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évora local Deliberações da C.M. de Évora TEATRO Garcia de Resende pág.05 pág.07 pág.09 Camâra Municipal de Évora / Director: José Ernesto D’Oliveira // Semanário, 10 Dezembro de 2010 Sabia que... Atribui-se a S. Francisco de Assis, no século XIII, a ideia de encenar o nascimento de Jesus. 29 Autarquia entronizada Confrade de Mérito pela Confraria Gastronómica do Alentejo A Câmara Municipal de Évora foi entronizada, no passado sábado, confrade de mérito da Confraria Gastronómica do Alentejo, numa cerimónia que teve lugar no Palácio D. Manuel. O vice-presidente, Manuel Melgão, representou a edilidade na cerimónia e destacou o papel da CME na promoção e divulgação da gastronomia.

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évora local

Deliberaçõesda C.M. de Évora

TEATROGarcia de Resende

pág.05 pág.07 pág.09

Camâra Municipal de Évora / Director: José Ernesto D’Oliveira // Semanário, 10 Dezembro de 2010

Sabia que... Atribui-se a S. Francisco de Assis, no século XIII, a ideia de encenar o nascimento de Jesus.

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Autarquia entronizada Confrade de Mérito pela ConfrariaGastronómica do Alentejo

A Câmara Municipal de Évora foi entronizada, no passado sábado, confrade de mérito da Confraria Gastronómica do Alentejo, numa cerimónia que teve lugar no Palácio D. Manuel. O vice-presidente, Manuel Melgão, representou a edilidade na cerimónia e destacou o papel da CME na promoção e divulgação da gastronomia.

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Autarquia entronizada Confrade de Mérito pela ConfrariaGastronómica do Alentejo

A Câmara Municipal de Évora foi entronizada, no passado sábado, confrade de mérito da Confraria Gastronómica do Alentejo, numa cerimónia que teve lugar no Palácio D. Manuel. O vice-presidente da CME, Manuel Melgão, representou a edilidade na cerimónia e destacou o papel da CME na promoção e divulgação da gastronomia.

Na mesma cerimónia, que integrou um almoço histórico do século XVII, foram ainda entronizados 26 novos confrades, de entre os quais Jaime Andrez, antigo secretário de Estado do Comércio e Turismo (de 1996 a 1997).

Já Ana Soeiro, secretária-geral da Associação Nacional de Municípios e de Produtores para a Valorização e Qualificação dos Produtos Tradicionais Portugueses (Qualifica) e o restaurante Fialho (Évora), aberto desde 1946 e um dos ex-libris da gastronomia nacional, foram elevados a Confrades de Honra.

O vice-presidente da Câmara Municipal de Évora (CME), Manuel Melgão, representou a edilidade nesta cerimónia e no final da entronização da autarquia destacou o papel da CME na promoção e divulgação da gastronomia. “É uma das imagens de marca da região e como tal temos a obrigação de tudo fazer para a proteger por forma a manter as suas características”.

“A Rota de Sabores Tradicionais acaba por ser a iniciativa mais visível neste capítulo, já que a organização pertence à autarquia, juntamente com os restaurantes aderentes, contudo a nossa intervenção é muito mais vasta”, disse ainda o autarca.

Entretanto, a Confraria Gastronómica do Alentejo está a desenvolver um projecto para a certificação do pão tradicional da região, como forma de preservar a sua “tipicidade e notoriedade” e impedir que o consumidor compre “gato por lebre”.

“Através da certificação, queremos manter a tipicidade e notoriedade do pão alentejano, conceituado em todo o país, mas que anda muito maltratado, sobretudo pelas grandes superfícies”, revelou Manuel Fialho, presidente da Confraria Gastronómica do Alentejo.

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Deliberaçõesda Câmara Municipal de Évora

Em reunião pública de 23 de Novembro

Câmara de Évora aprovou Grandes Opções do Plano e Orçamento para 2011

A Câmara Municipal de Évora aprovou as Grandes Opções do Plano e o Orçamento para 2011 com três votos a favor, o voto de qualidade favorável do Presidente, três votos contra (CDU) e uma abstenção (PSD).Este Orçamento recebeu contributos significativos por parte do Vereador António Dieb (PSD) que se traduziram fundamentalmente, ao serem acolhidos em 80% das suas propostas, na redução de quatro milhões de euros ao valor da despesa já anteriormente apresentada.Os contributos foram no sentido de insistir na redução da despesa, não tendo o PSD interferido na definição das opções das actividades. O Vereador do PSD absteve-se, considerando que este Orçamento é da responsabilidade de quem governa e que as suas opções seriam outras mas, entende que no momento de particular dificuldade que vivemos é importante criar condições mínimas de trabalho para quem tem a responsabilidade democrática de gerir a Câmara Municipal.A proposta final agora aprovada apresenta um Orçamento de 67 milhões e 100 mil euros, o que corresponde a uma diminuição de 14 milhões de euros em relação ao ano passado.Os Vereadores da CDU, conforme anos anteriores, só se pronunciaram na reunião pública e votaram contra este Orçamento por não corresponder às suas opções políticas.Este conjunto de documentos acima referidos insere-se num quadro de contenção que passa por um exercício de grande rigor nas opções de estratégia e gestão municipal, onde se procurará executar investimentos, designadamente os que têm financiamentos comunitários assegurados, mantendo também a educação e o social como áreas prioritárias e, assegurando igualmente os apoios das instituições que contribuem para animação social, cultural e desportiva do concelho.Trata-se, segundo o Presidente, de um Plano de Actividades e Orçamento que é realista, tem objectivos concretos e que dá expressão a um projecto de qualificação que o Município de Évora tem vindo a concretizar num contexto de tempos difíceis por que passamos e que o futuro continuará a exigir. Fez ainda uma saudação aos serviços municipais que interpretaram com rigor as orientações que lhe foram traçadas e apelou ao empenho de todos na execução das mesmas.

Aprovado Mapa de Pessoal para 2011Foi aprovado com quatro votos a favor (PS e PSD) e três abstenções (CDU) o Mapa de Pessoal da Câmara Municipal de Évora para 2011.A Câmara tem nesta data 1207 trabalhadores, destes, 1025 possuem contrato de trabalho por tempo indeterminado e 182 contrato por tempo determinado. Dos 1025 trabalhadores, a 48 deles não correspondem postos de trabalho efectivos, pois encontram-se fora da Câmara por diversos motivos (licença sem remuneração, cedência especial, mobilidade entre serviços, funções sindicais e desempenho de cargos políticos).

Mantêm-se que cada lugar deixado vago por um trabalhador com contrato por tempo determinado que passa para contrato por tempo indeterminado, não é de novo preenchido.No ano de 2010 conseguiu-se uma redução de encargos com trabalho extraordinário na ordem dos 25%. No ano de 2011 não estão previstas alterações de posicionamento remuneratório dos trabalhadores, nem atribuição de prémios de desempenho e continuar-se-á a trabalhar no sentido de reduzir substancialmente os encargos com trabalho extraordinário.

Inquérito ao funcionamento do Canil MunicipalNo período antes da ordem do dia, o Presidente da Câmara Municipal informou a Câmara da abertura de um inquérito ao funcionamento do Canil Municipal e, no âmbito das competências que tem, aos veterinários daquele serviço. Este inquérito deverá ser célere e das conclusões do mesmo será dado conhecimento à Câmara e ao público em geral. Informou ainda que outros procedimentos de natureza técnica e ética serão apreciados por outras entidades já que a não é à autarquia que competem.

Aprovado Plano Municipal para a Mobilidade EléctricaO Plano Municipal para a Mobilidade Eléctrica foi aprovado com os votos favoráveis do PS e as abstenções da CDU e do PSD, sendo agora enviado para o Gabinete para a Mobilidade Eléctrica de Portugal, a quem cabe a preparação e implementação do programa para a mobilidade eléctrica, sendo também deliberado que fiquem isentos do pagamento de taxas as instalações dos pontos de carregamento no domínio público durante a fase piloto do Programa para a Mobilidade Eléctrica.Recorde-se que o mencionado programa (designado MOBI.E) foi criado pelo Governo no âmbito do Plano Nacional de Acção para a Eficiência Energética, visando criar condições para a introdução massiva do veículo eléctrico, tendo 25 municípios portugueses, entre eles a Câmara de Évora, associado-se ao Governo com o objectivo de operacionalizar o programa.

Concessão da Distribuição da TV por Cabo no Centro HistóricoFoi aprovada por unanimidade a autorização para o início do procedimento referente ao concurso público “Concessão da Distribuição da TV por Cabo”, assim como a aprovação das peças processuais e respectivos anexos e nomeação do júri de procedimento e posterior remessa do processo para a Assembleia Municipal para autorização da concessão.Tal decisão vem na sequência da não apresentação de propostas por parte de potenciais interessados ao anterior concurso, o que levou à revisão do processo e introdução de alterações ao nível do clausulado no caderno de encargos, nomeadamente o alargamento do prazo da concessão e reversão de bens no final da concessão.

Doação de Espólio FotográficoA Câmara tomou conhecimento da doação de espólio (conjunto de máquinas e artefactos fotográficos) de António Barbosa e Isabel Dente e agradeceu, sendo o mesmo integrado no acervo do Núcleo Museológico do Arquivo Fotográfico Municipal.

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Sabia queAtribui-se a S. Francisco de Assis, no século XIII, a ideia de encenar o nascimento de Jesus

O PRESÉPIOGÉNESE E SIMBOLOGIA

O fim de Dezembro é desde eras remotas, e para muitos povos e culturas, época de celebrações religiosas, quase todas associadas ao Solstício de Inverno e ao nascimento de um Deus Sol, renovador e salvador. Druidas, persas, egípcios, gregos e fenícios celebravam, também a 25 de Dezembro, tal como o fazem ainda hoje os hindus, o nascimento de um ser divino, criador e eterno, sinónimo de luz e esperança. A Igreja de Roma sacraliza depois essa data, já há muito assinalada por gentes pagãs, e o dia do nascimento de Jesus adquire uma importância ímpar, desde os primórdios da história cristã, sendo canonicamente instituído como festivo no século IV, pelo Papa Júlio I. Mas, se a nascença de um Menino-Rei de uma Virgem não é exclusiva dos cristãos, a representação da Natividade de Jesus adquire, ao longo dos tempos e por toda a geografia cristã, contornos únicos.E de entre as várias manifestações e símbolos do espírito do Natal uma delas sobressai, como sendo talvez a mais universal, popular e significativa: o presépio.Palavra de origem latina, que significa “local onde se recolhe o gado”, o presépio é uma representação de cariz espiritual da cena do nascimento de Jesus, que assume contornos poéticos e bucólicos, em que não faltam animais de estábulo, pastores, anjos e reis magos.Atribui-se a S. Francisco de Assis, no século XIII, a ideia de encenar o nascimento de Jesus, tal qual este se deu numa gruta em Belém. Existem registos de que o terá então feito, em 1223, numa gruta da cidade italiana de Greccio, para a qual, se diz, levou uma vaca e um burro e onde mandou instalar uma manjedoura, cheia de feno, para festejar a vinda do Filho de Deus à terra com as mesmas condições que rodearam o seu nascimento: pobreza, simplicidade, humildade, encanto e fraternidade de Deus com os homens. A sua intenção era dar um sentido de actualidade à Natividade e reviver a Eucaristia, trazer de novo o Evangelho para o espaço natural de vida dos homens. O presépio de S. Francisco não tinha, por isso, figuras, Jesus era representado pela hóstia.Depois desta pioneira representação da descida de Deus à humanidade, outros presépios, já com figuras, começam a surgir. A tendência começa noutros conventos franciscanos em Itália, a que se seguem igrejas e casas particulares, das mais nobres às mais humildes, e estende-se depois a toda a Europa.Em Portugal, o culto do presépio terá surgido ainda no fim do século XV, sendo do início do século XVI os primeiros documentos que o referenciam. O grande desenvolvimento desta tradição, porém, dá-se sobretudo com as contratações de artistas para a construção de presépios pelos reis D. João II, D. Manuel I, D. João III e, mais tarde, D. João V, o que terá contribuído largamente para a sua generalização no país. Surgem presépios muito famosos como o da Basílica da Estrela e de S. Vicente, em Lisboa, da autoria do escultor Machado de Castro, o do Convento de Mafra, o dos Marqueses de Borba e vários presépios eborenses, entre os quais os dos Conventos do Paraíso, de Santa Clara e de S. Bento de Cástris.O presépio entranha-se assim definitivamente na cultura portuguesa, entre os séculos XVII e XVIII, e vários são os barristas e escultores famosos que, desde então, e até ao século XX, alimentam a procura de figuras para a encenação da Natividade, quer em conventos, quer em casas particulares. Oriundos de olarias e escolas de Alcobaça, Barcelos, Coimbra, Évora, Estremoz, Lisboa, Mafra e Tomar, entre os principais nomes responsáveis pelas figuras características do presépio popular português encontram-se Francisco de Holanda (residente em Évora), José de Almeida, Joaquim Machado de Castro, Francisco Xavier (eborense) e António Ferreira.

Em Évora, cidade que, como afirma João Rosa, em “Presépios de Évora”, sempre foi “ao longo da sua história, um grande centro de cultura estética e de desenvolvimento de todas as artes (...)”, os presépios “tesouros disseminados por igrejas, mosteiros, capelas, oratórios, dão-lhe o nome de relicário de arte, paraíso de arqueólogos e de aguarelistas” .Nessa mesma obra, este autor refere o que considera serem os principais presépios do distrito de Évora, começando pelo do Convento de São Paulo, na Serra D’Ossa, no concelho de Redondo; e pelo do Convento de Capuchos, edificado em 1544, nos Passos de Valverde, junto à Serra do Monfurado e ao Castelo de Geraldo, e depois aproveitado pela escola agrícola, onde diz terem existido figuras de barro em tamanho natural, anteriores às influências da primeira metade do século XVIII, dos escultores Alessandro Giusti, italiano, e Machado de Castro, português, natural de Coimbra.Prossegue mencionando o antigo Convento do Paraíso (antes erguido onde é hoje o Jardim do Paraíso, em Évora), como um verdadeiro “alfobre de arte sacra” e deixando as seguintes referências ao seu presépio: “(...) era o enlêvo de Évora, e arrumava-se no claustro em todas as vésperas de Natal. As figuras são todas de barro, maiores que humanas, mas expressivas (...) tanto parecem estar vivas e respirando como qualquer criatura de Nos’Senhor” . João Rosa lembra ainda como ficou célebre o Menino Jesus do Paraíso, que “apareceu em fôfo leito dourado”, no presépio do Natal de 1826 , e o tríptico de marfim gótico que representa a Vida da Virgem, o Nascimento do Menino e a Adoração.Seguem-se alusões aos presépios, também em Évora, do Convento do Salvador “(...) em peça inteira, primoroso espécime em torrão, atribuído ao grande mestre Machado de Castro”; o de São Bento de Castris, “possivelmente o maior de Évora”, e que diz ser armado na Sala do Capítulo e incluir figuras de barristas de Estremoz; e o do Convento do Calvário.João Rosa aponta ainda o presépio do escritor Cunha Rivara, que além de figuras de Estremoz do século XVIII, teria em marfim, e adquiridas na Índia, as três imagens principais, S. José, a Virgem e o Menino, o qual aparecia a chuchar no dedo, numa cama de prata, com um travesseiro ornamentado com pedras preciosas.E, finalmente, os últimos presépios artísticos em destaque nesta obra são: o da Capela Mor da Sé de Évora, da autoria de João António Pádua, cujas imagens vieram do extinto Convento das Maltesas, em Estremoz; e o do Museu da Misericórdia de Estremoz, antes pertencente ao Recolhimento das Servas, em Borba, considerado dos maiores e melhores em barro do Alentejo.

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TEATRO Garcia de Resende

8 Perdido no MontePelo Teatro Regional da Serra de Montemuro Teatro Garcia de Resende

10 a 12Letra M, de Saaz/João Vieirapelo Teatro da RainhaSala Principal do Teatro Garcia de Resende

18Audição de Final de Período do Eborae MúsicaSala Principal do Teatro Garcia de Resende

PROGRAMAÇÃODEZEMBRO

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