influência da temperatura na velocidade da reação físico-química ii
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UNIVERSIDADE FEDERAL DO ESPÍRITO SANTO
CENTRO UNIVERSITÁRIO DO NORTE DO ESPIRÍTO SANTO
DEPARTAMENTO DE CIÊNCIAS NATURAIS
ENGENHARIA QUÍMICA
CAMILA CAROLYNE DE OLIVEIRA SANTOS
FREDERICO KROHLING MAYER
JULIO PANSIERE ZAVARISE
LARISSA BASTOS DE PAULA BOMFIM
RELATÓRIO Nº 5
EXPERIMENTO 08 : INFLUÊNCIA DA TEMPERATURA NA CONSTANTE DE
VELOCIDADE DA REAÇÃO
SÃO MATEUS-2015
RESUMO
O experimento realizado engloba os conceitos de cinética química e teve como
finalidade verificar a influência da temperatura na constante de velocidade da
decomposição do acetato de etila em meio ácido. A medição da constante foi
realizada retirando alíquotas de 5,0 mL de duas soluções de acetato de etila e
ácido clorídrico, a temperaturas de 25 e 40º C e titulando-as com solução de
NaOH padronizado em diferentes períodos de tempo, variando de 25 a 140
minutos de reação. Coletados os respectivos volumes gastos de NaOH,
calculou-se as constantes de velocidade nas determinadas temperaturas, a
energia de ativação e a constante A, denominada fator de frequência.
Conforme os resultados foram obtidos, pode-se obter uma análise positiva
acerca do verificação do efeito da temperatura na velocidade da reação,
garantindo a eficácia do experimento; uma vez que o mesmo apresenta-se
condizente com o que é dado pela literatura. Esse aumento age diretamente na
velocidade de desenvolvimento da reação pois aumentará a energia cinética
das moléculas permitindo que haja uma maior probabilidade de se colidirem,
acarretando que atinjam o complexo ativado mais rapidamente, isto é, a
formação de produtos acontecerá em uma velocidade maior com o aumento da
temperatura.
Palavras Chave : Acetato de Etila . Hidrólise Ácida . Constantes de Velocidade.
Energia de Ativação.
1-Introdução:
A cinética química, de um modo geral, procura caracterizar e analisar os
fatores que influenciam a velocidade de uma reação química. Alguns fatores
alteram a velocidade com que a reação ocorre. Estes podem ser temperatura,
pressão, concentração e natureza dos reagentes, superfície de contato,
catalisadores ou inibidores.
O acetato de etila sofre decomposição em meio ácido, sendo esta reação
descrita da seguinte maneira:
↔
A hidrólise do acetato de etila é extremamente lenta em água, porém, é
catalisada com a adição de íons H+ . Como visto no mecanismo da reação na
Figura 1, a reação catalisada em meio ácido é reversível e a velocidade da
reação de hidrólise é dada pela diferença entre a velocidade de decomposição
do éster e a velocidade da formação do acetato.
Figura 1. O mecanismo de hidrólise do acetato de etila. Imagem disponível em :
http://www.uni-ulm.de/~hhoster/pc_lecture/V8_instructions.pdf.
A constante de velocidade de uma determinada reação, hipotética : aA + bB
cC + dD, é definida como :
Porém, quando uma reação é de pseudoprimeira ordem, como a
decomposição do acetato de etila, a constante passa a ser calculada da
seguinte forma:
( )
( )
Em que a0 é a concentração no tempo 0 e (a0 – x) é a concentração no tempo t
qualquer. Mas há uma proporção envolvendo os valores de concentração com
o volume, após uma titulação, como a0 sendo proporcional a (V∞ – V0), em que
V∞ é o volume gasto, após uma titulação com NaOH, em um tempo muito
grande, considerado infinito, como no experimento realizado em 180 minutos, e
V0 o volume gasto, para a titulação com hidróxido de sódio, em um tempo
inicial 0, e outra proporcionalidade é (a0 – x) ser proporcional a (V∞ – Vt), com
Vt sendo o volume gasto na titulação com NaOH em um tempo qualquer.
Utilizando essas proporcionalidades, é possível reescrever a equação 1 como
sendo:
( ) ( )
( )
Arrhenius propôs uma equação que relaciona frequência de colisões, energia
de ativação e temperatura, para calcular a constante de velocidade de uma
determinada reação, que é mostrada a seguir pela equação 3:
⁄ ( )
Onde tem-se que A é uma constante de colisão, EAT é a energia de ativação e
T a temperatura.
Aplicando o logaritmo em ambos os lados e tendo os valores das duas
temperaturas e os da constante em cada uma delas, é possível determinar a
energia de ativação:
[
]
[
] ( )
2-MATERIAIS E REAGENTES:
2.1-EQUIPAMENTOS:
Balança analítica;
Suporte universal;
Garra;
Pêra de sucção;
Pipeta Pasteur;
Frasco lavador;
Termômetro;
Espátula;
Mufa ;
Banho-maria .
2.2-VIDRARIAS :
Bureta de 50,00 mL ±0,5 mL .
Balão volumétrico de 1 L ;
Pipeta volumétrica de 5,0 mL ;
Béqueres de 50 e 100 mL ;
Proveta de 100 mL;
Funil;
Bastão de vidro;
Frasco de Erlenmeyer 250 e 150 mL;
2.3-REAGENTES:
Solução de NaOH 0,2391 mol/L;
Solução de Fenolftaleína;
Acetato de etila concentrado (C4H8O2) P.A-ACS , PM= 88,11g/mol;
Solução de HCl 0,9669 mol/L ;
3- PROCEDIMENTO EXPERIMENTAL :
1ª parte: Determinação da constante de velocidade a 25ºC:
Foi colocado num frasco de erlenmeyer de 250 mL 100 mL de solução de HCl
e 5 mL de acetato de etila concentrado e homogeneizada a solução. A
temperatura anotada e mantida constante foi de 24,9ºC. A mistura foi deixada
em repouso e passados 25, 40, 55, 70, 85, 100 e 140 minutos, 5 mL da solução
reacional foi colocada em outro erlenmeyer e introduzida em banho de gelo
para diminuir a velocidade da reação. Em seguida titulou-se utilizando como
titulante NaOH , adicionando três gotas de fenolftaleína como indicador.
2ª parte: Determinação da constante de velocidade a 40ªC:
O procedimento realizado nesta parte do experimento foi análogo ao
procedimento realizado na parte 1, o que difere é que a temperatura desejada
e mantida constante foi de 40ºC. Para isso a solução foi deixada em repouso
em banho-maria com temperatura de 40ºC.
4-RESULTADOS E DISCUSSÃO:
Parte I: Determinação da constante de velocidade à 25°C.
A reação de decomposição do acetato de etila, catalisada por ácido, é descrita
pela seguinte equação:
CH3CO2C2H5 + H2O
CH3CO2H +C2H5OH
Assim para determinação da constante de velocidade, titulou-se as amostras
com NaOH, obtendo assim o volume de base que reagiu com acido acético
formado na decomposição e que foi necessário para viragem do indicador
(fenolftaleína). Os volumes de base obtidos em cada tempo estão
representados na tabela 1.
Tabela 1. Volumes de NaOH 0,2391 mol.L-1 gastos na titulações realizadas das
alíquotas à 25°C e valores de log (V∞-Vt) calculados para tempos de reação de 25-100
minutos.
Tempo
(Minutos)
Titulação à 25°C
Volume de NaOH 0,2931 mol/L
consumido (mL)
log(V∞-Vt)
25 19,30 0,602
40 20,10 0,505
55 20,90 0,380
70 21,30 0,301
85 22,00 0,114
100 22,50 -0,0969
140 23,30 -
Pela tabela 1 tem-se que com o passar do tempo a quantidade de NaOH
necessária na titulação se torna cada vez maior, isso ocorre devido a a maior
quantidade de íons H+,ou seja, mais éster (acetato de etila) formado. Calculou-
se o log (V∞-Vt) considerando como volume gasto no final de reação (V∞) o
volume de NaOH para o tempo de 140 minutos através da equação 2:
log(V∞-Vt)=log(V∞-V0) -Kvt/2,303 (Equação 2)
Pode-se determinar a constante de velocidade KV da reação de de
decomposição do acetato de etila pelo gráfico de log (V∞-Vt) x tempo, a uma
temperatura de 25°C. O gráfico plotado encontra-se na figura 2:
Figura 2. Gráfico log (V∞-Vt) x tempo a temperatura de 25ºC .
Pela equação da reta tendência do gráfico da figura 2 , y = -0,009x + 0,8659,
obtém-se o KV pelo coeficiente angular:
-Kv/2,303= -0,009 ∴ K25°=0,0207.min-1
PARTE II:Determinação da constante de velocidade à 40°C
Conforme descrito anteriormente , realizou-se um procedimento análogo à
parte I , porém a mistura reacional foi mantida durante todo o experimento em
um banho termostizado a temperatura de 40°C. Após decorrido os tempos
listados na Tabela 1 , foram recolhidas alíquotas de 5,0 mL e levadas ao banho
-0,200
0,000
0,200
0,400
0,600
0,800
0 10 20 30 40 50 60 70 80 90 100
log
(V
∞-V
t)
Tempo de reação (minutos)
Gráfico log (V∞-Vt) x tempo de reação (25°C )
de gelo para realizar posteriormente a titulação utilizando NaOH padronizado .
Os volumes de NaOH gastos em cada titulação são apresentados na Tabela 2 :
Tabela 2. Volumes de NaOH 0,2391 mol.L-1 gastos na titulações realizadas das
alíquotas à 40°C e valores de log (V∞-Vt) calculados para tempos de reação de 25-100
minutos
Tempo de reação (minutos)
Titulação a 40º C
Volume gasto de NaOH 0,2391 mol.L-1 (mL)
log (V∞-Vt)
25 23,20 0,7634
40 24,80 0,6232
55 25,50 0,5441
70 26,20 0,4472
85 26,50 0,3979
100 26,50 0,3979
140 29,00 -
Para determinar a constante de velocidade da reação de decomposição do
acetato de etila em meio ácido a 40° C , utiliza-se a equação 2, substituindo os
valores da Tabela 2.
Observando-se a tabela 2, verifica-se que o volume de NaOH consumido é
cada vez maior, pois com o andamento da reação mais ácido acético é
formado, a partir da reação de decomposição do acetato de etila. De maneira
análoga , o aumento do volume de NaOH é esperado uma vez que houve um
aumento da quantidade de íons H3O+ presentes em solução provinientes da
ionização do acido acético formado . Os valores de NaOH gastos na titulação
das alíquotas retiradas após decorridos 85 e 100 minutos de reação são
idênticos , pois no tempo final de reação ( considerado como 140 minutos ) ,
admite-se que a velocidade da reação diminui até consumir-se todo o acetato
de etila ; de modo , que não é mais formado ácido acético .
Para determinar a constante de velocidade K40° C da reação de decomposição
do acetato de etila à 40° C , plotou-se um gráfico de log( v∞ –vt) versus o tempo
t de reação ( em minutos) , onde a constante de velocidade K40° C será obtida
como sendo a inclinação do reta que liga os pontos experimentais obtidos .
Para adequar os dados traçou-se uma linha de tendência , que intercepta a
maioria dos pontos experimentais determinados . Nota-se que os valores de
NaOH gastos na titulação das alíquotas retiradas aos 25 e aos 100 minutos de
reação estão discrepantes dos demais pontos obtidos, porém optou-se por
mânte-los , pois a mudança na inclinação da linha de tendência é pouco
significativa . O gráfico plotado encontra-se abaixo na figura 4 :
Figura 4 . Gráfico log (V∞-Vt) x tempo a temperatura de 40ºC
Nota-se que os pontos experimentais obtidos para o tempo de reação de 70 e
100 minutos se apresentam em regiões discrepantes da tendência natural da
reta de regressão . Sendo asim desconsidera-se esses pontos experimentais e
toma-se como V∞ o volume de NaOH gasto na titulação da alíquota retirada ao
se decorrer 100 minutos de reação . Ao se analisar os volumes de NaOH ,
nota-se que os volumes de NaOH gastos nas titulações de 85 e 100 minutos
são idênticos , de modo que tomou-se como tempo final da reação 100
0
0,1
0,2
0,3
0,4
0,5
0,6
0,7
0,8
0,9
0 20 40 60 80 100 120
log
(V
∞-V
t)
Tempo de reação (minutos)
Gráfico log (V∞-Vt) x tempo de reação (40°C )
minutos e não 140 , visto que a 140 minutos de reação o volume de NaOH é
discordante em relação os valores encontrados nas titulações anteriores :
Tabela 3 . Volumes de NaOH 0,2391 mol.L-1 gastos na titulações realizadas das
amostras à 40°C e valores de log (V∞-Vt) calculados para tempos de reação de 25-55
minutos
Tempo de reação (minutos)
Titulação a 40º C
Volume gasto de NaOH 0,2391 mol.L-1 (mL)
log (V∞-Vt)
25 23,20 0,5185
40 24,80 0,2304
55 25,50 0,0000
O gráfico plotado a partir dos dados da tabela 3 encontra-se na figura 5 :
Figura 5 . Gráfico log (V∞-Vt) x tempo a temperatura de 40ºC .
A linha de tendência traçada para ligar os pontos experimentais do gráfico da
figura 5 , tem como equação : y = -0,0173x + 0,941. O coeficiente angular da
equação linear é a constante da reação a 40º C K40º e seu valor é :
-0,1
0
0,1
0,2
0,3
0,4
0,5
0,6
0 20 40 60
log
(V
∞-V
t)
Tempo de reação (minutos)
Gráfico log (V∞-Vt) x tempo de reação (40°C )
-Kv/2,303= -0,0173 ∴ K40°=0,0398 /min
Os resultados obtidos na determinação da constantes de velocidade a 25ºC e a
40º C apresentam-se na Tabela 4:
Tabela 4. Constantes de velocidade da reação em diferentes temperaturas.
Temperatura (°C) Temperatura (K) Kv (min-1)
25 298 0,0207
40 313 0,0398
Fazendo uso da equação 4, podemos calcular a energia de ativação da reação
de hidrólise ácida do acetato de etila :
[
]
[
] ( )
Substituindo os valores da tabela 4 e utilizando como valor da constante
universal dos gases R=8,3145 J/K.mol , encontra-se o valor da energia de
ativação EAT para a reação estudada :
[
]
[
]
[
]
( )
/mol
Para calcular o fator de frequência A ,faz-se uso da equação 3:
⁄ ( )
Rearranjando os termos da equação 3 encontra-se uma relação útil para este
fim :
⁄ ( )
Calculando os valores de A para a temperatura de 25 e 40 º C , substituindo os
valores da tabela 3 e utilizando como constante R= 8,3145 J/K.mol
( )⁄
( )⁄
Na tabela 5 , apresenta-se os resultados obtidos através dos dados
experimentais analisados :
Tabela 5. Parâmetros da reação obtidos para a reação de decomposição do acetato
de etila em diferentes temperaturas.
Temperatura (°C) Kv (min-1) EAT(J/mol) A
25 0,0207 8,236*10-4 0,0208
40 0,0398 0,0398
Observando os valores encontrados para as constantes de velocidade da
reação de decomposição do acetato de etila , nota-se que à 40º C a constante
de velocidade da reação é aproximadente 2 vezes maior que a constante de
velocidade calculada para a temperatura de 25º C . Isso indica que a
velocidade da reação é favorecida com o aumento da temperatura , implicando
uma maior velocidade de consumo dos reagentes , e por conseguinte maior
velocidade de formação dos produtos.
A velocidade da grande maioria das reações químicas é fortemente
influenciada pela temperatura pois a temperatura está ligada ao grau de
agitação térmica das moléculas. Quanto mais energia térmica for fornecida ao
meio reacional, maior será o grau de agitação das moléculas. Se a temperatura
for aumentada, consequentemente aumenta-se a energia cinética das
moléculas (movimento). Se as moléculas se movimentam mais, elas se
chocam com mais frequência e com mais energia, diminuindo a energia de
ativação e em consequência o número de colisões efetivas aumenta e portanto
a velocidade da reação também aumenta.
Sabe-se que a energia de a tivação EAT, é a energia cinética mínima exigida
para que uma colisão entre duas moléculas resulte em uma reação. Se para
uma reação genérica tem-se uma elevada energia de ativação , isso
corresponde ao fato de que a velocidade de reação é muito sensível à variação
de temperatura , o que implica que uma pequena energia de ativação se
relaciona a uma reação cuja a velocidade varia apenas ligeiramente com a
temperatura . Pode-se ainda definir , que a energia de ativação EAT é o
coeficiente angular da curva de lnK em função de 1/T . Na figura 6 , temos
uma representação do gráfico de lnK x 1/T , para os valores obtidos
experimentalmente das constantes de velocidade nas temperaturas de 25 e 40º
C :
Figura 6. Gráfico de ln K x 1/T para as constantes de velocidade da reação a 25 e a
40 º C.
Pela análise da linha de tendência traçada para as temperaturas de 25 e 40ºC ,
pode-se afirmar que a reação analisada é fortemente influenciada pela
temperatura do meio reacional , visto pela inclinação acentuada do gráfico
mostrado na figura 3 , permitindo afirmar que as temperaturas mais elevadas
são mais favoráveis para o desenvolvimento da reação de decomposição do
acetato de etila em meio ácido .
O fator A ou fator pré-exponencial, corresponde à constante de
proporcionalidade entre as concentrações dos reagentes e a velocidade com
que as moléculas reagentes colidem. De acordo com a teoria das colisões de
Arrenhius , de forma simplificada , uma reação ocorre se as moléculas colidem
umas com as outras com energia cinética suficiente para ocasionar a quebra
das ligaçãoes dos reagentes e as colisões devem ocorrer em uma orientação
favorável , uma vez que nem todas as colisões resultam na formação de
-4
-4
-3
-3
-2
-2
-1
-1
0
0 0,5 1 1,5 2 2,5
ln K
1/T
ln Kv x 1/T
produtos e dessa forma, só uma pequena parte delas vai resultar na
ocorrência de reação.
Analisando-se os valores do fator A encontrados para as temperaturas de 25 e
40ºC , nota-se que o valor de A para a temperatura de 40ºC é
aproximadamente 2 vezes maior que o fator A calculado para a temperatura de
25 º C . Isso indica que em temperaturas mais elevadas o aumento da agitação
das moléculas leva as moléculas a colidirem com uma frequência maior , o que
leva a se predizer que haverá um aumento da probabilidade de ocorrência de
colisões com orientação favorável à quebra das ligações dos reagentes e a
posterior formação dos produtos , corroborando a hipótese de que o aumento
de temperatura do meio reacional para a reação estudada resulta em uma
maior velocidade de reação.
Observa-se que houve discrepância em alguns pontos experimentais que pode
ser a atribuída a duas fontes de erros principais : a variação de temperatura
após a retirada da alíquota e ao erro de titulação. A variação de temperatura
pode ter afetado a reação estudada, pois ao transferir a alíquota retirada do
meio recional para o banho de gelo a fim de diminuir a velocidade da reação,
provavelmente a velocidade da reação manteve-se inalterada durante um certo
período de tempo , diminuindo gradualmente até que se estabelecesse
equílibrio térmico entre o a alíquota e o meio (banho de gelo) , ocasionando um
provável erro positivo nas titulações feitas com o NaOH , dado que nesse curto
período de tempo uma quantidade excedente de máteria de HOAc foi formada .
Além disso , notou-se que o ponto final da titulação foi excedido em algumas
das titulações realizadas , visto que a mudança de coloração do indicador no
ponto de viragem é difícil de ser detectada pelo olho humano, principalmente
por se apresentar como uma cor intermediária no ponto de equivalência da
reação.
CONCLUSÃO
Fazendo uma análise para esse experimento que tem como objetivo predizer o
comportamento da constante de velocidade em relação à temperatura em que
a reação ocorre, pode-se observar que com o aumento da temperatura há um
aumento na velocidade da reação. Esse aumento era esperado , pois, segundo
a literatura, com o aumento da temperatura aumenta-se a energia cinética das
moléculas e isso permite uma maior probabilidade de ocorrer colisões entre as
mesmas garantindo assim a formação de produtos mais rapidamente. Sendo
assim, o experimento pode ser considerado bastante eficaz no que se diz
respeito à análise da velocidade da reação, uma vez que a constante K sofreu
um aumento conforme a temperatura variou de 25 para 40º C. Através dos
cálculos apropriados e da análise dos gráficos plotados, os valores
encontrados para as constantes de velocidade nas temperaturas de 25ºC e 40º
C foram, 0,0207 e 0,0398, respectivamente e ainda, a energia de ativação da
reação determinada foi de 8,236*10-4 J/mol.
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
ATKINS, P.W.; PAULA, J., Físico-Química - Fundamentos, 3ª Edição,
Editora LTC, Rio de Janeiro, 2003.
CASTELLAN, GILBERT; Fundamentos de Físico – Química, 1ª Edição,
Editora LTC, Rio de Janeiro, 1986.
FICHA DE CORREÇÃO E NOTAS
Prática Influência da temperatura na constante de velocidade da reação
Alunos
CAMILA CAROLYNE DE OLIVEIRA SANTOS
FREDERICO KROHLING MAYER
JULIO PANSIERE ZAVARISE
LARISSA BOMFIM
Critério Peso Nota atribuída Nota do item
Resumo 1,5 7 10,5
Introdução 1,2 9 10,8
Materiais e Métodos 1,0 10 10
Resultados e Discussão 4,5 9 40,5
Conclusão 1,3 10 13
Referência 0,5 10 5
Nota do relatório (média ponderada da "nota do item") 9,0