revista plural - edição 17

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PARQUE DAS DUNAS SOLUÇÕES Obras de infra-estrutura projetam um novo Nordeste CIDADE MODERNA Evolution Shopping Park traz novos conceitos de moradia BAIRROS O requinte bucólico do Horto, em Salvador Harmonia entre a cidade e a natureza em Natal

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Revista Plural - Edição 17

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Parque das dunas

SOLUÇÕESObras de infra-estrutura

projetam um novo Nordeste

CIDADE MODERNAEvolution Shopping Park traz novos conceitos de moradia

BAIRROSO requinte bucólico do

Horto, em Salvador

Harmonia entre a cidade e a natureza em Natal

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editorial

Evolution - A Evolução dE um mErcAdo

Marcos Roberto Dubeux

Evolução para os filósofos é mudar, pois não há realidades eternas nem verdades absolutas. Para o

pai do conceito de evolução biológica, por outro lado, evoluir é adaptar-se e prosseguir existindo, transmitindo os próprios caracteres para as próximas gerações. A seleção natural de Charles Darwin serve como paradigma – nem sempre corretamente utilizado – para o imaginário da mudança em ambientes tão diversos quanto a pirâmide social, a diplomacia internacional, a globalização econômica e a concorrência entre empresas situadas na mesma rua.Enquanto a linguagem corrente consagrou a palavra “evolução” com um sentido positivo – de melhoria, ascensão, conquista – no contexto econômico, evoluir significa crescer, desenvolver, ampliar. O que está por trás da evolução dos setores da economia é a estruturação dos mecanismos que permitem aos consumidores adquirir produtos muitas vezes melhores e a um menor custo – com mais prazo. Essa evolução é iniciada invariavelmente quando há mais oportunidades para uma base maior de clientes, base formada por pessoas que passam a ter acesso a um produto que antes parecia fora do alcance de seu poder aquisitivo. No setor automobilístico, por exemplo, tal avanço se deu de forma muito clara. No inicio dos anos 90 existiam apenas 04 marcas atuando fortemente no Brasil (Volkswagen, GM, Fiat e Ford), e hoje existem 34 marcas de automóveis (sem incluir veículos pesados). A variedade na oferta é um dos efeitos visíveis de um processo de amadurecimento, e outros setores ainda vão experimentar semelhante ciclo virtuoso, pois o mercado continuará evoluindo.No mercado imobiliário, a semente do ciclo virtuoso de crescimento foi plantada em 2004, com a aprovação da lei da alienação fiduciária (transferência do imóvel como garantia do financiamento) e com a possibilidade do cumprimento efetivo da lei que determina que os bancos aloquem um percentual de suas aplicações em habitação. No Brasil o valor total aplicado em financiamento imobiliário cresceu de R$ 5,0 bi em 2003 para R$ 31,4 bi em 2008, de acordo com o Goldman Sachs. O Nordeste aumentou sua participação de 4,9% em 2005 para 8,9% em 2007, e a tendência é que essa fatia continue crescendo/evoluindo junto com a economia nordestina.É nítido quando um setor da economia está em

evolução: a quantidade de investimentos realizados, o interesse do mercado financeiro, a atração de profissionais de outros setores, a sofisticação do marketing e o aperfeiçoamento dos produtos, de uma maneira geral, são perceptíveis. Sem falar na influência na cadeia produtiva a que está ligado, e no efeito dominó do fortalecimento de um dado setor sobre outros setores da economia. Esta revista, que reflete a evolução da Moura Dubeux e do próprio mercado imobiliário no País, é um bom exemplo disso.Com a revista Plural, damos continuidade e aprimoramos o projeto editorial iniciado com a Recife Antigo Recife Moderno, e chegamos à 17ª edição. A publicação evolui a partir do planejamento, encampando a nova fase da Moura Dubeux, com matérias, entrevistas, artigos e seções de interesse para o leitor de diversas cidades contando com a colaboração de mais de 30 pessoas entre jornalistas, articulistas, fotógrafos e profissionais de marketing, além dos especialistas do setor, convidados para participar em cada número.A presente edição traz lançamentos de novos projetos inovadores em Recife, Fortaleza, Natal e Salvador. E junto com eles um pouco da história, cultura e tradição de cada uma dessas cidades. Ainda apresentamos mais novidades sobre a Vivex e a MD urbanismo, além de outras matérias que mostram a força da economia da Nordeste.Tratamos também de um empreendimento que leva a evolução no nome. Durante meses, trabalhamos no conceito do projeto para o terreno dentro do Shopping Center Recife. E percebemos que estávamos diante de algo novo. Evoluído. O Evolution Shopping Park possui 5 faces da evolução da moradia que são detalhados em matéria especial. Vale à pena conferir.De acordo com o dicionário, uma das acepções da palavra “evolução” é “produto de um saber que se desenvolveu”. Com o Evolution, temos certeza que estamos diante não apenas de mais um produto imobiliário, mas de um novo conceito de viver no contexto de um admirável momento novo da história do mercado imobiliário.

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Sumário

06 História urbana Parque das Dunas de Natal é exemplo de preservação natural em plena cidade 12 Soluções O Nordeste se prepara para o crescimento com obras de infra-estrutura em toda a região 22 cidade moderna: recifeBeach Class Executive consolida marca de qualidade e renova oferta para o turismo em Boa Viagem 24 cidade moderna: SalvadorLançamento no bairro do Horto valoriza o lazer em grande estilo 26 relato de viagem Imagens e histórias inesquecíveis de Verônica Machado pelos caminhos da Índia 32 Bairros - natal O tradicional Tirol se renova sem perder o charme, a beleza e a tranqüilidade 36 Gastronomia O tempero que vem de outros países dá ainda mais sabor à cozinha nordestina 40 Estilo de vida: Gerson Fonteles Advogado renomado no Ceará é grande colecionador de moedas

Ano 5 - Edição 17 - Junho de 2008

A revista Plural é uma publicação trimestral da Moura Dubeux Engenharia.

MOURA DUBEUX ENGENHARIAAv. Domingos Ferreira, 46710º, 11º, 12º e 13º andares, Boa Viagem, Recife-PE. Fone: (81) 3087.8000 - www.mouradubeux.com.br

Diretoria EditorialAluísio J. Moura DubeuxGustavo J. Moura DubeuxMarcos J. Moura DubeuxMarcos Roberto Moura Dubeux

Editor GeralMarcos Roberto Moura [email protected]

Editor ExecutivoFábio Lucas (DRT/PE 2428)[email protected]

Coordenação e Atendimento ComercialBruno [email protected]

Coolaborador EditorialMarcos Alencar

TextosCarlyle Paes BarretoFábio LucasJoana RodriguesJúlia Nogueira de AlmeidaMariana QueirogaMariana Costa MendesPaula PerrelliRoberta Jungmann

Colaboradores desta ediçãoFrancisco CunhaPaulo ResendeVerônica Machado

Projeto Gráfico: Felipe Duque e G Design Comunicação

DiagramaçãoFelipe [email protected]

FotografiaAgência Renata VictorFotografics

RevisãoLaércio Lutibergue e Solange Lutibergue

Impressão: Gráfica Flamar

Tiragem: 8 mil exemplares

*Os artigos divulgados não refletem necessáriamente a opinião desta revista.*Os projetos imobiliários apresentados podem sofrer alterações após sua divulgação.

A Plural foi feita pensando em você. Participe das próximas edições enviando suas críticas, sugestões e assuntos de seu interesse para o e-mail da nossa redação, o [email protected]. Contamos com a sua colaboração.

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44 decoração O planejamento da mobília poupa tempo e permite máximo conforto e funcionalidade 48 cidade moderna: Fortaleza Beach Class Colonial Residence, na Praia de Iracema, terá armários de alto padrão 52 cidade moderna: recifeEvolution Shopping Park: lançamento arrojado com novos conceitos de moradia 62 ArtigoO poder do cidadão, por Marcos Alencar 64 Bairros - SalvadorBelezas naturais e localização privilegiada fazem do Horto Florestal um dos endereços mais cobiçados da capital baiana 68 mercadoChegada da Vivex amplia o acesso à casa própria de qualidade 72 cidade moderna: natal Ed. Hanna Safieh oferece apartamentos de dois ou três quartos no Tirol 76 Gestão Hoje Especial Francisco Cunha explica por que a vez do Nordeste chegou 78 Andamento das obras

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umA mAtA nA cidAdE

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história urbana

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Primeira unidade de conservação ambiental do Rio Grande do Norte, o Parque das Dunas, no coração de Natal, é um exemplo de preservação da natureza em área urbana

Joana RodriguesFotos: Yeda Bezerra de Melo

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O Parque Estadual Dunas de Natal Jornalista Luiz Maria Alves, ou Parque das Dunas,

como é mais conhecido, é um refúgio dentro dos limites da cidade. Com uma área de aproximadamente 8,5 km de comprimento por 2 km de largura, é considerado pela Unesco uma Reserva da Biosfera da Mata Atlântica Brasileira.Aberto ao público durante toda a semana, exceto ás segundas-feiras, o parque é dotado de uma infra-estrutura que atrai visitantes e turistas não só do Estado, mas também de todo o país. Pista de cooper, parque infantil, centro de pesquisa e atividades recreadoras são alguns dos atrativos, além do prazer de se encontrar em um recanto natural com vista para o mar.Criado em 1977, o parque é a primeira unidade de conservação ambiental implantada no Rio Grande do Norte. Seus objetivos são garantir a preservação de ecossistemas, preservar sítios de valor histórico, arqueológico e geomorfológico,

facilitar a realização de estudos e pesquisas, além de oferecer atividades educativas e de ser uma oportunidade de lazer para a população. O Parque das Dunas abriga mais de 350 espécies nativas, entre as quais 270 espécies de árvores. Algumas têm importância econômica e ecológica, como o jatobá, a peroba, a ubaia e o pau-brasil. Estima-se que 80% da cobertura vegetal do parque sejam representados pela mata atlântica, enquanto 10% representam a formação das praias e sopé das dunas, e os outros 10%, a formação vegetal tabuleiro litorâneo. Para Márcia Monteiro, arquiteta do Parque das Dunas, a vegetação contribui decisivamente para a melhoria da qualidade do ar de Natal, realizando um importante trabalho de oxigenação. “Outra função importante desempenhada pelo parque é a de fixadora das dunas, principalmente a sotavento, evitando que suas areias migrem impulsionadas pelo vento e

soterrem áreas urbanizadas”, alerta.Além de contribuir significativamente para amenizar o clima no seu entorno, a flora também é fundamental para a preservação das paisagens e dos hábitats originais dos animais da região. O Parque das Dunas possui uma fauna nativa típica de um ecossistema costeiro e de mata atlântica. Hoje em dia, preserva um número expressivo de espécies, apesar das ações predatórias do passado e da proximidade da área urbana. Dentro dos limites do parque, foram identificadas mais de 102 espécies de aves e ainda mamíferos, como gambás, sagüis, morcegos e raposas. A fauna é variada, mas há uma espécie que é exclusividade do Parque das Dunas: o Coleodactylus natalensis, ou, como é mais conhecido, o lagarto-de-folhiço, um animal endêmico. Isso significa que o parque é o único lugar no mundo que conta com a presença desse animal.

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Para partilhar essa biodiversidade, uma das missões do Parque das Dunas é proporcionar ao público um ambiente agradável, oferecendo atividades de educação ambiental e recreativas.

Passeio na mata - O Bosque dos Namorados é a primeira parada da reserva para o público, com cerca de sete hectares e 1.300 árvores, representando 50 espécies nativas de mata atlântica. É lá que se podem obter informações sobre as atividades desenvolvidas. Somente essa área recebe em média nove mil pessoas por mês.Brinquedos para crianças de 1 a 12 anos animam a visita que ainda conta com uma infra-estrutura organizada composta por lanchonete, áreas de piquenique, de jogos e de descanso, com bancos debaixo de árvores.

Mary Sorage, bióloga que assumiu a administração do parque em julho do ano passado, diz que um projeto de grande importância é retomar as ações de educação ambiental com a comunidade do entorno do Parque das Dunas. “Nosso objetivo é que todos sintam que o parque é nosso e que temos o compromisso de protegê-lo”, diz.

outra função importante

desempenhada pelo parque é a de fixadora das dunas

Para isso, há projetos como o Som da Mata, já posto em prática, em que artistas locais apresentam seus trabalhos, tocando músicas autorais e, na maior parte das vezes,

instrumentais. Ações como essa não só tornam o ambiente mais agradável para os freqüentadores habituais, como trazem novos visitantes.Outra atração são os passeios feitos sob medida para aqueles que gostam de um pouco mais de aventura. O parque oferece três tipos de trilhas, indicadas de acordo com a resistência física de cada um: a Trilha Peroba, a Trilha Ubaia-Doce e a Trilha Perobinha.A primeira, recomendada para adolescentes e adultos que não estejam na melhor forma, tem extensão de 2,4 km, contando o percurso de ida e volta, e é realizada em cerca de 1h30. A recompensa pelo exercício é um mirante com vista para o Morro do Careca e para o mar.Os mais preparados, por sua vez, encaram a Trilha Ubaia-Doce e percorrem 4,4 km

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passando por lindas paisagens. São aproximadamente 2h30 de caminhada e muito suor. Já crianças a partir de 5 anos e adultos sedentários podem contemplar a natureza com mais calma, escolhendo a Trilha Perobinha, de 800 metros, realizada em 40 minutos.Qualquer que seja a opção, todos os aventureiros são acompanhados por guias especializados e por um policial ambiental. As trilhas são uma oportunidade de conhecer a diversidade do ecossistema da região, além de entrar em contato com a beleza de uma das florestas tropicais mais ameaçadas do mundo.

As trilhas são uma oportunidade

de conhecer a diversidade do ecossistema

Mas há outras opções. O Parque das Dunas também oferece infra-estrutura para caminhada e ginástica, com uma pista de cooper que contorna a reserva. Ao todo, 6.500 “coopistas” são cadastrados no parque e todos eles recebem uma carteira de adesão, pela qual pagam uma taxa de conservação anual de R$ 10. O funcionamento vai das 4h30 às 18h, período em que os “coopistas” aproveitam o espaço arborizado e exercitam-se em contato com a natureza.Manoel Virgulino, um dos freqüentadores assíduos do cooper no Parque das Dunas, há mais de 15 anos caminha acompanhado pela esposa. Para ele, as vantagens de exercitar-se no parque são muitas. “Lá é um lugar que oferece segurança, além de ter uma pista plana e com uma boa extensão. Tudo

manuel virgulino caminha no parque há mais de 15 anos

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isso atrai a gente”, diz.Para João Bosco, que faz a sua caminhada de segunda a sexta, “faça chuva ou faça sol”, o cooper no Parque das Dunas é um motivo a mais para encontrar os colegas. Ele faz parte de uma turma de seis amigos “já na boa idade” que se encontram religiosamente para caminhar no início da manhã. “Não faltamos nunca. Quando um não vai, a gente corre logo para ver o obituário”, brinca.

Pesquisa nativa - Mas nem só de atividades físicas e lazer vive o Parque das Dunas. A reserva já nasceu com uma vocação para a educação ambiental. Um exemplo disso é que o Centro de Pesquisa é, de acordo com a administração, um dos setores mais freqüentados do parque.

A reserva já nasceu com uma vocação para a educação

ambiental

Equipado com um laboratório de botânica e uma xiloteca, que reúne uma exposição de troncos de madeira, o espaço conta, ainda, com um laboratório de zoologia. Lá os interessados podem observar animais empalhados ou conservados em solução de formol, todos mortos de forma natural dentro da reserva.Para os admiradores da natureza, a Unidade de Mostra de Vegetação Nativa das Dunas também é uma excelente opção. O espaço possui canteiros com espécies de orquídeas, bromélias, aráceas e cactáceas. A equipe de técnicos do parque realiza coleta de sementes de plantas nativas e, na unidade, produz mudas

que, em seguida, são plantadas no Bosque dos Namorados.Os amantes da natureza em plena zona urbana costumam cobrar a manutenção e a melhoria do que já existe no local. Por esse motivo, Mary Sorage, bióloga e administradora do Parque das Dunas, diz que ela e sua equipe estão constantemente avaliando o trabalho desenvolvido, buscando ampliar o que está dando certo e fazendo os ajustes no que se mostrar necessário. “Estamos realizando obras de adequação nas nossas edificações, instalando acesso à internet banda larga, realizando o tratamento fitossanitário das árvores existentes no bosque e adequando um espaço para ampliarmos a nossa biblioteca.”E os projetos não param por aí. Segundo a bióloga, estuda-se no momento a inclusão de aulas como as de tai chi chuan nos serviços oferecidos pelo parque, além de uma

turma especial para trabalhos com pacientes de hospitais psiquiátricos. Capacitação dos funcionários com cursos de primeiros socorros, inglês, informática, tudo isso faz parte dos planos. Desde 1997, o Parque das Dunas já recebeu mais de meio milhão de visitantes. A continuidade do projeto original dá oportunidade às futuras gerações de conhecer a fauna e a flora nativa da região. E o constante trabalho de educação ambiental forma aos poucos, no presente, uma geração mais consciente de seu papel junto no meio ambiente.

Serviço:

Parque Estadual Dunas de Natal

- Bosque dos Namorados

Av. Alexandrino de Alencar, s/n, Tirol

– CEP 59015-350 – Natal - RN

Telefone: (84) 201.3985/4440

E-mail: [email protected]

João Bosco faz sua caminhada “faça chuva ou faça sol”

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soluções

um GiGAntESco cAntEiro dE oBrAS A infra-estrutura se qualifica nos Estados nordestinos e prepara a região para um novo ciclo de crescimento

Fábio Lucas e Júlia Nogueira de AlmeidaFotos: Agência Alagoas, Fladson Thiago, Hálice Freitas, Roberto Pereira, Simone Medeiros, Renata Victor e divulgação

Um novo país nasce no Nordeste. E um novo Nordeste desponta. Em clima de renascimento que

contagia os cidadãos das maiores capitais da região e dos municípios mais distantes do interior, os nordestinos comemoram a chegada de investimentos de porte em infra-estrutura como há décadas não se

via. Investimentos que coroam anos seguidos de crescimento sustentado, produzem empregos, movimentando a economia no presente, e lançam ótimas expectativas para o horizonte, com o aumento do poder aquisitivo e a possibilidade de consolidação de um mercado consumidor que já deixou de ser mero mercado potencial: o PIB regional em 2005 foi de R$ 280,5 bilhões.A hora do Nordeste se dá num momento em que a pressão pela melhoria da infra-estrutura ocorre

em toda a América Latina, porque a existência de boa infra-estrutura é o que atrai as empresas e novos investimentos, gerando um círculo virtuoso: quanto melhores as condições, maior o potencial de crescimento. É uma corrida que envolve desde o saneamento básico até a modernização logística, ou seja, da melhoria da qualidade primária de vida até a elevação da competitividade econômica.Em muitos aspectos o Brasil está na dianteira. Os portos, por

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exemplo, por onde passam 95% das cargas nacionais, são os grandes responsáveis pelo aumento das exportações, que eram de US$ 60,3 bilhões em 2002 e atingiram US$ 160,6 bilhões em 2007. No Nordeste, a logística portuária é alvo de grandes investimentos em vários Estados, que não perdem de vista a perspectiva de crescimento, já que o Brasil, apesar da conquista expressiva, tem pouco mais de 1% do comércio global.Somente em 2007, o Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) liberou R$ 5,3 bilhões para a região, dinheiro que foi utilizado em grande parte para a aquisição de equipamentos e bens de produção. Uma pesquisa do BNDES sobre as perspectivas de investimentos no Brasil no período 2008-2011 aponta um aumento de 13% ao ano na aplicação de recursos em infra-estrutura. Como veremos adiante, parte considerável desses investimentos deverá ocorrer no Nordeste, que terá entre 2007 e 2010 cerca de R$ 80 bilhões provenientes do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC), do governo federal.Um balanço das obras em andamento e do cronograma de obras previsto pelos governos de Pernambuco, do Ceará, da Bahia, do Rio Grande do Norte e de Alagoas dá a dimensão do que está acontecendo – e do que está para acontecer. Obras estruturadoras que vão da modernização portuária à duplicação de rodovias, do aumento da oferta de energia até a atração de novas indústrias e grandes empreendimentos turísticos.

Alagoas: água para a sede de crescimento

Se tiver água onde mora e trabalha, o homem do campo não sai de sua cidade. O êxodo rural diminui

e o interior se desenvolve. O Canal do Sertão é um antigo sonho dos alagoanos que está bem próximo de se concretizar. Uma das maiores obras hídricas do país, o canal, que custará mais de R$ 600 milhões terá 250 km de extensão, cortando o Estado do Agreste (desde Arapiraca) até o Sertão (em Delmiro Gouveia), num percurso que atravessa 32 municípios. A obra – que consta do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC), do governo federal – pretende distribuir 115 mil metros cúbicos de água, o equivalente a seis vezes o consumo de Maceió, para fins de consumo humano, irrigação e pecuária. De acordo com o secretário estadual de Infra-Estrutura, Marco Fireman, o primeiro perímetro de irrigação está previsto para ser inaugurado no começo de 2009.Ainda segundo Marco Fireman, Alagoas receberá R$ 2,3 bilhões do PAC até 2010, que serão empregados no Canal do Sertão e em obras como a duplicação da BR-101, a Barragem do Caçamba, em Palmeira dos Índios, e a melhoria do abastecimento d’água em Maceió, que beneficiará tanto a população quanto os hotéis da orla. Aliás, no que diz respeito ao turismo, a infra-estrutura prepara um salto, com a construção do Aeroporto de Maragogi e da estrada que ligará Maceió a Barra de São Miguel (AL-101 Sul). Fireman destaca ainda que a iniciativa privada está investindo R$ 4 bilhões

na modernização da infra-estrutura turística em Alagoas. Num Estado pobre como Alagoas, o papel do gestor público é crucial na hora de escolher onde aplicar os recursos. “Priorizamos o que é estruturador, sob os aspectos social e econômico, de geração de emprego e renda”, diz o secretário Marco Fireman.

rio Grande do norte: ponte para o futuro

O governo do Estado e os empresários de diversos setores estão empenhados em tirar do papel a Agenda do Crescimento, lançada pela governadora Wilma de Faria em 2007. A agenda pretende captar, até 2010, R$ 15 bilhões em investimentos públicos e privados, ampliando os benefícios da continuidade administrativa no Estado – a governadora cumpre o segundo mandato.Entre 2003 e 2007, quase 180 quilômetros de novas estradas foram construídos e mais de 1.300 quilômetros foram reconstruídos. Para o segundo mandato, a governadora quer aplicar R$ 250 milhões em 500 quilômetros de estradas e na reconstrução de outros 500 quilômetros. Em saneamento e abastecimento, foram investidos R$ 128 milhões de 2003 a 2007, e prevê-se a aplicação de mais R$ 558

o canal do Sertão, em Alagoas, terá 250 km de extensão

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milhões de 2008 a 2010. Mas o símbolo de um novo tempo é mesmo a imagem de cartão-postal da Ponte de Todos Newton Navarro, sobre o Rio Potengi, suportada por cabos de aço, com 110 metros de altura e quase 1.800 metros de extensão. Com investimentos de quase R$ 200 milhões, que incluíram dois viadutos de acesso, a ponte sai de Natal em direção a 16 municípios do litoral norte do Estado, prometendo a integração da região e o incremento do turismo.Obra marcante da engenharia no Rio Grande do Norte e no Nordeste, a Ponte de Todos Newton Navarro pesa cerca de 170 milhões de quilos e utilizou em sua construção quantidade de concreto equivalente à necessária para erguer 31 prédios de 20 andares. Entre as metas da Agenda do Crescimento, vale ainda ressaltar:

- R$ 6,2 bilhões em energia, petróleo e gás;- R$ 5,7 bilhões em turismo, urbanismo e no setor imobiliário;- R$ 1 bilhão no desenvolvimento industrial pela iniciativa privada;- R$ 980 milhões em transporte, incluindo a construção do Aeroporto de Cargas de São Gonçalo;- R$ 874 milhões em saneamento básico, habitação e programas sociais;

- R$ 439 milhões em barragens, adutoras e projetos hídricos.

ceará: desenvolvimento nos trilhos

Investir em transporte público de qualidade que atenda a uma demanda em franca expansão é um dos principais desafios de uma região cuja economia cresce rapidamente. O Projeto Metrofor foi lançado com este propósito em 1997. Uma linha de metrô com 43 km de extensão, dos quais 4,4 km elevados, 4 km subterrâneos e o restante em superfície, vai transportar a população da Região Metropolitana de Fortaleza, onde se concentram dois terços da demanda de transporte público no Ceará. Quando estiver implantado em sistema de integração, atenderá cerca de 350 mil pessoas por dia.A primeira fase do Metrofor encontra-se em construção: a Linha Sul terá 24 km de extensão, do Centro da capital até a Estação Vila das Flores, na cidade de Pacatuba. Das 18 estações programadas para esta fase, 13 serão de superfície, 4 subterrâneas e uma elevada. Dez trens elétricos serão adquiridos para o trecho inicial, cujas obras estão previstas para serem concluídas em julho de 2010, ao custo de mais de R$ 1 bilhão.No período de 2007 a 2009, o Monitoramento de Ações e Projetos Prioritários (Mapp) do Governo do Ceará indica gastos de mais de R$

5 bilhões em obras e programas de infra-estrutura, desenvolvimento urbano e meio ambiente. O Complexo Industrial e Portuário do Pecém receberá recursos da ordem de R$ 532 milhões, para ampliação e modernização em obras como a construção dos terminais de gás natural, de múltiplo uso, e intermodal de cargas. Cerca de R$ 770 milhões destinam-se às obras do Eixão, que garantirão o abastecimento d’água da Região Metropolitana de Fortaleza. Além dessas, outras obras e ações merecem destaque, como a do Trem do Cariri, que resgata esse meio de transporte em uma rota turística no interior cearense:

- Estradas - construção de 703 km de novas estradas, sendo 228 km de estradas turísticas, e recuperação de quase 1.000 km. Valor: R$ 663 milhões.- Infra-estrutura hídrica - Construção das barragens de Taquara, Figueiredo e Fronteiras, e segunda etapa dos projetos de irrigação Baixo Acaraú e Tabuleiro de Russas. Valor: R$ 500 milhões.- Habitação - Construção de 8.785 unidades habitacionais, contrapartida de projetos de moradia e titularização de imóveis. Valor: R$ 100,7 milhões.- Cinturão Digital - Implantação de 3 mil quilômetros de fibras óticas para cobrir 89% da população até 2009. Valor: R$ 52 milhões.

Ponte de todos newton navarro é o símbolo de um novo tempo em natal

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- Trem do Cariri - implantação de 13 km de via férrea com sete estações, entre o Crato e Juazeiro do Norte, por onde serão transportados 5 mil passageiros por dia, num projeto de interiorização do turismo. Valor: R$ 12,5 milhões.

Bahia: corredores estruturantes

O Programa de Aceleração do Crescimento (PAC), do governo federal, destaca recursos de R$ 13,6 bilhões para a Bahia, dos quais R$ 6,2 bilhões em infra-estrutura energética, R$ 4,8 bi em infra-estrutura social e urbana e R$ 2,6 bi em infra-estrutura logística. Na geração e transmissão de energia elétrica, 16 empreendimentos deverão consumir investimentos de R$ 1,8 bilhão, enquanto 5 empreendimentos nas áreas de petróleo, gás natural e combustíveis renováveis consumirão R$ 4,3 bilhões.Entre as obras de infra-estrutura social e urbana, o metrô vai receber quase R$ 500 milhões. Projetos de habitação para 99 municípios somam R$ 407 milhões, e de saneamento para 242 municípios, R$ 1,7 bilhão. Dos investimentos destinados a infra-estrutura logística, a maior parte, R$ 2,3 bilhões, vai para as rodovias. As ferrovias receberão R$ 215 milhões, para os Contornos Ferroviários de Camaçari e de São Felix. A dragagem do Porto de Aratu terá R$ 49 milhões, e a ampliação do sistema de acesso viário ao Aeroporto de Salvador e os projetos para o Aeroporto de Ilhéus e o Aeroporto de Salvador terão, no total, R$ 3,6 milhões.Apenas em 2007, 8.250 km de estradas foram recuperados no Estado, ao custo de R$ 284 milhões. A partir de setembro do ano passado, o Programa de Restauração e Manutenção de Rodovias (Premar) está recuperando mais 1.800 km em 68 municípios, num investimento

de US$ 186 milhões. As rodovias escolhidas fazem parte de corredores estruturantes como Litoral Sul, Irecê e Chapada Diamantina, com efeitos positivos para o crescimento turístico. Uma inovação do programa é que a empresa contratada para executar os serviços de determinado trecho fica responsável pela conservação daquele trecho por cinco anos. Trata-se de um bom sinal. “Temos que pensar o Brasil em termos de 20, 50 ou 100 anos”, afirma o professor Peter Schweizer, do mestrado em planejamento territorial e desenvolvimento social da Universidade Católica de Salvador. “Chegou ao fim a era da improvisação brasileira. Devemos planejar, não para imitar outros povos, mas para melhorar o uso de nossos recursos

olhando sempre para as necessidades futuras”, diz o professor, em entrevista à Plural. E no fim da era da improvisação pode estar o começo de uma era de aposta na educação. “Depois de viajar por 52 países, estou convencido de que temos um povo criativo, generoso e tolerante, o que nos garante um terreno fértil para promover a educação em massa, como fazem atualmente os chineses, e como fizeram e fazem governos europeus e o americano. Não há outro caminho”, acredita Peter Schweizer. “Somos um grande país e o Nordeste brasileiro provou ser um celeiro de inteligências que podem conduzir à construção de uma infra-estrutura educacional que nos coloque nos trilhos da viagem rumo ao século 21.”

As obras do metrô modernizam o transporte em Fortaleza e Salvador

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Pernambuco: o sol nasce em Suape

Entre 2007 e 2010, o Estado vai receber R$ 20,2 bilhões do PAC. Além de obras de saneamento e habitação, dez empreendimentos de grande porte dividem a maior fatia dos recursos. São eles: a Refinaria Abreu e Lima, o Estaleiro Atlântico Sul, o Pólo de Poliéster, a Transnordestina, o Metrô do Recife, a duplicação da BR-101, a Ponte do Ibó, a Transposição do São Francisco, a Hidrovia do São Francisco e o Projeto de Irrigação do Pontal. Nos próximos anos, mais de 200 mil empregos serão gerados, graças aos novos projetos em implantação. O Produto Interno Bruto (PIB) poderá saltar de R$ 63 bilhões em 2007 para R$ 147 bilhões em 2020, de acordo com estimativas oficiais.O cenário que se pinta é o reflexo de um círculo virtuoso na economia. Dos R$ 5,3 bilhões do BNDES aplicados no Nordeste no ano passado, R$ 1,3 bilhão foi para Pernambuco, montante que representou crescimento, em relação a 2006, maior que a região e o país. O banco já sinalizou o aumento de financiamento para o estaleiro, cujo investimento vai saltar de R$ 667 milhões para R$ 1,2 bilhão, a fim de dar conta das novas encomendas fechadas antes mesmo de começar a operar. O BNDES escolheu o entorno de Suape para um projeto piloto em que um grupo de trabalho avaliará o desenvolvimento das cidades, com o objetivo de evitar a desordem urbana e a degradação ambiental verificadas em outros pólos do país, como Camaçari, na Bahia. Com o apoio do banco, Suape servirá de modelo para a política nacional para os arranjos produtivos locais, através do acompanhamento da expansão econômica e do planejamento territorial. Assim, os impactos negativos poderão ser prevenidos, e

os efeitos positivos serão capitalizados na direção da sustentabilidade. De partida, R$ 8 milhões a fundo perdido vão modernizar a gestão pública dos municípios. Palco dos empreendimentos estruturadores que chegam com a promessa de redenção para a economia estadual, o Porto de Suape obteve lucro de R$ 3,1 milhões em 2007, após dois anos de prejuízo. A movimentação de cargas saltou de 5,3 milhões de toneladas em 2006 para 7 milhões de toneladas no ano passado, e a receita operacional, de R$ 27,5 milhões para R$ 33 milhões. E ainda comemorou, no ano passado, a avaliação da Coppead/UFRJ, que o classificou como um dos três portos de excelência e o melhor porto público do Brasil. Agora, Suape se prepara para construir um novo

terminal de contêineres (Tecon), com capacidade de um milhão de TEUs (unidade-padrão de contêineres de 20 pés). O novo Tecon é estratégico para transformar Suape num porto concentrador de cargas no Nordeste, fortalecendo-o na disputa regional com os portos de Pecém (CE) e de Salvador (BA). Além da refinaria e do estaleiro, Suape deverá abrigar um pólo petroquímico e um moinho da Bunge, que será o maior moinho de trigo da América Latina. Uma siderúrgica, uma montadora de automóveis e uma fábrica de celulose estão em negociação. E outras podem vir. De 2007 a 2010, a soma de investimentos privados no Complexo Industrial Portuário vai se aproximar da casa dos R$ 6 bilhões. No mesmo período, a União investirá R$ 307 milhões e

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o Estado de Pernambuco, R$ 442 milhões. Atualmente, cerca de R$ 1 bilhão em obras públicas estão em andamento e outros R$ 474 milhões de investimentos público-privados estão em execução. Com 4 cais em funcionamento, os planos são de dotar Suape de outros 34 até 2020.Como os investimentos nos últimos anos, as oportunidades de negócios se multiplicam em setores variados: operação portuária, transporte e logística, estaleiro e indústria naval, petróleo e petroquímica, têxtil e embalagem, termelétricas, siderúrgicas, montadoras de automóveis, minérios e alimentos, com destaque para o açúcar, o trigo, o milho e a soja. Apenas na construção dos novos empreendimentos, 45 mil empregos serão criados. E 11 mil postos de trabalho serão abertos quando as empresas estiverem em operação.A área de 13,5 mil hectares de Suape já parece pequena para o tamanho da expansão industrial e urbana que se prenuncia. Aumenta a importância da elaboração do novo plano diretor do complexo, que vai reordenar a ocupação territorial e definir um projeto de crescimento sustentado para a área. O plano diretor em vigor não prevê o uso habitacional nem para comércio e serviços no interior do complexo. O novo plano terá entre os eixos temáticos, além do econômico/empresarial, a melhoria da infra-estrutura portuária, os sistemas de transportes, o saneamento ambiental, o suprimento de energia e telemática, habitação, segurança e serviços complementares.

Hub Port - Depois de décadas de investimentos feitos por parte de governos sucessivos, Suape demonstra, ao completar 30 anos de inaugurado, o acerto da aposta estratégica que foi a sua construção num ponto privilegiado

do litoral brasileiro. Sua localização no continente lhe confere as características próprias de um hub port, como Roterdã, na Holanda, que é um porto concentrador de cargas e de linhas de navegação, e dentro do país o complexo é um centro logístico regional de fantástico alcance: num raio de 300 km se encontram 4 capitais – Natal, João Pessoa, Recife e Maceió – com 4 aeroportos internacionais, 5 portos internacionais e um mercado consumidor de 12 milhões de pessoas, que representa 35% do PIB da região. Abrindo o compasso para 600 km, incluindo Fortaleza, Aracaju e Salvador, temos 7 aeroportos e 8 portos internacionais, 1 porto fluvial e um mercado de 20 milhões de consumidores, que

significa 90% do PIB nordestino. A localização nobre é uma vantagem competitiva que atrai as empresas por causa da redução dos custos de frete.Além de centro industrial e portuário, Suape é uma das mais belas paisagens naturais de Pernambuco. Lá estão as Matas do Zumbi e de Duas Lagoas e a Reserva Biológica de Mangues e Restingas do Engenho Ilha, um corredor ecológico florestal e mais de 600 hectares de mangue preservados. Quase a metade da área de Suape é destacada para a preservação da fauna e da flora existentes. Para se instalar e operar no complexo, os empreendimentos devem elaborar estudos e relatórios de impactos ambientais de acordo com a legislação.

Suape: concentradorde vantagens Profundidade de 15,5 metros (portos interno e externo)

Porto abrigado com assoreamento mínimo

Guindaste com capacidade para 18 mil toneladas por dia para operação de clínquer e coque

Distante 7 dias da Costa Leste dos EUA e de Roterdã, na Holanda

Certificado com a ISPS Code (International Ship and Port Security Code)

Modelo de gestão “land-lord port”

Central de facilitação, que permite a liberação rápida de cargas

Retroáreas para terminais, logística, serviços e operações industriais

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Em Suape, o Estaleiro Atlântico Sul e a refinaria Abreu e lima puxam grandes investimentos

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Projeto da MD Urbanismo às margens da BR-101 se destina a empreendimentos gerados pela demanda do Complexo Industrial Portuário

Carlyle Paes BarretoIlustrações: MV3D

Mais novo braço da Moura Dubeux Engenharia, a MD Urbanismo nasce com projetos arrojados no maior pólo de investimentos do Brasil: o Complexo Industrial Portuário de Suape. A empresa, voltada para o desenvolvimento de empreendimentos de larga escala, está apostando no potencial da região, apontada como uma das áreas que mais crescem economicamente no País.A MD Urbanismo atua nas áreas industrial, comercial e residencial, oferecendo soluções inovadoras e ágeis, reunindo logística, funcionalidade e operacionalidade aos empreendimentos. A empresa cria a infra-estrutura e desenvolve facilidades para as companhias que requerem espaços multifuncionais em projetos modernos e com custos reduzidos, assegurando eficiência e rentabilidade aos investidores.O Cone Suape é o principal projeto em desenvolvimento pela MD Urbanismo. Situado numa área de 15,9 milhões de metros quadrados, com 6,5 km de margem da BR-101 Sul duplicada, com seu centro localizado a 12 km do Aeroporto dos Guararapes e a 14 km do acesso principal interno do Porto de Suape, o empreendimento visa atender à demanda oriunda do sucesso e crescimento vertiginoso do Complexo Industrial Portuário de Suape.“Estamos atuando mais especificamente em empreendimentos de condomínios comerciais de galpões de logística

e armazenagem, indústrias de base para as empresas instaladas dentro do Complexo de Suape e também residências para a classe econômica de trabalhadores dessas indústrias instaladas dentro e no entorno do porto”, destacou o superintendente da MD Urbanismo, Armênio Cavalcanti Ferreira.Além da localização estratégica, ele ressalta a infra-estrutura. A área também está a 5 km do Centro do Cabo de Santo Agostinho e recebe a ferrovia Sul Recife – Cabo – Suape. Essa linha férrea é a via em que serão implantados os recém-licitados veículos leves sobre trilhos (VLTs), pela CBTU, substituindo os trens a diesel atuais.Armênio ressalta que a característica da MD Urbanismo é desenvolver e executar as obras industriais de forma rápida e econômica, adotando tecnologias avançadas. “Nossos projetos favorecem as empresas e geram atratividade única na região

pela grande disponibilidade de área com grandes pátios de manobras”, explica. São vias de acesso dupla e com terceira pista, grandes parques de estacionamento tipo “espinha de peixe” para caminhões pesados, evitando congestionamentos e riscos de acidentes nas margens das BRs, espaços verdes, permitindo áreas para ajardinamentos e plantio planejado, o que reduzirá o débito de carbono, com estrutura completa de energia elétrica e esgotamento sanitário. O mercado-alvo da MD Urbanismo para o Cone Suape são as dezenas de empresas que virão se instalar no entorno do complexo, assim como o potencial mercado de habitação para atender à demanda da esperada geração de milhares de empregos proporcionados pelos investimentos estruturadores no complexo e das empresas-satélite. A demanda é estimada em 35 mil habitações para os próximos sete anos.

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entrevista

O que o RN conquistou de infra-estrutura nos últimos anos e o que isso já representa em termos de crescimento?O desenvolvimento só pode acontecer quando o governo faz a sua parte. A nossa parte é investir em infra-estrutura. Durante os últimos cinco anos, construímos estradas, reconstruímos outras e estamos para construir mais 500 km de estradas nos próximos três anos. A ponte que liga Natal ao litoral norte permitiu trazer muitos investimentos de turismo imobiliário.

Que outras obras de requalificação viária foram feitas para facilitar o escoamento da produção?A Ponte Jucurutu, no interior, faz a ligação do minério de ferro que é exportado para a China. Vamos construir a Via Metropolitana, que vai atender os municípios da Região Metropolitana de Natal, circundando pela capital e facilitando o escoamento dos produtos. Além disso, estamos estudando a possibilidade de aumentar o cais e o calado do Porto de Potengi, dotando-o de condições de cabotagem para permitir que possamos exportar pelo Rio Grande do Norte, e não por outros Estados.

E em relação ao turismo, uma das vocações econômicas do Estado?Construímos o novo pavilhão do

Centro de Convenções, com auditório moderno para 4 mil pessoas, muito importante para o turismo de eventos. Estamos fazendo outro centro de convenções em Mossoró, que é outro pólo de desenvolvimento, com petróleo, óleo, gás e fruticultura irrigada. O Aeroporto São Gonçalo Amarante, em parceria com o governo federal, envolvendo também a iniciativa privada, será um aeroporto de cargas e passageiros, porque o que nós temos não tem mais capacidade de atender à demanda.

Como a população se beneficia com a infra-estrutura?Também temos investimentos sociais, porque não dá pra fazer crescer a economia sem crescimento social. Estamos investindo bastante em saneamento básico, inclusive nos dois distritos industriais, e vamos mais que duplicar o saneamento que temos hoje no Estado, saltando de 17% para 44%. São obras importantes para atrair negócios. Na área de habitação, para a população de baixa renda, desenvolvemos um programa de construção de 40 mil casas. Além dos investimentos no litoral, estamos interiorizando o turismo, e por isso temos que

nos preocupar com a questão da água. As adutoras levam água para as cidades e as comunidades rurais e conseqüentemente para os corredores turísticos. Cidade boa de visitar é cidade boa de morar.

Qual a importância do turismo imobiliário e como atrair negócios nessa área?As belezas naturais que temos – dunas, falésias, praias – são favorecidas pelos investimentos. A infra-estrutura é o nosso diferencial, como as estradas de acesso. A Agenda do Crescimento mostra aos empresários quais as vantagens comparativas do Rio Grande do Norte. Isso ajuda muito na captação de novos empreendimentos.

Os Estados do NE podem ser mais integrados para conseguir mais conquistas para o desenvolvimento?Sim, inclusive na reforma tributária. O Nordeste, o Norte e o Centro-Oeste são regiões que, unidas, têm maioria no Congresso. A Região Nordeste unida pode conquistar muito mais. A consciência de todos os governantes e agentes políticos nessa união é que vai fortalecer o Nordeste.

“o nordEStEPodE conquiStAr muito mAiS”

Entrevista: Wilma de Faria, Governadora do Rio Grande do Norte

Fábio LucasFoto: Divulgação

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artigo

Existe um dilema na área de investimentos públicos que apresenta a seguinte questão: “Investimentos em infra-estrutura devem ocorrer para atrair crescimento econômico ou crescimento econômico clama por investimentos em infra-estrutura?” Ao longo de sua história recente, o Brasil tem vivido ambas as situações. Nas décadas de 1960 e 1970, acreditou-se que o investimento em grandes obras viárias, por exemplo, garantiria a expansão e o crescimento da economia para pólos inexplorados - a Amazônia, nesse caso. Por outro, as décadas de 1990 e 2000 têm apresentado uma situação contrária, visto que as fronteiras agrícolas demandam investimentos substanciais em infra-estrutura logística - nesse caso, ferrovias, rodovias, hidrovias, portos e armazenagem.O Nordeste Brasileiro também viveu situações semelhantes. No entanto, a maioria não se mostrou como um sucesso total, justamente porque a solução para o dilema está no planejamento de longo prazo. E a região nordestina, raramente, como por certo o resto do Brasil, foi palco de planejamentos confiáveis

que poderiam garantir crescimento sustentado no longo prazo. Acreditamos que essa situação poderá mudar. Projetos importantes têm sido apresentados para a região, como a Ferrovia Transnordestina, a duplicação das BRs 116 e 101, além de outras rodovias de igual importância, os portos de Suape, Pecém, Salvador, Aratu e Itaqui, complementados pelos investimentos nos aeroportos nordestinos, e a revitalização do Rio São Francisco como fonte de navegação. São exemplos importantes que poderão trazer para a economia do Nordeste o berço infra-estrutural necessário para atração de investimentos em setores das indústrias do turismo, têxteis e calçados, granéis agrícolas, granéis minerais, bens de consumo duráveis, higiene e limpeza, fruticultura e alimentos beneficiados.No entanto, a sociedade nordestina não pode deixar acontecer o investimento sem um planejamento integrado que favoreça a criação

de sinergias entre projetos. Por exemplo, os investimentos no Porto de Suape devem vir acompanhados de investimentos logísticos que proporcionem a criação de corredores de transporte cujo fluxo otimizado de produtos tenha como destino final o porto com os equipamentos e infra-estrutura capazes do manejo das cargas específicos daquele corredor. Se houver um acompanhamento permanente dos resultados dos projetos, com certeza, áreas de fronteiras agrícolas como o Oeste da Bahia, faixas litorâneas como a da Costa do Sol, corredores de fruticultura da Bahia, Pernambuco e Rio Grande do Norte, pólos petroquímicos como Camaçari, entre tantos outros de importância fundamental para o crescimento econômico do Nordeste, encontrarão uma conjunção de fatores de infra-estrutura capazes de colocar a região na sua merecida posição de competitividade no mercado brasileiro e internacional.

dESAFioS E oPortunidAdES PArA o nordEStE

Paulo Resende, Doutor em logística pela University of Illinois e professor da Fundação Dom Cabral

A sociedade nordestina não pode deixar acontecer o investimento sem um planejamento integrado que favoreça a criação de sinergias entre projetos

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cidade moderna - recife

ProntoS PArA o Boom do turiSmo

Carlyle Paes BarretoIlustrações: MV3D

Lançamento dos Beach Class Executive e International coloca 600 novos apartamentos na orla do Recife

Com a reposição de equipamentos de qualidade na Zona Sul do Recife,

Pernambuco vai se preparando para a esperada expansão do turismo. Depois da apresentação do Beach Class International, a Moura Dubeux Engenharia lança o Beach Class Executive, colocando no mercado 600 novos apartamentos.O Executive fica na mesma área do Beach Class International, que teve todas as unidades vendidas em menos de 30 dias. Ambos se localizam em uma das áreas mais valorizadas do Estado, a Avenida Boa Viagem, nas imediações do Pina.E chegam para suprir a carência de equipamentos turísticos, após a demolição de hotéis como Savaroni, Hotel Boa Viagem, Hotel do Sol e Veleiro, todos na orla. “O último empreendimento na avenida foi o Beach Class Suites”, recorda o gerente comercial da Moura Dubeux, Tony Vasconcelos, referindo-se ao primeiro lançamento da bandeira Beach Class da empresa, no ano 1999. “Com esses lançamentos, Pernambuco terá equipamentos compatíveis com o mercado em 30 meses”, acrescenta.O BC Executive terá 32 pavimentos-

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opções de 1 e 2 quartos

área útil privativa de 20,1 m2 a 68,02 m2

vaga de garagem

32 pavimentos-tipo

5 elevadores

Piscina com deck

Sauna

terraços coberto e ao ar livre

Fitness center

área de relax

tipo, com apartamentos de um e dois quartos, variando de 20 m² a 68 m² de área. O prédio conta com cinco elevadores, piscina com deck, sauna, terraços coberto e ao ar livre, fitness center e sala de relax. Todas as unidades têm vaga de garagem.A localização é outro diferencial. “Fica numa área privilegiada, onde a praia de Boa Viagem tem a faixa de areia mais larga. Além disso, a posição geográfica ajuda. É perto do pólo médico, do pólo de serviço, do Centro do Recife e do coração de Boa Viagem”, exalta Tony Vasconcelos. “A localização é estratégica”, completa.Adquirir unidades no Beach Class Executive é prenúncio de bom investimento, segundo o gerente Tony Vasconcelos. A rentabilidade vem sendo positiva, como ocorre com os outros empreendimentos da bandeira. No Beach Class Suites, por exemplo, localizado também na orla de Boa Viagem, a taxa de ocupação anual

é de 90%, o que garante retorno do valor investido em pouco tempo.A marca Beach Class foi criada para assinar a linha de atuação da Construtora Moura Dubeux no mercado de hotéis, flats e resorts. São projetos desenvolvidos para este novo nicho, e com modelo de gestão compartilhada, em que os investidores participam da administração.

O Beach Class Executive é o quinto empreendimento da construtora Moura Dubeux com a bandeira BC e o terceiro na orla de Boa Viagem, uma das áreas mais valorizadas do Estado de Pernambuco.O primeiro lançamento com esta nova bandeira foi o BC Suites, concluído em 2003. O prédio, localizado no terceiro jardim da Avenida Boa Viagem, é um referencial da arquitetura e engenharia da região. São 232 unidades com 40 m² de área privativa. Logo depois surgiu o primeiro fora da capital pernambucana. O BC Resort Muro Alto, em Porto de Galinhas,

o sucesso dos Beach class

está situado numa área de 67 mil m². Conta com a melhor área de lazer de Pernambuco, além de uma das maiores piscinas de resorts do Brasil. São 252 unidades, com apartamentos de 45 m² e bangalôs de 68 m². Já o Beach Class Residence, o segundo na Avenida Boa Viagem,

tem dois quartos, com opções de 47 m² e 53 m². São apenas quatro unidades por andar, todos com sala de estar e jantar, cozinha, banheiro social, área de serviço e lavabo, além da suíte. São 140 apartamentos, em um terreno de aproximadamente 1.900 m².

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cidade moderna - salvador

conForto E lAzEr no Horto

Empreendimento terá apartamentos amplos, lazer para todas as idades e quatro garagens, num projeto de moradia definitiva para as famílias baianas

Paula PerrelliIlustrações: Caramelo Arquitetos Associados

Imagine um bairro privilegiado,

extremamente arborizado e

alvo dos sonhos de moradia de

qualquer soteropolitano. Imaginou?

Estamos falando do Horto Florestal,

em Salvador, que receberá em

breve um empreendimento da

construtora pernambucana Moura

Dubeux (leia matéria sobre o bairro

nesta edição). Em grande estilo, a

empresa aporta na Bahia cumprindo

um cronograma estratégico de

expansão para todas as capitais

do Nordeste. A expectativa é que

a primeira apresentação preencha

de cara os requisitos dos clientes,

que esperam mais do que um lugar

para morar. Aguardam, na verdade,

dispor de um verdadeiro complexo

de lazer, um clube residencial.

O arquiteto baiano Antônio

Caramelo foi escolhido para projetar

o empreendimento. Renomada

personalidade do traçado local,

Caramelo acaba de receber pelo

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segundo ano consecutivo o título de

Arquiteto do Ano, pela Associação

das Empresas do Mercado

Imobiliário da Bahia (Ademi-BA). O

arquiteto conceituou o espírito do

seu projeto, lembrando ser a área

de lazer o grande diferencial do

empreendimento. “A vida moderna

fornece poucas oportunidades

de diversão. Isso é quase um

imperativo entre as famílias baianas

hoje. Vamos oferecer muitas

oportunidades de lazer”, prometeu.

“A varanda é um dos locais mais aprazíveis do

projeto”

Piscina, sauna, quadra

poliesportiva, sala de massagem,

fitness completo, quadra de

squash, parque zoo para crianças

pequenas, tecnolounge para os

maiores, brinquedoteca, salão

de jogos e áreas de lazer formal

e informal para os adultos são

algumas dessas opções. Além

disso, cada apartamento receberá

como presente duas amplas

varandas entrecortadas, dando

um aspecto moderno à fachada

do edifício. Uma delas, inclusive,

é uma varanda gourmet, uma

tendência do Sudeste que está

sendo exigida pelos baianos em

seus empreendimentos. Trata-se de

um espaço amplo e confortável com

churrasqueira, balcão e cuba de pia,

próprios para quem quer cozinhar

reservadamente. “A varanda é

um dos locais mais aprazíveis do

projeto. E não há perigo de essa

vista ser prejudicada, pois na frente

do prédio só existem condomínios

residenciais de casas”, detalhou o

arquiteto.

Para Caramelo, a localização é uma

das vantagens do lançamento MD.

O Horto Florestal é um bairro bem

próximo do Centro da cidade. Sua

criação foi marcada pelas grandes

mansões e sítios da elite baiana.

Depois, a região sofreu um “boom”

imobiliário, passando a ser um

bairro nobre. O terreno de três mil

metros quadrados comportava duas

casas, que foram vendidas com o

objetivo de ceder espaço ao projeto

da MD. Situa-se numa região alta,

repleta de árvores frutíferas, tendo a

vista para o mar como um dos seus

complementos. A brisa também

marcará o edifício, que será todo

construído voltado para o nascente.

A obra prevê apenas uma

torre com 28 andares, sendo

dois apartamentos por andar.

Três elevadores, sendo um

semipanorâmico, serão implantados.

Cada unidade terá 180 metros

quadrados de área privativa,

com quatro suítes e dependência

completa. O morador terá direito

a usufruir de quatro vagas de

garagem. “É um apartamento

maior para as famílias que desejam

a moradia definitiva”, explicou o

superintendente regional da Moura

Dubeux na Bahia, Ronaldo Barbalho.

28 pavimentos-tipo2 apartamentos por andar180 m² de área por apartamento4 suítesSala2 varandas, sendo uma gourmetcozinhadependência completa3 elevadores (sendo um semipanorâmico)4 vagas de garagemárea de lazer com piscina, sauna, quadra poliesportiva, sala de massagem, fitness completo, quadra de squash, parque zoo para crianças pequenas, tecnolounge para os maiores, brinquedoteca, salão de jogos, além de áreas de lazer formal e informal para os adultos.

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AS SurPrESAS dA ÍndiANa segunda parte desta viagem, mais encantos de construções deslumbrantes e situações inusitadas

Verônica MachadoRelato a Júlia Nogueira de AlmeidaFotos: Acervo pessoal

relato de viagem

Incrível como a cada cidade, vilarejo, “metrópole”, a Índia nos surpreende. Ao chegarmos a

Jaipur, ainda no estado do Rajastão, encontramos ao sul a fortaleza de Âmbar. Em sua origem, Âmbar era uma fortaleza pertencente ao marajá que fundou Jaipur. Suas muralhas cercavam a estrutura da pequena cidade, com jardins, terraços, lagos, templos e pequenas residências de serviçais e soldados que garantiam a

proteção de todos.Para chegarmos ao palácio, em cima de um monte com suas paredes rosadas, a subida é feita como antigamente: em elefantes, com trombas e orelhas ricamente coloridas com giz lavável. Atravessamos no lombo dos elefantes, um dos importantes meios de transporte local na época, os pórticos dessa fortaleza, que são imensos. Hoje, os animais são usados como atração turística, tendo dia certo para trabalhar, acompanhados por entidades de defesa dos animais.

O Palácio ainda é deslumbrante, com afrescos pintados com pó de lápis-lazúli e quartzo; no salão de inverno, enormes placas de mármore delicadamente esculpidas com flores, besourinhos e libélulas, cravejadas em ônix; e nas paredes e colunas microespelhos para que pudessem refletir durante o dia a luz do sol e, à noite, as chamas das lamparinas, fazendo um jogo de luz de tirar o fôlego de qualquer visitante, inclusive estimular o imaginário daqueles que chegaram séculos depois.Jaipur é a última das cidades que formam a maravilhosa “rota das

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trabalhando, mesmo os mais simples, fazendo seu ritual diário de purificação: incenso na mão direita, girando em movimentos circulares, para afastar os maus espíritos. Atrás do balcão, alguns vendedores nos convidavam a entrar sem nenhuma cerimônia, como se o touro fosse parte da decoração! A minha irmã e minha mãe detestam bovinos, faltou-me coragem! Mas não pude perder o clique! É justamente o inusitado desse

sedas e especiarias”, famosa por sua tradição numa joalheria rica e colorida. Com cerca de cinco milhões de habitantes, a cidade – cujo nome, numa tradução para o inglês, significa “Cidade da Vitória” (City of Victory) – começou a ser construída em 1727 e também é conhecida como “Cidade Rosa”, graças às suas construções, palácios, templos, casas características, em “sand stone”. Essa pedra tipo arenito, já falada na primeira parte do relato dessa fascinante aventura, é encontrada em diversos tons, desde o rosa-queimado ao amarelo, e ainda não consegui identificá-la aqui no Brasil. Para quem vê as fotos, ela pode lembrar um granito rosa. Além das jóias, que são vendidas na rua, em bancas a céu aberto que lembram muito o comércio popular do Centro das cidades brasileiras, Jaipur preserva a tradição do comércio de especiarias e tecidos (principalmente as sedas). Tudo é negociado nas ruas ou em lojas apinhadas umas nas outras, que se alternam entre o estilo refinado de algumas e o jeito mais simples de outras. Na Índia tudo é tão singular que, em um dos nossos passeios pelo comércio das muitas cidades que visitamos, nos deparamos com uma loja de tecidos aparentemente normal. Aparentemente não fosse pelo “detalhe” de que, no meio do salão do estabelecimento, descansava muito elegante um touro imenso, com chifres enormes. Alheio ao nosso espanto, um senhor aparentando ser o dono, de costas para a rua, reverenciando um dos milhões de deuses adorados pela população local. Bem-vestido, camisa de mangas compridas, punhos abotoados, como, aliás, permanecem todos os homens enquanto estão

detalhe em mármore da fortaleza de Âmbar e, abaixo, a maravilhosa

coluna na fortaleza de Fatehpur Sikri

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tipo de situação que faz da Índia um lugar único e, muitas vezes, inacreditável. É a diferença de costumes e comportamento que nos impressiona e, ao mesmo tempo, nos aproxima, numa espécie de curiosidade mútua. Essa curiosidade, aliás, moveu muitos dos indianos que se aproximaram de nós durante os 40 dias de viagem. Em visitas a templos, palácios e outros pontos turísticos, muitos nos perguntavam se podiam posar para fotos com eles, sem nunca terem nos visto antes. Mais tarde, nosso guia local nos explicou que eles mostravam essas fotos a seus parentes e diziam que nós éramos “suas amigas do Brasil”. Uma foto e já somos amigos! Assim são os indianos. O comércio de Jaipur, como em toda a Índia, é maravilhoso. Especialmente o de jóias, que é, como diria nosso saudoso Orismar Rodrigues, infartante! Chama a atenção pelas lapidações ricas e cheia de detalhes, das peças mais simples até as de Maharani. Brincos, colares, anéis, pingentes tão lindos, com trabalhos em esmalte e tão bem-acabados, que

podem ser usados dos dois lados. Peças para todos os estilos e de todos os preços, algumas bastante acessíveis – mas, nas suas compras, regateie, regateie bastante, pois faz parte do negócio. Nas nossas andanças encontramos muitos artigos de artesanato, como guarda-sóis, roupas, bolsas, almofadas, colchas, pulseiras, colares, xales, móveis. Alguns nos pareceram familiares, e confirmamos por que, depois, com os vendedores: muitos desses artigos são vendidos em lojas finas do Brasil, Londres, Nova Iorque e em outros lugares do mundo. Uma curiosidade: o símbolo da suástica estampado em algumas dessas peças bordadas. Com espanto, descobrimos que, antes de ser incorporado pelo nazismo de Hitler, o desenho já era, e ainda é, bastante típico na Índia.

É justamente o inusitado que faz da Índia um lugar

único

Existem furtos, sim, mas nada parecido com o que temos no Brasil. Acredito que isso reflita o espírito indiano, que é muito mais de dar (ou

pedir) do que de tirar do outro. Difícil deve ser para esse povo contrariar suas convicções em nome de um bem material.Ainda em Jaipur paramos no imponente Palácio dos Ventos, uma construção alta e, claro, cor-de-rosa, que já a certa distância nos impressiona pela quantidade de janelas viradas para uma rua de grande movimento. E tem esse nome porque só é a fachada. Literalmente, só passa vento! O que se vê do lado de fora é uma “casca”. O “miolo” do palácio, apenas com um jardim central, sempre foi assim, com corredores que funcionam como passagens por trás dessas janelas. Na época dos marajás, a idéia era proteger as mulheres da vista de todos. As janelas eram um “refúgio” para que elas pudessem observar de dentro do palácio a movimentação da rua, sem serem vistas, sobretudo durante a realização de festividades. Para escurecer o ambiente, tornando os vultos ainda mais imperceptíveis, cortinas de seda ricamente bordadas eram usadas. Muitos marajás mantinham dezenas, alguns até centenas, de esposas e concubinas. Era uma forma de fazer alianças e demonstrar poder. Casamentos arranjados ou até

os diversos tons da “sand stone” na Fortaleza de Fatehpur Sikri e o

touro na loja de tecidos

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noivos sem muita convivência ainda são “usuais” em castas mais simples. Não é raro que noivo e noiva só se conheçam poucos dias antes do casamento. No entanto isso não significa que eles não sejam felizes e nem é encarado como justificativa para traições. É uma questão cultural, não se discute! E ao mesmo tempo o divórcio é considerado tabu, quase uma desonra para toda a família, mesmo nas castas mais elevadas. Encontramos finalmente uma atração típica, que povoa o nosso imaginário quando pensamos nos costumes dos povos daquelas bandas. Agachados numa esquina ou encostados em muros, encantadores de cobras – daqueles que tocam flauta para que as najas saiam de seus cestos “dançando”, tal como nos filmes ou desenho animado. Na verdade, as cobras não dançam e a música é somente um detalhe para compor uma performance “para turista ver”. O que ocorre é que as najas estão sempre em estado de alerta e prontas para o ataque. A ponta da flauta do encantador traz um pequeno chumaço de lã colorida que serve para “atiçar” ainda mais. Apesar do perigo aparente, há quem diga que, antes de usar as cobras, os encantadores removem as presas das najas, para que elas fiquem sem veneno.Além dos elefantes que carregam os turistas, é possível ver, tanto na cidade quanto no interior, o uso de camelos transportando cargas leves. A vaca, sagrada para os indianos, é o animal que melhor representa essa relação com os animais. Não só por razões religiosas, mas por uma questão de sobrevivência. Aproveita-se quase tudo dela: o leite, a força no campo para mover arados e rodas-

d’água, e até as fezes, que secas ao sol transformam-se em combustível para os fornos a lenha. A maioria da população é vegetariana, mas sabe-se que, nas castas mais baixas, alguns comem galinha. Outro animal muito popular é o pavão, e suas penas se transformam em belíssimos leques. Soubemos também que algumas seitas mais radicais pregam que seus fiéis não matem nenhum ser vivente. Durante essa fascinante viagem seguimos por uma rota nada turística pelo interior e, graças a isso, conseguimos testemunhar realidades que, muitas vezes, nos lembraram paisagens do Sertão de Pernambuco, com povoados muito pobres. Impressionante é notar que, mesmo nesses rincões mais miseráveis, e em todas as camadas sociais, a educação é muito valorizada. Para os indianos, melhorar de vida é muito importante e eles aspiram a uma realidade diferente para os filhos, independentemente de onde se viva, na cidade ou no campo.Universidades como Oxford e Cambridge já perceberam isso e estão abrindo filiais na Índia, com o objetivo de atender não somente os indianos, mas o público asiático como um todo, já que lá está um grande centro de tecnologia da informação (TI).

Palácio dos ventos, Jaipur

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bairros - natal

o PrAzEr dE morAr BEmUm dos mais tradicionais bairros da capital potiguar, o Tirol vive plena renovação urbanística

Paula PerrelliFotos: Yeda Bezerra de Melo

Tranqüilo, arborizado, bem localizado e, além de tudo, lindo. Esse é o Tirol, um belo bairro

da cidade de Natal, que tem como característica a vantagem de mesclar a natureza com o desenvolvimento urbano. Com as dunas brancas acompanhadas de vegetação típica de mata atlântica, e ladeado por amplas e arborizadas avenidas, o Tirol tornou-se símbolo de um lugar aprazível para morar. Antigo e tradicional bairro da capital potiguar, ele ostenta relevantes imagens simbólicas positivas, desde a época em que foi criado para abrigar, prioritariamente, a elite potiguar. Suas ruas e largas avenidas, projetadas pelo arquiteto Giácomo Palumbo, dão um ar de modernidade ao bairro, fato que diferencia a cidade das demais capitais nordestinas. Atualmente, ele continua atraindo as classes elitizadas, com um dinâmico

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processo de renovação habitacional e, conseqüentemente, do padrão do ambiente construído, a maioria em processo de verticalização. Situado no leste da cidade, o Tirol concentra as maiores rendas médias do município, apresentando assim um dos mais altos preços imobiliários. Tem como atributos os elementos paisagísticos de grande valor, as boas condições de infra-estrutura e de serviços públicos, a localização central e o acesso fácil a todas as partes da cidade, além do status especial e da qualidade de vida de quem mora lá. Por isso, hoje, é considerado o lugar mais vantajoso para se morar em Natal. O nível de purificação da sua atmosfera surpreende os estudos realizados pela Nasa, que garante ser em Natal onde se respira o ar mais puro das Américas. “Nesse bairro, sempre se praticou muito esporte”, lembra o aposentado José Guedes da Fonseca Filho, que morou na região por mais de 20 anos.A origem do Tirol se confunde um pouco com a historia do bairro vizinho Petrópolis. Em 1901, foi criada a Cidade Nova, correspondente a esses dois bairros, pelo intendente Joaquim Manoel Teixeira de Moura, em uma região ocupada por vivendas, quintas e granjas. Na época, Natal se encontrava comprimida entre a Ribeira e a Cidade Alta. O local abrangia terras do sítio pertencente ao suíço Jacob Graff, por volta de 1860, cujos limites iam até a Ribeira. De autoria do arquiteto Antônio Polidrelli, o plano de construção da Cidade Nova correspondia ao espaço ocupado desde a Avenida Deodoro até a Rua Campos Sales, abrangendo 60 quarteirões. Concluída em 1904, a criação do Tirol e de Petrópolis constitui a primeira forma de ordenamento urbano de Natal. Esperava-se, com isso, retirar da cidade o aspecto colonial e induzir

o seu crescimento futuro. O Tirol também fez parte da história de um dos grandes nomes da literatura brasileira. O escritor Câmara Cascudo relatou que, na sua adolescência, seu pai comprou uma casa nas terras do bairro, nas primeiras décadas do século XX. Era a “Vila Amélia”, que estava situada numa região de chácaras e quintais. Hoje, o espaço onde estava situada a propriedade é ocupado por trechos das avenidas Campos Sales, Rodrigues Alves e Apodi. Na década de 1940, uma estrada ligando Natal ao Aeroporto de Parnamirim (atuais Hermes da Fonseca e Senador Salgado Filho) representou um dos marcos de crescimento da cidade, pois é uma das mais importantes vias de circulação interna de Natal. De acordo com o historiador Pedro Velho, o nome do Tirol foi apenas uma lembrança da Áustria trazida pelos

portugueses, como era costume na época. Em 1947, uma lei oficializou a localidade como bairro, durante a gestão do prefeito Sylvio Piza Pedroza. Há 12 anos, o Tirol teve seus limites reconstituídos. Confraternização - “É próximo de tudo, não precisava me locomover para outro bairro”, definiu José Guedes. Na tentativa de não apagar as lembranças do tempo em que morou no bairro, José Guedes e um grupo de colegas idealizaram a formação de uma turma apelidada de “Amigos do Tirol”. Trata-se de uma reunião anual para congregar, em um mesmo ambiente, velhos e bons vizinhos numa confraternização que costuma entrar pela madrugada. O encontro, que está no oitavo ano consecutivo, já tem data marcada este ano. Será em 22 de novembro, em um dos clubes do Tirol: a Associação Atlética Banco do Brasil (AABB).

o colégio Atheneu e o midway mall. Pontos tradicionais do bairro

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A expectativa é reunir mais de 600 pessoas, o quórum alcançado pelo último encontro.De acordo com José Guedes, mesmo os antigos moradores do Tirol que não moram mais em Natal não deixam de comparecer ao evento. “Vem gente do Rio, de São Paulo e de Brasília para curtir as lembranças inesquecíveis.” Com emoção, ele relata os momentos que viveu no bairro na sua época de criança e de adolescente. “Os blocos de elite, os assaltos na época carnavalesca, os esportes da juventude nas imediações dos clubes”, relembra. A idéia do grupo já se difundiu, de uma forma que ele inaugurou um blog na Internet (www.amigosdotirol.blogspot.com) e conseguiu até o patrocínio permanente de uma empresa de bebidas. “Estamos cada vez mais motivados para fazer uma apologia ao bairro do Tirol”, completa o aposentado.Como um dos bairros mais requisitados de Natal, o Tirol dispõe de museus, shoppings, parques e igrejas para visitas. O Parque das Dunas, por exemplo, é a imensa área verde que se pode ver no mapa da cidade do Natal e que margeia boa parte do litoral da cidade. É a maior região de preservação ambiental, com 1.172 hectares de mata nativa. Um dos seus atrativos é o Bosque dos Namorados. Essa atração fica exatamente no Tirol, margeando a Avenida Alexandrino de Alencar. É a porta de entrada para o Parque das Dunas e está aberto à visitação pública com sete hectares, 1.300 árvores e atividades permanentes de cultura e lazer (leia matéria sobre o Parque das Dunas nesta edição). No Tirol, também se encontra a Lagoa Manuel Felipe. Já era referida, em documentos de 1646, como um pequeno lago onde nascia o Rio da Cruz, depois chamado de Rio do Baldo, afluente do Potengi.

Atualmente, a Lagoa Manuel Felipe abriga a Cidade da Criança, espaço cultural e de lazer destinado, preferencialmente, ao público infantil. Quem gosta de ciências naturais tem a opção de conhecer o Museu Câmara Cascudo, que possui o mais completo acervo sobre o patrimônio histórico, cultural e natural do Rio Grande do Norte. O número de peças registradas e catalogadas é de aproximadamente 2.500, existindo 3.500 a serem registradas e inventariadas. Ambientes nordestinos, fósseis, esqueletos e utensílios indígenas podem ser vistos no local. Localiza-se numa das principais vias do Tirol, a Avenida Hermes da Fonseca. Câmara Cascudo foi escritor, professor e é considerado o maior folclorista brasileiro.

o bairro é considerado o lugar mais vantajoso para se morar em natal

O maior centro de compras de Natal também está situado no Tirol. Na Avenida Bernardo Vieira, encontra-se o Shopping Midway Mall, considerado o melhor da cidade. Possui 227 mil metros quadrados, com três grandes pavimentos destinados a 211 lojas

e diversos serviços, como cinemas, além de seis pavimentos de garagem gratuita para 3,5 mil veículos. O engenheiro civil Alvamar Júnior mora há três anos no Tirol e diz que uma das melhores coisas do bairro é estar próximo aos centros de compras da capital. “Temos a Rua Afonso Pena, que corresponde à Rua Oscar Freire de São Paulo. É onde estão as lojas de marca”, detalha. Ele não pretende se mudar tão cedo do Tirol e descreve outras vantagens: “Os melhores restaurantes estão do nosso lado, no bairro de Petrópolis”.Um dos clubes mais festejados do Rio Grande do Norte é o América, que construiu a sede social no Tirol. Erguido entre 1945 e 1966, na Avenida Maxaranguape, o local é conhecido pela sociedade natalense como a “Babilônia do Tirol”. Hoje, se posta à venda, não custaria menos do que R$ 20 milhões. No passado, foi palco de inúmeras festas e bailes carnavalescos promovidos pelas classes mais ricas. Por servir de endereço para uma das principais igrejas da capital potiguar, a Paróquia de Nossa Senhora das Graças e Santa Teresinha, o Tirol ganhou duas padroeiras. Construída em 1950, a igreja tem estilo gótico-romano. A festa em homenagem às duas santas ocorre entre 29 de setembro a 1º de outubro.

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gastronomia

PAlAdAr intErnAcionAlA mistura da cozinha nordestina à tradição que vem de fora dá o tempero de pratos irresistíveis

Joana RodriguesFotos: Yeda Bezerra de Melo, Luis Raimundo, Juliana Galvão e Renata Victor

1.

1. O restaurante Abade é conhecido por uma culinária internacional com forte influência da cozinha portuguesa. Como tradição e gastronomia mantêm-se sempre de braços dados, nesta casa o bacalhau tem lugar de merecido destaque. É o que comprova o sabor do prato bacalhau com todos, um dos carros-chefes do restaurante. O preparo

é feito com grande variedade de verduras e legumes, como pimentões coloridos, batatas, cenouras, tomates e azeitonas. A preparação segue o modo tradicional, utilizando cerca de 650 gramas de lombo de bacalhau, porção que, quando preparada, serve de duas a três pessoas. O prato vai à mesa em uma travessa rústica de barro.

2. A história de alguns clientes com o restaurante La France de Fortaleza vem de longe. A casa foi inaugurada há 20 anos na Praia da Capunga e, há sete, faz sucesso também na capital – onde exibe um cardápio variado de frutos do mar com o requinte único da culinária francesa. O filé de peixe ao molho de manteiga branca traz a combinação

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recife antigo2.

harmoniosa entre o sabor dos elementos do molho, como vinho branco, cebola francesa, vinagre branco, creme de leite e manteiga, com a qualidade indiscutível do filé de sirigado. O restaurante La France possui ainda adega climatizada e disponibiliza para o cliente mais de 80 rótulos nacionais e importados.

3. Em outubro de 2007, o restaurante Chiwake foi inaugurado, dando aos recifenses a oportunidade de conhecer os encantos da cozinha peruana. A casa é especializada na culinária nikkei, que incorpora elementos da cozinha japonesa aos pratos mais populares do Peru. O arroz de marisco, sugestão desta edição de Plural, representa perfeitamente este casamento, combinando em sua receita moluscos e crustáceos, como polvo,

camarão, lula e siri, com a pimenta tipicamente peruana aji amarillo e os notadamente japoneses molho shoyo e gengibre. A essa fusão acrescentam-se caldo de camarão e o arroz. O prato é servido com dois camarões de grandes proporções como acompanhamento e salada de alface com cebola.

4. Com um ambiente intimista e aconchegante, a delicatessen e restaurante italiano Cucina de’Carli é uma nova opção para aqueles que acreditam que bons ingredientes são a base de uma boa cozinha. O ravióli de carne, um dos pratos mais populares da casa, é um bom exemplo desta filosofia. Preparado com massa caseira, é acompanhado por molho de tomate sem aditivos, que antes de ir à mesa passa cerca de seis horas cozinhando, até o

gosto ficar apurado. O recheio é feito com carne de boi e porco de primeira qualidade. Mais uma alternativa para os amantes da cozinha italiana.

Serviço:

Restaurante Abade

Via Costeira - Ponta Negra - Natal-RN

(84) 3219.4469

La France

Rua Silva Jatahy, 982 - Meireles

Fortaleza-CE - (85) 3242.5095

Chiwake

Rua da Hora, 820 - Espinheiro

Recife- PE - (81) 3221.1606

Cucina de’Carli

Rua Jader de Andrade, 163

Casa Forte - Recife-PE

(81) 3265.5781

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recife antigo3.

4.

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estilo de vida

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AS FAcES do dr. FontElESComo o conhecido advogado e professor universitário do Ceará se tornou colecionador de moedas

Roberta JungmannFotos: Luis Raimundo

“Gosto tanto de trabalhar, que não trabalho por dinheiro.” Essa é a máxima repetida, à exaustão,

pelo bem-sucedido advogado Gerson Fonteles, que possui uma das mais famosas firmas de advocacia de Fortaleza, com atuação em diversos ramos do direito de negócios, o que ele chama de “conceito de butique do direito societário, tributário e imobiliário”.Formado em direito pela Universidade Federal de Fortaleza, Gerson Fonteles primeiro concluiu o curso de contabilidade pela Universidade Federal do Pará. É também professor universitário de direito tributário e doutorando pela Universidade de Salamanca, na Espanha.Sua vida profissional começou, no entanto, há mais de 30 anos, como gerente na multinacional PricewaterhouseCoopers, cargo que durante os 13 anos de atuação lhe deu a oportunidade de percorrer todo o Brasil, em especial a Amazônia.Entre as décadas de 1960 e 1970 residiu em Pernambuco, onde conheceu a esposa, Ana Júlia, natural de Garanhuns, com quem está muito bem casado até hoje. É dela a responsabilidade de lidar com as finanças do escritório, pois cuida de toda a parte administrativa. Bem-humorado, brinca: “É dela a chave do cofre”. Desse sólido

relacionamento nasceram as duas filhas, Adele e Janine, que optaram por seguir a carreira do pai e atuam com ele no escritório de advocacia. ”Elas trabalham comigo sem nenhum privilégio. Cumpriram todas as etapas que os outros profissionais cumprem para chegar aonde estão”, sentencia Dr. Fonteles, como é conhecido no escritório e na sociedade cearense. Sua paixão pelo que faz salta aos olhos. Ao conversar com ele sobre a profissão, vai logo afirmando: “Se o céu não for lugar de trabalho, não serve para mim”. Apesar de um workaholic assumido, faz questão de reservar tempo para a família − em especial para os netos, Abel e Louise −, para o tênis e para o totó. Confessa-se e um jogador de

tênis bissexto e um excelente back central no Totó. Também realiza um lindo trabalho na área social, o que ele denomina de trabalho pró-bono. Traduzindo: presta consultoria jurídica, sem nenhum fim lucrativo, para várias entidades sérias que atuam na área do terceiro setor. Mas o Dr. Fonteles é também um dos maiores numismatas do país. Possui uma das quatro maiores coleções de moedas e cédulas do Brasil. “O colecionismo está no sangue.” Tudo começou aos 12 anos de idade. Num dia de chuva, achou uma “coisa”; quando limpou, viu que se tratava de uma moeda. Era uma prata de 1924, conhecida, no jargão numismático, como cachorrinho. Dr. Fonteles a considera sua mascote ou a moeda

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número 1 do Tio Patinhas.Da adolescência para cá, não parou mais de juntar moedas do mundo inteiro e cédulas do Brasil, algumas delas raríssimas e de valor incalculável. Como a coleção cresceu muito, sentiu necessidade de organizar e acabou se tornando conselheiro da Sociedade Numismática Cearense. Acredita que através da moeda é possível conhecer toda a história de uma sociedade. Há dois anos, por intermédio de clientes internacionais, conheceu a Moura Dubeux. Desde que a empresa pernambucana se instalou no Ceará, vem prestando assessoria jurídica. E foi com esse espírito de trabalho que Dr. Fonteles respondeu ao nosso bate-bola: Eu sou: “Um cidadão comum”.

Ser um jurista é: “Um qualificativo para poucos; sou apenas um operário do direito”.

Eu faço: “Tudo aquilo que é colocado ao meu alcance, com afinco e dedicação”.

O bom da vida é: “Ter saúde – o melhor bem da vida; o resto é o dinheiro, que não traz felicidade, mas ajuda na hora do infortúnio”.

Não dá para viver sem: “Deus,

criador e mantenedor do universo, e a minha família”. Sempre me dou ao luxo de: “Tirar umas férias”.

Um presente inesquecível: “Minhas filhas e, agora, meus netos”. Férias ideais: “Viajando com a esposa para lugares não conhecidos”.

Para relaxar: “Uma boa leitura no aconchego do lar, na companhia da esposa, há quase 40 anos”. Sempre me esqueço de: “Telefone celular. Talvez um modo instintivo de defesa”.

Nunca me esqueço de: “Compromissos”. Um lugar para se morar: “Garanhuns, que considero a minha Meca”. Minha casa é: “O meu refúgio”. Nela não pode faltar: “Paz e harmonia”. Um ritmo musical: “Depende do momento. Um bom clássico é boa pedida”. Um lugar no ceará: “Fortaleza, onde

me sinto forte e protegido”. Sobre religião: “Sem fanatismo. Aliás, é uma forma de paixão e o ‘Juiz’ (Deus), neste caso, deveria decretar a incapacidade provisória fora da razão”.

Sobre política: “Mais ética, e ética dispensa regras”.

O time do coração: “Meu Corinthians, embora na Série B”. Um destaque no mundo jurídico: “O juiz e professor Hugo de Brito Machado, ético e competente”. Um bom advogado é aquele que: “Vê o cliente como “gente”, antes das coisas”. As leis no Brasil são: “Confusas e casuísticas. A Lei Maior deveria ser de princípios. Leis complementares, mudam-nas a cada quatro meses”.

A solução para o Brasil: “Mais democracia. Como já se disse, é o pior regime político, porém ainda não se inventou um melhor”.

Uma lição de vida:“Minha mãe, de saudosa memória. Na sua morte, embora partindo cedo, abençoou os filhos falando até o último instante, seguindo tranqüila”.

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PLAnejAmento AnteciPAdo fAz A difeRençAGanho de tempo para pesquisar os gastos com a mobília é a garantia de um apartamento mais bonito, aconchegante e funcional

Mariana QueirogaFotos: Fotografics

decoração

Quantas pessoas não desejam

ter um lugarzinho para mobiliar

do seu jeito e de acordo com

seu bolso? Mas, para que o projeto

final saia com a cara de quem o

idealizou é importante a ajuda de um

profissional da área e, principalmente,

planejar tudo a ser investido na obra.

Atualmente o orçamento familiar não

anda com sobras para gastar com

materiais e objetos desnecessários.

É por isso que, na hora de comprar

um imóvel, se o cliente fizer um plano

antecipado, ele ganhará tempo para

poder fazer as pesquisas de preço.

De acordo com o arquiteto Zezinho

Santos, o cliente deve adquirir

exatamente o que precisa e saber

o que cabe no seu orçamento.

“Durante a compra devem ser

discutidas as expectativas do cliente

para que tudo saia como planejado

depois de pronto. A questão resume-

se ao sonho certo, no apartamento

certo, recheado com as coisas

certas”, diz Zezinho.

Para ajudar nesse planejamento,

a construtora Moura Dubeux está

oferecendo um serviço diferenciado,

os apartamentos-modelo, decorados

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PLURAL 45

por arquitetos para que o cliente

tenha uma noção real do espaço e

assim imaginar como ficará o futuro

imóvel. Segundo a arquiteta Sandra

Brandão, a nova tendência só traz

benefícios. “É importante essa

perspectiva para que ele conheça

os materiais usados, as cores que

realçam, as cortinas, os tapetes, tudo

necessário para usar no imóvel com

conforto e principalmente feliz com o

investimento que será feito.”

Todos os móveis embutidos utilizados

pelos arquitetos são da fábrica

pernambucana Desiderato.

Conforto suave em bairro nobre

Apartamento-modelo do Ed. Engenho Casa Forte é assinado por Zezinho Santos

Em meio à poluição visual e sonora

que toma conta do Recife, as

pessoas cada vez mais procuram

um lugar tranqüilo para morar.

Muitos se mudam para o campo ou

para cidades menores, mas para

aqueles que não abrem mão de

morar na cidade a melhor opção

é o bairro nobre de Casa Forte.

Localizado na Zona Norte, ele é

reconhecido pela sua extensa área

verde e inúmeras edificações de

valor histórico, compondo um clima

todo aconchegante.

Pensando em oferecer opções

para quem preza pela qualidade de

vida, a Moura Dubeux lança mais

um empreendimento na região: o

Engenho Casa Forte. Construído

numa área de aproximadamente

18 mil m², em plena Estrada do

Encanamento, o edifício de 35

pavimentos traz 105 unidades, sendo

três por andar. Cada apartamento

tem 105m² de área privativa, com

três quartos, sendo uma suíte, mais

duas vagas na garagem. A estrutura

de lazer é completa, apresentando

piscina com deck, sauna, espaço

gourmet, sala de ginástica e salão de

festas com copa.

Para o lançamento, a Moura Dubeux

convidou o renomado arquiteto

“o sonho certo, no apartamento certo, recheado com as

coisas certas.”

zezinho Santos, arquiteto

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Zezinho Santos para assinar o projeto

do apartamento-modelo, dando um gostinho a mais ao cliente de como poderá ser seu futuro imóvel. “É uma experiência extrema montar um apartamento decorado, pois só através dele é que o cliente tem a real noção dos ambientes, da relação entre eles e dos espaços a serem explorados”, explica o arquiteto. No projeto, Zezinho Santos primou pela característica de unidade atrelada a um design com personalidade. No piso da maioria dos ambientes, o arquiteto optou pelo porcelanato, com exceção

dos quartos, que aparecem com o carpete de madeira. Já nas paredes, as cores escolhidas foram o cinza-claro, na sala, cozinha e nos banheiros, e o branco, nos quartos, criando um ambiente suave e relaxante. Segundo Santos, o apartamento foi projetado para um jovem casal e sem filhos, com quarto de hóspedes, que pode ser facilmente adaptado para um quarto de bebê. Na sala de dois ambientes, muita área livre, que, de acordo com ele, é o maior luxo a que uma pessoa pode se dar hoje em dia.

Funcional e com a sua cara

Apartamento-modelo no Ed. Hannah Safieh traz opções para se morar bem e com conforto

“Ter idéia de medidas, proporções e como explorar bem os espaços.” De acordo com a arquiteta Marília Bezerra, que assinou o projeto do apartamento decorado do Edifício Hannah Safieh, esses são os objetivos que tornam a realização de um “espaço-modelo” de grande importância para um futuro

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PLURAL 47

proprietário. “A idéia é proporcionar ao comprador toda a magia do seu empreendimento, oferecendo uma boa ambientação de interiores para que o sonho se torne cada vez mais desejado.”Os apartamentos podem ser de 55 m² ou 82 m², com dois ou três quartos, sendo um com suíte. O edifício, que fica em Natal, no bairro de Petrópolis, tem uma área de lazer completa com sauna, fitness center, piscina com raia e deck, além de um salão de festas e jogos. No apartamento decorado, Marília primou por mostrar ao cliente

elementos que cada vez mais são tendências no mundo da decoração: conforto, funcionalidade e personalidade. Por ser uma área com dimensões reduzidas, a arquiteta optou por usar cores claras, para deixar o ambiente integrado e à vontade para o morador.Para o piso da sala e dos quartos, a arquiteta optou pelo piso durafloor, e no banheiro e cozinha, pelo porcelanato. Já nas paredes a cor escolhida foi o bege. “Todos os materiais são de excelente qualidade, fazendo uma composição harmônica e tendo como resultado um ambiente

clean, despojado e chique ao mesmo tempo”, diz Marília. O apartamento decorado foi imaginado para um casal que mora em outra cidade, mas os filhos estudam em Natal. “Eu idealizei um ambiente bom para morar. A minha idéia é que quando os pais forem visitar os filhos, eles tenham espaço e conforto dentro de casa.” Na sala, Bezerra conseguiu fazer dois ambientes, por meio de uma bancada de mármore que ajudou a oferecer privacidade à cozinha. “Mudei a planta do projeto para aumentar e aproveitar mais o ambiente.”

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beAch cLASS coLoniALEmpreendimento “home service” com três torres e apartamentos com armários de alto padrão vai ocupar área do antigo Hotel Colonial

Paula PerrelliIlustrações: Eikon Arquitetura e Urbanismo e MV3D

cidade moderna - fortaleza

Focada na expansão da sua atuação nas capitais nordestinas, a Moura Dubeux

prepara o primeiro lançamento na capital cearense. Trata-se do Beach Class Colonial Residence, que será erguido na Praia de Iracema, no terreno de seis mil metros quadrados que abrigava o antigo Hotel Colonial. Serão três torres de 21 pavimentos e mais três de garagem. O empreendimento levará para os cearenses o estilo tão bem aceito do “home service”, condomínios que dispõem de arrumadeira, camareira e lavanderia no intuito de proporcionar o máximo de conforto aos moradores.O projeto de construção prevê ainda que os apartamentos já sejam entregues com armários de alto padrão prontos nos quartos e nos banheiros, além da cozinha e da área de serviço. A novidade é fruto de um acordo com a fábrica pernambucana Desiderato, que produz móveis com a atenção voltada para as últimas tendências do alto design italiano. Duas torres serão compostas de 260 unidades de dois quartos com área total de 56 metros quadrados. O apartamento é compacto, mas tem suíte, varanda, sala, cozinha, banheiro social e área de serviço. O valor desse imóvel pode variar de R$ 184 mil a R$ 226 mil, com plano de 240 meses, 30%

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PLURAL 49

Ambientes espaçosos e armários desiderato asseguram conforto e

praticidadeaté as chaves e entrega da obra em três anos. A terceira torre terá quatro unidades residenciais por andar, com apartamentos de 112 metros quadrados, com três ou quatro quartos, sala, cozinha e dependência completa. Como diferencial, oferece várias opções de planta, que podem ser adaptadas de acordo com as necessidades dos clientes. Por exemplo, o comprador pode optar por ter três suítes no imóvel. Nos últimos andares, os apartamentos serão duplex, com área de 119 metros quadrados. Esta terceira torre terá um total de 90 unidades. O valor do imóvel chega a R$ 420 mil, também num plano de 240 meses. Tal plano é novidade no mercado imobiliário cearense. Até então, as construtoras não ofereciam

um prazo tão extenso para quitação de um imóvel.

Profissionais locais - Para expandir as atividades para o Nordeste, a Moura Dubeux procura implantar um método eficiente para desenvolvimento das obras: a contratação de profissionais locais. Ficaram a cargo do escritório de arquitetura Luiz Fiúza os traços do Beach Class. A empresa também utilizará mão-de-obra local em sua execução e, para isso, já iniciou um processo de treinamento dos trabalhadores da construção civil para que eles possam corresponder às expectativas do alto padrão de construção praticado pela MD. “Devemos convocar 200 pessoas para a obra”, detalhou o gerente regional da empresa em Fortaleza,

Fernando Amorim. De acordo com ele, um dos atrativos do empreendimento é a área de lazer, que ocupa um espaço privilegiado do projeto arquitetônico. “Um terreno de seis mil metros quadrados é muito grande, por isso aproveitamos para fortalecer o conceito de clube, onde as pessoas podem se divertir e relaxar pagando apenas o condomínio de onde moram.” Uma extensa piscina que, além de acoplada a um barzinho, dispõe de sauna, salão de festas, espaço gourmet, fitness completo, sala de massagem e um setor só com entretenimento, com sala de cinema, lan house e salão de jogos, são as especificações da área.

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edifício beAch cLASS coLoniAL ReSidence

dUAS toRReS

21 pavimentos-tipo

5, 6 ou 7 apartamentos por andar (de acordo

com o andar)

56 m² de área por apartamento

2 quartos (sendo 1 suíte)

Sala

Varanda

Wc social

cozinha

Área de serviço

2 elevadores por torre (1 social)

1 ou 2 vagas na garagem

UmA toRRe

21 pavimentos-tipo

4 apartamentos por andar

112 ou 119 m² de área por apartamento

3 ou 4 quartos (podendo ser 3 suítes)

Sala

cozinha

dependência completa

2 elevadores por torre (1 social)

1 ou 2 vagas na garagem

comUm

espaço gourmet, lounge, piano bar, home

office, sala de reuniões, home hheater, salão

de festas com copa e Wc, garage band,

salão de jogos com lan house, brinquedoteca,

biblioteca, SPA com massagem e fitness

(spining, musculação, artes marciais e pilates),

piscina com raia de 25 metros, deck com bar

molhado e sauna interligada. em segurança,

port cochère, duas guaritas blindadas e lobby

único para as três torres.

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PLURAL 51

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52 PLURAL

cidade moderna - recife

A moRAdiA ReinVentAdASeguindo uma tendência mundial, o Evolution Shopping Park é o primeiro empreendimento de alto padrão da região a agregar residência a uma ampla rede de serviços.

Júlia Nogueira de AlmeidaIlustrações: MV3DFotos: Renata Victor e divulgação

No passado, o costume de misturar comércio e residência era comum à realidade de um

Brasil que já não existe mais. Até a década de 50, a idéia de prédios multifuncionais ainda era forte – vide os exemplos do Conjunto Nacional e do famoso Edifício Copan, em São Paulo, que inauguraram no Brasil o formato de prédios ao mesmo tempo comerciais e residenciais.Com o surgimento de bairros

exclusivamente residenciais, esse modelo caiu em desuso e as atividades comerciais e de serviços foram ficando cada vez mais separadas das áreas de moradia. Os poucos exemplares que restaram do modelo anterior passaram a ser vistos como exceções - de maneira periférica, quase marginal - e sinônimos de moradia improvisada e sem qualidade.O mundo mudou e, agora, a sociedade passa a revalorizar a idéia de aliar a moradia ao acesso a produtos e serviços da vida moderna.

Mas não exatamente no formato de décadas passadas. O que se quer, hoje, é uma gama muito maior de serviços que agreguem valor a esse novo estilo de morar.É uma tendência global: morar, trabalhar, estudar e fazer compras num só lugar (vide boxe adiante, com exemplos de empreendimentos do gênero em outros países). Ou, em outras palavras: viver perto de grandes centros de compras passou a ser uma possibilidade cada vez mais atraente para quem precisa de um dia-a-dia prático e busca alternativas para

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a insegurança e o trânsito caótico das grandes cidades. Sempre atenta às tendências mundiais, a Construtora Moura Dubeux apresenta ao mercado o Evolution Shopping Park, um empreendimento inovador e inédito no segmento imobiliário de Pernambuco que pretende, justamente, ser ícone da inauguração dessa tendência no mercado local, com localização privilegiada no coração de Boa Viagem, a poucos passos do Shopping Center Recife, maior centro comercial do Norte/Nordeste.O Evolution Shopping Park também será um ícone local da evolução do conceito de morar. O nome do projeto surgiu a partir da percepção da Moura Dubeux de que a evolução entrou na vida das pessoas de maneira convergente, atingindo em cheio os mercados de telefonia, eletrônica e tecnologia, de modo geral. No mesmo caminho, essa nova tendência evolutiva chega ao segmento imobiliário como um diferencial no estilo de morar. Como veremos adiante, o “jeito Evolution de ser e de viver” está em todos os detalhes do empreendimento e é ancorado em cinco conceitos: localização diferenciada, home resort, home fitting, ecosolutions e easy life. Além da localização privilegiada, a proposta do Evolution é ser um verdadeiro home resort, com ampla oferta de uma moderna estrutura de lazer, totalmente equipada e voltada aos diferentes perfis e faixas etárias de seus moradores. Para garantir o contato com a natureza num ambiente agradável e a sustentabilidade do empreendimento, o Evolution Shopping Park será um condomínio funcional e ecologicamente correto. Isso será possível graças a uma série de soluções (ecosolutions), projetadas para que moradores e infra-estrutura

física do condomínio estejam em total harmonia com o meio ambiente.

Home fitting - Características como harmonia, organização e bom gosto também serão observadas na parte interna dos prédios, que terão seus halls de entrada decorados por arquitetos locais, considerados “grifes” em suas áreas de atuação, de acordo com a identidade de cada edifício. Para os apartamentos, o projeto prevê ainda a opção de o proprietário adotar o sistema de home fitting, no qual o apartamento já é

entregue ao morador equipado com os armários dos quartos e da cozinha.Completando o conjunto de conceitos que norteiam o projeto do Evolution Shopping Park, para garantir o conforto dos moradores e o completo funcionamento do condomínio, os condôminos do Evolution contarão com o easy life, uma exclusiva estrutura de apoio e serviços especializados em gestão de condomínio, sob a responsabilidade da APSA, empresa com amplo know-how no segmento (leia mais sobre os serviços APSA na entrevista adiante).

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Inovar para evoluir - O Evolution Shopping Park é o primeiro empreendimento de residência de alto padrão agregada a uma ampla rede de serviços do Estado. O próprio nome do empreendimento remete à evolução do conceito de moradia, com a proposta de agregar valor e qualidade de vida a essa experiência, em todos os seus detalhes.Além do luxo, destacam-se aspectos como conforto, segurança, lazer e praticidade. “Como em tudo o que a Moura Dubeux faz, trabalhamos com o conceito de pioneirismo e exclusividade, com a marca do alto padrão de excelência e o primor nos acabamentos. Assim, o morador do Evolution terá, dentro do condomínio, muito mais que somente uma piscina e uma pista de cooper”, afirma o gerente de marketing da Moura Dubeux, Bruno Perrelli.O objetivo da Moura Dubeux foi adaptar em Pernambuco um novo conceito mundial de habitação e moradia, respeitando as preferências culturais do recifense, que valoriza aspectos como privacidade e identidade própria – inclusive quando o assunto é morar bem. “Queremos oferecer algo totalmente diferenciado, aliando fatores como produto, localização, infra-estrutura e forma de pagamento”, diz o gerente comercial da construtora, Tony Vasconcelos. É importante ressaltar que cada prédio do Evolution Shopping Park terá uma personalidade única. A altura das torres varia entre 22, 25, 30 e 33 andares, com apartamentos de 90 a 170 metros quadrados – todos com sala para dois ambientes, dependência completa, duas vagas de garagem cobertas e varanda gourmet. No caso dos apartamentos com 170 m², apesar de não terem varanda gourmet, possuem sala para três ambientes e três vagas de garagem. “Queremos atingir vários perfis de

público, que tenham poder aquisitivo semelhante, mas necessidades de espaço diferentes. Daí a variação no tamanho dos apartamentos e o fato de termos um empreendimento voltado tanto para pessoas que estão comprando seu primeiro imóvel quanto para quem já está com os filhos criados e não quer mais manter uma casa grande demais”, explica Tony Vasconcelos. “Além de tudo, estaremos ao lado do maior shopping center da região. Por isso, buscamos atingir não apenas quem gosta da zona sul, mas, sobretudo, quem gosta do shopping”, emenda.

“Síntese de desejos e possibilidades” - O Evolution Shopping Park terá três pavimentos de garagem (todas cobertas) e ainda um quarto piso, localizado seis metros acima do nível da rua (o que vai garantir mais privacidade), destinado às atividades de lazer e convivência comuns a todas as torres. Não haverá muros nem barreiras. Essa área será cercada por um gradil, com um grande jardim integrado à paisagem. A estrutura do empreendimento é majestosa: serão cinco torres residenciais com entradas, saídas e circulações individuais e independentes, e acessos exclusivos ao Shopping Recife (o objetivo é que os moradores do Evolution se dirijam ao centro de compras a pé). As torres - com grande área envidraçada e elevadores de última geração - estarão fincadas dentro de uma grande área comum, onde o lazer, a praticidade e o contato com a natureza serão prioridades. “Dessa forma, evoluímos para uma opção residencial nova, calma e segura, ao mesmo tempo que nos aproximamos da tradição local. Ao inserir áreas residenciais importantes ao lado dos principais centros comerciais e empresariais,

o ShoPPinGem nÚmeRoS

ÁREA BRUTA LOCÁVEL • 403 unidades = 78.000 m²• 386 satélites = 37.000 m²• 9 âncoras = 28.000 m²• 6 megalojas = 8.000 m²• 2 áreas de lazer = 5.000 m²

FLUXO DE PÚBLICO (média diária) • 60 mil clientes no mall• 20 mil veículos• 900 desembarques de ônibus • 1.100 desembarques de táxis• 8 mil clientes vêm andando de casa ou do trabalho

PERFIL DO CONSUMIDOR • 74% das classes A e B• 74% têm idade a partir dos 25 anos• 38% vão ao shopping 1 a 2 vezes por semana• 73% dos clientes gastam ao ir ao Shopping Center Recife*• TKT médio de compras: R$ 104,11*• 30% das vendas do comércio formal do Recife são realizadas no Shopping Recife• Em 2007, as vendas cresceram 12% (R$ 884 milhões)

* Fonte: Pesquisa Mall Monitor - Set/2007

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evitamos longos deslocamentos e vamos ao encontro dos objetivos de sustentabilidade”, explica o arquiteto Jerônimo da Cunha Lima, que assina o projeto arquitetônico do Evolution Shopping Park. “A arquitetura do Evolution é única. Concebida com liberdade, é síntese de desejos e possibilidades”, observa ele. “Da verticalidade de suas torres, visuais inesperados da cidade, do mar e do parque dos manguezais. Externamente, volumes esbeltos e curvas suaves surgem do paisagismo exuberante da esplanada, inspirados na busca do conforto e da harmonia”, explica o arquiteto.O conceito de exclusividade e a identidade de cada edifício serão preservados em cinco espaços de lazer temáticos: Fitness, Gourmet, Mulher (incluindo um spa com piscina térmica, hidromassagem, sauna e espaço para massagens), Infanto-Juvenil (com lan house, autorama, cineminha, brinquedoteca e garage band) e Sala de Jogos. Cada um segue uma linha, mas todos poderão ser usados pelos moradores de cada uma das torres, sem restrições. Outro detalhe que faz a diferença é que, diferentemente da maioria dos condomínios convencionais, todos esses espaços de lazer serão entregues totalmente

equipados e prontos para uso. Ao todo, o projeto soma mais de 50 espaços e equipamentos de diversão, relax e lazer.

o “jardim de água”

formado pelas

piscinas terá 2.100m²

Home resort - Um dos espaços mais requisitados nos condomínios modernos é aquele destinado à prática de exercícios físicos. No caso do Evolution Shopping Park, porém, o que os moradores vão encontrar é muito mais do que uma simples sala de ginástica. Trata-se, na realidade, de um completo fitness center, com capacidade para 70 pessoas e professores de plantão em todos os turnos para orientar os alunos no uso dos equipamentos, ou mesmo no comando de aulas de diversas modalidades em horários préestabelecidos. O valor da hora-aula desses profissionais já estará incluído na taxa de condomínio.A proposta é movimentar o condomínio com atividades e modalidades para todos os gostos e faixas etárias, desde futebol, vôlei e ginástica, passando por ioga, alongamento, dança, musculação,

natação e hidroginástica, além de programas específicos para a terceira idade.O professor de educação física Carlos Kucera, sócio de uma empresa de consultoria e assessoria esportiva, é acostumado a montar programas de atividade física, saúde e bem-estar específicos para condomínios. “Esse é um trabalho inovador, especializado e diferenciado, voltado para um novo conceito de condomínios residenciais”, explica ele, que já atua em prédios construídos pela Moura Dubeux em Pernambuco, a exemplo dos edifícios Margarina Pontes, Guilherme Pontes e Maria Pia, no bairro de Casa Forte, zona norte do Recife.

Ecosolutions - O arquiteto Luiz Vieira, responsável pelo projeto paisagístico do Evolution, fala sobre a concepção e o estilo adotado em cada um dos espaços do Complexo. Ele também destaca o importante papel de resgate da função da moradia que o empreendimento exerce, remetendo a um tempo em que as crianças brincavam na rua e diversão era sinônimo de liberdade. “O Evolution Shopping Park acompanha as tendências de um novo conceito de morar. É um refúgio de tranqüilidade dentro da atual configuração urbana

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das grandes cidades”, afirma.Para Luiz Vieira, o empreendimento promove um resgate da recreação e das áreas de convivência em grupo, como um convite para sair da rotina estressante. Dentro do empreendimento, tudo pode ser feito a pé, com segurança e acesso a diversas atividades e equipamentos de lazer, espaços de convívio e meditação para pessoas de todas as idades; além de jardins, pista de cooper, praças de leitura, quadras de esportes, pergolados e caramanchões com trepadeiras que vão garantir áreas de sombra. “Tudo estará à mão, sem a necessidade de encarar o trânsito”, diz o paisagista.Quem tem criança também não vai precisar lotar a agenda dos filhos com atividades de recreação longe de casa – prática comum em tempos de violência urbana exacerbada e que, muitas vezes, acaba estressando as crianças.Segundo Luiz Vieira, a proposta do Projeto é trabalhar o conceito de sustentabilidade aliado à beleza, estética e funcionalidade como diferenciais. “O contato com elementos da natureza será a tônica do projeto, que terá um paisagismo arrojado, com água, terra e vegetação sobre um teto-jardim na cobertura das garagens. Essa cobertura verde vai colaborar na absorção da luz solar e da água da chuva, reduzindo a temperatura ambiente e a saturação na rede de drenagem pública. Além disso, teremos um ‘cinturão verde’ ao redor do condomínio. A vegetação externa estará no nível da rua, com árvores de grande porte de espécies nativas, fincadas em solo natural para dar suporte à ave-fauna.” De acordo com Vieira, no Evolution Shopping Park a água também será um forte elemento de beleza e frescor psicológico, somando uma área molhada de 2.100 m². “A

água vai entrar quebrando a aridez e conferindo outra dimensão de contemplação dos espaços a todos os moradores. Haverá uma grande área molhada, que chamamos de ‘Jardim de Água’, composto por diversas piscinas equipadas com minitoboágua, hidromassagem, deck molhado, duas raias de natação de 25 metros cada, espaços de relax e recreação aquática. Será um oásis na cidade”, completa.

Respeito ao meio ambiente - Visando à sustentabilidade de todos os seus empreendimentos, a construtora Moura Dubeux pesquisa e estuda ações e procedimentos que possam evitar o desperdício de recursos e reduzir o impacto ambiental em suas obras e entornos, em todas as etapas do processo construtivo – desde o planejamento e a execução da obra até o pleno funcionamento do empreendimento. É o que chamamos de ecobuilding. No caso do Evolution Shopping Park isso não será diferente. Única construtora do Norte/Nordeste a possuir certificação em três sistemas internacionais (OSHAS 18001 - Segurança, ISO 9000 - Qualidade e ISO 14000 - Responsabilidade Socioambiental) simultaneamente, a Moura Dubeux estuda ações desse

tipo a serem implantadas no Evolution, para que se torne um condomínio ecologicamente correto, com base no conceito de ecobuilding.Entre essas ações, além da instalação de medidores individuais do consumo de água e gás nos apartamentos, também são avaliadas outras medidas, como implantação de sistema de aproveitamento da água da chuva para rega de jardim; poço raso para aproveitamento da água do lençol freático com a mesma finalidade; irrigação por aspersão; uso de redutores de vazão nas torneiras; instalação de torneiras do tipo monocomando; uso de vidro laminado (que impede a passagem de calor e permite maior economia no uso do ar-condicionado) e sensores de presença nas áreas comuns dos prédios; sistemas de energia solar e eólica. Além disso, cuidados semelhantes na redução do uso de energia e de recursos naturais, redução de resíduos gerados e monitoramento da aplicação da legislação específica estão presentes desde o início da obra. Outra novidade é que a Moura Dubeux vai colaborar com a criação de uma pequena reserva verde, próxima ao empreendimento. Isso será possível porque a construtora vai adotar uma praça ao lado do

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condomínio, com o objetivo de preservar a natureza da área e criar uma sementeira para arborizar outras localidades do Recife.

Easy life - Além de tudo o que já foi dito, o que faz do Evolution Shopping Park um empreendimento inovador é seu orçamento compatível com a realidade local. De acordo com o gerente comercial da Moura Dubeux, Tony Vasconcelos, a proposta é que seja um condomínio completo, com uma vasta gama de equipamentos e serviços agregados, mas sem que seja necessário cobrar muito por isso. “Nossa idéia é ratear proporcionalmente os custos e as despesas de manutenção de todo o complexo, inclusive da área de lazer, com todos os apartamentos”. O valor estimado da taxa de condomínio deverá variar de R$ 350 a R$ 580, dependendo do padrão da unidade (veja quadro sobre tipologia dos apartamentos). Para gerir o funcionamento do Evolution Shopping Park em toda a sua complexidade, a Moura Dubeux estabeleceu uma parceria com a APSA - Gestão Patrimonial e Negócios Imobiliários, uma empresa brasileira que é a maior administradora de condomínios da América Latina, com 76 anos de experiência na gestão e operação desse tipo de empreendimento. Com atuação na maior parte do território nacional, a empresa, que administra mais de seis mil imóveis em todo o Brasil, começa a expandir suas atividades para as principais cidades nordestinas e, desde março, conta com uma agência instalada no Recife. Vale ressaltar, ainda, que a previsão dos valores das taxas de condomínio do Evolution Shopping Park foi feita a partir de um minucioso orçamento elaborado pela APSA.A revista Plural conversou com o

gerente-geral de expansão da APSA, Jean Carvalho, sobre a chegada da empresa ao exigente mercado pernambucano, a parceria com a Moura Dubeux e o desafio de administrar um empreendimento do porte do Evolution Shopping Park. Abaixo, uma síntese das declarações de Jean Carvalho à revista Plural.

Sobre o Evolution Shopping Park “O projeto Evolution Shopping Park é inovador e arrojado, associando luxo e lazer de alto nível, diferente de tudo o que estamos acostumados a ver no mercado. Quem for morar nesse empreendimento vai agregar muita qualidade à sua vida.”

Parceria com a Moura Dubeux“Para a APSA, atuar em parceria

com a Moura Dubeux é uma grande responsabilidade, porque a construtora é uma grife de excelência em tudo o que faz. Visitamos diversos condomínios da MD e ficamos impressionados com a qualidade construtiva dos prédios - um luxo que não vemos nem mesmo no Sul do país.” Atuação da APSA“Hoje já administramos mais de 2.900 condomínios em todo o país, sendo 40 só em Pernambuco. A APSA é especializada na estruturação, planejamento, orçamento e operacionalização das atividades de um condomínio. Cuidaremos do gerenciamento completo de todas as questões do Evolution, nos aspectos financeiro,

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fiscal e legal, além de exercer tomada de decisões estratégicas junto ao síndico e ao conselho administrativo, visando ao bem-estar dos moradores, além da redução dos custos e do bom funcionamento do condomínio. Para monitorar tudo com eficiência, teremos um concierge que vai centralizar as demandas do complexo, com funcionários treinados para monitorar e garantir o bom funcionamento de todas as atividades do condomínio, além de gerenciar a prestação de serviços opcionais pay-per-use, terceirizados junto a uma ampla rede de fornecedores credenciados, nas mais diversas áreas. Tudo para tornar a vida dos moradores mais prática e segura, sem que eles precisem sair de casa para tomar simples providências do dia-a-dia, como lavar o carro, fazer as unhas, ir à lavanderia, levar o animal de estimação ao pet shop ou contratar um encanador ou um marceneiro, entre tantas outras vantagens.”

Esse pacote de facilidades e assistência diferenciadas prestadas pela APSA é chamado de easy life. Os serviços opcionais (os chamados pay-per-use) citados por Jean Carvalho terão preços tabelados com valores diferenciados e exclusivos para os moradores do Evolution. Haverá também a possibilidade de fazer pacotes promocionais desses serviços.

Serviço:

JCL Arquitetoswww.jclarquitetos.com.br

Luiz Vieira Arquitetura de Paisagem www.luizvieira.com

APSA - Gestão Patrimonial e Negócios Imobiliários | www.apsa.com.br

condomínioS “ALL incLUded” PeLo mUndo

Em sua edição de 7 de maio de 2008, a revista Veja estampou duas de suas páginas com a matéria Morar no Shopping (assinada pela repórter Bel Moherdaui), que tratava da idéia de viver, trabalhar e comprar no mesmo lugar como nova tendência da habitação mundial. O texto traz vários exemplos de projetos bem sucedidos, nos moldes do Evolution Shopping Park, já em funcionamento ou em fase de construção no mundo todo, como o Time Warner, no coração de Nova Iorque. Entre eles está também aquele que talvez seja o mais impactante de todos atualmente: o superlativo Kanyon, em Istambul, na Turquia, inaugurado há dois anos. O Kanyon é tão grandioso que chega a ser difícil, para os padrões brasileiros, imaginar como funciona, de fato, um empreendimento desse porte. O nome vem do vão livre de 180 metros que divide o prédio principal, fazendo com que ele se assemelhe a um cânion natural, com direito, inclusive, a um desenho todo entrecortado, cheio de fendas e curvas arrojadas. Parte de seus 179 apartamentos tem vista privilegiada para o Estreito de Bósforo, ponto de passagem entre o Mar Negro e o Mar de Mármara.Mas o complexo turco não foi o primeiro do tipo no mundo. Esse título vai, mais uma vez, para os japoneses, que construíram, há cinco anos, na capital japonesa, o Roppongi Hills, um complexo gigantesco de 100.000 m2, quatro torres (a mais alta tem 54 andares), 840 apartamentos, nove salas de cinema, um museu, uma galeria de arte, 80 restaurantes, lojas, jardins e até uma universidade, a Roppongi Academy.Tanta comodidade tem um preço, e especialistas do setor garantem que o valor de um apartamento num complexo desse tipo pode chegar a custar até 30% mais que um imóvel convencional. Mas, a julgar pelo tamanho da fila de inaugurações de obras desse padrão e pelo sucesso refletido no volume e na velocidade das vendas, o negócio vale a pena. Guardadas as devidas proporções e peculiaridades culturais, o Recife caminha na mesma direção das grandes cidades do mundo.

Kanyon, Turquia

Roppongi Hills, Japão

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tiPoLoGiA doS APARtAmentoS

SKY PARK • 33 andares • Apartamentos de 90 m² • 3 quartos • Varanda gourmet• Sala para 2 ambientes• 2 vagas de garagem

SUN PARK • 30 andares • Apartamentos de 100 m² • 3 quartos• Varanda gourmet• Sala para 2 ambientes• 2 vagas de garagem

GREEN PARK • 25 andares • Apartamentos de 135 m² • 4 quartos• Varanda gourmet• Sala para 2 ambientes• 2 vagas de garagem

SEA PARK • 22 andares • Apartamentos de 145 m² • 4 quartos• Varanda gourmet• Sala para 2 ambientes• 2 vagas de garagem

GRAND PARK • 30 andares • Apartamentos de 170 m² • 4 suítes• Sala para 3 ambientes• 3 vagas de garagem

PAVIMENTO TÉRREO1. Hall de entrada privativo2. Salão de festas privativo 3. Espaço gourmet privativo com copa (exceto torre de 170m²) 4. Alameda das Palmeiras

PAVIMENTO LAZER ABERTO5. Dois Mirantes 6. Parque aquático com acesso a portadores de deficiência física, com: 7. Piscina adulto 8. Piscina infantil com toboágua 9. Duas raias de 25m10. Deck seco 11. Deck molhado 12. “Prainha” 13. Piscina com hidromassagem 14. Passeio arborizado 15. Pista de Cooper 16. Playground

TORRE 90 m²17. Praça Kids 18. Brinquedoteca com fraldário, com: 19. Piscina de bolas 20. Mesinhas para pintura 21. Contação de estórias 22. TV para jogos com playstation e DVD 23. Espaço Infantil, com: 24. Lan House 25. Autorama 26. Cineminha

TORRE 100 m²27. Business Center 28. Praça Beauty 29. Espaço Beauty, com:

30. Espaço Gourmet 31. Lounge 32. Bar 33. Salão de beleza 34. Depilação 35. Manicure

TORRE 135 m²36. Praça SPA 37. SPA, com: 38. Piscina coberta aquecida 39. Dois ofurôs 40. Espaço para relax 41. Sauna 42. Sala de massagem 43. Hidromassagem

TORRE 145 m²44. Praça Fitness 45. Fitness Center, com: 46. Musculação 47. Ioga ou pilates 48. Salão de dança ou aeróbica 49. Espaço para lutas 50. Parque de ginástica (barra e prancha de madeira)

TORRE 170 m²51. Praça da Leitura 52. Espaço Adulto, com: 53. Salão de jogos 54. TV 55. Espaço Adolescente, com: 56. Sinuca 57. Tênis de mesa 58. Totó 59. Quadra poliesportiva 60. Churrasqueira 61. Ducha

eStRUtURA e eQUiPAmentoSde LAzeR

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artigo

o PodeR do cidAdão

Marcos AlencarIlustração: Divulgação

O brasileiro ainda carece de consciência sobre as garantias e direitos constitucionais

Creio que o cidadão brasileiro é um dos mais desrespeitados do mundo. Aqui, o sentimento

é que nós estamos sempre, vou repetir, sempre, a favor do Estado. Sendo mais específico, e fazendo uma crítica direta à organização judicial do nosso país, é como se servidores públicos, fiscais, procuradores, juízes e demais autoridades, todos recebessem os seus rendimentos num passe de

mágica, e não dos impostos que os demais brasileiros pagam. Pela Constituição da República, a maior autoridade é o cidadão. Cabe a todas essas instituições citadas, que fazem parte da organização do Estado, refletir e entender que devem servir bem, com respeito, dignidade e máxima atenção ao cidadão brasileiro, e não o contrário. Mas, para que isso aconteça, a questão precisa ser cobrada pelo

próprio povo brasileiro, que não tem ainda essa consciência jurídica e política. O brasileiro ainda carece de consciência sobre as garantias e direitos constitucionais. É por isso que há no país uma histórica inversão de valores, em que o Poder Judiciário e Público se posicionam para serem servidos, em vez de servir. O brasileiro tem medo de autoridade e desconhece seus direitos, por isso nos deparamos com tantos caciques

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marcos Alencar é advogado

trabalhista.

no Estado em vez de serventuários públicos.Essa ferida está aberta e é desconfortável falar dela, mas basta que qualquer cidadão, de classe média mesmo, com escolaridade de primeiro e segundo graus, precise de algo perante o Poder Público, que verá o desprezo com que é tratado. O interessante é que os “caciques estatais”, quando engrossam as filas dos concursos públicos, são um exemplo ímpar de simplicidade, de acesso, de humildade, mas, depois que são aprovados e atingem a “imunidade funcional”, viram as costas para tudo isso e passam a tratar os demais jurisdicionados, que são o povo e a sociedade, com desdém. Digo o mesmo em relação a alguns políticos e magistrados, entre tantos outros. É verdade que existem as ouvidorias e as corregedorias, e que atuam, mas o problema do desprezo ao cidadão vai mais longe do que isso, porque ele próprio, como dito antes, não tem consciência dos direitos que tem, o de ser bem tratado, por exemplo. E assim, o brasileiro comum fica meio como um “boi no cercado”, que, se soubesse da força que dispõe, jamais permitiria estar ali preso por tão finos fios de arame, e esses órgãos antes citados não são acionados. Para ficar ainda mais claro, entendo que a relação cidadão x Poder Públíco deve ir além da relação de consumo. Aqui analisamos um fenômeno interessante: o mesmo cidadão, quando é consumidor, se posiciona de forma eficaz e exige seus direitos perante a iniciativa privada, aciona o Procon, juizados, delegacia, imprensa, etc., mas isso não ocorre quando essa mesma pessoa está se relacionando com a instituição pública. Neste

caso, observamos uma postura subserviente. A Constituição Federal, no seu artigo 5º e incisos, assegura os direitos e as garantias individuais do indivíduo (cidadão), e estas deveriam estar expostas em vários locais, permitindo e lembrando a todos, principalmente às autoridades dos três poderes da República, sem exceção, como devem se portar perante o simples brasileiro, pelo fato de ele ser um cidadão, pois essa sim deve ser a autoridade máxima da nossa organização política, e não o inverso. A palavra “servidor público” precisa ser escutada da forma como se escreve, literalmente, sem ruídos, sem arroubos de prepotência e de arrogância, sem a pecha de imortais. Só assim alcançaremos a verdadeira cidadania.

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hoRto fLoReStAL: nAtURezA em ALto eStiLoNo meio do caos urbano, cercado de verde por todos os lados, o bairro se tornou um dos endereços mais disputados para moradia

Mariana Costa MendesFotos: Roberto Faria

bairros - salvador

Em plena confusão da metrópole,

um pedaço do paraíso. Ruas

tranqüilas, sombras de árvores

frondosas, sons de pássaros,

reservas florestais. Quem poderia

pensar que estamos falando de um

bairro localizado na região central da

cidade de Salvador?

É assim o Horto Florestal, que,

aliás, pela própria denominação,

se caracteriza como área de

preservação de mata nativa ou pelo

alto índice de arborização próxima

a centros urbanos. Rodeado de

verde, e de suntuosas construções, o

Horto é hoje um dos endereços mais

cobiçados da capital baiana.

Eminentemente residencial, abriga

mansões e condomínios de luxo que

oferecem conforto e sofisticação para

poucos privilegiados. “Quem pode

fazer a opção de morar no Horto

Florestal vive como se estivesse fora

da cidade”, atesta a administradora

Iria Ribeiro, que há quatro anos

se mudou para o bairro. “É muito

silencioso, os barulhos são só os

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da natureza. Posso respirar ar puro

estando perto de tudo”, completa.

De fato, as distâncias são

curtas entre o Horto e os outros

logradouros. O bairro fica a apenas

cinco minutos do Shopping Iguatemi

e a 15 minutos do Shopping Barra,

no outro extremo da cidade. São

dez minutos até a Avenida Paralela,

que liga Salvador ao aeroporto e ao

litoral norte (onde estão as praias

mais valorizadas), e pouco menos

de cinco minutos da BR-324, de

acesso ao interior da Bahia.

Ser central é sem dúvida um ponto

forte do Horto Florestal, já que o

bairro é pequeno e bastante carente

de opções de lazer, comércio ou

serviços. Os próprios condomínios é

que em geral oferecem estruturas de

fantásticos clubes.

Ventilado, central e arborizado, o horto está a cinco minutos

do shopping mais movimentado da

cidade

Nas proximidades, dois grandes

hospitais, o Aliança e o Jorge

Valente. Uma clínica médica, duas

escolas de ensino superior e a mais

famosa delicatessen de Salvador, a

Perini. Dois grandes supermercados

dão suporte ao abastecimento do

Horto, que conta também com um

salão de beleza, uma livraria e duas

academias de ginástica.

Para não dizer que no Horto não se

desfruta das maravilhas culinárias

características dos endereços mais

comuns da Bahia, uma quituteira

instalou sua barraca de acarajé

numa das principais avenidas do

bairro, a Santa Luzia. O endereço já

ficou famoso porque ali a baiana é

loura!

Sem grandes equipamentos de

consumo, o Horto está a salvo

dos grandes congestionamentos

enfrentados hoje pela maioria

dos bairros das grandes capitais

brasileiras. “Só entra no Horto quem

mora no lugar ou vai visitar alguém.

Ele não está estruturado como rota

de passagem”, explica Ricardo

Fernandes Carvalho, coordenador

do mestrado em engenharia urbana

e ambiental da Universidade

Federal da Bahia. “E há um limite de

ocupação”, conclui.

Para a arquiteta e urbanista

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66 PLURAL

soteropolitana Solange Souza

Araújo, o Horto supre uma carência

de expansão das zonas mais nobres

da cidade. “Os bairros da Graça e

da Vitória, de perfil aristocrático,

não têm quase áreas livres para

construção e são pouquíssimas

as unidades instaladas que estão

disponíveis”, comenta.

Apesar do boom imobiliário dos

últimos dez anos e do conseqüente

aumento de circulação de veículos,

o Horto tem a facilidade de estar

posicionado entre grandes vias

de escoamento de tráfego que se

conectam a pontos importantes,

como a Avenida ACM. Sua principal

rua, a Waldemar Falcão, e as

transversais estão ligadas á Avenida

Juracy Magalhães, pelo lado do Rio

Vermelho, e à Vasco da Gama e

Dom João VI, pelo lado de Brotas.

Uma grande dificuldade é a falta

de serviços de transporte público

para atender ao Horto Florestal.

Em princípio, isso não seria um

problema para sua população, já

que a maioria possui automóveis

próprios. Os filhos adolescentes,

no entanto, que ainda não dirigem

e anseiam por um pouco mais

de independência, reclamam. A

dificuldade de acesso também

incomoda os trabalhadores que

prestam serviço às residências:

empregadas domésticas, vigias,

porteiros, zeladores, jardineiros.

Reduto de Casarões - Na Salvador

antiga, o Horto era conhecido como

reduto dos imensos casarões. Com

o clima ameno e temperaturas

agradáveis, a área, que continua

ventilada por sua topografia elevada

vem crescendo no sentido vertical.

Várias “torres”, prédios altos no

jargão imobiliário, estão instaladas ali.

“O Horto é o cartão de visita das

grandes construtoras em Salvador”,

revela o corretor de imóveis Daniel

Muller, que é também neto do

primeiro proprietário do lugar. Seu

avô, Otto Billian, um suíço que

chegou ao Brasil na década de

1930 para trabalhar com mineração,

adquiriu a fazenda que se chamava

Chácara Suíça. “Foi a partir de 1965

que meu avô resolveu lotear a área”,

informa Muller. Naquela época o que

se pagava pela terra era uma taxa

ao Instituto Nacional de Colonização

e Reforma Agrária (Incra), mas com

a mudança para o IPTU o custo

aumentou bastante e o loteamento

veio como uma solução.

Segundo Daniel, os vínculos da

família com o Horto continuam

fortes até hoje. As duas filhas

e oito netos de Otto continuam

morando na área, que é na verdade

um desmembramento de Brotas,

um dos bairros mais populosos e

miscigenados da capital baiana.

Diferente, pelos altos preços dos

seus imóveis, o Horto Florestal

mantém restrita a vizinhança.

Empresários, executivos,

autoridades, políticos, como o

ex-governador da Bahia Antônio

Imbassahy, e artistas, como o

músico Ricardo Chaves e o ministro

da Cultura, Gilberto Gil, formam sua

população de moradores.

ingredientes baianosA Ceasa do Rio Vermelho é uma central de abastecimento que põe à

disposição dos moradores do Horto uma grande variedade de itens

selecionados, comuns em mercados públicos. Desde flores e artigos

artesanais até especiarias, temperos, farinhas produzidas no interior da

Bahia, crustáceos e peixes essenciais ás principais receitas da cozinha

regional.

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PLURAL 67

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68 PLURAL

cASA PRóPRiA não é mAiS SonhoVivex chega ao mercado brasileiro com proposta inovadora e mais pessoas têm a oportunidade de comprar um imóvel

Joana RodriguesIlustrações: MV3D

mercado

Pela primeira vez na história recente do Brasil, a classe C é o estrato mais numeroso,

e a entrada em massa destes novos consumidores no mercado vem chamando a atenção do empresariado. Famílias que antes transitavam pelas classes D e E e possuíam rendimentos mensais médios de R$ 580, graças ao

bom período de desenvolvimento econômico e à estabilidade financeira, melhoraram de vida e fazem hoje parte da classe C. Com acesso a crédito e financiamentos bancários, a nova classe em expansão representa 46% da população brasileira e calcula-se que já abrigue cerca de 86,2 milhões de pessoas.Com a marca Vivex, a Moura Dubeux decidiu seguir o fluxo de mercado previsto para os próximos 10 anos

e parte para a conquista de clientes com renda entre três e dez salários mínimos.Para Armênio Ferreira, superintendente da Vivex, a Moura Dubeux já tem o seu lugar de grife no topo da pirâmide, mas inicia agora uma nova etapa com a Vivex. “O padrão de qualidade e os critérios de construção são iguais, o que muda é a especificação e o valor do terreno”, diz Armênio. “Se o terreno é mais barato, conseqüentemente, o imóvel

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casa preservada e piscina no condomínio torres da Liberdade

é mais em conta e encaixa-se nesta faixa de renda”, completa.O conceito da Vivex está em seu nome, é “viver com excelência”. Para baixar o custo de construção mantendo a qualidade, a empresa investe em pesquisas detalhadas de demanda e vem há cerca de um ano selecionando terrenos que se enquadrem nas exigências desse novo mercado. Inicialmente, a construtora vai trabalhar com três linhas de apartamentos: a standard, direcionada para clientes com renda entre três e cinco salários mínimos; a linha média, para clientes com renda entre cinco e sete salários mínimos; e a linha premium, que atenderá clientes com renda de sete salários mínimos em diante. Os imóveis serão comercializados a um custo total que vai variar entre R$ 41.000 e R$ 120.000, aproximadamente, com parcelas a partir de R$ 200 ou R$ 250 até R$ 600 ou R$ 700, dependendo da localização. Com a expansão do crédito e a freqüente queda da taxa de juros no Brasil, o número de pessoas que podem adquirir um imóvel está aumentando significantemente. A entrada da Vivex no mercado imobiliário do Nordeste dá a sua contribuição para que faixas de renda mais baixa tenham acesso a imóveis, comprando-os com parcelas que caibam em seu orçamento.Outra novidade da Vivex é disponibilizar apartamentos já decorados para venda – iniciativa que surgiu da parceria entre a construtora e a loja de decorações Desiderato. A empresa, que desenvolveu uma linha especial de móveis para atender às necessidades dos consumidores da Região Nordeste, será responsável pela ambientação dos imóveis, caso

o cliente Vivex opte por comprá-los já decorados. Os interessados poderão escolher entre três padrões de cores para os móveis e o custo será pago junto às parcelas do apartamento.A Vivex chega ao mercado lançando uma série de novos empreendimentos, e outros já esperam aprovação, não só em Pernambuco, como em Alagoas, Rio Grande do Norte, Distrito Federal e

o condomínio torres da Liberdade e o conjunto Vila das Palmeiras

o conceito VivexA Vivex aposta no conceito “viver

com excelência”, e é essa experiência

que pretende proporcionar a seus

clientes. Para isso, a construtora realiza

pesquisas de opinião e trabalha para

construir imóveis de qualidade superior

a um preço que se ajuste ao bolso

dos futuros compradores. A Vivex traz

facilidade, credibilidade e excelência

e seu objetivo é tornar possível a tão

sonhada conquista da casa própria.

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Bahia. O conjunto Vila das Palmeiras, localizado em Jaboatão dos Guararapes, cidade da Região Metropolitana do Recife, é um dos lançamentos. Com apartamentos de aproximadamente 47 m² e dois quartos, são ao todo 192 unidades à venda pelo preço aproximado de R$ 50 mil. Já o Edifício Life, em Setúbal, no Recife, com apartamentos de 49 m2 a 55 m², terá um custo médio entre R$ 99 mil e R$ 120 mil.A Vivex aposta também em conjuntos residenciais com ampla estrutura de lazer. Um exemplo deste tipo de empreendimento é o Torres da Liberdade, localizado no bairro de Jardim São Paulo, também no Recife. São quatro apartamentos por andar em um terreno com piscina, quadra esportiva e cercada por área verde. O residencial terá 236 unidades à venda.O contato com a natureza também é um atrativo do Bela Vista II, no bairro do Curado, na capital pernambucana. O empreendimento, que possui área de 267 mil m², tem no seu terreno uma lagoa e é cercado por vegetação nativa de mata atlântica. Ao todo são 1.008 apartamentos. Bela Vista II tem ainda fácil acesso, já que se localiza a 110 metros do terminal de ônibus.Para comercializar as unidades construídas, a Vivex dá continuidade à estratégia da Moura Dubeux e prestigia os corretores locais, seguindo o caminho oposto ao de construtoras que passaram a ter seu próprio corpo de corretores. Desse modo, os apartamentos da Vivex estarão disponíveis para serem vendidos por todas as imobiliárias. Segundo Mauro Leão, gerente comercial da empresa, isso vale não só para Pernambuco, como para todos os Estados em que a Vivex

Vivex no Salão AdemiO estande da nova marca da Moura Dubeux, a Vivex, recebeu, no 1º Salão Imobiliário de Pernambuco, a visita de mais de quatro mil pessoas, durante os quatro dias do evento. Todas estavam interessadas em conhecer as novidades da Vivex, que aproveitou o salão para lançar seis empreendimentos na Região Metropolitana do Recife (Torres da Liberdade, Life, Praia de Piedade, Vila das Palmeiras, Grand Vitta e Solarium).

atuar. “Os corretores é que sabem vender; o nosso negócio é construir”, diz Mauro.De acordo com Armênio Ferreira, o planejamento dos empreendimentos da Vivex é feito com dois cuidados principais. O primeiro é a qualidade. O segundo é o preço. “É preciso saber quanto o cidadão pode pagar de prestação e também quanto ele pode pagar de condomínio, porque

nós não queremos que o condomínio seja um fator inibidor de vendas, mas, pelo contrário, que ele seja um atrativo”, afirma.No bom momento econômico por que o Brasil passa, grande parte dos financiamentos para a casa própria é concedido à classe C. A Vivex entra no mercado para tornar realidade o que para muitos não passava de um sonho.

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cidade moderna - natal

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QUALidAde de VidA no tiRoL

Paula PerrelliIlustrações: Glauber Marcelo

Edifício Hanna Safieh oferece ótima infra-estrutura de lazer e serviços para apartamentos de dois ou três quartos

Morar próximo de tudo é bom.

Ter toda estrutura de lazer

e serviços em casa é ótimo.

Em Natal, um dos lançamentos

de destaque é o Edifício Hanna

Safieh. O nome do empreendimento

faz uma justa homenagem a um

empresário palestino de atuação na

cidade. No terreno onde o prédio

está sendo erguido funcionava uma

casa de eventos de Safieh. Situado

no coração do Tirol, um dos bairros

mais charmosos da capital potiguar,

o Hanna Safieh terá 34 andares, com

apartamentos de dois e três quartos,

de 56 e 82 metros quadrados,

respectivamente.

O apartamento de dois quartos

terá uma suíte, WC social e de

serviço, varanda, cozinha e sala

para dois ambientes. Já o de três

quartos também terá uma suíte,

mas se diferencia por quase 30

metros quadrados do primeiro tipo.

“Vamos oferecer um apartamento

com todos os serviços e uma taxa

de condomínio num valor muito

razoável”, explicou o gerente regional

da Moura Dubeux, Fernando Amorim.

Conforme previsão, esse custo não

deve passar de R$ 250 para cada um

dos 170 apartamentos.

As vantagens do empreendimento

não se resumem aos detalhes

do apartamento, dividido em 34

pavimentos-tipo. No prédio, além

de todas as garagens para veículos

totalmente cobertas, os moradores

podem desfrutar de uma variedade

de opções de lazer, como piscina

com raia, sauna, salão de jogos,

salão de festas, fitness, lan house

e lavanderia. Além disso, três

elevadores e toda infra-estrutura para

instalação de internet, de medidores

individuais (gás e água) e de ar-

condicionado do tipo split.

“A obra também será entregue

com condições necessárias para

implantação de um sistema de

segurança condominial”, detalhou

Amorim. Ele lembra que o prédio está

situado na Avenida Jundiaí, ao lado

de uma sorveteria muito tradicional

da cidade, a Tropical, na esquina

da Prudente de Morais. Distante

apenas um minuto da orla e do

Centro da cidade, o Hanna Safieh fica

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próximo a escolas, shoppings, bons

restaurantes e bancos.

Com projeto do escritório de

arquitetura do pernambucano Carlos

Fernando Pontual, as unidades

começam a ser entregues a partir

de novembro de 2010. Com quase

70% dos apartamentos vendidos,

o empreendimento está sendo

financiado em 240 meses pelo banco

HSBC, sendo 30% do valor total

pagos até a entrega das chaves.

Hoje, quem deseja visitar uma

unidade decorada pode conhecer

o modelo preparado especialmente

pela arquiteta Marília Bezerra.

hanna Safieh

34 pavimentos-tipo

3 elevadores

Apartamentos com 2 ou 3 quartos (1 suíte)

55,5 m² ou 82 m²

Sala para dois ambientes

Varanda

cozinha

2 Wcs

Lavanderia

Garagens cobertas

Área de lazer completa com

sauna, sala de jogos, piscina com raia, sala de fitness, salão de festas e lan house

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A Vez do noRdeSte e de PeRnAmbUco

Francisco CunhaFotos: Tânia Collier e Bruno de Souza Leão

artigo

Vítima da falta de investimentos públicos que há décadas vem provocando o sucateamento da

infra-estrutura nacional, o Nordeste sofreu mais do que as outras regiões do país. Sofreu por falta de recursos federais que foram comprometidos com os superávits primários necessários ao ajuste fiscal; por falta de recursos estaduais comprometidos com os equilíbrios fiscais e com o saneamento das contas públicas; e por falta de grandes projetos privados que mobilizassem recursos independentemente do poder público. Além disso, como se já não fosse o bastante, sofreu também com a irresponsável extinção da Sudene no governo Fernando Henrique Cardoso e com o injustificável longo atraso para recriá-la em bases supostamente melhores.Na ausência de recursos para investimento, de uma política nacional de desenvolvimento regional e de uma instância institucional que lhe desse o necessário tratamento diferenciado, o Nordeste ficou entregue à guerra fiscal entre seus Estados para a atração de parcos investimentos privados e à obsolescência de sua infra-estrutura.

Basta ver, como exemplo, o estado crítico em que ficaram as rodovias da região.Nos últimos anos, felizmente, a situação dá sinais de melhora. Os programas compensatórios capitaneados pelo Bolsa-Família (que têm mais efeito no Nordeste pela simples razão, como diz com muita propriedade a economista Tânia Bacelar, de que é aqui que está a maioria dos pobres do país), aliados a quatro anos seguidos de crescimento do PIB nacional a uma taxa média de 4,5% e ao início da democratização do crédito, promoveram a forte ampliação da Classe C. Em decorrência, importantes investimentos privados, inclusive imobiliários, estão sendo feitos na região visando atender à crescente demanda por consumo dessa nova classe emergente. Junto com os investimentos privados, estão sendo projetados importantes investimentos públicos, como a duplicação da BR-101, a Ferrovia Transnordestina e a transposição do Rio São Francisco. O próprio Programa de Aceleração do Crescimento (PAC) destinou R$ 80 bilhões para investimento em infra-estrutura para o crescimento na região. Além disso, finalmente, foi recriada a Sudene, ainda que, segundo os especialistas, com muito menos poder e recursos do que seria necessário. Mas, em face das grandes

carências do Nordeste, é preferível uma Sudene enfraquecida do que nenhuma.Esse fenômeno da emergência da classe C, inclusive, é tão emblemático que merece um parêntese. Ele está acontecendo como conseqüência de alguns fatores que se complementam, como é o caso das políticas compensatórias e da democratização do crédito, mas se firmou, sobretudo, pelo crescimento da economia do país a taxas razoavelmente elevadas por quatro anos seguidos. Como conseqüência desse crescimento, nos últimos dois anos, mais de 20 milhões de brasileiros, uma boa parcela deles nordestinos, saíram das classes D e E e chegaram à classe C. Se isso aconteceu com quatro anos seguidos de crescimento médio de 4,5%, o que não aconteceria se esse crescimento se desse por uma década inteira? Todo o país se beneficiaria mas, com toda certeza, o Nordeste se beneficiaria mais ainda e teríamos, ao final de dez anos, uma região completamente diferente. Se houvesse complemento de políticas públicas voltadas para o desenvolvimento regional diferenciado como o Nordeste requer e precisa, então, finalmente, se não saíssemos, estaríamos perto de sair do estágio de subdesenvolvimento crônico no qual estamos há séculos.Já no que diz respeito a Pernambuco,

Importantes investimentos privados, inclusive imobiliários, estão sendo feitos na região para atender à crescente demanda por consumo

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francisco cunha é consultor de empresas e diretor da tGi

consultoria em Gestão.

apesar de, no geral, ter sido também vítima do mesmo fenômeno de abstinência de investimentos estimuladores do desenvolvimento que atingiu os demais Estados nordestinos, há alguns aspectos que o diferenciam do cenário regional. Pelo menos três merecem destaque: (1) a privatização da Celpe; (2) o Complexo Industrial-Portuário de Suape; e (3) os benefícios do PAC. A privatização da Celpe por US$ 1 bilhão em 1999 permitiu caixa ao governo do Estado para importantes investimentos em infra-estrutura, em especial em rodovias, como comprova a duplicação da BR-232 no trecho Recife-Caruaru. Já o Complexo Industrial-Portuário de Suape é um capítulo à parte. Trata-se de uma rara unanimidade econômica numa terra pouco afeita a unanimidades. Desde o governo Eraldo Gueiros Leite, há 30 anos, que todos os governadores, sem exceção, destinaram recursos do Tesouro Estadual para Suape (no governo Roberto Magalhães esses recursos foram chamados de “dinheiro azul e branco” em referência às cores predominantes na bandeira do Estado). Esses recursos foram fundamentais para “preparar o terreno” para os investimentos federais e privados que vieram depois. Funcionaram como uma poupança feita no lugar certo e que hoje está dando dividendos excelentes. A extraordinária infra-estrutura de Suape, aliada à excelente localização estratégica de Pernambuco e à sua longa tradição de centro distribuidor regional, foi decisiva para a atração

de investimentos estruturadores do porte do estaleiro, da refinaria e do pólo petroquímico-têxtil, além de diversos outros de menor monta financeira, mas de grande importância econômica para a competitividade do porto. Só os três principais projetos estruturadores sediados em Suape (estaleiro, refinaria e pólo petroquímico) mobilizarão mais de R$ 10 bilhões em quatro anos. Apenas a terraplenagem da refinaria mobilizará mais de R$ 400 milhões e quatro vezes mais terra do que a duplicação da BR-232 e mais ou menos a mesma quantidade da duplicação da BR-101, de mais de 300 quilômetros de extensão. No que diz respeito aos recursos do PAC, foram destinados a Pernambuco cerca de R$ 20 bilhões (incluídos os investimentos estruturadores) dos R$ 80 bilhões previstos para o Nordeste.Além disso, cabe fazer uma breve referência ao Canal do Sertão, que não está incluído no PAC, a não ser com uma ínfima previsão de R$ 20 milhões para realização dos estudos preliminares. Trata-se de um projeto de desenvolvimento do extremo oeste do Estado baseado na construção de um canal de aproximadamente 400 quilômetros de extensão para

irrigação de 150 mil hectares, tirando água do lago de Sobradinho com uma vazão média de 100 m³/segundo, aproximadamente o que está previsto para a primeira fase da Transposição do Rio São Francisco. A idéia inicial é produzir etanol a partir da cana-de-açúcar. Em plena capacidade, a produção de cana será equivalente à atual produção da Zona da Mata pernambucana. Com o Canal do Sertão, pode-se dizer que se completa a “logística do desenvolvimento” estadual e desse importante trecho do Nordeste: Suape no litoral, o Canal do Sertão no extremo oeste e a Transnordestina ligando os dois pólos extremos de dinamismo.Tudo isso contribui decisivamente para configurar em relação ao Estado e à região a melhor oportunidade das últimas décadas. É a hora e a vez do Nordeste e de Pernambuco esperando para serem aproveitadas.

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AndAmento dAS obRASConsulte também o MD Net através do site www.mouradubeux.com.br

01 Engenho Poeta | Recife - Caxangá 232 4 Qts / 4 Sts 04 Entregue

02 Mário Saraiva | Recife - Boa Viagem 165 4 Qts / 2 Sts 02 e 03 Entregue

03 Engenho Madalena | Recife - Madalena 200 4 Qts / 4 Sts 03 Ago/08

04 Reginaldo Araújo | Recife - Av. Boa Viagem 241 4 Qts / 4 Sts 03 Dez/08

05 Antônio Espíndola | Recife - Rosarinho 150 4 Qts / 2 Sts 02 Jan/09

06 Morada dos Navegantes | Recife - Boa Viagem 94/95/103 3 Qts / 2 Sts 02 Jun/09

07 Brennand Plaza | Recife - Av. Boa Viagem 412 4 Qts / 4 Sts 05 Jun/09

08 Joanna Dhália | Recife - Boa Viagem 157 / 167 4 Qts / 4 Sts 02 e 03 Jul/09

09 Alameda dos Pinheiros | Recife - Boa Viagem 173 4 Qts / 2 Sts 02 e 03 Ago/09

10 Maria Júlia | Recife - Pina 118 3 Qts / 1 St 02 Ago/09

11 Alice Queiroz | Recife - Rosarinho 132 4 Qts / 2 Sts 02 Nov/09

12 Clarice Roma | Recife - Boa Viagem 101 3 Qts / 1 St 02 Dez/09

13 Pier Maurício de Nassau | Recife - São José 247 4 Qts / 4 Sts 03 Dez/09

14 Pier Duarte Coelho | Recife - São José 247 4 Qts / 4 Sts 03 Dez/09

15 A. Trajano | Recife - Av. Boa Viagem 233 4 Qts / 4 Sts 03 Dez/09

16 Zezé Cardoso | Recife - Boa Viagem 81 3 Qts / 1 St 02 Jan/10

17 Parque Avenida | Recife - Av. Boa Viagem 119/124 3 Qts / 1 St 02 Fev/10

18 Beach Class International | Recife - Boa Viagem 38/51/53/103 1Qt / 1 St - Mai/10

19 Empresarial Jopin | Recife - Pina 281/289 - 08 Jul/10

20 Mar Azul | Recife - Av. Boa Viagem 237 4 Qts / 4 St 03 e 04 Ago/10

21 Engenho Casa Forte | Recife - Casa Forte 105 3 Qts / 1 St 02 Ago/10

22 Hilson de Azevedo Mota | Recife - Setúbal 164 4 Qts / 2 St 03 Ago/10

23 Casa Rosada | Recife - Rosarinho 177 4 Qts / 4 Sts 03 Set/10

24 Beach Class Residence | Recife - Av. Boa Viagem 47 a 54 1 e 2 Qts / 1 St 01 Set/10

25 Antônio Pereira | Recife - Boa Viagem 154 4 Qts / 2 St 03 Out/10

26 Hanna Safieh | Natal - Petrópolis 55 / 82 2 ou 3 Qts / 1 St 01 e 02 Out/10

27 Life | Natal - Tirol 85 / 108 3 Qts/1 St e 3 Sts 02 Out/10

28 Adelmar da Costa Carvalho | Recife - Av. Boa Viagem 110 a 277 3 e 4 St 02/03/04 Mar/11

29 Jardins do Capibaribe | Recife - Graças 185 4 Qts / 2 Sts 03 Jun/11

30 Enseada do Mar | Recife - Pina 160 4 Qts / 2 Sts 02 e 03 Jun/11

31 Engenho Guimarães | Recife - Casa Forte 156 4 Qts / 2 St 02 Fev/12

item nome Área (m2)Quartos/Suítes

VagasGaragem

Previsãode entrega in

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32 Parque do Mar | Recife - Av. Boa Viagem 36 a 65 1/2 Qts / 1 St 01 -

33 Vanda Mota | Recife - Setúbal 69 2 Qts / 1 St 01 -

34 Beach Class Executive | Recife - Av. Boa Viagem 20 a 68 1 e 2 Qts 01 -

35 Beach Class Colonial | Fortaleza - Meireles 56 a 118 1/3 Qts / 1/2 Sts 01 e 02 -

36 Alameda Capim Macio | Natal - Capim Macio 56 / 86 2 Qts / 1 St 01 -

37 Sky Park | Recife - Boa Viagem 87 / 92 3 Qts / 1 St 02 -

38 Green Park | Recife - Boa Viagem 129 / 132 4 Qts / 2 Sts 02 -

39 Grand Park | Recife - Boa Viagem 170 4 Sts 03 -

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