revista plural 52

56
II Congresso Criminal discute a reforma do Código Penal Lançamento da Revista Jurídica da ESMP reúne autoridades e membros do Ministério Público em evento realizado na capital paulista. pág. 16 nº 52 outubro/novembro/dezembro de 2012 Uma publicação da Escola Superior do Ministério Público de São Paulo ISSN 2179-7455 Soluções Imprensa Oficial em tecnologia da informação e comunicação tecnologia Aliamos nossa experiência desde 1891 na publicação da informação às mais modernas tecnologias, oferecendo serviços inteligentes para o setor público com a excelência e inovação de sempre. Certificação Digital - Autoridade Certificadora Oficial do Governo do Estado de São Paulo Soluções em Documento Digital: GED (Gestão Eletrônica de Documentos), ECM (Enterprise Content Management) e BPM (Business Process Management) Desenvolvimento de portais Consulta gratuita ao Diário Oficial e-negócios públicos e-juntacomercial www.imprensaoficial.com.br IMAGENS ILUSTRATIVAS Confira os artigos: Improbidade Administrativa e Transação O Transporte e a Pessoa com Deficiência

Upload: dodiep

Post on 20-Dec-2016

228 views

Category:

Documents


1 download

TRANSCRIPT

Page 1: Revista Plural 52

II Congresso Criminal discute a reforma do Código Penal

Lançamento da Revista Jurídica da ESMP reúne autoridades e membros do Ministério Público em evento realizado na capital paulista.

pág. 16

nº 52 outubro/novembro/dezembro de 2012

Uma publicaçãoda Escola Superiordo Ministério Públicode São Paulo

ISSN 2179-7455

Soluções Imprensa Oficial em tecnologia da informação e comunicação

tecnologia

Aliamos nossa experiência desde 1891 na publicação da informação às mais modernas tecnologias,

oferecendo serviços inteligentes para o setor público com a excelência e inovação de sempre.

Certificação Digital - Autoridade Certificadora Oficial do Governo do Estado de São Paulo

Soluções em Documento Digital: GED (Gestão Eletrônica de Documentos),

ECM (Enterprise Content Management) e BPM (Business Process Management)

Desenvolvimento de portais

Consulta gratuita ao Diário Oficial

e-negócios públicos

e-juntacomercial

www.imprensaoficial.com.br

IMA

GEN

S IL

UST

RA

TIV

AS

Confira os artigos:Improbidade Administrativa e Transação • O Transporte e a Pessoa com Deficiência

09503 capa.indd 1 28/02/13 17:18

Page 2: Revista Plural 52

09503 capa.indd 2 28/02/13 17:18

Page 3: Revista Plural 52

editorial

PluralRevista da Escola Superior do Ministério Público

DiretorMário Luiz [email protected]

AssessoresEverton Luiz ZanellaJosé Mário Buck Marzagão BarbutoMaria Silvia Garcia de Alcaraz Reale FerrariSusana Henriques da [email protected]

Jornalista responsável:Rosana Sanches (MTb 17.993) [email protected]

Fotos e matériasRosana SanchesNúcleo de Comunicação do MPSP

Direção de arteGuen Yokoyama

Editora de arteVanessa Merizzi

CTP, impressão e acabamentoImprensa Oficial do Estado de São Paulo

Tiragem3 mil

PeriodicidadeTrimestral Escola Superior do Ministério PúblicoRua 13 de Maio, 1259 Bela Vista – São Paulo/SPTelefone: (11) 3017-7990www.esmp.sp.gov.br

Qual o papel do Ministério Público no século que iniciamos? Em que medida o Ministério Público, o defensor da sociedade, tem atuado na efetiva transforma-ção da realidade social?Essas importantes questões não foram deixadas de lado pela nossa Escola Supe-rior em 2012. Sempre procurando atuar ao lado da instituição, de modo a suprir as necessidades dos membros e servidores no aperfeiçoamento e no desempenho de suas relevantes funções, em 2012, especialmente no último trimestre, vários eventos foram realizados pontuando questões da mais alta relevância institucional.O Congresso Criminal, que desta feita contou também com três palestrantes inter-nacionais de renome, teve como tema a reforma Penal, com análise e importantes discussões a respeito do Projeto de Lei de reforma do Código Penal apresentado por comissão de trabalho nomeada pelo Ministério de Justiça.A questão ambiental, mais especificamente a “sustentabilidade”, foi o tema do já tradicional Congresso de Meio-Ambiente, realizado em São Pedro, com presença significativa de colegas dos mais distantes rincões do estado.Outros eventos, como por exemplo, a violência no futebol e o Estatuto do Torcedor em confronto com a Lei Geral da Copa, o papel institucional na fixação de bases para a proposição de um plano de expansão da educação infantil de qualidade, a análise do importante projeto de lei de alienação cautelar de bens, e o curso de inteligência institucional, também se destacaram, seja pelo expressivo número de colegas presentes, seja pela importância dos temas para o Ministério Público. Os nossos núcleos regionais, por outro lado, continuam trabalhando, e muito, em prol do aperfeiçoamento funcional dos membros e servidores. O tema “População em Situação de Rua e Políticas Públicas” foi abordado em Franca. Em Bauru, o debate foi em torno da “Lavagem de Dinheiro”. Em Taubaté tivemos o curso de extensão “Atualidades em Direito Penal e Processo Penal”. Os servidores e estagiários não foram esquecidos, com a realização de vários cur-sos específicos, bem como com os cursos de ingresso para analistas e estagiários.Lançamos a nossa Revista Jurídica, periódico cientifico que já se consolida como importante instrumento de conhecimento na comunidade jurídica.Terminamos mais um ano de intenso trabalho com a Conferência do Núcleo de Políticas Públicas para a elaboração de um Plano de Atuação Institucional que atenda aos anseios sociais e com o lançamento de mais uma campanha em prol da rejeição da PEC-37, ou PEC da impunidade.Foi, sem dúvida, um ano de muito trabalho. Que venha 2013 ! Que novos projetos se consoli-dem ! Que a nossa Escola Superior possa estar ao lado dos Promotores, Procuradores de Justi-ça e servidores, trabalhando por um Ministério Público cada vez mais forte, por uma sociedade mais justa e democrática. Feliz ano novo !

Mário Luiz Sarrubbo

Page 4: Revista Plural 52

índice

ESPM sedia Congresso Criminal do MP 04Sala da ESMP ganha nome:“José Henrique Pierangeli” 08

capa

Adaptação de analistas 10Atualidades em Direito Penal e Processo Penal em Taubaté: Inteligência Institucional 11Aperfeiçoamento em Excel para os servidores 12“Inteligência Institucional” em conjunto 14

cursos

semináriosPopulação em Situação de Rua e Políticas Públicas 30

Convênio ENAN – Escola Nacional de Mediação e Conciliação 15Lançamento da Revista Jurídica 16Reeleição no CDEMP – Colégio de Diretores de Escolas dos Ministérios Públicos 18Mesa redonda sobre o Regime Próprio da Previdência Social 19

notas

palestrasControle da Corrupção 20

Curso de Capacitação Jurídica – Instruir 22Alienação Cautelar de Bens 23Lavagem de Dinheiro em Bauru e São José do Rio Preto 24Polícia Militar contra a Polícia Civil 25Regularização Fundiária 26Sistema Jurídico de Israel 27Violência no Futebol 28

Page 5: Revista Plural 52

artigos“Improbidade administrativa e transação” por Nilo Spinola Salgado Filho e Wallace Paiva Martins Junior; 44“O Transporte e a Pessoa com Deficiência”, por Luiz Antônio Miguel Ferreira e Lauro Luiz Gomes Ribeiro 49

livrosReclamação Constitucional 51Estatuto do Estrangeiro 51Mediação 51Processo Civil 51Crimes Eleitorais 52Mandado de Segurança 52Manual do Processo Coletivo 52Criminologia 52

estagiáriosTermina o ciclo de painéis de atualização para estagiários 42Adaptação para estagiários da região de Sorocaba 43

congressosO Papel do MP no Sistema Prisional e Política Criminal 31Congresso de Meio Ambiente debate Sustentabilidade 34

conferênciaPlano Geral de Atuação do Ministério Público do Estado de São Paulo 37

debateO Papel do MP e do Conselho Tutelar na área da Educação 39

oficinaOficina de Trabalho Interinstitucional: Bases para a Proposição de um Plano de Expansão da Educação Infantil de Qualidade no

Município de São Paulo 40

workshopMediadores Voluntários conversam com o Judiciário 41

Page 6: Revista Plural 52

4

capa

Terminou na sexta-feira (dia 09 de novembro), o II Congresso Criminal do Ministério Público de São Paulo, promovido pela Procuradoria-Geral de Justi-ça, Escola Superior do Ministério Público e pelo Cen-tro de Apoio Operacional das Promotorias de Justiça Criminais (CAO Criminal). Promovido pela ESMP, nesta edição o congresso teve a abertura na quarta--feira à noite (07 de novembro), no auditório “Queiroz Filho”, na Rua Riachuelo, 115, e prosseguiu na quinta e na sexta-feira no auditório “Júlio Fabbrini Mirabe-te”, na Rua Treze de Maio, 1.259, sede da ESMP. O

ESMP promove CongressoCriminal

tema discutido foi “Reforma do Código Penal e Codi-ficação da Lei Penal”.

Em seu discurso de abertura, o procurador-geral de Justiça, Márcio Fernando Elias Rosa, afirmou que “o Ministério Público de São Paulo, por meio desse evento, reafirma seu compromisso com os ditames e valores de um Estado Social e Democrático de Di-reito – que exige enfrentamento competente e eficaz às diversas formas de criminalidade –, contribuin-do, assim, para a Paz e Justiça Social; e, sobretudo, projeta sua atuação futura, com a responsabilidade

Mesa formada pela imprensa especializada na área jurídica

Page 7: Revista Plural 52

5

de contribuir para a construção sólida e coerente de uma política criminal de Estado”.

O diretor da ESMP, Mário Luiz Sarrubbo, que fa-lou na abertura e também fez o encerramento do congresso, disse que “o evento abre as portas para toda a comunidade jurídica para que um dos impor-tantes pilares do combate estatal à criminalidade, a legislação penal, seja discutido e aperfeiçoado de forma democrática”.

Palestras de Jean Pradel, professor catedrá-tico da Faculdade de Direito e de Ciências Sociais de Poitiers, da França, e presidente da Associação Francesa de Direito Penal, e do procurador de Jus-tiça Edilson Mougenot Bonfim, corregedor-geral do município de São Paulo, marcaram o primeiro dia dos trabalhos.

Jean Pradel fez um comparativo entre os Minis-térios Públicos de vários países europeus, abordou a forma de ingresso na carreira, as questões da hierarquia do ponto de vista da independência fun-cional dos promotores de Justiça, as funções do MP em países como a França, Itália, Alemanha e Inglaterra, dentre outras nações europeias e lem-brou que em todos esses países o MP tem poder de investigação.

Edilson Mougenot Bonfim expôs sobre a evolução do direito penal no Brasil, a reforma do Código Penal e a discussão em torno do projeto em tramitação no Congresso Nacional, especialmente da proporciona-lidade das penas em relação aos bens que o Estado quer tutelar. Mougenot Bonfim também abordou a questão da progressão do regime penal e afirmou que “o Estado faliu na questão da ressocialização do apenado. Para ele, “é necessário repensar o direito penal com a coragem do cidadão que sofre, em cada esquina, o risco de uma ação malsã”.

O evento prosseguiu na manhã da quinta-feira, na ESMP, com palestras de Juan Carlos Ferré Olivé, pro-fessor catedrático de Direito Penal da Universidade de Huelva (Espanha); do advogado Eduardo Reale Ferra-ri, professor doutor de Direito Penal da FADUSP; e de Renato de Mello Jorge Silveira, professor titular e vi-ce-chefe do Departamento de Direito Penal Medicina Forense e Criminologia da FADUSP. Juan Carlos Ferré Olivé, defendendo um direito penal mínimo e não um direito penal máximo, discorreu sobre a dificuldade de se conciliar, na sociedade contemporânea, os di-ferentes pontos de vista que aparecem sobre o papel da pena e, em geral, do Direito Penal. Afirmando que a Europa, e a Espanha em especial, caminham para

Público na abertura

Page 8: Revista Plural 52

6

capa

um sistema penal dentro do Estado de Direito, mas com algo mais, revitalizando princípios fundamentais que cedo ou tarde terminarão por conduzir à necessi-dade de respeitar estritamente os direitos humanos, o professor exemplicou: “Que castigo maior pode haver para um assassino do que sustentar a viúva e os cinco filhos da pessoa que ele vitimou? Caminhamos para validar esse tipo de punição.”

Com o tema “A Reforma do Código Penal – Proje-ções sobre um Direito Penal Codificado – Prós e Con-tras”, o advogado Eduardo Reale Ferrari, professor doutor de Direito Penal da FADUSP, disse que sua tarefa no congresso era fácil: “A falta de racionali-dade do Código é impressionante!”, afirmou, consi-derando que o mais grave é o poder de barganha e a ausência absoluta de proporcionalidade. Renato de Mello Jorge Silveira foi o último a falar no segundo dia, expondo sobre os erros contidos no Código. O período da tarde ficou reservado para análise e de-bates das teses inscritas.

No IV Painel, que abriu os trabalhos na sexta--feira, o “A Reforma Penal: Uma Abordagem Prin-cipiológica da Parte Geral do Código Penal” trouxe o procurador Regional da República – 3ª Região, doutor em Direito Constitucional pela PUC/SP, Luís Carlos dos Santos Gonçalves para o debate na ESMP. “Alguns trechos do Código me causam arre-pio”, disse, exemplicando com o artigo 71. Segundo ele, o Código prevê punição para quem mata uma, duas ou três pessoas. “No quarto assassinato, não há mais punição. É muito vantajoso... Tenho grande dificuldade de aceitar um dispositivo como esse no nosso Código Penal”.

A análise crítica da reforma ficou a cargo de An-tonio carlos da Ponte, subprocurador-geral de Jus-tiça Institucional do Ministério Público do Estado de São Paulo, professor livre docente de Direito Penal da PUC/SP.

capa

Jean Pradel

Senador Pedro Taques

Eduardo Reale Ferrari

Antonio Del Moral Garcia

Edilson Mougenot Bonfim

Page 9: Revista Plural 52

7

No período da tarde, uma mesa redonda como o tema “A Atuação do Ministério Público no Combate à Criminalidade e a Efetividade do Direito Penal - Uma visão da imprensa” reuniu os jornalistas Fábio Dia-mante, do SBT; Marcelo Godoy, do jornal O Estado de São Paulo; Maurício Ferraz, da TV Globo, Sandro Barboza, da Bandi e Thiago Samora, da Rádio Jovem Pan; tendo o diretor da ESMP, Mário Luiz Sarrubbo, como coordenador de mesa.

Experientes na cobertura da área jurídica em São Paulo, os jornalistas apontaram como principal problema do Ministério Público a retração na divul-gação de notícias, após um período em que a Insti-tuição sofreu muitas críticas por exposição exces-siva na mídia. “Nem para mais, nem para menos. Esperamos ainda conhecer um terceiro Ministério Público”, disseram.

Penúltimo painel programado no Congresso, o tema “A Visão do Congresso Nacional sobre a Re-forma – necessidade e oportunidade”, desenvolvi-do pelo senador da República pelo Estado de Mato Grosso, ex-procurador da República Pedro Taques, serviu para acalmar os ânimos dos maiores críticos. O senador pediu ajuda aos membros do MP para a elaboração de um novo Código, que partisse do ante-projeto já existente, e prometeu manter todos a par dos acontecimentos em Brasília em relação à apro-vação de um novo código, usando, para isso, a ESMP como canal de informação.

“Menos penas, mais eficácia” foi o lema da pa-lestra de encerramento do II Congresso Criminal, que trouxe Antonio Del Moral Garcia, magistrado do Supremo Tribunal da Espanha, procurador de Jus-tiça perante o Supremo Tribunal Espanhol de 1999 a 2011, professor doutor em Direito de Universidades da Espanha, para uma aula magna discorrendo so-bre o tema “Reforma Penal e Codificação: A experi-ência do Direito Penal Espanhol”.

Juan Carlos Ferré Olivé

Luís Carlos dos Santos Gonçalves

Márcio Fernando Elias Rosa

Renato de Mello Jorge Silveira

Antonio Carlos da Ponte

Page 10: Revista Plural 52

8

capa

Parte da programação do II Congresso Criminal do Ministério Público que trata do tema “Reforma do Código Penal e Codificação da Legislação Pe-nal”, o descerramento da placa na sala 202 do 2° andar da Escola Superior, que agora passa a se chamar “José Henrique Pierangeli”, marcou a justa homenagem ao procurador de Justiça e professor falecido neste ano. A homenagem foi decidida em reunião do Conselho da ESMP e a cerimônia contou com a presença de inúmeros amigos, alunos, cole-gas e familiares do homenageado.

Em discursos emocionados, o diretor da ESMP, Mário Luiz Sarrubbo, ex-aluno de Pierangeli; o pre-sidente da Associação Paulista do Ministério Pú-blico, Washington Epaminondas Medeiros Barra, companheiro de carreira e de campanhas políticas do homenageado; o subprocurador-geral de Justi-ça de Relações Externas Arnaldo Hossepian Salles Lima Júnior (no ato, representando o procurador--geral Márcio Fernando Elias Rosa); e a promotora de Justiça Maria Aparecida Pierangeli Borelli Tho-maz, filha de José Henrique Pierangeli, enaltece-ram as qualidades do professor, lembrando o lega-do jurídico que ele deixa com o seu passamento.

“Nada como prestar essa homenagem ao pro-fessor Pierangeli em meio a um congresso cri-minal, quando se discute temas de primordial relevância, num ambiente onde certamente ele gostaria de estar inserido”, disse o diretor Mário Luiz Sarrubbo.

José Henrique Pierangeli é homenageado na ESMP

Washington Epaminondas Medeiros Barra re-lembrou as lutas políticas do colega, que chegou a ser conselheiro no Ministério Público, mas preferiu destacar a sua atuação na defesa das crianças – Pie-rangeli criou casas de proteção ao menor por onde passou como promotor e, no final da carreira, focou seus esforços nessa área.

A filha, Maria Aparecida Pierangeli Borelli Tho-maz, discursou lembrando o pai, o avô, o amigo, o sogro, o tio, o marido de dona Maria Pérola Feltrin Pierangeli (também presente à cerimônia). Contou histórias de quem a incentivou a seguir a carreira de promotora e agradeceu à ESMP pela homena-gem em um ambiente que reúne duas paixões da vida de seu pai: o Ministério Público e a sala de aula. “Não poderia ser em local mais propício”, disse.

Sala José Henrique Pierangeli

Page 11: Revista Plural 52

9

Na sexta-feira (9/11), durante a realização do II Congresso Criminal do Ministério Público do Estado de São Paulo, o MP promoveu o lançamento regional da campanha nacional “Conte até 10. Paz. Essa é a atitu-de”, que tem como objetivo combater a violência por impulso. O lançamento nacional, promovido pelo Con-selho Nacional do Ministério Público (CNMP), foi reali-zado um dia antes, em Brasília.

Dados da Delegacia de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP) da região de São Paulo revelam que, no período entre 2011 e 2012, 83% dos homicídios com

identificação de causa provável ocorreram por impulso ou motivo fútil, entre eles, atos de vingança, desavenças ou crimes passionais.

Para combater os crimes por impulso, a campanha “Conte até 10. Paz. Essa é a atitude” passa a mensa-gem de tolerância em situações de conflito, buscando evitar a violência (brigas de trânsito, entre vizinhos, em bares etc). As peças são estreladas por atletas re-nomados - os campeões mundiais de MMA Anderson Silva e Junior Cigano e os judocas campeões olímpicos Leandro Guilheiro e Sarah Menezes –, que participam da iniciativa sem cobrar cachê.

A campanha tem vídeos, jingles de rádio, anúncios para veículos impressos e digitais, entre outras peças, que serão veiculadas na mídia nacional gratuitamente até março do ano que vem. Também estão previstas ações educativas. Material didático sobre o tema está sendo elaborado em parceria com o Ministério da Edu-cação (MEC), para uso a partir de 2013.

A campanha foi idealizada pela Estratégia Nacional de Justiça e Segurança Pública (Enasp), resultado de parceria entre o CNMP, o Conselho Nacional de Justiça e o Ministério da Justiça.

A campanha “Conte até 10. Paz. Essa é a atitude” pretende engajar também a sociedade civil na luta con-tra o homicídio.

“Conte até 10. Paz. Essa é a atitude” é a campanha lançada no congresso

Também prestigiaram a homenagem Fernando Grella Vieira, ex-procurador-geral de Justiça do Mi-nistério Público de São Paulo; Nelson Gonzaga de Oli-veira, corregedor-geral do Ministério Público e ex-di-retor da Escola Superior; Mágino Alves Barbosa Filho, subprocurador-geral de Justiça de Gestão; Fernando José Marques, ouvidor do Ministério Público do Esta-do de São Paulo; Ana Margarida M. Junqueira Bene-duce, secretária executiva da Procuradoria de Justiça

Criminal; desembargador Dimas Boreli Thomaz Jú-nior, genro do homenageado José Henrique Pieran-geli; Paulo Puerta dos Santos, vice-corregedor do MP; Éder do Lago Mendes Ferreira, procurador de Justiça coordenador do CAOCrim; o procurador de Justiça aposentado Luiz César Gama Pelegrini, ex-correge-dor-geral do MP; o médico José Hugo Pierangeli, filho de José Henrique Pierangeli; netos, nora, amigos e alunos do homenageado.

O desembargador Luiz Toloza, a procuradora Vânia Balera e o promotor Christiano

Page 12: Revista Plural 52

10

cursos

De 28 a 30 de novembro, os Analistas de Promo-toria I (Assistentes Jurídicos) aprovados em Concur-so Público frequentaram o “Curso de Adaptação aos Assistentes Jurídicos do Ministério Público do Estado de São Paulo”, no Auditório “Júlio Fabbrini Mirabete” (Rua Treze de Maio, 1259 – térreo – Bela Vista, São Paulo – SP), na ESMP, das 9 às 18 horas.

O 1º MÓDULO, presencial, teve a apresentação do Ministério Público do Estado de São Paulo como tema principal. Nos subtemas, das 9 às 9h30, ocor-reu a abertura e apresentação da Diretoria da ESMP, feita pelo diretor Mário Luiz Sarrubbo e sua assesso-ria; das 9h30 às 11 horas, os analistas conheceram a estrutura administrativa do MP/SP, SISMP e CTIC, através de palestra de José Eduardo de Souza Pimen-tel. Na sequência, uma exposição da diretoria geral do MP tratou dos direitos e deveres dos servidores. À tarde, o procurador de Justiça aposentado Hugo Ni-gro Mazzilli expôs sobre o regime jurídico do Minis-tério Público, antes da exposição da professora Thaís Montenegro Chinelatto sobre Práticas de Redação.

No segundo dia, 29 de novembro, a apresentação das Promotorias de Justiça Criminais, com noções

Em novembro, curso de adaptação para analistas

práticas de elaboração de peças, foi feita por Marcelo Luiz Barone; o tema “Investigação em Procedimen-tos Criminais” teve Joaquim Pastorelo Kfouri e Már-cio Alexandre de Méo, ambos do GAECO, como ex-positores. No período da tarde, Fausto Junqueira de Paula apresentou as Promotorias de Justiça de Jui-zados Especiais e Violência Doméstica; Rodrigo Merli Antunes, as Promotorias de Justiça do Júri; Pedro de Jesus Juliotti, as Promotorias de Justiça das Execu-ções Criminais; e Anna Trotta Yarid, as Promotorias de Justiça Cíveis.

No terceiro dia, 30 de novembro, os trabalhos começaram com Luciana Bergamo Tchorbadjian apresentando as Promotorias de Justiça da Infân-cia e Juventude na área de carentes e de difusos; e Wilson Ricardo Coelho Tafner ficou com a área de infratores e execução. Também no último dia, Ale-xandre Alberto de Azevedo Magalhães Júnior fez a apresentação das Promotorias de Justiça com atribuição na área de interesses difusos e coletivos (Meio-Ambiente; Habitação e Urbanismo; Direitos Humanos - Saúde, Idosos, PPD, inclusão social; Consumidor; Patrimônio Público e Social).

O diretor Mário Sarrubbo, com os assessores Everton, Maria Silvia e Suzana

cursos

Page 13: Revista Plural 52

11

cursos

Com temas modernos e que paulatinamente ga-nham destaque no mundo jurídico, o O Curso de Ex-tensão Universitária “Atualidades em Direito Penal e Processo Penal” desperta grande interesse em to-dos os operadores do Direito. Por isso, e para gerar um fórum para a exposição de conteúdos teóricos e práticos sobre atualidades em Direito Penal e Proces-so Penal, visando a aprimorar a atuação funcional, a ESMP promoveu, em Taubaté, interior paulista, de 09 de outubro a 04 de dezembro, de 2012, esse curso de extensão para membros, servidores e estagiários do Ministério Público do Estado de São Paulo, magistra-dos, advogados, defensores públicos, bacharéis em Direito, estudantes Universitários e demais operado-res do Direito.

A carga horária foi de 32 horas-aula, com oito aulas ministradas no Auditório da Irmandade de Mi-sericórdia de Taubaté (Rua Portugal, 196, Jardim das Nações), às terças-feiras à noite. No elenco de professores, Antonio Carlos da Ponte, procurador de Justiça integrante do Órgão Especial do Colégio de Procuradores e professor da PUC-SP; Airton Buzzo Alves, promotor de Justiça Criminal de Santana e mestre em Direito Processual Penal; Arnaldo Hosse-pian Salles de Lima Júnior, procurador de Justiça da Procuradoria de Justiça de Habeas Corpus e Manda-do de Segurança e mestre em Direito Penal pela PUC/SP; Eduardo Reale Ferrari, advogado criminalista e professor doutor da FADUSP; Flávio Okamoto, pro-motor de Justiça e membro do Grupo de Combate às Organizações Criminosas – GNCOC; José Mário Buck

Em Taubaté, atualidades em Direito Penal e Processo Penal

Marzagão Barbuto, promotor de Justiça assessor da ESMP e professor de Direito Penal na FAAP; Rogério Sanches Cunha, promotor de Justiça e professor na ESMP e em cursos preparatórios; e William Terra de Oliveira, promotor de Justiça, doutor em Direito Penal pela Faculdade de Direito da Universidade Complu-tense de Madrid, membro fundador do Instituto Pana-mericano de Política Criminal – IPAN e do Instituto La-tino Americano das Nações Unidas para Prevenção do Delito e Tratamento do Delinquente – ILANUD/Brasil.

A coordenação geral do curso foi feita por Má-rio Luiz Sarrubbo, procurador de Justiça diretor da ESMP; a coordenação local, por Eduardo Dias Bran-dão, 1º Promotor de Justiça de Pindamonhangaba; Jaime Meira do Nascimento Júnior, 2º Promotor de Justiça de Cruzeiro; e Ricardo reis Simili, 1º Promo-tor de Justiça de Guaratinguetá - coordenadores do 8º Núcleo Regional da ESMP – Vale do Paraíba–SP.

O diretor Mário Sarrubbo, com os assessores Everton, Maria Silvia e Suzana

Willian Terra de Oliveira, um dos professores convidados para o curso em Taubaté

Page 14: Revista Plural 52

12

cursos

O Excel é o processador de texto mais utilizado atualmente no mundo, sendo uma das aplicações mais comuns para a geração de documentos profis-sionais, escolares e pessoais, já que permite criar do-cumentos visualmente atraentes de forma ágil e fácil; desenvolver documentos com aparência profissional; e gerenciar os documentos de forma mais eficiente.

Explorar os recursos desse aplicativo, visando habilitar o usuário na utilização das principais ferra-mentas; aumentar a produtividade e qualidade nos trabalhos mais elaborados; e levar o participante a conhecer e manejar as ferramentas básicas disponi-bilizadas para a criação de planilhas foram os obje-tivos do curso que durou cinco semanas (30 horas), foi gratuito e ministrado por Anderson Duarte Meira, servidor do Ministério Público do Estado de São Pau-lo na área de Informática (CTIC), mestre em Ciência da Computação pela Universidade de Brasília-UNB e professor no curso de Análise e Desenvolvimento de Sistemas da Universidade Paulista – UNIP.

Anderson trabalha há 25 anos e leciona há 11 na área de informática. É certificado pelo PMI como

Excel para os servidores do MP

Project Management Professional, pelo IFPUG como Especialista em Ponto de Função, pela SUN como SCJP em Java 6.0 e pela Rational-IBM como Con-sultor em desenvolvimento orientado a objetos. Tra-balha com ferramentas Microsoft desde a época do MS-DOS, passando por todas as versões do Windows e Office (Word, Excel e PowerPoint).

O PAPEl DA MíDiA nO COnTExTO DO ESTADO DE DirEiTO DEMOCráTiCOTambém pela Escola Virtual (plataforma Moodle)

a Escola Superior do Ministério Público de São Paulo promoveu o curso O Papel da Mídia no Contexto do Estado de Direito Democrático, de 30 de outubro a 11 de dezembro.

O objetivo do curso foi levar os participantes a re-fletirem criticamente sobre as características, o pa-pel e a atuação das diversas modalidades dos meios de comunicação – a mídia – no contexto do Estado de Direito Democrático, este que se define por ins-tituições, regras, procedimentos, direitos e deveres constitucionalizados.

De 30 de outubro a 03 de dezembro de 2012, a Escola Superior promoveu o

Curso de Aperfeiçoamento em Excel 2010, pela Escola Virtual (plataforma

Moodle), voltado aos servidores do Ministério Público do Estado de

São Paulo. Foram oferecidas 60 vagas.

Page 15: Revista Plural 52

13

Como se viu ao longo do curso, a mídia é um im-portante agente de poder (político, econômico e ide-ológico), particularmente no Brasil – foco do curso –, devido, entre outros fatores, ao seu caráter privado, comercial, oligopolizado e cujas leis e instituições do Estado pouco a responsabilizam e a fiscalizam. Isso a torna um poder “sem freios e contrapesos”, na lin-guagem dos teóricos do liberalismo: doutrina a qual os órgãos da mídia paradoxalmente afirmam se filiar, assim como fundamento teórico em larga medida do próprio conceito de Estado de Direito Democrático.

Nesse sentido, a doutrina foi analisada no curso e comparada, por meio de exemplos concretos da atu-ação da mídia no Brasil, notadamente os periódicos, como forma de cotejar teoria e realidade.

O curso teve duração de cinco semanas, com carga horária de 30 horas/aula, e foi oferecido para membros e servidores do Ministério Público do Esta-do de São Paulo.

Francisco Fonseca, bacharel em Ciências So-ciais pela PUC/SP, mestre em Ciência Política pela Unicamp e doutor em História pela USP, profes-sor de ciência política nos cursos de graduação e pós-graduação em Administração Pública na FGV/Eaesp e pesquisador do Centro de Estudos em Ad-ministração Pública e Governo nesta instituição, foi o professor convidado para o curso. Francisco é autor, entre outros, do livro “Controle Social da Administração Pública: cenário, avanços e dilemas no Brasil” (São Paulo, Unesp, 2007).

Francisco Fonseca

Page 16: Revista Plural 52

14

cursos

Idealizado para membros do Ministério Público do Estado de São Paulo, magistrados, analistas de Promotoria (Assistente Jurídico) e oficiais de Pro-motoria que desempenham função nos Grupos de Atuação Criminal do Ministério Público do Estado de São Paulo, o Curso Básico de Inteligência Insti-tucional que a Escola Superior do Ministério Público de São Paulo e a Escola Paulista da Magistratura realizaram de 19 de outubro a 09 de dezembro de 2012 teve por objetivo proporcionar conhecimen-tos básicos sobre a atividade de inteligência, suas modalidades, objetivos específicos, fundamentos e base normativa, finalidade, inter-relação com a ati-vidade de investigação e segurança institucional. A carga horária total foi de 32 horas/aula, sendo 16 horas/aula na modalidade presencial e 16 horas/aula na modalidade a distância.

“Inteligência Institucional”, em conjunto com a EPM

As aulas presenciais foram na Escola Superior do Ministério Público de São Paulo (à Rua Treze de Maio, 1259 - 2º andar, sala 202, Bela Vista, São Paulo), às sextas-feiras((CL)); as aulas a Distância foram apresentadas na Plataforma Moodle, em am-biente restrito, com textos para leitura, questões objetivas e casos práticos.

A coordenação geral do curso ficou a cargo de Armando Sérgio prado de Toledo, diretor da EPM, desembargador do Tribunal de Justiça de São Pau-lo; e de Mário Luiz Sarrubbo, diretor da ESMP, pro-curador de Justiça. A coordenação acadêmica foi de Fábio Ramazzini Bechara, promotor de Justiça, e de Waldir Sebastião de Nuevo Campos, desembarga-dor do Tribunal de Justiça de São Paulo.

Marcelo Francisco Silva Pimentel, um dos professores convidados

Alunos do Curso básico de Inteligência Institucional

Page 17: Revista Plural 52

15

notas

No dia 12 de dezembro de 2012, às 10 horas, na sede do Ministério da Justiça, no auditório Tancredo Neves, 2º andar do Palácio da Justiça, em Brasília/DF, foi lançada a Escola Nacional de Mediação e Con-ciliação (ENAM) – um projeto executado em parceria pela Secretaria de Reforma do Judiciário (Ministério da Justiça) e o Conselho Nacional de Justiça.

Na ocasião, foram celebrados acordos de coope-ração entre a ENAM e algumas instituições que com-põem o sistema de Justiça, entre elas o Colégio de

ESMP assina convênio com a ENAM

Diretores de Escolas de Ministério Público do Brasil (CDEMP) e a Escola Superior do Ministério Público de São Paulo (ESMP), ambas representadas pelo procu-rador de Justiça Mário Luiz Sarrubbo, presidente do CDEMP e diretor da ESMP.

A ENAM tem como missão a disseminação dos meios alternativos de resolução de conflitos e sua adoção pelos operadores do direito e demais agen-tes vinculados a instituições do sistema de Justiça. Objetiva, desta forma, a construção de uma Justiça

rápida e efetiva em busca da har-monização social e satisfação dos usuários. O objetivo é formar mais de dois mil magistrados em admi-nistração e resolução de conflitos com as técnicas de conciliação. Os cursos serão ministrados por 200 instrutores já formados por meio da parceria entre os três órgãos.

A capacitação busca motivar ju-ízes e desembargadores a utilizar, de forma mais eficiente, os Centros Judiciários de Solução de Conflitos e Cidadania. Além de facilitar o aces-so à Justiça, também vai contribuir para disseminar a solução de confli-tos ainda na via extrajudicial, como forma de prevenir o aumento da ju-dicialização de conflitos. Assinatura do ministro José Eduardo Cardoso

Page 18: Revista Plural 52

16

notas

Cerca de 150 pessoas prestigiaram, na noite de segunda-feira (22/10), o lançamento da Revista Jurídi-ca da Escola Superior do Ministério Público, realizado na Casa das Rosas, na capital. O primeiro número da publicação, com 378 páginas, traz 18 artigos selecio-nados após parecer do Conselho Consultivo, formado por operadores do direito e membros do Ministério Público que possuem, ao menos, título de mestre.

A Revista é dirigida por um Conselho Editorial, composto por cinco membros do MP, todos com tí-tulo de doutor em Direito: os promotores de Justiça Christiano Jorge Santos, Fábio Ramazzini Bechara, Ricardo de Barros Leonel e Roberto Senise Lisboa, e o procurador de Justiça Vidal Serrano Nunes Júnior. O Conselho definiu o perfil da publicação, traçou as dire-trizes básicas e aprovou os artigos. A publicação ainda

Sucesso no lançamento daRevista Jurídica da ESMP

tem o apoio de um Conselho Consultivo, formado por 26 membros do MP.

Concebida e coordenada pelo diretor da Escola Superior do Ministério Público, procurador de Justiça Mário Luiz Sarrubbo, a publicação traz também um re-sumo em inglês de cada artigo publicado. A Revista terá periodicidade semestral e visa a divulgação de artigos, estudos e pesquisas nas áreas do Direito Público, Pri-vado e Penal, de autores nacionais e estrangeiros.

No lançamento, o procurador-geral de Justiça, Márcio Fernando Elias Rosa, destacou a importância de a ESMP possuir uma publicação com esse perfil. “Nada é mais relevante que o sentido da justiça”, afir-mou. “O papel transformador do direito está na neu-tralidade do cientista do direito, e a Escola Superior do Ministério Público concretiza o esforço de trazer

notas

Coquetel de lançamento da Revista na Casa das Rosas

Page 19: Revista Plural 52

17

à comunidade jurídica a contribuição científica dos membros do MP e dos que operam também além dos limites de nossa instituição”, acrescentou Márcio Elias Rosa. “É uma contribuição transformadora do MP à sociedade”.

Ao apresentar a publicação, o diretor da Escola Su-perior do MP, Mário Luiz Sarrubbo, observou que “a Revista Jurídica surge, efetivamente, como uma cha-ma a iluminar e incentivar o debate, a reflexão e a crí-tica, despontando como instrumento de trabalho para os profissionais do direito, na busca de soluções e do aprimoramento do Estado Democrático de Direito”.

Para Sarrubbo, o primeiro volume da Revista sig-nifica “a concretização de um sonho que é resultado do trabalho realizado pelas outras diretorias da ESMP ao longo da história”. A publicação, afirmou, deverá ser fonte de consulta para a comunidade jurídica e também citada pelos tribunais.

O diretor da ESMP anunciou que o segundo volume da publicação já está em fase de impressão e comuni-cou que até o dia 30 de novembro o Conselho Consultivo receberá artigos para a finalização dos volumes III e IV.

Também prestigiaram o lançamento da Revista Ju-rídica os subprocuradores-gerais de Justiça Mágino Al-ves Barbosa Filho (Gestão), Arnaldo Hossepian Salles Lima Junior (Relações Externas) e Sérgio Turra Sobra-

ne (Jurídico); o corregedor-geral do MP em exercício, procurador de Justiça Álvaro Augusto Fonseca de Ar-ruda; o ouvidor do MP, procurador de Justiça Fernando José Marques; o secretário do Conselho Superior do MP, procurador de Justiça Gianpaolo Poggio Smanio; o diretor-geral do MP, promotor de Justiça José Carlos Mascari Bonilha; a coordenadora-geral do Centro de Apoio Operacional Cível e de Tutela Coletiva, procura-dora de Justiça Lídia Helena Ferreira da Costa Passos; o coordenador do Centro de Apoio Operacional às Pro-motorias de Justiça Criminais, procurador de Justiça Eder do Lago Mendes Ferreira; o procurador de Jus-tiça aposentado e ex-procurador-geral de Justiça José Emanuel Burle Filho; o procurador de Justiça aposen-tado e ex-corregedor-geral do MP Agenor Nakazone; a procuradora-chefe do Centro de Estudos da Procu-radoria Geral do Estado, Mariângela Sarrubbo Fragata; o juiz federal Miguel Thomás di Pierro, presidente do Juizado Especial Federal; o diretor da Faculdade de Di-reito da Universidade Estadual de São Paulo, Antonio Magalhães Gomes Filho; o diretor de Museus da Casa das Rosas, Frederico Barbosa; o secretário da Associa-ção Paulista do MP, procurador de Justiça Luiz Fernan-do Rodrigues Pinto Júnior, representando o presidente da entidade; procuradores e promotores de Justiça e operadores do direito.

Mário Sarrubbo e os assessores da ESMP Maria Sílvia, Suzana e Everton

Mário Luiz SarrubboMárcio Fernando Elias Rosa, procurador-geral de Justiça

Page 20: Revista Plural 52

18

notas

Em eleição realizada na manhã de 29 de novem-bro de 2012, na sede da Procuradoria Geral de Justi-ça do Rio de Janeiro, o diretor do Centro de Estudos e Aperfeiçoamento Funcional/Escola Superior do Mi-nistério Público do Estado de São Paulo, procurador de Justiça Mário Luiz Sarrubbo, foi reeleito presiden-te do Colégio de Diretores de Escolas dos Ministérios Públicos do Brasil (CDEMP). O novo mandato tem prazo de um ano.

Eduardo Diniz Neto, vice-presidente da Fundação Escola do Ministério Público do Paraná – FEMPAR, e Benedito Augusto da Silva Neto, diretor da Escola Superior do Ministério Público do Estado do Ceará, foram eleitos, respectivamente, vice-presidente e secretário do CDEMP. A eleição ocorreu durante a quinta Reunião Ordinária do CDEMP no ano de 2012, que teve ainda em pauta a elaboração do calendário de atividades para 2013.

Mário Sarrubbo é reeleitopresidente do CDEMP

Mário Luiz Sarrubbo, diretor da ESMP

Page 21: Revista Plural 52

19

notas

Exclusivo para membros do Ministério Público, o evento “Regime Próprio da Previdência Social – Irre-gularidades em investimentos efetuados pela unida-de gestora”, no dia 23 de outubro, no segundo andar da sede da ESMP, acabou se transformando em uma mesa redonda onde os palestrantes, Otoni Gonçalves Guimarães, diretor do Departamento dos Regimes de Previdência no Serviço Público – DRPSP/SPPS – Ministério da Previdência; Allex Albert Rodrigues, coordenador-geral de Auditoria, Atuária, Contabili-dade e Investimentos do DRPSP/MPS; e Narlon Gu-tierre Nogueira e Wanderley Bergamin de Oliveira, auditores responsáveis pela consolidação das ações de auditoria junto aos RPPS, esclareceram as dúvi-das dos presentes.

Regime Próprioda Previdência Social

Os três palestrantes convidados

Reunião no segundo andar da ESMP

Page 22: Revista Plural 52

20

palestras

palestra

Dividido em duas partes – uma com palestra ape-nas para policiais e outra que teve também a presen-ça de juízes, promotores de Justiça, analistas e esta-giários-, o evento “Controle da Corrupção”, realizado na manhã de terça-feira (27 de novembro), no Ple-nário 10 do Fórum Criminal da Barra Funda, contou com mais de 200 participantes.

A primeira palestra, com início às 9 horas e ex-clusiva para os policiais, reuniu na mesa o tenente

“Controle da Corrupção” lotao Plenário 10 na Barra Funda

coronel da PM Maurício Marchese Rodrigues e o major Paulo Roberto de Oliveira Bromerchenkel, respectivamente comandante e subcomandan-te do 1° Batalhão de Policiamento Ambiental. O comandante abriu a solenidade, falando sobre a importância do combate à corrupção em geral, e o subcomandante expôs sobre as formas de cor-rupção e como combatê-las no policiamento am-biental.

palestras

Plenário lotado

Page 23: Revista Plural 52

21

Na segunda parte, com mesa formada pelos dois primeiros palestrantes, mais a juíza direto-ra do Complexo Judiciário “Ministro Mário Guima-rães”, Maria de Fátima dos Santos Gomes Muniz de Oliveira e o juiz corregedor da Polícia Judiciária e coordenador do DIPO Kleber Leyser de Aquino; o promotor de Justiça Everton Luiz Zanella, assessor da ESMP e representante do procurador de Justiça diretor da ESMP Mário Luiz Sarrubbo, apresentou o palestrante Roberto Livianu, promotor de Justiça e vice-presidente do Movimento do Ministério Público Democrático – MPD.

Livianu explicou que o evento era mais uma eta-pa da campanha de combate à corrupção que o MPD lançou no dia 31 de maio e que já assumiu grandes proporções, com a confecção de camisetas (inclusive com times de futebol entrando em campo com elas), adesivos, vídeos e publicações.

“Nossos vídeos foram até feitos em inglês, para atingir 140 países”, disse Livianu, doutor no contro-le penal da corrupção desde 2004, quando defendeu tese na USP, sob a orientação do professor Miguel

Realle. “Nossa palestra de hoje é mais uma mensa-gem motivacional, de chamamento do público para que participe da campanha”, confessou.

Para que o evento fosse realizado, somaram es-forços o diretor da ESMP, Mário Luiz Sarrubbo, como coordenador geral, tendo Maria de Fátima dos San-tos Gomes Muniz de Oliveira, diretora do Complexo Judiciário da Barra Funda, e Lúcia Nunes Bromer-chenkel, promotora de Justiça Criminal da Capital, na coordenação local.

Major Oliveira e tenente coronel Rodrigues

Palestrantes e coordenadores do evento

Page 24: Revista Plural 52

22

palestras

“Instruir” na sede da ESMPe em Taboão da Serra

Voltado para membros, assistentes jurídicos e servidores do MP, magistrados, advogados, delega-dos de Polícia, funcionários dos Serviços de Atenção à Mulher e integrantes da Coordenadoria da Mulher e Secretaria de Participação e Parceria do Munici-pio de São Paulo (SMPP), o Curso de Capacitação Jurídica – Instruir foi ministrado na ESMP no dia 26

de outubro, sexta-feira, das 13 às 17 horas, tendo Valéria Diez Scarance Fernandes e Cláudia Cecília Fedeli, promotoras de Justiça do Grupo de Atuação Especial de Enfrentamento à Violência Doméstica – GEVID – Núcleo Central, como palestrantes.

No mesmo dia, pela manhã, Maria Gabriela Pra-do Manssur, promotora de Justiça e Coordenadora do Núcleo de Violência Doméstica e Familiar de Ta-boão da Serra, pôs em prática o “Projeto Instruir: Explicando o Direito e a Lei Maria da Penha”, em evento que concentrou o público local no Auditório da Taboão Prev (Rua Mario La Torre, ao lado do Fó-rum de Taboão da Serra).

Valéria Scarance e Mário Sarrubbo

Público na sede da ESMP

Page 25: Revista Plural 52

23

palestras

Realizada na manhã do dia 23 de novembro, no 2° andar do prédio sede da ESMP, a palestra “Alienação Cautelar de Bens no Processo Penal” reuniu especialistas para sanar as dúvidas que o tema provoca. Participaram, como palestran-tes, Antonio Scarance Fernandes, procurador de Justiça aposentado, professor titular da FADUSP; Fábio Ramazzini Bechara, promotor de Justiça assessor da Procuradoria-Geral – Assessoria de Acompanhamento Legislativo e de Processo nos Tribunais Superiores, doutor em Direito Proces-sual Penal pela FADUSP; Luiz Antonio Bressane, coordenador da Secretaria de Assuntos Legisla-tivos do Ministério da Justiça; Roberto Ciciliati Troncon Filho, superintendente Regional da Po-lícia Federal em São Paulo, e Waldir Sebastião de Nuevo Campos Júnior, desembargador do Tribu-nal de Justiça do Estado de São Paulo, professor e chefe do Departamento de Direito Penal da Aca-demia da Policia Militar do Barro Branco. A coor-denação geral foi de Mário Luiz Sarrubbo, diretor da ESMP.

Alienação cautelar de bens Antonio Scarance Fernandes

Luís Antonio Bressane

Roberto CiciliatiI Troncon Filho

Waldir Sebastião de Nuevo Campos Jr.

Fábio Ramazzini Bechara

Page 26: Revista Plural 52

palestras

No Auditório da Sede Regional da Associação Paulista do Ministério Pú-blico em Bauru (Rua Silva Jardim, nº 2-17, 1º andar – Bauru/SP), a ESMP, através de seu 10º Núcleo Regional, promoveu a palestra “Lavagem de Di-nheiro”, na noite de 04 de outubro, das 19 às 21 horas. Arthur Pinto de Lemos Júnior, promotor de Justiça do GE-DEC/Capital, mestre Ciências Jurídico--Criminais pela Faculdade de Direito da Universidade de Coimbra, e Karen Louise Jeanette Kahn, procuradora da República do Ministério Público Federal – 3ª Região, mestre em Direito Penal pela State University of New York –EUA, foram os expositores. O evento atraiu membros do Ministério Público, magis-trados, servidores, defensores públi-cos, delegados, advogados, estudantes e o público em geral. A coordenação local foi de Fernando Masseli Helene e Rafael Abujamra, promotores de Justiça coordenado-res do 10º Núcleo Regional da ESMP – Bauru.

Em 19 de outubro, pela manhã, o mesmo Arthur Pinto de Lemos Júnior foi até São José do Rio Pre-to, desta vez tendo o juiz de Direito Gláucio Roberto Brittes de Araújo por companhia na mesa de exposi-tores. Ambos falaram sobre o tema no auditório da

Lavagem de Dinheiro emBauru e São José do Rio Preto

Sede regional da Associação Paulista do Ministério Público (Rua XV de Novembro, n. 2939 – 4º andar – sala 42 – São José do Rio Preto). Neste evento, a co-ordenação local ficou a cargo de Carlos Gilberto Me-nezello Romani e Ary Cesar Hernandez, promotores de Justiça coordenadores do 3º Núcleo Regional da ESMP – São José do Rio Preto.

Arthur Pinto de Lemos Jr. presente em Bauru e São José do Rio Preto

24

Page 27: Revista Plural 52

25

palestras

Na noite de 17 de outubro, quarta-feira, das 18h30 às 20h30, a Escola Superior do Ministério Público promoveu palestra sobre o tema “Reunião de Trabalho: Homicídio de Policial Militar contra Ci-vil – Questões Polêmicas para Debate”, no Auditó-rio ”Antonio Alvarenga Neto”, na Barra Funda (Av. Abraão Ribeiro, n. 313, Barra Funda, São Paulo). Os debates tiveram a coordenação de Pedro Falabella Tavares de Lima, 29º Procurador de Justiça do Pro-curadoria de Justiça Criminal do MPSP, e de Neu-dival Mascarenhas Filho, 11º Promotor de Justiça do I Tribunal do Júri (MPSP). O evento foi exclusivo para membros, estagiários e assistentes jurídicos do Ministério Público do Estado de São Paulo, além de magistrados.

Questões jurídicas sobre morte de civil por Polícia Militar são debatidas na Barra Funda

Evento exclusivo para o MP e a Magistratura

Neudival Mascarenhas Filho e Pedro Falabella Tavares de Lima

Page 28: Revista Plural 52

26

palestras

Realizada na sala “José Henrique Pierangeli” do prédio sede da Escola Superior do Ministério Pú-blico do Estado de São Paulo, na manhã do dia 12 de novembro (segunda-feira), a palestra “Regulari-zação Fundiária de Interesse Social e o Provimento 18/2012-CGJ/SP” teve como expositores Gustavo Henrique Brettas Marzagão, juiz assessor da Corre-gedoria Geral do Tribunal de Justiça de São Paulo; e Marcelo Martins Berthe, juiz titular da 1ª Vara de Registros Públicos de SP. O evento reuniu membros do Ministério Público, da magistratura, da defensoria pública, estagiários e funcionários dessas Institui-ções, advogados, procuradores do Estado e do Mu-nicípio e bacharéis em direito, e foi uma promoção conjunta entre a Escola Superior do Ministério Pú-blico (ESMP), o Centro de Apoio Operacional das pro-motorias de Justiça Cíveis e de Tutela Coletiva (CAO Cível) e da Corregedoria-geral da Justiça do Estado de São Paulo (CGJ/SP).

Regularização fundiária de interesse social

Gustavo Henrique Brettas MarzagãoMarcelo Marins Berthe

Mesa de abertura

Público

Page 29: Revista Plural 52

27

palestras

“O Sistema Jurídico em Israel e o Papel da Su-prema Corte em uma Sociedade Democrática” foi o tema que o juiz Salim Joubran, da Suprema Corte de Israel, desenvolveu para membros do Ministério Público, da magistratura, da defensoria pública, es-tagiários e funcionários dessas Instituições, advoga-dos e estudantes de direito, em evento que a Escola

Juiz da Suprema Corte de Israel ministra palestra na ESMP

Superior do Ministério Público de São Paulo e o Con-sulado Geral de Israel em São Paulo promoveram na manhã de 25 de outubro de 2012 (quinta-feira), das 9h30 às 12h30, no auditório “Júlio Fabbrini Mirabete” (localizado na Rua Treze de Maio, 1259, Bela Vista, São Paulo), na ESMP. A abertura foi do diretor e pro-curador de Justiça, Mário Luiz Sarrubbo.

Público

Salim Joubran

Page 30: Revista Plural 52

28

palestras

Confrontar a Lei Geral da Copa do Mundo com o Es-tatuto do Torcedor foi o objetivo do debate promovido na Escola Superior do Ministério Público de São Paulo na manhã de quarta-feira, 17 de outubro de 2012, no auditório Júlio Fabbrini Mirabete (Rua Treze de Maio, 1259, térreo, Bela Vista), após palestras com o tema “Violência no Futebol: Estatuto do Torcedor x Lei Geral da Copa”, que tiveram a participação de Paulo Sérgio de Castilho, promotor de Justiça licenciado, diretor do Departamento de Defesa dos Direitos do Torcedor da Secretaria Nacional de Futebol – Ministério do Esporte; Flávio Prado, jornalista da Rádio Jovem Pan AM e da TV Gazeta; Thales Cézar de Oliveira, promotor de Jus-tiça da Infância e da Juventude do Ministério Público do Estado de São Paulo; e Roberto Senise Lisboa, promo-tor de Justiça do Consumidor do Ministério Público do Estado de São Paulo. Também compuseram a mesa o desembargador Guilherme Gonçalves Strenger, repre-sentando o presidente do Tribunal de Justiça do Esta-do de São Paulo, Ivan Sartori; o diretor da ESMP Mário Luiz Sarrubbo, anfitrião dos convidados; e Eder do Lago Mendes Ferreira, coordenador do Centro de Apoio Ope-

lei Geral da Copa x Estatuto do Torcedor

racional das Promotorias de Justiça Criminais – CAO-Crim, um dos coordenadores do evento.

Primeiro a falar, Paulo Sérgio de Castilho, autor de propostas de alterações do Estatuto do Torcedor que viraram leis, apresentou um panorama da Lei Geral da Copa e defendeu veementemente a participação da po-lícia militar como responsável pela segurança duran-te os jogos: “Só essa polícia tem o know how (‘saber como’, em inglês) para fazer um bom trabalho, só ela sabe lidar com as grandes massas”, disse.

Flávio Prado abriu sua exposição escancarando o cetismo em relação à Copa do Mundo de 2014: “Preo-cupa-me demais a ausência de cidadania no futebol. Eu não seria sócio da Fifa. É um órgão inidôneo, corrupto, que não merece meu respeito. Eu não queria a Copa do Mundo de Futebol aqui, mas o Brasil se candidatou, se propôs a fazer o evento, virou sócio da Fifa, então temos que fazer bem feito. Minha visão não é otimista, mas penso que tudo aquilo que criarmos para a Copa, tem que ser mantido depois, de instalações a regras. Se vamos brincar que somos civilizados durante um mês, temos que ser civilizados no resto da vida. Então,

Mesa de abertura

Page 31: Revista Plural 52

29

palestras

se pode bebida alcóolica nos jogos da Copa, tem que po-der depois também; se não vai ter ingresso para as torci-das organizadas, não pode ter depois também”, defendeu. Para o jornalista, “Copa do Mundo é legal, mas passa rápi-do. O que interessa é o legado que ela deixará”, decretou, com a experiência de ter feito a cobertura de nove Copas do Mundo de Futebol em sua carreira.

Em sua palestra, o promotor Thales Cézar de Oliveira argumentou que o brasileiro considera a lei como solu-ção para tudo: “A lei ajuda, mas não é solução. As pessoas não cumprem regras porque não se sentem motivadas a isso. O Estado não cumpre regras e o cidadão sente-se à vontade para não cumprí-las também. Nós temos que dar o exemplo”, disse, declarando-se não só defensor da polí-cia militar como responsável pela segurança nos estádios como ainda favorável à transferência da responsabilidade da organização dos jogos para as entidades locais (como Federações), que conhecem os problemas pontuais.

Último a falar, Roberto Senise Lisboa lembrou que a Copa do Mundo é um evento particular, da Fifa, e que “não podemos interferir no que a Fifa vai fazer. Mas podemos, sim, tomar providências em relação ao problema estru-tural. Tratar do espólio da Copa do Mundo de Futebol é um problema grave, porém, mais grave ainda é a falta de política pública”.

“Estamos encravando um estádio no meio da popula-ção de São Paulo sem plano algum de política pública efe-tiva, que evite desperdício do dinheiro público. É preciso criar também um polo industrial na zona leste, que faça com que as pessoas queiram ficar por lá e não que usem o lugar apenas como dormitório”, disse, referindo-se à construção somente da Arena Corinthians, o “Itaquerão”.

O evento teve a presença de membros do Ministério Público, da Magistratura, da Defensoria Pública, estagiá-rios e funcionários, advogados, procuradores do Estado, representantes de entidades esportivas e das torcidades organizadas.

Eder do Lago Mendes Ferreira

Flávio Prado

Paulo Sérgio de Castilho

Roberto Senise Lisboa

Thales Cézar de Oliveira

Page 32: Revista Plural 52

30

seminários

A Escola Superior do Ministério Público e seu 7º Núcleo Regional, em apoio ao Conselho Municipal de Assistência Social, ao Conselho Municipal Anti-drogas e ao Conselho Municipal de Saúde de Fran-ca, promoveu o seminário “População em Situação de Rua e Políticas Públicas” no dia 22 de novembro, das 8 às 17 horas, no Senai de Franca (Avenida Pre-sidente Vargas, 2500 – Jardim Petráglia).

No evento, foi apresentado o trabalho no Muni-cípio de Franca, através das exposições “O Municí-pio de Franca e as atenções voltadas à população em situação de rua”, feita por Sirlene Barretto, co-ordenadora de Saúde Mental do Município; e Iara Flávia Guimarães, terapeuta ocupacional do Ser-viço de Acolhimento das Pessoas em Situação de Rua; e “A Realidade de Quem Vive em Situação de Rua – Vida Social e Relações com o Espaço Públi-co”, com Anderson Miranda Lopes, coordenador nacional do Movimento Nacional da População em Situação de Rua.

Franca discute trabalho feito paraa população em situação de rua

Na sequência, encerrando as atividades da ma-nhã, houve um debate com a articuladora Luciana Bolognini Ferreira Machado, representante da Se-cretaria Estadual de Desenvolvimento Social.

No período da tarde, mais três exposições e debates. A primeira, com o tema “A Experiência de Trabalho Desenvolvido no Município de Cam-pinas com a População em Situação de Rua” teve Leonardo Duart Bastos como expositor; a se-gunda, “A Contribuição da Defensoria Pública na Defesa e na Preservação dos Direitos Humanos em Situação de Rua”, foi feita por Carlos Weis, defensor público, coordenador do Núcleo de Di-reitos Humanos – DPESP; e a terceira, “A Partici-pação Efetiva do Ministério Público no que tange à Concretização de Políticas Públicas voltadas à População em Situação de Rua”, Maurício Antônio Ribeiro Lopes, promotor de Justiça do Ministério Público do Estado de São Paulo.

Page 33: Revista Plural 52

congressos

O Colégio de Diretores de Escolas do Ministério Público do Brasil (CDEMP) promoveu, nos dias 29 e 30 de novembro, no Rio de janeiro, seu primeiro con-gresso internacional, que teve como tema principal o “Sistema Prisional e Política Criminal – O Papel do Ministério Público”. O encontro reuniu cerca de 200 pessoas, entre autoridades, promotores e procura-dores de Justiça, servidores e agentes da área de se-gurança pública para debater o sistema carcerário no país e as experiências de cada Estado.

A abertura contou com palestras do diretor adjun-to da Divisão de Programas Penitenciários/Bureau of Prisions dos EUA, Blake R. Davis, e do professor titu-

Congresso Internacionaldo CDEMP discuteo sistema prisional

lar da Universidade de Valladolid na Espanha Ricardo Vartín, que apresentaram um panorama do sistema penitenciário americano e europeu, respectivamente.

Para o diretor do CDEMP, Mário Luiz Sarrubbo, procurador de Justiça que dirige a Escola Superior do Ministério Público de São Paulo, o debate sobre o tema é oportuno diante do incremento da criminali-dade e da precária situação em que se encontra o sis-tema.

Anfitrião do evento, o procurador-geral de Justiça do Estado do Rio de Janeiro, Cláudio Lopes, presidiu a mesa de abertura, que contou ainda com o secretário de Estado de Administração Penitenciária, Cesar Ru-

Abertura Segundo dia do congresso

31

Page 34: Revista Plural 52

32

congressos

bens de Carvalho, representando o Governador Sér-gio Cabral; o cônsul e diretor da seção de Imprensa, Educação e Cultura do Consulado dos EUA no Rio de Janeiro, Mark A. Pannell; o conselheiro do Conselho Nacional do Ministério Público (CNMP), Mário Luiz Bonsaglia; o subcoordenador do Núcleo do Sistema Penitenciário da Defensoria Pública Geral do Estado, Alexandre Inglez de Souza; a coordenadora do Cen-tro de Estudos Jurídicos do MPRJ (CEJUR), procu-radora de Justiça Maria Cristina Palhares dos Anjos Tellechea; a corregedora-geral do MPRJ, procura-dora de Justiça Maria Cristina Menezes de Azevedo; o presidente da Fundação Escola Superior do MPRJ (FEMPERJ), promotor de Justiça Leonardo Araújo Marques; a coordenadora do 8º Centro de Apoio Ope-racional (CAOp), Andrezza Cançado; e a subcoordena-dora do CEJUR, promotora de Justiça Patricia Pimen-tel de Oliveira Chambers Ramos.

O congresso prosseguiu na sexta-feira (30/11), com palestras e debates de representantes do MP de todo o país ligados à área de Execução Penal. Mode-rados pelo procurador de Justiça do Estado de Minas Gerais Tomaz de Aquino Resende e pelo diretor ad-junto da Divisão de Programas Penitenciários/Bureau Prisions, Blake Davis, participaram do primeiro painel Mário Luiz Sarrubbo, presidente do Colégio de Dire-tores de Escolas dos Ministérios Públicos do Brasil; a coordenadora do 8º Centro de Apoio Operacional

(8º CAOp), promotora de Justiça Andrezza Cançado; a promotora Luciana Gomes de Andrade, secretária geral da Procuradoria de Justiça do Espírito Santo; a procuradora Maria Tereza Uille Gomes, secretária de Justiça, Cidadania e Direitos Humanos do Estado do Paraná; e Ricardo Martin, professor titular da Univer-sidade Valladolid na Espanha.

Pela manhã, o primeiro palestrante, Joaquim José Miranda, promotor de Justiça de Minas Gerais, apre-sentou um panorama histórico sobre o sistema pri-sional no Brasil e no mundo, destacando as iniciativas recentes implantadas em seu Estado (investimentos em tecnologia e modernização da gestão através de parcerias público-privadas, criação de vagas e avalia-ções de desempenho).

As estatísticas do Paraná foram apresentadas pela procuradora Maria Tereza Uille Gomes, que defendeu a mudança de paradigma nas políticas de execução penal no País. O sistema prisional do Espírito Santo foi mostrado pela promotora Luciana Gomes, que rela-cionou os desafios enfrentados pelo Estado no que diz respeito ao tratamento da população carcerária.

“o debate sobre o tema é oportuno diante do incremento da

criminalidade e da precária situação em que se encontra o sistema.”

Mário Luiz Sarrubbo

Page 35: Revista Plural 52

33

Já Andrezza Cançado apresentou as razões que levaram à criação do 8º CAOp pelo MPRJ como a exis-tência de uma única Vara de Execução Penal. Lem-brou, ainda, recentes mudanças no sistema prisional do Rio, como o fechamento de carceragens.

Os palestrantes da parte da tarde dedicaram-se ao tema “Organizações criminosas e o problema da criminalidade no sistema prisional na visão social e política”. Entre os problemas destacados, o descaso com a qualidade de vida dos internos.

Outro assunto explorado foi o combate a organiza-ções criminosas. Apesar de muitos integrantes destes grupos estarem em presídios, a comunicação entre eles e o exterior não é totalmente interrompida. O promotor de Justiça do Ministério Público do Estado de São Paulo Lincoln Gakya relatou sua experiência no combate ao grupo criminoso conhecido como PCC. Segundo ele, atualmente cerca de seis mil integrantes da facção ocupam carceragens paulistas, exercendo domínio sobre 90% das 152 unidades prisionais, e o grande problema para os que combatem organiza-ções criminosas é monitorar as lideranças. “Não há como combater organizações criminosas sem ativida-des de inteligência criminal”, disse.

Em sua exposição, o diretor geral do Departamen-to Penitenciário do Estado do Paraná, promotor de Justiça Mauricio Kuehne, abordou a ausência de polí-ticas voltadas à recuperação do preso e do egresso, o

que, de acordo com ele, aumenta consideravelmen-te o índice de reincidência criminal.

Na sequência, o promotor de Justiça do Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Orga-nizado da Paraíba (GAECO) Octávio Celso Gondim Paulo Neto defendeu a humanização dos presídios e melhores condições para os internos.

Promotor de Justiça de Execução Penal do Rio Grande do Sul há 15 anos, Gilmar Bortolotto de-finiu o MP como o maior agente capaz de trans-formar a realidade do sistema prisional brasilei-ro. Falou sobre a experiência dentro do sistema e afirmou que o promotor tem que ouvir internos e agentes, pois são eles que têm informações sobre a situação das unidades.

A palestra do diretor-geral do Departamen-to Penitenciário Nacional (Depen), promotor de Justiça de São Paulo Augusto Eduardo de Souza Rossini, encerrou os debates, com a promessa de que as experiências relatadas durante o encontro serão levadas ao conhecimento do Ministério da Justiça.

“as experiências relatadas durante o encontro serão levadas ao

conhecimento do Ministério da Justiça.”

Augusto de Souza Rossini

Page 36: Revista Plural 52

34

congressos

Mudanças climáticas, resíduos sólidos, planeja-mento urbano, riscos e prejuízos ambientais e mo-bilidade urbana são alguns dos temas que foram de-batidos no 16º Congresso de Meio Ambiente e no 10º Congresso de Habitação e Urbanismo, realizados de 22 a 25 de novembro de 2012, no Grande Hotel São Pedro, em Águas de São Pedro, numa promoção da Procuradoria-Geral de Justiça, do Centro de Apoio Operacional Cível e de Tutela Coletiva (CAO-Cível) e da Escola Superior do Ministério Público (ESMP).

Os trabalhos foram abertos pelo procurador-geral de Justiça Márcio Fernando Elias Rosa, em solenida-de que contou com a presença do Secretário Estadual do Meio Ambiente, Bruno Covas. “Ninguém duvida do caráter transcendental do direito ambiental porque a tutela ambiental representa a própria tutela do direi-to à vida”, afirmou o procurador-geral. Márcio Elias Rosa discorreu sobre a necessidade de a economia conciliar a exploração do capital à preservação am-

Congresso de Meio Ambiente debate sustentabilidade

biental, com a utilização, por exemplo, de novas for-mas de energia, controle de emissões de poluentes e consumo responsável de recursos hídricos. Falou também sobre o papel do Ministério Público nesse contexto. “O MP não é poder do Estado, mas é poder da sociedade e, como tal, precisa atender a demanda que não é mais de gabinete, e sim de pacto social. O MP precisa ser resolutivo e proativo na tutela ambien-tal e na tutela urbanística”.

O secretário estadual do Meio Ambiente, Bruno Covas, destacou que o Ministério Público vem sendo “importante parceiro” da pasta na proteção ao meio ambiente. “Essa parceria ganha importância diante do contexto atual, que é preocupante diante das mudan-ças trazidas pelo novo Código Florestal e da atuação de forças contrárias a tudo o que foi conquistado nos últimos anos”.

Para o diretor da ESMP, procurador de Justiça Má-rio Luiz Sarrubbo, o grande desafio atual é conciliar

Mesa de abertura do congresso

Page 37: Revista Plural 52

35

o desenvolvimento urbano com o respeito ao meio ambiente e à qualidade de vida. Segundo Sarrubbo, é necessário buscar “a qualidade da educação e a quali-dade na gestão urbana, que deve ter como referências o ser humano e o meio ambiente, e não os interesses capitalistas das classes dominantes”. “Uma socieda-de constituída nesse ideal terá uma qualidade de vida maior sem comprometer o meio ambiente, já que se autopolicia, por meio da sua escala de valores, re-duzindo o crescimento populacional e aumentando a disponibilidade de recursos naturais para as gerações futuras”, disse.

Já a Coordenadora-Geral do CAO-Cível, procura-dora de Justiça Lídia Helena Ferreira da Costa Pas-sos, destacou que os temas em debate no evento refletiam “a percepção dos novos problemas que a realidade ascendente no cenário global impõe ao di-reito”. “A cidadania participativa exige satisfação das necessidades materiais e culturais das grandes maio-rias e também das minorias na sociedade globaliza-da e, por isso, as metas e finalidades dos órgãos de execução do MP estão comprometidas com deman-das que cobram a promoção capilar e universal não apenas dos direitos, mas dos benefícios materiais e culturais das conquistas sociais em matéria de saúde, educação, lazer, gestão do patrimônio público, probi-dade administrativa, transporte eficiente, segurança pública, habitação confortável, alimentação saudável, recursos ambientais preservados, tolerância e inclu-são social”, afirmou.

A abertura dos congressos teve palestra de Oswal-do Giacóia Júnior, professor livre-docente do Departa-mento de Filosofia-IFCH da Universidade Estadual de Campinas (Unicamp), que falou sobre meio ambiente natural e urbano sob uma visão filosófica. O pales-trante discorreu sobre ética da responsabilidade na civilização tecnológica, a partir do pensamento do fi-lósofo alemão Hans Jonas.

Mário Luiz Sarrubbo

Márcio Fernando Elias Rosa

Lídia Helena Ferreira da Costa Passos

O palestrante Oswaldo Giacóia Júnior

Bruno Covas

Page 38: Revista Plural 52

congressos

O Congresso home-nageou os procuradores de Justiça Antonio Au-gusto Mello de Camargo Ferraz, José Fernando da Silva Lopes e Nélson Nery Júnior, pela his-tórica contribuição na criação dos institutos do inquérito civil e da ação civil pública, que repre-sentaram um significa-tivo avanço no papel do Ministério Público na tutela dos interesses difusos e coletivos.

Durante a homenagem, o secretário do Conse-lho Superior do MP, procurador de Justiça Gianpao-lo Poggio Smanio, lembrou o trabalho dos três, ala-vancado a partir de palestra realizada em junho de 1980 pelo então promotor de Justiça José Fernando da Silva Lopes no Grupo de Estudos de Ourinhos, e na tese apresentada no XI Seminário Jurídico dos Grupos de Estudos, em dezembro de 1983, pelos promotores de Justiça Antonio Augusto Mello de Camargo Ferraz, Nélson Nery Júnior e Edis Milaré, destacando que essa atuação foi essencial para a nova formatação do Ministério Público no momento de redemocratização do País.

“Que essa homenagem possa representar o quanto lhes somos gratos e os admiramos”, afir-mou Smanio. “Que seja também a reafirmação da fé no nosso Ministério Público, na nossa capacida-de de realizar as transformações necessárias em

nossa instituição e em nossa sociedade, na reafirmação do que é ser promotor de Justi-ça”, completou.

Visivelmente emo-cionado, o procurador de Justiça aposentado José Fernando da Silva Lopes confessou que a homenagem o sen-sibilizou. Relembrou que seu trabalho nessa área “refletiu a angús-

tia funcional dos colegas e apontou um caminho novo” para a atuação do MP além da esfera crimi-nal. “É preciso encarar desafios e enfrentar dog-mas, porque somente assim a humanidade progri-de”, sentenciou.

Prestigiaram a solenidade de abertura do Con-gresso Rafael Issa Obeid, procurador do Estado, representando o procurador-geral do Estado; Vera Lúcia Rocha Souza Jucovsky, desembargadora do Tribunal Regional Federal da 3ª Região; o major Antonio Umildevar Dutra Júnior, representando o comandante da Polícia Ambiental; o promotor de Justiça José Eduardo Ismael Lutti, representante do Instituto O Direito Por Um Planeta Verde; o pro-motor de Justiça José Roberto Rochel de Oliveira, 1º vice-presidente da Associação Paulista do MP, representando o presidente da entidade; promoto-res e procuradores de Justiça; assistentes técni-cos do MP e operadores do direito.

Homenagens

Antonio Augusto Mello de Camargo Ferraz e José Fernando da Silva Lopes

36

Page 39: Revista Plural 52

37

“Palco democrático de estudos e discussões de ideias”, como definiu o procurador-geral de Justiça Márcio Fernando Elias Rosa, na abertura, a Escola Superior do Ministério Público do Estado de São Paulo sediou, desde a manhã do dia 12 (quarta-feira) até 14 de dezembro (sexta-feira), a Conferência Estadual do Ministério Público, destinada à construção democráti-ca do Plano Geral de Atuação da instituição para 2013.

Esta foi a última etapa do trabalho desenvolvido em 2012 a partir de levantamento dos principais pro-blemas de políticas sociais, feito através de consulta realizada pelo Núcleo de Políticas Públicas em reu-niões presenciais, em várias regiões do Estado, com a participação de promotores de Justiça, represen-

Plano Geral de Atuação em2013 é definido na ESMP

tantes da comunidade científica e da sociedade civil.Incluir a agenda da sociedade civil na atuação do

Ministério Público do Estado de São Paulo em 2013 foi o objetivo da conferência: “É a sociedade que mostra as reais necessidades dos indivíduos. O Estado existe para satisfazer estas necessidades”, afirmou o pro-curador-geral de Justiça em seu pronunciamento de abertura. “Não somos nós que determinaremos o que é melhor para a sociedade. É a própria comunidade que definirá sua agenda. O papel do promotor é ser o agente transformador desta necessidade em realida-de. Mais que cobrar, devemos ser resolutivos”, disse.

O promotor de Justiça Marcelo Pedroso Goulart, coordenador do Núcleo de Políticas Públicas, apre-

conferência

Ao centro, o procurador-geral de Justiça Márcio Fernando Elias Rosa faz a abertura do evento

Page 40: Revista Plural 52

38

sentou os dados colhidos em levantamento realizado pelo setor para a formulação das propostas do Plano Geral de Atuação em 2013. Foram realizados, desde o mês de maio deste ano, 68 encontros na Capital e no interior, com a participação de 562 pessoas, entre membros e técnicos do Ministério Público, integran-tes da sociedade civil e comunidade científica.

Durante as consultas, o Núcleo de Políticas Pú-blicas identificou temas definidos como prioritários em razão da recorrência das indicações em reuniões, entre os quais destacaram-se ‘Saúde Pública’, ‘Segu-rança Pública’ e ´Educação´, mencionados, respec-tivamente em 100%; 71% e 68,8% dos eventos com membros do Ministério Público. Foram apontados, ainda, os temas Infância e Juventude (52,9%); Parti-cipação e Controle Social (52,6%); Assistência Social, Meio Ambiente e Urbanismo (50%); Pessoa com Defi-ciência (40%); Patrimônio Público e Social (33%); Con-sumidor e Direitos Humanos (26,7%); Idoso (20%). Na sequência, foram apontadas urgências para os temas Educação (68,8%); Infância e Juventude (52,9%); Par-ticipação e Controle Social (52,6%); Assistência So-cial, Meio Ambiente e Urbanismo (50%); Pessoa com Deficiência (40%); Patrimônio Público e Social (33%); Consumidor e Direitos Humanos (26,7%); Idoso (20%).

“O nosso desafio é garantir o processo demo-crático de construção do Plano Geral de Atuação”,

conferência

afirmou Marcelo Goulart. “O objetivo é formular um plano fundamentado, consistente, legitimado e en-xuto, que seja efetivamente executado”.

“O nosso maior desejo é que os debates que ocorrem aqui se concretizem em ações efetivas”, disse a procuradora de Justiça Lídia Helena Fer-reira da Costa Passos, coordenadora do Centro de Apoio Operacional Cível (CAO-Cível) do MP.

Na apresentação dos temas de interesse dos membros da Instituição, o Procurador de Justiça, Tiago Cintra Zarif, representando o Conselho Su-perior do Ministério Público, reafirmou o foco na meritocracia, com o reconhecimento e promoção dos membros que cumpram com mais eficácia as metas definidas com mais eficácia.

Maria Sílvia, assessora da ESMP, recepciona os membros que participam da conferência, em nome do diretor Mário Luiz Sarrubbo

Encerramento da conferência Promotores e procuradores de Justiça, além de servidores, na solenidade de abertura da conferência

Page 41: Revista Plural 52

39

A Escola Superior do Ministério Público de São Paulo e o Centro de Apoio Operacional Cível e da Tutela Coletiva promoveram, na manhã de segunda--feira (10/12), no auditório “Júlio Fabbrini Mirabete” (Rua Treze de Maio, 1255, Bela Vista – São Paulo/SP), um debate sobre o papel do MP e do Conselho Tute-lar na área da Educação.

O evento contou com a presença de Susana Henriques da Costa, promotora de Justiça asses-sora da ESMP, representando o diretor Mário Luiz Sarrubbo; do promotor de Justiça Eduardo Ferrei-ra Valério, representando a coordenadora do CAO Cível e de Tutela Coletiva, Lídia Helena Ferreira da Costa Passos; e dos promotores de Justiça Renata Gonçalves de Oliveira, Luiz Antonio Miguel Ferrei-ra, João Paulo Faustinoni e Silva e Luciana Berga-mo Tchorbadjian. Representando os Conselhos de Defesa da Criança e do Adolescente de São Paulo

Debate sobre atuação do Conselho Tutelar e do MP na Educação

(Estadual e Municipal), participaram do debate Ese-quias Marcelino da Silva Filho e Solange Agda Cruz de Paula Pinto. Flávia de Almeida Dias, do Conselho Tutelar da Vila Mariana, representou a Comissão Permanente dos Conselhos Tutelares da Cidade de São Paulo – Educação.

Durante o evento, foi lançado o livro “Conselho Tutelar e Educação”, de autoria do promotor de Jus-tiça Luiz Antonio Miguel Ferreira. Os membros do MP que atuam na área da infância e juventude de todo o Estado receberão a obra pelo correio e o site do Ministério Público do Estado de São Paulo dispo-nibilizará o material para o público em geral.

Mais de 100 pessoas, entre membros, estagiá-rios e servidores do Ministério Público do Estado de São Paulo, além de conselheiros tutelares, estaduais e municipais de direitos da criança e do adolescente, participaram ainda do evento.

debate

Auditório lotado

Page 42: Revista Plural 52

40

O Ministério Público do Estado de São Paulo, por meio do Centro de Apoio Operacional das Promotorias de Justiça Cíveis e de Tutela Coletiva, promoveu, no dia 30 de novembro, a “Oficina de Trabalho Interins-titucional: Bases para a Proposição de um Plano de Expansão da Educação Infantil de Qualidade no Muni-cípio de São Paulo”.

O evento foi organizado em conjunto com a Escola Superior do Ministério Público (ESMP) e com a Esco-la Superior da Defensoria Pública do Estado de São Paulo e teve cerca de 50 participantes, entre mem-bros do MP, defensores públicos, advogados, edu-cadores, pesquisadores e representantes de redes e organizações da sociedade civil, que puderam debater as bases para o plano da educação infantil que será apresentado aos poderes Executivo, Legislativo e Ju-diciário visando assegurar prioridade na garantia dos direitos educacionais da população.

A mesa de abertura contou com a representante da ONG-Ação Educativa Ester Gammardella Rizzi; as promotoras de Justiça Renata Gonçalves de Oliveira e Susana Henriques da Costa; o defensor público Luiz Rascovski, e o advogado Rubens Naves.

Durante o encontro, foram ministradas quatro pa-

Em discussão, o Plano de expansãoda educação infantil em São Paulo

lestras sob a coordenação do desembargador Antonio Carlos Malheiros. A presidente da ONG Ação Educati-va, Maria Machado Malta campos, discorreu sobre “A democratização do acesso à educação infantil de quali-dade: desenvolvimento infantil, fundamentos políticos--pedagógicos e justiça social”, seguida pela palestra de Salomão Barros Ximenez, “Planos e políticas públicas de educação infantil no município de São Paulo: um ba-lanço da última década”.

O promotor de Justiça da Infância e da Juventude João Paulo Faustinoni e Silva, do Grupo de Atuação Es-pecial de Defesa da Educação (GEDUC), apresentou “A situação da educação infantil no Ministério Público”. O ciclo de palestras foi encerrado pela advogada Alessan-dra Gotti, que abordou o tema “Estratégias alternativas de litigância em direitos sociais”.

A oficina contou, ainda, com quatro grupos de traba-lho debatendo questões relacionadas à educação infan-til, com os temas “Acesso à educação infantil: demanda, ritmo e cenários de expansão na cidade”, “Qualidade da educação infantil: padrão básico de qualidade e indica-dores”, “Orçamento para a educação infantil: projeção de despesas e garantia de recursos” e “Possibilidades de colaboração interfederativa”.

oficina

Ester Gammardella Rizzi, Renata Gonçalves de Oliveira, Susana Henriques da Costa, Luiz Rascovski e Rubens Naves

Page 43: Revista Plural 52

41

Realizado na manhã de 29 de novembro de 2012 (quinta-feira), na sala 202 do 2° andar da ESMP, e voltado para mediadores voluntários que atuam em Fóruns, Centros de Justiça e Cidadania – CEJUSC’s e alunos dos Cursos de Formação, Conciliação e

Arbitragem, o workshop “Mediadores Voluntá-rios conversam com o Judiciário” reuniu autorida-des de diversas áreas de atuação, que têm a media-ção de conflitos como ponto em comum.

Sandra Assali, advogada e mediadora, foi a pre-sidente da mesa durante as exposições de Ricardo Pereira Júnior, Juiz Titular da 12ª Vara da Família e Sucessões da Comarca de São Paulo, que tratou do tema “Conciliação, Mediação e Negociação: pa-râmetros de Mediação”; seguido pelas expositoras Silvana Cappanari, psicóloga, terapeuta individual de casal e família, mediadora e consultora; Ana Lú-cia Catão, mestre em Psicologia Social, mediadora, pesquisadora e advogada; e Lúcia Fialho Cronem-berger, assistente social, socióloga e mediadora, que falaram sobre suas experiências de mediação no Judiciário, propondo desafios e reflexões.

Mediadores voluntários conversam com Judiciário

Após as exposições, foram formados grupos de discussão, sob a coordenação dos psicólogos So-lange Aparecida Emílio, Rose Pompeu de Toledo e Amaury Ruffato, e do publicitário, coordenador de grupos, Márcio Svartman. A coordenação do evento ficou a cargo da psicóloga e mediadora de conflitos Marilda Goldfeder.

workshop

Público do workshop

Mesa de expositores

Page 44: Revista Plural 52

42

Mais dois painéis (dois dos quatro previs-tos) de atualização de estagiários foram rea-lizados no auditório “Júlio Fabbrini Mirabete”, na ESMP, nos meses de outubro e novembro de 2012. No terceiro do ciclo, com o tema “Atualidades o Código de Defesa do Consu-midor”, no dia 19 de outubro, o expositor foi Marcelo Sciorilli, promotor de Justiça, doutor em Direito pela PUC-SP; no quarto e último painel do ano, no dia 23 de novembro, o tema “Execuções Criminais” foi desenvolvido por Pedro de Jesus Juliotti, promotor de Justi-ça, mestre em Direito Processual pela USP.

Termina o ciclo de painéis deatualização para estagiários

estagiários

Estagiários no quarto e último painel do ano

O assessor Everton Zanella apresenta o professor do terceiro painel de estagiários, Marcelo Sciorilli

Page 45: Revista Plural 52

43

Dias 25 e 26 de outubro, no Fórum de Sorocaba – sala 200 – 2º andar – Bloco A (Rua Vinte e Oito de Outubro, 691 – Jardim do Passo – Sorocaba), foi ofe-recido o Curso de Adaptação aos estagiários do Mi-nistério Público do Estado de São Paulo aprovados no 17.º Concurso de Credenciamento, empossados nos dias 29 de junho a 02 de julho e em 14 de setembro.

No dia 25, a partir das 13h30, a exposição: Organi-zação, Estrutura e Regime Jurídico do Ministério Pú-blico foi de Carlos Alberto Scaranci Fernandes, 11º Promotor de Justiça de Sorocaba; Promotorias de Justiça de Interesses Difusos teve Jorge Alberto de Oliveira Marum, 4º Promotor de Justiça de Soroca-ba, como expositor; Promotoria de Justiça Cível, Fa-mília e Sucessões, Arnaldo Marinho Martins Júnior, 10º Promotor de Justiça de Sorocaba; e Promotorias de Justiça da Infância e Juventude, Renato Monteiro, 14º Promotor de Justiça de Sorocaba.

Adaptação para estagiáriosda região de Sorocaba

No dia 26, também no período da tarde, a pri-meira exposição foi sobre Promotoria de Justiça do JECRIM e Violência Doméstica, feita por Fabia-na Dal’Mas Rocha Paes, 3º Promotor de Justiça de Votorantim; seguida por Sidney César Ribeiro Sydow, 6º Promotor de Justiça de Sorocaba, com o tema Promotoria de Justiça de Execuções Cri-minais. Gustavo dos Reis Gazzola, 2º Promotor de Justiça de Sorocaba, falou sobre Promotoria de Justiça do Tribunal do Júri; e, de novo presente, Carlos Alberto Scaranci Fernandes encerrou com o tema Promotoria de Justiça Criminal.

A coordenação geral do curso foi de Mário Luiz Sarrubbo, diretor da ESMP; tendo Carlos Alberto Scaranci Fernandes, José Júlio Lozano Junior e Gustavo dos Reis Gazolla, promotores coordena-dores do 4º Núcleo Regional da ESMP – Sorocaba, na coordenação local.

estagiários

Mesa dos debatedores

Page 46: Revista Plural 52

44

artigo

Ao Ministério Público foi confiada a promoção do inquérito civil e da ação civil pública para proteção do patrimônio público, compreendendo a tutela da mo-ralidade administrativa e a repressão à improbidade administrativa (Constituição Federal, art. 129, III; Lei n. 8.625/93, art. 25, IV; Lei n. 8.429/92, art. 17).

Um dos mais potentes mecanismos de execu-ção dessa diretriz se encontra na aplicação da Lei n. 8.429/92, denominada “Lei da Improbidade Adminis-trativa”, que descende do § 4º do art. 37 da Constitui-ção de 1988 e do princípio da moralidade do caput do mesmo artigo.

Agentes públicos e particulares beneficiários ou partícipes responsáveis pela violação ao dever de probidade estão sujeitos a graves sanções de natu-reza civil, sem prejuízo das administrativas, penais e político-administrativas, como perda de bens ou da função pública, suspensão temporária dos direitos políticos, multa civil, ressarcimento do dano, proibi-

Improbidade administrativa e transação

nilo Spinola Salgado Filho

22º Procurador de Justiça deInteresses Difusos e ColetivosMestre em Direito das Relações Sociais (PUC)Mestre em Direito do Estado (USP)

Wallace Paiva Martins Junior4º Promotor de Justiça doPatrimônio Público e SocialDoutor em Direito do Estado (USP)

ção temporária de contratação com o poder público ou de recebimento de benefícios ou incentivos fiscais ou creditícios (art. 12, Lei n. 8.429/92), em razão da práti-ca de atos catalogados como enriquecimento ilícito no exercício de função pública (art. 9º), prejuízo ao erário (art. 10) e atentado contra os princípios da administra-ção pública (art. 11).

Improbidade significa desonestidade. É uma imo-ralidade administrativa qualificada. Configura o grave desvio ético no exercício de função pública ou no esta-belecimento de relações com o poder público. É certo que nem toda ilegalidade ou irregularidade caracte-riza improbidade senão aquela cuja patologia revele sintomas de desvio de poder e, enfim, de inabilitação moral do agente.

É preciso também ressaltar que não só a conduta marcada pela desonestidade fere a moralidade ad-ministrativa, mas também a falta de apreço com as regras de conduta tiradas da disciplina interior da

Page 47: Revista Plural 52

45

Administração, ainda que a pre-texto de se realizar uma “boa ad-ministração”, pois a instituciona-lização da moral teve como base o abuso do direito.

É também imoral, na justa li-ção do eminente Ministro José Augusto Delgado1, não apenas o ato administrativo que desrespei-ta o conjunto de solenidades indispensáveis à sua ex-teriorização, senão também quando foge à conveniên-cia e à oportunidade de natureza pública, abusa no seu proceder e fere direitos subjetivos públicos e privados, ou a conduta é marcada por malícia ou imprudência.

A lei pode ser cumprida moralmente ou imo-ralmente, afirma José Afonso da Silva, o que impõe à Administração Pública o dever de agir segundo os preceitos da ética, da boa-fé e da imparcialidade. Não deve apenas atender formalmente as regras concer-nentes aos aspectos formais, mas conduzir-se obje-tivamente de modo que exista uma correlação lógica entre o objeto e os seus motivos.

Antonio José Brandão assevera que “a atividade dos administradores, além de traduzir a vontade de obter o máximo de eficiência administrativa, terá ain-da de corresponder à vontade constante de viver ho-nestamente, de não prejudicar outrem e de dar a cada um o que lhe pertence - princípios de direito natural já lapidarmente formulados pelos jurisconsultos roma-nos. À luz dessas idéias, tanto infringe a moralidade administrativa o administrador que, para atuar, foi de-terminado por fins imorais ou desonestos como aque-le que desprezou a ordem institucional e, embora mo-vido por zelo profissional, invade a esfera reservada a outras funções, ou procura obter mera vantagem para

o patrimônio confiado à sua guarda. Em ambos os casos, os seus atos são infiéis à idéia que tinha de servir, pois violam o equilíbrio que deve existir en-tre todas as funções, ou, embo-ra mantendo ou aumentando o patrimônio gerido, desviam-no do fim institucional, que é o de

concorrer para a criação do bem comum” 2.Para além, a condenação judicial por improbidade

administrativa tem outro efeito importante: a inelegi-bilidade em razão da imposição da suspensão (tempo-rária) de direitos políticos em decisão transitada em julgado ou proferida por órgão judicial colegiado, por ato doloso de improbidade administrativa que importe lesão ao patrimônio público e enriquecimento ilícito, desde a condenação ou o trânsito em julgado até o transcurso do prazo de 08 (oito) anos após o cumpri-mento da pena (art. 1º, I, l, Lei Complementar n. 64/90 na redação dada pela Lei Complementar n.135/10, co-nhecida como “Lei Ficha Limpa”).

A Lei da Improbidade Administrativa não transige com a indisponibilidade do interesse público consis-tente na repressão de atos ímprobos. Bem por isso estampa no § 1º do art. 17 que “é vedada a transa-ção, acordo ou conciliação nas ações de que trata o caput”. A regra é a indisponibilidade do interesse e a obrigatoriedade da ação.

Em outras palavras, os legitimados ativos (Minis-tério Público e pessoa jurídica interessada) não estão habilitados a celebrar composição em face de ato de improbidade administrativa como também os magis-trados não podem homologar atos do mesmo jaez. A lei expressamente proíbe. E a razão disso se encon-

Improbidade significa desonestidade. É uma imoralidade

administrativa qualificada.

1 O Princípio da Moralidade Administrativa e a Constitui-ção Federal de 1988, RT 680/35.

2 Apud Wolgran Junqueira Ferreira, Enriquecimento Ilíci-to dos Servidores Públicos no Exercício da Função. São Paulo: Edipro, 1994, p. 30-31.

Page 48: Revista Plural 52

46

artigo

tra no § 4º do art.37 da Carta Magna que determina a punição dos atos de improbidade administrativa.

Di-lo a Constituição de maneira impositiva: “Os atos de improbidade administrativa importarão...”. Trata-se dos princípios da obrigatoriedade e da in-disponibilidade do exercício do direito de ação.

Corolário é que o legitimado ativo ao promover a respectiva ação (civil pública) não pode escolher (por-que lhe é indisponível) dentre as sanções legais do art. 12 da Lei n. 8.429/92 aquela que entenda mais acertada, razoável ou proporcional à espécie. A apli-cação cumulativa ou isolada de suas sanções é reservada exclu-sivamente ao magistrado, como se infere do art. 12, caput, da Lei n. 8.429/92 na redação dada pela Lei n. 12.120/09. Portanto, não pertence ao Parquet o juízo de razoabilidade ou proporcionali-dade das sanções da improbida-de administrativa no aforamento da ação civil pública.

Se no pedido da petição ini-cial o Ministério Público abdicar de uma ou mais sanções legal-mente previstas, nesse ponto estará implicitamente arquivando o inquérito civil ou as peças de informa-ções a impor o reexame necessário do Conselho Su-perior ou da Câmara de Coordenação ou Revisão que há de rejeitá-lo, posto que contra legem, e determinar a emenda da petição inicial à luz do art. 17, § 1º, da Lei n. 8.429/92, pois, se não pode haver transação, acor-do ou conciliação judicial ou extrajudicial, a fortiori é vedada a renúncia ou disposição de uma ou demais sanções legais ainda que por transação, acordo etc. prévios ou não.

Embora o compromisso de ajustamento de con-duta seja um relevante mecanismo de composição na

modalidade submissão visando à solução negociada para o cumprimento de uma obrigação legal ou con-tratual, à disposição do Ministério Público e dos ór-gãos públicos legitimados (art. 5º, § 6º, Lei n. 7.347/85 – Lei da Ação Civil Pública) na tutela de interesses transindividuais, ele é impróprio e inadequado para a repressão da improbidade administrativa, não obs-tante ela seja espécie de interesse difuso e como tal indisponível.

O veto vem exatamente do art. 17, § 1º, da Lei n. 8.429/92, que prevalece sobre o art. 5º, § 6º, da Lei n.

7.347/85, em razão dos critérios da cronologia e da especialida-de, não bastasse a indisponibi-lidade do interesse público que interdita a renúncia total ou par-cial do direito de ação que, neste caso, é gizado pelos princípios de obrigatoriedade e indisponi-bilidade.

Com efeito, se o membro do Parquet vislumbra diante do caso concreto a oportunidade de transação, acordo, composição ou compromisso de ajustamen-

to de conduta ou de dedução exclusiva de pedidos de anulação de atos com ou sem ressarcimento de dano, é porque não se trata de improbidade administrati-va, mas, simples ilegalidade ou mera irregularidade, ou, quando muito, de improbidade administrativa cujas sanções, à exceção do ressarcimento do dano (que não é tecnicamente sanção, mas, dever), estão fulminadas pela prescrição (art. 37, § 5º, Constituição Federal; art. 23, Lei n. 8.429/92).

Em verdade, a ordem dos fatores é inversa: não verificando o membro do Ministério Público improbi-dade administrativa, mas, tão somente, simples ile-galidade ou mera irregularidade desprovidas dessa

A Lei da Improbidade Administrativa não

transige com a indisponibilidade do

interesse público consistente na

repressão de atos ímprobos.

Page 49: Revista Plural 52

47

adjetivação (ou, ainda, se ocorrida a prescrição das sanções da improbidade à exceção do imprescritível ressarcimento do dano), poderá celebrar compromis-so de ajustamento de conduta para prestação de ativi-dade devida, cessação de atividade nociva ou repara-ção de dano ou ajuizar a competente ação civil pública para o alcance desses escopos.

Contudo, se ocorrida improbidade administrativa não pode o membro do

Ministério Público: (a) celebrar qualquer tipo de composição para imposição do ressarcimento do dano acompanhada ou não de uma ou mais sanções da Lei n.8.429/92; (b) ajuizar ação civil pública para imposição do res-sarcimento do dano acompa-nhada ou não de uma ou mais sanções da Lei n. 8.429/92; (c) recusar o aditamento de petição inicial por ele movida ou por ou-tro colegitimado com identidade de propósitos; (d) promover o arquivamento do inquérito civil em razão do ressarcimento do dano, cessação da atividade no-civa, anulação do ato etc.

Vale dizer, o membro do Ministério Público não pode dispor do interesse que lhe confiado. Ao fazê--lo, o caso é de arquivamento implícito se promovida a ação civil pública ou de recusa de promoção de arqui-vamento se celebrado compromisso de ajustamento de conduta.

Destarte, se o membro do Ministério Público en-tender que não houve improbidade administrativa: (a) poderá ajuizar ação civil pública para prestação de atividade devida, cessação de atividade nociva ou re-paração de dano (e também anulação ou declaração de nulidade ou ineficácia de atos) sem requerer em

juízo qualquer das sanções previstas no art. 12 da lei n. 8.429/92 (à exceção do ressarcimento do dano); (b) celebrar compromisso de ajustamento de conduta (para os mesmos fins acima expostos), promovendo o arquivamento do inquérito civil; (c) promover o arqui-vamento do inquérito civil (se o dano já foi ressarcido ou a conduta já foi tomada, v.g.).

Na primeira hipótese, todavia, o Juiz de Direito po-derá suscitar arquivamento implícito a ser resolvido pelo Conselho Superior ou Câmara de Coordenação e Revisão. Frise-se que a legitimidade do Ministério

Público nessa hipótese decorre além do art. 129, III, da Constitui-ção Federal, e do art. 25, IV, da Lei n. 8.625/93, do art. 5º da lei n. 8.429/92.

Nas demais, sua convicção de mérito estará sujeita automa-ticamente ao reexame necessá-rio desses órgãos revisores do Ministério Público dos Estados e da União, respectivamente, sendo importante ponderar que nem eles poderão agregar se convencidos do acerto da de-

cisão (inclusive em face do arquivamento implícito) qualquer uma das sanções previstas no art. 12 da lei n. 8.429/92, pois, nesse caso, então, foi descartada a ocorrência de mera ilegalidade ou irregularidade e reconhecida improbidade administrativa. Ou seja, de-vem rejeitar o arquivamento se entenderem que, no caso concreto, ocorreu improbidade.

O Superior Tribunal de Justiça tem reiteradamen-te afirmado que não basta para os fins da repressão à improbidade administrativa a condenação do agente ao ressarcimento do dano, determinando a adição de uma ou mais sanções típicas da Lei n.8.429/92. A Cor-te considera que o ressarcimento do dano é conse-

Além de agravos eventuais à

impessoalidade sob o vértice da igualdade,

poderá haver comprometimento

da incidência da “Lei Ficha Limpa”...

Page 50: Revista Plural 52

48

artigo

quência e não sanção e decreta a insubsistência de decisão res-trita ao ressarcimento do dano em face do reconhecimento da improbidade administrativa, v.g.:

“ADMINISTRATIVO. IMPRO-BIDADE. ILÍCITO INCONTRO-VERSO. RESSARCIMENTO AO ERÁRIO ANTES DA CONDE-NAÇÃO. AFASTAMENTO DA PUNIÇÃO. INVIABILI-DADE. IMPOSSIBILIDADE DE ANISTIA OU PERDÃO JUDICIAL NA APLICAÇÃO DA LEI DA IMPROBIDADE ADMINISTRATIVA. APLICAÇÃO DA PENA DE SUS-PENSÃO DE DIREITOS POLÍTICOS. DOSIMETRIA MÍNIMA.

1. Hipótese em que o Tribunal de origem aferiu a inequívoca existência de atos de improbidade (simu-lação de despesa pública e subtração do pagamento correspondente). No entanto, tendo em vista que os agentes reconheceram aprocedência da ação e res-sarciram o Erário, a Corte local afastou a punição.

2. O ressarcimento, embora deva ser considerado na dosimetria da pena, não implica anistia do ato de improbidade. Pelo contrário, é um dever do agente que, se não o fizesse por espontânea vontade, seria impelido pela sentença condenatória, nos termos do art. 12 da Lei 8.429⁄1992.

3. A Lei de Improbidade não teria eficácia se as penalidades mínimas impostas fossem passíveis de exclusão por conta do ressarcimento. Entender dessa forma significa admitir que o agente ímpro-bo nunca será punido se ressarcir o Erário antes da condenação. Isso corresponderia à criação juris-prudencial de hipótese de anistia ou perdão judicial ao arrepio da lei.

4. O reconhecimento ju-dicial da configuração do ato de improbidade (fato incon-troverso segundo o acórdão recorrido) leva, necessaria-mente, à imposição de sanção, entre aquelas previstas na Lei 8.429⁄1992, ainda que minora-da no caso de ressarcimento.

5. Aplicação da pena de suspensão de direitos políticos dos agentes ímprobos, quantificada no mí-nimo legal, consideradas as atenuantes (reconhe-cimento judicial do ilícito por parte dos acusados e ressarcimento).

6. Recurso Especial provido”3.

Não é ocioso obtemperar que a renúncia total ou parcial à pretensão das sanções da improbidade administrativa apresenta sérios inconvenientes ao Ministério Público e, enfim, à sociedade a que deve servir. Essa renúncia se manifesta quando o Parquet abdica de requerê-las cumulativamente ou celebra qualquer tipo de composição que implique idêntico resultado prático, pois, tertium non datur: ou é impro-bidade administrativa ou não é!

Além de agravos eventuais à impessoalidade sob o vértice da igualdade, poderá haver comprome-timento da incidência da “lei Ficha limpa” e uma abertura de espaço à celebração de compromisso de ajustamento de conduta por colegitimado para, por exemplo, tomada de obrigação de ressarcimento do dano, multa civil ou outra sanção “mais leve” que não dê azo à inelegibilidade.

3 STJ, REsp 1.009.204-MG, 2ª Turma, Rel. Min. Herman Benjamin, 01-12-2009, v.u.

“A lei pode ser cumprida

moralmente ou imoralmente”

José Afonso da Silva

Page 51: Revista Plural 52

49

O transporte e a pessoa com deficiência

Observam-se, com especial atenção, as ações estabelecidas pela Agência

nacional de Aviação Civil (AnAC) e da Agência nacional de Transportes

Terrestres (AnTT) em relação à pessoa com deficiência. A AnAC colocou

para consulta pública a proposta de revisão da resolução n. 09, de

05/06/2007, que dispõe sobre o acesso ao transporte aéreo de passageiros

com necessidade de assistência especial. Já, a AnTT editou a resolução

n. 3871, de 01/08/2012, que constitui procedimentos a serem observados

pelas empresas transportadoras para assegurar condições de

acessibilidade às pessoas com deficiência ou com mobilidade reduzida

na utilização dos serviços de transporte rodoviário interestadual e

internacional de passageiros. Enquanto uma está em fase de consulta

(AnAC), a outra, entrará em vigor no prazo de 30 dias, ou seja, em

01/09/2012 (AnTT).

artigo

luiz Antônio Miguel Ferreira

Promotor de Justiça da Pessoa com Deficiência de Presidente Prudente (SP)Mestre em Educação

lauro luiz Gomes ribeiroPromotor de Justiça na área da Pessoa com Deficiência Especialista em Direitos Difusos e Coletivos pela Escola Superior do Ministério Público Mestre e Doutor em Direito pela PUC/SP

Page 52: Revista Plural 52

50

artigo

Tais regras, por importar em resoluções, devem obser-var o que estabelece a legis-lação a respeito, com especial atenção para à Constituição Federal, de 1988, e o Decreto nº 6.949, de 25/08/2009, que promulga a Convenção Inter-nacional sobre os Direitos das Pessoas com Deficiência e lhe atribui o status constitucional. Devem ter como parâmetros básicos os princípios da igual-dade e da dignidade da pessoa humana (evitando qualquer diferenciação, exclusão ou restrição baseada na deficiên-cia), bem como da garantia de acessibilidade que se traduz na utilização, com segurança e autonomia, dos serviços de transportes, o que implica no sagrado direito de ir e vir.

Verifica-se, que apesar da relevância das ações das agências reguladoras para atender a tais parâmetros, as normas vêm com certo atraso e, ao que parece, para dar uma satisfação legal para eventos internacionais que serão sediados no país, pois se o objetivo maior fosse a pessoa com deficiência, há muito tempo, tais regras de-veriam ter sido editadas. No entanto, esta ques-tão não seria de maior relevância, se a norma já editada pela ANTT e que entrará em vigor em 01 de setembro, não contrariasse o que estabelece a legislação básica, principalmente no que diz res-peito aos prazos para o cumprimento da Lei. Com efeito. Como resolução, deve a mesma seguir o que foi fixado em lei, não podendo alterar prazos

Há necessidade de buscar-se a

sua efetividade de maneira rápida e urgente, a fim de

evitar maior ofensa à dignidade das pessoas

com deficiência e saldar uma dívida

social que se arrasta há séculos.

já estabelecidos. Ora, a aces-sibilidade deve ser garantida de imediato, mas a norma es-tabelece uma regra de tran-sição para o transporte em regime de fretamento (§ 2º do artigo 18 – até 02 de de-zembro de 2014) e se socorre de normas do INMETRO, que também fixa regras com pra-zos.

Acessibilidade é algo que vem com muito atraso, não somente no ramo de trans-porte, como nos demais. Há necessidade de buscar-se a sua efetividade de maneira rápida e urgente, a fim de evi-tar maior ofensa à dignidade das pessoas com deficiência e saldar uma dívida social que se arrasta há séculos. De

nada adianta estabelecer a reserva de ingressos e vagas às pessoas com deficiência nos estádios (Decreto n. 7783/2012), se as mesmas não conse-guem chegar até aos respectivos espaços. Inclu-são é algo complexo que envolve um verdadeiro sistema de garantia de direitos. Saúde, trabalho, educação, esporte e lazer são direitos comumente negados a esse segmento populacional, por abso-luta falta de acesso ao transporte adequado. Mui-tas vezes, um direito depende do outro, de manei-ra que em relação ao transporte, deve o mesmo integrar definitivamente esse sistema inclusivo para possibilitar o pleno exercício da cidadania da pessoa com deficiência. Caso se estabeleça mais prazos e mais regras (não muito claras) a respei-to do transporte, ficará muito difícil de atender ao que estabelece a nossa Constituição.

Page 53: Revista Plural 52

51

reclamação ConstitucionalAutor: ricardo de Barros leonel Páginas: 338 Editora: revista dos Tribunais

A obra procura contextualizar adequadamen-te a reclamação constitucional na jurisdição brasileira contemporânea, destacando sua função bivalente: de um lado como mecanis-

mo de fortalecimento e desenvolvimento do papel reservado ao STJ e ao STF no contexto da ordem constitucional vigente; de outro lado, evidenciando seu caráter de instituto processual constitucional, portanto fundamental, destinado a assegurar a prestação jurisdicional lastreada pela segurança jurídica, iso-nomia, previsibilidade e confiabilidade.

O autor: Mestre, doutor e livre docente em Direito Processual Civil pela Faculdade de Direito da Universidade de São Paulo (USP), Ricardo de Barros Leonel é professor junto ao Departamento de Direito Processual dessa mesma entidade de ensino. É, ainda, promotor de Justiça do Ministério Público do Estado de São Paulo.

Mediação no Judiciário – Desafios e reflexões sobre uma experiênciaAutores: Ada Pellegrini Grinover e Kazuo WatanabeOrganizadores: Ana lúcia Catão,lúcia Fialho Cronemberger e Silvana Cappanari Páginas: Editora: Forense

Um trabalho inédito na busca de formas novas para lidarmos com os conflitos inerentes aos relacionamentos familiares. O li-vro conta, numa linguagem informal, os passos da implantação do Setor de Mediação nas Varas de Família de Santo Amaro, na perspectiva das mediadoras responsáveis, com considerações práticas e teórico-reflexivas, além de agregar capítulos de auto-res convidados, juíza coordenadora do Setor e funcionários de di-ferentes setores do Fórum (agente de fiscalização, supervisor ad-ministrativo e equipe técnica), que nos contam suas experiências de trabalho no contexto forense e explicitam a necessidade de uma sistemática de conversas entre e intrasetores. Um livro que metacomunica o desenvolvimento de um trabalho colaborativo.

O autores: Ana Lúcia Catão, Lúcia Fialho Cronemberger, Silvana Cappanari, Camila Samo Falanghe, Carla Zamith Boin Aguiar, Lídia Maria Andrade Conceição, Paulo César Vasconcelos, Marcelo Costa de Souza, Andreia Lucila Mosken, Betisa Malaman, Edna Maria Firmo Abrahão, Lilian Meire Ferreira Bastos, Maria Emília Machado Toigo, Márcia Rita Pauli, Patrícia Andrade de Araújo Harabari e Rosângela Fátima Fernandes Pereira.da comissão organizada pela Procuradoria Geral de Justiça para propor alterações no Projeto de Código Civil.

Estatuto do EstrangeiroAutor: Yussef Said Cahali Páginas: 516 Editora: revista dos Tribunais

O Estatuto do Estrangeiro, editado com a Lei 6.815, de 1980, preocupou-se inicialmente em recompilar a esparsa legislação vigente a respeito. Passados 30 anos de vigência, o referido diploma legal sofreu diversas modificações legislativas de simples acomodação, sendo relevantes as modificações in-troduzidas no plano constitucional envolvendo principalmente a disciplina da nacionalidade originária e da naturalização, e am-pliando o leque de atividades que seriam permitidas aos estran-geiros. Reformulada, a presente edição encontra-se atualizada com essas modificações, particularmente as trazidas pela Lei 11.961/2009, que dispõe sobre a residência provisória para o estrangeiro em situação irregular no território nacional .

O autor: Yussef Said Cahali foi professor titular de Direito Civil na faculdade de Direito da Universidade de São Paulo (USP). Desembargador aposentado e ex-presidente do Tribunal de Justiça do Estado de São Paulo, tem inúmeros trabalhos publi-cados em revistas especializadas, particularmente na Revista dos Tribunais.

O Moderno Processo CivilAutor: neil Andrews Orientação e revisão da tradução: Teresa Arruda Alvim Wambier Páginas: 578 Editora: revista dos Tribunais

O autor deste livro fornece uma visão lúcida, clara e completa das formas de resolução de conflitos na Inglaterra por: a) processo tra-dicional, que se desenvolve perante o Poder Judiciário; b) me-diação e; c) arbitragem. Nessa 2ª edição são abordados temas fascinantes como as formas de restrição de recursos, a criação da Suprema Corte do Reino Unido e a expansão da justiça ele-trônica. Trata-se, ainda, com esmero, dos expedientes proces-suais para a proteção da privacidade. Outro tema relevante é a interação do Direito inglês com o Direito europeu continental.

Os autor: Neil Andrews é professor da Universidade de Cambridge. Teresa Arruda Alvim Wambier é livre-docente, doutora e mestre em Direito pela PUC/SP, professora nos cursos de graduação, es-pecialização, mestrado e doutorado da mesma instituição. É, ainda, professora no curso de mestrado da Universidade Paranaense - Unipar, presidente do Instituto Brasileiro de Direito Processual – IBDP e advogada.

livros

Page 54: Revista Plural 52

52

Crimes Eleitorais e Processo Penal EleitoralAutor: luiz Carlos dos Santos Gonçalves Páginas: 208 Editora: Atlas

Atualmente, com a Lei da Ficha Limpa, muitos dos crimes eleitorais geram inelegibilidade

para aqueles que forem condenados por órgãos colegiados, mesmo sem trânsito em julgado, reforçando a necessidade de seu conheci-mento. Este livro se propõe a estudar todos esses crimes eleitorais, apontando sua qualificação, as normas eleitorais a que servem de reforço e suas hipóteses de aplicação. Indica que muitos dos crimes do Código Eleitoral, Lei n° 4.737, de 1965, não foram recebidos pela Constituição Federal de 88 e que outros sequer chegam aos tribu-nais, posto serem de mui escassa gravidade. A obra analisa os tipos penais da Lei das Eleições, n° 9.504/97, e das demais legislações extravagantes. Estuda, ainda, as regras de processo penal e com-petência, que podem surpreender quem não está familiarizado com esses crimes.

O autor: Luiz Carlos dos Santos Gonçalves é procurador Regional da República desde 2004 e foi procurador Regional Eleitoral em São Paulo (biênio 2008/2010). Bacharel em Direito pela Universidade de São Paulo (USP) e mestre e doutor em Direito Constitucional pela Pontifícia Universidade Católica (PUC/SP), é professor de Direito Constitucional e Eleitoral no Curso Marcato e autor do livro Direito Eleitoral, publicado pela Atlas.

CriminologiaAutor: Sérgio Salomão Shecaira

Páginas: 338 Editora: revista dos Tribunais

A 4ª edição do Criminologia traz algumas modifi-cações e atualizações. Mantida a estrutura inicial do trabalho, originalmente uma tese acadêmica apresentada à Faculdade de Direito da USP, o li-vro passou a ser visto pelos leitores como uma opção didática de iniciação aos estudos das escolas sociológicas do crime. O tema foi abordado em duas partes. Na primeira há um estudo do nascimento da criminologia, bem como de seu conceito, objeto e método. Na segunda, um estudo detalhado das principais escolas sociológicas do crime. Diferentemente de outros livros es-trangeiros sobre o assunto, a perspectiva adotada na obra é a de um estudo circunstanciado da realidade brasileira.

O autor: Sérgio Salomão Shecaira é livre-docente em Criminologia. Doutor e mestre em Direito Penal, é professor titular de Direito Penal da Universidade de Sã Paulo (USP). Ex-professor da Universidade Estadual Paulista Júlio de Mesquita Filho (UNESP), também é ex--presidente do Instituto Brasileiro de Ciências Criminais (IBCCRIM) e ex-presidente do Conselho Nacional de Política Criminal e Penitenciária (CNPCP). Membro da Academia Brasileira de Ciências Criminais, é advogado em São Paulo.

Do Mandado de SegurançaAutor: Eurico Ferraresi Páginas: 166 Editora: Forense

“Uma obra didática em linguagem simples e di-reta, mas também criativa e inovadora”, resume a professora Ada Pellegrini Grinover na apresen-tação que faz da obra que analisa a ação popular, a ação civil pública e o mandado de segurança coletivo. Neste livro, o autor enfrenta temas árduos, pouco debatidos pela moderna dou-trina dos processos coletivos: a legitimidade da pessoa física para a propositura de demandas coletivas, o contraditório no inquérito civil, os limites do controle judicial sobre os atos discricionários do poder público, a legitimidade da Defensoria Pública, a atuação do Ministério Público na proteção dos direitos individuais homogêneos, o sistema recursal nos processos coletivos e a codificação dos pro-cessos coletivos, entre outros.

O autor: Eurico Ferraresi é doutor em Direito Processual Civil pela Faculdade de Direito da USP. Membro do grupo de trabalho que elaborou o Anteprojeto do Código Brasileiro de Processos Coletivos, participou da comissão de estudos sobre o Anteprojeto do Código Brasileiro de Processos Coletivos constituída pela Procuradoria Geral de Justiça do Estado de São Paulo. É promotor de Justiça e membro da Société de Législation Comparéee.

Manual do Processo ColetivoAutor: ricardo de Barros leonel Páginas: 498 Editora: revista dos Tribunais

Nesta 2ª edição revista, atualizada e ampliada, o autor reestruturou o livro para tornar mais fácil a consulta por parte dos que pretendem utilizá--lo para o dia a dia do foro, procurando respos-tas para problemas práticos e pontuais, median-te a inserção de novas divisões que contemplam

itens e subitens, tornando mais simples a localização de assuntos. Há novas informações, novos argumentos, fontes bibliográficas, precedentes importantes e uma abordagem mais prática e apro-priada tanto para quem busca aprofundar o estudo da matéria como para fins de localização de subsídios para a atuação no contencioso envolvendo as ações coletivas.

O autor: Mestre, doutor e livre docente em Direito Processual Civil pela Faculdade de Direito da Universidade de São Paulo (USP), Ricardo de Barros Leonel é professor junto ao Departamento de Direito Processual dessa mesma entidade de ensino. É, ainda, pro-motor de Justiça do Ministério Público do Estado de São Paulo.

livros

Page 55: Revista Plural 52

09503 capa.indd 2 28/02/13 17:18

Page 56: Revista Plural 52

II Congresso Criminal discute a reforma do Código Penal

Lançamento da Revista Jurídica da ESMP reúne autoridades e membros do Ministério Público em evento realizado na capital paulista.

pág. 16

nº 52 outubro/novembro/dezembro de 2012

Uma publicaçãoda Escola Superiordo Ministério Públicode São Paulo

ISSN 2179-7455

Soluções Imprensa Oficial em tecnologia da informação e comunicação

tecnologia

Aliamos nossa experiência desde 1891 na publicação da informação às mais modernas tecnologias,

oferecendo serviços inteligentes para o setor público com a excelência e inovação de sempre.

Certificação Digital - Autoridade Certificadora Oficial do Governo do Estado de São Paulo

Soluções em Documento Digital: GED (Gestão Eletrônica de Documentos),

ECM (Enterprise Content Management) e BPM (Business Process Management)

Desenvolvimento de portais

Consulta gratuita ao Diário Oficial

e-negócios públicos

e-juntacomercial

www.imprensaoficial.com.br

IMA

GEN

S IL

UST

RA

TIV

AS

Confira os artigos:Improbidade Administrativa e Transação • O Transporte e a Pessoa com Deficiência

09503 capa.indd 1 28/02/13 17:18