jornal do biologo nº 37

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Refúgios ecológicos nas matas do Jequitinhonha Acre - Amazonas - Amapá - Distrito Federal - Goiás - Minas Gerais - Pará - Rondônia - Roraima - Tocantins Informativo do Conselho Regional de Biologia * 4ª Região * Ano VI * abril a julho de 2004 * nº 37 Índice Editorial 02 Ponto de Vista 04 Entrevista 05 Direto do Campus 09 Publicações 12 Trabalho desenvolvido por pesquisadores do Instituto Estadual de Florestas (IEF), de Minas Gerais, caracterizou a vegetação das matas em três áreas distintas no Vale do Jequitinhonha. O estudo é de grande importância para a conservação destas áreas e para a manutenção da biodi- versidade no Brasil. Refúgios ecológicos nas matas do Jequitinhonha

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Page 1: Jornal do Biologo nº 37

1Informativo do Conselho Regional de Biologia - 4ª Região [ nº37 - abril a julho de 2004 ]

Refúgios ecológicos nasmatas do Jequitinhonha

Acre - Amazonas - Amapá - Distrito Federal - Goiás - Minas Gerais - Pará - Rondônia - Roraima - TocantinsInformativo do Conselho Regional de Biologia * 4ª Região * Ano VI * abril a julho de 2004 * nº 37

Índice

Editorial 02

Ponto de Vista 04

Entrevista 05

Direto do Campus 09

Publicações 12

Trabalho desenvolvido por

pesquisadores do Instituto

Estadual de Florestas (IEF), de

Minas Gerais, caracterizou a

vegetação das matas em três

áreas distintas no Vale do

Jequitinhonha. O estudo é de

grande importância para a

conservação destas áreas e

para a manutenção da biodi-

versidade no Brasil.

Refúgios ecológicos nasmatas do Jequitinhonha

Page 2: Jornal do Biologo nº 37

2 Informativo do Conselho Regional de Biologia - 4ª Região [ nº37 - abril a julho de 2004 ]

Editorial○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○

Presidente: Sávio José Martins Oliveira / Vice Presidente: Gladstone Corrêa de AraújoSecretário: Fábio de Castro Patrício / Tesoureiro: Paulo Emílio Guimarães Filho

Conselheiros Efetivos: Arlete Vieira da SilvaGenrich, Elias MannaTeixeira, Fábio de CastroPatrício, Gladstone Corrêa de Araújo, Helena Lúcia

Menezes Ferreira, José Corrêa Machado Neto, KérciaMaria Pontes Maia, Paulo Emílio Guimarães Filho,Sávio José Martins Oliveira, Sérvio Pontes Ribeiro.

Conselheiros Suplentes: Afonso Pelli, Breno Perillo Nogueira, CarlosAugusto Rosa, Cláudia Guimarães Costa, Edeltrudes Maria V. CalaçaCâmara, Emilson Miranda, Érika Martins Braga, Guilherme de FariaBarreto, José Alberto Bastos Portugal, Telson Emmanuel F. Crespo.Comissão de Tomada de Contas – CTC: Helena Lúcia Menezes Ferreira(coordenadora), César Augusto Maximiano Estanislau, Aloísio Otávio Ferreira.Comissão de Fiscalização do Exercício Profissional – COFEP:

Edeltrudes Maria V. Calaça Câmara (coordenadora), Arlete Vieira daSilva Genrich, Leonardo Fittipaldi Torga.Comissão de Divulgação: Gladstone Corrêa de Araújo (coordena-dor), Giliane de Souza Trindade, Isis Rodrigues Carvalho.Comissão de Legislação e Normas - CLN: Paulo Emílio GuimarãesFilho (coordenador), Fábio de Castro Patrício, Breno Perillo Nogueira.Comissão de Formação e Aperfeiçoamento Profissional – CFAP:

Kércia Maria Pontes Maia (coordenadora), Carlos Augusto Rosa,Guilherme de Faria Barreto.Comissão de Licitação: Tales Eliodoro Viana (coordenador), NormaDulce de Campos Barbosa, Vasco Campos Torquato.Comissão de Controle de Bens Patrimoniais: Paulo Emílio GuimarãesFilho (coordenador), Gladstone Corrêa de Araújo, Helena Lúcia M. Ferreira.

Informativo do Conselho Regional de Biologia4ª Região - Ano VI - Número 37

abril a julho de 2004Rua Bernardo Guimarães, 20 - cj 01/02

Belo Horizonte - MG - 30140-080Telefax: (31) 3223.3486 / (31) 3223.3794

Home page: www.crbio4.org.brE-mail: [email protected]

Jornalista Responsável:Enderson d’ Assumpção Cunha

Registro: MG 04306 JPCapa e Tratamento de Imagens: Lívia Bergo

Projeto Gráfico: Ana Cristina Reis CruzImpressão: Fumarc - Tiragem: 4.500 exemplares

Comissão de Divulgação

No dia 8 de junho passado, faleceu nossoConselheiro Efetivo José Côrrea Machado Neto.Perdemos sua presença física. Contudo, ganhamosseu legado, herança construída ao longo de sua vidacomo biólogo, mesmo tendo sido curta.

Um dos principais articuladores e fundadoresda Associação dos Biólogos de Minas Gerais(ABBIO-MG), primeiro Conselheiro Presidente doCRBio4 e até então, Conselheiro Efetivo dessa

Instituição, sempre contribuiu com suas idéias e ações na defesa eengrandecimento de nossa profissão.

Podemos, portanto, representar sua atuação em uma palavra:PIONEIRISMO. É inspirado na sua capacidade de sempre criar, inovar ecrescer, que pautamos a nossa atuação, não somente como forma de valorizarcada vez mais a nossa profissão, mas também como uma homenagem aonosso Zé Machado.

Zé Machado, sinônimo de pioneirismo

Sávio José Martins OliveiraConselheiro Presidente

O CRBio4 conta agora com umPlano que guiará as ações de Comu-nicação nos anos de 2004 e 2005. Otrabalho, desenvolvido pelo jornalistaEnderson d’ Assumpção Cunha emconjunto com a Comissão de Divul-gação, pretende dar suporte para ocumprimento de todas as açõespropostas pela atual Diretoria doConselho.

A elaboração do Plano levou emconsideração os objetivos, o funcio-namento e os públicos do CRBio4, tãopeculiares à natureza da Instituição,uma Autarquia Federal criada com oobjetivo principal de orientar, dis-ciplinar e fiscalizar o exercício legalda profissão de Biólogo.

Apesar de sustentado por basesteóricas, o trabalho procurou levantartodas as questões presentes nasreuniões da Comissão de Divulgação,nos vários contatos mantidos com osBiólogos registrados, com os membrosda diretoria e com as funcionárias eassessores que participam das ativi-dades cotidianas do Conselho.

O trabalho prevê para os pró-ximos meses a elaboração de diversosbancos de dados e a consolidação deoutros já existentes, com o objetivo de

conhecer a real situação dos Biólogosregistrados, dos diversos Cursos deGraduação e Pós-graduação existentesna jurisdição e do desenvolvimento daprofissão de Biólogo.

A logomarca passará por pequenasmodificações e os veículos de comu-nicação do CRBio4 serão reestru-turados. O Jornal do Biólogo e o site naInternet mudarão de cara e de conteúdo,para levar mais informação e prestarmais serviços aos registrados.

Novos veículos serão criados paraque a informação chegue aos Biólogoscom maior agilidade. Merece destaqueo informativo via correio eletrônico quebrevemente vai navegar pela Internet.

Também a participação do CRBio4em eventos será estimulada, comdestaque para o já consagrado Biólogona Rua, evento que acontece todo dia3 de setembro, nas ruas de BeloHorizonte. Fique atento, ele poderáacontecer na sua cidade.

Mas a concretização das propostassó será possível com a participação ecolaboração de todos os Biólogos doCRBio4.

Para que as ações de comunicaçãodo CRBio4 se tornem realidade, éimprescindível a participação de todosos Biólogos registrados. A primeiratarefa é simples, basta manter sempreatualizadas todas as informações pes-soais e profissionais junto ao Conselho.

Outra forma de participação podeacontecer através do envio de críticas,sugestões, dicas, informações e matérias

Participação é a chave para o sucesso

Planejar a comunicação é essencial paraa aproximação dos Biólogos do CRBio4

Enderson CunhaEditor

para publicação no Jornal do Biólogoou nos veículos eletrônicos.

Finalmente, solicitamos a todos osBiólogos registrados que cadastremseus e-mails enviando uma mensagempara: [email protected].

Page 3: Jornal do Biologo nº 37

3Informativo do Conselho Regional de Biologia - 4ª Região [ nº37 - abril a julho de 2004 ]

Agenda○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○

Instituto de Biologia da Conservaçãosite: www.ibcbrasil.org.br/

Biologia e Conservação de Anfíbiose RépteisPeríodo: 6 a 9 de setembro de 2004Local: Campinas - SP

Ornitologia de CampoPeríodo: 9 a 15 de outubro de 2004Local: S.Luis do Paraitinga - SP

Sistemas de Informação Geográfica - SIGPeríodo: 22 a 27 de novembro de 2004Local: Campinas - SP

Frugivoria e Dispersão de SementesPeríodo: 7 a 10 de março de 2005Local: Campinas e Ilha do Cardoso - SP

AGOSTO

VI Colóquio Sobre Questões CurricularesII Colóquio Luso-Brasileiro SobreQuestões CurricularesPeríodo:16 a 19 de agosto de 2004Local: Rio de Janeiro - RJE-mail: [email protected]: www.coloquiolusobrasileiro.hpg.ig.com.br

4º Mostra do Talento CientíficoGIS Brasil 2004Período: 17 a 20 de agosto de 2004Site: www.gisbrasil.com.br/

II Encontro de Filosofia e Históriada BiologiaPeríodo: 20 e 21 de agosto de 2004Local: São Paulo - SPSite: www.mackenzie.com.br

IV Conferência Sul-Americana de Medi-cina Veterinária, IX Congresso Brasileirode Ciência em Animais de Laboratório,V Congresso Mundial de Ciência em Ani-mais de Laboratório e IV Encontro dePesquisadores do MercosulPeríodo: 26 a 29 de agosto de 2004Local: Rio de Janeiro - RJSite:www.abma.com.br/2004/_inscricoes.asp

25º Congresso Nacional de Milho e SorgoPeríodo: 29 de agosto a 2 de setembrode 2004Local: Cuiabá - MTTelefone: (0xx31) 3779-1086Site: www.abms.org.br

SETEMBRO

V Congresso Internacional de Controlede Vetores e Pragas - EXPOPRAG 2004Período: 1º a 3 de setembro de 2004Local: São Paulo - SPSite: www.pragas.com.br/expoprag2004/

50º Congresso Brasileiro de GenéticaPeríodo: 7 a 10 de setembro de 2004Local: Florianópolis - SCSite: www.sbg.org.br/congresso/50cbg.htm

Encontros, conferências, congressos, seminários

OUTUBRO

IV Congresso Brasileiro de Unidadesde ConservaçãoPeríodo: 17 a 21 de outubro de 2004Local: Curitiba - PRSite: www.fundacaoboticario.org.br

XIII Congresso Brasileiro deÁguas SubterrâneasPeríodo: 19 a 22 de outubro de 2004Tema: “A Gestão Integrada e Dinâmica deAqüíferos: Eficiência e Agronegócio”Fone/Fax: (0xx11) 3104-6412E-mail: [email protected]: www.acquacon.com.br/

VIII ENBRAPOA - Encontro BrasileiroPatologistas de Organismos AquáticosPeríodo: 19 a 22 de outubro de 2004Local: Laguna - SCSite: www.uel.br/abrapoa

V Congresso Brasileiro de SistemasAgroflorestaisTema:“SAF´s: desenvolvimento comproteção ambiental”Período: 25 a 28 de outubro de 2004Local: Curitiba - PRSite: www.cnpf.embrapa.br/

NOVEMBRO

17a Reunião Anual do Instituto Biológicoe 2o Congresso de Iniciação Científicaem Ciências Agrárias, Biológicas eAmbientaisPeríodo: 8 a 12 de novembro de 2004Site: www.biologico.sp.gov.br/.

IX Encontro Nacional de MicrobiologiaAmbiental - ENAMAPeríodo:16 a 19 de novembro de 2004Local: Curitiba - PRSite: www.cem.ufpr.br

I Congresso Norte-Nordeste de Zoonosese Bem-estar AnimalPeríodo: 22 a 25 de novembro de 2004Site: www.ideiaseventos.com.br/zoonoses

Instituto Ecológico AqualungRio de JaneiroTelefone: (0xx21) 2558-3428Fax: (0xx21) 2556-6006 ou 2556-6021E-mail: [email protected]: www.institutoaqualung.com.br

Curso de longa duraçãoCapacitação em Auditoria AmbientalInício em 17 de setembro de 2004

Cursos de média duraçãoTratamento e Gerenciamento de Resíduos(água e saneamento urbano e industrial)26 de outubro a 30 de novembro de 2004

Direito e Licenciamento Ambiental9 de setembro a 14 de outubro de 2004

Zoneamento Ambiental9 a 25 de novembro de 2004

Cursos de curta duraçãoBiomonitoramento em Água DoceData: 21 de agosto de 2004

Gestão de Recursos HídricosData: 28 de agosto de 2004

Curso de curta duração - Belo HorizonteTECNOHOME Tecnologia e ConsultoriaAv. Prudente de Morais, 287 / 602Bairro Cidade Jardim, Belo Horizonte - MGTel/Fax: (0xx31) 3296-5768E-mail: [email protected]

Avaliação de Aspectos e ImpactosAmbientais e EIA/RIMAData: 21 de agosto de 2004

XIX Encontro Anual da “Society forConservation Biology”Tema: “Capacitação e Prática para aConservação Biológica em um mundoglobalizado”Período: 15 a 19 de Julho de 2005Local: UnB - Brasília - DFTelefax: (0xx61) 307-3366E-mail: [email protected]: www.conservationbiology.org/2005

Cursos

EVENTO EM 2005

Cursos

A CETESB é a agência ambientaldo Estado de São Paulo que gerencia ouso dos recursos naturais para preservare recuperar a qualidade do ar, da água edo solo, estabelecendo padrões dequalidade ambiental, o licenciamento deações potencialmente poluidoras e o seumonitoramento, fiscalização e controle.

Para contribuir com a qualificaçãodos profissionais que atuam nessasáreas e transmitir os conhecimentosambientais acumulados, a CETESBoferece anualmente uma Agenda deCursos e Treinamentos Práticos Espe-cializados.

A Agenda poderá ser consultadana página da Internet, no endereço:www.cetesb.sp.gov.br/Servicos/cursos/calendario.asp

A Confederação Nacional dasProfissões Liberais também mantém emsua página na internet um calendário deeventos nacionais para profissionais dediversas áreas .

Confira em: www.cnpl.org.br

Dicas de Agendas

CETESB

CNPL

Page 4: Jornal do Biologo nº 37

4 Informativo do Conselho Regional de Biologia - 4ª Região [ nº37 - abril a julho de 2004 ]

O agronegócio brasileiro vem des-pertando, gradativamente, grande in-teresse de outros países, principal-mente dos nossos competidores diretos.Um aumento nos últimos anos deaproximadamente 10 vezes da produçãoe produtividade em relação à áreaplantada é o principal fator responsávelpor desencadear o interesse mundial.

De acordo com o Ministério daAgricultura, Pecuária e Abastecimento(MAPA), produtos como o complexosoja (grãos, farelo e óleo), carnes(bovina, frango e suíno) in natura eindustrializados, couros, peles ecalçados, açúcar e álcool, fumo etabaco, algodão e fibras têxteis vege-tais, cacau e suas preparações,pescados, café, leite, laticínios e ovos,frutas, hortaliças e preparações são osprincipais responsáveis pelo superávitdas exportações nos últimos anos. Aparticipação do agronegócio repre-sentou 44,5% do total arrecadado comas exportações brasileiras registradasno mês de junho de 2003, US$ 5,875bi, com um recorde histórico de 48,5%em relação ao mesmo período do anoanterior e um superávit comercial doagronegócio de US$ 24bi.

Nos próximos 10 anos com oavanço e implementações de tecnologiasagrícolas tanto para o pequeno comopara o médio e grande produtor, aexpectativa é de que várias outrascommodities agrícolas possam ocuparpatamares ainda mais expressivos nomercado internacional.

Em vista da expansão, conquistae manutenção do comércio mundialpelos produtos brasileiros, espera-seque o país possa proteger o setorprodutivo da entrada de pragas quetanto podem depreciar os nossosprodutos como podem favorecer aformação de barreiras sanitárias efitossanitárias impostas por paísescompetidores dos nossos produtos.

Apesar da Organização Mundial do

Comércio (OMC) ter iniciado suasoperações no dia 1º de janeiro de 1995 etambém ter entrado em vigor o Acordo deAplicação de Medidas Sanitárias eFitossanitárias (Acordo SPS) para a apli-cação de regras em proteção de plantas,saúde animal e segurança alimentar,relacionados ao comércio agrícolainternacional, há necessidade dos paísesdesenvolverem suas próprias diretrizesvisando proteger seus próprios interesses.

O chamamento que a Organizaçãodas Nações Unidas para a Agricultura eAlimentação (FAO) está fazendo para ospaíses quanto à segurança biológica naproteção de plantas, saúde animal evegetal e segurança alimentar deve servisto com grande atenção por parte dosgovernantes.

O termo “Segurança Biológica”(Biosecurity) foi adotado pela FAO nabusca por instrumentos e atividades quepossam conscientizar os diferentessegmentos da sociedade sobre esseproblema e significa, “o manejo de todosos riscos biológicos e ambientaisassociados à alimentação e agricultura,Incluindo os setores de pesca e floresta”.Os riscos incluem a avaliação dosorganismos vivos modificados (OVM); asespécies invasoras e a introdução depragas de vegetais e animais; a erosãoda biodiversidade com perda de recursosbiológicos e genéticos; a dispersão de

doenças como o mal-da-vaca louca,armas biológicas de guerra etc.

Essa terminologia estabelecida pelaFAO, vai muito além da elaboração depolíticas públicas para a sanidade animale vegetal e para os organismos gene-ticamente modificados (biossegurança),envolve também o desenvolvimento demétodos científicos, consideraçõeséticas, confiabilidade e vigilância para aproteção da sociedade.

Não se deve confundir segurançabiológica com biossegurança. Esse últimotermo está relacionado com protocolosde biossegurança para organismos vivosmodificados de acordo com a Conferênciadas Partes da Convenção de Biodi-versidade, que adotou um acordosuplementar conhecido como “Protocolode Cartagena em Biossegurança”, em 29de janeiro de 2000. O Protocolo tem comoobjetivo proteger a biodiversidade deriscos potenciais advindos dos organis-mos vivos modificados resultantes detécnicas modernas de biotecnologia.Esse termo é também reconhecido pelaComissão Técnica Nacional de Bios-segurança (CTNBio), regulada peloDecreto no 1.752, de 20 de dezembro de1995, e vinculada à Secretaria Executivado Ministério da Ciência e Tecnologia.

Um outro fator importante nas novastendências mundiais de segurança é aLei de Bioterrorismo dos Estados Unidos,

que entrou em vigor em 12 de dezembrode 2003, e foi criada para diminuir aspossibilidades de atentados que pos-sam colocar em risco a populaçãodaquele país, preparando internamentepara evitar perigos na área da saúde,controle de agentes biológicos e detoxinas e proteção dos suprimentos deágua potável, alimentos e medicamentos.

Essa lei deverá ser pauta dediscussão nos mais diversos países noque se refere à segurança e soberaniade cada nação, porque ao mesmotempo em que ela tenta proteger oscidadãos americanos dos perigos eriscos biológicos, pode também acar-retar barreiras sanitárias e fitossanitáriasdurante as transações comerciais. E aipergunta-se, até que ponto o AcordoSPS terá forças para ser respeitado? OBrasil está se preparando para enfrentaresses problemas futuros levando emconta o Acordo SPS?

O desenvolvimento de pesquisastécnico-científicas para a implantaçãode medidas de segurança biológica quevisem a proteção da agricultura bra-sileira deve ser prioridade do GovernoFederal. A entrada de pragas em áreasdo sistema produtivo traz conse-qüências dramáticas e muitas vezesirreversíveis para a agricultura, além degastos da ordem de milhões de reaispara controle e erradicação dessesorganismos, perdas na biodiversidade,nos recursos biológicos e genéticos,impacto na indústria alimentícia e aindadesemprego na área rural. Só nosúltimos anos mais de 11.000 espéciesinvasoras entraram no Brasil, de acordocom levantamentos realizados por pes-quisadores internacionais.

O Brasil está preparado para a segurança biológica na agricultura?

Ponto de Vista○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○

Maria Regina Vilarinho de OliveiraBióloga - CRBio4 08648/4-DEmbrapa - Recursos Genéticos [email protected].

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5Informativo do Conselho Regional de Biologia - 4ª Região [ nº37 - abril a julho de 2004 ]

Entrevista○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○

Como surgiu a ABBIO-MG?Nossa Associação surgiu da

mobilização dos Biólogos mineiros emtorno da luta pela regulamentação daprofissão. Ela foi formalizada em 11/10/1980, sendo seu primeiro presidente obiólogo José Corrêa Machado Neto

Inicialmente foi criada como Asso-ciação dos Biólogos e Biomédicos equando as profissões se tornaramdistintas se restringiu aos Biólogos.Com esta grande união dos Biólogos aAssociação nasceu forte e bastanterepresentativa e atuante, tendo tidocapacidade para abrigar em sua sedeo CRBio4, até que ele pudesse seestabelecer formalmente.

Quais são seus principais objetivos?Segundo nosso estatuto, aprovado

em 1985, os principais objetivos são:colaborar na defesa da classe e daprofissão; promover o debate, análisee pesquisa de temas de interesse pro-fissional e da sociedade; zelar peloprestígio e ética profissional da classe;proporcionar aos associados con-dições para participação ativa e livre nadiscussão da realidade brasileira,principalmente a de cunho biológico,educacional e ambiental; lutar pelaelevação do nível e qualidade daformação teórica, técnica e profissionaldos biólogos nos centros de ensinosuperior de graduação e pós-graduação;promover a publicação de boletins einformativos de interesse da classe.

É através da associação que nósbiólogos participamos dos diversosfóruns de trabalho no Estado, seja noConselho de Política Ambiental -COPAM, em suas várias CâmarasEspecializadas, em Conselhos Mu-nicipais de Meio Ambiente ou nosComitês de Bacia.

E o que foi conquistado nesses 24 anosde existência?

Discutindo nestes fóruns e eventosa ABBIO-MG temos oportunidade dedefender o trabalho com qualidade emtodas as áreas de competência dobiólogo, ampliando, com isto, o mercadode trabalho para os profissionais e mesmopara os estudantes. Suas atividades seconcentram em analisar, criticar e mesmopropor normas para a avaliação dosprocessos em licenciamento, propo-sições de gestão, gerenciamento,zoneamento e de implantação de uni-dades de conservação.

Participamos também de debatesseminários e workshops que tratam daquestão ambiental em seus múltiplosaspectos, estando em contato perma-nente com as diversas entidades e órgãospúblicos, privados e ONG’s.

Consideramos que a maior con-quista foi consolidar a Biologia comoprofissão regulamentada, obtendo orespeito dos outros profissionais.

Quais as principais dificuldadesenfrentadas até o momento?

Ao longo da sua história, a Asso-ciação veio desenvolvendo seus objetivosàs vezes de forma parcial ou incipiente,mas se mantendo e obtendo o respeitoda comunidade. Muitas foram as dificul-dades, mas as várias diretorias conse-guiram fazer com que ela chegasse aosseus 24 anos de existência.

No entanto, as dificuldades finan-ceiras impediram que ela mantivesse umasede ou mesmo conseguisse uma maiordivulgação de suas atividades. Elas serefletem principalmente na dificuldade deacesso às novas escolas com curso deBiologia e de cativar os Biólogos para oseventos, diminuindo, conseqüentemente,o número de associados atuantes.

Quais as diferenças de atuação daABBIO-MG e do CRBio4?

O Conselho Regional tem atribui-ções legais na defesa da profissão regula-mentada e de fiscalização da atividadeprofissional do Biólogo.

A Associação é uma entidade for-mada por união voluntária dos profis-sionais em torno do aperfeiçoamento daprofissão através de eventos e encontros,nos quais o papel do biólogo é necessárioe imprescindível.

Embora estatutariamente a ABBIO-MG possa se dedicar à luta trabalhista,atualmente isto não vem acontecendo eestá crescendo entre os Biólogos odesejo de criação de um Sindicato, o quejá acontece em outros estados do País.

Quais os benefícios que a ABBIO-MGpode trazer para seus associados?

A Associação vive um dilema: tempoucos associados porque tem orga-nizado poucas ações e não as divulga, epor ter poucos associados não temarrecadação suficiente para organizarnovas ações e, conseqüentemente,divulgá-las. Mesmo com estas difi-culdades, a ABBIO-MG tem relevantepapel na integração do profissional dasCiências Biológicas.

Serviços como bolsas de estágiospara os futuros biólogos e agência deempregos e oportunidades para os bió-logos estão nos nossos planos, bemcomo um site com informações atua-lizadas sobre a atuação do profissional eeventos, entre outras.

Quais as propostas para o futuro?O primeiro passo é a divulgação da

existência e das competências daABBIO-MG através de parceiros comoo CRBio4, as instituições de ensinosuperior e de pesquisa.

Temos a proposta de efetivar o siteda Associação e transformá-lo no portaldo Biólogo e desta forma divulgareventos, vagas e oportunidades.

Pretendemos realizar um diagnós-tico da situação do Ensino Superior deBiologia no Estado com o número deFaculdades, de profissionais formadosa cada ano e das áreas de interessedestes profissionais.

Pretendemos ainda ampliar a parti-cipação da ABBIO-MG nas maisdiversas instâncias de participaçãoconsultivas e deliberativas do Estado.

Uma ação que a cada dia se tornamais importante é a organização deeventos como cursos, palestras e semi-nários para a formação e atualizaçãocontínua do profissional e principalmenteum Encontro Mineiro de Biólogos.

Considerações complementares

A ABBIO-MG está estabelecendoe consolidando novas parcerias. Destaforma, o apoio de Instituições como oConselho Regional de Biologia - 4ªRegião e das Faculdades de Biologiado Interior do Estado de Minas Geraissão fundamentais para que possamosviabilizar elos locais e regionais e destaforma potencializar as ações propostaspela atual Diretoria da ABBIO-MG.

ABBIO-MG: sempre preocupada com a defesa e o debate da profissão

Retomando às entrevistas que pretendem mostrar as diferentes funções dos órgãosde representação dos Biólogos, recebemos nesta edição o presidente e a vice-presidente

da Associação dos Biólogos de Minas Gerais (ABBIO-MG), João Paulo Sotero e Isis

Rodrigues Carvalho. Atualmente, João Paulo Sotero exerce a coordenação do NúcleoTemático “Planejamento e Gestão Territorial” do Fundo Nacional do Meio Ambiente,

enquanto Isis Rodrigues é pesquisadora botânica da EPAMIG, CETEC e FEAM.

ABBIO-MGAssociação dos Biólogos de Minas GeraisRua Java, 367 - Bairro Nova SuíçaBelo Horizonte - MGCEP: 30460-160Telefone: (31) 9113-2171Fax: (31) 3378-1313.e-mails: [email protected]

[email protected]

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6 Informativo do Conselho Regional de Biologia - 4ª Região [ nº37 - abril a julho de 2004 ]

Capa○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○

Estudo destaca a importância das mataA vegetação da região do vale do Jequitinhonha

tem características ímpares, especialmente nas áreaspróximas à divisa com o estado da Bahia, quesofreram durante décadas com o desmatamento.Historicamente as matas tinham continuidade. Em1945, o extremo sul da Bahia apresentava mais de 2milhões de hectares de florestas. Mas, durante adécada de 60, os desmatamentos começaram a seintensificar devido ao avanço da pecuária e evoluírampouco, ficando restritos à zona costeira e próximo àdivisa com Minas Gerais.

Entretanto, entre 1971 e 1974, cerca de 40%das matas existentes foram destruídas em conse-qüência da construção da rodovia BR-101 e dainstalação de pólos madeireiros. Além disso, amaioria destas áreas recebeu a pecuária extensiva.O processo caminhou em ritmo tão acelerado queem 1990, as imagens de satélite revelavam apenas164.825 hectares de remanescentes da vegetaçãonatural, ou seja, 6% do que se constatou em 1945.Atualmente restam fragmentos.

No município de Salto da Divisa, na regiãoconhecida como Alto Cariri, ainda existe uma matacom continuidade nos estados de Minas Gerais eBahia, totalizando cerca de 11.000 hectares. Alémdesta, o município possui na margem esquerda dorio Jequitinhonha, em terras baixas, cerca de 2.000hectares de fragmentos florestais descontínuos.

O município de Jequitinhonha ainda possui cercade 5.000 hectares de mata contínua na região daMata Escura. Neste local, além das florestas, naspartes mais elevadas do relevo aparecem camposcom arbusto, onde a vegetação apresenta carac-terísticas peculiares.

Embora estejam relativamente próximos, emcada uma destas áreas os fragmentos florestaisapresentam características distintas entre si. Oobjetivo deste estudo foi contribuir para a carac-terização preliminar da vegetação destes locais,discutindo a provável classificação fitogeográfica ea importância da preservação destes fragmentos paraa biodiversidade no Estado de Minas Gerais. Estetrabalho estava dentro do projeto de indicação deáreas prioritárias para conservação na região,desenvolvido na Diretoria de Pesca e Biodiversidade

do IEF, pelo técnico Fabiano Melo, no período de 1999a 2001. Este projeto chamou atenção para a área, oque resultou na criação da Reserva Biológica da MataEscura, pelo IBAMA, em 2003.

Sistemas de classificação da vegetação

Existem vários sistemas de classificação queutilizam critérios diversos para a definição dos tiposvegetacionais. Os sistemas variam em diferentesgraus, segundo a escala de abordagem, os critériosestabelecidos, o nível de conhecimento da vegetaçãoe as técnicas utilizadas por seus autores em cada época.Quando o sistema de classificação utiliza como critérioa estacionalidade climática, as matas de Minas Geraissão consideradas como Matas Estacionais Semi-deciduais. Para autores que usaram critériosfisionômico estruturais, as matas do interior de MinasGerais ainda se encontram na área de distribuição daMata Atlântica (lato sensu).

Para este trabalho foi seguida preferencialmente

a classificação adotada pelo IBGE, uma vez que é umatentativa de adaptar a classificação da vegetação a umsistema universal, uniformizando a linguagem. Alémdisto, este sistema considera a composição florística anível de gênero e utiliza como referência a altitude e alongitude, oferecendo mais possibilidades para identificara diversidade da vegetação. Assim, a seguir procuramoscaracterizar a vegetação das três áreas, discutindo asua classificação como tipo vegetacional.

A classificação da tipologia davegetação na fazenda Alto Cariri

Comparando as observações preliminares com osresultados descritos no projeto RADAMBRASIL. Amata da fazenda Alto Cariri pode ser definida comoFloresta Ombrófila Densa Submontana, sendo descritada seguinte forma: a mata “está representada por muitosgêneros, entre os quais Cariniana, Caryocar, Poroumae Sloanea. Esta formação apresenta indivíduos de grandeporte que chegam a até 40m de altura e 8m decircunferência, não obstante a média das alturas situa-se em torno de 25m, o que significa que nesta formaçãoocorrem árvores emergentes”. Observou-se também apresença das palmeiras indaiá (Attalea compta Mart.),juçara (E. edulis) e da taquara (Merostachys sp.).

Para o sistema adotado pelo IBGE esta for-mação é também definida como Floresta OmbrófilaDensa Submontana. A região é montanhosa eultrapassa o limite superior de altitude de 500m, parafloresta submontana. Entretanto, como na área sãoencontradas altitudes de até 800m, a tipologia florestalpoderia também ser caracterizada como FlorestaOmbrófila Densa Montana, mas aparentemente nãoapresenta as espécies características de altitude destaformação. Dessa forma, enquanto não são realizadosestudos fitossociológicos, a melhor denominação éFloresta Ombrófila Densa Submontana.

A classificação da tipologia davegetação para fazenda Santana

A floresta é considerada como decídua naliteratura, embora o estrato intermediário mantenha partedas folhas e o aspecto verde, mesmo na época seca.

As bromélias aparecem com freqüência. A vegetação éconsiderada refúgio ecológico, pois é florística e fisionômico-ecologicamente diferente do contexto geral da flora dominante.

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7Informativo do Conselho Regional de Biologia - 4ª Região [ nº37 - abril a julho de 2004 ]

as do Jequitinhonha para Minas Gerais

Para o sistema de classificação proposto por Rizziniesta vegetação encontra-se dentro do domínio Atlântico,estando mais próxima das florestas de tabuleiro do sulda Bahia. Entretanto, as características diferem floris-ticamente e o ambiente é mais seco. Este tipo florestalnão se encaixa bem, não está claro entre os principaistipos de vegetação do Brasil descritos por Rizzini.

A composição florística parece ser muitodiferente daquela usualmente encontrada para as matasdo interior do estado de Minas Gerais. Comparando acaracterização preliminar aos dados do projetoRADAMBRASIL, pode ser classificada como FlorestaEstacional Decidual Submontana sendo descrita comose segue: “Essa formação ocorre nas áreas pré-cambrianas compreendidas entre 100 e 600m de altitude,predominantemente sobre solos do tipo latossolovermelho-amarelo. Bastante degradada, encontra-seatualmente substituída por pastagens. Tem comocaracterística principal a presença de itapicuru(Goniorrhachis marginata Taub. ex Glaziou), espécieheliófila provida de meios de proteção contra carênciade água como gemas protegidas por brácteas ecaducifólia. A estrutura dessa formação permite umaestratificação vertical onde são bem distintos doisestratos. O superior, pouco denso, é composto porárvores altas, de aproximadamente 30m. Possuemcopas pequenas cuja folhagem ocupa a parte terminaldos ramos, os quais geralmente hospedam o barba-de-velho (T. usneoides)”.

Entretanto, para o IBGE édefinida como Floresta EstacionalDecidual das Terras Baixas com asseguinte caracterização: “Essaformação é encontrada em áreasdescontínuas e relativamente peque-nas. Ocorre com maior expres-sividade na bacia do rio Pardo, nosul do Estado da Bahia. A florísticadesta formação, característica desolos eutróficos calcários, é domi-nada pelos gêneros Cavanillesiae Cereus. O ecótipo Cereusjamacaru nesta formação apre-senta alto porte que atinge, nãoraras vezes, o dossel dos meso-

fanerófitos e compõem, juntamente com os indivíduosdos gêneros Parapiptadenia, Anadenanthera,Piptadenia, Cedrela, entre outros, o estrato decidualdesta disjunção”. A caracterização preliminar encaixanestas duas classificações, embora a denominaçãodecidual seja questionável, pois a mata mantémparcialmente as folhas na estação seca. Enquanto nãoé realizado um levantamento da estrutura e composiçãoflorística destas florestas sugerimos seguir a clas-sificação adotada pelo IBGE, ou seja, FlorestaEstacional Decidual das Terras Baixas.

A classificação da tipologia da vegetação na área da Mata Escura

A Mata Escura encontrava-se em bom estado deconservação mantendo características de ambienterelativamente bem preservado, como umidade, ambientesombreado com sub-bosque limpo, muitas árvores deporte elevado e diâmetro superior a 79cm. A encostade um morro adjacente à floresta está ocupada por umapopulação de coco-catulé (Attalea cf.), formação deuma espécie de palmácea comum na região, conformejá descrito na literatura. Para o sistema de Rizzini,encontra-se dentro do domínio atlântico, sendo a FlorestaAtlântica (sensu latu) porém com as característicasdas matas de encosta e florestas ciliares encontradasno interior de Minas Gerais.

A Mata Escura pode ser definida como Floresta

Estacional Semidecidual Submontana de acordo como sistema adotado pelo IBGE, uma vez que o aspectofisionômico e os gêneros das espécies arbóreasidentificadas são os mesmos que estão presentesnestas tipologias.

Além da mata, a vegetação dos campos na regiãoé característica e é diferente de outros campos naturaisencontrados no sul e serra do Espinhaço, em MinasGerais. Esta formação vegetal é descrita da seguinteforma em levantamento realizado pelo Ministério daAgricultura: “Estes campos são constituídos predo-minantemente de agrupamento de arbustos de até 3mde altura, separados por relva baixa com espaçosintercalares despidos de vegetação, mostrando acoloração acinzentada da camada superficial do solo.Em alguns locais estes campos são constituídos apenasde formações baixas, ralas, de gramíneas, ciperáceas,bromeliáceas, eriocauláceas, pteridófitas, veloziáceas,euforbiáceas, orquidáceas (em menor número) emusgos terrestres – Sphagnum sp. Esta vegetaçãodifere, em fisionomia e composição florística, doscampos das altas superfícies do Sul de Minas. Estescampos tem pouca importância do ponto de vista deextensão, porque ocupam somente pequena áreaelevada da serra da Sapucaia e circunvizinhanças”.

Como estes campos ocupam pequena extensão,devem ser considerados de alta relevância paraconservação pois apresentam características únicase podem desaparecer rapidamente sob interferênciaantrópica. Este tipo de vegetação no sistema adotadopelo IBGE pode ser considerada como Refúgio Ecoló-gico, pois é florística e fisionômico-ecologicamentediferente do contexto geral da flora dominante.

Priscila Moreira de AndradeBióloga - CRBio4 02297/4-D

Instituto Estadual de Florestas - MGCoordenação de Proteção da Vida Silvestre

Diretoria de Pesca e [email protected]

Fotografias (capa e páginas 6, 7 e 8):Priscila Andrade e Fabiano R. Melo

A região do Alto Cariri apresentou variedade de frutos como jequitibá, angico, canafístulaentre outros. A diversidade de frutos é uma das características das matas neotropicais.

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8 Informativo do Conselho Regional de Biologia - 4ª Região [ nº37 - abril a julho de 2004 ]

Considerações sobre os tipos vegetacionais, a biodiversidadee a criação de Unidades de Conservação em Minas Gerais

A Floresta Ombrófila Densa daregião leste brasileira (Mata Atlânticasensu strictu) é citada como uma faixaestreita presente apenas para osestados litorâneos e apenas recen-temente foi considerada para MinasGerais, ocorrendo em pequenasmanchas no lado mineiro do maciçodo Itatiaia.

O registro da presençada Floresta Ombrófila DensaSubmontana no nordeste deMinas Gerais enriquece sig-nificativamente o conhe-cimento da biodiversidade davegetação no estado, espe-cialmente porque recebeinfluência direta das Florestasde Tabuleiros do sul da Bahia.

O desenvolvimento depesquisas que identifiquem ograu de influência recebidados tabuleiros, determinarãoquais são as característicasda floresta pluvial da encostaatlântica sul bahiana queestão presentes em MinasGerais. Além disto, o estudoda estrutura da vegetaçãopoderá ajudar na compre-ensão da história evolutiva eda interligação, que já existiuanteriormente entre as flo-restas brasileiras.

Na região do sul daBahia, efetivamente prote-gendo a Floresta OmbrófilaDensa, existem três Unidadesde Conservação, totalizandoapenas 26.419 hectares. Estas Uni-dades de Conservação encontram-sepróximas à faixa litorânea e as matasdas encostas das montanhas emdireção ao interior não estão protegidas.Na Bahia, em 1989, ainda foramextraídas uma tonelada de poaia(Psychotria ipecacuanha (Brot) Stokes),espécie medicinal ameaçada de ex-tinção, que é encontrada no estratoherbáceo da mata. Em 1994, ainda

estavam sendo retiradas espécies na-tivas na Bahia, em carvão vegetal40.852m2 , em lenha 17.964.723m2, emtoras de madeira 3.071.126m2. Estequadro mostra a necessidade urgente deesforços para a preservação desta região.

Para o estado de Minas Gerais, aregião do Alto Cariri está registrada como

uma das áreas prioritárias para con-servação da biodiversidade e estatipologia vegetal não está representadaem nenhuma outra unidade de con-servação do estado. Assim, a criaçãode Unidades de Conservação é neces-sária, preferencialmente abrangendo osestados da Bahia e Minas Gerais.Considerando a fragmentação da MataAtlântica em todo o Brasil e as ca-racterísticas únicas presentes na região

do sul da Bahia, abrangendo até a regiãodo Alto Cariri em Minas Gerais, apermanência destas matas tem um valorinestimável para a conservação de nossopatrimônio natural e genético.

Embora tenha sido aprovado, em1997, um plano de manejo sustentadopara a fazenda Alto Cariri, dados que

realmente comprovem a sus-tentabilidade do manejo emmatas tropicais a longo prazo,ainda são deficientes. Paracomprovar a sustentabilidade,além das medidas usuais, sãonecessários também os dadosda dinâmica da população dasdiversas espécies exploradas.

A dinâmica de populaçãoestuda natalidade, mortalidade,sendo assim possível prever asprobabilidades de sobrevivênciados indivíduos nas diversasfases do desenvolvimento.Apenas a partir destes dados ede taxas de crescimento, épossível quantificar e avaliar asustentabilidade ao longo dotempo. Além disto, também nãoexistem dados para regene-ração das espécies exploradasapós a alteração do ambientepara retirada da madeira. O queacontece com os indivíduosjovens de cada espécie? Quaissão as alterações que a es-trutura da mata apresentarádaqui a vinte anos? Estas eoutras perguntas ainda não têmrespostas e não há como avaliar

as prováveis conseqüências do plano demanejo e da sustentabilidade do processode exploração que vem sendo executado.

Embora o manejo sustentado emflorestas tropicais seja relativamenterecente, já existem trabalhos apontandopara os danos ambientais causados poresta atividade. Os danos ocorrem naalteração da composição da vegetaçãoque permanece de modo prolongado.

A Floresta Estacional Decidual das

Terras Baixas é um tipo de vegetaçãocaracterístico, sendo originalmenteexpressivo no sul da Bahia na regiãoda bacia do rio Pardo. Em Minas Geraisencontra-se próximo ao limite da divisaestadual na margem esquerda do rioJequitinhonha e restrito a terras baixasno restante do País. Cabe ressaltar queprovavelmente, hoje o último rema-nescente deste tipo de vegetação emMinas Gerais é o encontrado na regiãoda fazenda Santana. A conservaçãodestas florestas deve ser de extremaimportância sendo de alto valor para abiodiversidade em Minas Gerais. Afamília Bromeliaceae abundante no soloda mata deve apresentar característicasparticularmente interessantes. Aconservação desta mata é de impor-tância também a nível nacional, pois noSul da Bahia entre o rio Pardo e o rioJequitinhonha, área natural de ocor-rência deste tipo de vegetação, nãoexiste qualquer unidade de conservação.

Felizmente a Mata Escura foiprotegida pelo seu bom estado deconservação, assim como a vegetaçãode campo sobre solo arenoso pelacriação da Reserva Biológica da MataEscura. Estudos da composiçãoflorística e estrutura da floresta poderãoconfirmar a classificação como FlorestaEstacional Semidecidual Submontanaou poderão também nos mostrar queestamos diante de uma tipologia vegetalainda não descrita para Minas Gerais,conforme aconteceu com as outrasduas áreas aqui estudadas.

A presença de tipos vegetacionaistão distintos em regiões tão próximas,mostra a riqueza e complexidade doVale do Jequitinhonha, que merece todonosso esforço para que suas áreasnaturais sejam conhecidas e protegidas.

Priscila Moreira de AndradeBióloga - CRBio4 02297/[email protected]

Na fazenda Alto Cariri tem foi registrada a presença da palmeiraindaiá (Atallea cf.) no estrato intermediário.

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9Informativo do Conselho Regional de Biologia - 4ª Região [ nº37 - abril a julho de 2004 ]

O reconhecimento do papel doBiólogo nos serviços de reproduçãohumana ganhou destaque atravésdos trabalhos de Robert G Edwards(Bacharel em Ciências e PhD pelaUniversidade de Edimburgo) e PatrickC Steptoe (médico) a partir do nas-cimento do primeiro bebê de proveta,Louise Brown, em 1978. Assim, cadavez mais é observado a presença desteprofissional nas clínicas urológicas,andrológicas, ginecológicas e dereprodução humana.

E porque tudo isso? Devido a umaimportante base morfológica no cursode graduação, o Biólogo é capaz deresponder perguntas ligadas à melhoriade fertilidade do homem e da mulher,bem como do padrão de qualidade doslaboratórios de reprodução humana.Dentre as suas atribuições maisobservadas, destaca-se a realizaçãode protocolos para congelamento dosêmen humano, na tentativa de valo-rização e preservação da fertilidade nohomem, através de uma revolução nasetapas de criopreservação de sêmen eobten-ção de uma gravidez a termo.

A criopreservação de sêmen hu-mano para utilização em reproduçãoassistida é atualmente um proce-dimento mundialmente reconhecido,desde as primeiras abordagens prá-ticas de congelamento de sêmen porSpallanzani em 1776, que constatou acapacidade de sobrevivência de esper-matozóides a baixas temperaturas.

As amostras de sêmen visandocongelamento devem ser coletadasapós um período de três a cinco diasde abstinência sexual. A trans-parência do mesmo possibilita avaliaras condições do sêmen durante aetapa de liquefação.

A determinação do número deespermatozóides num ejaculado é umadas principais variáveis utilizadas naavaliação de sua capacidade de ferti-lização, sendo fator essencial na eficácia

do processo reprodutivo. Por isto, aestimativa do número de esperma-tozóides/mL de sêmen é um passoimportante do processo de criopre-servação seminal.

A redução do potencial fértil dosespermatozóides após o desconge-lamento é um dos principais fatoreslimitantes do sucesso da inseminaçãointra-uterina e da fertilização in vitroconvencional envolvendo sêmen criopre-servado. Mesmo utilizando-se técnicas

avançadas de criopreservação, 25 a 50%dos espermatozóides morrem ou sãolesados irreversivelmente durante esseprocesso. É aceitável assumir que umataxa de gravidez cumulativa usando-seespermatozóides descongelados é com-parada àquela obtida com sêmen fresco.

A escolha do meio de criopre-servação para o sêmen deve ser dirigidapara a melhoria da capacidade de mantera integração e função celulares durante oprocesso de congelamento e descon-gelamento. Importância maior é dada àsalterações de motilidade, morfologia epercentagem de espermatozóides vivos.Uma análise de pós-descongelamentocriteriosa possibilita melhores êxitos nautilização de espermatozóides congela-dos em técnicas de reprodução assistida.

Não existe grande volume deinformação científica a respeito do tempode armazenamento do sêmen congelado.Em vertebrados, a expectativa de sobre-vida indica algo superior a 50 anos. Sabe-se hoje, que parâmetros seminaishumanos, como motilidade e atividade,tendem a decrescer com o tempo.

Quando a estocagem é mantida deforma criteriosa, o sêmen pode serutilizado em diferentes técnicas dereprodução assistida, tais como ferti-lização in vitro (FIV) e a injeção intra-citoplasmática de espermatozóides(ICSI). A nossa experiência tem mostradoque amostras congeladas há 12 anosmantêm qualidade e viabilidade dese-jadas. Assim, a criopreservação de sêmené um ramo da ciência que estuda amanutenção de espermatozóides embaixas temperaturas, preservando suacapacidade de fertilizar óvulos e adequadodesenvolvimento embrionário inicial.

A criopreservação de espermato-zóides humanos tem sido observada nasseguintes situações:

- anterior à quimioterapia e /ou radio-terapia; o congelamento seminal deveanteceder aos tratamentos quimio-terápicos e/ou radioterápicos.

- assincronia da atividade reprodutivae ciclos induzidos; mulheres com ciclosassincrônicos são cada mais comuns emprotocolos de ICSI.

- anterior à cirurgias pélvicas quepossam comprometer a fertilidade futura,como microcirurgias reconstrutivas notrato genital masculino (vaso-vaso e vaso-epidídimo anastomoses) e cirurgias dapróstata, dentre outras.

- anterior à vasectomia; indivíduosque necessitam realizar vasectomiapodem criopreservar os espermatozóidesantes da realização desta cirurgia.

O Biólogo e o congelamento de sêmen humano

Direto do Campus○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○

A bióloga Neiva Guedes recebeudo Príncipe Bernhard, da República dosPaíses Baixos, o título de dama inte-grante da Ordem da Arca Dourada. Otítulo foi concedido em reconhecimentoao trabalho de conservação da arara-azul grande (Anodorynchus hyacinthinus),desenvolvido há 14 anos no Pantanal,em Mato Grosso do Sul e Mato Grosso.

A Ordem foi criada em 1971, peloPríncipe Bernhard, para reconhecer osesforços de ambientalistas e cientistasna conservação dos recursos naturaisem todo o mundo. Até hoje, mais de 350pessoas de todos os continentes rece-beram a honraria, considerada o maiorprêmio ambiental da Holanda. NeivaGuedes é a primeira brasileira a recebê-la. Ela foi indicada para obter a distinçãopelo WWF-Holanda, que financia oprojeto de conservação desenvolvido emparceria com o WWF-Brasil no Pantanal.

Atualmente, o número estimado deararas-azuis na natureza é de 6.500indivíduos, sendo que, segundo o ProjetoArara Azul, 4.800 estão no Pantanal eestima-se que existam entre 150 e 200nas porções boliviana e paraguaia doPantanal. Na região conhecida comoGerais - Piauí, Maranhão, Bahia eTocantins - os cientistas estimam aexistência de 800 a 1.000 araras-azuis.Na região Norte, a previsão é de queapenas 500 permaneçam livres.

Nos anos 80, porém, havia apenas1.500 araras-azuis no Pantanal. Asituação na natureza só começou amudar em 1990, quando se iniciaramos primeiros estudos de Neiva Guedesno Pantanal Sul-Matogrossense. Desdeentão, o projeto Arara Azul monitoroumais de 5 mil indivíduos e anilhou cercade 850 filhotes a partir da sua sede, naFazenda Caiman (Miranda, MS). Alémdisso, mais de 485 ninhos artificiais enaturais são monitorados periodica-mente pela equipe do projeto em 42fazendas , cobrindo uma área de 400mil hectares.

Fonte: Ascom WWF-Brasil

Bióloga brasileira recebeprêmio internacional na

área de conservação

Paulo Franco TaitsonBiólogo - CRBio4 8980/[email protected]

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10 Informativo do Conselho Regional de Biologia - 4ª Região [ nº37 - abril a julho de 2004 ]

/ DEFINTIVOS

/ PROVISÓRIOS

ACREAdevaldo de Holanda MachadoMabel Celeste Bastos ZaireMeiry Silva de Souza

AMAZONASAndré Dias SantanaAndrea Martins CantanhedeAntônio Carlos Santos SilvaDébora Rabello MesquitaEvanilda Figueiredo G. de SouzaFracimeire Gomes PinheiroJéssica Cancelli Faria GontijoJosé Douglas da Silva CostaJosé Reinaldo Pacheco PelejaLuciana Chacon PaixãoMarcela de Fátima N. de M. TorresRejane de Castro SimõesRicardo José de Souza CastroYnglea Georgina de Freitas Goch

AMAPÁAna Alice Rodrigues da SilvaSilvia Maria Mathes Faustino

DISTRITO FEDERALAlexandre de Souza PortelloBruno Anzolin de OliveiraCamila Aguiar FreitasCândida Ivi Marcovich de AraújoDaniela Martins VianaDaniele Smidt FrischknechtGabriela César Munhoz Vilardi TenenteIsabela Pereira CardosoIsrael Martins MoreiraJanderson Brito PereiraMarizan José PereiraPerla Fabíola de AraújoPriscila Mitsuzawa dos SantosRinara Sabina Reis

GOIÁSAdriana Rodrigues FerreiraAndréa da Silva PiresDiliane Luzia Arraes FulanettiEldimara Oliveira CairesEliana Souza BernaldinoEliete Della JustinaGeovana Maria Vidal RosaJanaina Buzahr NóbregaJosana de Castro PeixotoKatiuscia Ferreira BarbosaKelly Borges Alves de MouraLigia Cristina GuimarãesLívia Pires Lucas GordaLuciano Roberto Passos LoziLuciene Guimarães de O. BorgesRenata BortolettoRicardo Brenner de SousaRicardo Elias do Vale LimaRoberta Cardoso de Freitas TeixeiraRonny José de MoraisSinara Cristina De MoraesThiago Junqueira Rodrigues

MARANHÃOMauro Renan Pereira Costa

MINAS GERAISAdriana Amantino de Melo MartinsAna Cândida Machado SaraivaAna Carolina Cioffi KrafetuskiAna Cristina Nascimento FonsecaAna Lúcia Henrique Silveira CruzAndré Luiz Prado LealAndréa de Oliveira CunhaÂngelo Antonio C. BorelliÂngelo Antônio C. BortelliAntônio Venâncio de Souza JúniorAparecida Campos VieiraAvelar Menezes MachadoBeatriz Soares FerreiraBernardo Vaz de MacedoCácio Gonzaga SantosCinthia Celestino da SilvaCláudio Franco MunizCristiane Freitas de Azevedo BarrosDaisy Cristina de Oliveira MoraisDaniela Cristina de Oliveira RochaDaniela de Oliveira SilvaDaniela do Carmo NavesEdmilson Amaral de SouzaEdna Ferraz da Cunha di Lorenzo

Edson Caetano RibeiroEfigênia Alves Pereira GuerraElisa Duarte Santos MesquitaÉrica Cunha IssaErica de MelloErika Fernandes Della CroceFábio de Oliveira AquinoFábio Henrique Pfeilsticker de KnegtFábio Luiz BorcatoFabrício Almeida BarbosaFernanda de Nitto Melo CamposFernanda Guimarães de Ávila LimaFlávia Wagner M. Mesquita de CastroGabriella Carmelita CardosoGeorgina Maria de Faria MucciGláucia Cristina Pereira dos SantosGlenda de Camargo Garcia LeãoGraciela FrucchiGustavo Tavares MartinsInez Reptton DiasIngrid de Souza FerradeiraIsis Abel BezerraIvana Célia OliveiraJacqueline Damasceno da SilvaJosé Emílio Zanzirolani de OliveiraJosé Francisco da SilvaJudith Gonçalves Machado SanabioJuscilene Mendonça de OliveiraKarina Tangari LopesKarine Rolim SantiagoKenia Valeria Reis DiasLaurisley Marques de AraújoLeonardo Telles HortaLuciano Martins RibeiroLuiz Alex PereiraLuiz Henrique RosaLuzia Mariano de Almeida AzevedoMarcela Lanza BernardesMarcelo da Silva MorettiMárcio Henrique Lacerda ArndtMarcus Vicente AuadMaria Beatriz PereiraMaria das Graças Cunha TeixeiraMaurício Antunes SilvaMauro Guimarães SoaresMelissa Ribeiro AssefMiriam Negreiros de OliveiraMônica Durães BragaNara de Oliveira CarvalhoOscar Arantes VilelaRaquel Rocha BastosRegis de Almeida CarvalhoRenata Cristian MoreiraRenata de Lima Alvarenga BottrelRenata ManzanRoberto Vagner P. LadeiraRosiane CesariSandra Manata Laza BoechatSérgio de Farias LopesSilvace Dias de ÁvilaSilvia Malta CrispimSimone Rodrigues ValeTatiana Matioli SouzaTatiane Lemos PerdigãoThiago Cotta RibeiroTiago Casarim PessaliVanessa Cabreira de FreitasVirgínia Maria Craviee de Abreu VieiraViviane Daniela FonsecaWanderson Renato Silva de Jesus

PARÁAna Patrícia Ramos AraújoAngélica Lúcia Figueiredo RodriguesBetânia dos Santos BatistaElaine Cristina Pacheco de OliveiraFlávio Ricardo Leal Da SilvaFrancisca Luileide Poles de CastroFrancylenna Lima Do NascimentoIsabela Guerreiro DinizJanael Bruno Leão de AndradeLuciana Corrêa CarneiroLuciana Mendes FernandesMárcia Suely Coelho VieiraSheila Maria Lima AraújoSonaly Fernanda Vieira da RosaSuzy Sarzi OliveiraWaldinete de Fátima Freitas Lobato

RONDÔNIACristiano Andrey Souza do ValeGreice Maria Rodrigues de SouzaIsrael Corrêa do Vale JúniorLaurice Alves Renger

Luciana Alves do Carmo

RORAIMADjeane Cruz PeixotoEldon Mendes de SouzaMahedy Araújo Bastos Passos CastroMichelly Barbosa Rosa Filgueiras

TOCANTINSAdriano Felix ParriãoCleide da Cruz MilhomemHeloisa Bareloni Rodrigues SilvaHyalene Cabral PereiraRejane Ferreira da SilvaRicardo Marques MontanariSimone Maria de MatosVerushka Aires de Farias Melo

DISTRITO FEDERALLaiane da Silva Santos

GOIÁSLeandro Augusto FlorentinoLuciano Viana GuimarãesShirley Pires de OliveiraVinícius Leal de Paula

MINAS GERAISAdriana Carvalho DornelasAline Alvarenga DuarteAline Prado de OliveiraAna Paula Gonçalves de O. CarvalhoAna Tereza Braga BarbosaÂngela Mara Chagas De AlmeidaAntônio Carlos Ferreira da Silva FilhoBrenna Gonçalves de LimaCarlos Alexandre da SilvaChislene Araújo FernandesClaudia Aparecida VieiraDaniela Moura MontesElbia Messias da SilvaEric Criscoullo BrunoErica Rodrigues MachadoFátima Alcione AndradeFernanda Lira SantiagoFlaviana Theophila DomingosGilmara Junqueira Machado PereiraGisleia Patrícia RosaGraziana Faria DutraGustavo Guimarães AlvesGustavo Mascarenhas MacielJoão Carlos Lopes AmadoJoelma Maria MunizJosiane de Paula TeixeiraJuliana Dutra Andradekarin Teixeira KaehceleLarissa Paula Jardim De LimaLeandro Endrigo Alves CarvalhoLeisa Roberta Torres SilvaLidiane Rodrigues PimentaLuciana Cristina VitorinoLuciana Pereira Custodio da SilvaMárcia José ArantesMárcio Cabral AkagawaMarconi Martins JoséMarcus CanutoMaria Sylvia de Andrade Borba MouraMichele Rogério de AssisPatrícia Maria de LimaPauliana Andrade MeloPedro Amaral de OliveiraQuerino Francois de O. VasconcelosRafael de Araújo BernardinoRafael NessimRodrigo Augusto MatavelliRonan Cladeira CostaRoseane Mendes de AraújoVerônica Rodrigues AmbrósioVinícius de Avelar FerreiraVinicius Pereira CintraViviane Amaral SantosWashington Rogério L. R. LopesWiller do Carmo Campos Júnior

MATO GROSSOArnaldo Gonçalves de CamposCaroline do Carmo A. Dueti

TOCANTINSCarlos Wagner Barbosa GomesTathyana Rodrigues Leal Rocha

/ REGISTRO SECUNDÁRIO

SÃO PAULOCamila Gava GalviattiGiuseppe PuortoMarianna Botelho de Oliveira DixoSueli Harumi Kakinami

TOCANTINSWagner Tadeu Vieira Santiago

/ LICENÇA DE REGISTRO

AMAZONASJussara Ferreira Benarrós

GOIÁSJosé Gonçalves Sobrinho

MINAS GERAISAnete Consolação da Cunha VieiraÂngela Guimarães P. DiasArley Roiz de SouzaClarice Diniz CoelhoClaudia Garcia de AraújoDenise CoutoElisabeth Cordeiro AndradeFabiana Alves MourãoFabiane de Sena SilvaFernando Mendes BezerraFlávia Borges da CostaGenimar Rebouças JuliãoGilmar Gualberto PereiraJoaquim Maurício da SilvaJulio César Bittencourt GomesLavínia Maria Lopes RaadMaria de Fátima Silva A. PenidoMaria Luiza Marques da FonsecaMariana Junqueira PedrasMauren Andrade de V. N. e MenezesMelissa Camelo de AzevedoThiago Cotta RibeiroVera Lúcia Mendes

PARÁDarlisson Francinei L. Cavalcante

TOCANTINSArlete Pereira Arbués

/ CANCELAMENTO DE REGISTRO

ACREEricleia Vieira de Souza

BAHIAMargareth Helena W. Keglevich Buzin

DISTRITO FEDERALLuiz Henrique WilhelmsPatrícia Seixas OliveiraRafael de Carvalho XavierRosemary Pessoa Mamede da Costa

GOIÁSAntônio da Silva Marcelino FilhoCarolina Bisinto Higino de CubaMaria Thereza F. TeixeiraMicaela de Jolepian Lemes

MINAS GERAISAdriana Dias Gomes

Aline Beatriz S. SantosAltair Geraldo BarbosaAtna Gomes SilvaCarina Beatriz NascimentoCarlos Augusto PereiraCássia Aparecia dos Santos LimaDaniela Honório NascimentoDartagnam Souza GodinhoElisangela Rodrigues da SilvaÉrica Aparecida MatiasFabiana de Oliveira GamaGisselly Pereira SaberGlaysimara Aparecida FelipeHélen Regina MotaJacqueline H. Corrêa LinardiJoyce Helena Torrezan VinagreJúnia Cássia de MouraLeila Gonçalves FerreiraLenice Roteia Cardoso JungLetícia da Conceição BragaLuciana Esteves da FonsecaLuciana Gonçalves BicalhoLuciane Aparecida A. dos SantosLuiz Eduardo Coura RochaMarcelo de Oliveira MedeirosMaria José Carvalhais de C. ChavesOsvaldina Silva CordeiroRenata Abreu e SouzaSônia Maria do Carmo OliveiraTaynan Henriques TupinambásValquiria das NevesVanda Ferreira Mourão Silva

PARÁMaria Roselita Farias Ferreira

PARANÁAdriana Zandona Ferreira

RIO DE JANEIRODébora Gonçalves Barbosa

TOCANTINSDarcy Alves do BonfimEliane Maria da SilvaJairton Roberto RibeiroJeovana Rodrigues de F. SousaRonaldo de Oliveira SantosSandra Conceição NevesZildete Divina Pereira Souza

/ SUSPENSÃO DE LICENÇA

MINAS GERAISAngela Guimarães Pinto Dias

/ TRANSFERÊNCIA DE REGISTRO

DISTRITO FEDERALRosane Mansan Almeida

MINAS GERAISRoberta Muniz da SilvaVinicius Xavier da Silva

PARÁMaria Luisa da SilvaReginaldo de Jesus Oliveira

RONDÔNIATereza Milena Soares Máximo

Registros de Biólogos○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○

Transferências, cancelamentos,licenças e suspensão

Page 11: Jornal do Biologo nº 37

11Informativo do Conselho Regional de Biologia - 4ª Região [ nº37 - abril a julho de 2004 ]

CFBio Informa○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○

Balanço Patrimonial em 30.06.2004ATIVO

ATIVO FINANCEIRO DISPONÍVELBancos c/Movimento ............................................... 5.964,14Bancos c/Arrecadação .............................................. 5.430,33Bancos c/Movimento Aplicação Financeira .......... 648.149,98 ................................ 659.544,45

REALIZÁVELEntidades Públicas Devedoras ........................................... 0,01Responsável por Suprimento............................................ 0,00 ........................................... 0,01

ATIVO PERMANENTEBENS PATRIMONIAISBens Móveis ........................................................ 115.727,34Bens Imóveis ........................................................ 184.916,50 ................................ 300.643,84TOTAL DO ATIVO .................................................................................................. 960.188,30

PASSIVO

PASSIVO FINANCEIRODIVIDA FLUTUANTEEntidades Públicas Credoras .................................... 5.032,27 ..................................... 5.032,27

PASSIVO PERMANENTESALDO PATRIMONIALPatrimônio ......................................................... 689.687,34Superavit ............................................................ 265.468,69 .................................. 955.156,03TOTAL DO PASSIVO ............................................................................................ 960.188,30

Demonstrativo de Receita e DespesaPeríodo: 1º de janeiro a 30 de junho de 2004

RECEITASRECEITAS CORRENTESReceitas de Contribuições............................................................................................. 437.729,32Receitas Patrimoniais .................................................................................................. 20.460,35Receitas de Serviços...................................................................................................... 40.504,70Outras Receitas Correntes............................................................................................. 27.373,60TOTAL ...................................................................................................................... 526.067,97

DESPESASDESPESAS CORRENTESVencimentos e Vantagens fixas -Sal.+Grat..................................................................... 33.381,99Obrigações Patronais..................................................................................................... 8.120,75

OUTRAS DESPESAS CORRENTESContribuições (CFBio) ................................................................................................. 101.121,52Material de Consumo ................................................................................................... 12.609,13Outros Serviços de Terceiros - P.Física ......................................................................... 22.559,04Outros Serviços de Terceiros - P.Jurídica........................................................................ 82.806,85

DESPESAS DE CAPITALColeções e Material Bibliográfico.......................................................................................... 0,00Equipamentos de Processamento Dados................................................................................ 0,00Máquinas, Inst. e Utensílios de Escritório.............................................................................. 0,00Mobiliário em Geral.............................................................................................................. 0,00Outros Materiais Permanentes.............................................................................................. 0,00TOTAL ....................................................................................................................... 260.599,28

Balanço do CRBio4○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○

Demonstrativo de Receita e DespesaPeríodo: Janeiro a Junho de 2004

Saldo

Equipamento e Mat. Permanente

Contribuições CFBio

Serv. Terceiros e Encargos

Material de Consumo

Obrigações Patronais

Pessoal

Receita

0 100.000 200.000 300.000 400.000 500.000 600.000

Diretoria do CFBioMaio de 2004

Sistema Nacional de Avaliação da Educação Superior – SINAES

Criado pela Lei n º 10.861, de 14 de abril de 2004, o SINAES objetiva “assegurarprocesso nacional de avaliação das instituições de educação superior, dos cursosde graduação e do desempenho acadêmico de seus estudantes. Tem por finalidadea melhoria da qualidade da educação superior, a orientação da expansão da suaoferta, o aumento permanente da sua eficácia institucional e efetividade acadêmicae social e, especialmente, a promoção do aprofundamento dos compromissos eresponsabilidades sociais das instituições de educação superior...”

“O SINAES ao promover a avaliação de instituições, de cursos e de desempenho dosestudantes, deverá assegurar: avaliação institucional, interna e externa, contemplandoa análise global e integrada das dimensões, estruturas, relações, compromissosocial, atividades, finalidades e responsabilidades sociais das instituições deeducação superior e de seus cursos; o caráter público de todos os procedimentos,dados e resultados dos processos avaliativos; o respeito à identidade e à diversidadede instituições e de cursos e a participação do corpo discente, docente e técnico-administrativo, e da sociedade civil, por meio de suas representações.”

A avaliação do desempenho dos estudantes dos cursos de graduação será realizadamediante aplicação do Exame Nacional de Desempenho dos Estudantes – ENADE,com periodicidade máxima tr ienal. Também será admit ida a uti l ização deprocedimentos amostrais, aos alunos de todos os cursos de graduação, ao final doprimeiro e do último ano de curso.

Para os resultados de avaliação de cursos considerados insatisfatórios estãoprevistos protocolos a serem firmados com MEC, para correção, bem como, constammedidas punitivas quando do descumprimento das exigências do protocolo. A Leiprevê a constituição, em cada instituição de ensino superior, pública ou privada, deuma Comissão Própria de Avaliação – CPA, com atribuição de condução dosprocessos de avaliação interna da instituição, de sistematização e de prestação deinformações solicitas pelo INEP.

Esses são os trechos e informações principais da Lei, que extinguiu o “Provão”.

Conselho Nacional de Educação

No dia 26 de abril foram escolhidos 12 novos membros para o Conselho Nacionalde Educação - CNE, o que representou uma renovação de 50% de sua composição.

Dia Nacional da Caatinga

Instituído por Decreto Presidencial em 20 de agosto de 2003, o Dia Nacional daCaatinga foi comemorado, pela primeira vez, no dia 28 de abril. Esse dia foiestabelecido em homenagem ao professor João Vasconcelos Sobrinho, o primeiroecólogo do nordeste brasileiro.

Instituto Nacional do Semi-Árido - Insa

Foi sancionada no dia 14 de abril, a lei de criação do Insa, que terá sede em CampinaGrande, Paraíba. A unidade de pesquisa, que fará parte da estrutura básica do MCT,tem como objetivo promover o desenvolvimento científico e tecnológico e a integraçãodos pólos socioeconômicos estratégicos da região do semi-árido. Além de realizar,executar e divulgar estudos e pesquisas na área de C&T.

Page 12: Jornal do Biologo nº 37

12 Informativo do Conselho Regional de Biologia - 4ª Região [ nº37 - abril a julho de 2004 ]

Publicações○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○

ImpressoEspecial

7317467002/2002-DR/MG

Conselho Regionalde Biologia

○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○CORREIOS

Legislação○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○

Foi lançado durante o AQÜIMERCO2004/AQUACIÊNCIA/2004 que ocorreuem Vitória (ES), de 24 a 28 de maio de 2004, o livro inédito sobre sangue depeixes intitulado Hematologia de Peixes Teleósteos, dos pesquisadores MarcosTavares-Dias e Flávio Ruas de Moraes.

O livro fornece informações básicas essenciais sobre hematopoiese,principais características hematológicas (eritrócitos, leucócitos e trombócitos)de diversos peixes dulciaqüícolas e suas relações com os fatores bióticos(sexo, maturação gonadal, crescimento, estresse e parasitismo), abióticos(sazonalidade, temperatura, pH e oxigênio dissolvido) e sobre a metodologiautilizada na colheita de sangue.

Está no formato 22,0 x 15,5 cm, possui 144 páginas em papel couchébrilhante, contém diversas microfotografias coloridas, além de inúmeras tabelase desenho esquemático. No intuito de facilitar o entendimento do leitor, ao finaldo livro, o conteúdo foi sumarizado destacando-se alguns pontos importantese foi acrescentado um glossário de termos técnicos.

Hematologia de Peixes TeleósteosPreço: R$ 40,00 + R$ 4,00 de remessa

Pedidos pelo E-mail: [email protected]: (0xx16) 624-9430 ou (0xx16) 9796-5617

Com o julgamento do mérito da ADIN nº 1717-6 sobre o Art. 58 da Lei nº 9.649/98, a atribuição aos Conselhos de Fiscalização Profissional da personalidade jurídicade Direito Privado foi totalmente afastada. Conseqüentemente, os Conselhosdefinitivamente voltaram à condição de Autarquia Federal de Direito Público.

Como Autarquia Federal, as anuidades cobradas pelos Conselhos são tributose, nessa condição, a única autoridade competente para determinar isenção da cobrançada anuidade é o Poder Executivo.

Em outras palavras, pela determinação do § 6º do artigo 150 da ConstituiçãoFederal de 1988, o ato de conceder ou não isenção de anuidade do Conselho deFiscalização Profissional depende de lei específica, não assistindo esta competênciaao dirigente do Conselho. A exposição acima ilustra o motivo da edição da InstruçãoCFBio nº 02/2004, de 16.06.2004, a seguir transcrita:

Resolução nº 35, de 22 de maio de 2004

Dispõe sobre a aprovação da Prestação deContas do exercício de 2003, do ConselhoRegional de Biologia da 4ª região - CRBio-04.

O CONSELHO FEDERAL DE BIOLOGIA - CFBio, Autarquia Federal criadapela Lei nº 6.684, de 03 de setembro de 1979, alterada pela Lei nº 7.017, de 30 deagosto de 1982, e regulamentada pelo Decreto nº 88.438, de 28 de junho de 1983,no uso de suas atribuições legais e regimentais, considerando a decisão unânimeadotada pelos Senhores Conselheiros Federais presentes na LXXX Reunião Ordináriae 178ª Sessão Plenária , realizada dia 22 de maio de 2004, resolve: Art. 1º - Aprovar,julgando pela sua regularidade absoluta, a Prestação de Contas do ConselhoRegional de Biologia da 4ª Região - CRBio-04, referente ao exercício de 2003. Art.2º - Esta Resolução entra em vigor na data de sua publicação, revogadas asdisposições em contrário.

Noemy Yamaguishi TomitaPresidente do Conselho

Prestação de Contas/

Publicado no D.O.U. de 15 de junho de 2004, Seção 1, pág.79

Anuidade de Inscrição Provisória/

Instrução CFBio Nº 02/2004

Dispõe sobre a cobrança de anuidade daInscrição Provisória pelos CRBios.

A PRESIDENTE DO CONSELHO FEDERAL DE BIOLOGIA – CFBio, AutarquiaFederal criada pela Lei nº 6.684, de 03 de setembro de 1979, alterada pela Lei nº7.017, de 30 de agosto de 1982 e regulamentada pelo Decreto nº 88.438, de 28 dejunho de 1983, no uso de suas atribuições legais e regimentais, RESOLVE: Art. 1º Acobrança da anuidade de Inscrição Provisória pelos CRBios deverá ser procedida daseguinte forma: I – No ato da inscrição: cobrança da anuidade em duodécimos conformeo § 1º, art. 7º da Resolução CFBio nº 16/2003; II – No exercício seguinte: a anuidadedeverá ser cobrada em duodécimos referentes aos meses que restam para completaros doze meses de validade do Registro Provisório. Art. 2º Esta Instrução entrará emvigor na data de sua assinatura. Brasília/DF, 16 de junho 2004.

Sangue de Peixe

A Capes/MEC recebe até o dia20 de setembro de 2004 artigos eestudos de pesquisadores quequeiram colaborar com o segundonúmero da Revista Brasileira de Pós-Graduação (RBPG).

O principal objetivo da revista édivulgar artigos de autores brasileirose estrangeiros sobre assuntos rela-cionados à pós-graduação brasileira,como desafios, situação, políticas eprogramas.

A revista é quadrimestral eapresenta quatro seções: Estudos,com artigos de caráter acadêmico-científico; Debates, com opiniões;Experiências, relatando experiênciasinovadoras em pós-graduação, eDocumentos, que apresenta portariase relatórios da Capes.

Revista Brasileira de Pós-Graduação

Para submeter o trabalho énecessário acessar a página da Capes(www.capes.gov.br) na internet econhecer o regulamento e as indica-ções para formatação dos textos. Asmatérias devem ser enviadas para aCoordenação de Estudos e DivulgaçãoCientífica da Capes, pela internet, parao e-mail [email protected], comodocumento anexado à mensagem.

O envio de um artigo implicaautomaticamente na cessão de direitosautorais à Capes e sua publicação nãoé remunerada. Todos os artigos en-viados serão analisados pelo ComitêCientífico da RBPG e por consultorescontratados para esse fim.

Fonte: Jornal da Ciência-E mail da Sociedade

Brasileira para o Progresso da Ciência - SBPC