? Pois, convenhamos:sensato, tampouco.

Para que servem as eleições? Prepa-

Carta ao Géber Acciolyrar o povo para a ditadura? Para as agru-ras que um dia retornarão? Por falta deopção? Para as misturas? Para amassificação e para a distribuição do bolo,que já deu rolo e que não cresceu por fal-ta de fermento ? O povo está sendo ig-norado. Pelos letrados ignorantes. Só elestoma fortificantes.

Toquem todos seus berrantes.PAREM E PENSEM, COMO DIZ

O ORIGINAL, O AUTÊNTICOGÉBER RHOMANO ACCIOLY.

Nas próximas eleições, DIGA NÃOÁ CLONAGEM. Daqueles que vivem desacanagem. Ou sacanice.

Vamos apostar na transgenia. Modi-ficar as células reprodutoras. A etnia. Va-mos evitar o nascimento de sementesdoentias. Vamos plantar um novo mun-do. Pois este, embora pronto, só se colhecovardia. E eu não me chamo Raimundo.Raiz, caule, folha e fruto da hipocrisia.

19 de março de 2003

A Vírgula e sua Luta contra a Discriminação(Domingos Oliveira Medeiros)

Já passava da meia noite quando perdio sono. E nestas horas não adianta fazernada. A não ser esperar. Levantei-me da camae fui até o quarto onde fica meu pequenoescritório. Passei os olhos pelos livros e nãoachei nada que interessasse. Resolvi entãosentar-me um pouco.

De repente aquela coisa pequena, mir-rada, apareceu em cima da escrivaninha.Aproximei-me para olhar com mais atenção.Parecia um sinal. Era um sinal. Um sinal depontuação; mais precisamente uma vírgula.E ela gesticulava como que querendo medizer alguma coisa. Cheguei mais perto econsegui ouvir. A vírgula também perdera osono e queria alguém para trocar algumasidéias. Apresentou-se como sendo o presi-dente de uma espécie de ONG voltada parao trato de questões que envolviam o uso e oabuso da pontuação, com ênfase na vírgula.

Achei o caso interessante. E começa-mos o diálogo. Perguntei o porquê daquelaassociação. Como foi fundada, como funci-onava, qual seria sua missão, seus objetivos,enfim, estas coisas de sempre. E a vírgulafez uma expressão de quem já esperava poraquelas perguntas. Perguntas que lhe dariama chance de falar sobre um tema que gosta-va e que dominava bastante. Tive a sensaçãode que essa conversa iria render alguma sa-tisfação, além de servir para passar o tempoenquanto o sono não chegasse. Uma ma-neira de unir o útil ao agradável, como di-zem.

A vírgula tomou a palavra e começousua explanação dizendo que durante muitotempo vem acompanhando o preconceitoque existe em relação aos sinais de pontua-ção, mais especificamente em relação à vír-gula. E continuou dizendo que ia delimitaro assunto em torno da vírgula a fim de torná-lo mais compreensível. Concordei com ela.E assim fomos nos entendendo.

Na verdade, até escritores famososcostumam agir de forma preconceituosaem relação à vírgula. E outros não levammuito a sério o seu emprego correto. Di-zem que não têm tempo e que, na maioriados casos, quando surgem as dúvidas, pre-ferem não colocar a vírgula para errarmenos. E alguns profissionais, como é ocaso dos jornalistas, alegam que este pro-blema é da competência dos revisores, quesão pagos prá isso. E que eles se preocu-pam em usar a vírgula apenas nos casosem que o fato torne evidente a alteraçãodo sentido que se pretendia dar ao texto.

Por um instante passou-me pela cabeçaa idéia de que talvez estivéssemos diante demais um tipo de machismo contra as mu-lheres. Desta vez contra a vírgula. Ummachismo do tipo ortográfico, sei lá. O fatoé que em relação aos homens, no caso oponto, não existe tanta polêmica. O ponto ésempre usado, de maneira automática e ra-cional, sem contestação. Ele é empregado,fundamentalmente, para indicar o término

de uma oração declarativa, seja ela absolutaou derradeira de um período composto. Equando há um encadeamento de períodos(simples ou compostos) pelos pensamen-tos que expressam, sucedendo-se uns aosoutros, na mesma linha, também usa-se oponto, desta feita com a denominação deponto simples.

E o ponto tem sido utilizado, ainda,pelos escritores modernos, no lugar ondeos antigos poriam o ponto-e-vírgula. Émais uma invasão do ponto no espaçofeminino.

E não pára por aí. É grande o aprovei-tamento do ponto em detrimento da vírgu-la. Usa-se os dois-pontos, por exemplo, paramarcar, na escrita, uma sensível suspensãoda voz na melodia de uma frase não con-cluída. Não satisfeitos com os dois-pontos,criaram os três pontos, na horizontal, aschamadas reticências, com função bastanteparecida. Isto poderia ser considerado, sobo meu ponto de vista, verdadeiro nepotismo.Empregar parentes para fazer, praticamen-te, a mesma coisa.

E o privilégio toma conotações assom-brosas quando verificamos que até o pontode interrogação tem um pontinho logo embaixo. E o ponto de exclamação, idem. So-bra muito pouco emprego para a vírgula que,em alguns casos, é até facultativa, o que de-monstra o descaso e o desinteresse pelasvírgula, incentivando seu desuso.

Até mesmo no caso de ponto-e-vír-gula, sinal que serve de intermediário en-tre o ponto e a vírgula, o ponto tem queestar junto. Neste sinal, quando a apro-ximação é mais para o ponto, segundoos valores pausais e melódicos que re-presenta no texto, chama-se ponto redu-zido. E, ao contrário, quando a aproxi-mação se dá mais em relação à vírgula,chama-se vírgula alongada.

E assim nossa conversa fluía pela ma-drugada a dentro. Com o intuito de pro-vocar a discussão, fiz-lhe uma indagaçãoum pouco maliciosa. Perguntei à vírgulacomo a Organização via os casos de es-critores que, apesar de não fazerem usocorreto da vírgula, por qualquer motivo -de ordem material, pressa, ansiedade, en-fim -, tinham excelentes idéias e seus es-critos transmitiam profundidade de raci-ocínio e alto conteúdo criativo. Enquan-to outros, a despeito de observarem rigo-rosamente a correta aplicação dos sinaisde pontuação, seus textos não se faziamprofundos nem criativos, e em alguns ca-sos não apresentavam qualquer valor lite-rário. E em outros casos, apesar da sinali-zação correta, eram inintelegíveis devidoao alto grau de prolixidade.

A vírgula pensou um pouco e reconhe-ceu que todos os exemplos relacionadosrealmente aconteciam, mas que não preju-dicavam o uso correto da linguagem, postoque se limitavam ao campo das exceções.Além do mais, ditas exceções são passíveisde correção. No caso do jornalista, por

exemplo, o revisor impede o mau uso e, deigual modo, no caso do escritor, a editoranão deixa por menos. Mas o problema exis-te, e precisa ser tratado com rigor.

O ideal continua sendo a observân-cia do uso correto de nossa língua, poiso uso incorreto sempre deixa margempara desconfianças e denigre a imagemde pessoas e empresas que se utilizam dapalavra escrita. O uso incorreto da vír-gula, em proporções diminutas, até quedá para suportar. Quem nunca cometeu,aqui ou acolá, um escorregão? Mas se oconteúdo do texto é de boa qualidade, edesde que em pequenas proporções, semalteração do sentido da frase, até que ésuportável aquele cisco na vista.

O que não se pode aceitar, porexemplo, é o abuso indiscriminado. Aindiferença generalizada e constante emrelação ao uso incorreto da vírgula. Poranalogia, seria como se estivéssemos di-ante de um muro bem branquinho, pi-chado em preto e vermelho, com gar-ranchos indecifráveis. Verdadeira polui-ção visual. Não seria um texto dignode leitura. Do mesmo modo que umapauta musical, já que estamos falandode melodia: uma nota colocada em lu-gar errado quebra a harmonia da can-ção. Soará ruim aos ouvidos.

O ideal é ser rigoroso. Até porque alíngua integra o conceito de nacionalida-de. É por intermédio da linguagem quenos comunicamos e nos afirmamos comoNação. E Nação, todos sabemos, é o agru-pamento humano, mais ou menos nume-roso, cujos membros, geralmente fixadosnum mesmo território, se ligam por laçoshistóricos, culturais, econômicos elingüísticos.

Assim, os que tiverem o talento ina-to da criatividade e das boas idéias, quefaçam um pequeno esforço adicional eaprimorem o conhecimento da línguapátria, posto que, sem sombra de dúvi-das, tal fato só virá a enriquecer, aindamais, sua produção literária, ampliandoos recursos para expressar melhor suasidéias. Pode-se começar com um bomdicionário e uma boa gramática. E o tem-po, dedicado à leitura e à escrita, encar-regar-se-á de fazer o resto.

Neste instante, uma voz rouca,vinda não sei de onde, chamou pelavírgula. Era o ponto, seu marido, di-zendo que o barulho o incomodava.E que ele precisaria dormir pois nooutro dia teria que estar preparadopara o trabalho. Que a gente encerras-se aquele bate-papo. E foi assim, obe-decendo aos reclamos do maridão davírgula, que colocamos mais um pon-to final na história, e fomos dormir.

(por Domingos Oliveira Medeiros)

Escrever, bem ou mal, já é uma bênção.Uma bênção de Deus. Principalmente noBrasil. Repleto de incautos. Recheado defariseus. Hipócritas e incrédulos. Governantese ateus. Civis e militares. Professores tempo-rários. Professores titulares. Vaidosos, narci-sistas. Comunistas ou anarquistas. Ou críti-cos literários. E autoridades em geral. Guar-dadas as exceções de praxe. Um país de anal-fabetos. Sem culpa no cartório. Cidadãosmuito corretos. Que por falta de educação.Diga-se de passagem. Não puderem escre-ver. Sequer um requerimento. Falando do so-frimento. De viverem na escuridão. Para pe-dir atenção. Providências imediatas. Priorida-de para o ensino. De qualidade e em quanti-dade. Medidas mais que sensatas. Se me per-mitem a alusão. Ao óbvio e ululante. A prio-ridade das prioridades. A educação. Depoisda alimentação. Pois esta não é prioridade. Émuito mais do que isso. É dever do Estado.É sua obrigação.

E ainda tem gente que pensa. Que achatambém que é rei. Rei de nome Salomão.Que investe seu poder. Tentando ensinaralguém. A ler e a escrever. Mas escrever for-malmente. Não mais do que isso. Assim sepressente. Se bem que só isso, já é impor-tante. Se o rei Salomão não fosse arrogan-te. Não voltasse sua guarda. Para a pontua-ção. Não usasse a ironia. Como bom pro-fessor. Usasse a palavra. Com pedagogia.Para colaborar. Tentando ajudar. Levantan-do o aluno. Com a mão levantar. Do es-corrego no chão. Que a todos derruba. Ouvai derrubar. Um dia qualquer. Ninguémsabe tudo. Embora contudo. Há sempre umdoente. Um surdo ou mudo. Que pensa ocontrário. Que é diferente.

Que precisa de uma vírgula. De um pon-to esquecido. De um trema em cinqüenta. Oudespercebido. Pra mostrar seu valor. De po-

eta frustrado. Sem prosa e sem rima. De maleducado. De ruim professor. Que ensina er-rado. Que usa a memória. Para decorar. Nãoconta a história. Não sabe falar. É um ins-trumento. É folha ao vento. Que vive a voar.Com suas muletas. Sempre a pesquisar. Agar-rado em dois livros. Só pensa em mostrar.Pesquisando a gramática. Pra depois dela-tar. O acontecido. Humilhar o envolvido.Esse é seu objetivo. A primeira muleta. Amuleta gramatical. A muleta para o mal. Aoutra é o outro livro. A muleta do missioná-rio. O livro do sabichão. O novo dicionário.

Mas escrever não fica nisso. Vai maisalém um pouquinho. Escrever é mais quegrafar. Escrever é mais que dizer. Escrever ése dar por inteiro. É narrar com maestria.Escrever é fotografar. Uma cena, um lugar.Que a gente logo enxerga. Só na maneira defalar. Escrever é trocar idéias. Sugerir, com-partilhar. Escrever é progredir. Andar prafrente, sem parar. Escrever é opinar, sugerire criticar. Escrever é também voltar. Desdeque convencido. De sua idéia mudar. Escre-ver é perdoar. Escrever é construir. Escre-ver é amar. Escrever é viver e sonhar. Escre-ver é tudo isso. E inclusive errar. E para es-crever bem. Uma dica vou lhe dar. Sempreque tenha algo a dizer. Que não prejudiqueterceiros. Incluindo você também. Escrevade imediato. Procure escrever no ato. Passea sua mensagem. Se errar, aprenda e corrija.O conteúdo é o que interessa. O resto nãotem muita pressa. O resto se aprende com otempo. Dedicação e paciência. A gramáticasó vai melhorar. O uso de seu instrumento.Que é a sua experiência. Em forma de pen-samento.

Domingos Oliveira Medeiros/30-11-2002

Uma Dica para você Escrever Bem

ERRATA

Texto publicado no Jornal UCDB em 19/04/2004 com os

créditos da autoria para Alex Fraga – Jornalista e Assessor

de Imprensa da UCDB, sendo o verdadeiro autor Domin-

gos Oliveira Medeiros – Administrador de empresas e es-

critor.

ERRATA

Texto publicado no Jornal UCDB em 13/09/2004 com os

créditos da autoria para Alex Fraga - Jornalista e Assessor

de Imprensa da UCDB, sendo o verdadeiro autor Domin-

gos Oliveira Medeiros - Administrador de empresas e es-

critor.

ERRATA

Texto publicado no Jornal UCDB em 08/11/2004 com os

créditos da autoria para Alex Fraga - Jornalista e Assessor de

Imprensa da UCDB, sendo o verdadeiro autor Domingos

Oliveira Medeiros - Administrador de empresas e escritor.

ERRATA

Texto publicado no Jornal UCDB em 01/05/2005 com os

créditos da autoria para Alex Fraga - Jornalista e Assessor de

Imprensa da UCDB, sendo o verdadeiro autor Domingos

Oliveira Medeiros - Administrador de empresas e escritor.

Page 9: Jornal UCDB Online

CAMPO GRANDE, NOVEMBRO/2010 09g r a d u a ç ã oJORNAL UCDB

Licenciaturas reúnemcentenas de alunosem eventos na UCDBTemas tiveram o objetivo de expandir os conhecimentos adquiridos em sala

EDUCAÇÃO

Acadêmicos tiveram a oportunidade de discutir assuntos importantes para complementar conteúdo aplicado

tos de alfabetização em massa ena popularização da educaçãomediante a fundação de bibliote-cas comunitárias. Segundo o pro-fessor de História, Dr. NeimarMachado, a escolha dos temas dasduas últimas edições se basearamno mesmo princípio. “Os doisúltimos temas da Semana de His-tória foram referentes à AmericaLatina devido ao fato de que osbrasileiros não se enxergam fa-zendo parte da América Latina,porque fomos colonizados pelosportugueses, e o restante da Amé-rica Latina pela Espanha”, expli-ca o professor.

E mais, a Revolução Mexica-na trouxe à tona uma discussãoentre os acadêmicos sobre oscontextos da Revolução. “Esteano tivemos a presença de doisacadêmicos do curso de Históriaparticipando ativamente de me-sas-redondas, um discorrendosobre Emiliano Zapatta, e outrosobre Pancho Villa”. Outra novi-dade nesta edição foi a participa-ção em forma de palestra do sin-dicalista mexicano e professor Dr.Pedro Medina Calderón que fa-lou sobre a escola socialista e aeducação latino-americana.

SEMANA DE EDUCAÇÃO

Para tratar de assuntos quenão são trabalhados em sala deaula, porém não menos impor-tantes, é que a Semana de Educa-ção abordou questões como aavaliação do ensino e da educa-ção e abriu discussão sobre obullying nas escolas. “Esses assun-tos não entram na gradecurricular dos cursos de licencia-tura, existem comentários relati-vos a esses assuntos em sala deaula, mas não são aprofundados.A questão da avaliação tambémé muito importante, poisobjetivamos enquadrar os acadê-micos no sistema municipal, es-tadual e privado de ensino deMato Grosso Do Sul”, explica aprofessora e coordenadora docurso de Letras, Me. Bárbara

Newman.Segundo a coordenadora, o

saldo da Semana de Educação foipositivo. “Na hora do debate pu-demos perceber que os acadêmi-cos aproveitaram a palestra por-que se identificaram com o as-sunto e souberam aplicar em si-tuações práticas da profissão fu-tura, além do que a participaçãofoi ativa, houve várias perguntasreferentes ao assunto durante aspalestras”, explicou. A Semana deEducação, que aconteceu nos dias30 de setembro e 1º de outubro,envolveu os cursos de Biologia,Filosofia, Geografia, História, Le-tras e Pedagogia.

SEMANA DE GEOGRAFIA

O Centro Acadêmico de Ge-ografia (CAGEO) realizou a Se-mana de Geografia que, em suasexta edição, escolheu como focoprincipal sustentabilidade, meioambiente e técnicas cartográfi-cas, além de informar os acadê-micos sobre assuntos da área dis-cutidos atualmente. O contatocom profissionais atuantes nomercado foi outro fator propor-cionado pelo ciclo de palestras,que contou com a presença dodiretor executivo da AssociaçãoSul-Mato-Grossense de Produ-ção e Consumidores de Flores-tas Plantadas, Dito Mário.

Ele discorreu sobre o papelda silvicultura no Estado que, se-gundo ele, possui pouca visibili-dade no campo acadêmico. Dis-cutindo a revitalização e moder-nização do centro urbano deCampo Grande, a engenheira ci-vil e arquiteta Marta LúciaMartinez explicou que é precisoestabelecer maneiras de fortale-cer a história da cidade atravésda revitalização, não apenasconstruindo obras novas. A Se-mana de Geografia finalizou seustrabalhos com um minicurso so-bre Topografia e Cartografia,além de uma visita técnica ao dis-trito de Piraputanga, que com-pletou 73 anos.

Gabriel Machado

MAYARA BUENO

Nos meses de setembro e

outubro, acadêmicos

dos cursos de licencia-

tura da Universidade Católica

Dom Bosco (UCDB) realizaram

seminários de temáticas diferen-

ciadas, com o objetivo de expan-

dir os conhecimentos adquiridosem sala de aula. Foram três se-minários: a Semana de História,que abordou em sua quarta edi-ção os 100 anos da revoluçãomexicana; a Semana de Educa-ção, que proporcionou aos aca-dêmicos uma discussão sobre opapel do educador na sociedade

e a VI Semana de Geografia, queexplorou a questão ambiental.

SEMANA DE HISTÓRIA

A Semana de História abor-dou os 100 anos da RevoluçãoMexicana, a primeira revoluçãodo século XX na América Lati-na, sua influência nos movimen-

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CAMPO GRANDE, NOVEMBRO/201010 e s p o r t e / s a ú d e JORNAL UCDB

O TRIUNFO INAUDITOSem ti, ó Cristo, nascemos somente para morrer; contigo, morremos

somente para renascer (Miguel de Unamuno).

Time feminino

é campeão do

JUBS 2010Competição foi realizada nem Blumenau

FUTSAL/UCDB

Se Cristo não ressuscitou, a nossa pregação ésem fundamento, e sem fundamento também é avossa fé (1Cor 15,14). Sem dúvida, a ressurreição

é o centro da fé cristã. Contudo, a vida dos crentesnem sempre reflete esta convicção. Baste pensar na escassez deimagens de Cristo ressuscitado em relação àquelas que o represen-tam na cruz. Para compreender a ressurreição, é preciso, parado-xalmente, levar a sua morte a sério. Ao longo dos séculos, corren-tes de pensamento minimizaram a morte de Jesus, impedindo quese entendesse adequadamente a sua ressurreição. Para o povo deIsrael, a morte do rabi da Galileia na cruz significava que Deusnão estava da sua parte, não confirmava a sua pretensão messiânica

e menos ainda a sua pretensa filiação divina. Assim, em relação aosdiscípulos que o viram ressuscitado falou-se de alucinação ou sim-plesmente que viram aquilo que esperavam ver. Dois elementosbrotam das narrações evangélicas: primeiramente, que

a descoberta do túmulo vazio não leva a suspeitar que aque-le que ali fora sepultado tenha ressuscitado; explica, porém, agrande dificuldade dos discípulos de aceitarem que aquele queeles veem vivo seja realmente Jesus. Falamos de uma realidadeque supera totalmente a nossa experiência humana. Aquilo queas narrações do Novo Testamento nos deixam entrever pode serassim resumido: Jesus ressuscitado é o mesmo que viveu com

eles e morreu na cruz, mas não é igual. A sua identidade pesso-al é total: ele conserva os sinais da sua morte na cruz, como

é manifestado no seu encontro com o incrédulo Tomé:“Põe o teu dedo aqui e olha as minhas mãos; estende a

tua mão e põe-na no meu lado e não sejas incrédulo,mas crê!” (Jo 20,27).

- No mesmo texto encontramos a relação entreo testemunho dos discípulos e a fé de quem, comonós, crê nele sem ter visto: “Bem-aventurados osque não viram, e creram!” (Jo 20,29). Parece-mesignificativo que nenhuma narração do Novo Tes-tamento apresente uma aparição de Jesus ressus-citado a sua mãe: é a única pessoa para quem amorte do Filho não é uma ruptura da própria fé e

confiança nele e no Pai. O que significa, hoje, crer naressurreição de Jesus? No texto citado (1Cor 15), des-

cobrimos que o Apóstolo não baseia a nossa ressurreição na doSenhor, mas em duas ocasiões ele afirma: “Se não há ressurreiçãodos morte, nem mesmo Cristo ressuscitou!”; “Se os mortos não

ressuscitam, nem mesmo Cristo ressuscitou” (1Cor 15,13.16). Coma ressurreição, Jesus não retorna ao passado, à sua vida divina da“pré-encarnação”, mas dá um definitivo passo adiante. Em Jesusressuscitado encontramos seja a plenitude da sua encarnação sejaa plenitude da condição humana. Ele assume para sempre a nossahumanidade. É Jesus ressuscitado que chama os discípulos pelaprimeira vez de “irmãos” (Mt 28,10; Jo 20,17). A partir desse mo-mento, os apóstolos consagram toda a sua vida à pregação, a anun-ciar “a verdade sobre Deus e a verdade sobre o homem”. O anún-cio da ressurreição do crucificado é a “Notícia Nova”, a melhorque um ser humano possa receber. O Novo Testamento diz-nosqual é o testemunho autêntico da ressurreição. “Com grande po-der, os apóstolos davam testemunho da ressurreição do SenhorJesus... E entre eles ninguém passava necessidade, pois aqueles quepossuíam terras ou casas as vendiam, traziam o dinheiro... aos pésdos apóstolos; depois, era distribuído conforme a necessidade decada um” (At 4,33-35). Não pode existir um contexto melhor parafalar do testemunho da ressurreição do que aquele que apresenta amudança de vida do crente, o amor fraterno, a plena partilha: “Vedecomo eles se amam!”, exclamavam admirados os pagãos.

- Dom Bosco compreendeu-o perfeitamente. Toda a sua vidae todo o seu trabalho em favor dos jovens tem como núcleo uma“espiritualidade pascal”: a alegria que constitui a essência do siste-ma preventivo e a chave da santidade juvenil não é a alegria ingê-nua ou inconsciente de quem “ainda” não conhece as dificuldadesda vida, mas a de quem “traz os sinais da cruz”, mas está conven-cido, ao mesmo tempo, de que ninguém e nada o poderão separardo amor de Deus, manifestado em Cristo Jesus (cf. Rm 8,39). As-sim também a preocupação de Dom Bosco pela otimização doambiente do Oratório, a “ecologia educativa” indispensável ao nossocarisma, procura recriar no ambiente juvenil e popular de Valdocco,a experiência da primeira comunidade cristã e, com isso, chegar aser o autêntico testemunho da vida nova do Ressuscitado. Recor-demos que no realizar “hoje nossa missão, a experiência de Valdoccocontinua critério permanente de discernimento e renovação decada atividade e obra” (Const. 40). Queira Deus que, como Famí-lia Salesiana, possamos sempre e em todos os lugares ser testemu-nhas autênticas da Ressurreição.

Texto do Padre Pascual Chávez

Os acadêmicos do 1º ano doscursos de Enfermagem, Farmá-cia, Fisioterapia e Nutrição, nomódulo referente à disciplina“Determinantes Sociais eEpidemiológicos” ministradapelas professoras. Karla Toledo,Luciana Rocha e Maria deLourdes, estão realizando visitasaos domicílios do entorno daUCDB, juntamente com osagentes comunitários de saúde(ACS) das Unidades Básicas daSaúde da Família (UBSF).

As UBSF Jardim Seminário,São Benedito, José Abrão, VilaCorumbá, Nossa Senhora dasGraças e José Pereira foram se-lecionadas para as visitas por se-rem as unidades vinculadas aotrabalho do Núcleo de Apoio àSaúde da Família – NASF - umaparceria entre a Secretaria Mu-nicipal de Saúde Pública –SESAU - e a Universidade Ca-tólica Dom Bosco - UCDB.

Essa atividade tem como ob-jetivo inserir os acadêmicos nacomunidade para conhecer deperto os aspectos sociais e

epidemiológicos que ocasionamvárias doenças e buscar amelhoria das condições de saú-de. O projeto permite a vivênciada teoria e do serviço por meiodo acompanhamento das açõesdo Programa de Controle daDengue.

Para realizar o controle dadengue, os acadêmicos estãousando o mesmo checklist dosagentes comunitários de saúde, oque tem colaborado com a açãodos agentes. Além deste recurso,estão levantando outros dadosnum questionário elaborado emsala de aula.

Portanto, a prática realizadaneste módulo faz parte de umaproposta do projeto pedagógicodos cursos da Saúde, com umavisão de trabalho em equipe, nes-te caso, na Atenção Básica, pro-movendo a interação ensino-ser-viço que aproxima os acadêmi-cos das práticas profissionais.

Fonte: professoras Karla Toledo,

Luciana Rocha e Maria de Lourdes

Acadêmicos da saúde

realizam atividades

práticas na comunidade

As equipes coletivas da Univer-sidade Católica Dom Bosco tiveramótimo desempenho nos Jogos Uni-versitários Brasileiros disputadosem Blumenau (SC). A Católica foicampeã da primeira divisão dofutsal feminino e garantiu o acessoà divisão especial de 2011.

Além do título no futsal, a uni-versidade conquistou uma medalhade bronze na primeira divisão dovôlei feminino, entretanto não con-seguiu avançar para a divisão de eli-te. No basquete foi um quarto lu-

gar no masculino, resultado quemantém a equipe na divisão deacesso, e quinto no feminino,que garantiu a permanência naelite da modalidade.

TÍTULO

Com uma campanha impe-cável na competição, a equipefeminina de futsal da UCDBentrou na disputa da final dadivisão especial buscando con-firmar a boa fase, mas encon-trou muitas dificuldades contrao time da Escola Superior Ma-dre Celeste (ESMAC), do Pará.Após um empate no temponormal, o jogo só foi resolvido

a favor da UCDB na prorroga-ção, com um gol, logo aos doisminutos, da ala Kamila Gonçal-ves Lobo, de 19 anos.

Após marcar o gol do título, aatleta, que é acadêmica do cursode Psicologia, comentou a impor-tância de seu feito. “É muito bommarcar o gol do título, não tem oque falar. A gente esperava umjogo difícil e por isso colocamospressão nas adversárias. Conse-guimos roubar uma bola e apro-veitei o contra-ataque”, contou aacadêmica. “Sabemos que a divi-são especial será difícil, pois o ní-vel técnico é maior e melhor. Va-mos treinar e tentar jogar bem nopróximo ano”, complementou.

OUTROS

No vôlei feminino, a equipeda Católica chegou à competiçãocomo uma das favoritas ao títuloe ao acesso à divisão de elite, po-rém foi superada na semifinalpelo Dom Bosco do Paraná e deuadeus ao sonho. Porém, na deci-são do terceiro lugar, o time vol-tou a mostrar força e derrotou aFaculdade de Alagoas por 3 setsa 0, garantindo a medalha.

Já no basquete masculino, otime da UCDB foi surpreendidona decisão do terceiro lugar e per-deu para o Instituto Cuiabano deEducação por 76 a 71, ficandocom a quarta colocação e per-manecendo por mais um ano nadivisão de acesso.

LEANDRO ABREUNYELDER RODRIGUES

Page 11: Jornal UCDB Online

CAMPO GRANDE, NOVEMBRO/2010 11a g e n d a u n i v e r s i t á r i aJORNAL UCDB

CONECTE

JOGO MINHAPRIMEIRAEMPRESA

EVENTOS

www.letras.etc.br

O portal letras.etc.br é o instrumen-to principal de um projeto de pes-quisa e de extensão educacional quetem por objetivo geral o mapeamen-to da área de Letras, aqui entendidacomo um território sociodiscursivocolonizado por mais de um milhãode profissionais ou quase profissio-

nais brasileiros. Nossos objetivos es-pecíficos estão relacionados àreconstituição das condições sócio-históricas de produção de Letrascomo área do conhecimento, comocurso de nível superior e como cam-po de atuação profissional.

www.planetaeducacao.com.br

O Planeta Educação tem como ob-jetivo disseminar o uso pedagógicoe administrativo das novas tecnolo-

gias da informação e da comunica-ção nas escolas brasileiras de Edu-cação Infantil, Ensino Fundamen-tal e Médio. O programa contemplaem seu plano de ações a implanta-ção de novos ambientes de aprendi-zagem informatizados, com equipa-mentos, sistemas integrados, supor-te in loco, materiais didático-pedagó-gicos, manutenção permanente dosequipamentos, programa de forma-ção e atualização dos educadores e

aplicação dos conhecimentos adqui-ridos aos procedimentos curricula-res. A abordagem sistêmica utiliza-da no programa, que considera con-comitantemente as dimensões men-te, corpo e alma, inaugura um mo-delo inédito de atendimento, quecontempla todos os aspectos impres-cindíveis ao sucesso da implantação.

www.pedagogia.com.br

O Só Pedagogia é um site educacio-

nal de credibilidade, mantido coma contribuição de uma equipe for-mada por profissionais jovens,atualizados, pró-ativos e especiali-zados, além de comprometidoscom o trabalho. O portal tem comoobjetivo auxiliar os professores detodos os países de língua portugue-sa, oferecendo uma grande varieda-de de matérias de apoio e ativida-des, além de um amplo acervo deartigos pedagógicos.

No próximo dia 19, na Universidade CatólicaDom Bosco, acontece mais uma edição dojogo “Minha Primeira Empresa”. O eventoapresenta uma metodologia para desenvolvercapacidades gerenciais dos acadêmicos docurso de Administração. Sua aplicaçãopermite o desenvolvimento de políticas evalores de uma empresa: missão, visão eestratégias de mercado. O objetivo centralvisa propiciar aos participantes uma vivênciareal da gestão empresarial, contribuindoassim para o desenvolvimento de seusconhecimentos e habilidades como acadêmi-cos e futuros profissionais. Mais informaçõespodem ser obtidas pelo telefone 3312-3691,ou pelo e-mail [email protected]

VII MOSTRADE EDUCAÇÃOFÍSICA

A VII Mostra de Educação Física: ensino,pesquisa, extensão, expressões culturais e o IEncontro do Curso de Educação Física sãoeventos que o curso de Educação Física daUniversidade Católica Dom Bosco realiza

entre os dias 16 e 20 de novembro. Asatividades buscam consolidar a divulgação deatividades de ensino, pesquisa e extensão das

diferentes áreas de atuação do profissional deEducação Física e áreas afins. Além disso, o IEncontro de Educação Física visa possibilitar

a interação e integração entre instituições deEnsino Superior, dos professores, acadêmi-

cos e profissionais que estão envolvidos comas diversas formas de manifestação da

experiência acadêmica e da construção doconhecimento que envolvem a Educação

Física. Mais informações podem ser obtidaspelo telefone 3312-3464, ou pelo e-mail

[email protected].

Buscando fomentar atividadesrelacionadas à Publicidade ePropaganda e estabelecendorelação com o mercado local enacional, o curso de ComunicaçãoSocial com habilitação em Publici-dade e Propaganda realiza, entre osdias 17 e 19 de novembro, oevento denominado “PropagandaIlimitada”. O evento será realizadonos anfiteatros dos blocos A e C,nos períodos matutino e noturno.Mais informações podem serobtidas pelo telefone 3312-3416,ou pelo e-mail [email protected].

PROPAGANDAILIMITADA

Entre os dias 19 a 21 de novembro,será realizado o Congresso VirtualBrasileiro de Administração,evento que está dividido em 13áreas temáticas. Os participantespodem assistir às apresentaçõespreviamente disponibilizadas nosite oficial, a qualquer momento,durante o evento. Os debates sobreos trabalhos ocorrem em salasvirtuais com recursos de áudio evídeo, possibilitando interatividadeentre os participantes. Por servirtual, não há custos de locomo-ção e hospedagem, o que torna aparticipação de todos os pesquisa-dores brasileiros, independente doseu local de origem, possível eviável. Mais informações podemser obtidas pelo site oficial doevento www.convibra.com.br.

CONGRESSOVIRTUAL

BRASILEIRO -ADMINISTRAÇÃO

Acontece entre os dias 7 e 10 dedezembro no Centro de Conven-

ções do Ceará, em Fortaleza, o 61°Congresso Brasileiro de Enferma-

gem que abordará o tema Transfor-mação Social e Sustentabilidade

Ambiental. O evento tem o objeti-vo de proporcionar aos participan-

tes a oportunidade de discussão ereflexão sobre o tema do congres-

so. Além disso, os organizadoresbuscam estimular o debate sobre as

especificidades dos processos detrabalho em enfermagem relaciona-

dos à transformação social e aomeio ambiente e oferecer oportuni-

dade de atualização técnico-científica nas diversas áreas de

interesse da enfermagem. Maisinformações podem ser obtidaspelo site www.aben-ce.com.br/

cben/informacoes.

61º CONGRESSOBRASILEIRO DEENFERMAGEM -TRANSFORMAÇÃOSOCIAL ESUSTENTABILIDADE

O Departamento de Biologia e oPrograma de Mestrado em Genética

da Pontifícia Universidade Católicade Goiás organizam, entre os dias 13

e 16 de novembro, a 1ª Reunião deCitogenética do Brasil Central e o VWorkshop de Genética. O objetivo

geral dos eventos é, de formadinâmica, proporcionar aos profis-

sionais e estudantes participantesuma oportunidade de atualização

acadêmico-científica, além deoportunizar contatos com as novas

tendências nesta área do conheci-mento. Adicionalmente, o encontro

proporcionará a melhoria da pós-graduação, incluindo a participação

dos egressos e potencializando aformação de docentes e o aperfeiço-

amento de recursos humanos denível superior. Inscrições e informa-

ções podem ser obtidas na páginaoficial do evento

www.pucgoias.edu.br/puc/eventos.

1ª REUNIÃO DECITOGENÉTICA DOBRASIL CENTRAL EV WORKSHOP DEGENÉTICA

Com o objetivo de promover o ensino e provocar aaprendizagem da matemática por meio do teatrocontemplando o universo educativo, acadêmicos doscursos de Ciências Contábeis e de EngenhariaSanitária e Ambiental da Universidade Católica DomBosco participam, de 22 de novembro a 7 de dezem-bro, de apresentações de peças inspiradas em proble-mas matemáticos. O evento acontece no anfiteatroDom Aquino, no bloco B da Instituição. No períodonoturno, as apresentações serão para os acadêmicosde Contábeis e, no período matutino, para alunos daESA. Mais informações pelo telefone 3312-3463 [email protected].

TEATRO DEMATEMÁTICAAPLICADA ÀS

CIÊNCIASCONTÁBEIS E

À ESA

De 10 a 12 de novembro de 2010, será realiza-da a terceira edição do Fórum Pró-Sustentabi-

lidade organizado pelos Laboratórios deConforto Ambiental e Materiais e Técnicas

Construtivas do Curso de Arquitetura daUniversidade Feevale. O evento será voltado

para estudantes e profissionais da área daconstrução civil que desenvolvem projetos

que busquem um melhor desempenhoenergético. Estão programadas palestras e

minicursos que abordam três temas: aenvoltória, o sistema de iluminação e o siste-

ma de condicionamento de ar das edificações.Mais informações: http://www.feevale.br/

extensao/evento-iii-forum-prosustentabilidade.

III FÓRUM PRÓ-SUSTENTABILIDADE

DICAS DE LIVROS

POLÍTICAS EDUCA-

CIONAIS E FORMA-

ÇÃO DE PROFESSO-

RES EM TEMPOS DE

GLOBALIZAÇÃO

Autor: Margarita Victoria Ro-dríguez e Maria de LourdesPinto de Almeida (orgs.)

Esta obra constituída por di-versos capítulos que contri-

buem para a análise da redefinição do papel doEstado e das políticas de formação de profesoresnuma dimensão que abrange tanto o contexto in-ternacional como nacional, discutindo aspectoscomo profissionalização do trabalho docente, ins-tituições formadoras, formação inicial e continua-da, currículo e cultura, políticas públicas e inclu-são, políticas da educação superior, entre outros.Só nos resta agora, prezado leitor, desejar uma in-tensa, concentrada e profícua leitura.

UMA SÍNTESE À FI-

LOSOFIA - HOJE E

PARA SEMPRE?

Autor: Luís Marconetti

Neste terce i ro l ivro“Uma síntese à Filoso-fia: hoje e para sempre?”faço a fusão dos primei-ros dois livros: Primei-

ros Elementos de Filosofia (PEF) e Su-plemento e Desenvolvimento dos Primei-ros Elementos de Filosofia (SD). Escla-reço, aprofundo, confirmo e amplio oshorizontes, especialmente, do método, dafenomenologia, da ontologia, da novaonto log ia , da antropolog ia , dagnosiologia, da cultura e da interdiscipli-naridade. Nesta síntese não se nega nadado que se disse sobre a realidade, mas sevai mais profundo!

Page 12: Jornal UCDB Online

CAMPO GRANDE, NOVEMBRO/2010p e r s o n a l i d a d e s a l e s i a n a12

JORNAL UCDB

09/10/1892 19/04/1983

“Primeiro Reitor-Mor emérito da Congregação Salesiana”

Padre Renato ZiggiottiO salesiano padre Renato Ziggiotti foi o quinto sucessor de Dom Bosco e o primeiro eleito pela Congregação

Filho de Eustachio e Luigia

Castegnaro, oitavo de onze fi-

lhos, nasceu no dia 9 de outu-

bro de 1892, em Bevadoro, distrito da

Comuna de Campodoro, Província de

Pádua e Diocese de Vicenza. Realizou

os estudos primários e o ginásio no

Colégio Salesiano Manfredini di Este

(Pádua), recebendo, desde sua infân-

cia, o conhecimento dos ensinamen-

tos de Dom Bosco. “Posso dizer que

sou salesiano desde que me conheço

por gente”, exclamou imediatamente

após a sua eleição como Reitor-Mor.

Em 1908, foi para Foglizzo Canavese,

Turim, onde, naquele tempo, encontra-

va-se o noviciado salesiano para a Itália

do Norte. Ali, no dia 15 de setembro

de 1909, quase com 17 anos, entregou

os primeiros votos nas mãos do Rei-

tor-Mor, Padre Michele Rua. Fez o en-

sino médio e a Filosofia no Seminário

Missioni Estere, de Turim-Valsalice,

onde se encontrava o túmulo de Dom

Bosco. Conseguiu o certificado de hon-

ra, que lhe abria as portas da Universi-

dade, garantindo-lhe a completa

gratuidade dos estudos. No Liceu Sa-

lesiano de Valsalice, teve como com-

panheiro de estudos o clérigo Carlos

Crespi e como professor o Padre

Vincenzo Cimatti. Sempre em Valsalice,

em 1910, passou muitas noites cuidan-

do do Padre Miguel Rua, primeiro su-

cessor de Dom Bosco, proclamado

Bem-Aventurado, em 1972. Durante o

segundo ano da faculdade, foi enviado,

como suplente de um professor, para

Varazze, que tinha como diretor o Pa-

dre Carlo Viglietti, último secretário de

Dom Bosco, e para Bolonha.

De 1912 a 1915, foi para Verona,

para estudar Teologia e fez o tirocínio

prático como professor de letras. Foi-

lhe confiada logo uma classe de quinta

série com mais de cinquenta alunos.

Naqueles anos, fez os votos perpétuos

e se matriculou na Faculdade de Letras

da Universidade de Pádua. A entrada

da Itália na guerra, em 1915, fez com

que Pe. Renato abandonasse os estu-

dos para vestir o uniforme militar. Foi

designado para o Oitavo Regimento do

Batalhão de Artilharia da Companhia

de Verona. Tornou-se logo subtenente

e depois tenente. No mês de agosto de

1916, foi sorteado para a artilharia e en-

viado para a trincheira no fronte do

Carso.

Em 1917, foi ferido no braço es-

querdo devido à queda de uma estru-

tura causada por uma granada que atin-

giu o depósito de munições e, nos seis

meses de convalescência, retomou os

estudos de teologia e as atividades uni-

versitárias. Retornou às trincheiras de

Gorizia e, mais tarde, no Piave, foi com-

batente ativo até o armistício de 4 de

novembro de 1918. Após o término

dos conflitos, foi condecorado com a

medalha de prata da ordem militar e

reformado com o grau de capitão.

Padre Renato Riggiotti voltou para

Manfredini di Este, em 1918, onde

completou os estudos teológicos. No

dia 8 de dezembro de 1920, foi orde-

nado sacerdote pelo bispo de Pádua,

Dom Luís Pellizzo. Em 1921, formou-

se em Letras pela Universidade de

Pádua. Permaneceu em Este, como

professor e conselheiro escolar, primei-

ro cargo assumido na Congregação Sa-

lesiana, até 1924, quando recebeu o

convite para fundar o novo Colégio Sa-

lesiano Dom Bosco, de Pordenone,

onde foi diretor e professor de Italia-

no, Latim e Religião, até 1930. Sob seu

comando, foi construída a parte cen-

tral do colégio. Em 1931, o Reitor-Mor,

Padre Filippo Rinaldi, chamou-o a Tu-

rim, para confiar-lhe a direção da Ins-

petoria Central, a Inspetoria Sagrado

Coração, instituída há pouco tempo

para acolher as crescentes vocaçõesmissionárias inspiradas pela figura deDom Bosco, que havia sido proclama-do Bem-Aventurado em 1929 e que se-ria canonizado em 1934.

Em 1935, foi Inspetor na Sicília e,depois, por 13 anos, de 1937 a 1950, foireconfirmado no cargo de ConselheiroEscolar Geral da Congregação que, paraos salesianos, é o conselho superior res-ponsável pelos estudos, pela imprensa epelas publicações internas. O seu esfor-ço foi envidado em favor dos centrosde estudos filosóficos e teológicos, en-quanto se ia delineando e preparando,em Turim, em 1940, a ereção das trêspontifícias faculdades de Teologia, Filo-sofia e Direito Canônico, afiliadas aoAteneu Pontifício Salesiano de Turim,que se tornará, mais tarde, a Universida-de Pontifícia Salesiana de Roma “MariaMãe da Sabedoria”. Durante a SegundaGuerra Mundial, dirigiu uma operaçãode salvamento na cidade de Turim. Maistarde, nos bombardeamentos de 1942,salvou das chamas a velha biblioteca, oInstituto do Bom Pastor e outros luga-res da Congregação. Em 1950, o Rei-tor-Mor, Padre Pietro Ricaldone, no-meou-o Vigário Geral, que naquela épo-ca se chamava Prefeito, assumindo as-sim o segundo posto na hierarquia sale-siana.

Mais tarde, após a morte do PadreRicaldone, o Capítulo Geral XVII, com-posto por 102 entre superiores, inspe-tores e delegados salesianos, reunidos nodia 1º de agosto de 1952, na Casa Mãede Valdocco, escolheu o Padre RenatoZiggiotti, por unanimidade, no primei-ro escrutínio, para o cargo de Reitor-Mordos Salesianos, como quinto sucessor deDom Bosco. Nos treze anos em que foiReitor, os Salesianos conheceram o pe-

ríodo de máxima difusão da Congrega-ção na Itália e no mundo. “Durante oseu reitorado, de agosto de 1952 até maiode 1965, a Congregação alcançou o má-ximo do seu crescimento no que diz res-peito ao número de membros e de obras.De 16.900 irmãos, superaram os 22 mil.As inspetorias, de 52 passaram a 73. Ascasas, de 1.093 passaram para quase1.400. Foi construído o grandioso tem-plo em honra de Dom Bosco, em Romae o seu santuário no Colle dei Becchi,agora Colle Don Bosco. Conseguiu au-torização para transferir para Roma oentão Pontifício Ateneu Salesiano (ago-ra Universidade Pontifícia Salesiana). Par-ticipou das primeiras três sessões doConcílio Ecumênico Vaticano II, acom-panhado por uma coroa numerosa debispos salesianos e do Cardeal Raúl Sil-va Henriquez. Mas, sobretudo, quis vi-sitar as inspetorias e todas as casas daCongregação (e quase todas das Filhasde Maria Auxiliadora) e falar, ainda quebrevemente, com cada um dos salesia-nos, exceto em poucas regiões, sobretu-do na Europa Oriental, que estava sobo domínio dos comunistas. Mantevecontato também com os vários gruposda Família Salesiana. Essas visitas reper-cutiriam certamente na sua saúde, masquis realizá-las com coragem e sacrifí-cio, sustentado por uma instituição defé que lhe fazia perceber a urgência detecer uma rede de unidade diante da ex-plosão dos novos tempos. Uma tarefaquase impossível para o superior geralde uma congregação tão grande. E ele arealizou em mais de sete anos de exaus-tivas viagens”.

GRANDE CACIQUE

Padre Renato Ziggiotti foi procla-mado “grande cacique” pelos Bororos,

em Meruri, Mato Grosso, no dia 25 dejulho de 1957.

Dedicou os primeiros anos à fren-te da Congregação a visitas às casasda Europa. De Roma, nos dias 12 e13 de agosto de 1953, confirmava:“Visitei a maior parte das casas da Itá-lia, Espanha, Portugal, França, Alema-nha, Áustria, Bélgica, Holanda, Ingla-terra, Irlanda, Malta... Fico feliz de co-municar a todos que a minha vocaçãosalesiana foi revigorada e reafirmadamil vezes depois de ver com os meusolhos o quanto São João Bosco é ama-do e venerado no mundo; e o quantoMaria Auxiliadora continua a sua obrade Mãe e Mestra da nossa Família”.“No fim do ano de 1954, foi ao Ori-ente Médio. Dedicou o ano de 1955 àÍndia do Sul e do Norte, à Birmânia, àTailândia, ao Japão, à Austrália, àTasmânia, aos Estados Unidos e aoCanadá. Não se parecia nunca cansa-do: de um lugar ao outro, com pesso-as de alto nível, com os salesianos, comas comunidades masculinas e femini-nas (as das Filhas de Maria Auxiliado-ra), sob qualquer clima, nas horas maisdiversas, mantinha sempre o mesmosorriso, a palavra calorosa amabilíssimae esperada, vibrante e convincente. Damesma maneira, também em 1956, emvisita às Antilhas, à América Central,ao México, à Argentina, e, em 1957, àVenezuela, à Colômbia, ao Equador,ao Brasil, entre paisagens naturais es-tupendas, mas também entre tantasmisérias de tribos assistidas pelos mis-sionários, com leprosos ou nas aldei-as dos Xavantes ou com os Tucanosdo Rio Negro: disposto a tudo, a sercoroado grande cacique pelos índiosBororos de Mato Grosso, ou a aven-turar-se pelos rios traiçoeiros sobre

embarcações frágeis, ou a beber achicha, fruto de longa mastigação einsalivação das velhas jívaras. E, final-mente, em 1960, ainda visitou os Es-tados Unidos, depois a Patagônia coma Terra do Fogo, Chile, Peru, Bolívia,Paraguai e o Brasil, pela terceira vez”.Na viagem de 1965, com quase 74anos, lúcido e saudável, mas provadopelas viagens e pelas sessões do Con-cílio Vaticano II, decidiu renunciar aocargo de Reitor-Mor, rompendo coma tradição dos seus predecessores, queficaram no governo da Congregaçãoaté a morte.

DEMISSÃO VOLUNTÁRIA

“O gesto de pedir demissão como qual Padre Ziggiotti concluiu o seureitorado é um fato significativo da suapersonalidade, do seu amor pela Con-gregação e de sua visão de futuro. Eraum gesto inédito, único no gênero. Euestava presente naquele Capítulo e melembro a impressão enorme que cau-sou. Qualquer um poderia entenderaquele gesto como um perigo devidoàs possíveis consequências que pode-ria trazer com a ruptura de uma “tra-dição”. Mas ficou firme. Foi, o seu, umgesto admirável pela densidade de vir-tudes, pela visão de prudência e pelosincero amor pela Congregação, [...] efoi recebido na Congregação e foradela como expressão de uma persona-lidade humilde, corajosa, realista, aber-ta às lufadas de ar fresco do Concílio,fiel a Dom Bosco e sinceramente pre-ocupada em fazer crescer a sua Obranos novos tempos. No dia seguinte àeleição do seu sucessor, um irmão, Pa-dre Giovanni Raineri, passeava sozinhocom Padre Ziggiotti no pórtico doAteneu. Chegou um mensageiro dosCorreios e Telégrafos. Trazia um tele-grama que o porteiro logo entregouao Padre Ziggiotti. Procurou os ócu-los para lê-lo e, não os encontrando,disse ao irmão: “Leia para mim”. Otexto era um tanto extenso e havia sidoenviado por Aldo Moro (então Presi-dente do Conselho do Governo Itali-ano). Expressava-lhe seus sentimentosde admiração pelo exemplo dado coma visão de futuro. Naturalmente, no te-legrama havia também elogios à suapessoa. Padre Ziggiotti sorriu e comen-tou: “É um exagero, e você não diganada a ninguém”!”.

Naqueles dias, também Paulo VIlhe dava esta saudação de despedida:“Saudamos com afetuosa reverência oquerido Reitor-Mor demissionário, Pa-dre Renato Ziggiotti, com o qual nósmesmos tivemos felizes relações deamizade e compreensão e de eficazescolaborações, e do qual seguimos comadmiração e com aplauso o trabalhointeligente, incansável e muito positi-vo. Dom Bosco deve estar contentecom ele, como o estão os salesianos etodos os assistidos pela CongregaçãoSalesiana: Deus o abençoe!”.

De 1965 a 1971, foi Reitor do Tem-plo por ele construído no Colle natalde Dom Bosco, que se tornava sem-pre mais meta de peregrinos de todo omundo. Em 1971, com quase oitentaanos, retornou para o seu Vêneto, econcluiu os seus dias na Casa SagradoCoração de Albarè di Costermano, nascolinas veronesas, perto do lago deGarda. Em 1974, foi a Pordenone paracelebrar os cinquenta anos da casa ecelebrou, em Manfredine di Este, em1980, seus sessenta anos de sacerdó-cio. Morreu em Albarè, no dia 19 deabril de 1983.

Traduzido da Wikipedia, l’enciclopedia libera,

por Pe. Pedro Pereira Borges/Pró-Reitor de Pas-

toral da UCDB.