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CAMPO GRANDE, AGOSTO/2010 Informativo mensal - Ano X N o 249 - Campo Grande - MS - Agosto/2010

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UCDB Agosto 2010

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Page 1: Jornal UCDB

CAMPO GRANDE, AGOSTO/2010

Informativo mensal - Ano X No 249 - Campo Grande - MS - Agosto/2010

Page 2: Jornal UCDB

CAMPO GRANDE, AGOSTO/201002 e d i t o r i a l JORNAL UCDB

ÍNDICE

03 EXTENSÃODominar um segundo idioma é fundamental para acadêmicos, futurosprofissionais e quem já está no mercado de trabalho e precisa seatualizar. Para atender à demanda da comunidade, a UniversidadeCatólica Dom Bosco criou o programa UCDB Idiomas que, a partir dosegundo semestre deste ano, oferecerá aulas de inglês e espanhol.

04 ENTREVISTAAos 71 anos, Adhemar Mombrum, que seaposentou em março deste ano, relembra,nesta entrevista ao Jornal UCDB, sua traje-tória nas instituições salesianas, desde o iní-cio, como porteiro, no Colégio Dom Bosco,até se tornar coordenador de Direito e do-cente de prática jurídica da Católica, emum total de 59 anos de dedicação.

11 AGENDA UNIVERSITÁRIAEventos, dicas de sites e livros.

05 ATENDIMENTOReferência na prevenção e tratamento da saúde auditiva, a Clíni-ca-Escola da Universidade Católica Dom Bosco já atendeu, desde2007, mais de sete mil pacientes, sendo que três mil tiveram suaaudição recuperada ou melhorada com a colocação de apare-lhos auditivos gratuitamente.

06 e 07 SALESIANOSA Universidade Católica Dom Bosco está com nova marca, a daRede Salesiana de Educação, presente em mais de 120 países.Com a adequação, com o ‘S’ dos salesianos, a UCDB passa aser reconhecida no mundo todo pela qualidade e pelo compro-metimento com a educação, que é a marca da congregaçãofundada por São João Bosco.

08 ORGANIZAÇÃO

As principais atividades realizadas na Universidade Católica DomBosco passam pelo setor de Eventos. Criado em 2003, como ceri-monial oficial da reitoria, o setor recebeu cada vez mais deman-das das pró-reitorias, dos cursos de graduação, do mestrado, en-tre outros e, desde 2004, tornou-se setor de Eventos que, além deauxiliar na realização das atividades na Universidade, continuaresponsável pelo cerimonial da Instituição.

09 FORMAÇÃOA união da tradição e da qualidade do ensino da UCDB com asinovações e o conhecimento trazido pela Marcato Cursos Jurídi-cos resulta em parceria que beneficia centenas de operadoresde Direito, estudantes e profissionais de outras áreas. No tercei-ro ano da união, a unidade Marcato/UCDB de Campo Grandecoleciona bons resultados.

12 VOCAÇÃO

Conheça um pouco mais sobre a vida do

Padre Paolo Albera, “o pequeno Dom Bosco”

FRASE DE DOM BOSCO

“Perto ou longe,

estou sempre

pensando em

vocês. Só tenho

um desejo: vê-los

feliz no tempo e

na eternidade”.

○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○

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FRASE DE DOM BOSCO

Universidade Católica Dom Bosco

Chanceler: Pe. Lauro Takaki Shinorara

Reitor: Pe. José Marinoni

Pró-Reitor de Administração: Ir. Raffaele Lochi

Pró-Reitor de Pastoral: Pe. Pedro Pereira Borges

Pró-Reitora de Ensino e Desenvolvimento: Conceição Aparecida Butera

Pró-Reitor de Pesquisa e Pós-Graduação: Hemerson Pistori

Pró-Reitora de Extensão e Assuntos Comunitários: Luciane Pinho de Almeida

JORNAL UCDB: elaborado pela Assessoria de Imprensa da Universidade Católica Dom Bosco - UCDB. Periodicidade mensal. E-mail:

[email protected]. Telefones: (67) 3312-3355 e 3312-3359. Fax: (67) 3312-3353. Site: www.ucdb.br. Jornalistas: Jakson Pereira (DRT:

467/MS), Silvia Tada (DRT:33/17/13). Revisão: Edilza Goulart. Diagramação e Capa: Designer - Maria Helena Benites. Tiragem:

15.000 exemplares. Impressão: Gráfica UCDB.

Instituições ou pessoas interessadas em receber esta publicação, entrar em contato pelo e-mail: [email protected].

A Universidade Católica Dom Bosco - UCDB - não se responsabiliza pelos artigos assinados ou de origem definida. Os textos, mesmo

quando não publicados, não serão devolvidos aos autores.

Entidade filiada à ABRUC - Associação Brasileira das Universidades Comunitárias

10 ARTIGO

Padre José Marinoni

Nova marca UCDB

Padre José Marinoni

Reitor da UCDB

Foto: Jakson Pereira

No tempo em que Dom

Bosco iniciou seu iluminado1

sistema de educação, talvez

ele não vislumbrasse a exten-

sa rede de educação que es-

tava iniciando. Ele pensava,

sim, numa maneira de CUI-

DAR dos jovens - o que ele

fez magistralmente, com o

coração, com coragem, com

valentia.

Sua maneira visionária de

educar - que une razão, reli-

gião e cuidado + amor - fir-

mou-se, ao longo dos anos,

como referência em educação

em todos os continentes, com

a Rede Salesiana da qual a

UCDB faz parte.

Há 17 anos, quando a Uni-

versidade Católica Dom Bos-

co foi criada, a integração da

instituição na comunidade

sul-mato-grossense, decor-

rente da trajetória da Missão

Salesiana em terras do Cen-

tro-Oeste, nos inspirou a

manifestar essa proximidade,

usando como marca a figura

do pássaro-símbolo da região,

o tuiuiú. Ave forte, imensa,

fiel e CUIDADORA de sua

ninhada. Estabelece seus ni-

nhos em fortes árvores, bus-

ca alimentos em longes para-

das se ao seu redor a comida

escasseia. Assim é a UCDB.

Após uma longa jornada

de altos voos e alicerçada nos

ideais de Dom Bosco, a

UCDB, que é referência em

educação superior de qualida-

de, passa a usar a identidade

visual da REDE SALESIA-

NA - referência mundial em

educação de qualidade.

Entendemos que uma

identidade visual padroniza-

da garante maior percepção

de unidade, fortalece as ins-

tituições salesianas local e

globalmente e favorece o re-

conhecimento e a aproxima-

ção das pessoas com as obras

salesianas, em qualquer lugar.

A marca da Rede Salesia-

na ora usada pela UCDB foi

construída com a letra “S”,

em vermelho, em uma

tipologia diferenciada, em

posição ascendente, sobre

uma elipse/auréola azul. Sua

principal referência é o dese-

nho de um “caminho” de se-

guimento a Cristo trilhado

por Dom Bosco e Madre

Mazzarello e, hoje, pelos sa-

lesianos e salesianas.

A UCDB tem orgulho de

ser salesiana.

1 aqui, fundem-se os dois sentidos de

iluminado: dotado de saber, de conheci-

mentos; esclarecido e de forte inspira-

ção divina.

Page 3: Jornal UCDB

CAMPO GRANDE, AGOSTO/2010 03e x t e n s ã oJORNAL UCDB

Universidade lança UCDB IdiomasAulas de inglês e espanhol começam na primeira semana de agosto; ministrantes serão professores do curso de Letras

NOVIDADE

SILVIA TADA

Dominar um segundoidioma é fundamentalpara acadêmicos, futu-

ros profissionais e para quem jáestá no mercado de trabalho eprecisa se atualizar. Para aten-der à demanda da comunidade,a Universidade Católica DomBosco (UCDB) criou o progra-ma UCDB Idiomas que, a par-tir do segundo semestre desteano, oferecerá aulas de inglês eespanhol em dois locais: naUCDB Centro (Rua Barão doRio Branco, 1.811) e no Cam-pus Tamandaré. A iniciativa fazparte do setor de cursos de ex-tensão da Pró-Reitoria de Ex-tensão e Assuntos Comunitári-os.

Conforme ressaltou a Pró-Reitora Luciane Pinho de Al-meida, a UCDB é uma univer-sidade conceituada e tradicio-nal e o objetivo é oferecer cur-sos de boa qualidade com pro-fissionais altamente qualifica-dos a um custo acessível para acomunidade. "Percebemos quemuitos estudantes gostariam deaprender algum idioma, masnão tinham condições de fazê-lo, seja pelo custo, seja peloshorários oferecidos, seja por di-

ficuldade de deslocamento. As-sim, por meio da UCDB Idio-mas, podemos oferecer cursosde qualidade a um custo bas-tante acessível e em dois lo-cais: na UCDB Centro, que ficano centro da cidade, ou no pró-prio campus universitário paraos estudantes que já estãoaqui", afirmou. Cada um doscursos custará, por semestre,R$ 205, valor que poderá ser di-vidido em até quatro parcelas.

CONTEÚDOS

A coordenação geral doprograma é da professora Bár-bara Ann Newman, que tam-bém é coordenadora do cursode Letras da Católica e seráuma das professoras de inglêsdo novo projeto. Há dois tiposde cursos, os instrumentais -voltados para capacitar o estu-dante a ler e traduzir textospara participar de processosseletivos, como concursos, ves-tibulares, mestrado, doutorado,oferecido em dois módulos - eos comunicativos, que têm oobjetivo de desenvolver as qua-tro habilidades linguísticas (ou-vir, falar, ler e escrever), comduração de seis módulos.

No Inglês Instrumental, osconteúdos abrangerão reconhe-cimento de gêneros textuais, ob-

jetivos da leitura e níveis decompreensão, cognatos, infor-mação não verbal, inferênciacontextual , palavras-chave,grupos nominais e referênciapronominal, entre outros. Nasaulas de Inglês Comunicativo,o aluno aprenderá gramática,vocabulário e pronúncia. Alémda professora Bárbara, a docen-te Luiza Yoshie NakayaKinoshita, do curso de Letrasda UCDB, também seráministrante.

No Espanhol Instrumental,a professora Mari Neli Dóriacomandará as turmas. As aulasserão divididas em cinco gran-des unidades, com aulas sobrealfabeto, dificuldades ortográ-ficas, texto, sujeito, substanti-vo, adjetivos, verbos regularese irregulares, tempos verbais,etc. Já no Espanhol Comunica-tivo, a professora enfatizará odiálogo, cumprimentos, expres-sões, uso dos pronomes, ver-bos, fonética, informações, re-lações sociais e canções tradi-cionais.

A Pró-Reitora, Luciane Pi-nho, ressalta que esta é a pri-meira vez que oferecemos cur-sos de extensão em idiomas e,pela procura percebida até ago-ra, há a possibilidade de cria-ção de cursos de outros idio-

mas como, por exemplo, fran-cês e italiano. "A aceitação temsido enorme, além de nossasexpectativas".

As aulas, iniciadas na pri-meira semana de agosto, vão

até dezembro, em um total de40 horas/aula. A lista comple-ta de cursos e as inscrições po-dem ser conferidas no sitew w w . u c d b . b r /cursosdeextensao.

Cursos de extensão da Católica são abertos para toda população

Page 4: Jornal UCDB

CAMPO GRANDE, AGOSTO/201004 e n t r e v i s t a JORNAL UCDB

Adhemar Mombrum de Carvalho Filho

JORNAL UCDB: Como o

Sr. começou a trabalhar no

Colégio Dom Bosco? Quan-

do isso aconteceu?

ADHEMAR MOMBRUM:Era coroinha e o Pe. ThomazGhirardelli falou para minha mãeme colocar para trabalhar. Come-cei, com 12 anos, lavando as sa-las de aula. Um dia, o adminis-trador, que chamávamos de Pa-dre Prefeito, João Falco, passou,me viu e disse que não era paraeu trabalhar. Respondi que pre-cisava, para ajudar a pagar meusestudos. Ele respondeu, então,que iria me dar um emprego me-lhor. Assim me tornei porteiro doColégio Dom Bosco. Trabalhavanos horários do almoço, do jan-tar e aos domingos. Além de pa-gar o colégio, sobrava unstroquinhos para ir ao cinema. Fi-quei uns três anos na portaria.Aos domingos, ajudava a distri-buir alimentos para os

oratorianos. Toda a gurizada iabrincar, jogar futebol e, às 15h, agente distribuía uma garrafinha deguaraná Tupi e pão com mortade-la.

JORNAL UCDB: Como foi

essa experiência? O Sr. gos-

tava do trabalho?

ADHEMAR MOMBRUM:

Tive o prazer de conhecer DomAquino Corrêa. Ele era umapessoa excelente, com uma me-mória fabulosa. A primeira coi-sa que me perguntou foi o meunome, o de meu pai e o de mi-nha mãe. Quando ele voltou àcidade, no Dom Bosco, ele dis-se: você é Ademar Mombrumde Carvalho, filho de AdemarMombrum de Carvalho eIsolina Amabel de Carvalho.Naquela época, eu era apelida-do de Pisquila. Quem me deuesse apelido foi o inspetorGuido Borra, um italiano de co-

ração bondoso. Quando Pe.Thomaz o visitou na Itália, eleestava muito doente, mas umadas perguntas que fez sobreCampo Grande foi : “E oPisquila?”. “Hoje, ele é coorde-nador de Direito”, respondeu-lhe Pe. Thomaz. Conheci muitagente. Professores, advogados eaté uma personalidade do cine-ma, Grande Otelo. Não haviahotel em Campo Grande e, quan-do havia shows na cidade, osatores ficavam no Dom Bosco.Levei suas malas. Cuidava tam-bém das roupas dos internos,recolhia suas roupas e encami-nhava para a lavanderia.

JORNAL UCDB: E depois

dessa fase, para onde o Sr. foi

transferido?

ADHEMAR MOMBRUM :Depois, fui ser auxiliar de coor-denação. Trabalhei com váriosconselheiros. Meu grande ami-

go foi o Pe. Francisco Guelchi ePe. Pedro Cometti. Isso até 1959.No fim do ano, tinha que estu-dar fora e fui para o Rio Grandedo Sul, em São Leopoldo, para aFaculdade do Vale do Rio dos Si-nos. Eu era ruim para decorarMatemática e o padre me reco-mendou que fizesse Economia.Meu irmão fazia Biologia, lá naUnisinos também. Logo come-cei a trabalhar em uma fábrica dearmamento, com mais de três milempregados. Tive a felicidade deter sido ensinado pelo Padre Ân-gelo Venturelli a desenhar comnanquim, coisa que ninguém fa-zia no RS. Então, fui admitidocomo copista, depois desenhis-ta e projetista. Projetava apare-lhamento para produção em sé-rie. Fiquei no RS nove anos.Quando estava terminando ocurso de Economia, já casado ecom três filhos, Pe. PedroCometti e Thomaz Ghirardelliforam fazer um seminário no RioGrande do Sul e me convidarampara vir reorganizar a Faculdadede Filosofia. Eles me trouxeramantes de eu terminar a faculda-de.

JORNAL UCDB: Então, de-

pois de um tempo longe dos

salesianos, o Sr. retornou às

suas raízes, a Campo Grande?

ADHEMAR MOMBRUM:

Sim, em 1969, retornei paraCampo Grande. Os padres mefizeram fazer vestibular e eu en-trei na terceira turma de Direi-to. Era acadêmico e trabalhavacomo secretário da FaculdadeDom Aquino de Filosofia, Ci-ências e Letras. Eu reorganizeitudo. Além de ser secretário, ti-nha também o Colégio de Apli-cação para que os alunos queseriam professores fizessem aparte prática. Nós organizamoso colégio, que funcionava den-tro da faculdade, no período datarde. Vários nomes passarampor este aprendizado. Além dis-so, eu registrei os primeiros di-plomas de Mato Grosso do Sul.Era desenhista: fazia os diplo-mas e registrava.

JORNAL UCDB: Mas depois

o Sr. foi para o curso de Di-

reito?

ADHEMAR MOMBRUM:

Por muitos anos, cuidei da par-te prática. Organizamos a disci-plina, os cartórios. O atendi-mento ao público já existia, eraa chamada assistência jurídicaDom Bosco, que é o Nuprajur(Núcleo de Práticas Jurídicas) dehoje. Fui coordenador do cur-so de Direito, de 1979 a 1989.Reorganizei os estágios, crieicartórios. O primeiro advogadoa assinar as petições pela assis-tência jurídica foi JuvêncioCésar da Fonseca. A primeiraaluna a fazer petições foi ItsumiMurakami. Sempre gostei daparte de ensino. Tive vários alu-

Adhemar Mombrum,59 anos de dedicação

aos salesianosSILVIA TADA

A fidelidade de AdhemarMombrum de CarvalhoFilho à filosofia salesiana

de ensino levou-o a construir umacarreira importante no ColégioDom Bosco, nas Faculdades Uni-das Católicas de Mato Grosso(Fucmt) e Universidade Católica

Dom Bosco (UCDB). Durante 59anos de trabalho, acumulou expe-riência e boas histórias dentro daInstituição, sempre ajudando a con-solidar o curso de Direito daUCDB como o mais tradicional eimportante de Mato Grosso do Sul.Aos 71 anos, o docente, que se apo-sentou em março deste ano,relembra, nesta entrevista ao Jor-nal UCDB, sua trajetória na família

salesiana, desde o início, como por-teiro, até se tornar coordenador deDireito e docente de prática jurídi-ca. Casado com Ambrosina KleinMombrum, é pai de três bacharéisem Direito: Adhemar Neto, pro-curador de Justiça, Evandro, advo-gado, e Carla, professora da UCDBe advogada. Tem seis netos. A se-guir, os melhores trechos da entre-vista:

O docente foi secretário da Faculdade de Filosofia e coordenador do curso de Direito da UCDB

Silvia Tada

nos brilhantes, posso citarNelton Agnelo Morais dos San-tos, que eu indiquei para umjuiz de Direito que precisava deum datilógrafo. Um dia, fui aocartório e vi que ele já era as-sessor do Marco AntônioCândia. Esse menino, hoje, édesembargador federal, o maisjovem da história no Brasil.Outro aluno que teve partici-pação brilhante foi VladimirLourenço Rossi. Minha filha,um dia, contou que ele estavapensando em sair da faculdadepara ajudar a família. Fui atrásdo Pe. Sanchez e Sanchez, quegarantiu que daria bolsa ao ra-paz se pagasse as mensalidadesatrasadas. Fiz um cheque, quefoi rasgado, e a bolsa foi con-cedida. Ajudei muitos alunos,com bolsas, orientação, a con-tinuar os estudos.

JORNAL UCDB: Como era

o trabalho nessa época?

ADHEMAR MOMBRUM:

Continuei sempre na Assistên-cia Jurídica Dom Bosco. Cria-mos o prédio na Rua 13 deMaio, que ficava ao lado daFUCMT. Mas, o sistema de en-sino mudou muito. Hoje,estamos mais preocupados emensinar os alunos e não apenasatender aos carentes. O ensinohoje é priorizado, mas vejo umagrande dificuldade na formaçãodos novos acadêmicos, o que éuma deficiência que vem doensino médio. Tive professores,como José Vieira Pontes, umdos maiores conhecedores deLíngua Portuguesa. Ele meacordou para a necessidade desaber o Português. Há bonsprofessores de Direito e os alu-nos precisam ser disciplinados.Sempre fui duro como coorde-nador. Pais brigam com profes-sores na frente dos filhos, quan-do os docentes deveriam serrespeitados.

JORNAL UCDB: O que o

levou a permanecer duran-

te tanto tempo em uma úni-

ca instituição?

ADHEMAR MOMBRUM:

Aposentei-me em 1989, mas deiaula até março deste ano. Faria60 anos de trabalho no ano quevem, mas estava cansado. Tra-balhei no Rio Grande do Sul,mas o maior tempo foi naUCDB. Sempre tive um granderespeito aos padres. Quando eraporteiro, Pe. Félix ia à nossa bi-blioteca e me trazia livros. Oprimeiro livro que li foi o Te-souro da Juventude, uma enci-clopédia. Eu adorava. E ali co-meçou a vontade de ler. Atéhoje, considero Pe. Félix umadas pessoas mais cultas que co-nheci. O primeiro diploma doPe. José Marinoni, em Pedago-gia, foi assinado por mim, comosecretário. Identifico-me muitocom a filosofia salesiana.

Page 5: Jornal UCDB

CAMPO GRANDE, AGOSTO/2010 05a t e n d i m e n t oJORNAL UCDB

Saúde auditiva na Clínica-Escola éreferência em Mato Grosso do SulServiço prestado na UCDB oferece atendimento de alta complexidade e beneficia moradores de Campo Grande e do interior

COMUNIDADE

ALINE ARAÚJO

Referência na prevenção etratamento da saúde au-ditiva, a Clínica-Escola

da Universidade Católica DomBosco (UCDB) já atendeu, des-de 2007, mais de sete mil paci-entes, sendo que três mil tive-ram sua audição recuperada oumelhorada com a colocação deaparelhos auditivos gratuita-mente. O atendimento do ser-viço de atenção à saúde auditi-va de média e de alta complexi-dade oferecido pela Católicatem parceria com o SistemaÚnico de Saúde (SUS)para tra-tar de pessoas com deficiênciaauditiva.

Segundo a supervisora doatendimento e fonoaudióloga daClínica-Escola UCDB, RegianeBergamo Gomes da Silva, é gra-tificante trabalhar com o trata-mento e a prevenção da saúdeauditiva, pois os resultados trans-formam a vida do paciente. “Euvejo como uma grande mudan-ça, porque a perda da eficiênciaauditiva é um processo lento doqual ninguém vai escapar com oavanço da idade. É bom podertratar idosos que, pela deficiên-cia, às vezes, passam a se isolar,assim como também é bom rea-lizar os exames preventivos emcrianças, pois com o diagnósti-co e tratamento certos eles po-dem levar uma vida normal”, re-lata a fonoaudióloga.

Por realizar os exames Bera(que registram a atividade elé-trica da via auditiva até o siste-ma ner voso) e emissõesotoacústicas por meio de estí-mulos sonoros, a Católica está

credenciada a realizar atendi-mentos de alta complexidade(crianças de zero a três anos).No Estado, existem apenas ou-tras duas entidades que traba-lham com atenção à saúde au-ditiva: a Fundação para o Estu-do e Tratamento das Deformi-dades Crânio-Faciais (Funcraf),localizada em Campo Grande,e o Centro de Saúde Auditiva deDourados, com serviços de mé-dia complexidade.

Thaíssa Lima, de 14 anos, ain-da não sabe se vai precisar utili-zar aparelho, mas descobriu quetem perda de audição leve e veioà UCDB realizar exames. “Se euestava na sala e ela na cozinha,eu chamava e ela não atendia.No começo, achei que era coisade adolescente, depois, conver-sando com ela, resolvi levá-la ao

médico, que a encaminhou paraa UCDB”, comentou AdrianaLima, mãe de Thaissa.

Na fase de adaptação ao apa-relho auditivo, a dona de casa

Rosidelma Ferreira da Silva, de57 anos, já percebeu a diferen-ça em sua vida. “Percebi a me-lhora na hora de assistir televi-são e falar ao telefone”, relatou.

O tratamento é dividido nas se-guintes fases: quando o pacien-te chega à clínica, ele passa pelootorrinolaringologista (médicoespecialista em tratar problemasrelacionados ao ouvido, nariz,seios da face e garganta), que oexamina e o encaminha paraexames. Caso fique constatadaa necessidade do aparelho, o pa-ciente realiza o teste com trêsaparelhos de modelos e marcasdiferentes para escolher o quemais se adapta à sua necessida-de. Um mês depois acontece oretorno para acompanhamentoe ajustes.

ATENDIMENTO

Um dos diferenciais que a Clí-nica-Escola procura oferecer aospacientes é o tratamentohumanizado. “Tentamos acolherbem o paciente e mostrar que oserviço disponibilizado pelo SUStem qualidade e é gratuito, isto é,as pessoas já pagam seus impos-tos e têm o direito à saúde asse-gurado. Os pacientes devem va-lorizar o serviço”, destacouRegiane.

Por indicação de profissio-nais, Jussara Rosa da Silva levoua mãe, Antônia Rosa de Carva-lho, de 80 anos, à Clínica-Escolapara realizar o tratamento. Já emfase de acompanhamento, des-taca a atenção dos profissionais.“Conhecia a Clínica da UCDBporque meu marido fazia umtratamento aqui. Tanto elecomo a minha mãe foram bematendidos desde o início, as pes-soas são atenciosas com a gen-te. Eu acho que o que importaé a atenção, pois um simplessorriso já ajuda você a melho-rar, relatou Jussara.

Assistentes sociais acompanham os pacientes atendidos na UCDB

Aline Araújo

Atendimento na Clínica-Escola da Católica foi aprovado por Antônia Rosa de Carvalho e sua família

ENSINO

Aperfeiçoar o ensino atravésdo estágio e atender à comuni-dade por meio da extensão é oque faz há nove anos a Clínica-Escola UCDB. Existem dois ti-pos de atendimento, o filantró-pico, no qual estagiários super-visionados por docentes da Ca-tólica atendem aos pacientes nasáreas de Psicologia, Nutrição e

UCDB oferece atendimentoem cinco áreas da saúde

Fisioterapia, e a parceria entre aUCDB e o Sistema Único deSaúde (SUS), que oferece o aten-dimento profissional em Fisio-terapia, Fonoaudiologia e Tera-pia Ocupacional. No caso doSUS, os profissionais contrata-dos que atendem aos pacientessão egressos da UCDB.

Segundo o coordenador téc-

nico-administrativo da Clínica-Escola, Marco Antônio Verone-se, o local é um marco para oprocesso de ensino-aprendiza-gem dos cursos de Saúde da Ca-tólica porque incentiva a profis-sionalização dos acadêmicos.“Temos como objetivo atenderao ensino, pesquisa e extensãouniversitária. No estágio, o aca-dêmico aprende, colocando emprática o que estudou. A pesqui-sa possibilita ampliar o conheci-mento cientifico e a extensão be-neficia a comunidade, que rece-be atendimento”, explica MarcoAntônio. Fonoaudióloga Fernanda Marques durante realização dos exames

Aline Araújo

Aline Araújo

Page 6: Jornal UCDB

CAMPO GRANDE, AGOSTO/201006 s a l e s i a n o s JORNAL UCDB

Nova marca da Instituição pode ser conferida em pinturas nos blocos da Universidade, demonstrando a integração da Católica a uma das maiores redes de educação do mundo, que é a S

Diretoria apresentou as novidades na marca e divulgou detalhes da rede salesiana de educação para colaboradores, docentes

UCDB apresenta nova identidadeMARCA

“A partir de agora, mostramos

a todos que somos parte de uma das

maiores redes de ensino do mundo -

a Rede Salesiana de Educação. Com

a adequação de nossa marca com o

‘S’ dos salesianos, seremos reconhe-

cidos no mundo todo pela qualidade

e pelo comprometimento com a edu-

cação, que é a marca da congregação

fundada por São João Bosco”.Foi com essas palavras que o

Reitor da Universidade CatólicaDom Bosco, Pe. José Marinoni,dirigiu-se aos colaboradores, do-centes e coordenadores da Ins-tituição para apresentar a novaidentidade visual da Católica que

agora tem o “S” no lugar dotuiuiú, que era símbolo da uni-versidade, desde sua fundação,em 1993.

Com a mudança, a UCDBidentifica que integra uma redemundial, o que garante maiorpercepção institucional e favore-ce o reconhecimento e a aproxi-mação das pessoas com as obrasselesianas. A partir de agora, amarca da UCDB passa a tercomo referência os manuais deidentidade da Rede Salesiana deEnsino.

Com a nova marca, a UCDBadota uma identidade única e seune às outras obras salesianas,mesmo as situadas em locais comculturas distintas. Isso fortalece

a marca da Católica, não apenasna região ou no País, mas emtodos os locais onde os salesia-nos realizam suas obras, sejamelas sociais, culturais ou educa-cionais.

NOVA IDENTIDADE

Durante seu discurso, o Rei-tor destacou a importância damarca para a Instituição, para aregião e para o mundo, e afirmouque o tuiuiú marcou época, masque, a partir de agora, o S, sinalde caminho que juntamente comDom Bosco, nos conduz a Nos-sa Senhora e a Cristo.

“Durante quase 17 anos tive-mos o tuiuiú como marca. Umaave marcada pelo cuidado que

tem com sua ninhada e sua fide-lidade ao companheiro. Assim éa UCDB, fiel com a educação de

qualidade e fiel a suas raízessalesianas”, disse o Reitor.

Com a mudança na marca, a

Docentes da Universidade Católica recebem o novo crachá da Instituição

JAKSON PEREIRA

Page 7: Jornal UCDB

CAMPO GRANDE, AGOSTO/2010 07s a l e s i a n o sJORNAL UCDB

Salesiana, fundada por São João Bosco

Em 17 anos de trabalho em favor da educação, a marca institucional passou por algumas mudanças

e acadêmicos da Instituição

visualUniversidade passará por umagrande mudança visual. Duran-te o evento de apresentação, oscolaboradores e professores re-ceberam o novo crachá. Nospróximos meses, colaboradoresadministrativos e da manuten-ção, além dos estagiários, rece-berão os uniformes com a mar-ca da Rede Salesiana.

O campus também passoupor mudanças. Placas de sinali-zação e pinturas artísticas já coma identidade visual atualizada,além de uma campanha feita poracadêmicos do curso de Publici-dade e Propaganda, denomina-da “Atitude: Eu tenho”, marcamo início do segundo semestre naInstituição.

A frota de veículos, além detoda a papelaria (cartões de visi-ta, envelopes de carta, folhas deprova, diplomas, certificados, en-tre outros) passam a seguir o pa-drão de todas as casas salesianas.

MISSÃO SALESIANA

A UCDB é parte do trabalhoque a Missão Salesiana de MatoGrosso (MSMT) realiza na re-gião há mais de cem anos. Os pri-meiros membros da mantenedo-ra chegaram a Cuiabá (MT), pro-cedentes do Uruguai, com o ob-jetivo principal de entrar em con-tato com as nações indígenas daregião Centro-Oeste do Brasil.Ao longo de mais de um século,além de fundar diversas Missõesentre os indígenas, a MSMTconstruiu uma sólida rede deeducação em escolas, faculdadese universidades, implantou obrassociais e centros de formaçãoprofissional e contribuiu expres-sivamente para a evangelização,formação da cultura e progressodessa região.

A mantenedora, cuja sede estáem Campo Grande, conta com 21casas, atendidas por 150 salesia-nos que se dedicam intensamen-te à promoção da vida na região.

A MSMT realiza diversosprojetos e ações por intermédiode colégios e instituições de en-sino superior que contribuempara a manutenção das obrassociais, paróquias, missões indí-genas e obras que têm profun-das raízes na vida social e cultu-ral dos Estados de Mato Gros-so, Mato Grosso do Sul e Oestede São Paulo (Araçatuba e Lins).Sua atuação beneficia milharesde crianças, adolescentes, jovens,

adultos, idosos e portadores denecessidades especiais das clas-ses sociais menos favorecidas.

SISTEMA PREVENTIVO

A Universidade CatólicaDom Bosco trabalha de acordocom a Pedagogia Salesiana ou

Sistema Preventivo de Dom Bos-co.

Essa pedagogia segue três ba-ses fundamentais: amor ou

amorevollezza: os jovens devem seramados e se sentir amados; ra-

zão, pois Dom Bosco acreditavaque só a razão podia dizer ao

O Reitor Padre José Marinoni apresentou aos docentes e colaboradores a nova identidade visual da Universidade Católica Dom Bosco

coração o que é o bem. É porisso que a ciência sempre foi umgrande pilar da educação salesi-ana; e espiritualidade, já que, noprojeto de Dom Bosco, a espiri-tualidade é o fundamento ecoroamento dos valores e doscompromissos educativos doamor e da razão.

O objetivo é fazer com queos estudantes de uma Instituiçãosalesiana tornem-se “bons cris-tãos e honestos cidadãos”, queera uma grande meta de São JoãoBosco, fundador dos Salesianos.

Nota: Com auxilio e informações

dos sites da MSMT e da Rede

Salesiana de Educação.

“Assim é a UCDB, fiel à

educação de qualidade e fiel a

suas raízes salesianas”

Fotos: Leandro Abreu

Page 8: Jornal UCDB

CAMPO GRANDE, AGOSTO/201008 o r g a n i z a ç ã o JORNAL UCDB

EVENTOS

Trabalho realizado pelosetor beneficia os cursosCerca de 200 eventos por ano são organizados pelo departamento dentro da Instituição

Equipe do setor de Eventos, Adriana El Daher, Maykol Duarte e Laura Urquiza, atende a todos os projetos solicitados pelas coordenações

Foto: Silvia TadaFoto: Jakson Pereira

JAKSON PEREIRA

As principais atividades rea-lizadas na UniversidadeCatólica Dom Bosco pas-

sam pelo setor de Eventos. Criadoem 2003, como cerimonial oficialda Reitoria, o setor recebeu cadavez mais demandas das pró-reito-rias, dos cursos de graduação, domestrado, entre outros e, desde2004, tornou-se setor de Eventosque, além de auxiliar na realizaçãodas atividades na Universidade,continua responsável pelo cerimo-nial da Instituição.

Coordenado desde seu iníciopela Relações Públicas e professo-ra da Católica, Me. Adriana ElDaher Pertinhes, o setor realiza cer-ca de 200 eventos por ano e se tor-nou fundamental no cotidiano daInstituição. “É preciso trabalhar demaneira organizada e sistêmica eeste é nosso objetivo. Antigamen-te, as atividades eram feitas de for-ma solta e desordenada e, depoisda criação do setor de Eventos, es-tabelecemos um padrão que deumais qualidade aos nossos even-tos”, relatou Adriana.

O setor é responsável pelaoperacionalização das atividades re-alizadas dentro do campus da Cató-lica, o que dá tranquilidade para osproponentes e organizadores doseventos; porém, existe um períodopara que os projetos sejam apresen-tados. “Eles (proponentes), ao soli-citarem o auxílio do setor, ficam des-preocupados pois, com o formulá-

rio de evento preenchido adequada-mente, com todas as informaçõesrelevantes, sabemos exatamente doque o evento vai precisar, desde ummicrofone até o mestre-de-cerimô-nias, e podemos auxiliá-los da me-lhor forma possível. Mas, existe umprazo para o preenchimento do pro-jeto que precisa ser cumprido”, des-tacou Adriana, ao comentar queeventos que não necessitam de re-cursos financeiros da UCDB devemter o projeto preenchido com, nomínimo, 15 dias de antecedência eeventos que têm custo devem serentregues com, no mínimo, 60 diasantes de sua data de realização. Essasolicitação, até o semestre passado,era feita diretamente no setor, masagora será on-line.

TRABALHOS

Além de prestar serviço duran-te o evento, o setor também é res-ponsável pela elaboração do rotei-ro, checagem de passagens dospalestrantes, confirmação de hotel,composição de mesa e toda a parteprotocolar da atividade. “Temosum sistema de trabalho que nosfacilita organizar os eventos. Claroque há diferenças, mas todos se-guem um padrão de conduta e rea-lização, facilitando a execução doseventos”, disse a relações públicas.

Porém, não só os eventos daUCDB ficam sob responsabilida-de do setor. “Somos responsáveispelos auditórios dos blocos A, B,C e pela Biblioteca; pelas salasmultimídias do bloco A e 1 e 2 da

Biblioteca; e também pelo saguãodos blocos, que muitas vezes sãoutilizados para mostra de trabalhodos cursos, mas que precisam de

autorização”, complementou.De acordo com o funcionagra-

ma do setor, o coordenador geralcomanda, treina e avalia a equipe

de colaboradores, organiza o ceri-monial em todas as fases, analisaprojetos de eventos, planeja o ro-teiro das atividades, entre outrasfunções. Já o chefe de cerimonialcoordena as ações necessárias paraas solenidades, elabora textos paracartas e convites, confirma presen-ça de autoridades, atende ascolações de grau, além de outrasatividades.

O assessor de eventos identifi-ca a classificação dos projetos deeventos, reserva os locais de even-to, cuida da comunicação com osproponentes do evento, divulga nosite institucional (agenda do dia on-line), organiza relatório pós-even-to, entre outras atividades.

Quanto à função docerimonialista, as atividades por elecoordenadas são: recepção e regis-tro de autoridades, elaboração denominatas, atendimento das neces-sidades dos palestrantes, composi-ção da mesa, auxilia os serviços decoffee-break e coquetel durante oseventos, entre outras atividades. Jáo mestre-de-cerimônias é respon-sável pela locução das solenidades.

VISITANTES

Segundo a coordenadora do se-tor de Eventos, a UCDB tambémrecebe muitas atividades que não sãoda Instituição. “Outras universida-des e órgãos públicos nos procurampara utilizar nosso espaço para rea-lizar eventos e acabam recebendotodo o apoio como se fosse umevento interno. Porém, vale ressal-tar que as outras instituições preci-sam procurar a UCDB através deuma das pró-reitorias ou da reitoria,já que para realizar o evento dentrodo campus é preciso que seja apro-vado antes de ser encaminhado parao setor de Eventos”, disse Adriana.

BRASÍLIA

ANEC realiza Congresso de Educação Católica

ASSESSORIA ANEC

O Congresso Nacional deEducação Católica, realizado emBrasília (DF), reuniu durante trêsdias quase três mil educadores detodo o Brasil. A Associação Naci-onal de Educação Católica do Bra-sil (ANEC), responsável pela or-ganização do encontro, congregamais de 2,5 mil instituições de en-sino, e a proposta do evento foi umdebate sobre os conceitos moder-nos e questões científicas da me-lhor forma de educar. O presiden-te da entidade e Reitor da Univer-sidade Católica Dom Bosco(UCDB), Pe. José Marinoni, parti-cipou das atividades.

Além dos debates técnicos,houve muito entretenimento, peçade teatro, shows, um espaço denegócios em uma feira que reuniuos parceiros com stands para apre-sentação de novos serviços e pro-dutos educacionais. O tema apre-sentado foi: Educação, Inovação eEmpreendedorismo Global.

Para o secretário Executivo da

ANEC, Prof. Dilnei Lorenzi, o Con-gresso superou as expectativas. "Éum tema moderno, discutido nomundo inteiro e que foi recebidocom muita satisfação entre os parti-cipantes. É um Congresso bienal eque, certamente, em 2012 estaremosjuntos novamente. Provavelmente,no próximo Congresso iremos abor-dar a união da educação e com a cri-atividade".

Caravanas de várias instituiçõespercorreram centenas de quilôme-tros para participar dos debates nacapital federal. Na avaliação do pre-sidente da ANEC, o evento impres-

sionou os participantes pela pro-fundidade dos temas abordados epela necessidade de discutir e mu-dar a mentalidade. "Chegou o mo-mento de os professores esquece-rem um pouco do quadro negro,do texto, e levar os jovens estudan-tes a serem críticos diante das di-versas informações que recebem atodo momento, para que transfor-mem essas informações em conhe-cimento. O mestre precisa apresen-tar inovação e empreendedorismopara levar o jovem aluno a ser al-guém que saiba inovar e empreen-der", disse Pe. Marinoni.

Reitor da UCDB e Presidente da Anec, Pe. José Marinoni abriu o evento

Jakson Pereira

Divulgação Anec

Page 9: Jornal UCDB

CAMPO GRANDE, AGOSTO/2010 09f o r m a ç ã oJORNAL UCDB

Operadores de Direito e outros profissionais podem se preparar para os concorridos concursos públicos do País

SUCESSO

Parceria entre Marcato e UCDBoferece 14 cursos preparatórios

VELOCIDADE

A equipe da Universidade Ca-tólica Dom Bosco (UCDB), queparticipa do Campeonato Brasilei-ro de Fórmula Universitária, foiaprovada em mais um teste, ocor-rido em Campo Grande, nos dias16, 17 e 18 de julho. Os treinosaconteceram no Autódromo Inter-nacional da Capital, durante dispu-tas de uma etapa do Campeonato

Equipe da UCDB treina para Fórmula UniversitáriaSul-Americano de Fórmula 3, e ser-viram para as equipes avaliarem eacertarem o carro para as etapas quevalem pontuação — a primeira seráa de Curitiba (PR), nos dias 28 e 29de agosto.

O grid completo da competiçãoconta com dez carros, mas nessaetapa de treinos apenas dois partici-param. Além da equipe UCDB, aUniversidade de Brasília (UnB) tam-bém esteve presente. No sábado,o evento foi prestigiado pelo Pró-Reitor de Administração, Ir. Raffaele

Lochi, e pelo diretor administrati-vo da UCDB, Antônio Alves.

A cada dia de treino o carromelhorava seu rendimento. Na sex-ta-feira, foram seis voltas com omelhor tempo de 1’52’’733. No sá-bado, foram nove voltas, no perío-do da manhã, com o melhor tem-po de 1’48’’626 e, no período ves-pertino, foram três voltas, mas ocarro teve problemas de aqueci-mento. No domingo, o carro deuoito voltas com o melhor tempode 1’44’’925, durante a manhã, edezoito voltas com melhor tempode 1’44’’228, à tarde. A média develocidade foi de 121,23 km/h du-rante os treinos.

“A equipe esteve ótima, todoscooperaram. Tivemos alguns pro-blemas mecânicos e o tempo nãoajudou muito, às vezes a pista fica-va molhada, porém aprendemosmuito sobre o acerto do carro e ti-vemos muita ajuda das equipes daF-3”, comentou Adriano Ávalo,acadêmico do 2º semestre do cur-so de Engenharia Mecânica e che-fe da equipe.

CURSOS

Acadêmicos dos cursos de

LEANDRO ABREUGUILHERME FORNARI

A união da tradição e daqualidade do ensino daUniversidade Católica

Dom Bosco (UCDB) com as ino-vações e o conhecimento trazidopela Marcato Cursos Jurídicosresulta em parceria que beneficiacentenas de operadores de Direi-to, estudantes e profissionais deoutras áreas. No terceiro ano daunião, a Unidade Marcato/UCDB Campo Grande colecio-na bons resultados e está em novasede, na Rua Barão do Rio Bran-co, 1.811, no centro de CampoGrande.

Atualmente, 14 cursos regula-res são oferecidos, entre eles ospreparatórios para a prova daOrdem dos Advogados do Brasil(OAB), carreiras públicas e con-cursos federais. Há também oscursos específicos para concur-sos, como os da Advocacia Geralda União (AGU), Ministério Pú-blico da União (MPU), magistra-turas, entre outros.

SILVIA TADA A Marcato completa, em 2010,15 anos de atividades na unidade-sede, em São Paulo. O sistema deensino das franquias é porvideoconferência, único entre ossimilares, seja pela qualidade e ca-pacitação do corpo docente, sejapela possibilidade de interação alu-no-professor, em tempo real. “Te-mos trabalhado para auxiliar nos-sos alunos a superar os árduosdesafios de ingresso nas carreirasjurídicas, bem como a se habilita-rem como bacharéis, nos examesda OAB. Contamos com corpodocente altamente qualificado, in-tegrado por membros da Advo-cacia, do Ministério Público, doPoder Judiciário, da Procuradoriado Estado e das Universidades deSão Paulo, Pontifícia Universida-de Católica e UniversidadePresbiteriana Mackenzie, entreoutras”, ressaltou o coordenadoracadêmico e professor AntonioCarlos Marcato.

A coordenadora da unidadeda Marcato em Campo Grande,Fabrícia Verão, destaca que o alu-no, pelo sistema de videoconfe-

rência, tem uma nova experiên-cia de cursos jurídicos, com osmais renomados professores doPaís. “O estudante não sofre ne-nhuma perda na interação com oprofessor, pois nós contamoscom um sistema de envio de dú-vidas que são respondidas, sem-pre no término de cada aula, pe-los professores. Somos o únicocurso que possui aulas gravadasem DVD para reposição”, desta-cou. “As aulas em DVD ficam àdisposição dos alunos durante 30dias. Todas as unidades Marcatopossuem cabines individuais dereposição, ou seja, uma TV e umaparelho de DVD disponível poraluno, em horário pré-agendado.No curso Marcato, o aluno jamaisperde aulas”.

Os alunos são acadêmicos eoperadores de Direito, como pro-motores de Justiça, juízes que es-tão em busca de reciclagem e atu-alização. O primeiro aluno daunidade de Campo Grande foi oservidor do Tribunal de Contasde Mato Grosso do Sul, MarcosRoberto de Oliveira, de 42 anos.

Segundo ele, antes de ingressar nainstituição, fez ampla pesquisaentre os cursos e optou pelaMarcato. “Já fiz o curso anual, osemestral e para a segunda faseda OAB. Identifiquei-me com ométodo de ensino e aprendiza-gem”, afirmou.

Outro aluno é o bacharel emDireito, Caio Yule Marques dosSantos Junior, que faz o cursopara delegado para Polícia Fede-ral e para a segunda fase da OAB.“O atendimento da instituição émuito bom e uma facilidade é apossibilidade de assistir às aulasgravadas, a qualquer hora, comagendamento prévio, sem custoadicional”.

Mais informações sobre a uni-dade Marcato, em Campo Gran-de, podem ser obtidas no sitehttp://www.curso marcato.com.br/campogrande.

PÓS-GRADUAÇÃO

Além do convênio para o ofe-recimento de cursos preparató-rios, a UCDB e a Marcato man-tém, desde 2005, outra parceria

para cursos de pós-graduação quebeneficia estudantes de todas asunidades do Brasil. Os créditosdas aulas podem ser utilizados emquatro cursos lato sensu a distân-cia: após uma prova, caso o alu-no queira continuar estudando,pode aproveitar o conhecimentopara incrementar seu currículo.

Os participantes contam comtoda a infraestrutura da UCDBVirtual e com o ambiente virtualde aprendizado (AVA), no qual oaluno pode ter contato com pro-fessores e tutores, sempre buscan-do estimular o aprendizado coo-perativo e utilizando diferentesmeios de comunicação (telefone,internet). Ao fim do curso, o alu-no deve produzir um trabalho deconclusão de curso, comorientadores das áreas específicas,e defesa presencial.

Mais de 1,5 mil alunos já se for-maram por meio desta parceria. Asinscrições para novas turmas estãoabertas até o dia 23 de agosto. Maisinformações sobre a pós-graduaçãoMarcato-UCDB, pelo site http://www.virtual.ucdb.br.

Engenharia Mecatrônica e Mecâ-nica e duas acadêmicas de Comu-nicação Social da UCDB partici-pam da equipe, sempre sob a su-pervisão de professores. O coor-denador dos dois cursos de en-genharia, professor Mauro Conti,revelou a importância da partici-pação da Universidade na Com-petição. “É um grande laborató-rio de experiências para os alunos,além de destacar a UCDB namídia”.

Prestes a entrar na pista, o pi-loto da equipe, LeonardoParzianelo, de apenas 15 anos, na-tural de Chapadão do Sul, assu-

miu com maturidade a respon-sabilidade. “É muito importan-te, para mim, participar destacompetição. Cheguei aqui pormeio do kart. Estou realizandoum sonho. Me escolheram, epor isso vou tentar fazer o me-lhor representando a UCDB eo estado de Mato Grosso doSul”, enfatizou.

A Fórmula Universitária, an-tigamente nomeada CategoriaJúnior, foi criada pela Confede-ração Brasileira de Automobilis-mo (CBA). Atualmente, é viabi-lizada por meio da Fórmula 3 eapoiada pela 63 Marketing.No autódromo de Campo Grande o veículo obteve bons tempos

Carro foi preparado por acadêmicos de Mecânica e Mecatrônica

Leandro Abreu

Guilherme Fornari

Page 10: Jornal UCDB

CAMPO GRANDE, AGOSTO/201010 a r t i g o JORNAL UCDB

POLÍTICA

* Professor de Ciência Política

da Universidade Católica Dom

Bosco (UCDB). E-mail:

[email protected]

DOM BOSCO: UM JEITO SIMPLES E POSSÍVELDE VIVER AS VIRTUDES CRISTÃS

AS NOVASMÍDIAS E OS

NOVOSELEITORES NAS

ELEIÇÕESBRASILEIRAS

Neimar Machado de Sousa*

Na América Latina, desdea década de 60, assisti-mos a um crescente

distanciamento entre o represen-tante político e o povo represen-tado. Esse distanciamento, na opi-nião do antropólogo NéstorCanclini, resulta da transforma-ção de uma sociedade rural emurbana, além da consequentedesterritorialização do eleitornum contexto globalizado. Nasúltimas décadas, aparecer em pú-blico equivale a discursar no rá-dio, na TV, publicar nos jornais,revistas e, nessa última eleição, ainternet também foi integradanessas mídias. Destaca-se que sãomais de 60 milhões os brasileiroscom acesso à rede.

Os eleitores têm apontado nadireção do crescimento da impor-

tância da internet nas eleições,especialmente das redes sociais.Essas novas mídias têm grandepotencial democrático, comonos lembrou o filósofo PierreLévy, pois permitem uma comu-nicação mais interativa e hori-zontal. Outro aspecto a se no-tar é o fato de que a dificuldadedo cidadão em participar dodebate político leva a sociedadecivil a se empoderar de modooblíquo, mediante meios indire-tos.

Além das novas estratégiasde participação, há um concei-to generalizado em ciência polí-tica que é a apatia política, umsuposto desinteresse dos cida-dãos pela política. Uma pesqui-sa do Ibope, publicada em fe-vereiro de 2007, apontou queessa apatia diz respeito aos mauspolíticos e não à política. Omesmo estudo indicou que cer-ca de 50% dos eleitores acom-panham, pela imprensa, as açõesdo político eleito.

Outra crença apresentada foia de que os jovens não se inte-ressam por política, segundo umestudo realizado pela Universi-dade Federal Fluminense, inti-tulado Observatório da Juven-tude, em 2005. O número doseleitores com menos de 18 anostem crescido de eleição para elei-

ção. Além disso, entre os eleito-res jovens, muitos são universi-tários, ativos na internet, comgrande número de contatos emsuas redes sociais, ou seja, mui-tos são formadores de opinião,bem informados, que difundemmensagens eletrônicas por e-mail, recorrem a blogs, fotoblogs,

videoblogs, microblogs, entre inúme-ras outras ferramentas. O resul-tado do uso desse poder oblíquopelos novos eleitores resultou emperda parcial de controle, porparte das assessorias de impren-sa dos partidos e candidatos, so-bre as mensagens difundidas.Um exemplo ilustrativo dessamudança foi a importância estra-tégica que a internet teve namobilização de eleitores e recur-sos para a campanha do PartidoDemocrata pela eleição do pre-sidente dos EUA, BarackObama, em 2008.

No Brasil, num universoaproximado de 127 milhões deeleitores, segundo o TSE, e 66milhões de internautas, é de seapostar na continuidade da influ-ência política das mídias de mas-sa na política, mas tangenciadapelas novas mídias, pois a redemundial de computadores, fiel aoseu projeto descentralizado, con-cebido durante a Guerra Fria,avança muito rapidamente, espe-

cialmente se considerarmos queo acesso comercial à rede nãotem mais de 15 anos.

Os jovens eleitores, indicaum estudo do Ibase/Pólis, de2005, se preocupam com a faltade segurança, o desemprego,com a má qualidade do ensinopúblico, a miséria, com acorrupção, o descaso dos polí-ticos e com o racismo, além deesperar dos seus representantesmais responsabilidade, honesti-dade, políticas específicas parajovens, investimentos em educa-ção, novas formas de fazer polí-tica e empregos. Observa-se,desse modo, que os mais de trêsmilhões de eleitores com menosde 18 anos não são apáticos,muito embora ainda muito sus-cetíveis à compra de votos. Ainfluência decresce à medida emque aumenta a faixa etária doeleitor, apesar desse segmentopreocupar-se com política e 66%considerarem inaceitável não vo-tar numa eleição. A julgar peloperfil desses jovens eleitores, ademocracia está segura, poiscomo o estudo foi realizado em2005, a faixa etária daqueles jo-vens mudou, e seu número cres-ceu nessas eleições.

A ciência política, por outrolado, não é uma ciência exata.Assim como nessa eleição a

campanha pela internet foi regu-lamentada, é preciso aguardarpara verificar se as empresas decomunicação e assessorias doscandidatos conseguirão compen-sar ou impedir a difusão de elei-tor para dos candidatos e parti-dos flagrados agredindo a ética.Nesse momento, ainda não sepode concluir com clareza, masé possível afirmar que, no quesi-to transparência e publicidade docurrículo e perfil patrimonial doscandidatos, a sociedade civil estámais empoderada.

A disseminação recente detelecentros para a inclusão digi-tal não pode deixar de ter im-pacto político, pois possibilita omaior acesso à informação. A leida ficha limpa e sua aplicaçãonessa eleição são avanços louvá-veis, mas ainda há, da parte doTSE, um longo caminho a per-correr em relação à fiscalizaçãoeletrônica e formação para queo povo descubra e exerça o seupoder. Em linhas gerais, éesclarecedor o dado de que quan-to mais democrático e livre é umEstado, maior é o acesso àinternet.

A vida de Dom Bosco extravasa sobrenaturalidade e fatosmaravilhosos. Entretanto, é imensamente importante procurar vê-lo também na sua condição de gente, homem como nós, comoum de nós. Por isso, como nós, ele foi marcado pelas deficiênciasda natureza, tentado pelo mundo e pelos impulsos das vontadeshumanas. João Bosco não nasceu santo; tornou-se santo. Paraisso, teve de contradizer-se a si mesmo, escalando, passo a passo,a dura estrada das virtudes. Na verdade, ele não tinha um tem-

peramento fácil. Muito embora dotado de esplêndidas qualida-des humanas, não era, por natureza, o homem paciente, manso emeigo de que hoje tanto se fala. Os estudiosos de sua personali-dade dizem que, ainda menino, era sério e taciturno, quase des-confiado. Falava pouco.

Quando visto a partir do sonho que teve aos nove anos, revelaum temperamento impulsivo e até mesmo violento, quando in-veste fortemente contra meninos que brigavam, para fazê-los ca-lar, a socos. Ele mesmo dizia que "tinha grande repugnância aobedecer, a submeter-se, tendia a defender teimosamente seuspontos de vista".

Muitos dos que com ele conviviam achavam que tinha umatendência natural à soberba devido a muitas qualidades e habilida-des que possuía: energia da vontade, inteligência superior, boamemória e vigor físico, qualidades que lhe permitiam impor-secom facilidades sobre os outros. Pe. Cizano, seu pároco, dizia que"era esquisito e cabeçudo"; o cardeal Cagliero recorda que "nãopodia suportar resistências" e o Pe. Giacomelli afirma que, diantede pontos de vista diferentes dos seus, era de natureza facilmenteinflamável, muito dura e pouco flexível. O padre Jerônimo Moretti,pioneiro da grafologia, reconhece que Dom Bosco "para ser mo-ral e ter retidão nas suas intenções, necessitou submeter-se a vári-as renúncias, contradizer-se a si mesmo, ao máximo". Por poucoque ele tivesse se descuidado, teria sido um homem fracassado,um santo gorado.

Como pode alguém assim ter se tornado santo?

H. Pitetot diz que "para medir a envergadura das asas da águiaé preciso estendê-las e marcar as extremidades opostas; então sepoderá avaliar a força delas. Acontece o mesmo com as virtudesdos santos, cuja grandeza não se pode medir senão contrapondo-as". O que se percebe então, antes de tudo, é que a natureza é a

forma dada por Deus para que, correspondendo à sua graça, apessoa humana possa resplandecer em virtudes. Engana-se, por-tanto, quem se deixa levar pela aparência: tão humano, tão co-mum, tão simples. Mas quem não se deixasse levar pela primeiraimpressão e o observasse mais atentamente, de modo especial noseu sacerdócio em meio aos jovens abandonados, haveria de des-cobrir-lhe facilmente no rosto a marca de um homem criado porDeus para alguma coisa muito especial.

Os primeiros passos na virtude aprendeu-os com sua mãe,mulher analfabeta, mas rica de sabedoria. Com ela aprendeu oamor a Deus, a Jesus Cristo e à Virgem Maria. Com Pe. Calosso,Pe. Cafasso e Luiz Comollo aprofundou a vida espiritual. Assimfoi sendo moldada, de modo absolutamente positivo, uma vonta-de forte, porém flexível; atitudes paternas, mas exigentes; sensibi-lidade profunda e intensa firmeza moral. Soube, antes de tudo,colocar-se nas mãos de Deus, completamente. Buscou a vontaded'Ele, e não a sua. Deixou-se moldar pelo Espírito Santo. Era umhomem de oração. Rezava sempre e assim sabia sintonizar-se comDeus. Impressiona também o fato de que ele permanecesse emoração e na fidelidade a Deus, mesmo quando diante do sofri-mento, das acusações, mentiras e perseguições. O seu fazer eraum "fazer por amor"; seu trabalhar era "um trabalhar por amor".Dizia: "Os olhos devem ver para Deus, os pés caminhar por Deus,as mãos trabalhar por Deus, o coração bater por Deus; o corpointeiro deve servir a Deus. É isto que torna Dom Bosco fascinan-te: humano como nós, com limitações, dificuldades, medos. Po-rém imenso, forte, inabalável na fé e capaz de feitos maravilhosos.O segredo de tudo isso: deixar Deus tomar conta do coração ebuscar sempre realizar a sua vontade. Sua graça fará todo o resto.

Dom Bosco foi proclamado "santo" por Pio XI, no dia 1º. deabril de 1934 e torna-se, desde então, modelo de vida cristã, indi-cando a cada um de nós, um jeito simples, alegre e profundamen-te humano, de viver a santidade.

Fonte: Brocardo, P. Dom Bosco, profundamente

homem, profundamente Santo.Ed. Salesiana, 1986.

Prof. Me. Brasdorico M. dos Santos

Page 11: Jornal UCDB

CAMPO GRANDE, AGOSTO/2010 11a g e n d a u n i v e r s i t á r i aJORNAL UCDB

VI ENCONTROESTADUAL DO

FÓRUM DEEDUCAÇÃO DE

JOVENS E ADULTOS -FEJA/MS

EVENTOS

Nos dias 6 e 7 de agosto, a Universidade CatólicaDom Bosco sedia o VI Encontro Estadual do Fórumde Educação de Jovens e Adultos (Feja/MS). OFórum tem como objetivo promover a aproximação ea cooperação entre os diversos segmentos sociais queoferecem ou são beneficiários da educação de jovens eadultos em Mato Grosso do Sul e promover debatescom as instituições formadoras, visando a ofertapermanente de formação continuada para os profissi-onais da educação de jovens e adultos. As atividadesacontecem no Teatro Dom Aquino, no bloco B daUCDB. Mais informações pelo telefone (67) 3312-3760 ou pelo e-mail [email protected].

CONECTEVII SEMINÁRIOINTERNACIONAL EINTERINSTITUCIONALDE DIREITOSHUMANOS:DIVERSIDADESOCIOCULTURAL,MULTICULTURALIDADEE EDUCAÇÃO EMDIREITOS HUMANOS

Para estimular reflexões, apresentações epesquisas que busquem a troca de experi-ências, fortalecer a articulação do Fórum

Internacional dos Direitos Humanos eproporcionar a reflexão acadêmica, a

Universidade Católica Dom Bosco(UCDB) realiza o VII Seminário Interna-

cional e Interinstitucional de DireitosHumanos: Diversidade Sociocultural,

Multiculturalidade e Educação em DireitosHumanos. O evento acontece de 1º a 3 de

setembro. Mais informações: 3312-3649,[email protected] ou pelo site http://

seminario.idhms.org.br/

IV JORNADACIENTÍFICA DO CURSODE PSICOLOGIAIDENTIDADEADOLESCENTE:VULNER(H)ABILIDADESE INTERVENÇÕES

Acadêmicos de Psicologia, psicólogose interessados podem participar da IVJornada Científica do Curso de Psico-

logia - Identidade adolescente:vulner(h)abilidades e intervenções. O

evento é realizado pelas FaculdadesIntegradas de Taquara (Faccat), de

Taquara (RS), entre os dias 23 e 27 deagosto, das 17h às 22h30, no campusda faculdade. Mais informações pelo

site www.faccat.br

I SEMINÁRIO DOCENTRO DE

CIÊNCIAS HUMANASE SOCIAIS

APLICADAS (CCHSA)

Com o tema Ética e compromisso social: desafioscontemporâneos acontece, nos dias 30 e 31 de agosto,o I Seminário do Centro de Ciências Humanas eSociais Aplicadas (CCHSA), da Pontifícia Universida-de Católica de Campinas (PUC-Campinas). De acordocom os organizadores, o seminário tem como objetivorefletir sobre a atuação profissional na área de Ciênci-as Humanas e Sociais Aplicadas, criando um espaçode discussão conjunta entre docentes e discentessobre a ética e o compromisso social no desenvolvi-mento da atividade profissional, além de levantardificuldades e possíveis soluções na atuação profissio-nal. Podem participar estudantes dos cursos deDireito, Pedagogia, Serviço Social, Filosofia, Teologia,Educação Física, Ciências Sociais, Biblioteconomia eHistória. Mais informações: www.puc-campinas.edu.br

www.gpec.ucdb.br

Portal do grupo de pesquisa em

Engenharia de Computação da

Universidade Católica Dom Bos-

co criado em março de 2002 por

um grupo de professores interes-

sados em solidificar e fortalecer

os trabalhos de pesquisa na área

da Engenharia e da Computação.

O grupo GPEC tem como moti-

vação o desenvolvimento tecno-

lógico da região Centro-Oeste,

principalmente do estado do

Mato Grosso do Sul.

www.assistentesocial.com.br

Criado em novembro de 2004, o

site tem o objetivo de propiciar a

formação de uma rede de infor-

mações no âmbito do Serviço

Social e áreas afins para contri-

buir com o fortalecimento dos

princípios éticos e políticos do

projeto profissional, com base no

Conselho Federal de Serviço So-

cial. A página virtual tem se con-

cretizado como um recurso

de extrema relevância para a so-

cialização do debate e da produ-

ção de assistentes sociais.

www.planetaeducacao.com.br

O Planeta Educação tem como

objetivo disseminar o uso peda-

gógico e administrativo das no-

vas tecnologias da informação e

da comunicação nas escolas bra-

sileiras de Educação Infantil,

Ensino Fundamental e Médio. O

programa contempla em seu pla-

no de ações a implantação de

novos ambientes de aprendiza-

gem informatizados, com equipa-

mentos, sistemas integrados, su-

porte in loco, materiais didático-

pedagógicos e programas de for-

mação e atualização dos educa-

dores. A abordagem sistêmica

utilizada no programa, que con-

sidera concomitantemente as di-

mensões mente, corpo e alma,

inaugura um modelo inédito de

atendimento que contempla to-

dos os aspectos imprescindíveis

ao sucesso da implantação dos

novos ambientes de aprendiza-

gem.

DICAS DE LIVROS

R E V I S T A

MULTITEMAS, N.

38 (JUL. 2010)

Autor: VVAA

Não é novidade nouniverso da academiao fato de que a pro-dução científica vemassumindo papel dedestaque. Cada vez

mais se vê alicerçada a idéia de que o bomensino deve buscar subsídios no âmbito dapesquisa.Particularmente, a Universidade CatólicaDom (UCDB) tem demonstrado que a inter-relação entre ensino, pesquisa e extensão énecessária e, por conseguinte, vem manten-do diversas frentes de atividades que têm re-sultado em publicações de excelente nível decientificidade.Dos vários periódicos científicos publicadospela UCDB, vem se destacando, de modocrescente, a Revista Multitemas, que atinge o

seu trigésimo oitavo número.[...] Prof. Dr. Heitor Romero MarquesPresidente do Conselho Editorial

ADUGO BIRI -

RITUAL DO

COURO DE

ONÇA

Organizador: Mário

Bordignon

“Adugo Biri, BoeMori, Boe MoriBarogo, BoeEmoriae” são expres-sões bororo que se

referem ao mesmo ritual: aquele em que um courode onça, ou de outra fera, ou de uma ave de rapinaé ofertado aos parentes de uma pessoa falecida re-centemente. [...] Este ritual, muito alegre e festivo,é rico de sentidos simbólicos, sociais e educativos.[...]Mário Bordignon

CONGRESSOEDUCADOR2010 :“DA TEORIA ÀPRÁTICA - DEOLHO NOFUTURO”

Entre os dias 2 e 5 de setembro, acontece, em Fortale-za (CE), o Congresso Educador 2010. O tema tratado

será "Da teoria à prática - de olho no futuro". Asinscrições podem ser feitas até o dia 8 de agosto.

Participam do evento a presidente da coordenadoriade concursos da UFC, Maria de Jesus de Sá Correia,

que proferirá palestra sobre o Exame Nacional doEnsino Médio (Enem) como processo seletivo nas

universidades, além dos escritores Rubem Alves, queproferirá a conferência de abertura ("Os problemas

que se colocam ao educador 2010 e suas possíveissoluções") e Ariano Suassuna, responsável pelo

encerramento do Congresso com a palestra "O papeldo educador para a preservação e para a divulgação da

cultura popular".Mais informações sobre inscrições, investimento,

seleção e apresentação dos trabalhos, além da progra-mação detalhada, estão disponíveis no site do evento -

www.cbraex.com.br/congressoeducadorbrasil2010/index.html.

Os quatro grupos que fazem parte do setor deCultura e Arte da Universidade Católica Dom Bosco(UCDB) - Senta que o Leão é Manso, Ararazul, CoralUCDB e Aves Pantaneiras - apresentam o espetáculo“Chico, um certo Buarque de Holanda”.Serão apresentações de teatro, dança, coral e músicaque terão como base o repertório do compositorhomenageado. A apresentação única será no Centrode Convenções Arquiteto Rubens Gil de Camilo, nodia 22 de agosto, a partir das 19h. Mais informaçõespelo telefone: 3312-3406 ou pelo [email protected].

ESPETÁCULO"CHICO, UM

CERTO BUARQUEDE HOLANDA".

I CONGRESSOINTERNACIONALADOLESCÊNCIA EVIOLÊNCIA:PERSPECTIVASCLÍNICA,EDUCACIONAL EJURÍDICA

O I Congresso Internacional Adolescên-cia e Violência: Perspectiva Clinica,

Educacional e Jurídica é consequênciado trabalho de décadas de pesquisa,

ensino e extensão de instituições acadê-micas brasileiras e francesas e de organis-

mos internacionais que se preocupamcom a organização de redes de atenção e

intervenção na adolescência, particular-mente no que concerne ao desenvolvi-

mento de ações de enfrentamento davolência. A esse evento agregam-se dois

outros: o II Seminário Internacionalsobre Adolescentes - Clínica e Cultura eo III Seminário de Saúde de Adolescen-

tes em Conflito com a Lei. Os debatesacontecem de 26 a 28 de agosto, em

Brasília (DF).Mais informações:

www.congressoadolescencia.universa.org.br/index.html

III SIMPÓSIONORDESTINO DE

CIÊNCIASBIOLÓGICAS

De 23 a 27 de agosto, na Universidade Católicade Pernambuco (UNICAP) acontece o IIISimpósio Nordestino de Ciências Biológicas,com o tema central "Biodiversidade e a Susten-tabilidade da Vida no Planeta Terra". O evento épromovido pelo curso de Ciências Biológicas e,de acordo com os organizadores, será umaoportunidade para discutir a biodiversidadebrasileira, um banco genético de milhares deespécies que têm valor estratégico para o desen-volvimento do País. Mais informações:www.unicap.br/simcbio/

SEMINÁRIO:SAÚDE,AMBIENTE ESUSTENTABILIDADE

Para destacar a importância da saúde em relação aoambiente de trabalho e desenvolvimento sustentável,relacionar os diversos temas para conhecimento dos

profissionais da área da saúde e fomentar a integraçãodo sistema de gestão enfocando o sistema de gestão

ambiental, será realizado o Seminário Saúde, Ambien-te e Sustentabilidade, no dia 19 de agosto. Mais

informações: www.saocamilo-sp.br

Page 12: Jornal UCDB

CAMPO GRANDE, AGOSTO/2010v o c a ç ã o12 JORNAL UCDB

Paolo Albera nasceu no dia6 de junho de 1845, emNone, Piemonte, norte da

Itália, e faleceu no dia 29 de outu-bro de 1921. Foi Reitor-Mor daCongregação Salesiana entre 1910e 1921, sendo o segundo sucessorde Dom Bosco. É conhecido nahistória salesiana como “o peque-no Dom Bosco”, a quem conhe-ceu pessoalmente na sua juventu-de. Uma de suas fotografias maispopulares é a de Dom Bosco con-fessando o jovem Paolo Albera, noOratório de Turim, no ano de 1861.Padre Albera foi o primeiro inspe-tor salesiano da França e foi esco-lhido como Reitor-Mor em 1910,logo após a morte do Padre MiguelRua.

Sétimo filho de uma família decamponeses de classe média, Paolose encontrou pela primeira vez comDom Bosco na paróquia do seu po-voado, quando tinha apenas 13anos. No dia 13 de outubro de

1858, entrou no Oratório deValdocco, em Turim.

Um dos seus colegas de infân-cia dá um depoimento sobre suadedicação aos estudos e sobre seucaráter: “como gostava muito dejogar, eu estava sempre em movi-mento; ele, sempre calmo, preferiapassear ou estar em companhia dopadre Alasonatti, ajudando-o emsuas pequenas ocupações. Albera eramuito estudioso e era sempre dosprimeiros da classe, mostrando mui-to talento e grande força de vonta-de. Sobressaía, também, pela sua pi-edade, motivo pelo qual era muitoquerido por Dom Bosco”.

O grande afeto que Dom Bos-co tinha pelo jovem Paolo Alberafez com que ele fosse chamado, des-de quando chegou ao Oratório, de“o Benjamim de Dom Bosco”. Com15 anos, no dia 1º de maio de 1860,foi aceito para entrar no noviciadoda Sociedade Salesiana. Duas sema-nas depois, recebeu a batina e foi um

dos primeiros 22 salesianos a fazervotos públicos.

No dia 14 de maio de 1862, feza primeira profissão religiosa. Estu-dou Teologia e licenciou-se em Li-teratura, em Mirabello. Em 1863,foi enviado como professor e assis-tente ao Colégio de Mirabello. En-tre seus alunos, encontrava- se o fu-turo bispo salesiano dos índios doBrasil, Dom Luís Lasagna, funda-dor da Missão Salesiana de MatoGrosso (MSMT), em 1894.

Foi ordenado sacerdote no dia2 de agosto de 1868, em Casale, elogo foi nomeado diretor, primeiroem Marassi, em 1871, e, depois, emGênova, em 1872. Em 1875, abriuuma casa para vocações tardias e, em1881, foi eleito Inspetor das obrassalesianas da França, onde exerceuum apostolado fecundo, a ponto de,em Marselha, receber o epíteto de“Pequeno Dom Bosco”.

Em 1891, regressa para Turim,como Catequista Geral da Congre-

06/06/1845 29/10/1921

“O pequeno Dom Bosco”

Padre Paolo Albera

gação e, em 1900, o Padre MiguelRua, primeiro sucessor de DomBosco, envia-o como visitador dascasas salesianas da América.

REITOR-MOR

De 1910 até a sua morte, foiReitor-Mor dos Salesianos, comosegundo sucessor de Dom Bosco.Durante seu mandato, prosseguiu ofortalecimento da Congregação –tendo aumentado o número dos sa-lesianos em 700 e o das casas emmais de 100 –, mesmo durante operíodo difícil da Primeira GuerraMundial (1914-198), quando muitossalesianos tiveram que se alistar nosdiferentes exércitos, entre eles umjovem que, posteriormente, seriatambém Reitor-Mor, Renato Ziggi-otti. Uma de suas primeiras açõescomo superior geral foi a de aceitara Missão Salesiana de Katanga, naÁfrica Central, em 1911.

No ano de 1913, o Padre Alberavisita as casas salesianas da Áustria,Polônia, Yugoslávia, Inglaterra eBélgica e abre uma missão salesianana Hungria. Mas, a Primeira GuerraMundial interrompe suas intençõese cria grandes dificuldades para oapostolado salesiano na Europa.Muitos dos colégios salesianos fo-ram convertidos em hospitais ouquartéis militares. De Turim, o Rei-tor-Mor escreve uma carta mensal,entre 1916 e 1918, aos quartéis eu-ropeus nos quais havia jovens sale-sianos.

Enquanto a Europa estava blo-queada por uma guerra cruel e do-lorosa, por outro lado as obrassalesianas cresciam em outras par-tes da Terra. Em 1914, o PadreAlbera aceita abrir a Missão do RioNegro, no Amazonas; em 1916, ada Alemanha; e, em 1917, mandaabrir a missão de Shiu-Chou, na Chi-na. Em 1915, o Papa Bento XV ho-menageia os salesianos nomeandocardeal Dom Cagliero, o primeirobispo salesiano.

As obras de Dom Bosco conti-nuaram sua expansão e, em 1920,foi aberta também a Missão doChaco Paraguaio; em 1921, a deAssam, na Índia, América Central eCuba. Padre Paolo Albera faleceu nodia 21 de outubro de 1921, em Tu-

rim, com 76 anos de idade.Padre Domenico Garneri, bi-

ógrafo do Padre Albera, disse que,no ano de 1913, o segundo suces-sor de Dom Bosco fixou comometas do trabalho salesiano três ati-vidades: os Oratórios festivos, asMissões e as Vocações, e procura-va encorajar os salesianos para le-var adiante esse trabalho com omesmo espírito de Dom Bosco.Mas o Padre Albera também tinhaum grande afeto pelos outros ra-mos da Família Salesiana, como osSalesianos Cooperadores, dos quaisse aproximava com grande afeto eamizade.

Uma das marcas do PadreAlbera era a sua proximidade comDeus, a ponto de Garneri dizer queele possuía a transparência de umsanto, como homem de Deus, sa-cerdote exemplar, uma piedade ali-mentada na meditação do evange-lho e das cartas de São Paulo. Aolado da ação como superior geraldos salesianos, que o fez visitar pra-ticamente todas as casas da Con-gregação, inclusive as do Brasil e aMSMT, o padre Albera é descritotambém como homem de ação in-terior, portador de força e doçurae de grande caridade.

E Deus demonstrou, em vári-as ocasiões, que lhe agradava a retaintenção e a virtude desse suces-sor de Dom Bosco, tendo se vali-do dele para dar aos homens assuas misericórdias de maneira pro-digiosa, especialmente mediante abênção de Maria Auxiliadora.

Conta o Padre Garneri: “Naviagem que o Padre Albera fez àAmérica, encontrou emGuaratinguetá uma irmã de MariaAuxiliadora sofrendo de um terrí-vel mal, do qual ficou curada apósreceber a bênção de Maria Auxili-adora, dada por ele. Uma carta queo próprio Padre Albera escreveu àirmã (Irmã Belmira), no dia 6 deabril de 1920, nos dá informaçõesimportantes: ‘Assim que a vi tre-mendo, em Guaratinguetá, a talponto de ficar comovido, não meesqueci de você. Fiquei muito ale-gre quando soube que havia recu-perado sua saúde, e só devo agra-decer ao Senhor!’”.

Padre Paolo Albera nasceu no norte da Itália e foi o segundo sucessor de São João Bosco

“Uma das marcas do Padre

Albera era a sua proximidade com

Deus, a ponto de Garneri dizer

que ele possuía a transparência de

um santo, como homem de Deus,

sacerdote exemplar, uma piedade

alimentada na meditação do

evangelho e das cartas

de São Paulo.”

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