jornal ucdb - edição maio 2011

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CAMPO GRANDE-MS, MAIO/2011 Informativo mensal - Ano XI N o 256 - Campo Grande - MS - Maio/2011

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Jornal UCDB - Edição Maio 2011

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Page 1: Jornal UCDB - Edição Maio 2011

CAMPO GRANDE-MS, MAIO/2011

Informativo mensal - Ano XI No 256 - Campo Grande - MS - Maio/2011

Page 2: Jornal UCDB - Edição Maio 2011

CAMPO GRANDE-MS, MAIO/2011

Hemerson PistoriPró-Reitor de Pesquisa e Pós-

Graduação

02 e d i t o r i a l JORNAL UCDB

Universidade Católica Dom Bosco

Chanceler: Pe. Lauro Takaki Shino haraReitor: Pe. José MarinoniPró-Reitor de Administração: Ir. Altair Monteiro da SilvaPró-Reitor de Pastoral: Pe. Pedro Pereira BorgesPró-Reitora de Ensino e Desenvolvimento: Conceição Aparecida ButeraPró-Reitor de Pes quisa e Pós-Graduação: Hemerson PistoriPró-Reitora de Extensão e Assuntos Comunitários: Luciane Pinho de Almeida

JORNAL UCDB: elaborado pela Assessoria de Imprensa da Universidade Católica Dom Bosco - UCDB. Periodicidade mensal. E-mail: [email protected]. Telefones: (67) 3312-3355 e 3312-3359. Fax: (67) 3312-3353. Site: www.ucdb.br. Jornalistas: Jakson Pereira

(DRT: 467/MS), Silvia Tada (DRT:33/17/13) e Leonardo Amorim (DRT: 931/MS). Revisão: Edilza Goulart. Diagramação e Capa: Designer - Maria Helena Benites. Tiragem: 15.000 exemplares. Impressão: Gráfica UCDB.

Instituições ou pessoas interessadas em receber esta publicação, entrar em contato pelo e-mail: [email protected].

A Universidade Católica Dom Bosco - UCDB - não se responsabiliza pelos artigos assinados ou de origem definida. Os textos, mesmo

quando não publicados, não serão devolvidos aos autores.

Entidade filiada à ABRUC - Associação Brasileira das Universidades Comunitárias

ÍNDICE

03 ENSINO SUPERIOREstão abertas até o dia 26 de junho as inscrições para o Vestibular de Inverno da Universidade Católica Dom Bosco, considerada a melhor instituição de ensino superior de Mato Grosso do Sul, de acordo com o Índice Geral de Cursos do Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira, do Ministério da Educação (INEP/MEC).

04 ENTREVISTAO entrevistado da edição de maio do Jornal UCDB é o responsável pela Superintendência para Orientação e Defesa do Consumidor (PROCON/MS), Lamartine Ribeiro. Advoga-do formado nas Faculdades Unidas Católicas de Mato Grosso (FUCMT). Nesta entrevista ele fala sobre a parceria com a Católica e dos direitos do consumidor, entre outros temas.

11 AGENDA UNIVERSITÁRIAEventos, dicas de sites e livros.

05 ESPORTEA UCDB segue investindo nos esportes e mais um fruto desse trabalho foi conquistado: o tetracampeonato da 33ª Copa Mo-rena de Futsal. A equipe de futsal masculino da Universidade, foi criada em 1998 e, desde então, acumula diversas conquistas.

06 e 07 PESQUISADesde a criação dos seus primeiros programas de pós-graduação stricto sensu e da consolidação da Universidade Católica Dom Bosco como uma das principais instituições de educação superior do Centro-Oeste, a UCDB tem firmado acordos de cooperação internacional com diversas universidades da Europa, das Américas e da Ásia.

08 EVENTOS

09 PASTORAL

12 PERSONALIDADE SALESIANA

Conheça um pouco mais sobre a vida de Dom Antônio Malan

10 COMEMORAÇÃO

No último dia 22 de abril, Sexa-Feira Santa, alguns acadêmicos da Universidade Católica Dom Bosco, jovens da Comunidade Jesus Bom Pastor das Almas, Pré-Noviços Salesianos do Instituto São Vicente, além de outros voluntários, apresentaram pela primeira vez no Brasil a Ópera Rock O Ressuscitado, Além da Dor e da Cruz, na Praça do Papa, para mais de 1200 pessoas.

Hemerson Pistori

FRASE DE DOM BOSCO

“Uma pessoa de inteligência média,

mas virtuosa e humilde, faz

maior bem que uma de

inteligência brilhante,

mas soberba”.

FRASE DE DOM BOSCO

Combustível para o avanço da ciência

O curso de História da Universidade Católica Dom Bosco (UCDB) comemora 40 anos desde sua criação, sendo o primeiro curso do Estado de Mato Grosso do Sul fundado em 1971 na então Fa-culdades Unidas Católicas de Mato Grosso (Fucmat), atual UCDB. Para marcar a data, o curso de História preparou uma série de eventos e atividades programadas para todo o ano. “Café Histó-rico” marcou o início da programação na Católica.

Um dos mais impor-tantes combustíveis para o avanço da ciência é a in-tensa comunicação entre pesquisadores, acadêmicos e a sociedade em geral, ca-bendo tradicionalmente às universidades o papel de grandes conectores, através dos quais esta comunicação é facilitada e fomentada.

Nesta edição do Jornal da UCDB, o leitor irá conhe-cer um pouco mais sobre a componente internacional desta comunicação, através de exemplos de ações que vêm sendo desenvolvidas pela Universidade Católica

Dom Bosco na aproxima-ção com diversos outros países do mundo através do intercâmbio de docentes e de discentes e de seus pro-gramas e projetos de coope-ração internacional.

Além de facilitadora da comunicação entre os con-temporâneos, a Universi-dade se apresenta como excelente espaço de comu-nicação entre o passado e o presente, e também nesta edição, destaca-se o traba-lho da UCDB neste senti-do, através de seu curso de História, que comemorou seus 40 anos através do lan-çamento de mais um impor-tante livro relacionado com a história da nossa região, e da inauguração de uma nova exposição temporária no nosso singular Museu das Culturas Dom Bosco,

MCDB. A Católica também busca

sempre a comunicação com a sociedade em geral, estan-do presente nos principais eventos da nossa cidade, como foi o caso relatado neste número do Jornal da UCDB, do grande suces-so do nosso estande na 73ª Expogrande. Por fim, nesta edição comemoramos mais uma conquista do esporte da UCDB, através do bi-campeonato do nosso futsal na Copa Morena. Tudo isto ilustra de forma contunden-te o grande compromisso da Católica com a formação integral de seus alunos, ex-posto em sua missão insti-tucional.

Divu

lgaçã

o

Page 3: Jornal UCDB - Edição Maio 2011

CAMPO GRANDE-MS, MAIO/2011 03e n s i n o s u p e r i o rJORNAL UCDB

Processo Seletivo tem vagas para cursos presenciais e a distância

JAKSON PEREIRA

Vestibular da UCDB recebe inscrições até 26 de junho

Futuros acadêmicos realizarão a prova no dia 3 de julho no campus Tamandaré

GRADUAÇÃO

Estão abertas até o dia 26 de junho as inscrições para o Vestibular de In-

verno da Universidade Católica Dom Bosco, considerada a me-lhor instituição de ensino superior de Mato Grosso do Sul, de acor-do com o Índice Geral de Cursos do Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira, do Ministério da Educa-ção (INEP/MEC). A prova será no dia 3 de julho e as vagas ofe-recidas são para as modalidades presencial e a distância.

Na modalidade presencial, as vagas são para os cursos de Administração, Agronomia, Ci-ências Biológicas, Direito, Edu-cação Física, Engenharia Civil, Engenharia de Computação, Engenharia Mecânica, Engenha-ria Mecatrônica, Engenharia Sa-nitária e Ambiental, Jornalismo, Medicina Veterinária, Psicologia, Publicidade e Propaganda, Ser-viço Social e Zootecnia. Tam-bém será oferecido no processo seletivo o curso tecnológico em Análise e Desenvolvimento de Sistemase Rede de Computado-res (ver vagas no box ao lado).

Já a UCDB Virtual, na mo-dalidade de educação a distância, as inscrições estão abertas para as seguintes áreas: formação de bacharéis em Administração e Ciências Contábeis e tecnólogos em Gestão Pública, Gestão Am-biental, Negócios Imobiliários, Gestão Financeira, Gestão de

Recursos Humanos, Marketing, Logística e Processos Gerenciais.

De acordo com o edital, do total das vagas oferecidas, 40% são reservadas aos candidatos que optarem por utilizar os re-sultados do Exame Nacional do Ensino Médio (ENEM).

CAmPUSOs futuros acadêmicos vão

encontrar na Católica tudo que precisam para facilitar sua vida de estudante. A UCDB conta com agência do Banco Real e cai-xa eletrônico do Banco do Bra-sil. O restaurante localizado na entrada principal da Instituição oferece aos estudantes o prato universitário com preço acessí-vel, além das cantinas em todos os blocos.

A infraestrutura da UCDB conta com a maior biblioteca

do Centro-Oeste, com mais de 124 mil títulos e mais de 278 mil exemplares, e com o Complexo de Laboratórios Biossaúde, equi-pado com o que há de mais mo-derno em equipamentos para o auxílio da formação do estudante.

A UCDB também conta com um moderno laboratório de co-municação, o Labcom, que recebe os alunos nas agências experimen-tais e sedia a FM UCDB (91,5) e a TV UCDB (canal 14 da Net).

Além disso, a Católica inves-te na educação continuada, ofe-recendo dezenas de cursos de pós-graduação lato sensu (especia-lização) e stricto sensu, mestrado e doutorado na área de Educação e mestrado em Biotecnologia, De-senvolvimento Local e Psicologia.

Mais informações podem ser obtidas no site www.vestibular.ucdb.br.

Arquivo

Page 4: Jornal UCDB - Edição Maio 2011

CAMPO GRANDE-MS, MAIO/2011 04 e n t r e v i s t a JORNAL UCDB

“Queremos associar nosso serviço à qualidade técnica

de uma universidade como a UCDB”

Lamartine Ribeiro

JAKSON PEREIRA

Superintendente do PROCON, Lamartine Ribeiro é graduado pela FUCMT

JORNAL UCDB: A UCDB conta com um posto do Procon que oferece atendimento para acadêmicos e comunidade ad-jacente. Qual o objetivo deste tipo de parceria?LAmARTINE: O objetivo é chegar cada vez mais próximo da comunidade levando os serviços do PROCON e, no caso específi-co, associar esses serviços à quali-dade técnica de uma Universidade como a UCDB. Quando chega-mos ao PROCON em meados de 2008, estabelecemos um pla-nejamento estratégico da gestão, onde ficou evidente um grande distanciamento do órgão com re-lação à população. A partir de en-tão criamos o projeto PROCON PERTO DE VOCÊ, que açam-barca outros pequenos projetos, como o PROCON nas Univer-sidades, PROCON nos Bairros, PROCON nos Condomínios, etc. Com isso, o PROCON passou a ser mais visto e mais acionado, aumentando também nosso índi-ce de credibilidade junto à socie-dade. No caso da UCDB, como se trata de uma Universidade que cumpre com esmero seu papel junto à comunidade, a parceria se consolida ano a ano. De outro lado, ao disponibilizarmos pro-cessos para que os alunos orienta-dos pelos respectivos professores possam atuar como conciliadores, levamos mais uma vertente de atuação do profissional do Direi-to, para o estágio do acadêmico.

JORNAL UCDB: Tem um ba-lanço sobre o número de aten-dimentos realizados no posto do Procon na UCDB desde o início da parceria?LAmARTINE: São cerca de 40 pessoas atendidas todos os meses pelo PROCON dentro da UCDB.

JORNAL UCDB: Qual a im-portância de aumentar o nú-mero de postos de atendi-mento ao consumidor? Existe projeto para que aumente este número?LAmARTINE: A importância reside no fato de levarmos a de-fesa do consumidor, que é um

item de cidadania para próximo das pessoas, fazendo inclusão social e garantindo dignidade à população em suas relações de consumo. Vale lembrar que a defesa do consu-midor está no rol dos Direitos e Garantias Fundamentais da Cons-tituição Federal, também conhe-cidos como Direitos Humanos. Pretendemos ampliar a presença do PROCON junto à comunidade de imediato através de uma parce-ria que estamos construído com a Secretaria de Justiça e Segurança Pública, por iniciativa do Delega-do e também professor salesiano, André Matsushita, com a qual fare-mos de cada ponto da Polícia Civil de Campo Grande, um ponto de acesso aos serviços do PROCON. JORNAL UCDB: Quais são os serviços oferecidos pelo Procon a comunidade?LAmARTINE: Atendemos de-mandas pertinentes às relações de consumo que, diga-se de passa-gem, atualmente engloba grande parte dos negócios jurídicos a que estamos expostos no cotidiano. Vamos da simples consulta à orien-tação e fiscalização. Recebemos o consumidor nos nossos pontos de atendimento, tentamos uma so-lução imediata através de contato com a empresa reclamada. Não sendo possível a solução imediata, agendamos uma audiência onde tentaremos a conciliação do confli-to. Também recebemos denúncias pelo 151, nosso disque denúncias, a partir do que acionamos uma equipe de fiscais para verificar “in loco” as denúncias. Além disso disponibilizamos em nosso site – www.procon.ms.gov - o serviço de bloqueio de telemarketing, onde o consumidor pode bloquear seu telefone para não mais receber li-gações com publicidade e oferta de produtos e serviços. Também no site o consumidor pode consultar o Ranking do PROCON, onde vi-sualiza as empresas mais reclama-das, podendo assim discernir se a empresa com a qual se relaciona ou pretende se relacionar respeita ou não o consumidor. JORNAL UCDB: Quando o

consumidor deve procurar um posto do Procon?LAmARTINE: Consumidor é todo destinatário final de um pro-duto ou serviço colocado no mer-cado como atividade fim de uma empresa. Assim, se uma pessoa compra um carro de um particu-lar, não reside nesse negócio uma relação consumerista. Contudo, se uma pessoa compra um carro de uma concessionária ou numa loja de automóveis usados, en-tão está estabelecida uma relação de consumo. Qualquer problema que o consumidor tenha em suas relações de consumo é objeto de atuação do PROCON. Sempre re-comendamos ao consumidor que, diante de um problema, procure a empresa em primeiro lugar, vez que partimos do pressuposto da boa-fé. Não tendo sua demanda solucionada pela própria empresa, então o consumidor deve procurar o atendimento do PROCON. É claro que o PROCON pode e deve também ser acionado preventiva-mente. Neste caso, basta o cidadão ligar no 151, no 3316-9800, acessar o “Fale Conosco” do site do PRO-CON, ou simplesmente se dirigir a um dos pontos de atendimento do PROCON para tirar dúvidas, fazer consultar, denunciar práticas abusi-vas, etc.

JORNAL UCDB: Quantos ca-sos chegam ao Procon de mato Grosso do Sul por ano e qual a porcentagem de conciliação?LAmARTINE: Fechamos 2010 com aproximadamente 30.000 atendimentos. Como já disse, esse número significa que triplicamos o acesso ao PROCON durante a primeira gestão do Governador André Puccinelli. Mas realmente o mais importante é que temos man-tido uma média de resolutividade bastante alta. Enquanto a média nacional é de 80%, no Mato Gros-so do Sul alcançamos e mantive-mos a média de 85% de casos re-solvidos, sendo 67% solucionados imediatamente no que chamamos de Atendimento Preliminar.

JORNAL UCDB: Quais as principais metas do Procon de

mato Grosso do Sul para os próximos anos?LAmARTINE: Acredito que te-remos no mínimo mais um ano de crescimento no número de atendi-mentos, possivelmente chegando a 35 mil no final de 2011. Estamos trabalhando para que a partir daí possamos ter uma diminuição no número de atendimentos, desde que isso signifique que as pes-soas não estão precisando acio-nar tanto o PROCON porque as empresas estão agindo de forma a não perpetrar qualquer espécie de ofensa ao consumidor. Temos percebido que cada vez mais as empresas estão atentas a isso, ou seja, não adianta resolver a ques-tão do consumidor no PROCON, o importante é não permitir que esse consumidor chegue ao PRO-CON. Trata-se de uma política de conquista do consumidor pela qualidade no atendimento, na ven-da e principalmente no pós-venda. Cito como exemplo as empresas operadoras de telefonia móvel: em um certo ponto do maior Sho-pping da cidade, é possível man-ter contato visual com todas as empresas que operam em Mato Grosso do Sul. Se o consumidor levar a proposta de uma para a ou-tra, certamente a concorrente terá formas de cobrir a oferta inicial àquele consumidor. Ora, o que determina então a escolha do con-sumidor? Cada vez mais vai preva-lecer a perspectiva daquele consu-midor de ter “dor de cabeça” no futuro. Então, antes de decidir o consumidor vai consultar paren-tes, amigos ou o Ranking do PRO-CON e verificar se vale a pena ser cliente de uma empresa que lidera o Ranking de Reclamações. Atu-almente algumas empresas que antes encabeçavam a lista de recla-mações, perceberam perfeitamen-te o efeito do marketing positivo que pode ser extraído do Ranking do PROCON. Águas Guariroba, BrasilTelecom-Oi, Enersul, Vivo,

entre outras, tem apresentado mês a mês, uma curva descen-dente no número de reclamações de seus clientes. Se a tendência continuar, em breve atingiremos nossa próxima grande meta que é a diminuição do atendimento do PROCON em razão do tra-to mais respeitoso das empresas para com os consumidores no Mato Grosso do Sul.

JORNAL UCDB: Qual o reca-do que o senhor deixa para as pessoas que são prejudicadas pelas empresas, mas acabam não procurando seu direito?LAmARTINE: O recado nasce de um exemplo: considere uma empresa que presta serviço com remuneração continuada através de faturas mensais e que tenha no Mato Grosso do Sul 500.000 consumidores. Se essa empresa cometer um pequeno “erro” de R$ 5,00 em cada uma das contas, são R$ 2.500.000,00 que todos os meses a empresa recebe sem ter nada feito pelo consumidor. E o pior é que esse dinheiro na maior parte das vezes sai de Mato Grosso do Sul, pois as empresas são multinacionais ou têm sede em outros Estados. Com isso, um volume importante de dinheiro deixa de circular na economia sul-matogrossense, portanto não gera riqueza, não gera empregos, não gera impostos. A mesma situação pode ocorrer num supermercado que está com preços menores na gôndola do que no caixa. Pode ser R$ 0,50, mas se aquilo se repe-te centenas de milhares de vezes, então temos um locupletamento ilícito da empresa em cima do su-ado dinheiro do consumidor. En-tão o recado é: não importa o va-lor ou o tamanho da ofensa que é praticada na relação de consumo: reclame, denuncie no 151, “bote a boca no mundo” faça valer seu direito como consumidor, é uma questão de cidadania!

Divulgação

O entrevistado da edi-ção de maio do Jornal UCDB é o responsá-

vel pela Superintendência para Orientação e Defesa do Con-sumidor (PROCON/MS),

Lamartine Ribeiro. Advogado formado nas Faculdades Uni-das Católicas de Mato Grosso (FUCMT), em 1991, o superin-tendente é professor de cursos de graduação e pós-graduação, ex-diretor administrativo da Fundação Estadual de Saúde,

ex-presidente da Fundação Escola de Governo de Mato Grosso do Sul, cargo que ocu-pou até assumir o PROCON. Nesta entrevista ele fala sobre a parceria com a Católica e dos direitos do consumidor, entre outros temas.

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CAMPO GRANDE-MS, MAIO/2011 05e s p o r t eJORNAL UCDB

Jogadores da equipe da UCDB e direção da Universidade posam com o troféu de campeão da competição

Título, segundo consecutivo, veio após vitória sobre o AEFA de Dourados

FUTSAL

Católica conquista o tetracampeonato da Copa Morena

Leonardo Amorim

A Universidade Católica Dom Bosco (UCDB) segue investindo nos es-

portes e mais um fruto desse tra-balho foi conquistado: o tetracam-peonato da 33ª Copa Morena de Futsal. O título veio após a vitória por 2 a 0 sobre o time douraden-

se da Aefa, fechando a campanha invicta da equipe com sete vitórias e dois empates. Além do empe-nho de atletas e comissão técnica, o tetracampeonato representa o sucesso do trabalho realizado pela UCDB junto aos atletas e treina-dores, tanto das modalidades co-letivas, como das individuais. A equipe de futsal masculino da Uni-versidade, por exemplo, foi criada em 1998 e, desde então, acumula

diversas conquistas.Transmitida ao vivo pela TV

Morena, a final que deu o tetra-campeonato à UCDB começou equilibrada e com ambos os times trocando muitos passes. Ao longo do jogo, a Aefa passou a ter mais posse de bola, enquanto o Salesia-nos buscou marcar forte, dificul-tando a saída de bola adversária e iniciando rápidos contra-ataques. Algumas chances de gol foram

NYELDER RODRIGUES

criadas pelos dois times, mas ne-nhuma foi concluída com sucesso, encerrando o primeiro tempo sem gols.

As equipes voltaram para o segundo tempo com a mesma postura do primeiro, e a opção da UCDB pela aplicação tática valeu a pena em poucos minutos. Após a defesa recuperar a bola, o pivô Heberson passou por dois adver-sários e tocou para Diego Vivei-ros, que chutou cruzado, na saída do goleiro, e acertou o ângulo da meta douradense.

Em desvantagem no placar, o time da Aefa começou a pressio-nar mais a UCDB, exigindo que o goleiro Jeferson fizesse grandes defesas. Em contrapartida, os dou-radenses passaram a oferecer mais espaços para os contra-ataques e quase levaram o segundo gol em chute na trave de Alessandro.

Mas não demorou muito e, no-vamente em um contra-ataque e chute cruzado de Diego Viveiros, Arthur desmarcado na área des-viou a bola de cabeça para marcar o segundo gol da partida. A partir daí, a Aefa buscou de todas as ma-neiras reverter o placar, inclusive usando o recurso do goleiro-linha. O time de Dourados chegou a acertar a trave em chute do fixo Deco, entretanto, a UCDB resistiu até o fim e pôde comemorar o tí-tulo.

Treinada por Paulo Sérgio Ro-drigues, a equipe da UCDB é reco-nhecida por ter a marcação como principal virtude. De acordo com Paulo Sérgio, isso é reflexo do es-pírito coletivo do grupo, que para ele é a principal marca do time. “Nosso grupo tem um objetivo em comum. Cada atleta tem seu estilo de jogo, mas o objetivo é o mesmo e todos se enquadram e se esforçam para cumprirem seus papéis em quadra” ressalta Paulo Sérgio.

TETRACAmPEONATOToda a importância que envol-

ve o título é reconhecida pela Pró-Reitora de Extensão e Assuntos Comunitários, Dra. Luciane Pinho de Almeida. Conforme a Pró-Reitora, essa conquista confirma o apreço da UCDB pelos esportes como um dos elementos que fa-zem parte da formação acadêmi-ca. “Nossa preocupação é com a formação integral do acadêmico como cidadão, valorizando tam-bém os esportes, a arte e a cultu-ra, e não só a formação técnica. A conquista desse título reforça esse trabalho e contribui muito com nosso projeto”, afirma Dra. Lu-ciane Pinho, que esteve presente na torcida da UCDB na final da competição.

Outro que compareceu à final da Copa Morena e destaca o valor do tetracampeonato da UCDB é o Pró-Reitor de Administração, Me. Altair Gonçalo Monteiro da Silva, que vê o título como principal re-conhecimento do trabalho. “Essa vitória demonstra todo o esforço da UCDB em manter o esporte vivo dentro da Universidade e dar continuidade ao trabalho realizado em todas as modalidades”, co-menta.

TORCIDAAlém dos Pró-Reitores Me.

Altair Monteiro e Dra. Luciane Pinho, a torcida também contou com o Diretor Administrati-vo da Católica, Antônio Alves, além de outros colaboradores e acadêmicos. Entre eles, estava o estudante do 2º semestre de Di-reito e atleta da equipe de han-debol da UCDB, Vinícius Araú-jo. Segundo Vinícius, os olhares que a conquista atrai beneficia não apenas o futsal, mas todos os outros esportes. “Quando jo-gamos, representamos a UCDB e todos os esportes mantidos por ela. Com o futsal é a mesma coisa e qualquer conquista de um esporte da UCDB é muito valorizado pelos outros atletas”, conta Vinícius.

JOGOS ABERTOS

A Universidade Católica Dom Bosco conquistou quatro medalhas de ouro das seis pos-síveis nas modalidades coletivas dos Jogos Abertos de Mato Grosso do Sul (Jams), além de uma medalha de prata e as va-gas nos Jogos Abertos Brasilei-ros (Jabs), que serão disputados em Poços de Caldas (MG).

A UCDB participou da competição com cinco equipes dos seguintes esportes: basque-tebol (masculino e feminino), voleibol (masculino e feminino) e handebol (masculino) e futsal (feminino), ficando de fora ape-nas da disputa do futsal mas-culino. O expressivo número de medalhas apenas confirma a qualidade e importância do trabalho da Católica realizado com os esportes.

Jogando em Campo Gran-de, o basquetebol venceu os

dois títulos de forma invicta. No feminino, a conquista veio após vencer por 64 a 58 a equipe de Naviraí. Já no masculino, o título foi ganho após a vitória por 69 a 68 sobre o Paranhos, em partida decidida na prorrogação, graças a atuação do jogador Adaílton que acertou uma cesta de três pontos, assegurando assim o título.

Ainda em Campo Grande, outro primeiro lugar foi con-quistado pelo handebol mascu-lino. Na estreia, o time perdeu por 32 a 28 para Maracaju, mas se recuperou na segunda partida e venceu São Gabriel do Oes-te por 33 a 23. Como Maracaju havia perdido para São Gabriel por 30 a 27, os três times fica-ram empatados no número de pontos. Porém, a UCDB ficou com a medalha de ouro por ter o melhor saldo de gols. Foram seis gols de saldo contra apenas um de Maracaju e sete negativos de São Gabriel do Oeste.

No futsal feminino, o ouro foi

conquistado em Amambai ao der-rotar a equipe da casa por 9 a 2, em outra campanha invicta da UCDB.

O voleibol feminino foi ou-tro a realizar grande campanha e conquistar o ouro com uma vitória por três sets a zero sobre Naviraí, enquanto o masculino faturou a medalha de prata ao ser superado por 3 a 1 pelo time de Três Lagoas.

JUDôOs judocas da Católica con-

quistaram nove medalhas de ouro no Jams e se classificaram para os Jogos Abertos Brasileiros. Os confrontos do Judô foram rea-lizados em Sidrolândia (MS) e a UCDB participou de todas as ca-tegorias de peso, conquistando o título por equipes tanto no mas-culino como no feminino.

No masculino, os medalhis-tas de ouro da Universidade foram Sidnei Garcia, pelo peso super ligeiro (-55kg), Hernan-do Amorim, peso meio leve

(-66kg); Everton Mariano, leve (-73kg), Luiz Henrique Nasci-mento, médio (-90kg), e Gér-son Luiz, que competiu na ca-tegoria pesado (+100kg).

Já no masculino, as meda-lhistas de ouro foram a peso li-geiro (-48kg), Fernanda Olivei-

ra, a peso meio leve (-52kg), Lara Raryne, e Jéssica Pereira, peso meio pesado (-78kg). Emory Alves, conquistou duas medalhas de ouro, uma na categoria de peso médio (-70kg) e outra no peso abso-luto (peso livre).

NYELDER RODRIGUES

Emory Alves (azul) foi um dos destaques da UCDB nos Jogos Abertos

Divulgação

Page 6: Jornal UCDB - Edição Maio 2011

CAMPO GRANDE-MS, MAIO/2011 06 p e s q u i s a JORNAL UCDB

LEONARDO AMORIM

UCDB desenvolve projetos em conjunto com diversas instituições internacionaisParcerias são realizadas em diversas áreas do conhecimento e envolve acadêmicos e professores

INTERCÂMBIO

Desde a criação dos seus primeiros programas de pós-graduação stric-

to sensu e da consolidação da Universidade Católica Dom Bosco como uma das principais institui-ções de educação superior do Cen-tro-Oeste, a UCDB tem firmado acordos de cooperação internacio-nal com diversas universidades da Europa, das Américas e da Ásia. As parcerias geralmente partem dos contatos mantidos pelos pesquisa-dores e já têm resultados importan-tes, como publicações em conjunto de livros, artigos científicos e inter-câmbio de alunos e professores.

Acordos de cooperação aca-dêmica, nas diversas áreas do conhecimento, são mediados na UCDB, por diversos professores, dentre eles Dra. Sonia Grubits, Dra. Aivone Carvalho Brandão, Dr. Olivier Vilpoux e Dr. Márcio Luis Costa. Ainda, sob a lideran-ça da professora Dra. Cleonice Le Bourlegat a UCDB passou a fazer parte do Programa Internacional Erasmus Mundus, fomentado pela

comissão européia, órgão executivo da União Européia, que visa inves-tir na qualidade do Ensino superior através do oferecimento de cursos masters. E, por fim, as parcerias prevêem a realização de trabalhos voltados à formação continuada em ambiente virtual desenvolvidos pela professora Dra. Maria Cristi-na Lima Paniago Lopes. Entre os temas dos projetos da UCDB com cooperação internacional, estão também aqueles voltados às ques-tões indígenas, desenvolvidos pelo Núcleo de Estudos e Pesquisas das Populações Indígenas (Neppi), sob coordenação do do professor Dr. Antonio Brand.

Neste ano, uma parceria da Católica com a Universidade de Nebraska-Lincoln (UNL), nos Estados Unidos, possibilitou a integração do norte americano Jesse Starita no Programa de Mestrado em Desenvolvimento Local. Além de realizar sua dis-sertação, o mestrando trabalha em um projeto de Jornalismo Ambiental, que documenta e mostra o processo de produção de etanol no Mato Grosso do Sul. A experiência com o Jorna-

lismo possibilitou que Jesse es-crevesse um artigo contando sua experiência no Brasil, as dificul-dades com a língua portuguesa e a importância das parcerias in-ternacionais (leia ao lado). “Além da questão cultural e formação integral, os convênios geram oportunidade de pesquisa inte-grada, possibilitam a troca de co-nhecimento e compartilhamento

de recursos”, comentou o Pró-Reitor de Pesquisa.

A mais nova parceria da UCDB será firmada com o Consorzio Zenit, uma instituição similar a uma Organização Não-Governamental e a empresa de engenharia elétrica e eletrônica Siemens. No dia 19 de junho, o Pró-Reitor Dr. Hemerson Pisto-ri, acompanhado do Pró-Reitor

Administrativo da Católica, Me. Altair Monteiro da Silva, e do assessor para assuntos especiais da Reitoria José Reinaldo viajam para a cidade de Florença, onde tentarão viabilizar o aperfeiço-amento de acadêmicos junto à indústria, com a proposta de de-senvolver produtos em conjunto, iniciar a criação de um pólo tec-nológico e oferecer novos cur-sos de extensão e pós-graduação em parceria com a Indústria. Na Itália, a comissão da Católica deve visitar instituições de ensi-no, governamentais, empresas e universidades das cidades de Mi-lão e Florença.

IUS ENGINEERING GROUPO IUS Engineering Group é

uma comunidade criada em 2005 e conta com a colaboração de 14 Instituições Salesianas de Educa-ção Superior (IUS) de nove países diferentes — Brasil, Espanha, Fili-pinas, Índia, Itália, Japão, Equador, Bolívia, El Salvador. O principal objetivo da comunidade é melho-rar a comunicação e incentivar os esforços conjuntos entre os pro-

Universidade Católica oferece aos acadêmicos a oportunidade de participar de projetos e intercâmbio

Arquivo

Page 7: Jornal UCDB - Edição Maio 2011

CAMPO GRANDE-MS, MAIO/2011 07p e s q u i s aJORNAL UCDBFoto: Arquivo pessoal

gramas de pós-graduação de enge-nharia e informática e de gradua-ção a partir destas instituições.

Dentre os membros do projeto estão o Pró-Reitor Dr. Hemerson Pistori, pesquisador líder na Visão Computacional e

Aprendizado de Máquina e pre-sidente do grupo. Participam ainda os cursos de Engenharia de Computação, Engenharia Mecatrônica, Engenharia Mecâ-nica, Tecnologia em Análise de Sistemas e Desenvolvimento e

Tecnologia em Redes de Com-putadores. “Hoje com a internet os laços formados são facilmen-te mantidos e ampliados, a tec-nologia tem sido grande aliada nesse processo”, complementou o Dr. Hemerson.

“Você quer tereré?”

Jesse Starita

Essa pergunta, uma que ouvi muitas vezes nesses dias, é um bom sumário das minhas experi-ências aqui em Campo Grande. Ao mesmo tempo, ela representa os melhores aspectos do intercâm-bio internacional. Em Nebraska, meu estado de origem nos Estados Unidos, nós não temos tereré ou o calor habitual que faz com que o seu gosto seja tão bom, muito me-nos o idioma português. E assim, quando tomo uma bebida num chifre de boi, quando me refresca e enxuga o suor de minha testa e quando respondo em bom portu-guês—sempre sim para o tereré—reconheço que estou vivenciando uma experiência maravilhosa.

Graduei-me em jornalismo em 2006, pela Universidade de Ne-braska. Durante meu terceiro ano na faculdade, fiz um intercâmbio em Perugia, Itália — uma cidade montanhosa e romântica na região da Úmbria. Lá aprendi a aplicar to-dos os aspectos do jornalismo em um local desconhecido: coragem, flexibilidade, curiosidade, empatia e autodisciplina. Depois de for-mado e entusiasmado com aquela experiência, desejava redescobrir aqueles traços, mas em algum local ainda mais exótico e vibrante. Ou seja, Brasil.

Vim pela primeira vez ao Bra-sil, no dia seguinte à eleição de Barack Obama, através dos Com-panheiros das Américas. Há quase cinquenta anos, essa organização tem fortalecido e promovido os laços entre América do Sul e Amé-rica do Norte, por meio de inter-câmbios educacionais, liderança da juventude, bolsas de negócios e programas de artes e lazer, como exposições fotográficas, hip hop transcultural e clubes de conver-sação. Em 2008, era um membro de comitê em Nebraska e estáva-mos desenvolvendo uma parceria entre nosso estado e Mato Gros-so do Sul. Ganhei uma bolsa na área de educação e cultura, que me possibilitou voar dezesseis horas entre Lincoln, Nebraska e Cam-po Grande, onde morei com uma família brasileira. Durante uma se-mana visitei o Parque das Nações Indigenas, o Correio do Estado, o CRAS, a Embrapa, a Escola Mar-çal de Souza, a UNIDERP, UFMS e aUCDB. Mais do que as insti-

tuições e monumentos, foi o con-tato com as pessoas que mais me despertou interesse pelo Brasil. No final daquela viagem, ainda no aeroporto de São Paulo, concluí: preciso voltar e ficar por mais de uma semana.

De volta a Nebraska, iniciei meus estudos de pós-graduação na Universidade de Nebraska-Lin-coln. A UNL, como é conhecida, é a maior e melhor universidade do estado, com vinte e cinco mil alu-nos e um orçamento de pesquisa de 140 milhões de dólares. A cida-de Lincoln se parece com Campo Grande, com uma tradição agrí-cola, música sertaneja e um estilo de vida sem pressa. Lá, em 2009, entre as aulas de pós-graduação, estudei português e fiz as cone-xões com mais brasileiros. Mas, até então, não sabia como poderia voltar ao Brasil, até que comecei a investigar as opções. Descobri so-bre a organização Fulbright, que já enviou trezentas mil pessoas de todo o mundo para desenvolver projetos de pesquisa e estudos em países estrangeiros. Nossa! Sabia que essa era minha oportunidade. Então, depois de quinze revisões, três cartas de recomendação, in-contáveis horas memorizando os tempos dos verbos em português e após um verão inteiro, submeti a minha proposta à Fulbright. O que aconteceu na sequência é uma história ainda em desenvolvimen-to.

Hoje estou na Universidade Católica Dom Bosco cursando mestrado em Desenvolvimento Local. Além disso, estou traba-lhando em um projeto de jorna-lismo ambiental, que documenta e mostra o processo de produção de etanol em Mato Grosso do Sul. Posso dizer sem reservas que, sem parcerias internacionais e a recep-tividade e gentileza dos brasileiros, minha existência aqui seria muito improvável. Gostaria de encorajar os alunos da UCDB para que ex-plorassem suas paixões e aplicas-sem seus talentos para vivenciar um intercâmbio internacional. Porque, muitas vezes, os desafios que enfrentamos—o ônibus, aulas bem cedo pela manhã, um novoi-dioma—não são nada diante da alegria simples de beber um tereré bem gelado e praticar o meu por-tuguês.

Jesse Starita está cursando mestrado em Desenvolvimento Local. Siga seu blog sobre as experiências no Brasil, fotos e artigos sobre temas ambien-tais aqui: http://www.nebrjournal.com

ARTIGO

Jesse Starita faz mestrado na UCDB através de intercâmbio

Projeto Instituições parceiras Professor responsávelRede de Saberes – permanên-cia de acadêmicos indígenas no ensino superior.

Fundação FORD (EUA), UEMS, UFGD, UFMS

Antonio Brand

Apoio ao Fortalecimento das Políticas Públicas dos Índios Guaranis na Região Trans-fronteiriça

Universidad Pablo de Olavide de Sevilla (Espanha), Univer-sidad Nacional de Misiones (Argentina) e Universidad Católica de Asunción (Para-guai), UNICAMP

Antonio Brand

Formação Continuada em uma Comunidade Virtual: Um Espaço de Reflexão e Colaboração

UAPT - Universidade Aberta de Portugal - CEMRI (Por-tugal)

Maria Cristina Lima Paniago Lopes

Projeto: Relações de Gênero e Políticas Sociais na América, Europa e Caribe

UNILIM - Universidade de Limoges (França)

Sonia Grubits, Luciane Pinho de Almeida, Aivone Carvalho, José Carlos Rosa Pires, He-loisa Bruna Grubits, Anita Guazzelli e Marcio Luis Costa

Intercâmbio Acadêmico, Científico e Cultural

CIAD - Centro de Investi-gación en Alimentación y Desarrollo - Universidade de Sonora (México)

Sonia Grubits

Papel da universidade no desenvolvimento das coletivi-dades locais

Centre d Etudes et de Recher-ches sur le Bresil (CERB), Université du Québec à Mon-tréal (UQAM) e Conseil de Recherches en Sciences Hu-maines du Canada (Canadá)

Cleonice Alexandre Le Bour-legat

Erasmus Mundus STeDe - Desenvolvimento Territorial Sustentável

Universitá degli Studi di Pa-dova (Itália), Universidade Católica de Leuven (Bélgica), Université Paris 1 - Pantheon - Sorbonne (França), European Comission

Cleonice Alexandre Le Bour-legat

Intercâmbio Acadêmico, Científico e Cultural

Universidade Eötvös Loránd, ELTE-BTK (Hungria)

Hemerson Pistori

Rede IUS para as Áreas de En-genharia e Tecnológicas - IUS Engineering Group

UPS (Equador), DBIT (India), DBTC (Filipinas), EUSS (Es-panha), Salesio (Japão), UDB (El Salvador), USB (Bolívia), UNISAL, UNISALESIANO

Hemerson Pistori

Intercâmbio Acadêmico, Científico e Cultural

UTK - University of Tenes-see Knoxville - UT’s School of Communication Studies (EUA)

Hemerson Pistori

Intercâmbio Acadêmico, Científico e Cultural

Museum für Völkerkunde (Austria)

Aivone Carvalho Brandão

Intercâmbio Estudantil Conferência de Reitores e Dirigentes das Universidades de Quebéc (Canadá)

Hemerson Pistori

Rede de Cooperação em Qual-idade e Governança

Universidade Miguel Hernan-dez (Espanha), UNISAL, USP (Lorena), UNESP (Guará)

Olivier Vilpoux

Projeto de cooperação cientí-fica e acadêmica com perspec-tiva de intercâmbio docente e discente

U n i v e r s i d a d e d e S a n Buenaventura (Colômbia)

Márcio Luis Costa

Projeto de cooperação cientí-fica e acadêmica com perspec-tiva de intercâmbio docente e discente

Universidade de Manitoba (Canadá)

Maria Cristina Lima Paniago Lopes

Centro de Estudos Egas Moniz

Hospital Santa Maria da Fac-uldade de Medicina da Uni-versidade de Lisboa (Portugal)

José Carlos Rosa Pires

Principais Projetos e Acordos de Cooperação Interinstitucional

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CAMPO GRANDE-MS, MAIO/2011 08 e v e n t o s JORNAL UCDB

SEMANA DO MUSEU

A história salesiana reserva certas da-tas que devem ser lembradas para sempre. São acontecimen-tos marcantes que nunca mais saem da memória porque são revestidos de muitos significa-

dos e justamente por isso se tornam inspiração, ainda hoje, para a continuidade da Missão. O dia “D” da ação Missionária Salesiana em terras matogrossenses é uma destas datas muito especiais. Estamos nos referindo ao dia 18 de junho de 1894, quando chegou em Cuiabá a

primeira expedição de missionários salesianos, acompanhados pelo Bispo Dom Luiz Lasagna. Seu objetivo era trabalhar em escolas

profissionais e com as populações indígenas. No ano de 1894 o governo de Mato Grosso man-

tinha entre os Bororo uma colônia de militares. O ob-jetivo desses militares era a dominação dos indígenas

e exploração suas riquezas minerais, além de explorá-los como mão-de-obra. Porém estes militares fracassaram no seu objetivo de dominar os índios. Sabendo da chegada de missionários o

governo quis estrategicamente colocar aquele grupo de militares aos cuidados dos missionários no intuito de que equacionassem a com-plicada situação entre militares e indígenas.

Para os salesianos, estava muito clara a missão de Evangelizar e para o governo a questão era de domínio e controle, usando

para tanto de extrema violência. O resultado imediato desta difícil equação foi a separação. Os salesianos pro-

curaram ser autônomos e por isso se estabeleceram em outro lugar, na região dos Tachos, ali se prepa-raram para evangelizar.

As dificuldades eram imensas, pois eram vis-tos como invasores, sondados, observados de longe. A aproximação era lenta e cuida-

dosa. Além dos Bororo, havia também os Xavantes, estes violentos e guerreiros e

18 de cada mês: um dia para ser lembradoinimigos ferrenhos dos bororo. Mas os salesianos estavam dispostos a evangelizar também estes. Hostilidades, desconfianças, falta de recursos, doenças e principalmente a malária aumentavam os infortúnios. Somava-se a tudo isto a dificuldade de comunicação. Como entender a língua um outro?

O tempo passou e os índios chegaram a uma importante constatação: aqueles homens vestidos de branco eram diferentes, eles não garimpa-vam, não estavam interessados no ouro, caçavam pouco, não disparavam suas armas. Era um dado positivo em meio a tantas dificuldades, mas imperava o conflito: mortes, emboscadas, expulsões. Sepultamento de salesianos. Chegada de outros. Acima de tudo era preciso muita coragem para permanecer ali naquela região do “rio das mortes”.

Os missionários não estavam ali jogados à própria sorte. Estavam ali movidos por uma missão, alicerçada numa fé e em um ideal traça-do por Dom Bosco. Muitos fatos extraordinários foram acontecendo. A proteção de Nossa Senhora Auxiliadora se fez perceber na cosmovisão indígena. As celebrações, sensíveis à próprias crenças indígenas, que se inculturavam e tornava-se símbolo de segurança e paz, mesmo entre os inimigos.

Um salto na história nos mostra depois que em 25 de abril de 1958 foi fundada a Missão de São Marcos que até hoje é um centro Missionário para os Xavante. Um outro grupo , Xavante, dirigiu-se para Sangradouro em 24 de fevereiro de 1957, e até hoje convive ao lado de um grupo Bororo, símbolo da missão vitoriosa dos salesianos e sinal de paz entre os povos.

Por isso, o dia 18 de cada mês quer ser lembrado com especial aten-ção pela Família Salesiana como marco inicial de um grande projeto mis-sionário, cuja história, recheada de coragem, fé e fatos extraordinários significam a assinatura divina, que a tudo conferiu a sua graça.

Fonte: LACHNITT, J.; MACIEL, J.B. (Coords.) Do primeiro encontro com os Xavante a demarcação de suas reservas, Campo Grande: MSMT-UCDB, 1996.

Prof. me. Brasdorico merqueades dos Santos

O Museu das Culturas Dom Bosco abre ao público neste mês a exposição temporária com o acer-vo de ciências naturais, uma das mais aguardadas desde a sua rei-nauguração, em 2009, quando abriu oficialmente as portas da exposição de longa duração dos setores de Arqueologia e Etnologia, à visita-ção pública.

Inicialmente, como parte das comemorações da 9ª Semana Nacional de Museus, a exposição denominada “De Rerum Natu-ra”, Sobre a Natureza das Coisas, ficará aberta ao público até a con-clusão da construção do salão de exposição permanente das Ciên-cias Naturais.

“É um anseio da população, não só campo-grandense, mas de todos que visitam o Museu das Culturas Dom Bosco a volta do acervo de Ciências Naturais. Entretanto, ain-

da está em fase de construção a ala que receberá estas coleções, então manteremos esta exposição à dis-posição do público até conclusão das obras da nova ala”, comentou o biólogo Alessandro Shinohara, um dos responsáveis pela exposição.

Na exposição, os visitantes po-derão ver parte da coleção de ani-mais empalhados (taxidermizados), fósseis, insetos, conchas e minerais. “Serão centenas de peças que esta-rão expostas, demonstrando a tran-sição expositiva do antigo Museu Dom Bosco para a nova concep-ção museográfica do MCDB , e es-pero que esta mostra possa dar uma ideia de como será o ala definitiva de Ciências Naturais”, comentou Alessandro.

Durante a 9ª Semana Nacio-nal de Museus, além da exposi-ção, o público visitante poderá acompanhar documentários, palestras e conhecer os acervos etnológico e arqueológico que estão no local.

JAKSON PEREIRA

MCDB realiza exposição de ciências naturais

Mais uma vez o stand da Uni-versidade Católica Dom Bosco foi um dos principais destaques da Expogrande, a maior feira agropecuária de Mato Grosso do Sul e uma das principais do Centro-Oeste, realizada no mês passado, em Campo Grande. Durante o evento, mais de 15 mil pessoas que passaram pelo local puderam conhecer um pouco do trabalho desenvolvido pela Fazenda-Escola, pelo Centro de Tecnologia e Agronegócio (Ce-TeAgro), pelos cursos de Zoo-tecnia, Agronomia e Medicina Veterinária, além do Biotério, que por mais um ano foi um dos destaques, não só do stand, mas de toda a feira com a exposição de animais silvestres e orienta-ções sobre como lidar com esses animais.

O local contou também com

a presença do carro da UCDB que disputará a Fórmula Univer-sitária e que tem sido desenvol-vido por acadêmicos das Enge-nharias Mecânica e Mecatrônica. Durante os dias de feira, entre os trabalhos apresentados, os acadê-micos dos cursos de Agronomia e Zootecnia levaram projetos de-senvolvidos na Fazenda-Escola, como o minhocário, os estudos sobre o perfil de solo e o simu-lador de erosão. Já os estudantes que desenvolvem pesquisas no CeTeAgro apresentaram tra-balho realizado na área de agri-cultura familiar, a produção de compotas e cachaças artesanais, trabalhos sobre a cadeia produti-va do bambu, amido e cultivo de tecidos. Por sua vez, o Laborató-rio de Entomologia apresentou aos visitantes informações sobre diversas espécies, como bicho pau e insetos fixados.

“É muito importante para os

estudantes terem a oportunida-de de apresentar seus trabalhos para a população, pois assim todos que visitaram o stand da Universidade Católica Dom Bosco tiveram a oportunidade de apreciar pelo menos alguns dos serviços que oferecemos”, comentou o Reitor da UCDB, Pe. José Marinoni, em visita ao local.

O advogado Sérgio Olivei-ra, de Dourados, a passeio em Campo Grande, aproveitou para ir na Expogrande e pas-sou pelo stand da UCDB. “Es-tou impressionado com o que a universidade oferece. Não sabia do trabalho do Biotério e nem que a universidade participa de uma competição nacional de automobilismo”, comentou. “Estudei na UCDB e muitos desses serviços eu não conhe-cia. Estou muito feliz por poder ver esta evolução dos trabalhos acadêmicos, principalmente por terem um local importante para serem expostos”, complemen-tou a professora Lucia Regina Molina.

Para o Pró-Reitor de Admi-nistração da UCDB, Me. Altair Monteiro da Silva, a presença da Católica em eventos como a Ex-pogrande é muito importante e será cada vez mais constante. “Precisamos levar para a co-munidade e apresentar a socie-dade os serviços que temos e a produção de nossos estudantes, por isso sempre que tivermos a oportunidade de participar des-te tipo de evento com certeza estaremos”, argumentou o Pró-Reitor.

UCDB recebe mais de 15 mil pessoas durante a Expogrande

Trabalho em conjunto foi o diferencial do stand da Católica

JAKSON PEREIRA

Leonardo Amorim

Acervo temporário está à disposição da população em geral

Arquivo

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CAMPO GRANDE-MS, MAIO/2011 09p a s t o r a lJORNAL UCDB

Projeto realizado pela Pró-Reitoria de Pastoral foi desenvolvido durante a Semana Santa

Fotos: Jakson Pereira

MUSICAL

O Ressuscitado: além da dor e da cruz

PE. PEDRO PEREIRA BORGES

No último dia 22 de abril, Sexa-Feira San-ta, alguns acadêmicos

da Universidade Católica Dom Bosco, jovens da Comunidade Jesus Bom Pastor das Almas, Pré-Noviços Salesianos do Insti-tuto São Vicente, além de outros voluntários, apresentaram pela primeira vez no Brasil a Ópera Rock O Ressuscitado, Além da Dor e da Cruz, na Praça do Papa,

para mais de 1200 pessoas.A ópera rock foi composta

pelo italiano Daniele Ricci, e foi traduzida pelo Padre Pedro Pe-reira Borges, que trabalha na Pas-toral da Universidade Católica Dom Bosco. As músicas foram trabalhadas por Marina Kelly e a cenografia ficou sob a responsa-bilidade de Raquel Teixeira.

Com músicas baseadas nos evangelhos, o musical apresen-ta a história dos últimos dias de Jesus até a sua ressurreição. Essa história começa com o conluio

dos sacerdotes, com a finalidade de matá-Lo. A partir daí, o musi-cal alterna momentos de solidão de Jesus, a dor de sua mãe, o so-frimento dos seus amigos, com a intensidade de sua condenação, crucifixão e morte.

De repente, no meio da tris-teza, acontece algo que a histó-ria não é mais capaz de contar. Aquele que morreu, ressuscita. Nem mesmo os amigos que ha-viam convivido com Jesus antes de sua paixão e morte entendem o que está acontecendo. Jesus vai

aparecendo primeiro às mulhe-res, depois aos discípulos.

O musical coloca como acen-to a figura feminina, sensível, intensa, capaz de romper as fi-leiras dos soldados, chegar perto de Pilatos para pedir a libertação de Jesus. Elas se alegram com a entrada de Jesus em Jerusalém, questionam o fato de que no momento em que Jesus mais precisava dos seus amigos, estes o abandonam. Choram porque, até após a sua morte, parece que roubam o corpo de Jesus.

Dentre os discípulos, o caso de Tomé se torna mais intenso porque sua dor interior leva-o a questionar os acontecimentos da paixão e da morte de Jesus e até as notícias de sua ressurreição. Para ele, tudo “é muito bonito para ser verdade”.

Quando Tomé menos espera,

Jesus lhe aparece, como aparece a toda a comunidade reunida. A pre-sença de Jesus ressuscitado traz paz para todos e, do mesmo jeito que a história começou, os discípulos, as mulheres e os amigos de Jesus ex-plodem de alegria: “Ressurgiu: O Senhor está vivo conosco!”. Eles têm, a partir daquele momento, a certeza de que “o céu desce como brisa suave entre nós”.

O Ressuscitado, além da dor e da cruz, foi realizado como momento de evangelização da juventude e do povo de Deus através da música, como disse Dom Vittório Pavanello, Arce-bispo de Campo Grande, e atin-giu o seu propósito. A celebração da Semana Santa foi, assim, co-roada com a certeza de que essa evangelização atinge o seu ponto máximo na alegria da ressurrei-ção de Jesus.

Cenas do musical empolgou o público presente na Praça do Papa

Milhares de pessoas acompanharam e se emocionaram com a apresentação do grupo da Católica

Elenco do musical foi formado por acadêmicos de diversos cursos

Cenas relataram os últimos instantes de Jesus Ressuscitado

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CAMPO GRANDE-MS, MAIO/2011

MAYARA BUENO

10 c o m e m o r a ç ã o JORNAL UCDB

ATIVIDADES

Curso de História completa 40 anosCoordenação do curso tem programado diversos eventos que serão realizados durante todo o semestre na Instituição

Plantio de muda de Pau-Brasil fez parte da programação organizada pelo curso de História da UCDB

LABORATÓRIO DE HISTÓRIAMayara Bueno

O curso de História da Universidade Ca-tólica Dom Bosco

(UCDB) comemora 40 anos desde sua criação, sendo o primeiro curso do Estado de Mato Grosso do Sul fundado em 1971 na então Faculda-des Unidas Católicas de Mato Grosso (Fucmat), atual UCDB. Para marcar a data, o curso de História preparou uma série de eventos e atividades progra-madas para todo o ano. “Café Histórico” marcou o início da programação na Católica. Em sua segunda edição, o evento que reuniu acadêmicos de vá-rios semestres do curso, teve como objetivo gerar debate a respeito de momentos e temas históricos. Curiosidades como o café mais caro do mundo e a história das cafeterias também foram abordados no evento.

Outro evento marcante em comemoração ao aniversário foi a plantação de uma muda de Pau-Brasil juntamente com uma placa de identificação, realizada pelos acadêmicos e professores do curso na en-trada do estacionamento do bloco A da Católica. Em se-guida, o professor do curso de História Dr. Neimar Machado, ministrou uma palestra sobre Pan-americanismo. Durante a conversa, o professor indicou o berço do ideal Pan-ameri-cano e as principais correntes ideológicas que influenciam o movimento. Discussões sobre a exploração do Pau-Brasil no período colonial e Simón Bo-livar também fizeram parte da programação comemorativa deste semestre.

A programação dos 40 anos envolve todos os acadêmicos do curso, justamente para in-cluí-los em temas que não são explorados com profundida-de na grade curricular, porém não menos importantes para a formação em História. A rea-lização de eventos como esses também oportuniza aos acadê-micos novos conhecimentos. “Justamente incentiva a busca de conhecimento fora de sala de aula”, salienta o acadêmico do 3° semestre do curso, Re-nan de Jesus da Silva. Ele ainda vê como essencial a comemo-ração do curso. “É importante comemorar, não deixar passar em branco porque é muito di-fícil manter um curso, então comemorar os 40 anos é muito importante”, finaliza o acadê-mico.

A programação segue no semestre que vem. Em outu-bro será realizada a V Semana de História, que este ano en-tre outras coisas, homenage-ará acadêmicos, professores e coordenadores que já passa-

ram pelo curso.

HISTóRIAFundamental para a for-

mação da sociedade, o estu-do sobre a história possibilita também o conhecimento e o

reconhecimento sobre diver-sas culturas, inclusive a sul-mato-grossense. “O curso de História é de suma importân-cia para todo o Estado. Além de formar profissionais pes-quisadores e professores, o

curso mamtém viva nossa me-mória e, por conseguinte nos-sa identidade sul-mato-gros-sense”, ressalta o professor e coordenador do curso de His-tória, Dr. Carlos Augusto Fer-reira de Oliveira, que também salienta o cumprimento da for-mação humana que o curso de História realiza junto à Univer-sidade. “Essa qualidade de for-mação humanística, soma-se à própria Universidade que é a de formar bons cristãos, ho-nestos cidadãos e profissionais competentes. O curso de His-tória da UCDB tem a missão de colaborar para a construção de uma sociedade ética, justa, participativa e solidária”.

Compromisso social. É o termo utilizado pelo docente para certificar o quanto o cur-so de História contribui para a formação dos acadêmicos, não somente repassando a eles con-teúdo de qualidade teórica. “E há 40 anos o curso contribui favoravelmente com esse com-promisso social inserido nas pesquisas indígenas, afro-brasi-leiras, movimentos sociais e na participação ativa de todos os eventos que contribuem para a construção de uma nova socie-dade”, finaliza Carlos Augusto.

Nas dependências da Uni-versidade Católica Dom Bosco (UCDB) está instalado o Labo-ratório de História (LABHIS), projeto de extensão que desen-volve diversas atividades com os acadêmicos do curso de História e Direito. Além disso, o local abriga um grande acervo, in-cluindo entre outros, livros, jor-nais antigos do século XX, mo-nografias, projetos de pesquisa e fotografias. Fonte de pesquisa para acadêmicos do curso, o LA-BHIS é bastante procurado por pesquisadores.

O local também é aberto não só para a comunidade acadêmi-ca, como para a comunidade em geral interessada na cultura e história preservadas nos conteú-dos dos acervos. “O LABHIS se constitui em centro de pesquisa para o desenvolvimento de ati-vidades, principalmente para os alunos de História, porém ele também é aberto para a comu-nidade em geral”, explica a coor-denadora geral do Laboratório, professora Dra. Maria Augusta de Castilho.

O LABHIS juntamente com os acadêmicos do curso de His-tória e Direito, em um convênio firmado com Tribunal Regional do Trabalho (TRT) da 24° Re-

gião, analisa os processos de 1962-1984. No total, são quatro acadê-micos do curso de Direito e oito do curso de História, bolsistas do PIBIC, que analisam os processos e contextualizam o fato no tempo e espaço, fazendo a ligação entre os fatos históricos e sociais inse-ridos no momento em que o pro-cesso judicial está ocorrendo.

Segundo o coordenador téc-nico do LABHIS, professor Me. Fernando Augusto Azambuja, o Laboratório de História também desenvolve dois cursos de exten-são por ano. Além disso, o LA-BHIS atende os índios da etnia Terena da aldeia Buriti, de Dois Irmãos do Buriti, oferecendo cur-so de capacitação para docentes e oficinas de redação para alunos do ensino médio.

Acadêmicos contam com laboratório

VIAGEM PARA JERUSALÉM

Investigar evidências históricas que fundamen-tam as informações da fé, foram essas as questões que impulsionaram os professo-res do curso de História da Universidade Católica Dom Bosco, Dr. Neimar Macha-do e Dr. Carlos Augusto Ferreira de Oliveira a inicia-rem uma viagem rumo Jeru-salém, Israel. Durante a Se-mana Santa, os professores buscaram essas e outras ex-plicações com o objetivo de produzir um documentário, cujo tema é Jesus Histórico e as causas de sua morte.

Durante a viagem, os pesquisadores investiga-ram as evidências históri-cas que formam a base das informações da fé, espe-cialmente as dos Evange-lhos sobre Jesus. Os do-centes observaram que há muitas evidências além dos textos bíblicos sobre Jesus. A história e a arqueologia, segundo Neimar, são indis-pensáveis para a compre-ensão clara das informa-ções compiladas nos textos sagrados. Os professores ainda visitaram os princi-pais lugares onde viveu e

morreu Jesus Cristo, regis-trando imagens e narrando apresentações históricas sobre os locais.

Segundo professor Nei-mar, para o documentário, foram entrevistados frei Athanasius Macora, respon-sável pelos status quo da Terra Santa e o frei Eugene Alliata, professor de arque-ologia do Instituto Bíblico Franciscano de Jerusalém, além de vários especialistas salesianos que dão aula na Faculdade de Ratisbonne Monastery, em Jerusalém.

Iniciativa do curso de História da UCDB, o docu-mentário foi pensado para a TV, porém também será disponibilizado na internet e vendido em DVD. O lan-çamento do documentário está previsto para setembro na Universidade Católica Dom Bosco.

Esta é a primeira edi-ção do projeto Religião: História e cultura. Para a segunda edição, os profes-sores pretendem fazer uma viagem em janeiro à Atenas na Grécia. O assunto trata-do desta vez será mitologia grega.

Nyelder Rodrigues

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CAMPO GRANDE-MS, MAIO/2011 11a g e n d a JORNAL UCDB

CONECTE

EVENTOS

DICAS DE LIVROSRevista Série-Estudos, n.29Autores: VVAA

Neste número 29, o Periódico do Programa de Pós-Gradua-ção em Educação da Universi-dade Católica Dom Bosco, Sé-rie-Estudos, apresenta quinze artigos sobre temas inerentes aos contextos educativos, for-

mação e saberes docentes, sendo um artigo da seção Ponto de Vista e os demais textos estão subdivididos em quatro subseções. Este número conta, ainda, com uma Resenha. Com mais este número trazido ao público, a Série-Estudos reafirma seu compromisso com a publicação científica de artigos da área da educação que contribu-am para o debate democrático nos diferentes espaços/tempos educativos e com a consolidação de um campo de saber/poder preocupado com os desafios educa-cionais dos nossos tempos. mariluce BittarEditora da Série-Estudos

AméRICAS ImAGINADASOrganizadores: Marcelo Marinho, Lícia Soares de Souza e Josemar de Cam-pos Maciel

[...] Pesquisar a cultura e a sociedade, em todas as nu-ances do continente ame-ricano, leva a um redes-cobrimento de polêmicas

complexas, de problemáticas postergadas, de genea-logias que interconectam campos e linhas de pensa-mentos singulares. Antagônicas em certos aspectos, extremamente calcadas em tradições culturais, even-tualmente marcadas por perspectivas teóricas exclu-sivistas ou integradoras, sempre baseadas em práticas e experiências individuais, tais polêmicas, problemá-ticas e genealogias estão delineadas nos vários textos presentes no livro Américas imaginadas: entrelugares mestiços, identidades híbridas.

maria Cristina Gobbi

4º SIMPÓSIO BRASILEIRO SOBRE ERGONOMIA E SEGURANÇA NO TRABALHO FLORESTAL E AGRÍCOLA - ERGOFLOR

9º ENCONTRO DE FISCALIZAÇÃO E SEMINÁRIO

NACIONAL SOBRE AGROTÓXICOS

A Universidade Católica Dom Bosco (UCDB) sedia, de 23 à 26 deste mês, o 9º Encontro de Fiscalização e Seminário Nacional sobre Agrotóxicos - ENFISA 2011. O tema “agrotóxico” traz de ime-diato a percepção de que é preciso ações efetivas do Estado no controle e fiscali-zação evitando problemas ambientais e garantindo a segurança do alimento. Foi com esse objetivo que o primeiro Seminá-rio Nacional sobre Agrotóxicos aconteceu em Belo Horizonte em 2001. O evento acontece simultaneamente nos auditórios dos blocos A, B e C da Católica e reúne cerca de 300 participantes. A programa-ção conta com palestras, painéis, cursos e mesas-redondas. Mais informações sobre o encontro podem ser obtidas pelo site: www.enfisa.com.br.

www.fisionet.com.br Acadêmicos, professores de fisioterapia, pesquisadores e fisioterapeutas podem ampliar e trocar informações no por-tal Fisionet, um local em que todo o universo da fisioterapia

se encontra e tem acesso a um conteúdo rico e diferenciado. Criado em 2000, o fisionet.com.br é a continuação de um projeto de pesquisa que visava absorver informações e dispo-nibilizá-las a acadêmicos. Atu-almente, no formato on-line, pretende se consolidar como o maior, mais sólido e mais dinâ-mico portal brasileiro no cam-

po da Fisioterapia.

cienciascontabeis2004.sites.uol.com.brEste site é dedicado a todos os estudantes do curso de Ci-ências Contábeis que buscam, através dos estudos, tornarem-se profissionais competentes e qualificados, primando pelo perfeccionismo, ética, moral

e honestidade, respeitando as leis, princípios, normas e con-venções contábeis. No site, os contabilistas podem fazer o download de ferramentas que auxiliam no dia-a-dia da pro-fissão, como softwares para re-gistro de inventários, folhas de pagamento, livros-caixa, cálcu-lo de preço de venda e movi-mento de combustíveis.

www.assistentesocial.com.brO site Assistente Social sur-giu em novembro de 2004, com o objetivo de propiciar a formação de uma rede de informações relativas ao âm-bito do Serviço Social e áreas afins, cujo conteúdo contri-bua para o fortalecimento dos princípios éticos e polí-ticos do projeto profissional.

VI SIDB - SIMPÓSIO

INTERNACIONAL DE BIBLIOTECAS

DIGITAIS

Será realizado em Porto Alegre, de 17 a 19 de maio de 2011, o 6º Sim-pósio Internacional de Bibliotecas Digitais, organizado pela Pontifícia Universidade Católica (PUC-RS) e pelo Consórcio Ibero-Americano de Educação em Ciência e Tecno-logia (Ibero American Science & Technology Education Consortium, ISTEC). O Simpósio pretende ser um fórum de apresentação e de debate sobre as últimas novidades e tendências em bibliotecas digitais, com especial destaque às bibliotecas universitárias na sua função de su-porte ao ensino e à pesquisa em suas instituições e pela sua contribuição ao desenvolvimento da sociedade. O tema Central “Tecnologia e Comu-nicação Digital para a Mediação da Informação” abrange os eixos temáticos da gestão da informação digital, assim como os serviços e a sua mediação em bibliotecas. Assun-tos como cibercultura e o pensa-mento contemporâneo, gestão e as perspectivas de futuro em bibliote-cas digitais, a cultura digital e o seu impacto na comunicação científica e serviços para ambientes virtuais serão amplamente debatidos. Mais informações em: http://www.pucrs.br/istec/sibd

Engenheiros florestais, agrônomos, agrícolas, ambientais, de produção, de segurança do trabalho, fisioterapeutas,

outros profissionais de saúde e segurança e estudantes podem participar, de 18 a

20 deste mês, do 4º Simpósio brasileiro sobre ergonomia e segurança no trabalho florestal e agrícola – Ergoflor, em Viçosa-MG. O evento é organizado pelo Depar-tamento de Engenharia Florestal (DEF-) e Departamento de Produção e Mecânica (DEP) da Universidade Federal de Viçosa (UFV). Mais informações no site http://www.raex.ufv.br/raex/scripts/ListaEven-

tosDivulgacao.php?id=14269.

9º SEMANA NACIONAL DE

MUSEUS

O Museu de Arqueologia da Universidade Católica de Pernambuco realiza, de 16 a 20 de maio, a 9ª Semana Nacional de Museus. Professores e alunos apresentarão trabalhos sobre a pré-história -como vivia o homem das cavernas, a importância dos museus como memó-ria de um povo, sítios arqueológicos — conhecer para preservar, a megafauna — por que os animais foram extintos e quem são seus descendentes atuais?, pinturas rupestres — uma forma de linguagem pré-histórica e patrimônios culturais e históricos do Recife. Serão concedidos troféus às três primeiras escolas colocadas e medalhas aos alunos das equipes premiadas em 1º, 2º e 3º lugares. Os professores responsáveis pelas equipes receberão certificados de participação no encontro. Mais informações no site http://www.unicap.br/home/2011/04/11/9%c2%aa-semana-nacional-de-museus-na-catolica.

III CONGRESSO DE CIÊNCIAS DA SAÚDE - CONCISU

Acadêmicos, professores e profissionais da área de Ciências Biológicas e da Saúde podem participar, entre os dias 16 e 20 deste mês, do III Congresso de

Ciências da Saúde (Concisu), realizado pelo Centro Universitário de Araraquara (Uniara). O encontro visa possibilitar a integração das áreas biológicas e da saú-de, além de atualizar e aprofundar os conhecimentos em diversos temas ligados à saúde. Estão previstas palestras com docentes da Universidade de São Paulo, de Riberão Preto e das Faculdades Integradas Maria Imaculada, de São Paulo.

Na abertura, o professor Dr. Sebastião Gobbi, da Universidade Estadual Paulista (Unesp) de Rio Claro, abordará o envelhecimento ativo e saudável. Informações

no site www.uniara.com.br/congressos/concisu.

I ENCONTRO GOIANO DE DIREITO DESPORTIVO

O I Encontro Goiano de Direito Desportivo, organizado pelo Grupo de Estudo de Direito

Desportivo Trabalhista e pela Pontifícia Universi-dade Católica de Goiás (PUC/GO), será realiza-do nos dias 30 e 31 deste mês e representa uma

oportunidade para o aprofundamento do debate em torno de temas atuais e polêmicos do mundo

jurídico-desportivo. Ante os próximos eventos internacionais que o Brasil sediará — Copa das

Confederações de 2013, Copa do Mundo de 2014 e Olimpíadas de 2016 — o evento é não somente oportuno, mas, sobretudo necessário para prepa-rar e aprimorar os juristas que tratam da matéria. A proposta do encontro é condensar, em um dia

de palestras, explanação e debates sobre questões relativas ao desporto que, aos poucos, começam a ser submetidos ao exame do Judiciário. O objetivo principal é identificar os pontos comuns existentes entre o Direito e a legislação esportiva, bem como

a sua compatibilidade com as regras nacionais e internacionais editadas pela Confederação Brasilei-

ra de Futebol (CBF) e pela Federação Internacio-nal de Futebol Association (FIFA). Mais informa-ções você encontra no site http://www2.ucg.br/

esportebrasil.

V WORKSHOP EM NANOCIÊNCIAS

A Nanociência e a Nanotecnologia são atualmente focos de pesquisa e desenvolvimento em diversas áreas do conhecimento. Esta área invoca, de forma interdisciplinar, diversas áreas do conhecimento em torno da manipulação e aplicação de materiais na escala atômica e molecular. Portanto, a área de Nanociências, com uma perspectiva inovadora, tem despertado o interesse na formação de recursos humanos, bem como na divulgação responsável desta área. O Centro Universitário (UNIFRA), de Santa Maria-RS, foi a primeira instituição brasileira a apresentar um curso de mestrado interdisciplinar em Nanociências, no ano 2006. Desde então, o curso de mestrado em Nanociências da UNIFRA tem promovido eventos anuais de divulgação de projetos desenvolvidos no Brasil, na área de Nano-ciências. Nos dias 19 e 20 deste mês acontecerá a V edição do Workshop em Nanociências, quando todas as atividades serão relacionadas com o tema “Nanociências e Meio Ambiente”. Interessados em participar do evento podem acessar o link http://workshopnano.unifra.br/workshop2011/ para obter mais informações.

Page 12: Jornal UCDB - Edição Maio 2011

CAMPO GRANDE-MS, MAIO/2011 p e r s o n a l i d a d e s a l e s i a n a12 JORNAL UCDB

16/12/1862 28/10/1931

“Um salesiano dedicado e exemplar”Dom Antônio Malan

Pe. Vecchi acreditava que a comunicação era parte integrante da missão salesiana e da evangelização

Primeiro inspetor da Mis-são Salesiana de Mato Grosso (MSMT), Dom

Antonio Malan nasceu na ci-dade de São Pedro (Itália), em 16 de dezembro de 1862. Muito pobres, os pais emigraram para a França. Desde pequeno, sentia vontade de ser sacerdote, mas as condições econômicas da família não lhe davam coragem de manifestar essa sua intenção. Com 15 anos, entrou no serviço da nobre família Combaud, já cooperadora das obras de Dom Bosco. Atingindo os 20 anos, pensou em ser capuchinho, mas devido aos poucos estudos (fi-zera dois anos de escola com os irmãos das Escolas Cristãs), não ousou pôr em prática o seu desejo, ainda mais que, devido às leis anticlericais do governo, esses religiosos tinham sido ex-pulsos da França.

Tendo que voltar à sua terra para o serviço militar, levou uma carta da condessa Combaud para Dom Bosco. Durante a viagem, leu a biografia do santo, escrita por um médico francês, Dr. D’Espiney. Chegou a Turim no dia 29 de outubro de 1882 e foi logo ao santuário de Maria Auxiliadora participar da Santa Missa. Dom Bosco acabava de celebrar o Santo Sacrifício e, ao descer do altar para ir à sacristia, viu uma luz que, destacando-se do quadro de Nossa Senhora, como uma chama, foi pousar na cabeça de Antônio Malan. Impres-sionado, notou o ros-to do jovem. Após uma hora, encontrou-o no pátio, no meio dos meninos que iam beijar-lhe as mãos. Um “oh!” foi a sauda-ção de Dom Bosco. O fato foi que o jovem Malan, pouco tem-po depois, entrava no noviciado salesiano e, no dia 2 de outubro de 1885, se tornava filho espiri-tual de Dom Bosco.

Trabalhou alguns anos nos colégios salesianos da França e, em 1889, partiu para as mis-sões da América. Nesse mesmo ano, foi ordenado sacerdote em Montevidéu. Trabalhou ao lado do grande salesiano Dom Luis Lasagna, que organiza uma expedição missionária para ir trabalhar em terras de Mato Grosso, mas morre em desas-tre ferroviário em Juiz de Fora (MG). Cabe ao Pe. Malan dar sequência aos projetos do fale-cido. Funda os vários colégios de Cuiabá, Corumbá e as mis-sões entre os índios Bororo. Já nomeado provincial de Mato Grosso, com seu zelo apostó-lico torna florescente a obra naquela região. A Santa Sé, ven-do o crescimento das missões matogrossenses, cria a Prelazia do Registro do Araguaia e, em 1914, nomeia o Pe. Malan pre-lado com a dignidade de bispo titular de Amiso. Fica nesse cargo até 1924, quando foi no-meado bispo de Petrolina, no sertão agreste de Pernambuco.

Trabalha com toda a dedicação na sua nova diocese até o dia 28 de outubro de 1931, quando vai receber a coroa do operário bom e fiel, após ter vivido 69 anos: 46 como salesiano, 42 como sacer-dote e 17 como bispo.

PERSONALIDADE De estatura mediana, porte

elegante, maneiras nobres no tratamento com as pessoas, um rosto tendendo à severidade, autodidata, a pouco e pouco foi formando uma bagagem intelec-tual de primeira classe. Diz dele um biógrafo: “Calmo, sereno, numa missão pon-tilhada de di-ficuldades, era o homem que ca-minhava sempre sobre o terreno seguro do previsto e do calcula-do, ainda quando o surpreendes-se sua ousadia, toda confiada em

Deus. Sacerdote e apóstolo, no mais lídimo sentido da palavra, nunca se descuidou dos inte-res-ses materiais do reino de Deus como ambiente neces-sário do reino espiritual, espe-cialmente nas missões, onde se faz neces-sário proporcionar o pão do es-pírito junto ao pão do corpo”.

A prova de tudo isso é ler as crônicas das missões entre os Bororo que ele deixou organiza-da. Na nova diocese, criou hos-pitais, escolas, construiu a cate-dral de estilo gótico que domina os sertões do alto Pernambuco. Tinha um jeito especial de con-seguir auxílio para suas obras, quer aqui, quer na França, onde era muito querido. Dotado de uma simpatia avassaladora e de uma grande autoridade moral, impunha-se respeitosamente até

com as mais altas auto-ridades.

SALESIANORecebido por Dom Bosco na

congregação, ele a amava fanati-camente. Prova disso os sacrifí-cios que suportou no início das missões entre os bororos. Lem-brava que esta era a vontade de seu grande amigo, Dom Lasag-na, e por isso ele devia cumpri-la. Fez questão de levar os 21 jovens índios para a exposição nacional de 1908, no Rio de Janeiro, e, com sua banda, emocionou a ci-dade, povo e autoridades. Tudo isso fazia para tornar mais co-nhecido o nome de Dom Bosco e sua obra. Ele mesmo, nessa cir-cunstância, fez várias conferên-cias sobre o trabalho salesiano nas missões, feitas em ambien-tes cultos e científicos. Quando

bispo, sua maior satisfação era poder se hospedar, em suas via-gens, nos colégios salesianos, “para tomar um banho de sale-sianidade”.

BISPOSagrado bispo em São Pau-

lo, no dia 15 de agosto de 1914, continua como inspetor de Mato Grosso e prelado da nova prela-zia do Registro de Araguaia. Isso por quatro anos. Em 1918, fica somente com a prelazia. Percor-re, em meio a mil e uma dificul-dades, todo o território de sua prelazia. Com a palavra de Deus, leva para os índios, fazendeiros e garim-peiros também o auxílio material de remédio, roupas, ins-trumentos agrícolas e outras utili-dades difíceis de serem encontra-das naquelas inóspitas regiões. As missões vão florescendo e dando frutos magníficos de religião e ci-vilização. Em vista disso, a Santa Sé o nomeia Bispo de Petrolina. Aí chega disposto a cumprir o encargo dado pelo Santo Padre. Praticamente funda a diocese. Constrói a residência episcopal, o seminário, o colégio Nossa Senhora Auxiliadora entregue às irmãs salesianas e, finalmente, a grandiosa cate-dral, uma joia rara no norte do Brasil. Para isso, ele percorre as grandes cidades, vai à Europa, faz palestras, visita ben-feitorias, especialmente na Fran-ça e arranja copiosos auxílios. Seu episcopado em Petrolina durou sete anos. Fez várias visitas pas-torais para conhecer todos os lu-gares onde houvesse seus dioce-sanos. Tinha grandes planos para certos lugares de sua circunscri-ção eclesiástica, mas os desígnios da Providência eram outros.

Em 1930, estivera na Euro-pa. Conversara com o servo de Deus, terceiro sucessor de Dom Bosco, Pe. Felipe Rinaldi, sobre os planos de sua diocese nas quais os salesianos deveriam ter grande papel. Na França, arru-mara generosas ofertas. Chega-do ao Rio, assiste à inauguração da estátua do Cristo Redentor, no alto do Corcovado. Es-teve em Campinas (SP) para consultar o oculista de grande fama, Dr. Penido Burnier. Já no Rio, sentira certos incômo-dos de saúde que se agravavam. Internou-se, em São Paulo, no Hospital do Brás. Mas a pneu-monia fulminante, em poucos dias, truncava aquela robusta e preciosa existência. No dia 28 de outubro entregava sua alma apostólica a Deus, recebendo o prêmio do servo bom e fiel. Seu corpo foi transportado para Pe-trolina, onde repousa na capela da abside da catedral.

Fontes: Eles construíram, de João modesti, e carta mortu-ária de Dom Antônio malan

OBS.: A partir desta edição, vamos destacar os presiden-tes da mSmT já falecidos.