jornal plural

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Veículo Leve sobre Trilhos pode aliviar o trânsito na capital Conheça a Marca de Fantasia, uma editora que tra- balha de forma arte- sanal na produção de seus livros Do impresso ao Digital Consumo prematuro de álcool na Paraiba Os idosos na rede O Quinto Beatle Novo fã-clube da Saga Crepúsculo na Paraíba # 1 EDIÇÃO

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Jornal Experimental do curso de Comunicação em Mídias digitais da UFPB.

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Page 1: Jornal Plural

Veículo Leve sobre Trilhos pode aliviar o trânsito na capital

Conheça a Marca de Fantasia,

uma editora que tra-balha de forma arte-

sanal na produção de seus livros

Do impressoao Digital

Consumo prematuro de álcool na Paraiba

Os idosos na rede

O Quinto Beatle

Novo fã-clube da Saga Crepúsculo na Paraíba

#1 Ediç

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Page 2: Jornal Plural

Editorial

Tecnologia

Política

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Comportamento

Especial

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Editorial

O jornal plural nasceu do projeto de pesquisa da disciplina de produção de texto do curso de comunicação em mídias digitais da UFPB, mas ele é bem mais do que isso, a nossa equipe tem a garra e a vontade de fazer me-lhor, de trazer a notícia sob todos os olhares, um olhar “Plural” que mostra todas as faces do assun-to com seriedade compromisso com você leitor. Na nossa primei-ra edição traremos um caderno especial com uma reportagem sobre o trânsito de João Pessoa e uma solução moderna e ecoló-gica para os congestionamentos e uma matéria sobre a relação dos idosos com o mundo digital e quais os benefícios desta inte-ração.

Você poderá ler também uma matéria sobre a pesquisa de no-vas plataformas de leitura que está sendo desenvolvida na Pa-raíba, dicas de livros e uma ma-téria sobre o filme “O Quinto be-atle” desenvolvido pelos alunos de Arte e Mídia na Universidade Federal de Campina Grande.Polí-tica, dicas de livros, CD’s e muito mais, tudo feito com muito cari-nho pra você.

Jornal Plural, todas as fa-ces da notícia pra você que não lê nada mais que a verdade.

DIRETORIA DE CRIAÇÃO: Marriett Albuquerque e Thales Lima

DIRETORIA DE REDAÇÃO: Alana Beltrão e Emanuelle Cabral

EDITORIAs

Tecnologia: Marriett Albuquerque

Política:Alana Beltrão

saúde:Emelyne Lisboa

Comportamento:Emanuelle Cabral

Especial:Thales Lima

Dicas:Naiane Almeida

Cultura:Thays Carvalho

Índice

Page 3: Jornal Plural

Quem nunca ouviu a expressão “não julgar um livro pela capa”? Com as plata-formas digitais cada vez mais populares hoje em dia, é provável que nos depare-mos com uma derivação “não julgar um livro pelo seu formato”.

Hoje o mercado editorial em todo o mundo se volta para a grande apos-ta do meio tecnológico: portabilidade. Com a recente revolução dos tablets, e a acirrada disputa pela preferência dos consumidores as editoras encontram um mercado promissor que já traz grandes resultados. São os Ebooks, os livros em formato digital. Há agora uma completa reconfiguração dos textos para agradar os leitores dessa plataforma.

Esse formato, que hoje supera a ven-da de impressos nos Estados Unidos (apro-ximadamente 5%) , como anunciou no iní-cio deste ano a popular Amazon (noticiou O Estado de S. Paulo), líder de mercado nessa área editorial, que além do vasto ca-tálogo conta com uma linha exclusiva de e--readers, os aparelhos especializados para a leitura deste formato de livros.

No Brasil, esse nicho editorial ainda engatinha, mas começa a mostrar que temos um futuro promissor. A Paraíba vai aos poucos despertando para esse mer-cado, e mostra interesse na área princi-palmente para divulgação junto ao públi-co acadêmico, por se tratar de um meio onde a relação diária com as plataformas digitais é mais comum. A dica é do pes-quisador e produtor de Histórias em qua-drinhos, Fanzines e Editoração Professor Doutor Henrique Magalhães, associado da Universidade Federal da Paraíba (UFPB), editor e diretor da Editora Marca de Fan-tasia, um selo independente e artesanal criado em 1995, com enfoque acadêmico e em cultura alternativa.

A relação da editora com os livros digitais começou em 2009 com o livro Discurso, poder e subjetivação: uma discussão foucaultiana, de J. J. Domin-gos, desde então a produção editorial de Ebooks passou a fazer parte do seu con-ceito, que mostra a preocupação com a adaptação das obras para o meio digital, o que as torna mais atrativas e de fácil leitura: Não transpomos simplesmente o projeto do livro impresso para o forma-to digital, salvando-o em pdf. Uma nova diagramação é feita para tirar proveito dos recursos da edição digital, como a mudança de formato, a inclusão de cores e, sobretudo, os links para navegação. Diz Henrique Magalhães.

Um ponto decisivo na novela dos Ebooks ainda são os tablets ou e-readers, que embora venham se popularizando cada vez mais no país, ainda possuem preços elevados para o padrão de vida do brasileiro.

A pesquisa editorial digital na ParaíbaOs Ebooks ainda sofrem bastante

preconceito a respeito da sua categori-zação enquanto livro. Os amantes do im-presso ainda relutam em reconhecê-lo como livro no formato digital e mais ain-da em aderir a esse tipo de leitura. Sobre isso, Henrique Magalhães assinala: Ainda temos no Brasil um público conservador, saudosista, romântico, que resiste a abrir mão da materialidade do livro impresso.

Ainda na UFPB existe um projeto li-derado pelo Professor Doutor Marcos Ni-colau que é totalmente voltado ao estudo do mercado editorial digital e à experi-mentação de modelos editoriais que se encaixem neste novo segmento.

O projeto Para ler o digital existe há pouco mais de um ano e já ganhou um prê-mio EXPOCOM, do INTERCOM pelos resulta-dos obtidos, tem recebido críticas positivas por parte dos usuários que tiveram acesso às obras. Além de fazer esse estudo, afirma o Professor Marcos Nicolau, um dos princi-pais objetivos do projeto é preparar os es-tudantes para esse novo mercado editorial, dando-lhes as ferramentas necessárias para que eles façam este segmento progredir.

Um dos pontos que interessa nes-se novo mercado é a democratização do acesso às obras: Você pode ter livros co-merciais movimentando o mercado edi-torial, mas também você tem a produ-ção e compartilhamento de milhares de livros gratuitos para aqueles que não po-dem comprar obras. A Paraíba já se inse-re nesse contexto. Sempre tivemos aqui grandes valores artísticos, culturais e até mesmo científicos, que podem ser mos-trados para todas as demais culturas do mundo. Segue o Professor Nicolau.

Falta ainda na UFPB um apoio mais concreto a fim de proporcionar aos seus estudantes e pesquisadores esse acesso dinâmico à informação. A Biblioteca Cen-tral da universidade ainda não conta com nenhum plano que forneça esse tipo de serviço. Mas a diretoria mostra-se a favor da implantação e adianta que uma nego-ciação está em andamento com a ebrary Academic Complete, e com a concretização desse projeto, a UFPB ira tornar-se a pio-neira no Nordeste a adquirir esse sistema.

O Ebook não é outro produto que não um livro, o que muda entre ele e o im-presso é a plataforma na qual está inseri-do. Com os experimentos que vem sendo feitos no estado, seus futuros profissio-nais produzirão material de alta qualida-de e viabilidade que poderá competir sem medo com os produtos nacionais.

Tecnologia Tecnologia

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Page 4: Jornal Plural

O valor será pago aos trabalhadores a partir de 1º de janeiro e contrariando a previsão anterior de R$ 619,21, houve um acréscimo de R$ 3,00 devido à revisão de índices de inflação. O governo anunciou o aumento através de ofício do Ministério do Planejamento nesta segunda feira (21) seguindo com a política de recuperação do salário mínimo que hoje é de do R$545.

Haverá também aumento para os benefícios assistenciais e previdenciários para quem recebe acima de um salário mínimo, a projeção do reajuste nesses casos será de 6,3%.

O senador Cássio Cunha Lima confirmou apoio à candidatura de Romero Rodrigues a prefeitura de Campina Grande e reafirmou apoio ao governador Ricardo Coutinho.

Foi a primeira vez que o senador falou das elei-ções majoritárias de 2012, até então Cássio afirmava que todos os postulantes ao cargo tinham iguais con-dições de disputar a vaga. Quanto a sua posição em relação as disputas para governador, Cássio afirmou que precisa consultar as bases e a cúpula do PDSB.

O deputado Manoel Júnior e o ex governa-dor José Maranhão afirmaram após reunião do partido que o nome que disputará o governo do estado pela legenda será definido através de pesquisa a ser contratada nos próximos dias.

De posse dos dados, as principais lideran-ças do partido definirão o candidato do partido. Maranhão e Manoel Júnior saíram com o compro-misso de envolvimento da campanha do escolhi-do após a pesquisa.

Cássio reafirma aliança com governo Ricardo e lança Romero Rodrigues para prefeito de Campina

Candidato do PMDB será definido através de pesquisa

Novo salário mínimo será de R$ 622,73

Consumo de álcool na Paraíba inicia em média aos 13 anos

SaúdePolítica

Quem costuma consumir bebidas alco-ólicas não leva muito tempo para perce-ber que essa prática não se aplica apenas aos adultos, pelo contrário, atualmente os adolescentes e jovens tem consumido esse tipo de droga tanto quanto os pais. Por ser uma droga lícita, o álcool tem sido amplamente tolerado pela sociedade, e o jovem tem, muitas vezes, sua primeira experiência de consumo dentro da pró-pria família, através de hábitos culturais ou sob a forma de diversão.

O consumo de drogas regulamentadas como o álcool e o tabaco tem aumentado e contribuído, de maneira evidente, para a carga de doenças em todo o mundo. Em-bora o consumo do álcool tenha diminuí-do nos países desenvolvidos, está aumen-tando nos países em desenvolvimento.

No estado da Paraíba não é diferente. Um estudo feito sobre o consumo de álco-ol entre estudantes de uma escola públi-ca da cidade de Cajazeiras mostra que de 300 alunos, 71% já tinham usado álcool e 66,4% fizeram experimentação da droga entre 13-17 anos. Pesquisas mostram que o envolvimento com “drogas ilícitas e líci-tas” ocorre principalmente entre os ado-lescentes e jovens adultos. Embora, na maioria das vezes, esse uso seja apenas experimental, é possível notar padrões de uso que irão perdurar até a vida adulta e que podem ser indicativos da necessidade de estabelecer medidas preventivas nes-sa fase do desenvolvimento humano.

Como Acontece

A diversão e a curiosidade são os moti-vos mais citados entre os jovens ou ado-lescentes que são levados a experimen-

tar esse tipo de bebida. A estudante de Relações Públicas, Laise de Lima, de 22 anos, diz que em seu ambiente social a maioria das pessoas prefere a bebida al-coólica, e que essa escolha é feita muito mais pela sensação que o álcool provoca do que pelo gosto da bebida. Laise, que experimentou a bebida alcoólica a partir dos 18 anos por ter curiosidade, hoje não bebe mais por acreditar que são inúmeras as desvantagens geradas por esse consu-mo. “Começando que não é todo mundo que sabe seu limite para bebida, e ainda assim é muito grande a chance de fazer algum tipo de besteira, algo que se arre-penda depois, porque a pessoa no efeito do álcool perde mais a consciência”, diz.

A influência social também é um agen-te que provoca a integração ao clube dos consumidores de álcool, Laise de Lima discorre sobre o assunto: “Geralmen-te quem bebe tenta influenciar quem não bebe a começar. Quando você bebe é sempre um ponto em comum com as outras pessoas que bebem, querendo ou não é mais fácil se enturmar e conhecer pessoas em diversas situações e lugares.”

Para Carlos Salgado, psiquiatra presi-dente da Associação Brasileira de Estu-do do Álcool e outras Drogas (Abead) as bebidas fermentadas, como a cerveja e o vinho, veiculadas indiscriminadamen-te, são justamente às quais os jovens são mais sensíveis. Carlos adianta que o comportamento começa em casa e de-pois se repete também na vida social. A influência dos amigos que já começaram a beber e fazem pressão para que os outros sigam o mesmo comportamento acontece tanto com meninos quanto com meninas, diz.

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Page 5: Jornal Plural

Saúde Comportamento

Empurrãozinho

Eliminar a fantasia de que o computa-dor é algo para pessoas mais jovens que nasceram com o digital, é uma das formas de conectá-los à realidade tecnológica. Ital-mira Cabral, professora de informática da terceira idade que já formou mais de 900 idosos desde 2007, acredita que, muitas vezes, basta um empurrãozinho. “Eles vi-vem um mito de que não são capazes e muitos chegam aqui quase que empurrados pelos filhos e familiares. A maioria não tem esperança de que seja possível aprender a entender, lidar com o computador”, conta.

Com uma média de 200 alunos por ano, Valdeci Costa, que administra a es-cola de informática para a terceira idade em João Pessoa que tem como professora Italmira, comenta o “empurrãozinho fa-miliar” bem comum no ato da matrícula. Fala que no decorrer do curso o interesse aumenta, “eles ficam bem mais anima-dos, descobrem afinidades, socializam, promovem festinhas, muitas vezes reen-contram antigas amizades, quando não, formam novos círculos de amizade que por vezes se mantém em redes sociais

e principalmente por emails “. Afirmou que a predominância nas salas de aula é feminina, havendo presença masculina sim, mas em menor escala.

Para minimizar o medo de perguntar em sala de aula, essas turmas são mon-tadas com pessoas da mesma faixa etá-ria. Em um ano de aulas semanais, os novos internautas da terceira idade ga-nham mais do que coragem de se conec-tar. Eles aprimoram funções cognitivas, trocam a assinatura de jornais pela leitu-ra das notícias online, fazem turmas, vão buscar velhos amigos e até recebem pro-postas para voltar ao mercado de traba-lho. Valdeci não deixa de mencionar que já existem relatos de idosos que recebe-ram propostas de emprego após término do curso. Mais uma amostra de que nun-ca é tarde para aprender a navegar.

Geração Hal

Eles eram jovens, quando Stanley Ku-brick lançou “2001: uma odisseia no Es-paço”, ficção científica que tentou anteci-par o futuro e teve entre os personagens centrais o computador Hal. Hoje, muitos

Em uma experiência similar, a estudante de Geografia, Jéssica Jácome, de 20 anos, afirma que apesar de ter começado a be-ber a partir dos 18, só ingressou na bebi-da alcoólica devido à curiosidade gerada pelas pessoas com quem convive e que já faziam uso da bebida para se divertir.

No Brasil

Dados divulgados pela Organização Mun-dial da Saúde (OMS) mostram que propa-ganda farta na TV e incentivo dos próprios familiares fazem com que o Brasil consuma 50% mais bebidas alcoólicas que a média mundial e que jovens comecem cada vez mais cedo a beber. Segundo a OMS, 320 mil jovens entre 15 e 29 anos morrem ao redor do mundo, todos os anos, de causas relacionadas ao uso do álcool.

O levantamento indica que os homens brasileiros bebem até 24,4 litros de álcool por ano, e as mulheres 10 litros em mé-dia. Entre os universitários das capitais brasileiras 80% dos menores de 18 anos já consumiram bebidas alcoólicas e qua-se metade consumiu algum tipo de droga. Segundo o Ministério da Saúde, o abuso do álcool é responsável por 30% das ocor-rências policiais, 20% dos acidentes de trabalho e 75% dos acidentes de trânsito.

Para a OMS, a elevação dos impostos sobre as bebidas alcoólicas é a melhor maneira de conter o abuso, principal-mente entre os jovens. Outras medidas efetivas seriam o estrito cumprimento de regulamentos relativos à idade míni-ma para o consumo e à mistura de álcool e direção, somados a limitações para a publicidade e patrocínio de eventos pelos fabricantes.

O idoso digital

Em São Paulo, uma nova lei antiálcool come-çou a valer na madrugada de 19 de novembro, a lei paulista determina sanções administrativas, além das punições civis e penais já previstas pela legislação brasileira a quem vende bebidas alco-ólicas a menores de idade. Prevê a aplicação de multas de até R$ 87,2 mil, além de interdição por 30 dias, ou até mesmo a perda da inscrição no cadastro de contribuintes do ICMS, de estabele-cimentos que vendam, ofereçam, entreguem ou permitam o consumo, em suas dependências, de bebida com qualquer teor alcoólico entre meno-res de 18 anos de idade em todo o Estado.

O site da campanha (http://www.alcoolparamenoreseproibido.sp.gov.br) disponibi-liza o aviso obrigatório para os donos de bares, restaurantes, padarias, supermerca-dos, lojas de conveniência e outros estabelecimentos estaduais.

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Page 6: Jornal Plural

Desde a evolução do impresso, os livros passaram a ser cada vez mais bem elabora-dos com ilustrações e designs mais ousados, exigindo encadernações e impressões de alta performance apenas possíveis graças a maquinas importadas e de ultima geração.

Em João Pessoa, uma editora resgata a forma tradicional de se produzir livros. A Marca de Fantasia (MF) é uma editora independente, funciona como projeto de extensão do Programa de Pós-Graduação em Comunicação da UFPB ligada ao Namid (Núcleo de Artes Midiáticas) e é coordena-do pelo professor Henrique Magalhães.

A Marca de Fantasia sempre utilizou os métodos artesanais para confecção de seus livros. No início fazia uso do mime-ógrafo, fotocópia, serigrafia, máquina de escrever até chegar ao computador, tor-nando sua produção menos artesanal. “ Já fiz também as capas de forma artesanal (com carimbo de linóleo, para aplicar outra cor além da preta), mas prefiro que seja feita numa gráfica, para dar à publicação um aspecto profissional” diz Henrique.

A produção de fanzines, formato de li-vros e revistas com conteúdos diversos geralmente produzidos artesanalmente e de forma independente, começou no Bra-sil por volta da década de 1960. Henri-que Magalhães conhecedor e referência nacional na área, trás de volta este con-ceito de fanzine para as publicações da Marca de Fantasia. Abrindo espaço para novos e antigos escritores, professores e

contadores de historias em quadrinhos publicarem suas obras.

Com mais de 100 títulos produzidos, a Marca de Fantasia trabalha com um siste-ma de impressão sob demanda bastante comum hoje em dia. São tiragens de 20 e 10 exemplares, impedindo a perda de material e estoque desnecessário, abrin-do espaço para novas publicações.

Este sistema não era muito comum nem viável para pequenas publicações até a intervenção da informática que tor-nou isto possível, barateando o serviço e garantindo que livros que nunca são com-prados tenham uma grande tiragem. Si-tes como clubedeautores.com.br e www.editoraschoba.com.br também trabalham com um sistema semelhante ao da MF.

A migração dos livros impressos para o eletrônico é cada vez mais presente no mercado, pensando no futuro Henrique busca para a Marca de Fantasia adaptasse ao novo mercado editorial. Com 18 títulos e outros em produção, a MF vem produ-zindo e-books a princípio de livros teóricos que estão cada vez mais abandonando o impresso. “Alguns autores nem solicitam a edição do livro impresso, mas preferem a edição digital” conclui Henrique.

Questionado quanto a invasão do ele-trônico ao meio tradicional, Henrique acredita que o livro impresso como co-nhecemos não irá perder totalmente es-paço para os e-books, mas sim, passará a ser um produto de elite, sofisticado e para certos tipos de publicações como livros de arte, catálogos e edições autorais.

Comportamento Especialintegrantes da geração Hal são usuários de internet. Com 65 anos ou mais, a ter-ceira idade representa 1,6% dos 22,7 mi-lhões de internautas residenciais. “Não parece muito, mas até pouco tempo, eles não eram expressivos no mundo digital. A adesão à banda larga é a explicação para a chegada desse grupo, que não deve parar de crescer’’, disse José Calazans, analista de mídia do IBOPE Nielsen Online, em en-trevista à agência de conteúdos WNews, especializada em novas tecnologias.

Assim como os usuários um pouco mais jovens, eles também usam a ferramenta, tanto para pagar contas, comprar, comuni-car-se e acessar notícias, como participam de redes de relacionamento. A idade não é um impeditivo na internet. Pelo contrário, as pessoas com mais idade também estão pre-sentes em comunidades de relacionamento, como é o caso da corretora de imóveis Edna Michiles, 54 anos, usuária do Orkut que co-menta: “Adoro! Já encontrei várias amigas das antigas e muitas me acharam também. Troco muitas mensagens e estou sempre em contato com as pessoas”, conta.

Nova geração que se distrai na internet

Engana-se quem pensa que a melhor distração para as pessoas da terceira idade é a hidroginástica, dança de salão e jogo de xadrez na praça local. O uso dos computa-dores e o acesso à internet por esse grupo já começou a roubar o tempo antes gas-to nos programas tradicionais. A inclusão digital bateu definitivamente na porta da terceira idade, com representação signifi-cativa de internautas residenciais no Brasil segundo dados do IBOPE.

“Usar a internet facilitou minha ida a mais lugares do que eu posso ir fisicamen-te”, diz a aposentada Maria Neide Ferrazoli Clemente, 68 anos, que usa cadeira de ro-das e não consegue se locomover com fa-cilidade. “Como a cidade não está prepara-

da para cadeirantes, a internet me permite ver resultado de exames, fazer compras de supermercado e pesquisar endereços com mais agilidade”, relata. O computador tam-bém facilita a comunicação com os paren-tes que moram longe. Depois que os idosos descobrem que usar a internet ajuda a eco-nomizar na conta de telefone, não querem saber de outra coisa.

“Falo sempre com as minhas filhas que moram longe pelo MSN. Uso a webcam e posso ver como elas estão, uma delas vive em São Paulo e a outra na Europa. A tecno-logia ajuda a encurtar distâncias e a reduzir as contas de telefone”, comenta a profes-sora aposentada Neuza Fabiano, 64 anos.

“Leio diariamente os sites de notícias mais importantes”, diz Neuza Fabiano. A corretora Edna tem o mesmo hábito. “Além de me manter informada, a internet é fundamental para usar serviços do go-verno eletrônico, que fazem parte do meu trabalho”, conta. Já para Maria Neide, a Web serve para fazer compras. “Compro livros, remédios e faço transações bancá-rias. Não tenho medo, sei como me pro-teger. Passo antivírus uma vez por sema-na e sempre apago os e-mails de pessoas que não conheço”, ensina.

Para alcançar essa familiaridade com a tecnologia, os idosos tiveram de ultrapas-sar a barreira do medo. “Não é fácil vencer esse temor. A gente acha que vai estragar ou apagar tudo”, admite Maria Neide, que só conseguiu começar a usar o computa-dor com a ajuda dos filhos. “Eu tenho essa sorte, mas escuto dizer que tem muito fi-lho que não tem paciência”, lamenta.

No caso de Neuza Fabiano, a saída foi fazer um curso. “Um dia tomei coragem e me matriculei. Me senti meio desloca-da porque só tinha garotada. Mas segui adiante e hoje sei fazer tudo sozinha. Quando tenho dúvida recorro ao meu fi-lho ou ate mesmo às netas de cinco e oito anos”, afirma a aposentada, que já aju-dou muitas amigas a perderem o medo e virarem “experts em computação”.

A Marca do livro artesanal

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Page 7: Jornal Plural

VLT um meio viável para João PessoaO início do ‘’Projeto Caminho Livre’’

despertou diversas discussões sobre o trânsito de João Pessoa. A cidade que passa por um crescimento desordenado tem suas estradas cada vez mais con-gestionadas e de difícil acesso, e com uma falta de planejamento evidente, os

moradores da capital aguardam descon-tentes o posicionamento de seus repre-sentantes.

Não faltam exemplos para ilustrar a falta de planejamento no trânsito de João Pessoa. Entre eles está a autoriza-ção da Prefeitura em construir o super-

mercado Carrefour em um trecho dos Bancários que já sofria com constantes engarrafamentos, que foram intensifica-dos com a construção do mesmo. Em entrevista concedida a alunos de Mídias Digitais da UFPB, o representante da Su-perintendência de Transporte e Trânsito (STTrans), Nilton Pereira, reforça que o planejamento da Prefeitura de João Pes-soa é ausente ou ineficiente, não existin-do interação entre a Secretaria de Plane-jamento e STTrans.

O aumento descontrolado de veí-culos é um problema enfrentado em todo o pais. Com uma frota de mais de 237 mil automóveis e 517 ônibus e mais de 101 veículos particulares sendo licenciados por dia, João Pessoa necessita urgentemente de uma reestruturação em seu sistema de mobilidade urbana.

Nilton, fala que os esforços para esta reestruturação estão voltados a parte da população que utiliza transporte públi-co, assim a parte usuária de veículos par-ticulares teriam que se adaptar, passando a utilizar transporte coletivo.

O “Projeto Caminho Livre’’ visa melhorar a mobilidade e organizar o trans-porte público da capital, objetivando a ra-pidez e conforto, contemplando caminhos exclusivos para ônibus.

Nilton Pereira expõe um orçamen-te de quase R$ 200 milhões para o que ele acredita ser a solução para o problema de mobilidade urbana da cidade. Este orça-mento seria para a construção de um ter-minal de integração no Varadouro e mais três dentro da cidade.

O dinheiro também será usado para a construção de um viaduto entre os bairros Cristo Redentor e Geisel, faixas exclusivas para ônibus, estações de para-da e duplicação de avenidas. O objetivo é melhorar o sistema de transporte coletivo de massas, que segundo Nilton, represen-ta 80% da população.

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Page 8: Jornal Plural

Dicas

Leitores da série Crepúsculo criam fã-clube e destacam-se na Paraíba

Vida de fã não é fácil, estão sempre querendo saber o que se passa com seus ídolos. E quando estes ídolos são inter-nacionais a curiosidade ultrapassa os li-mites geográficos e mesmo a distância eles sempre dão um jeitinho de saber o que anda acontecendo na vida de seus artistas preferidos. A idéia geral da cria-ção de fã-clubes é reunirem pessoas com gostos parecidos para discutir suas preferências, suas diferenças de opinião ou ainda o simples prazer de conversar com pessoas que entendem o porquê de gostarmos de determinados atores, es-critores ou cantores, sem demonstrar preconceitos ou julgamentos sobre essas escolhas, podendo inclusive surgir verda-deiras amizades.

A estudante de Relações Públicas Na-thane Costa, 20 anos, é uma das funda-doras do fã-clube oficial de Crepúsculo na Paraíba (FC-CrepúsculoPB), criado no dia 23 de junho de 2008 e que hoje possui em média 434 membros na Comunidade Oficial do Orkut. Nathane afirma que “A idéia surgiu quando um grupo de amigas, fãs da série Crepúsculo, viu que em ou-tros estados havia encontros para discutir os livros, escolha de elenco para o filme que na época estava para ser adaptado e decidiu que queriam fazer o mesmo. Queriam conhecer pessoas que também gostassem dos livros, para poder conver-sar por horas sem cansar e claro, fazer eventos em parceria com a editora res-ponsável pela redistribuição no Brasil.”

O grupo fundador do FC-CrepúsculoPB é formado por Nathane Costa, Marina Costa e Larissa Carvalho, mas atualmen-te contam com a colaboração Lígia Pauli-no e Andressa Soares na organização dos eventos realizados para os fãs e nas pro-moções que acontecem pelo twitter,(@fctwipb). Inicialmente eram realizados pequenos encontros no Shopping Mana-íra para discutir os livros da série escri-ta por Stephenie Meyer (Crepúsculo, Lua Nova, Eclipse, Amanhecer e A Segunda Breve Vida de Bree Tanner – Uma história de Eclipse, livro que conta a história da vampira Bree que faz uma rápida apa-rição no final do terceiro livro da série) antes de transformarem-se em filmes.

A partir da parceria com a editora In-trínseca, responsável pela distribuição dos livros no Brasil, o fã-clube começou a organizar os lançamentos dos livros e também a realização de brincadeiras, distribuição de brindes e dinâmicas nas

O sistema de transporte coletivo de massas proposto é o BRT (Bus Rapid Transit ou trânsito rápido de ônibus) que prevê a utilização de corredores exclu-sivos ou preferenciais para a circulação do transporte coletivo; embarques e desembarques rápidos através de pla-taformas elevadas no mesmo nível dos veículos; sistema de pré-pagamento de tarifa; veículos de alta capacidade, mo-dernos e com tecnologias mais limpas; transferência entre rotas sem incidência de custo; integração modal em estações e terminais; programação e controles rigorosos da operação; sinalização e informação ao usuário. Como meio de transporte seriam utilizados veículos ar-ticulados com capacidade média de 250 pessoas.

O sistema BRT aparentemente pa-rece ser uma solução imediata para o transporte coletivo de João Pessoa. Porém devemos avaliar muito bem outras carac-terísticas para que não ocorra um efei-

to contrário ao desejado. Os principais problemas encontrados no BRT é de que, mesmo utilizando o biocombustível ele é um meio de transporte com índices signi-ficantes de poluição do ar e sonora, sua manutenção é cara, o que a longo prazo poderá ocorrer o que já é visto hoje em dia, veículos sucateados rodando na ci-dade.

Um sistema de transporte de massas que poderia ser implantado em João Pessoa para solucionar os problemas da cidade seria o VLT (Veículo Leve sobre Trilhos). Uma especie de bonde moderno movido a eletricidade. Com índice mini-mo de poluição, tanto atmosférica quan-to sonora.

Apesar de um custo maior para sua implantação, o VLT é um sistema pensado no futuro, com um novo conceito de trans-porte de massas, não poluente, baixo con-sumo de energia elétrica e com um custo de manutenção que compensa o investi-mento inicial.

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Page 9: Jornal Plural

Dicassalas de exibição nas estréias dos filmes da Saga.“O principal parceiro é a editora Intrínseca, que nos incentivou e enviou brindes da série para serem distribuídos nos eventos e foi o canal de comunicação entre a Paris Filmes, distribuidora dos fil-mes de Crepúsculo no Brasil, que tam-bém cedeu pôsteres e camisetas para se-rem sorteados.” diz Nathane.

Mas como tudo na vida, no início, hou-ve algumas dificuldades quanto à credibi-lidade dos encontros do fã-clube. A maio-ria dos fãs é jovem e como é normal, os pais temem pela segurança de seus filhos

e seu contato com pessoas estranhas, mas depois do lançamento do terceiro li-vro da série, Eclipse, que ocorreu na li-vraria Saraiva, a confiança foi brotando cada vez mais e o fã-clube oficial de Cre-púsculo na Paraíba solidificando-se com o passar do tempo, tornando-se referência para a criação de outros, como o fã-clube de Campina Grande, pois a procura era muito grande e o FC-CrepúsculoPB não poderia estender seus eventos para ou-tro estado.

A saga Crepúsculo Crepúsculo

Bella Swan acaba de se mudar para a cidade-zinha de Forks onde se apaixona pelo charmo-so e perigoso vampiro Edward Cullen com seus olhos dourados e misté-rios sobrenaturais que o rodeiam, a vida que ela conhecia está para mu-dar completamente.

Eclipse

Quando vampiros recém--nascidos rumam em di-reção a Forks, vampiros e lobisomens unem-se para proteger a cidade e em meio à batalha Bella terá um difícil escolha a fazer, seu amor pelo vampiro Edward ou sua amizade pelo lobisomem Jacob.

Lua Nova

Depois da desastrosa fes-ta de aniversario de Bella, Edward resolve abando-ná-la. O perigo continua rondar a cidade e Bella se aproxima cada vez mais do lobisomem Jacob Bla-ck. Mas agora Edward está em perigo e Bella é a única que pode salvá-lo.

Amanhecer - Parte 1

Bella e Edward se casam e vão passar a lua de mel no Rio de Janeiro, em meio ao calor, as praias, um fato impossível acontece. Bella está grávida de Edward! Mas como, se vampiros não podem ter filhos? E tem mais a criança está consumindo sua vida e os lobisomens acham que é uma ameaça e querem destruir-la.

Cultura

O Quinto BeatleLiverpool e Campina Grande, no iní-

cio do século XX, lutavam pelo status de maior produtora de algodão no mun-do. É nesta época que o campinense João Buiú e o famoso Paul McCartney se conhecem. O encontro influenciou e mudou o rumo da história da mundial-mente famosa banda, The Beatles.

A história dessa amizade é contada no curta-documentário O Quinto Beatle produzido pelos alunos do 7º período do curso de Arte e Mídia na Universida-de Federal de Campina Grande. O Quin-to Beatle teve sua estréia no dia 30 de agosto de 2011, na Mostra Tropeiros do VI Comunicurtas.

Bazófias de um cantador pai d´égua:o maior cordel do mundo.

Obra onde é exposto o mundo da cul-tura popular em 384 páginas, com 1.400 versos em septilha, narrando as proezas de um cantador visionário, com temas que vão desde a pangeia até o apoca-lipse. O autor do cordel, Beto Brito, con-fessa que teve dificuldades em criar uma literatura tão longa e que fizesse sentido. “As estrofes não são, necessariamente, uma sequência, em que uma dependa da outra, mas sim, um complemento entre si. O leitor pode abrir em qualquer página e iniciar a leitura”, comenta.

O livro foi lançado no dia 20 de janei-ro de 2011, no Espaço Mundo, seguido por show de Beto Brito, na Praça Antenor Navarro, com os artistas convidados, Re-nata Arruda, Escurinho, Oliveira de Pane-

las, Totonho, Chico Correa, Kiko Guedes, Clã Brasil, Alex Madureira, Adeildo Viera e Guiraiz.

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Extra Extra

Olhos Verde Mar

A garotinha estava sozinha no marOlhava para aquela imensidão,Seu olhar era um triste verde mar.Olhos que viram muitas vidas,Olhos que enxergam a morte da lua caída.

Lindos olhos verde mar,Perdidas esperanças no ar.Distantes os sonhos brilhantes,Invasiva lua minguante,Olhos que veêm, sem enxergar.

Misteriosos olhos verde mar,Desabrocha sem mudar.Gentil flor de primavera,Dama nascida em outra Era,Sobrevive a chorar.

Criança de olhos verde marA procura, do que não pode achar. O esquecimento de uma vida,Da ingenuidade, para sempre perdi-da.

Naiane Almeida

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