jornal dos comerciários - nº 123

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Ano 15 Nº 123 Abril / 2011 Filiado à CSP Conlutas o dia 24 de março aconteceu a última Nassembléia que contou com a presença de dezenas de comerciá- rios, que aprovaram a pauta de reivindicações que foi entregue ao sindi- cato patronal no dia 1º de abril. Além de aprovar a pauta de reivindicações, a assembléia aprovou tam- bém que NÃO IREMOS TRABALHAR NOS FERIADOS. Por isso está proibido o trabalho nos feriados. Na última edição do jornal foram apresenta- dos os dados comprovan- do o que todos já sabiam, as lojas tiveram lucros altíssimos. Agora vamos para os calçadões com atos e mobilizações. Estaremos nos feriados de abril fazendo fiscalização nas lojas e encaminhando as denúncias para o Ministé- rio do Trabalho e Ministé- rio Público. Vamos nos somar ao calendário de lutas da CSP Conlutas (nossa Central Sindical) que no dia 28 de abril realizará um dia nacional de lutas. Só com muita luta e organização, ire- mos arrancar o nosso merecido aumento! 21, 22 e 23 É FERIADO É PROIBIDO O TRABALHO NESTES DIAS! CAMPANHA SALARIAL 2011 Veja algumas das propostas aprovadas na assembléia Veja algumas das propostas aprovadas na assembléia a a a a a a a Piso mínimo salarial: R$ 700,00; Para aqueles que recebem acima do piso reajuste de 12%; Redução da jornada de trabalho para 40 horas; Creche; Licença maternidade de 6 meses; O direito aos pais que levam filhos para o médico sem serem descontadas; Hora extra 100%.

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Jornal do Sindicato dos Comerciários de Nova Iguaçu e Região, Filiado à CSP-Conlutas, número 109; Julho de 2011.

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Page 1: Jornal dos Comerciários - Nº 123

Ano 15 Nº 123 Abril / 2011 Filiado à CSP Conlutas

o dia 24 de março aconteceu a última Nassembléia que

contou com a presença de dezenas de comerciá-rios, que aprovaram a pauta de reivindicações que foi entregue ao sindi-cato patronal no dia 1º de abril.

Além de aprovar a pauta de reivindicações, a assembléia aprovou tam-bém que NÃO IREMOS

T R A B A L H A R N O S FERIADOS. Por isso está proibido o trabalho nos feriados.

Na última edição do jornal foram apresenta-dos os dados comprovan-do o que todos já sabiam, as lojas tiveram lucros altíssimos.

Agora vamos para os calçadões com atos e mobilizações. Estaremos nos feriados de abril

fazendo fiscalização nas lojas e encaminhando as denúncias para o Ministé-rio do Trabalho e Ministé-rio Público. Vamos nos somar ao calendário de lutas da CSP Conlutas (nossa Central Sindical) que no dia 28 de abril realizará um dia nacional de lutas. Só com muita luta e organização, ire-mos arrancar o nosso merecido aumento!

21, 22 e 23 É FERIADOÉ PROIBIDO O TRABALHO

NESTES DIAS!

C A M PA N H A S A L A R I A L 2 0 1 1

Veja algumas das propostas aprovadas na

assembléia

Veja algumas das propostas aprovadas na

assembléiaa

a

a

a

a

a

a

Piso mínimo salarial: R$ 700,00;

Para aqueles que recebem acima do piso reajuste de 12%;

Redução da jornada de trabalho para 40 horas;

Creche;

Licença maternidade de 6 meses;

O direito aos pais que levam filhos para o médico sem serem descontadas;

Hora extra 100%.

Page 2: Jornal dos Comerciários - Nº 123

Jornal dos Comerciários / abril 2011

Jornal de responsabilidade da diretoria colegiada do Sindicato dos Trabalhadores no

Comércio de Nova Iguaçu, Nilópolis, Paracambi, Itaguaí, Belford Roxo,

Queimados, Japeri, Seropédica, e Mesquita

Sede: Rua Dr. Barros Júnior, 408/412Centro - Nova Iguaçu - RJ

TELs./FAX2768-9297 / 2767-5130 / 2767-8232

[email protected]

SUBSEDESITAGUAÍ

Avenida Paulo de Frontin, 72/202Tel. (21) 2687-7729

NILÓPOLISRua Prof. G. Alfredo Filgueiras, 18, Sala 407-A

Tel. 2791-9271BELFORD ROXO

Praça Getulio Vargas, 112 Ap 201 - CentroTel. 2663-1904QUEIMADOS

Avenida Irmãos Guinle, 901/214Tel. 2665-3093

Textos: Geovani PereiraTextos e Diagramação: Raphael Botelho

FILIADO À CSP CONLUTAS

www.sindcomerciariosni.org.br

CATEGORIA

Di Santinni (Queimados) - com o novo gerente os t r a b a l h a d o r e s e s t ã o trabalhando da abertura ao fechamento inclusive aos sábados. O pior é que os trabalhadores assinam a folha de ponto em um determinado h o r á r i o e c o n t i n u a m trabalhando. Já conversamos com o gerente que negou tudo. Agora estamos tentando falar com a direção da empresa que até o momento não nos atendeu. Por isso vamos chamar a empresa no Ministério do Trabalho caso isto não se resolva de imediato. Mercado Jóia (Queimados) – Não é dado condições para que os trabalhadores possam desenvolver suas funções na loja. Já acionamos Delegacia Regional do Trabalho que estará fiscalizando a loja. Chove Chuva (Eng.Pedreira) - O dono esqueceu que a escravidão já acabou, seus funcionários trabalham de segunda a sábado de 8h. ás 19h da noite e aos domingos até ás 13h. O Sindicato já está em cima para acabar com essa farra. Já pedimos fiscalização e estaremos acompanhando até que o problema seja resolvido. Casas Bahia (Queimados) - A máquina que marca o ponto dos trabalhadores está quebrada e os funcionários estão há vários dias sem marcação do ponto. Isto fez com que os trabalhadores ficassem trabalhando depois do horário sem receber às horas extra. Supermercado Vianense (Austim) - O desvio de função é uma verdadeira praga, que as empresas usam para explorar ainda mais os trabalhadores. E nesta loja a empresa ao invés de contratar um auxiliar de serviços gerais põe as trabalhadoras do caixa para limpar o chão da loja. Mas essa praga está com os dias contados. Já pedimos que a Delegacia Regional do T r a b a l h o f i s c a l i z e imediatamente essa loja.

DENÚNCIAS

Vagabundo direito dos trabalhadores

é quem não respeita o !

omo se não bastasse toda exploração sofrida Cpelos trabalhadores, a

Delfiori de forma covarde demi-tiu um diretor do Sindicato.

O Sindicato não deixou barato, entrou com um processo de rein-tegração exigindo a volta do companheiro para loja e realizou um grande ato.

A direção sem noção da Delfio-re, com uma tremenda cara de pau, junto com o Sindicato dos patrões foram até o Ministério do Trabalho protestar contra o ato realizado pelo Sindicato.E pediu uma audiência que ocorreu no dia 14 de março.

Nesta audiência a patronal perdeu a linha. A advogada da patronal chamou o trabalhador de vagabundo. O que é um absurdo.

E quando o diretor protestou contra os xingamentos, a advo-gada da patronal se levantou e o ameaçou de agressão física e de morte.

Em seguida chamou um ho-mem que subiu o prédio do Ministério do Trabalho com o claro intuito de intimidar o diretor do Sindicato.

É dessa forma que os patrões tratam os trabalhadores.

Mas se pensam que irão inti-midar a luta dos trabalhadores estão muito enganados.

O companheiro que foi amea-çado, já prestou queixa na dele-gacia, e irá denunciar a advoga-da na OAB. Vamos seguir com o processo e atos contra Delfiore pela reintegração do diretor Gabriel.

E não vamos tolerar que a pa-tronal insulte qualquer trabalha-dor. E continuaremos denun-ciando todas as irregularidades que existem na Delfiori. Os trabalhadores não aceitam os baixos salários e toda explora-ção que sofrem.

Casas Bahia ataca trabalhadores

mais uma vez os

esmo com o aumento de 26,5% de suas vendas no ano de 2010, a empresa continua retirando direitos Mde seus trabalhadores.

Desta vez o ataque foi aos montadores. Esses companheiros que sofrem com doenças ocupacionais, com os perigos que sofrem nas ruas todos os dias e as extensas jornadas. Agora tiveram seus salários reduzidos. É isso mesmo, a empresa aumenta suas vendas, e diminuiu o salário dos trabalhadores. Mas a companheirada não deixou barato. No dia 29 foi

eleita uma comissão junto com o Sindicato que montou uma pauta de reivindicação que foi encaminhada para empresa. Além de ser acionada no Ministério do Trabalho que irá acompanhar as negociações. A reação da empresa foi imediata, demitiu o trabalhador

que estava organizando os montadores e que fazia parte da comissão de negociação. E o pior, é que esse companheiro tem estabilidade por ter sido da CIPA, mesmo assim a empresa o demitiu. Mostrando mais uma vez a forma desrespeitosa com que trata seus funcionários. Já entramos com o pedido na justiça de reintegração ao

trabalho do companheiro, e vamos seguir na luta, exigindo que os direitos dos trabalhadores sejam respeitados.

Page 3: Jornal dos Comerciários - Nº 123

luta contra o Horário Livre no comércio, se tornou uma das principais lutas do trabalhador comerciários no país inteiro. Desde a década de A90 com o avanço do neoliberalismo, se avançou também essa

política que passou a explorar ainda mais os trabalhadores. A conseqüência desta política foi o fim da Semana InglesaMesmo sendo uma luta muito importante, ainda há vários companheiros

comerciários que têm dúvidas, ou não sabem o que é o Horário Livre e a Semana Inglesa.Para esclarecer este assunto, o Jornal dos Comerciários entrevistou

Renato Gomes, que é diretor do Sindicato e trabalhador da loja Varejão das Fabricas, e acompanhou todo esse processo desde a conquista da Semana Inglesa até a implementação do Horário Livre.

Jornal dos Comerciários / abril 2011

Entrevista: Renato Gomes fala sobre Horário Livre

Jornal dos Comerciários - O que é o horário livre no comércio?Renato Gomes: Horário livre no comércio é quando as lojas têm a liberdade de funcionar livremente, votado nas prefeituras. Essa lei foi votada através do Fernando Henri-que Cardoso, que era o presidente da República (na época), e ele orientava municípios em todo o Brasil a modificarem as suas leis municipais, orientando as prefeitu-ras e câmaras de vereadores a mudarem, tornando livre o comér-cio pra justificar a questão do trabalho aos Domingos.

Jornal dos Comerciários - O que é a semana inglesa?Renato Gomes: Semana inglesa é quando está determinado que os trabalhadores só devem trabalhar de segunda à sexta feira, de 9 horas às 19 horas, fazendo assim, 40 horas semanais, e mais 4 horas no Sábado, de 9 às 13h.

Jornal dos Comerciários - Como e quando os trabalhadores conquistaram a semana inglesa?Renato Gomes: Foi uma luta muito forte na onda de lutas da década de 80, e os comerciários também foram protagonistas de grandes lutas, por que havia uma escravidão muito grande no comércio. Os trabalhadores tinham hora pra entrar, mas não tinham

hora pra sair. E como tinha um levante da classe trabalhadora através da Central Única dos Trabalhadores, vários sindicatos sendo tomados das burocracias sindicais, que estavam na mão dos patrões, os sindicatos se voltaram para suas categorias e suas categorias se levantaram pra reivindicar. Então os trabalhadores fizeram uma grande luta... inclusive ti-nham vereadores, trabalhadores de lo-jas, sindicalistas na ocasião foram pre-sos, foram espanca-dos... mas teve um grande movimento e eles arrancaram na verdade, na marra, conquistando a se-mana inglesa.

Jornal dos Comerciários - Como e quando os trabalhadores perderam a semana inglesa e passou a vigorar o horário livre no comércio? Renato Gomes: Para os patrões foi difícil derrotar a semana inglesa, por que tinha uma mobilização muito grande dos trabalhadores comerciários pela garantia desse direito. Então eles foram pegando a semana inglesa e cortando aos pedacinhos, foram flexibilizando, e

convencendo os sindicatos, que foram importantíssimos para ir quebrando essa vitória dos traba-lhadores, que era necessário fazer uma tripartite, ou seja, Sindicato, Prefeituras, e os Sindicatos patro-nais, para regulamentar, vigiar, fis-calizar as horas dos trabalhadores fazendo turnos, ou seja, abrindo a flexibilização das lojas sobre a

questão do horário. Então aí foi come-çando a perder a semana inglesa, até que eles bota-ram pra votar o fun-cionamento livre das lojas, botando os trabalhadores em turnos, fazendo essa questão das 44 horas sema-nais. Eles trabalha-ram muito bem isso, daí o sindicato não tem mais o controle, com o

passar do tempo, se aqueles trabalhadores estão trabalhando realmente as 44 horas semanais, o que não é a realidade do comércio.

Jornal dos Comerciários - Você acha que é possível reconquistar a semana inglesa? Como?Renato Gomes: Eu acho que é totalmente possível reconquistar a semana inglesa. É necessário, e já tem um ânimo da classe trabalha-

dora para grandes lutas, só que agente ainda não consegui unificar essas lutas. Há uma vontade, e es-tamos construindo isso diariamen-te, na unificação dos sindicatos nas lutas dos comerciários, dos bancários, dos servidores, enfim... Agente está através da CSP-Conlutas e outros movimentos tentando unificar essas lutas, pra agente poder ficar mais forte.

É totalmente possível recon-quistar a semana inglesa. Primeiro por quê é um desejo dos comer-ciários, e há uma necessidade da classe trabalhadora em trabalhar menos, por que isso gera menos doenças na categoria, e etc., e é totalmente possível, já que basicamente as lojas não conse-guem vender as suas mercadorias após as 19h horas em dias da semana e muito menos no Sábado após as 13 horas. Fica muito difícil, o movi-mento cai... por que há uma cultura (de compra) da população, então é totalmente possível.

E como agente vai conquistar? Bom, através de muita organiza-ção, de muita luta, e convencendo os trabalhadores que só com a unidade de todos os trabalhadores agente vai conseguir derrotar os governos e os patrões.

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Jornal dos Comerciários / abril 2011

Dia 18 de março dos 50

anos do Sindicato

ocorreu o grande ato show de comemoração

dia 18 de março ficará na história Odos comerciários

de nossa base. Como parte das come-

morações dos 50 anos, foi realizado um grande ato show no centro de Nova Iguaçu, com a presença dos grupos 100%, Ginga Pura e R2, que animaram a festa dos comerciários. A atividade também foi

marcada por intervenções que resgatou a luta dos comerciários nestes 50 anos. Como a luta contra o horário livre, as lutas por mais conquistas para as mulheres e contra o racismo e a homofobia. Os comerciários que esti-

veram presentes aprova-ram a nossa grande festa. Mas a comemoração não

para por ai, já começou o campeonato de futebol que é parte das come-morações dos 50 anos do Sindicato.Confira as lojas que estão

participando do campeo-nato e no próximo jornal a tabela completa dos jogos! - Chatuba Deposito

- Lasa- Guanabara Galaticos- Humanitarian- Vianense central

Campeonato 2011Confira as lojas que estão participando:

- Vianense 02- Vianense 07- Vianense 09- Vianense 12- Vianense 16

grupos 100%, Ginga Pura e R2 animaram a noite

- Ponto do Pé- Di Santinni- Chatuba Free- Guanabara Balança a Rede- Citycol- Casas Bahia 342

Campeonato 2011Confira as lojas que estão participando:

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Jornal dos Comerciários / abril 2011

DENÚNCIAS

Quem tem direito a devolução do imposto sindical 2011?

Como proceder para receber?

Sócios em dia com suas mensalidades: até 30 de março de 2011.Novos filiados: Que se filiaram no período de 15 de março a 15 de julho, têm 30 dias para estar em dia e ter direito a devolução.Admitidos: Após abril de 2011, o trabalhador deverá se filiar num prazo de até 4 meses após a admissão, desde que não ultrapasse o último mês do ano e, estar em dia com o Sindicato, no máximo, após 30 dias da filiação para ter direito a devolução.

ATENÇÃO PARA O PRAZO DE ENTREGA DOS CONTRACHEQUES: de 16 de maio a 17 de junho.Na sede: A devolução será feita no ato da entrega da cópia do contracheque.Nas subsedes: Devolução será feita num prazo de no máximo 5 dias a contar da data da entrega do contracheque.Periferia: A devolução será feita na loja ou na sede.

Agora estamos publicando toda edição este box, com as informações que você precisa saber para receber a devolução do Imposto Sindical. O Imposto Sindical é uma quantia anual equivalente a um dia de trabalho, que todo trabalhador, filiado ao sindicato ou não, tem descontada na folha de pagamento obrigatoriamente. Os sócios, terão este imposto devolvido. Fique atento ao calendário para pegar o que foi descontado de sua folha de pagamento:

21 de marçocontra o racismo

: Dia internacional da luta

assaram-se mais de cem anos da Revolta da Chibata e Pmais ainda de Zumbi dos Pal-

mares e sem dúvida devemos nos perguntar o que mudou desde os dias dos nossos verdadeiros heróis nacionais.

Heróis reafirmo, negros, brasilei-ros, valentes e lutadores que se opu-seram ao sistema e assim como nós comerciários e toda a população em geral desejavam dias melhores, uma amanhã melhor para eles e seus descendentes.

E é isso que sem dúvida todos de-sejamos, mas ao vermos a impor-tância dada ao Dia internacional da Luta Contra o racismo no Brasil e no mundo comemorado no último dia 21/03/2011, nos perguntamos nova-mente o que mudou de lá para cá? No que avançamos e refletimos aon-de iremos e queremos chegar?

Pois os negros continuam sendo caçados nas favelas, oprimidos como nas senzalas e açoitados dia-riamente como nos navios da antiga marinha brasileira com os avais da lei.

Tudo justificado ainda única e “cla-ramente” pela cor da sua pele e sua descendência africana, é a resposta para se gerar tantas atrocidades contra tantos individuos.

Então mais pacientes engolimos que no Brasil não existe racismo por-que somos bem misturados, mas é só observarmos a situação da maio-ria da população negra do país e podemos dizer que os astros que vemos na TV são apenas os escolhi-dos pela burguesia para nos sentir-mos representados e mais confor-

CATEGORIA

Supermercado Vianense (Toda rede) - Os vestiários e banheiros é caso de saúde pública. Há anos os trabalha-dores e o Sindicato vem ou-vindo essa ladainha de fazer inveja a Nossa Senhora de Fátima de que irão resolver este problemas. Os clientes usam o mesmo banheiros dos trabalhadores que fica junto com o vestiário, pois isso não garante que os pertences serão furtados. O Sindicato pediu uma nova fiscalização para corrigir a legislação da NR 24 que trata do tema. O vestiário e banheiro dos trabalhadores devem ser separados dos clientes.

Ricardo Eletro (Toda rede) - A empresa de forma lamentá-vel não compareceu a audiên-cia para dar explicações e cor-rigir os problemas que foram expostos na última edição de nosso jornal. Mas o Sindicato não desiste e já tem uma nova audiência marcada para este mês. Se a empresa não com-parecer estaremos encami-nhando para o Ministério Público.

Guanabara (Nova Iguaçu) - Já tem algum tempo que a empresa está sem cozinhei-ras. E para resolver o proble-ma o gerente pois duas opera-doras de caixa para cozinha. A companheirada do Guanaba-ra reivindica a contratação de cozinheiras profissionais.

OPRESSÕES

tavéis com a nossa triste situação e nos fazer acreditar que podemos todos chegar lá tmbém.

Mas o número absurdo e assom-broso dos que não conseguem e não podem é real e nos deve fazer refletir de como mudar isto.

Comemoremos então este dia sim, relembremos os nomes, as conquis-tas que nos inspiram a sonhar com um amanhã livre e melhor com Martin Luther King.

Não há capitalismo sem racismo, identificamos o que precisamos derrubar para que os negros pos-sam se erguer para abandonar as suas correntes e avançar.

Não nos enganemos com as falsas comemoraçõe s do 13 de maio, por uma libertação que ainda não ocor-reu pois a verdadeira Lei Áurea só virá quando a conquistarmos por nós mesmos.

Então lutemos juntos, negros

contra o racismo, mulheres contra o machismo, Lgbts contra o homafo-bia para construir uma sociedade mais justa e livre das opressões pas-sadas. Derrubemos o capitalismo então!

Sindicato informa a todos os comerciários sócios Oque utilizam o convênio

médico Cimeni, que haverá rea-juste do valor.

O valor de R$ 15,00 pago hoje pelos trabalhadores será reajus-tado para R$ 25,00.

O motivo do reajuste foi à renovação do contrato com o convênio Cimeni.

Portanto todos os sócios que usam o plano Cimeni que não quiserem continuar no convênio precisam procurar o Sindicato ou o diretor da área para fazer o seu cancelamento.

Com esse reajuste o sócio que tem o convênio Cimeni pagará R$ 25,00 do convênio médico mais R$ 5,85 da mensalidade sindical.

Atenção Cimeni

comerciários/as que utilizam o convênio

CATEGORIA

Page 6: Jornal dos Comerciários - Nº 123

Jornal dos Comerciários / abril 2011

INTERNACIONAL

esde o começo do ano estamos vendo uma onda Drevolucionária se alastrar

pelos países do mundo árabe. Como há muito tempo não se via, jovens e trabalhadores estão indo à luta contra as ditaduras da região, e contra as precárias condições de vida nesses países, intensificada por conta da crise econômica. Mais de 40% dos árabes vive abaixo da linha da pobreza e o desemprego entre os jovens chega a mais de 50%. Depois da Tunísia o povo do Egito deu um exemplo de luta, derru-bou o ditador Hosni Mubarak, e continua as mobilizações por mais democracia, melhores salá-rios e condições de vida.

Nesse momento, os olhos do mundo se voltam para a Líbia, onde o ditador Muamar Kadhafi governa com mãos de ferro o país há mais de 40 anos, e uma onda

EUA intervém Líbiarevolução árabe!

na para frear a

Dilma e Cabral prendem militantes

Obama! para garantir a

visita de

revolucionária também se abate. O já impopular ditador atacava desesperadamente rebeldes e manifestações pacíficas. Isso gerou uma comoção e revolta mundiais, que agora está sendo usado pelos Estados Unidos para atacar a Líbia. Ou seja, com a desculpa de que estão atuando em defesa do povo da Líbia, co-meça a intervenção do imperialis-mo nos países árabes.

Mas então o que realmente quer os EUA? O real motivo por traz da intervenção é porque o imperialis-mo quer se apropriar diretamente do petróleo e estabelecer uma zona controlada no meio da revo-lução árabe. Não confia mais em Kadhafi, porque não acredita que ele possa reestabilizar a região.

Então, o antes amigo dos EUA e da Europa, que entregou boa parte do petróleo líbio, agora está sendo atacado. Não dá para con-fiar naqueles que já invadiram o Afeganistão e o Iraque. Os Esta-dos Unidos não querem ajudar os rebeldes, e sim impor um governo que siga seus interesses após destruírem Kadhafi e conter a revolução Líbia!

Porém, em outros países a revo-lução continua a se alastrar. Na Síria, um importante país da região, as mobilizações continu-am e governo lança mão de uma feroz repressão. No Bahrein,

tropas da Arábia Saudita ocupam o país para asse-gurar o governo. No Iêmem e até mesmo no Irã, con-tinuam as mobili-zações contra os regimes.

Seguimos pres-tando solidarieda-de aos trabalhado-res árabes, que estão dando um grande exemplo a todos os trabalha-

os dias em que o presidente dos EUA esteve no Brasil, Nmovimentos sociais e sindi-

catos fizeram protestos para mos-trar que Barack Obama não veio aqui a passeio.

Primeiro, de olho no nosso pe-tróleo do pré-sal, ele quis comprar antecipadamente milhões de barris a preço de banana. Depois, com o avanço da revolução árabe, veio aqui obter apoio do Brasil, para poder atacar a Líbia, e não con-tente, ordenou os bombardeios de dentro de nosso país!

Um circo foi montado pra recebê-lo e todos se submetendo aos man-dos e desmandos, como revistar ministros brasileiros em solo nacional e etc.

Porém algo muito mais grave aconteceu. No dia 18 de março, a polícia reprimiu violentamente uma passeata que foi até ao consulado norte americano no centro do Rio, após um desconhecido ter lançado um coquetel molotov contra o prédio. Aleatoriamente, a polícia – para mostrar serviço e ter a quem culpar – prendeu 13 companheiros que estavam na passeata, corren-do das bombas de gás lacrimogê-neo e dos tiros de bala de borracha, entre eles um senhora de 67 anos e um menor de idade.

E não acabou por aí. Para mostrar serviço à Obama, Dilma e Sérgio Cabral deram ordens explícitas para deixarem os companheiros presos, numa atitude completa-mente ilegal e arbitrária. E assim todos foram encaminhados para

presídios, onde os homens tiveram suas cabeças raspadas.

As prisões tiveram o claro objetivo de intimidar os ativistas, para que parassem com as mobili-zações. Não deu certo. No domin-go, dia 20, dia em que Obama estava no Rio, uma manifestação maior ainda foi realizada, exigindo agora que Obama fosse embora, e exigindo liberdade para nossos presos. Um abaixo assinado reu-niu mais de 5 mil assinaturas em dois dias. Representantes de cen-trais sindicais, o grupo Tortura Nunca Mais, advogados que de-fenderam presos na ditadura, partidos políticos, artigos em jor-nais e uma longa lista de grupos exigiram a liberdade dos compa-nheiros.

Depois de 70 horas presos, os companheiros foram soltos. 10 homens e 3 mulheres, cujo seu único crime foi estar em uma passeata. Pais de família, uma senhora e jovens só foram soltos da prisão quando o dono do mundo já estava fora do país, e mesmo assim ainda estão sendo investiga-dos por tentativa de incêndio. Isso mostra a falsidade dessa demo-cracia que dizem ter em nosso país.

Em assembléia realizada no dia 24 de março o Sindicato e todos os seus trabalhadores aprovaram o repúdio veemente às prisões dos companheiros, exigindo o arquiva-mento do processo, e o fim da per-seguição aos movimentos sociais.