jornal reação química - agosto 2012

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Sindicato dos Trabalhadores nas Indústrias Químicas, Farmacêuticas e de Fertilizantes de Cubatão, Santos, São Vicente, Guarujá, Praia Grande, Bertioga, Mongaguá e Itanhaém Santos - Ano 17 - agosto / 2012 Jornal Jornal Reação Química Reação Química Filiado à www.facebook.com/quimicos.dabaixadasantista Caged explica nosso mercado de trabalho Dieese mostra itens econômicos Seminário de negociações Café dos aposentados e churrasco da categoria Fiscalização de NRs continua Campanha dos auditores tem apoio dos químicos PÁGINA 3 PÁGINA 7 PÁGINA 9 PÁGINA 12 Campanha salarial já mobiliza os sindicatos DATA-BASE DEZEMBRO SEGURANÇA MTE Confederação, federação estadual e sindicatos dos químicos começam os preparativos da luta Mobilizações no dia a dia do sindicato são preparativos para a campanha de convenção e acordos coletivos que se inicia A inda faltam quatro meses para a data-base de dezem- bro, mas os detalhes da cam- panha salarial unificada são debatidos desde já pelo sindicalismo dos trabalhadores químicos. Reuniões setoriais, encontros de sindicalistas e advogados trabalhis- tas, seminários, palestras e (por que não?) atividades recreativas prepa- ram a categoria para a luta. Nesta edição, você conhecerá al- gumas dessas iniciativas e se progra- mará para participar das que puder. Se todos fizerem isso, certamente a campanha será vitoriosa. Nossa equipe de auditores conti- nua a fiscalização dos locais de tra- balho perigosos e insalubres. Nesta edição, informes sobre Copebrás, CBE, Hidromar, Columbian, Bunge e Dow. Página 8 Temos participado das ativida- des do Sinait nos locais de trabalho e também em Brasília, mobilizan- do centrais sindicais e políticos em defesa dos fiscais do Ministério do Trabalho e Emprego. Página 4

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Page 1: Jornal Reação Química - Agosto 2012

Sindicato dos Trabalhadores nas Indústrias Químicas, Farmacêuticas e de Fertilizantes de Cubatão, Santos, São Vicente, Guarujá, Praia Grande, Bertioga, Mongaguá e Itanhaém

Santos - Ano 17 - agosto / 2012JornalJornal

Reação QuímicaReação QuímicaFiliado à

www.facebook.com/quimicos.dabaixadasantista

Caged explica nosso mercado de trabalho

Dieese mostraitens econômicos

Seminário denegociações

Café dos aposentados e churrasco da categoria

Fiscalização de NRs continua

Campanha dos auditores tem apoio dos químicos

página 3

página 7

página 9

página 12

Campanha salarial jámobiliza os sindicatos

Data-base Dezembro

segurançamte

Confederação, federação estadual e sindicatos dos químicos começam os preparativos da luta

Mobilizações no dia a dia do sindicato são preparativos para a campanha de convenção e acordos coletivos que se inicia

Ainda faltam quatro meses para a data-base de dezem-bro, mas os detalhes da cam-panha salarial unificada são

debatidos desde já pelo sindicalismo dos trabalhadores químicos.

Reuniões setoriais, encontros de sindicalistas e advogados trabalhis-

tas, seminários, palestras e (por que não?) atividades recreativas prepa-ram a categoria para a luta.

Nesta edição, você conhecerá al-gumas dessas iniciativas e se progra-mará para participar das que puder. Se todos fizerem isso, certamente a campanha será vitoriosa.

Nossa equipe de auditores conti-nua a fiscalização dos locais de tra-balho perigosos e insalubres. Nesta edição, informes sobre Copebrás, CBE, Hidromar, Columbian, Bunge e Dow. Página 8

Temos participado das ativida-des do Sinait nos locais de trabalho e também em Brasília, mobilizan-do centrais sindicais e políticos em defesa dos fiscais do Ministério do Trabalho e Emprego. página 4

Page 2: Jornal Reação Química - Agosto 2012

2 Jornal Reação Química Santos - Ano 17 - agosto • 2012www.facebook.com/quimicos.dabaixadasantista

expediente - www.sindquim.org.br - [email protected] Jornal Reação Química é uma publicação do Sindicato dos Trabalhadores nas Indústrias Químicas, Farmacêuticas e de Fertilizantes de Cubatão, Santos, São Vicente, Guarujá, Praia Grande, Bertioga, Mongaguá e Itanhaém.Sede Social - Avenida Pinheiro Machado, 77, Santos, SP, Cep 11075-001 fone 13-3221-3435 fax 13-3221-1089. Rua Assembleia de Deus, 39, 2º andar, conjunto 202, Cubatão, SP, Cep 11500-040 fone 13-3361-1149.Presidente: Herbert Passos Filho. Diretor Responsável: Jairo Albrecht [email protected] Jornalista responsável: Paulo Esteves Passos MTb 12.646 SP. Fotos: Márcio Pires Ribeiro. Diagramação: www.cassiobueno.com.br - Gráfica Diário do Litoral 13-3226-2051 - 6 mil exemplares

"Antecipe as notícias do seu Sindicato, acesse no Facebook Químicos da Baixada Santista e mantenha-se informado na hora das atividades sindicais da nossa categoria e da Força Sindical

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san

tista

Em 2012, como era previsto, as relações do sindicato com a Vale Fertilizantes evoluíram bastante, principalmente no programa de participação nos resultados (ppr).

Primeiro, a empresa apresentou seu plano ao sindicato, que, ime-diatamente, fez ressalvas na parte técnica e no escopo do plano. O sin-dicato também mobilizou os demais do país.

Dessa mobilização, resultou um grande encontro intersindical, em Uberaba (MG), com a Vale, onde aplicamos estratégias comuns de negociação.

Já na segunda rodada com a empresa, ela demonstrou enten-der uma parte das reivindicações e nos atendeu nos quesitos de pro-dução, segurança e adiantamento, o que não fazia parte do perfil da

holding.O resultado foi um plano me-

lhor que o de 2011, mesmo sem o atendimento de todos os pedidos. O sindicato promoveu votação in-terna e o resultado foi positivo.

Mais de 1 mil trabalhadores participaram da consulta, sendo 92,5% a favor do novo acordo. E, assim, conquistamos uma anteci-pação já para o dia 20 deste mês.

Eleição de outubroserá metropolitana

eDitorial

Fertilizantes

Eleições para prefeitu-ras. Está mais do que na hora de pensarmos grande. Precisamos

de prefeitos preocupados com a região metropolitana e não apenas com seus municípios.

Na Baixada Santista e Lito-ral, moramos em uma cidade, estudamos em outra e traba-lhamos em mais outra. Pas-seamos numa outra e, depois, trocamos tudo.

O prefeito tem que estar antenado na complexidade da região. Não precisamos de especialista nesta ou aquela atividade. Precisamos de um político.

As cidades se completam para ter uniformidade de cida-dania. A última coisa que pre-cisamos é que, por ciúmes, os

prefeitos disputem quem apa-rece mais.

Precisamos de quem nos entenda como santistas, cuba-tenses, guarujaenses, vicen-tinos ou qualquer cidadania. E que não vendam o povo aos incorporadores, que transfor-mam a região em selva de pe-dra.

Cidades onde não se vê mais o sol. Quem se lembra da quantidade de andorinhas e pardais? Hoje, quando se olha para o céu, nem urubu vemos. É só pombo.

Precisamos de prefeitos com trânsito no governo estadual e federal, que não estraguem mais a região com base em promessas como o pré-sal, que apenas enriquece os cursinhos de petróleo e gás.

Presidente do sindicato, Herbert Passos Filho: 'Não

precisamos de especialista nesta ou aquela atividade.

Precisamos de um prefeito político'

Sindicato avançana Vale Fertilizantes

Pedimos que eleitos não estraguem mais a região com base em promessas inatingíveis

Page 3: Jornal Reação Química - Agosto 2012

3Jornal Reação QuímicaSantos - Ano 17 - agosto • 2012www.facebook.com/quimicos.dabaixadasantista

Aumentam empregos no setorquímico, mas salário diminui

CageD mte

A indústria química criou 4.302 postos de trabalho for-mais nos primeiros seis me-

ses de 2012. No mesmo perí-odo, o salário médio diminuiu 19,1%.

O Cadastro Geral de Em-pregados e Desempre-gados do Ministério do Trabalho e Emprego

(Caged MTE) tem uma notícia boa e uma ruim, conformes da-dos e gráficos referente a junho.

A boa é que o número de pos-tos de trabalho no setor químico aumentou, apesar da visível ins-tabilidade econômica que afeta a indústria nacional.

A ruim é que os salários dos trabalhadores admitidos nos últi-mos 12 meses são menores, por conta da rotatividade da mão-de-obra. Ou seja: o admitido ganha menos do que recebia o demitido. Conforme mostra a tabela, o setor gerou 6.494 novos postos de tra-balho formais em 2011. A mesma tabela mostra, porém, que, no mesmo período, o salário médio dos novos caiu em 18%.

Taxa de rotatividade na indústria química e seus segmentos, em 2011. No segmento de brinquedo, a taxa foi de 47,1%. No químico, 22,3%. No de borracha, 25,3%

Movimentação de trabalhadores formais na indústria química, segundo salário médio mensal, de 2011 a 2012

A taxa de rotatividade1 no segmento de papel e celulose no país em 2011 foi de 24%, ou seja, de cada 100 contratos

formais de trabalho no segmento de papel e celulose, 24 foram para substituição de trabalhadores demitidos. No

segmento de brinquedo a taxa foi de 47,1%, no químico, foi de 22,3%, já no de borracha foi de 25,3% (Tabela 5).

Tabela 5

Taxa de rotatividade na indústria química e seus segmentos

Brasil e Unidades da Federação – 2011

Unidades da Federação Admitidos Massa salarial

(R$)

Salário Mensal

Médio (R$)Desligados Massa salarial

(R$)

Salário Mensal

Médio (R$)Saldo

Diferença do Salário

Mensal Médio entre admitidos e desligados

(%)

11 - Rondônia 159 122.688,00 771,62 -171 136.474,00 798,09 -12 -3,312 - Acre 2 1.133,00 566,50 0 0,00 0,00 2 0,013 - Amazonas 539 632.642,00 1.173,73 -480 694.433,00 1.446,74 59 -18,914 - Roraima 2 1.245,00 622,50 -5 3.330,00 666,00 -3 -6,515 - Para 540 402.222,00 744,86 -542 446.835,00 824,42 -2 -9,716 - Amapa 23 14.530,00 631,74 -22 15.632,00 710,55 1 -11,117 - Tocantins 157 172.605,00 1.099,39 -138 160.688,00 1.164,41 19 -5,621 - Maranhão 1.564 1.114.765,00 712,77 -1.738 1.672.074,00 962,07 -174 -25,922 - Piaui 211 154.628,00 732,83 -294 210.155,00 714,81 -83 2,523 - Ceará 1.462 1.344.754,00 919,80 -1.208 1.248.830,00 1.033,80 254 -11,024 - Rio Grande do Norte 362 273.354,00 755,12 -329 260.480,00 791,73 33 -4,6

25 - Paraíba 197 141.506,00 718,30 -201 151.718,00 754,82 -4 -4,826 - Pernambuco 2.078 2.540.858,00 1.222,74 -1.582 2.057.307,00 1.300,45 496 -6,027 - Alagoas 346 411.589,00 1.189,56 -318 435.167,00 1.368,45 28 -13,128 - Sergipe 234 191.058,00 816,49 -281 287.179,00 1.021,99 -47 -20,129 - Bahia 2.888 4.106.441,00 1.421,90 -2.630 4.528.942,00 1.722,03 258 -17,431 - Minas Gerais 12.329 10.701.513,00 868,00 -10.773 14.754.091,00 1.369,54 1.556 -36,632 - Espírito Santo 567 533.234,00 940,45 -522 641.889,00 1.229,67 45 -23,533 - Rio de Janeiro 3.949 5.422.211,00 1.373,06 -4.075 6.482.130,00 1.590,71 -126 -13,735 - São Paulo 29.456 57.852.234,00 1.964,02 -26.291 62.781.146,00 2.387,93 3.165 -17,841 - Paraná 7.043 7.413.905,00 1.052,66 -6.188 7.329.475,00 1.184,47 855 -11,142 - Santa Catarina 3.621 3.451.033,00 953,06 -3.465 4.061.195,00 1.172,06 156 -18,743 - Rio Grande do Sul 5.283 5.788.841,00 1.095,75 -5.418 6.688.729,00 1.234,54 -135 -11,2

50 - Mato Grosso do Sul 489 428.188,00 875,64 -466 443.728,00 952,21 23 -8,0

51 - Mato Grosso 1.031 929.925,00 901,96 -985 968.235,00 982,98 46 -8,252 - Goiás 2.708 2.933.547,00 1.083,29 -2.608 3.120.577,00 1.196,54 100 -9,553 - Distrito Federal 136 128.446,00 944,46 -152 192.309,00 1.265,19 -16 -25,4Brasil 77.376 107.209.095,00 1.385,56 -70.882 119.772.748,00 1.689,75 6.494 -18,0Fonte MTE-CagedElaboração: DIEESE

No mês de junho de 2012, segundo o Caged-MTE, a indústria química no Brasil criou 680 postos de trabalho formais. Em

junho de 2011, o setor também obteve saldo positivo, onde foram criados 1.343 postos de trabalho formais. Ou seja,

em junho de 2012 a indústria química criou menos postos de trabalho formais do quem em junho de 2011, foram 663

postos de trabalho a menos criados (Tabela 8).

Em junho de 2012, o salário mensal médio de um trabalhador formal admitido na indústria química no Brasil foi 23,5%

menor do que o salário mensal médio de um trabalhador formal demitido no mesmo setor (Tabela 8).

Tabela 8

Movimentação de trabalhadores formais na Indústria Química, segundo salário médio mensal - Brasil, Junho 2012/2011·.

Papel e Celulose Brinquedo Químico Borracha

11 - Rondônia 37,5 57,1 48,7 32,012 - Acre 3,0 - 14,3 30,113 - Amazonas 29,4 43,5 20,5 22,214 - Roraima 7,7 - 10,0 26,715 - Pará 17,9 25,5 28,3 30,616 - Amapá 25,0 - 54,5 200,017 - Tocantins 0,0 42,9 26,0 20,921 - Maranhão 20,9 9,1 57,8 38,922 - Piauí 19,7 0,0 47,7 26,523 - Ceará 29,4 24,2 27,2 47,724 - Rio Grande do Norte 28,6 8,3 32,3 15,025 - Paraíba 53,3 20,0 24,8 62,226 - Pernambuco 22,9 19,3 15,6 23,927 - Alagoas 32,4 0,0 23,4 13,428 - Sergipe 9,3 8,1 22,9 36,729 - Bahia 19,8 37,1 18,0 13,231 - Minas Gerais 30,4 56,4 43,7 35,332 - Espírito Santo 25,0 27,9 29,7 36,833 - Rio de Janeiro 29,9 36,5 18,9 16,535 - São Paulo 23,2 49,9 16,4 23,941 - Paraná 21,8 40,3 25,6 28,742 - Santa Catarina 17,8 27,6 29,6 36,543 - Rio Grande do Sul 27,6 38,9 27,1 22,850 - Mato Grosso do Sul 19,8 57,1 44,3 41,751 - Mato Grosso 46,3 21,4 45,8 42,452 - Goiás 36,0 50,0 26,5 31,653 - Distrito Federal 24,5 11,8 34,3 26,2Brasil 24,0 47,1 22,3 25,3

Fonte MTE-CagedElaboração: DIEESE

O número de trabalhadores de 2011 é uma estimativa, cujo cálculo foi a soma do estoque de trabalhadores em 31/12 da Rais 2010 e o saldo da movimentação dos admitidos e desligados do Caged 2011.

Taxa de rotatividadeSegmento

Notas: O cálculo da rotatividade foi baseado no livro do Dieese "Rotatividade e flexibilidade no mercado de trabalho": o valor mínimo observado entre o total de admissões e o total de desligamentos anuais, comparado ao estoque médio de cada ano.

Os desligados abrangem todos os desligamentos sem justa causa, ou seja, excluem-se os desligamentos por: pedido de demissão pelo trabalhador, aposentadoria, morte, transferência e justa causa.

Segundo o Caged-MTE, a indústria de brinquedos no Brasil gerou 1.222 postos de trabalho formais de janeiro a junho de

2012 (Tabela 11).

Para o mesmo período, o salário mensal médio de um trabalhador formal admitido na indústria de brinquedos no Brasil

foi 7,6% menor do que o salário mensal médio de um trabalhador formal demitido no mesmo setor (Tabela 11).

Segundo o Caged-MTE, a indústria química no Brasil criou 4.302 postos de trabalho formais nos primeiros seis meses de

2012 (Tabela 12).

Considerando o mesmo período, o salário mensal médio de um trabalhador formal admitido na indústria química no

Brasil foi 19,1% menor do que o salário mensal médio de um trabalhador formal demitido no mesmo setor (Tabela 12).

Tabela 12

Movimentação de trabalhadores formais na Indústria Química, segundo salário médio mensal - Brasil, acumulado de janeiro a junho de 2012

AdmitidosSalárioMensal

Médio (R$)Desligados

SalárioMensal

Médio (R$)Saldo Admitidos

Salário Mensal

Médio (R$)Desligados

SalárioMensal

Médio (R$)Saldo

11 - Rondônia 9 1.511,22 20 924,20 -11 17 715,82 21 731,05 -4 63,513 - Amazonas 45 1.686,49 40 1.180,15 5 60 961,00 37 1.546,30 23 42,915 - Para 82 1.115,88 53 977,96 29 71 742,77 86 779,62 -15 14,116 - Amapa 1 746,00 2 851,00 -1 1 654,00 1 545,00 0 -12,317 - Tocantins 21 974,48 14 988,21 7 10 2.080,30 14 1.156,64 -4 -1,421 - Maranhão 65 934,49 38 878,71 27 549 673,52 62 1.100,87 487 6,322 - Piaui 52 794,94 13 3.510,69 39 15 670,93 20 988,60 -5 -77,423 - Ceará 113 993,94 110 1.190,23 3 98 893,89 125 894,02 -27 -16,524 - Rio Grande do Norte 28 966,00 29 1.028,66 -1 58 661,31 36 682,67 22 -6,125 - Paraíba 14 660,43 9 651,44 5 13 653,85 25 763,64 -12 1,426 - Pernambuco 184 1.309,55 147 1.525,94 37 241 1.180,33 121 1.399,30 120 -14,227 - Alagoas 23 1.171,43 14 2.796,71 9 35 1.520,54 31 2.085,90 4 -58,128 - Sergipe 18 701,33 26 1.118,58 -8 35 734,03 19 833,21 16 -37,329 - Bahia 322 1.433,34 181 1.860,26 141 335 1.100,13 221 1.565,12 114 -22,931 - Minas Gerais 1.362 899,47 1.317 1.707,68 45 1.198 886,46 959 955,52 239 -47,332 - Espírito Santo 134 984,40 53 1.036,34 81 60 881,20 61 965,90 -1 -5,033 - Rio de Janeiro 480 1.163,09 609 1.443,69 -129 552 1.180,85 501 1.524,67 51 -19,435 - São Paulo 3.084 1.892,64 2.998 2.310,59 86 3.272 1.848,94 3.262 2.077,67 10 -18,141 - Paraná 782 1.110,38 741 1.315,55 41 792 1.030,70 597 1.182,27 195 -15,642 - Santa Catarina 361 1.042,46 315 1.428,99 46 357 945,32 335 1.074,70 22 -27,043 - Rio Grande do Sul 594 1.073,90 511 1.272,43 83 569 954,91 437 1.221,57 132 -15,650 - Mato Grosso do Sul 58 882,71 16 943,38 42 35 859,43 24 794,67 11 -6,451 - Mato Grosso 127 944,81 92 1.008,34 35 85 893,44 78 1.069,38 7 -6,352 - Goiás 375 1.069,92 296 1.280,19 79 293 1.016,81 340 1.044,16 -47 -16,453 - Distrito Federal 7 743,14 17 908,94 -10 19 1.071,32 14 890,86 5 -18,2Brasil 8.341 1.367,61 7.661 1.787,71 680 8.770 1.291,69 7.427 1.559,40 1.343 -23,5Fonte MTE-CagedElaboração: DIEESE

Diferença do Salário Mensal

Médio entre admitidos e

desligados mai-12 (%)

Unidades da Federação

jun-12 jun-11

Boletim de subsídios às negociações coletivas dos sindicatos fi l iados à SNQ Julho de 2012

Introdução

O presente trabalho é um subsídio às negociações colet ivas dos s indicatos f i l iados à SNQ

(Secretaria Nacional dos Setores Químicos) que a Subseção do DIEESE (Departamento Inters indical

de Estat íst ica e Estudos Socioeconômicos) na entidade produz e envia mensalmente. Trata-se de

um bolet im com informações que o próprio DIEESE produz normalmente, só que s intetizados em

um único material , a lém do INPC-IBGE ( Índice Nacional de Preços ao Consumidor do Inst ituto

Brasi le iro de Geografia e Estat íst ica) . O bolet im tem periodic idade mensal e o seu envio é até o

dia 15 de cada mês.

1) INPC-IBGE

O INPC-IBGE ( Índice Nacional de Preços ao Consumidor do Instituto Brasi leiro de Geograf ia

e Estat íst ica) , que abrange as famíl ias com renda famil iar entre 1 e 6 salár ios mínimos, anual de

junho de 2012 foi de 4,90%. A est imativa do INPC-IBGE acumulado em doze meses para julho de

2012 é de 5,13%.

GRÁFICO 1

Unidades da Federação AdmitidosSalário Mensal

Médio (R$)Desligados

Salário Mensal

Médio (R$)Saldo

Diferença do Salário Mensal

Médio entre admitidos e

desligados (%)11 - Rondônia 61 1.050,48 62 1.203,87 -1 -12,712 - Acre 1 622,00 2 810,50 -1 -23,313 - Amazonas 299 1.504,73 267 1.535,80 32 -2,014 - Roraima 0 0,00 1 700,00 -1 -100,015 - Para 311 1.011,63 271 1.061,87 40 -4,716 - Amapa 9 818,56 7 841,71 2 -2,817 - Tocantins 152 1.252,74 105 1.198,71 47 4,521 - Maranhão 338 910,40 207 1.210,81 131 -24,822 - Piaui 157 810,46 81 1.283,21 76 -36,823 - Ceará 712 1.291,76 766 1.134,10 -54 13,924 - Rio Grande do Norte 224 859,46 184 837,28 40 2,625 - Paraíba 104 910,66 96 711,29 8 28,026 - Pernambuco 1.105 1.264,39 878 1.506,96 227 -16,127 - Alagoas 187 1.188,37 150 1.288,02 37 -7,728 - Sergipe 175 1.035,40 174 960,02 1 7,929 - Bahia 1.341 1.485,45 1.289 2.054,53 52 -27,731 - Minas Gerais 7.305 865,47 6.884 1.192,51 421 -27,432 - Espírito Santo 489 986,83 355 1.198,95 134 -17,733 - Rio de Janeiro 3.099 1.218,01 3.323 1.536,59 -224 -20,735 - São Paulo 19.070 1.888,57 18.008 2.308,30 1.062 -18,241 - Paraná 4.648 1.123,83 3.894 1.285,58 754 -12,642 - Santa Catarina 2.652 1.011,48 2.164 1.231,76 488 -17,943 - Rio Grande do Sul 3.681 1.141,38 3.200 1.407,10 481 -18,950 - Mato Grosso do Sul 246 986,41 188 1.111,71 58 -11,351 - Mato Grosso 649 929,63 458 1.005,26 191 -7,552 - Goiás 1.963 1.107,34 1.659 1.201,94 304 -7,953 - Distrito Federal 99 925,43 102 1.210,60 -3 -23,6Brasil 49.077 1.391,18 44.775 1.718,68 4.302 -19,1Fonte MTE-CagedElaboração: DIEESE

Rotatividade é problema

Mais postos, menos ganho

A rotatividade no segmen-to de papel e celulose no país em 2011 foi de 24%. Ou seja:

de cada 100 contratos for-mais de trabalho, 24 foram em substituição a demitidos.

Movimentação de trabalhadores formais na indústria química, em 2011, segundo salário médio mensal

Junho

DemissÕes

semestreEmprego sobe e salário desce

Em junho de 2012, a indús-tria química criou 680 postos de trabalho formais. Em ju-nho de 2011, o setor também obteve saldo positivo, com 1.343 novos empregos.

Apesar do crescimento de postos de trabalho no pe-ríodo de 12 meses, em junho de 2012 a indústria química abriu menos vagas do quem em junho de 2011. Foram 663

postos a menos.Em junho de 2012, o salário

do admitido foi 23,5% menor do que o salário do demitido no mesmo setor, conforme mostra a tabela do Caged.

Movimentação de trabalhadores formais na indústria química, segundo salário médio mensal de janeiro a junho de 2012

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4 Jornal Reação Química Santos - Ano 17 - agosto • 2012www.facebook.com/quimicos.dabaixadasantista

FeDeral são ViCente

emprego pg

Total apoio à grevedos auditores fiscais

Acordo na Brás Tubofoi o melhor possível

Governo estadualatende comissão

Nosso sindicato apoia a greve dos auditores da Recei-ta Federal e, prin-

cipalmente, do Ministério do Trabalho e Emprego (MTE). A Força Sindical também acom-panha de perto.

Como sindicato e central, estivemos com o ministro do Trabalho, Brizola Neto, há poucas semanas, comparti-lhando as reivindicações dos servidores federais.

Nessas entrevistas com autoridades, comprovamos

que o entrave à solução dos problemas está na insensibi-lidade do Ministério do Plane-jamento.

A situação é pior no Mi-nistério do Trabalho, onde os funcionários são admiti-dos com salários três vezes menores do que nas demais pastas.

Além disso, o MTE vem sofrendo grande redução do quadro funcional e o conse-quente aumento de volume de trabalho, inviabilizando uma fiscalização adequada.

Fiscais do Ministério do Trabalho estão há anos sem reajuste salarial e enfrentam péssimas condições de trabalho

Deputado federal Márcio França

(PSB-SP) tem acompanhado

nosso sindicato e a Força Sindical nas audiências

em defesa do funcionalismo

Diretoria do sindicato prestigiou ato público dos fiscais do MTE, em 8 de agosto, quarta-feira, no Centro de Santos

A situação da Brás Tubo vem se agravando. Já fe-chou uma das unidades de São Vicente e demitiu todo mundo. Agora, dispensou metade dos que haviam so-brado.

Como a empresa não quis pagar as verbas res-cisórias na homologação, e ainda estava com as contri-buições atrasadas, o Sindi-cato recorreu ao Ministério Público do Trabalho (MPT).

O MPT fez uma proposta de parcelamento da dívida, que foi levada pelo sindicato aos trabalhadores, na porta

da empresa, com participa-ção dos demitidos e dos que ficaram.

A proposta foi aprovada, com liberação do FGTS atua-lizado, mais a multa e o segu-ro desemprego imediatamen-te. Além disso, a pendência foi parcelada em seis vezes, com acréscimo de um salá-rio. Para os remanescentes, o acordo estabelece parce-lamento das contribuições e garantia de emprego e salá-rio até março de 2013. Não é o que queríamos, mas devi-do às circunstancias, foi um bom acordo.

Assembleia, na porta da empresa, aprova acordo proposto pelo MPT

Nossa diretoria recebeu visita do novo presidente da comissão de emprego de Praia Grande, Francisco Sobreno-me, que também preside o Sindicato dos Empregados em Edifícios daquela cidade.

A conversa foi sobre as necessidades que po-dem ser supridas pela comissão, inclusive as emergenciais, como a implementação de uma frente de traba-lho para os setores mais necessitados da cidade.

Essa e outras ideias fo-ram propostas na primei-ra reunião da nova gestão, com presença do diretor regional da Sert, Márcio Miorim, que as encaminhou ao governo estadual, sendo prontamente atendidas.

Page 5: Jornal Reação Química - Agosto 2012

5Jornal Reação QuímicaSantos - Ano 17 - agosto • 2012www.facebook.com/quimicos.dabaixadasantista

luCro

ultraFértil

periCulosiDaDe

serbel

litoral

Fenag

natal

metas

Sindicato cobra'plr' na Linde Gases

Sai acordo de parada na Tuf

Sindicato negocia adicional na Vale Fertilizantes

Mais umaque fecha

Diretoria negociaturnos na Coque

Categoria insistena cesta básica

13º adiantado naVale Fertilizantes

Acordo tambémna parada da Cub

A diretoria do sindi-cato começou, ago-ra em agosto, mais uma negociação com

a Linde Gases, para renovar o acordo de participação nos lucros ou resultados (plr).

Em 2011, a negociação foi truncada e se arrastou até o início de 2012, por várias dis-cordâncias. Neste ano, a em-presa acena com dificuldades ainda maiores.

A choradeira se baseia na propalada desaceleração do

crescimento e do processo de desindustrialização no setor petroquímico.

Os trabalhadores apresen-taram várias propostas para o sindicato negociar com a em-presa. A diretoria espera que os representantes da Linde sejam mais flexíveis.

O sindicato lutará pela melhoria do acordo de 'plr', partindo, no mínimo, do que garantimos no ano passado: dois salários normativos a cada trabalhador.

Participação nos lucros ou resultados tem negociações difíceis, mas diretoria do sindicato insiste

Ampliar os direitos dos trabalhadores e deixar sua jornada na legalidade 40 horas semanais, conforme o acordo coletivo vigente. Essa é a finali-dade das negociações do sindi-cato com a Litoral Coque.

As reuniões começam agora em agosto, após lon-go período de relutância da empresa em sentar com a diretoria do sindicato. Na pauta, as tabelas de turnos de revezamentos.

Foi preciso ameaçar greve para a Fenag enfim negociar o fornecimento de cesta básica, antiga reivin-dicações dos empregados. O sindicato inicia agora a conversação.

Os companheiros que-rem suprimir o horário do cafezinho, 15 minutos na entrada e 15 na saída, substituindo-o por acrés-cimo no horário de almoço ou alteração na jornada de

trabalho.A empresa está dis-

posta a fornecer a cesta básica, mediante regras estipuladas com os tra-balhadores e o sindicato, por quatro meses de ex-periência. Ela acena com a possibilidade de, mantido o faturamento, prolongar e in-serir o benefício no próximo acordo coletivo de trabalho. A categoria será devidamente informada.

A empresa aceitou pedido do sindicato e os companhei-ros da Vale que ainda não ha-viam recebido o adiantamento da metade do 13º salário foram

contemplados em 20 de junho. O adiantamento será compen-sado no final do ano. E é sem-pre bom receber antes para quem tem projetos ou dívidas.

O sindicato também fe-chou acordo sobre a parada na Cub 2 (antiga Iap). Serão duas paradas, em 2012.

A única meta atingida na primeira fase foi não ter havido acidente. Essa meta

dos acidentes será acumula-da para a parada de setem-bro, com pagamento no final da segunda fase. O bom é que teremos sempre um retorno sobre as metas das paradas.

Fechado acordo do sin-dicato com Ultrafértil sobre a parada de manutenção no terminal marítimo da Ul-trafértil. Metade das metas

foram consideradas aceitá-veis. O prêmio será pago no final de agosto.

Como não é mais a mes-ma empresa do grupo de

fertilizantes, com esta ino-vação o sindicato inicia uma prática que trará benefícios a todos os companheiros do Tuf.

O sindicato participou de audiência de conciliação, há poucos, na Justiça do Traba-lho de Cubatão, sobre o adi-cional de periculosidade dos eletricistas Vale Fertilizantes.

Antes disso, em mesa-re-donda no Ministério do Traba-

lho, a empresa aceitou iniciar os pagamentos o adicional, para os eletricistas que não o recebiam, mas ficou faltando o retroativo,

Autorizado por assem-bleia, o sindicato entrou ação trabalhista, cobrando os atra-

sados. Na primeira audiência, a juíza indicou um perito para avaliar o caso.

Mas, de qualquer manei-ra, o sindicato chamou a Vale para negociar. A diretoria entende que, quanto antes o pessoal receber, melhor.

Mais outra fábrica que fecha. Desta vez, uma re-cuperadora de óleo, em São Vicente. Duas dúzias de desempregados. E assim que nos tratam: dúzias. Como objetos.

Mesmo dificuldades impostas pela empresa, o sindicato conseguiu que ela honrasse os compromis-sos. As rescisões foram homologadas corretamente.

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6 Jornal Reação Química Santos - Ano 17 - agosto • 2012www.facebook.com/quimicos.dabaixadasantista

sinDiCalismo

Jurídico é essencialpara manter direitosAdvogados trabalhistas ajudam as direções sindicais a ampliar e manter direitos coletivos e individuais

Todo e qualquer sin-dicato depende muito de uma boa assessoria jurídica

para garantir os direitos de

seus representados. Advo-gados com experiência são cada vez mais necessários no setor.

Nesta edição, mostramos

os resultados de alguns pro-cessos trabalhistas Brasil afora. Na próxima, mostra-remos alguns desfechos po-sitivos em nossa categoria.

O Tribunal Regional do Trabalho de Minas Gerais (TRT-MG) manteve a conde-nação de uma construtora, definida em primeira ins-tância, por danos morais a um acidentado.

Ele caiu de uma escada e, embora também culpado pela queda, por sua obe-sidade e falta de destreza, cabia à empresa verificar as condições físicas do empre-

gado para desempenho da função.

Para a Justiça do Tra-balho mineira, não bastou à construtora, para eximir-se da responsabilidade, ter instalado sistema de prote-ção na escada. A juíza Taísa Maria Macena de Lima não deu razão à empresa por não ter feito exame no tra-balhador após retorno de acidente anterior.

O Tribunal Regional do Trabalho de Minas Gerais (TRT-MG) garantiu equipa-ração salarial a trabalhador com colega de outra empre-sa do grupo econômico.

Para o reconhecimento da equiparação, o empre-gado deve comprovar que realiza a mesma função que o colega apresentado como modelo, com igual produti-vidade e perfeição técnica.

O trabalho também deve ser prestado ao mesmo em-pregador e na mesma localida-de, por pessoas cuja diferença de tempo de serviço não seja superior a dois anos.

Esse é o teor do arti-

go 461 da CLT, derivado do princípio constitucional da isonomia. O objetivo é com-bater a discriminação no trabalho.

No recurso analisado pela 8ª Turma do TRT-MG, uma empresa protestava conta o reconhecimento da equiparação salarial entre um empregado e o colega de uma empresa do mesmo grupo econômico.

O juiz Fernando Antônio Viégas Peixoto decidiu que o modelo, ao ser ouvido como testemunha, descreveu as funções exercidas e afirmou que eram exatamente as mesmas do reclamante.

Construtora

equiparação

luCro

aCiDenteDeFinição

Obeso cai de escada e ganha ação na Justiça

Salário fica igualno mesmo grupo

Dispensa nãosuspende 'plr'

Estabilidadena experiência

Dano moralpor acidente

A subseção especializada em dissídios individuais do Tribunal Superior do Traba-lho (TST-Brasília) definiu pra-zo de prescrição para dano moral anterior à Emenda Constitucional 45-2004.

Isso aplica prescrição trie-nal aos casos de indenização por danos morais e mate-riais, que tenham origem na relação de emprego, mas não decorram de acidente de tra-balho.

O entendimento, porém, publicado há poucos dias, circunscreve-se às lesões que tenham ocorrido antes da vigência da Emenda Constitu-cional 45/2004.

Os ministros do TST che-garam à essa conclusão ao julgaram um caso envolvendo indenização por danos mo-rais e materiais a uma traba-lhadora.

A dispensa do emprega-do antes do pagamento da participação nos lucros ou resultados (plr) não impede seu direto de receber. É de-cisão do Tribunal Superior do Trabalho (TST).

O não pagamento da 'plr'

por demissão, segundo o TST, fere o princípio da iso-nomia.

Assim, na rescisão an-tecipada, é devido o paga-mento da parcela de forma proporcional aos meses tra-balhados.

A empresa paranaense Veronesi Hotéis Ltda. terá de pagar indenização corres-pondente ao período de esta-bilidade a um ex-empregado acidentado durante contrato de experiência.

Ela sustentava, no Tri-bunal Superior do Trabalho (TST), incompatibilidade do contrato de experiência com a estabilidade provisória.

Em 2006, com 23 anos de idade, o trabalhador perdeu parte da perna direita ao se envolver em acidente de trân-sito logo após sair do traba-lho.

Algumas semanas depois, tentou voltar ao serviço, mas a empresa não aceitou a rein-tegração, alegando que ele não dispunha de função compatível com sua nova condição.

A Lei 8.213-1991 (benefí-

cios da Previdência Social) diz que o segurado, ao sofrer aci-dente de trabalho, tem direito ao emprego por no mínimo de 12 meses.

Mas a Veronesi alegava que essa estabilidade provi-sória não era compatível com contrato de experiência. E que só valeria para contratos por prazo indeterminado.

Porém, o juiz Horácio Rai-mundo de Senna Pires, disse não ser possível restringir a estabilidade provisória de-corrente do acidente de tra-balho.

Para ele, a lei não faz dis-tinção entre prazo determina-do e indeterminado. Lembrou decisão recente do Supremo Tribunal Federal estendendo os direitos sociais do artigo 7º da Constituição Federal ao contratado temporariamente.

Nosso sindicato mantém um dos melhores departamentos jurídicos do sindicalismo brasileiro

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7Jornal Reação QuímicaSantos - Ano 17 - agosto • 2012www.facebook.com/quimicos.dabaixadasantista

intersinDiCal

Dieese auxilia sindicatos nas campanhas salariais

Este trabalho é um subsídio às negociações coletivas dos sindicatos da Secretaria Nacional dos Setores Químicos

INPC-IBGEO Índice Nacional de Preços ao Consumidor, do Instituto Brasileiro

de Geografia e Estatística, abrange as famílias com renda familiar entre um e seis salários mínimos. O INPC-IBGE anual de junho de 2012 foi de 4,90%. A estimativa do acumulado em doze meses para julho de 2012 é de 5,13%.

ICV-DIEESEAinda que em ritmo menos intenso, a alimentação (com alta de 0,46%) con-

tinuou a ser o grupo de despesas que mais contribuiu para a alta de 0,23% registrada em junho pelo Índice do Custo de Vida (ICV).

Calculado pelo Dieese, a taxa do mês representa um recuo de 0,20 em re-lação à apurada em maio (0,43%). As despesas pessoais (2,20%) e habitação (0,36%) também pressionaram o ICV.

Os três grupos, juntos, contribuíram, em junho, com 0,31 para a taxa do mês. O ICV anual, na cidade de São Paulo, foi de 6,39%. Ele abrange as famílias com renda média de R$ 1.365,48. A estimativa do ICV acumulado em 12 meses, para julho de 2012, é de 6,09%.

TRêS INDICADORESAlém do ICV para renda média familiar de R$ 1.365,48, o Dieese calcula

mais três indicadores de inflação. As taxas de cada estrato de renda são dis-tintas.

Elas resultam da forma como as famílias distribuem seus gastos, que dife-re de acordo com o poder aquisitivo, e relaciona-se com as diversas variações de preços dos bens e serviços.

O estrato 1 abrange as famílias com renda média familiar de R$ 377,40. O anual de junho de 2012 foi de 6,22%.

O estrato 2 abrange as famílias com renda média familiar de R$ 934,17. O anual de junho de 2012 foi de 6,01%.

O estrato 3 abrange as famílias com renda média familiar de R$ 2.782,90. O anual de junho de 2012 foi de 6,54%.

CuSTOS DE SERVIçOSA variação anual de junho de 2012 do custo dos serviços públicos

no município de São Paulo, para o estrato geral foi de 2,68%, conforme estes itens.

Eletricidade: 0%. Água e esgoto: 6,83%. Gás de rua: 10,49%. Gás de botijão 2,93%. Tarifas telefônicas: 1,92%. Transporte coletivo: 1,63%. Me-trô: 3,54%. Ônibus: 1,43%. Ônibus comum 0%. Ônibus escolar: 9,26%. Ônibus intermunicipal: 5,98%. Ônibus interestadual: 5,43%. Trem de subúrbio: 3,45%.

CESTA BáSICA NACIONALApenas três das 17 capitais apresentaram redução no valor do conjunto

dos produtos alimentícios essenciais em junho de 2012.As capitais com os maiores custos de cesta básica foram São Paulo: R$

287,63. Porto Alegre: R$ 280,26. Vitória: R$ 277,70.As capitais com menores custos foram Aracajú: R$ 199,70. Salvador: R$

213,20. João Pessoa: R$ 229,56.As capitais com maiores aumentos anuais foram: João Pessoa: 11,32%. Ma-

naus: 9,36%. Aracajú: 8,98%.Apenas uma capital obteve diminuição anual. Foi Florianópolis: -2,37%.

REAJuSTES SALARIAISA maioria dos reajustes salariais de 702 unidades de negociação registra-

das em 2011 no Sistema de Acompanhamento de Salários (SAS-Dieese) foi com percentual superior à inflação do INPC-IBGE.

Em 87% dos reajustes, foram incorporados aumentos reais aos salários. Apenas 8% foram corrigidos pela inflação. E 6% ficaram abaixo. O resulta re-vela a tendência dos últimos anos.

Em 2011, os ganhos reais entre 1% e 2% suplantam os situados entre 1% e 2%, sendo que o ganho real médio obtido pelos reajustes salariais em 2011 foi de 1,38% acima do INPC-IBGE.

Na Indústria, pouco mais de 90% das negociações registraram aumentos reais nas datas-bases. Em 7%, os reajustes foram iguais à inflação. E apenas 3% tiveram perdas reais.

A maior (79%) parte dos reajustes no setor registrou aumento real de até 3%, com destaque para a faixa entre 1% e 2% acima do INPC-IBGE. O aumento real médio na indústria em 2011 foi de 1,54% acima do INPC-IBGE.

BALANçO DOS PISOSO balanço dos pisos salariais de 2010 análises distintas. Por um lado, o

cenário é positivo. Houve reajustes com aumentos reais em 94% dos pisos. Houve também reajustes equivalentes à inflação 2% do painel. Isso totaliza 96% das negociações sem perdas reais.

No entanto, o valor nominal dos pisos revela um quadro menos positivo. Cerca de um terço dos pisos eram menores ou iguais a R$ 550. E metade não ultrapassava R$ 600.

O menor piso salarial da Indústria foi de R$ 510. Ou seja: o mesmo valor do salário mínimo vigente para o período. Já o maior piso do setor foi de R$ 1.546. Na média, o piso da indústria ficou em R$ 666,53.

O nível de ocupação em maio de 2012 na indústria registrou queda de 0,1% (3 mil ocupações a menos), em relação ao nível de abril de 2012. E outra de 1,3% (40 mil ocupações a menos) em relação a maio de 2011.

Page 8: Jornal Reação Química - Agosto 2012

8 Jornal Reação Química Santos - Ano 17 - agosto • 2012www.facebook.com/quimicos.dabaixadasantista

O Brasil contabiliza mais de 700 mil aciden-tes de trabalho por ano, que afetam milhões de famílias, direta ou indi-retamente, com mortes e sequelas.

São acidentes que po-deriam ser evitados se houvesse fiscalização do trabalho, com a frequên-cia necessária. Enquanto isso não acontece, convi-vemos com números de epidemia.

São mais de 2.700 mortes por ano, mais de sete por dia, mais de 80 acidentes por hora, mais de R$ 70 bilhões de per-das. E apenas um auditor fiscal do Ministérios do Trabalho para cada 3 mil empresas.

Em Cubatão, a reali-dade é mais tranquila por

causa da atuação severa do nosso sindicato, com as inspeções das normas regulamentadoras 11, 12 e 13.

Além, disso, o sindica-to acompanha a investiga-ção de todo acidente co-municado. E a categoria, consciente de seu papel, participa efetivamente da campanha.

O pessoal denuncia todo e qualquer acidente ocorrido ou condição in-segura detectada na sua fábrica. E não precisa se identificar. O que interes-sa é o fato.

Se você constatar qual-quer irregularidade, pro-cure um diretor de base do sindicato ou a própria sede. O importante é a consciência sobre esse enorme problema.

Risco na indústria

Riscos de acidentes, equipamentos defei-tuosos, copas imun-das, empilhamentos

errados e outros problemas. Tudo na Copebrás. O sindicato pede ao Ministério do Trabalho que fiscalize.

Os auditores que o sindica-to mantém em sua equipe, que também são dirigentes sindi-cais, fizeram relatórios sobre as irregularidades. O grupo age também em outras fábricas.

Na média de duas a três vezes por ano, esses profis-sionais verificam se as NRs (normas regulamentadoras do MTE) 11, 12, 13 e 33 são res-peitadas.

No requerimento ao MTE, a diretoria do sindicato pede interdição dos locais e equipa-mentos sob risco. Se você tiver alguma denúncia, procure-nos.

CopebrásNa Copebrás, o sindicato

deu prazo de uma semana para solução do problema. Mas ou-tras fábricas também estão na mira da direção sindical e dos trabalhadores.

CBENa CBE Guarujá e Cubatão,

por exemplo, nossa fiscaliza-ção detectou vários problemas com a NR 13, principalmente na documentação dos opera-dores. Na CBE Guarujá (que antes era Dow), as pastas con-têm extensa documentação, mas não foi possível encontrar os quesitos exigidos pela NR 13. Em Cubatão o problema foi semelhante.

A documentação estava condensada numa pasta única e não nas pastas de cada ope-rador, conforme determina a norma regulamentadora.

HidromarTambém na Hidromar, a

documentação nas pastas ope-racionais não estava completa, apesar de a empresa estar em processo de inclusão de novos operadores.

CopebrásOperadores de caldeiras e

vasos (classe I ou II) têm uma parte da documentação e não a outra na pasta. Os operadores de vasos (III, IV e V) estavam com a documentação numa

pasta à parte.

ColumbianNa cogeração e na empresa

não encontramos documenta-ção por pasta dos operadores. O curso de reciclagem incluía a participação numa lista única de todos os funcionários. Com itens não relacionados.

BungeApós o desmembramento

das plantas I e II, a maioria dos equipamentos foi retirada de operação sem o devido en-cerramento junto às fichas e pastas. Não achamos a lista-gem, com as datas das últimas inspeções, dos vasos em ope-ração. O relatório individual da firma 'A Araújo' cita falta de 'tag', placa de identificação, do-cumentação e calibração das 'psvs'.

DOWNO Guarujá, há pastas

operacionais arquivadas por unidades. Em algumas, a do-cumentação já esta separada e de acordo com a NR. E outras, não. Há operadores em forma-ção recebendo treinamento.

Sindicato mantém auditores em seu quadro para conferir as condições de trabalho nas fábricas

metamte nelas!

Acabar comos acidentes

A mesa-redonda do sin-dicato com a Copebrás, na gerência regional do Minis-tério do Trabalho e Empre-go, em 3 de agosto, foi mais um capítulo sobre o acordo do turno. O sindicato propôs que, para a empresa viabili-zar o horário das refeições, deve registrar o ponto do

intervalo. Mas tem que ser na entrada da área adminis-trativa.

Além disso, é preciso hi-gienizar o pessoal e as rou-pas de trabalho para entrada no refeitório. Se esses parâ-metros forem atendidos, o sindicato colocará o acordo de turno em votação.

mteCondicionamos oacordo dos turnos

Auditores, que também são dirigentes do sindicato, fiscalizam empresas

Page 9: Jornal Reação Química - Agosto 2012

9Jornal Reação QuímicaSantos - Ano 17 - agosto • 2012www.facebook.com/quimicos.dabaixadasantista

Data-base

Antecipado seminárioda campanha salarialFinalidade do evento é preparar trabalhadores, diretorias e assessorias para a campanha salarial de novembro

Data-base

sinDiCalismo

Sindicalistas e advogados debatem campanha salarial

Curso forma novas gerações de dirigentes

As diretorias do sindicato e da federação estadual dos químicos defendem e inves-tem na formação e prepa-ração de novas gerações de sindicalistas.

Essas novas turmas terão a incumbência de manter as lutas e as conquistas das ge-rações anteriores. Manter os direitos trabalhistas, previ-denciários e a dignidade cida-

dã. Os cursos abordam eco-nomia, justiça, negociação, oratória e conhecimentos es-pecíficos como convenções e acordos coletivos. Procure o sindicato e informe-se.

O seminário de nego-ciação coletiva do setor químico foi antecipado para 28

e 29 de agosto. Ele estava marcado para os dias 29 e 30. Mas a programação é a mes-ma.

Haverá palestras de Sér-gio Luiz Leite, Danilo Pereira da Silva, Edson Dias Bicalho e Jurandir Pedro de Souza, respectivamente presidente, vice, secretário-geral e tesou-reiro da Fequimfar.

O presidente da CNTQ, Antônio Silvan Oliveira, tam-bém falará. O momento eco-nômico nacional e mundial será abordado pelo diretor técnico do Dieese, Clemente

Ganz Lucio.O diagnostico do setor quí-

mico será explicado pelo téc-nico do Dieese Denis Oshima Roberto. O projeto de reforma da CLT, o acordo coletivo es-pecial e o aviso prévio tam-bém estão na pauta.

O consultor jurídico sin-dical César Augusto de Mello abordará a pré-pauta de rei-vindicações, estratégias para negociação, bandeiras de luta e calendários.

Outros pontos são comis-são de negociação, materiais de divulgação e comunicação, a cargo de Edson Dias Bica-lho, Amílcar Albieri Pacheco, Márcia Rodrigues dos Santos e Paulo de Tarso Gracia.

Diálogo

eletrôniCoAcordo do ponto

Diretoria visita novas gerências da Quattor

Conhecer as novas ge-rências de operação e ma-nutenção da Quattor. Essa foi a ideia da direção do sin-dicato, ao visitar e empresa, há poucos dias, com presen-ça do diretor da área.

A iniciativa de relaciona-mento é importante porque a maioria das divergências trabalhistas pode ser resol-

vida por contatos diretos, antes que se transformem em problemas.

A conversa direta e ob-jetiva traz rapidez para os resultados e evita ruídos na comunicação. O sindi-cato apresentou seu plano de trabalho, de inspeções e acompanhamento das con-dições da empresa.

O sindicato fez acordo com a Quattor sobre o pon-to eletrônico. A condição do acesso e do ponto ficou bem diferenciada, como já havia sido feito com a Carbocloro.

Neste acordo, ficam pre-servados os direitos dos trabalhadores, que mantêm o acesso e a inspeção do Mi-nistério do Trabalho e Em-prego (MTE).

Os advogados e diri-gentes dos sindicatos de químicos ligados à CNTQ e Fequimfar participarão de encontro nacional, em San-tos, nos dias 20 e 21 de se-tembro, para acertar deta-lhes da campanha salarial.

É a 3ª Jornada Jurídica da CNTQ e o 20º Encontro dos Advogados da Fequimfar, com solenidade de abertura às 19 horas do primeiro dia.

No segundo dia, as pales-tras e debates começarão às 8h30 e irão até as 17 horas. A organização pede atenção aos horários, para não haver esvaziamento e constrangi-mento dos palestrantes.

A CNTQ e Fequimfar ar-carão com custo de material didático, hospedagem e ali-mentação dos participantes. As demais despesas ficarão

a cargo de cada entidade.As reservas de hospe-

dagem e alimentação serão conforme a ficha de inscri-ção, que deve ser preen-chida até 1º de setembro. A diretoria do nosso sindicato estará presente.

Herbert Passos, presidente do sindicato:

'A participação dos companheiros

dirigentes e advogados resultará num evento

à altura dos anseios da categoria'

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10 Jornal Reação Química Santos - Ano 17 - agosto • 2012www.facebook.com/quimicos.dabaixadasantista

A Fequimfar convida a categoria a participar do 3º Encontro Estadual de Ci-pas e Sesmt do Setor Quí-mico, de 23 a 25 de agosto, em Praia Grande.

O evento objetiva in-formar e atualizar os di-rigentes sindicais da área de saúde e segurança do trabalho do segmento quí-mico. E promover troca de experiências entre cipeiros e membros de Sesmt.

Outra proposta é conti-nuar a formação dos mem-bros de Cipas, iniciada no treinamento obrigatório.

E apresentar as possibili-dades de riscos, além de prevenção no uso da nano-tecnologia.

Mais: identificar o papel e as ações da Cipa e Ses-mt na educação ambiental, promover desenvolvimen-to sustentável e permitir ações que reduzam ou eli-minem os agravos à saúde dos trabalhadores.

Será no auditório da colônia de férias da Fe-comerciários, na Avenida Presidente Castelo Branco, 8.420, esquina com a Ave-nida dos Sindicatos.

preViDênCia

O pecúlio e adesaposentaçãoSergio Pardal Freudenthal

A d e s a p o s e n t a ç ã o surgiu, em ações ju-diciais, com o des-contentamento de

aposentados que continua-ram trabalhando ou ao traba-lho retornaram, contribuindo para o INSS, mas sem direito a benefício nenhum.

Até abril de 1994, existiu um benefício chamado pe-cúlio, que consistia na devo-lução das contribuições do segurado já aposentado, com juros e atualização monetá-ria, em um pagamento único.

A extinção desse benefício criou uma inconstitucionali-dade, pois não há benefício sem custeio, nem pode haver contribuição sem qualquer retorno.

Atualmente, a desaposen-tação está dependendo do julgamento de recurso no Su-premo Tribunal Federal (STF). Os ministros já admitem ser justo o segurado que, já apo-sentado, seguiu contribuindo, abrir mão do benefício que re-cebe para que possa receber um novo com valor maior.

A dúvida ainda não decidi-da é se ele teria que devolver o que houvesse recebido no benefício renunciado. Seria uma vitória sem execução, ou, como se diz por aí, ganhar mas não levar.

Representaria um gran-de descalabro social: o valor recebido pelo benefício que na ação se renuncia foi abso-lutamente dentro da lei, com as exigências e contribuições devidamente cumpridas.

O novo benefício substituto e de maior valor decorre das contribuições que se segui-ram, também com o cumpri-mento de todas as exigências legais. E, por fim, sendo cré-dito de natureza alimentar, não pode ser devolvido, pois já foi comido.

Sergio Pardal Freudenthal é advogado e professor especializado em Direito Previdenciário

www.pardaladvocacia.com.br http://atdigital.com.br/direitoprevidenciario

Após a decisão do STF vi-ria uma alteração legal, que poderia ser o retorno do pe-cúlio ou a regulamentação le-gal da desaposentação, se os trabalhadores tiverem força para tanto no Congresso Na-cional.

Pois a ordem foi invertida. Já tramita, e com formas de urgência, um projeto de lei, do deputado João Dado (PDT-SP), revivendo o pecúlio, com as mesmas formas, “paga-mento único do valor de suas contribuições, atualizadas pelo mesmo índice aplicado para fins de reajustamento dos benefícios do Regime Ge-ral de Previdência Social”.

Sem dúvida, é bastante justo o retorno do pecúlio. Re-presenta a devolução da con-tribuição, de forma igual para todos, mas o que pretende o legislador é vetar a melho-ra na aposentadoria dos que seguiram aumentando a res-pectiva média contributiva.

Também é preciso recor-dar que, com as alterações de 1998 e sem a exigência de res-cisão do contrato de trabalho

para a aposentadoria, muitos trabalhadores optaram pelo benefício em momentos des-favoráveis, muitas vezes pro-porcional, com 70% da média contributiva, e continuaram trabalhando e contribuindo para o Regime Geral de Previ-dência Social. E uma razoável parcela está batalhando no Poder Judiciário, buscando a melhora dos seus proventos mensais.

Como no Direito Social uma lei aprovada não pode ser retroativa de forma pre-judicial aos trabalhadores, as contribuições pagas entre abril de 1994 (Lei 8.870) e a entrada em vigor de um novo diploma não podem ser dis-poníveis através de pecúlio, de forma obrigatória.

Ou seja, podem ser utili-zados no cálculo de um novo benefício, com a renúncia ao anterior. E pode ser mui-to provável que a pressa na mudança legislativa seja um prenúncio de bons resultados no julgamento do STF sobre a desaposentação, favoráveis aos trabalhadores.

pg

periCulosiDaDe

Encontro de Cipas

Sindicato luta naBunge por adicional

Foi difícil. Precisou de duas reuniões na gerência regional do Ministério do Trabalho. Na primeira con-vocação, a Bunge não foi. Mas foi reintimada e com-pareceu na segunda.

Na segunda, teve conver-sa. A empresa concordou em se reunir com o sindica-to, no dia 20 de agosto, para debater o adicional de peri-culosidade aos eletricistas, com retroativos.

tstAplicado divisor 200na semana de 40 horas

A Constituição Federal, em seu artigo 7º, inciso XIII, estabeleceu a carga horária semanal de 44 horas sema-nais, para a qual deve ser utilizado o divisor de 220 no cálculo do salário-hora.

No entanto, se o em-pregado trabalha 40 horas semanais, o divisor a ser aplicado é o 200. Trata-se de mera consequência ló-gica da redução de jorna-da, mais vantajosa ao em-pregado.

Com base nisso, o Tri-bunal Superior do Traba-lho (TST) decidiu: "Aplica-se

o divisor 200 para o cálculo do valor do salário-hora do empregado sujeito a 40 ho-ras semanais de trabalho" .

Com base nisso, a Jus-tiça do Trabalho mineira negou recurso à Telemar, que insistia na aplicação do divisor 220 no cálculo de diferenças salariais deferi-das a uma trabalhadora.

A Telemar foi condena-da a pagar diferenças sa-lariais pelo piso do acordo coletivo de trabalho com utilização do divisor 200 para a jornada de seis ho-ras.

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11Jornal Reação QuímicaSantos - Ano 17 - agosto • 2012www.facebook.com/quimicos.dabaixadasantista

FunCionou

Mesa-redonda com Dow e Braskem funcionou

A mesa-redonda do sindicato com as empresas Dow e Braskem, na gerên-

cia regional do Ministério do Trabalho, há poucos dias, funcionou muito bem.

Conseguimos fazer as duas se entenderem. Ficou acerta-do que, ainda em agosto, nos reuniremos com as empresas para unificar as informações e parcerias público-privadas (ppps).

Sindicato sempre lutando para melhorar salários e condições de trabalho da categoria

Agora, o sindicato luta para o pessoal da ex-Carbide e ex-Dow se aposentar ou fazer revisão. Já faz mais de dois anos que estamos nego-ciando com essas empresas.

Já havíamos resolvido a

condição do 'ppp' emitido ao pessoal da ativa e dos contra-tos rescindidos nos últimos cinco anos. Agora, acredita-mos que, em pouco mais de um mês, acertaremos o res-tante.

eleição 2012

CrôniCa

Sindicato propõe reflexão sobre o voto democrático

Diversas motivações le-vam o brasileiro a escolher o candidato que considera me-recedor de seu voto. Algumas legítimas, sob o ponto de vis-ta ético, outras nem tanto.

Não cabe aqui discutir o mérito dessas particulari-dades. Apenas lembrar que temos o voto por interesse, por amizade, simpatia, gra-tidão e familiar.

O voto de interesse visa a contrapartida pessoal. O de amizade leva em conta as relações pessoais com o candidato. O de simpatia considera a compleição e os aspectos de elegância.

O voto de gratidão objeti-

va retribuir um favor ou um gesto de solidariedade re-cebido. E o de família busca perpetuar o clã no mundo da política.

Rachel de Queiroz (1910-2003), romancista, escritora, jornalista e dra-maturga, primeira mulher a ingressar na Academia Brasileira de Letras, escre-veu um artigo sobre a arte de votar.

Foi publicado na revista 'O Cruzeiro', de 11 de janei-ro de 1947, cuja mensagem ainda hoje se apresenta atualíssima. Serve para re-flexão nestes tempos eleito-rais. Aqui, sua íntegra:

Raquel de Queiroz

'Não sei se vocês têm meditado (como devem) no funcionamento do complexo maquinismo político que se chama governo democráti-co, ou governo do povo. Em política a gente se desabitua de tomar as palavras no seu sentido imediato.

No entanto, talvez não exista, mais do que esta, expressão nenhuma nas línguas vivas que deva ser tomada no seu sentido mais literal: governo do povo. Por-que, numa democracia, o ato de votar representa o ato de fazer o governo.

Pelo voto não se serve a um amigo, não se combate um inimigo, não se presta ato de obediência a um che-fe, não se satisfaz uma sim-patia. Pelo voto a gente es-colhe, de maneira definitiva e irrecorrível, o indivíduo ou grupo de indivíduos que nos vão governar por determina-do prazo de tempo.

Escolhem-se pelo voto aqueles que vão modificar as leis velhas e fazer leis novas -e quão profundamente nos interessa essa manufatura de leis! A lei nos pode dar e nos pode tirar tudo, até o ar que se respira e a luz que nos alumia, até os sete pal-

Arte de votar mos de terra da derradeira moradia.

Escolhemos igualmente pelo voto aqueles que nos vão cobrar impostos e, pior ain-da, aqueles que irão estipu-lar a quantidade desses im-postos. Vejam como é grave a escolha desses 'cobradores'. Uma vez lá em cima podem nos arrastar à penúria, nos chupar a última gota de san-gue do corpo, nos arrancar o último vintém do bolso.

Escolhem-se nas eleições aqueles que têm direito de de-mitir e nomear funcionários, e presidir a existência de todo o organismo burocrático.

E, circunstância mais gra-ve e digna de todo o interes-se: dá-se aos representantes do povo que exercem o po-der executivo o comando de todas as forças armadas: o exército, a marinha, a avia-ção, as polícias.

Vão lhes entregar um poder enorme e temeroso, vão fazê-los reis; vão lhes dar soldados para eles co-mandarem -e soldados são homens cuja principal vir-tude é a cega obediência às ordens dos chefes que lhe dá o povo. Votando, fazemos dos votados nossos representan-tes legítimos, passando-lhes procuração para agirem em nosso lugar, como se nós pró-prios fossem.

Votem, irmãos, votem. Mas pensem bem antes. Vo-tar não é assunto indiferente, é questão pessoal, e quanto! Escolham com calma, pesem e meçam os candidatos, com muito mais paciência e des-confiança do que se estives-sem escolhendo uma noiva.

E agora um conselho fi-nal, que pode parecer um mau conselho, mas no fundo é muito honesto. Meu ami-

go e leitor, se você estiver comprometido a votar com alguém, se sofrer pressão de algum poderoso para sufra-gar este ou aquele candida-to, não se preocupe. Não se prenda infantilmente a uma promessa arrancada à sua pobreza, à sua dependência ou à sua timidez. Lembre-se de que o voto é secreto.

Se o obrigam a prometer, prometa. Se tem medo de dizer não, diga sim. O crime não é seu, mas de quem ten-ta violar a sua livre escolha. Se, do lado de fora da seção eleitoral, você depende e tem medo, não se esqueça de que dentro da cabine indevassá-vel você é um homem livre. Falte com a palavra dada à força, e escute apenas a sua consciência. Palavras o vento leva, mas a consciência não muda nunca, acompanha a gente até o inferno'.

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12 Jornal Reação Química Santos - Ano 17 - agosto • 2012www.facebook.com/quimicos.dabaixadasantista

goVerno

Fator previdenciário, a novela que não termina

A presidenta Dilma teve amplo apoio do sindicalismo e dos trabalhadores para sua elei-ção. Mas, infelizmente, não

vem cumprindo seus compromissos de campanha.

As centrais sindicais condiciona-ram o apoio a diversos compromissos, entre eles o fim do fator previdenciá-rio e a recomposição das perdas dos aposentados e pensionistas.

Ocorre que, toda hora, inventam

um fato novo para não negociar esses direitos. Toda hora tem uma conver-sa diferente. Mas, para os patrões, o governo não perde tempo em ajudar.

No próprio campo da Previdência Social, basta ver que diversos setores da economia, ou seja, empresários, são frequentemente beneficiados com isenções. E sem contrapartida.

Depois, vem com a estória de que o déficit da previdência aumentou. Ora, ninguém é burro. É fácil fazer as

contas. E o resultado é sempre desfa-vorável à classe trabalhadora.

Para piorar ainda mais a situação, os empresários, mesmo beneficiados, não respeitam os compromissos com o governo e continua demitindo.

As demissões diminuem as con-tribuições previdenciárias e o go-verno diz que não pode aumentar as aposentadorias e pensões por causa do 'rombo'. Parece cachorro correndo atrás do rabo.

O governo chamou sindicatos e empresários para debater um plano de recuperação da indústria química nacional. E, mais uma vez, fomos enrolados.

Participamos de todas as reu-niões, fizemos projetos, pesquisas e tudo que foi preciso. Mas, até agora nada.

O setor continua importando cada vez mais, enquanto o desem-prego aumenta no Brasil.

Quando o governo ajuda, é ape-nas para o setor metalúrgico. O restante fica de lado. Os políticos com mandatos precisam avaliar essa perda de competitividade.

Se nada for feito, chegará o momento em que a fuga das ati-vidades produtivas, aquelas que realmente agregam valores, ficará irreversível.

E, aí, nosso país se transfor-mará definitivamente em mero exportador de commodities, sem nenhuma perspectiva futura, e sem gerar a riqueza que financia o desenvolvimento.

Governo federal não respeita compromissos de campanha eleitoral com trabalhadores e aposentados

Fala sério

Vai lá

'Brasil maior' no setor químico?

Setembro,churrasco

A diretoria do sindicato preza a de-mocracia e o pluralismo. Afinal, cada trabalhador tem suas preferências po-líticas, ideológicas e partidárias.

Já veio gente do PPS, PTB, PCdoB,

PSB, DEM e agora foi do PT. Se outros candidatos se interessarem, inclu-sive pelas nossas costumeiras pa-lestras sobre a conjuntura e direitos sociais, à vontade.

Nossa direção respeita as opções e conclama a categoria a participar, seja de que partido for. O próximo evento está marcado para 4 de se-tembro, terça-feira.

A festa será em 29 de setembro, mas a confirmações de presença tem que ser feita desde já, para a direto-ria projetar o consumo e recepcionar muito bem a categoria.

É o famoso churrasco para os as-sociados da ativa e sindicalizados. Será no Educandário Santista, Aveni-da Conselheiro Nébias, 680, Boquei-rão, Santos, das 12 às 16 horas.

Como sempre, pedimos que levem um quilo de alimento não perecível. O convite é individual, sem nenhum custo, com bebida e alimentação à vontade.

Também como sempre, haverá sorteio de brindes. A festa é para os companheiros de todas as fábricas. Não esqueça de telefonar para o sin-dicato e confirmar sua presença.

sinDiCatoPluralismo nos cafés-da-manhã

Wilson D

ias/ABr