jornal batista nº 37-2015

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1 ISSN 1679-0189 Ano CXIV Edição 37 Domingo, 13.09.2015 R$ 3,20 Órgão Oficial da Convenção Batista Brasileira Fundado em 1901

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Ser Batista é amar e viver missões. Os Batistas brasileiros ao longo de sua história têm investido na obra missionária em nossa Pátria com muita alegria e abençoado milhões de pessoas com a proclamação do Evangelho de Cristo Jesus. O segundo domingo de setembro é o Dia de Missões Nacionais.

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1o jornal batista – domingo, 13/09/15?????ISSN 1679-0189

Ano CXIVEdição 37 Domingo, 13.09.2015R$ 3,20

Órgão Oficial da Convenção Batista Brasileira Fundado em 1901

2 o jornal batista – domingo, 13/09/15 reflexão

E D I T O R I A L

Ser Batista é amar e viver missões. Os Ba-tistas brasileiros ao longo de sua história

têm investido na obra mis-sionária em nossa Pátria com muita alegria e abençoado milhões de pessoas com a proclamação do Evangelho de Cristo Jesus. A visão e a paixão missionárias vem de longe. Quando em 1907 a Junta de Missões Nacionais foi criada, os Batistas, ainda que em pequeno número e com poucos recursos, sonha-vam evangelizar e discipular todas as pessoas em cada cantinho do país, passando

pelas cidades, povoados, sertões, povos indígenas, florestas, zona rural, não im-portando se tinham estradas ou meios para se chegar ou condições adequadas para se viver. O que importava era levar o Evangelho a todos. O sonho de conquistar a Pátria para Cristo se tornou um objetivo almejado, cantado e orado pelos Batistas. Um dos primeiros hinos que apren-di quando me converti foi: “Minha Pátria para Cristo, eis a minha petição...”. Como denominação, jamais pode-remos abrir mão ou recuar deste sonho. Nossa missão é

abençoar cada família brasi-leira com o amor de Cristo.

O segundo domingo de setembro é Dia de Missões Nacionais. Esta data celebra-tiva coincide com o período da Campanha anual de Mis-sões Nacionais, cujo tema este ano é: “Eu amo o Brasil e quero ser bênção para minha Nação”. É uma declaração de amor e compromisso com o Brasil. O momento pelo qual o nosso país passa requer de cada servo do Senhor Jesus amor e o desejo ardente de ser bênção para um povo que sofre por não conhecer a plenitude da Graça de Deus e

nem submeter-se aos princí-pios e valores cristãos.

O Brasil precisa ser amado e abençoado. Rogamos às Igrejas Batistas em todo o país que dediquem um momento especial de oração neste do-mingo por Missões Nacionais e pelo povo brasileiro. Que a nossa oferta missionária este ano seja a maior da história para que mais pessoas sejam abençoadas com a salvação em Cristo Jesus. Eu amo o Brasil e quero ser bênção para minha Nação! E você?

Fernando Macedo Brandão,diretor de Missões Nacionais

O JORNAL BATISTAÓrgão oficial da Convenção Batista Brasileira. Semanário Confessional, doutrinário, inspirativo e noticioso.

Fundado em 10.01.1901INPI: 006335527 | ISSN: 1679-0189

PUBLICAÇÃO DOCONSELHO GERAL DA CBBFUNDADORW.E. EntzmingerPRESIDENTEVanderlei Batista MarinsDIRETOR GERALSócrates Oliveira de SouzaSECRETÁRIA DE REDAÇÃOPaloma Silva Furtado(Reg. Profissional - MTB 36263 - RJ)

CONSELHO EDITORIALCelso Aloisio Santos BarbosaFrancisco Bonato PereiraGuilherme GimenezOthon AvilaSandra Natividade

EMAILsAnúncios:[email protected]ções:[email protected]:[email protected]

REDAÇÃO ECORRESPONDÊNCIACaixa Postal 13334CEP 20270-972Rio de Janeiro - RJTel/Fax: (21) 2157-5557Fax: (21) 2157-5560Site: www.ojornalbatista.com.br

A direção é responsável, perante a lei, por todos os textos publicados. Perante a denominação batista, as colaborações assinadas são de responsabilidade de seus autores e não representam, necessariamente, a opinião do Jornal.

DIRETORES HISTÓRICOSW.E. Entzminger,fundador (1901 a 1919);A.B. Detter (1904 e 1907);S.L. Watson (1920 a 1925);Theodoro Rodrigues Teixeira (1925 a 1940);Moisés Silveira (1940 a 1946);Almir Gonçalves (1946 a 1964);José dos Reis Pereira (1964 a 1988);Nilson Dimarzio (1988 a 1995) e Salovi Bernardo (1995 a 2002)

INTERINOS HISTÓRICOSZacarias Taylor (1904);A.L. Dunstan (1907);Salomão Ginsburg (1913 a 1914);L.T. Hites (1921 a 1922); eA.B. Christie (1923).

ARTE: OliverartelucasIMPRESSÃO: Jornal do Commércio

Cartas dos [email protected]

Carta de Ipiaú

Congratulo-me com a Convenção Batista Baiana pela exce-lente, lúcida e atual Carta de Ipiaú, elaborada nos dias 30/06 a 04/07, que pode muito bem ser uma declaração de todos os verdadeiros cristãos Batistas do Brasil. Parabéns!

Levir Perea Merlo, pastor da Primeira Igreja Batista em Belo Jardim – PE

As mensagens enviadas devem ser concisas e identificadas (nome com-pleto, endereço e telefone). OJB se reserva o direito de publicar trechos. As colaborações para a seção de Cartas dos Leitores podem ser en-caminhadas por e-mail ([email protected]), fax (0.21.2157-5557) ou correio (Caixa Postal 13334, CEP 20270-972 - Rio de Janeiro - RJ).

3o jornal batista – domingo, 13/09/15reflexão

bilhete de sorocabaJULIO OLIVEIRA SANCHES

A declaração é de alguém que chegou à maturidade e re-flete com sabedoria

sobre o correr dos dias. Bons ou maus, não importa, os muitos acontecimentos que sucedem a todos os viventes servem como reflexão. Mo-mentos alegres, de tristezas, dor, angústias e vitórias. Em cada um o salmista viu a mão divina atuando, mesmo quando não houve explica-ções, apenas a dúvida pai-rava sobre seu viver. Mas, Deus estava lá, dirigindo tudo. “Fui moço, e agora sou velho; mas nunca vi desam-parado o justo, nem a sua descendência a mendigar o pão” (Sl 37.25). Ver o agir divino em cada circunstância da vida, especialmente na mocidade, significa ser sábio

Levir Perea Merlo, pastor da Primeira Igreja Batista em Belo Jardim - PE

“Por amor...não me calarei. Por amor...não descansarei. Enquanto a sua justiça não resplandecer como a alvora-da e a sua salvação como as chamas de uma tocha acesa” (Is 62.1).

Setembro chegou, e com ele a nova Cam-panha de Missões Na-cionais: “Eu Amo o

e agir com sabedoria. A vida é uma escola infalível, pre-ciosa para aqueles que dese-jam aprender e aplicar suas lições ao viver prático. Lições que os jovens salvos devem observar com perseverança.

Há poucos dias, ao realizar uma cerimônia fúnebre de uma senhora com apenas 60 anos, fui surpreendido com a história macabra do jovem, de 26 anos, que estava na sala fúnebre ao lado. A se-nhora de 60 anos foi vítima de câncer, que não seleciona suas vítimas, nem nos oferece oportunidade de escolha. Não é uma opção de vida. Ocorre sem explicações, es-pecialmente para aqueles que passam por traumas insu-peráveis. Mas o jovem morto fez uma escolha. Foi vítima de overdose. Posso imaginar

Brasil e quero ser bênção para minha Nação”.

Para o cristão autêntico e plenamente comprometido com o Cristo da história e da fé e a expansão do seu Reino na terra, a declaração temática “amo” e “ser bên-ção” faz parte da sua vida. Está arraigado no seu coração missionário.

Amar o Brasil constitui-se em uma declaração altamen-te comprometedora que só pode ser mensurada pela atitude consciente e racional

a dor da família ao sepultar o jovem filho. Quantas adver-tências, quantos conselhos, quantas lágrimas derramadas pelos pais, irmãos, amigos e parentes. Nada foi ouvido. Como a todos que se deixam levar pelas drogas assassinas, apenas um resultado antes dos 30 é esperado: a morte. Receber o resultado de sua loucura.

Da crença que poderia ven-cer o inimigo, deixou um va-zio na família e na sociedade, que jamais será preenchido.Bem diferente seria o resul-tado, caso fosse um jovem salvo, transformado por Jesus Cristo. Jovem que refletis-se em seu agir a soberania divina. Milhares de jovens, hoje, são vítimas da peste que assola nossa sociedade. Levados pelas baladas e pela

do discípulo-servo, ou seja, pela prática, pelo testemunho vivo, firme e corajoso.

“Ser bênção” é a forma bíblica de demonstrarmos o nosso compromisso in-condicional com o Senhor Jesus Cristo, principalmente nos dias de hoje, tempo de barganha espiritual em que muitos assumem compro-misso se “ao buscarem sua bênção” forem atendidos. O discípulo, à semelhança da ordem do Senhor a Abraão, não hesita em ser bênção,

necessidade de se mostrarem fortes ao experimentar novas substâncias mortíferas, perde-ram a capacidade de sonhar, lutar e se extasiar ante a be-leza da vida.

Quão diferente o agir dos jovens que fizeram opção por Jesus Cristo e a Ele con-sagraram suas vidas, oriundos de lares em que desde a me-ninice receberam os ensinos das Sagradas Escrituras, como relata II Timóteo 3.15.

A mamãe, a vovó, papai e vovô investiram na vida do menino levando-o à Igreja. Leram a Bíblia, ressaltando as belíssimas histórias do Livro Santo. Com seus exemplos revelaram ao filho, ao neto, que compensa ser fiel a Je-sus. Não deixaram o tempo passar para que no futuro o filho e neto decidisse se de-

em vez de ter bênção, de acordo com Gênesis 12.2. E ainda, Paulo, por ocasião de sua conversão, recebe ordem expressa do Senhor para ser bênção para as na-ções, conforme escrito em Atos 9.6-15.

No momento atual pelo qual passa a nossa Nação, cuja palavra de ordem é “cri-se”, o servo integralmente submisso ao senhorio de Jesus Cristo não pode e não deve jamais se desesperar diante de circunstâncias efê-

sejava ou não seguir a Cristo. O tempo de escolha é hoje. O amanhã sempre é tarde para as grandes decisões da vida. Depois só resta o agir maligno que leva à morte prematura.

Você, jovem, que já ex-perimentou o privilégio de ser acolhido pelo amor de Cristo seja grato por aqueles que cuidaram e investiram em sua alma. Você pode caminhar cada dia refletindo no agir divino e, ao chegar à velhice, concordar com o Sal-mo 37.25. Dedique sua vida a Cristo e seja fiel às verdades exaradas na Bíblia. Você não se arrependerá, pois Deus lhe concederá lonjura de dias felizes. É bom ser jovem, especialmente jovem salvo por Cristo.

meras. Jamais deveremos dei-xar a crise de esperança, de amor, de fidelidade, de leal-dade, de alegria, de gratidão e de envolvimento na Obra do Senhor faltar em nossas vidas. Minha oração é que o tema de Missões Nacionais se traduza em vidas compro-metidas mais e mais com a expansão do Reino através da doação de si mesmo e dos bens materiais, assim como fizeram aqueles irmãos das Igrejas da Macedônia, como relata II Coríntios 8.1-5.

“Fui jovem”

Integralmente submissos a Cristo:

Eu amo o Brasil e quero ser bênção

para minha Nação

4 o jornal batista – domingo, 13/09/15

GOTAS BÍBLICASNA ATUALIDADE

OLAVO FEIJÓ Pastor, professor de Psicologia

Sarça de Deus não se consome

reflexão

“E apareceu-lhe o anjo do Senhor em uma chama de fogo do meio duma sarça; e olhou, e eis que a sarça ardia no fogo, e a sarça não se consumia” (Êx 3.2).

Todo arbusto que se preze, ao pegar fogo se consome. A experiência de Moisés foi diferente. “E apareceu-lhe o anjo do Senhor em uma cha-ma de fogo do meio duma sarça; e olhou e eis que a sar-ça ardia no fogo, mas a sarça não se consumia” (Êx 3.2).

Apesar de ser filho de mãe hebreia, Moisés fora criado na côrte politeísta

do faraó. O Senhor Jeová entendeu que, para chamar a atenção do Seu escolhido, precisaria de um recurso absolutamente marcante, completamente fora da lógi-ca da ciência que ele apren-dera dos magos egípcios. Até hoje, se encontrarmos

alguma árvore pegando fogo continuamente, sem nenhu-ma folha sequer virar cinza, o incidente causará profunda impressão. Não é de estra-nhar, então, o impacto causa-do pela sarça ardente. Ela foi o início da impressionante carreira de Moisés com Jeo-vá, com o Eu Sou.

O estoque das maravilhas divinas não acaba nunca. E ele se apresenta a nós sem-pre com as características da cultura em que se manifesta. A história dos filhos de Deus, até os tempos presentes, é um desenrolar de sarças ar-dentes, relacionadas com os livramentos de Deus, em meio aos cativeiros e às pro-vações que o Senhor permite. As soluções do poder do Senhor nunca se esgotam. De início, elas nos assustam, nos intrigam, mas sempre conseguem nos instruir quan-to às soluções divinas. Ainda hoje, as sarças de Deus não se consomem.

Manoel de Jesus The, colaborador de OJB

Dizem os entendi-dos que ontolo-gia é o estudo do ser enquanto ser,

assim como chamamos de teologia o estudo de Deus. A respeito de Deus, temos, da parte dEle, um movimento em nossa direção, que cha-mamos de revelação.

Quando nos dirigimos a al-guém para falar-lhe a respeito da salvação tocamos em um ponto que já foi tocado. Po-demos, traduzindo melhor, dizer que quando falamos de Cristo a uma pessoa, a própria consciência dela já mexeu nesse assunto. Temos, na consciência, uma aliada na evangelização. Não há ser racional que não reflita a res-peito dos seus problemas, se a culpa é dele, ou de outros, se vale a pena buscar a prática do bem, ou então, criar justi-ficativas que amenizem seu sentimento de culpa, pelo mal praticado.

A consciência do homem sem Cristo é nossa aliada. Nosso maior aliado é sempre Deus. Ele sempre chega à nossa frente. Em Seu imenso amor, Ele lança mão de todas as circunstâncias que possam levar o homem a reconhecer em Cristo a única solução para sua crise de consciência.

Ao abordar a consciência humana como nossa aliada,

não devemos esquecer um grave erro cometido pelos cristãos, mormente os evan-gélicos. Reconhecemos a necessidade do Espírito, cha-mamos de batismo do Espíri-to Santo, de poder do Espírito Santo, de unção, de ser cheio do Espírito, mas nos esque-cemos daquele detalhe que tornará nossa evangelização pessoal um grande sucesso. A primeira ação que o Espírito deseja em nossas vidas é o ar-rependimento. Essa ação em direção à nossa consciência é sempre um arrependimento continuado. Seria um batis-mo do arrependimento.

O primeiro resultado dessa sensibilidade ao pecado é que essa atitude predispõe a pessoa alvo de nossa evan-gelização a nos ouvir. Ela co-meça a desejar o produto que estamos vendendo, isso em um linguajar de um mestre em vendas. O ser, enquanto ser, é um ser em crise. Paulo explica bem esse estado: “Aquilo que não quero fazer, isso faço, aquilo que quero fazer, não faço” (Rm 7.19).

Agora, uma questão opor-tuna: Nós nos apresentamos aos não convertidos como seres que não possuem essa crise, e a primeira coisa que percebem em nós é a hipo-crisia. No livro dos Salmos percebemos que a paz só veio depois da crise. Às vezes imagino como soou agradá-vel aos ouvidos de Jesus a

oração do pai do menino a ser curado: “Senhor! Ajuda a minha incredulidade”. Ou então a oração do criminoso ao seu lado na cruz: “Senhor! Lembra-te de mim quando entrares no Teu Reino”.

Os apóstolos chamavam os outros de santos, mas a si mesmos chamavam-se de pecadores. Viviam a expe-riência do arrependimento continuado, por isso foram os provocadores da maior re-volução de todos os tempos.

A ordem dada por Paulo aos seus leitores é “Andai em amor”, e isso só é possível àqueles que conhecem o ar-rependimento e desenvolvem esse espírito de esvaziamento da primeira bem-aventurança. Não é sem motivo que a se-gunda bem-aventurança é um chorar contínuo. O choroso é um pobre reconhecendo que é pobre. É isso que atrai nosso alvo evangelístico, porque é isso que ele está querendo ser, e não consegue. Jonas Madureira diz que não existe a parábola da ovelha perdi-da, mas a parábola do pai amoroso. É essa visão do Pai que nos atrai a ele, e, por conseguinte, nosso alvo de evangelização.

Faça com que sua vida de quebrantamento ilumine a consciência do seu amigo, ou próximo. O ser, enquanto ser, é um ser em luta com sua consciência e consigo mes-mo. Sê liberto e libertador.

Juvenal M. de Oliveira Netto, 2º coordenador da EBD da Primeira Igreja Batista de São Pedro da Aldeia - RJ

Os humanos são os únicos que choram, mesmo na fase adulta. A

ciência ainda não foi capaz de desvendar os mistérios da mente em relação ao cho-ro, muito menos se existe algum benefício terapêutico nele para o homem. O que se ouve a este respeito por profissionais da área é que os estudos ainda não são conclusivos.

Existem inúmeros os mo-tivos que levam uma pessoa a chorar, tais como: Alegria, tristeza, arrependimento, pie-dade, dor, sofrimento, etc., mas gostaria de comentá-lo à luz da frase dita por Jesus no

seu Sermão no Monte: “Bem--aventurados os que choram, pois serão consolados” (Mt 5.4). De acordo com esta frase podemos compreen-der que este choro não está se referindo a um choro de alegria, pois ao concluir esta frase afirmando que “Serão consolados”, traz-nos a ideia de alguém que está chorando por estar aflito ou em sofri-mento.

A palavra sofrimento tem um significado muito expres-sivo para os seres humanos e serve para definir um es-tado de dor, seja ela física ou emocional, passageira ou prolongada, intensa ou mo-derada. Contudo, o que mais nos chama a atenção é que o sofrimento nos incomoda e é algo que ninguém deseja conviver.

Parece um paradoxo. Se fos-se pronunciado por qualquer

outra pessoa seria digno de contestação, mas foi o Filho de Deus quem afirmou isso. Felizes serão os que choram? Que sentido há nisso?

O sofrimento muitas vezes têm um efeito restaurador na vida dos homens, principal-mente quando ignoramos o presente e, através do olhar da fé, nos transportamos para o futuro. A Mensagem de Jesus para a humanidade sempre foi focando o futu-ro, o fim de todas as coisas, a morada eterna dos filhos com o seu Criador, segundo Marcos 8.36.

As pessoas que ainda não tiveram uma experiência real com Cristo vivem ou tentam viver de forma independente. Quantas são altivas, insensíveis, prepotentes, com dura cerviz?

Já o sofrimento na vida da-queles que servem a Deus, em alguns momentos, ser-

virá para lapidá-los, trans-formando uma pedra bruta, sem brilho, sem forma, sem valor, em um diamante raro, prontinho para ser colocado nas melhores vitrines. Neste caso, Ele já terá lugar certo na melhor vitrine existente no universo, localizada na cida-de chamada Nova Jerusalém.

O sofrimento muitas ve-zes nos ajuda a reconhecer a nossa fraqueza, expurga o nosso orgulho e a nossa prepotência, faz-nos lembrar que somos pó. Quando nos lembramos de tudo isso, con-seguimos enxergar quem so-mos, miseráveis pecadores, e que só há uma solução: Nos submetermos inteiramente ao senhorio de Cristo, aí, com Ele, seremos verdadeiramen-te felizes.

O mais importante de tudo isso é acreditarmos que na vida do servo de Deus nem

mesmo o sofrimento será ca-paz de nos separar do amor de Cristo, de acordo com Romanos 8.31-39 e que Ele não permitirá que sejamos vencidos pela dor, conforme I Coríntios 10.13, pois esta-rá conosco até mesmo nas piores situações da vida. Em segundo lugar, o sofrimento é passageiro; o choro pode du-rar uma noite, ele tem tempo para começar; mas a alegria, esta vem ao amanhecer, é in-finita, de acordo com Salmo 30.5b, por isso vale a pena sofrer com Cristo.

Portanto, felizes serão to-dos aqueles que confessarem a Jesus como Senhor e Sal-vador de suas vidas, ainda que seja através da dor e do sofrimento, pois o seu futuro será glorioso em um lugar onde não haverá mais pranto, nem dor nem morte, nem lágrimas.

Evangelização ontológica

Bem-aventurados os que choram...

5o jornal batista – domingo, 13/09/15reflexão

“Porque primeiramente vos entreguei o que também recebi: que Cristo morreu por nossos pecados, segun-do as Escrituras, e que foi sepultado, e que ressuscitou ao terceiro dia, segundo as Escrituras” (I Co 15.3-4). Devemos levá-lo ao entendi-mento de que Cristo fez algo por nós, Jesus veio a este mundo para pagar o preço dos nossos pecados.

Com o dedo anelar diga: “Eu O recebo”. O versículo que uso encontra-se em João: “Contudo, aos que o receberam, aos que creram em Seu nome, deu-lhes o direito de se tornarem filhos de Deus” (Jo 1.12). Precisa-

mos receber a Cristo como nosso único e suficiente Salvador.

Com o dedo mínimo afir-mamos: “Estou salvo”. O versículo que cito está em Efésios: “Porque pela graça sois salvos, mediante a fé, e isto não vem de vós é dom de Deus, não vem das obras para que ninguém se glorie” (Ef 2.8-9).

Compartilhe o Evangelho, diga Deus te ama, Eu sou pecador, Cristo morreu pelos nossos pecados, Eu O rece-bo e estou salvo!

Que Deus ajude você a compartilhar o Evangelho com pessoas que ainda não conhecem Jesus.

Cleverson Pereira do Valle, colaborador de OJB

Muitas pessoas são membros de nossas Igre-jas e não evan-

gelizam ninguém. Alguns estão há mais de 40 anos no Evangelho e nunca leva-ram uma vida a Jesus.

A única ordem de Cris-to para a sua Igreja é “Ide fazei discípulos”, e é esta ordem que tem sido ig-norada, deixada de lado. Alguns alegam que não sabem evangelizar, não sabem como abordar as pessoas, como começar o evangelismo.

Gostaria de dar minha pequena contribuição e explicar como evangelizar, aliás, aprendi este méto-do também. Um dia fui ensinado a compartilhar o Evangelho de uma forma criativa. Com os dedos da mão direita ou da esquerda, vamos dar o passo a passo de como evangelizar.

Com o dedo polegar diga: “Deus te ama”. Podemos, ao afirmar esta verdade a um amigo ou desconheci-do, citar João 3.16: “Porque Deus amou o mundo de tal maneira que deu seu filho unigênito, para que todo aquele que nele crê não pereça, mas tenha a vida

eterna” (Jo 3.16). A pessoa precisa saber que é amada por Deus. Muitos não sa-bem o que é ser amado por alguém, é muito importante frisar esta verdade.

Como o dedo indicador diga: “Eu sou pecador”, e cite Romanos: “Porque todos pecaram e carecem da glória de Deus” (Rm 3.23). É neces-sário dizer para a pessoa que o pecado afasta o homem de Deus. Ela precisa reconhecer que está longe de Deus. Apesar de ser amada por Ele, ela está separada dEle.

Usando o dedo médio, afirmamos que: “Cristo mor-reu pelos meus pecados”. Podemos citar Coríntios:

Como evangelizar?

6 o jornal batista – domingo, 13/09/15 reflexão

Paulo Francis Jr., colaborador de OJB

O fato aconteceu bem pe r t inho de Ibitinga - SP, conforme o re-

lato de um amigo que pre-senciou a cena. No início da década de 80, ele tra-balhava como motorista de caminhão e inventou de ir em uma apresentação do cantor Raul Seixas na cidade de Iacanga. Raul fez jus ao apelido de Maluco Beleza. Uma multidão se comprimia próximo ao palco. Ao perce-ber o entusiasmo da plateia, Raul deu um pequeno sinal de parada à banda que o acompanhava. O gesto era similar àquele que o Jô So-ares faz aos seus músicos para que cessem de tocar os instrumentos. Raul, com a guitarra pendurada pelo pes-coço, ergueu a mão direita e indagou: “Vocês estão a fim de cantar?” As pessoas gri-taram: “Estamos!”. Rauzito disse: “Então vocês cantem

aí que eu estou indo em-bora!”. Sem mais delongas, virou as costas para plateia e sumiu. O show acabou ali. Como é estranho a gen-te querer ajudar alguém e a pessoa demonstrar desprezo. Às vezes, nos colocando em posição constrangedora. Você já pensou ou já passou por isso?

Um outro amigo me con-tou um fato que bem ilustra o assunto de hoje. Ele tra-fegava por uma estrada no Mato Grosso do Sul e viu um sujeito andando em um “solão quente” no meio da tarde, resolveu parar o seu automóvel e oferecer uma carona ao desconhecido. O sujeito, embora estivesse trajando roupas de men-digo, denotava ser alguém sensato. No entanto, recu-sou a ajuda, dizendo: “Não preciso. Eu não estou indo para lugar nenhum!”. Quem gosta de coisas no campo da música vai encontrar, de 1975, declamações de Fran-cisco Cuoco, com um alerta:

Celson de Paula Vargas, pastor da Igreja Batista Monte Moriá em Volta Redonda - RJ

“Vigiai e orai, para que não entreis em tentação; o espí-rito, na verdade, está pron-to, mas a carne é fraca” (Mt 26.41).

Somos um composto de carne e Espírito. Nosso lado espiritu-al está sempre pro-

penso a se aproximar das coisas de Deus, ao passo que o carnal não tem essa motivação, pelo contrário,

muito se satisfaz com coi-sas que contrariam o Espí-rito, estabelecendo, assim, uma batalha constante en-tre o espiritual e o carnal. A vitória da carne nessa batalha compromete nosso Espírito, por isso, Jesus nos dá importantes orientações para reverter esse perigoso resultado. Vejamos:

1) - Vigilância espiritu-al: Consiste em estarmos alertas a nível espiritual. Humanamente não con-seguiremos escapar das tentações sobre nossas ne-cessidades materiais. Os

“Quando alguém diz que não precisa de ajuda, cuida-do com esse alguém, porque ele não ajuda ninguém”.

Em uma matéria especial feita recentemente na TV, alguns viciados da cracolân-dia, em São Paulo, eram barbeados e asseados; as mulheres eram arrumadas e maquiadas. Depois, eram le-vados novamente para suas casas. Três dias depois disso “fugiam” e retornavam para a cracolândia. Precisavam de ajuda e recebiam. Depois, jogavam a oportunidade de recuperação fora.

A verdade é que todos nós fomos atingidos na autoesti-ma e não é de hoje. A resolu-ção da corrupção passa pela reestruturação de valores da sociedade não apenas no po-der. Infelizmente, a maneira que a população brasileira “aprendeu” a viver é levan-do vantagem em tudo. Isso respinga em todos os setores - embora haja exceções honro-sas. Brasília é uma extensão disso. A pretensa reforma po-

apóstolos de Jesus, ao ten-tarem isso por si mesmos, fracassaram: convocados por Jesus para orarem fo-ram vencidos pelo sono; prometeram fidelidade a Jesus até a morte e, no mes-mo dia, o negaram; chama-dos a desfrutar da confiança e intimidade com Jesus, o traíram. “Disse-lhe Pedro: Ainda que seja necessário morrer contigo, de nenhum modo te negarei. E todos os discípulos disseram o mesmo” (Mt 26 .40).

2) - Ter consciência da nossa fragilidade espiritual:

lítica é ridícula. Não importa se estamos em uma monar-quia, no presidencialismo ou no parlamentarismo. Os “vícios nocivos” precisam ser extirpados antes. Exem-plo: A criação de impostos para, claramente, furtar o povo. Depois dos aumentos nos serviços públicos como energia elétrica, água, gás; da volta da inflação desenfre-ada e do aumento do dólar, tivemos há pouco tempo uma proposta, uma tentativa de resgate da CPMF, pelos que estão administrando o Brasil. Aqui, em São Paulo, em julho, a restituição dos créditos ao consumidor da Nota Fiscal Paulista foi dimi-nuída em 10%. A liberação dos recursos foi atrasada em seis meses. Um abuso!

Nas Escrituras Sagradas, o Criador sempre esteve disposto a ajudar. Moisés, conduzindo o povo que saiu do Egito, foi até o Mar Vermelho. Ali, Deus aju-dou abrindo as águas. Ana era estéril e Deus lhe con-

Nosso lado carnal é mais forte porque nascemos in-teiramente carnais, vivendo grande tempo assim, pois nossa verdadeira ou bíblica iniciação espiritual começa, na maioria das vezes, anos depois do nosso nascimen-to. Ainda porque o alimento para nossa carne é muito mais divulgado, atrativo e abundante, ao passo que o alimento espiritual é in-digesto à nossa carne, a contraria, não é atrativo aos nossos olhos carnais, e ain-da exige a renúncia a estes. “O Espírito é o que vivifica; a carne para nada aproveita;

cedeu um fi lho. Abraão foi ajudado quando Isaque quase foi morto. Deus pro-videnciou o sacrifício de um inesperado cordeiro. O Mestre Jesus foi além da morte e o Criador lhe providenciou a ressurrei-ção. Não sei se os irmãos estão precisando de ajuda, porém, eu sei que o Brasil, como Nação, está necessi-tando muito do auxílio dos altos céus. Todos nós, em maior ou menor grau, esta-mos sendo atingidos pelas crises econômica, política e moral que vem de Brasília. A população está insatisfei-ta e perturbada. Não existe mágica para resolver isso.

Porém, penso que Deus não fará aquilo que é nossa função. Chega de esperar pelos outros. Ajamos! Ainda que alguns, por falta de dis-cernimento possam negar, a única saída plausível para isso vem de cima. Em ora-ção, clamo: “Bendito Pai, em nome de Jesus, ajude esta Nação. Amém!”.

as palavras que eu vos te-nho dito, são Espírito e são vida” (Jo 6.63); “Então disse Jesus a seus discípulos: Se alguém quer vir após mim, a si mesmo se negue, tome a sua cruz e siga-me” (Mt 16.24). O homem criado por Deus tem sua constitui-ção nesta ordem: espírito, alma, corpo. No homem criado em Adão há inversão nessa forma: corpo, alma, espírito. Por isso a carne, o corpo, é mais forte até que sejamos reconstituídos por Jesus à nossa originalidade. Vença essa luta obedecendo a Jesus.

A ajuda que o Brasil precisa

Uma batalha constante

7o jornal batista – domingo, 13/09/15missões nacionais

Redação de Missões Nacionais

Na noite do dia 31 de agosto, pasto-res, missionários, funcionários de

Missões Nacionais e demais membros de Igrejas Batistas participaram do culto de lançamento da Campanha de Mobilização 2015. A celebração foi realizada na Primeira Igreja Batista de São João de Meriti - RJ, do pastor Claudio de Souza, e reuniu cerca de 2 mil pesso-as que não apenas lotaram o interior do templo como também assistiram ao culto no telão colocado do lado de fora.

Caravanas de várias cidades do estado do Rio de Janeiro foram formadas e compare-ceram ao culto, apoiando a Campanha “Amo o Brasil e quero ser bênção para a minha Nação”. Durante a ce-lebração, o pastor Fernando Brandão, diretor executivo de Missões Nacionais, enfatizou que esta mobilização deve ser vista como a Campanha dos Batistas brasileiros. “Esta é mais que uma Campanha, é o compromisso do povo de Deus com a salvação do Brasil!”, declarou pastor Fer-nando.

O momento de abertura do culto foi marcado por pessoas representando as quatro ênfa-ses da Campanha: Sertão, Amazônia, Sul e Cristolândia. Em seguida, houve clamor pelo Brasil. A apresentação do Coral Cristolândia, forma-do por 100 vozes, não ape-

nas emocionou os presentes, como também comprovou a importância do investimento nos projetos missionários que têm alcançado vidas.

O culto foi marcado tam-bém por outros momentos impactantes e edificantes, como os testemunhos das vidas transformadas por meio do Projeto Cristolândia. So-mos responsáveis por vidas como a do Júlio. Vindo das ruas de Salvador, foi resga-tado das drogas pelos Batis-tas brasileiros. Hoje, ele faz parte da turma de Radicais,

sendo voluntário na evangeli-zação de outros dependentes químicos.

O preletor da noite foi o pastor Fernando, que pre-gou com base no texto de Isaías 62.1, que é a divisa da Campanha. O culto foi transmitido, ao vivo, pelo site de Missões Nacionais e também pela Rádio 93 FM, que foi parceira na divulga-ção do culto, que contou com a presença do deputado federal Arolde de Oliveira e com a participação do ministério Sarando a Terra

Ferida e da cantora Cristina Mel, que apresentou o hino oficial infantil da campanha 2015.

“Vivemos em um mun-do onde só o Evangelho de Jesus Cristo pode dar jeito. Na medida que as pessoas mudam através da Palavra teremos então um povo mais focado no amor. A Rádio 93 FM tem um compromisso com o Reino de Deus e evi-dentemente missões talvez seja o maior compromisso da liderança evangélica com o Reino de Deus. Porque ao

levar a Palavra, o Espírito Santo opera e as pessoas se transformam. Estamos felizes e muito gratos a Deus por esta oportunidade”, disse Arolde de Oliveira.

Segundo a missionária de alianças estratégicas, Maria Helena Santos, foi muito im-portante o apoio das Igrejas Batistas. Mais de 100 pasto-res compareceram ao culto, comprovando que o povo de Deus está cada vez mais consciente da necessidade de apoiar o avanço do Evange-lho no solo brasileiro.

Culto de lançamento da Campanha 2015Batistas brasileiros desafiados a serem bênção nesta Nação

Momento de abertura do culto Clamor pelo Brasil

Apresentação do Coral Cristolândia Pastor Fernando e Arolde de Oliveira

8 o jornal batista – domingo, 13/09/15 notícias do brasil batista

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10 o jornal batista – domingo, 13/09/15

11o jornal batista – domingo, 13/09/15missões mundiais

Marcia Pinheiro – Redação de Missões Mundiais

O avanço da tecno-logia também é um presente de Deus à humani-

dade. Hoje, deficientes vi-suais conseguem ter acesso à leitura de seus periódicos preferidos graças ao uso de aplicativos específicos. Este é o caso de Simone Maria Rodrigues, de 39 anos, lei-tora da revista “A Colheita”, membro da Terceira Igreja Presbiteriana do Brasil, em Bragança Paulista - SP. Ela tem vencido barreiras para se informar sobre a obra mis-sionária e compartilhar seus conhecimentos e amor por missões com outras pessoas.

“O fato de ser deficiente visual não me torna melhor ou pior que ninguém. Muitas vezes a deficiência está no coração de certas pessoas. Elas é que, por vezes, levan-tam barreiras e muros, se tor-nando cegas, surdas e mudas às necessidades espirituais e materiais do próximo. Afinal, a fé sem obras é morta”, co-menta Simone.

Nossa revista de Conexão Missionária é uma importan-te ferramenta para Simone

Yan – missionário de Missões Mundiais na Ásia

Sou pastor, engenheiro químico e capitão do exército (estou dei-xando a carreira mili-

tar para cumprir o chamado de Deus). Minha esposa, a missionária Lina, é formada em Letras (Português-Inglês)

conhecer melhor o campo missionário e as necessidades de orações. Através da versão online, nossa leitora conse-gue baixar o PDF e utilizar um aplicativo que “lê” para ela, transformando o texto em áudio.

“Apesar da minha deficiên-cia visual, não coloco obstá-culos para fazer a vontade de Deus. Infelizmente, há pessoas que ainda colocam empecilhos para viver verda-deiramente o Evangelho. Não podemos podar o que Deus tem para a nossa vida e o que deseja fazer através de nós. Ele nos usa quando e como Ele quer. A nossa parte é ape-nas obedecer”, diz Simone.

Ela conta que desde os 17 anos de idade tem apenas 10% de sua visão. Em 2009, ela, que era católica, decidiu seguir somente a Jesus Cris-to. Mas, em 2010, um grave atropelamento deixou-a com as duas pernas e um ombro fraturados, além de várias escoriações. Simone ficou 22 dias internada. As dificulda-des só fizeram com que esta jovem se aproximasse ainda mais do Pai.

Ela passou a fazer discipu-lado através da internet e a conhecer mais sobre missões.

e fez especialização em Mis-siologia no Centro Evangé-lico de Missões (CEM), em Viçosa - MG.

Tivemos nosso chama-do ainda na adolescência, quando eu estava nos Em-baixadores do Rei, e Lina nas Mensageiras do Rei. Eu tinha 14 anos, e ela, 13.

Aprendemos a amar mis-

“Minha Igreja tem um en-volvimento muito forte com missões. Um dia conver-sando com o pastor disse--lhe que não me via sendo uma missionária, pregando o Evangelho onde o Senhor mandasse. Ele então me falou que missões não é somente ir ao campo e que há uma carência muito grande por pessoas que apóiem a obra missionária”, conta.

Hoje Simone entende que pode fazer missões orando, ofertando e falando sobre a obra missionária para outras pessoas. Ela busca informa-ções em publicações como “A Colheita” e compartilha principalmente através do seu Facebook e grupos de amigos no Whatsapp.

“Sempre peço para que os irmãos orem pelas necessi-dades dos campos missioná-rios que apresento-lhes. Sou extremamente agradecida a Deus por este ministério que Ele me deu. Eu não me via sendo uma missionária e hoje respiro missões. Deus é muito bom e Seus planos são verdadeiramente maiores e melhores que os nossos”, alegra-se.

Simone pretende avançar ainda mais para levar espe-

sões lendo biografias mis-sionárias, escrevendo cartas e estudando livros missioná-rios, participando de viagens e ouvindo missionários na Igreja e nos acampamentos. Através da leitura dos livros “O Clamor do Mundo” e “Paixão pelas Almas”, de Oswald Smith, compreendi que era injusto alguém ou-vir o Evangelho duas vezes enquanto havia bilhões que nunca tinham ouvido uma vez sequer.

Apresentamo-nos à JMM em 1996, após uma visita do então diretor executivo pastor Waldemiro Tymchak a nossa Igreja. Recebemos como resposta uma carta para cada um, que guarda-mos até hoje. Essa carta dizia que, como éramos muito jo-vens ainda, deveríamos con-versar com nosso pastor, nos prepararmos e futuramente fazer novo contato. Meu pastor me orientou a fazer uma faculdade para poder ir ao campo como profissional e depois fazer o seminário. Foi o que fiz.

Na época, eu estava cur-

rança a povos que ainda vi-vem sem a presença de Cristo em suas vidas. Ela conta que Deus está trabalhando em seu coração para começar a fazer visitas a campos mis-sionários.

sando o ensino técnico em Química em uma escola federal e queria cursar En-genharia Química, pois gos-tava de ciências exatas (fui medalha de bronze na Olim-píada Brasileira de Matemá-tica). Então, prestei vestibu-lar para o Instituto Militar de Engenharia (IME) e para a Universidade do Estado do Rio de Janeiro (UERJ), para onde passei.

No ano seguinte, antes do início das aulas, fiquei pen-sando: “Acho que estou es-colhendo a profissão errada, e não dá para ser engenheiro químico e missionário ao mesmo tempo”. Então tran-quei a matrícula na UERJ e comecei a estudar para o vestibular de Medicina, pois pensava que, como médico, dava para ser missionário.

No final daquele ano de estudos, meu pai insistiu para que eu fizesse o vesti-bular para o IME de novo, além das provas para Medi-cina. Para minha surpresa, passei para o IME, e fiquei esperando o resultado para Medicina.

“Estou orando e me prepa-rando, porque no momento oportuno farei a vontade de Deus também como volun-tária. Ajudem-me em oração a respeito deste projeto”, encerra.

Por ser uma escola militar, há um internato no começo. E justamente nesse período fui aprovado em Medicina, mas perdi a vaga, porque não fiquei sabendo do resul-tado e perdi o prazo. Entrei em crise com Deus, mas senti Ele me dizer que, ainda que não entendesse como, Ele sabia que eu poderia ser engenheiro químico e missionário.

Prossegui os estudos e, ao concluir, fui transferido para Campo Grande - MS, onde cursei o seminário e fiz um mestrado em Fisico-química. No momento em que concluí o seminário, me apresentei à JMM e, levando nossas cartas, contei toda a nossa história e ficamos sa-bendo da necessidade de um engenheiro químico em um país da Ásia para trabalhar com tratamento de água.

Foi então que entendi, 11 anos depois, que dava para ser engenheiro químico e missionário. É nas mãos des-se Deus soberano que nossa vida está. Só Ele nos dá segu-rança e estabilidade.

Sem limites para a obra missionária

Uma vida de preparação para o campo

12 o jornal batista – domingo, 13/09/15 notícias do brasil batista

Edmilson de Morais Lara, pastor da Primeira Igreja Batista de Peruíbe - SP

No dia 20 de Junho deste ano a Pri-meira Igreja Ba-tista de Peruíbe

– SP realizou o Concílio de Exame e Consagração ao Mi-nistério Diaconal das irmãs Dulcinéia Martins Rocha do Nascimento e Lenice Moura Tomazinho, que se tornou um marco na vida desta Igre-ja. O Concílio foi constituído da seguinte forma: pastor Edmilson de Morais Lara (presidente); diácono Almir Martins (secretário); exami-nador na área de Conversão e Chamado: diácono Gesse Ribeiro dos Santos; examina-dor da área de Eclesiologia: diácono Luiz Félix. Após o

Bênção, bênção e bên-ção. Somente esta palavra pode descre-ver a felicidade pelo

aniversário de 50 anos da Igreja Batista Nova Jerusalém em Engenheiro Pedreira – RJ. Vizinhos, amigos, parentes e irmãos em Cristo de outras Igrejas celebraram a Deus conosco nos dias 15 e 16 de agosto no bairro Jardim Delamare, em Japeri, baixada fluminense.

Com leitura bíblica e adora-ção, na liderança da ministra de música Selma Souza, o ministério de louvor e o gru-po de coreografia ‘Mais que Adoração’ deram início a fes-ta no sábado, dia 15. A Igreja recebeu e homenageou os pastores que passaram por lá no decorrer destes 50 anos, bem como os membros fun-dadores. Na direção do rela-tor da comissão do jubileu, Irmão Delcyr da Hora, cada homenageado recebeu uma placa de agradecimento pela obediência a Deus e também pelos serviços prestados à comunidade.

O pastor Joel Gonçalves de Souza, pastor da Igreja, trou-xe uma mensagem de grati-dão a Deus e de motivação para a congregação, baseada no texto bíblico de Filipen-ses 3.13-14, com o seguinte tema: “Juntos conquistando o que um dia sonhamos”.

Encerrando o primeiro dia de festividades do Jubileu de Ouro, o coral da Igreja, “Canto de Jerusalém”, abri-lhantou o evento com duas

momento de perguntas feitas pelos examinadores e diá-conos participantes, ambas foram aprovadas por unani-midade.

À noite, às 19h30 min., foi realizado o culto de ordena-

belíssimas apresentações. A Igreja celebrou também o meio século de acolhimento de vidas. Nesse momento, a irmã Maria Maristela C. Bran-dão fez a leitura de um breve histórico, onde destacou, en-tre outros fatos importantes, o legado de alguns irmãos que deixaram suas marcas e suas histórias, como a irmã Maria de Oliveira, que nunca mediu esforços para ajudar a Igreja a sair dos momentos de crise, ajudando com seus joelhos ao chão, com suas palavras de conforto e com

ção com a presença de algu-mas Igrejas Batistas: PIB de Cajati; PIB de Jacupiranga; PIB de Registro e IB Central de Cajati. O orador oficial foi o presidente da Ordem dos Diáconos Batistas do

sua disposição em sair às ruas para arrecadar fundos para a Igreja Nova Jerusalém.

Por sua vez, o cantor Sérgio Lopes, que possui 25 álbuns gravados desde os anos 90, compareceu no domingo, dia 16, e também adorou a Deus junto com a Igreja Batista Nova Jerusalém em Engenheiro Pedreira. Na oca-sião, cantou e ministrou seus melhores louvores.

“A Igreja Batista Nova Jeru-salém em Engenheiro Pedrei-ra, após cinco décadas, busca alcançar cada vez mais a

Brasil, irmão diácono Cilas Alves. Tivemos também a participação do Quarteto Vozes, da Primeira Igreja Batista de Cajati. A oração de consagração foi feita pelo pastor Rubens, da Igreja Ba-

comunidade pela Palavra de Deus, levando-a a reconstruir sua historia, vida e família através do Evangelho de Je-sus Cristo. “Para mim, é um prazer fazer parte da história dessa Igreja de Jesus, tão carinhosa, amiga, vibrante e alegre. Temos como único objetivo servir ao Senhor com fidelidade e alegria.

tista Central de Cajati, e a entrega das Bíblias pelos irmãos e diáconos Gesse Ri-beiro dos Santos e Luiz Félix. Louvamos a Deus pela vida dessas irmãs que têm sido bênção na vida desta Igreja.

Agradeço a Deus e a todos que compareceram ao nosso culto de aniversário”, disse o pastor Joel Gonçalves de Souza.

“Não temas, porque eu sou contigo; não te assombres, porque eu sou teu Deus; eu te fortaleço, e te ajudo, e te sustento com a destra da mi-nha justiça” (Is 41.10)

Ordenação ao ministério diaconal marca culto da PIB de Peruíbe - SP

Igreja Batista Nova Jerusalém em Engenheiro Pedreira – RJ celebra Jubileu de Ouro

Comissão do Jubileu de Ouro

Ministério de Louvor da Igreja Batista Nova Jerusalem

Coral da Igreja, “Canto de Jerusalém”, abrilhantou o evento com duas belíssimas apresentações

Pastor Joel Gonçalves agradeceu ao cantor Sergio Lopes

Fotos: Marllon Guedes

13o jornal batista – domingo, 13/09/15notícias do brasil batista

José Carlos, missionário mobilizador voluntário da JMN

Antes da abertura da Campanha de Missões Nacionais, a Igreja Batista Me-

morial de Macaé - RJ, que tem como pastor presidente o doutor Aunir Pereira Car-neiro, realizou no dia 29 de agosto mais um trabalho comunitário, o “Compaixão e Graça”. O trabalho envolve pessoas que vivem em situa-ção de rua, que tanto neces-sitam do carinho e o amor.

Carlos Alberto, pastor da Segunda Igreja Batista de Pilar - RJ

“Porque a mensagem da cruz é loucura para os que se per-dem, mas para nós, que so-mos salvos, é poder de Deus” (I Co 1.18).

Estamos diante de no-vos planos, sonhos e visões. A chegada de mais um aniversário

nos traz a chance de recome-çar, renovando a nossa alian-ça com Deus, que é o nosso compromisso em servi-lO.

Parabéns aos irmãos da Família Segunda Igreja Ba-tista em Pilar, em Duque de Caxias – RJ, pois a Igreja em setembro comemora o seu trigésimo segundo aniversá-rio. Este momento dá a cada irmão e irmã uma boa opor-tunidade para refletir sobre aquilo que o aniversário da nossa querida Igreja pode sig-nificar para todos. A primeira palavra que vem à minha mente é gratidão.

Há tantas evidências de como Deus tem colocado a Sua mão sobre a Igreja ao longo destes 32 anos. E há muitos motivos para sermos gratos a Ele. Alguns irmãos têm acompanhado a vida da Igreja desde o seu começo. Outros estão recém-chegados

O tema da Campanha de Missões fala sobre o amor pelo nosso país e a Igreja Batista Memorial de Macaé inicia praticamente a Cam-panha de Missões Nacionais demostrando o amor com a sociedade macaense. Foram atendidas 50 pessoas, quando foram realizados os seguintes serviços: corte de cabelo, aplicação de flúor, banhos, aconselhamento pastoral e doação de roupas. Durante o culto, dez pessoas aceitaram que Jesus é o único Senhor e Salvador de suas vidas. Para-béns a todos voluntários!

e conhecem pouco da his-tória. Lanço o convite aos irmãos, qualquer que seja o tempo de convivência na Igreja, para que viajem pela estrada da recordação, foca-lizando as bênçãos que Deus lhes têm dado através dela. Que privilégio fazer parte desta maravilhosa família!

Como Deus tem abenço-ado a nossa Igreja e há de continuar abençoando até a volta de Jesus Cristo. Deus tem abençoado os irmãos individual e coletivamente. Nunca devemos ser filhos ingratos. Mesmo que haja lutas, obstáculos e dificulda-des pela frente, temos a pro-messa da presença de Deus conosco, protegendo-nos, guiando-nos, e consolando--nos quando precisamos de um toque especial dEle. Nós, então, honramos o passado

quando somos gratos por tudo que Deus tem feito. Uma segunda frase também descreve bem o desafio da Igreja no presente. É que a Igreja vive um momento de um novo começo.

Deus tem um plano para a Igreja e não vai desampará-la. Deus também tem um plano para você, meu irmão, minha irmã! Ele quer fazer muito e estender a influência da Igre-ja ainda mais. E para isso Ele depende que cada um faça a sua parte. Ele escolheu a instrumentalidade humana para servir de canal de Suas mais ricas e escolhidas bên-çãos e está contando com cada um. Você já aceitou um compromisso sério com Ele? Você tem colocado a sua vida para servi-Lo, como barro nas mãos do Grande Oleiro?

Uma terceira frase também me vem à mente quando contemplamos o aniversário da Igreja. É que este é um momento de expressar o seu amor pela Igreja e dar o seu melhor. Por certo todos estão orando pela construção do Colégio Batista do Pilar e reforma do santuário. É ne-cessário juntar as forças para realizar esta grande vitória. Expressamos o nosso amor pela fidelidade na mordomia da vida e dos bens. Quando aparentemente nada faz sen-tido e as dificuldades pare-cem maiores do que as solu-ções, lembramos que o Deus no qual servimos é maior do que os nossos problemas, é Aquele que nos dá força para prosseguir, desvia os nossos olhos das dificuldades e nos faz olhar para Jesus.

Deus é o todo poderoso.

Ele tem um plano e o rea-lizará, fará o melhor, isto significa ir além das nossas experiências desagradáveis do dia a dia.

Que Deus abençoe sobre-maneira os irmãos da “Famí-lia SIB em Pilar”. Que Deus continue com cada um para fazer a sua parte, para o avan-ço do Reino de Deus e o cres-cimento da Igreja. Prossigam para o alvo e a vitória final. Temos orgulho de sermos o povo da Cruz!

Você e sua família são nos-sos convidados, pois todos fins de semana de setembro celebraremos nosso aniversá-rio. Confira os cantores que têm presença confirmada na festa de aniversário de 32 anos da família SIB em Pilar:

Dia 11/09 - Sexta-feira: DJ Alpiste; Renascer Prise Rio;

Dia 13/09 - Sábado: Alex e Alex; Ministério Sou Luz; Labaredas de Fogo; Thayná Lane;

Dia 14/09 - Domingo: Adriano Gospel Funk

Teremos a participação de bandas locais em todos os dias da festa, que começará a partir das 19h30. Vamos comemorar juntos os 32 anos de vitórias da Segunda Igreja Batista em Pilar. Esperamos você!

Eu amo o Brasil e quero ser bênção para minha Nação!

Segunda Igreja Batista em Pilar – RJ comemora 32 anos de existência

14 o jornal batista – domingo, 13/09/15 ponto de vista

Silenciar em determi-nados momentos da vida é uma demons-tração de sabedoria e

discernimento. Tiago nos dá esta indicação quando decla-ra: “Todo homem seja pronto para ouvir, tardio para falar e tardio para se irar” (Tg 1.19). Geralmente desejamos falar, falar e não ouvir atentamen-te. O substantivo silêncio em sua construção nos traz lições de valor inestimável. Não podemos confundir este tipo de silêncio com omissão. Não admitamos, em hipótese alguma, nos silenciarmos ou nos omitirmos diante do erro, da corrupção e de toda a forma de injustiça dentro e fora da Igreja de Jesus.

O silêncio tem a ver com serenidade. A qualidade de sereno, tranquilidade de es-pírito; imperturbabilidade de ânimo; estado de doçura e paz. É a capacidade de, a sós ou acompanhado, manter-se absolutamente seguro de sua postura. Não se exaspera, não fica impaciente, pertur-bado e raivoso. É a capaci-dade de manter-se calmo e tranquilo, sabendo que Deus honra àqueles que descan-sam nEle, segundo Salmo 37.7. Os que confiam nEle não serão decepcionados. Se-renidade é uma característica da sabedoria do alto, como

Jeferson Rodolfo Cristianini, colaborador de OJB

Jesus reafirmou o pro-pósito do Pai dizendo que devemos “amar o próximo” e, em muitas

vezes, o nosso próximo é aquela pessoa que está do nosso lado, que vive a mar-gem da religião. Enquanto a religião, de forma pragmá-tica, aproxima os fanáticos, também exclui muitas vidas por suas regras que nada tem a ver com a Pessoa de Jesus.

nos ensina magistralmente Tiago: “Mas a sabedoria que vem do alto é, em primeiro lugar, pura, depois pacífica, moderada, tratável, cheia de misericórdia e de bons frutos, imparcial e sem hipocrisia” (Tg 3.17).

O silêncio nos aponta para o nosso interior. O nosso mundo interior deve estar em conexão com toda a vonta-de de Deus ministrada pelo Espírito Santo. O interior em ordem sabe silenciar na hora certa. O nosso homem interior deve ser inteiro, sem fragmentação ou divisão. A mente de Cristo produz o ho-mem interior bem ajustado, alinhado e comprometido com a prudência de Cristo Je-sus. O Espírito Santo domina o interior do cristão, dando a ele a capacidade de reagir sabiamente às demandas do dia a dia.

É interessante que o silên-cio nos indica liberdade. Paulo nos ensina que foi para a liberdade que Cristo nos libertou, de acordo com Gálatas 5.1. Esta é a liberda-de do nascido de novo. Não é uma liberdade circunscrita a espaço geográfico, mas no Espírito dominando o nosso ser. A liberdade interior, do coração livre em Cristo Je-sus, aprendendo dEle, que é manso e humilde de coração,

A religião não ensina muitas coisas sobre o próximo, pois o foco da religião apresenta uma lista de condutas pesso-ais que leva as pessoas para dentro de si mesmas para cumprir as metas, enquanto o Evangelho de Jesus nos leva na direção do outro.

A religião aparentemente é boa, mas ela é perigosa. Na maioria das vezes, a religião cega as pessoas, e as pessoas. E, cegas pelos conceitos reli-giosos não veem que estão longe dos padrões de Deus, mesmo que a religião cite as

como diz Mateus 11.29. So-mos livres para fazermos toda a vontade de Deus exposta nas Escrituras. Liberdade para falar e para silenciar.

A arte de silenciar está ligada ao ensino. Quan-do silenciamos temos mais condições de aprender. No silêncio, especialmente so-zinhos, recebemos a ca-pacidade de reflexão. Em silêncio com o próximo, podemos sorver dele precio-sos ensinos. Jesus silenciou--se algumas vezes. Ele não respondeu com agravo às provocações dos religiosos judeus. Ao ficar calado, o Senhor Jesus nos deu pre-ciosas lições. Sabemos que em determinados momentos ouvir é melhor do que falar.

É importante ressaltarmos que silêncio nos leva a refle-tir sobre a nossa natureza di-vina. Aprendemos com Jesus Cristo a silenciar e a ouvir. A natureza de Cristo em nós, de acordo com Colossenses 1.27, nos conduz a nos calar no momento oportuno. A sermos mansos e humildes de coração, a reconhecermos nossas limitações. Temos um forte combate contra a nossa inclinação para tagarelar e não para ouvir com atenção, de forma silenciosa e respei-tosa. O Espírito Santo em nosso espírito nos faz mais

coisas de Deus, pois ela cega e aprisiona a pessoa em suas teias bem elaboradas, en-quanto Jesus nos liberta. Os fariseus tentaram aprisionar e moldar Jesus nas tradições humanas, mas Ele só rebateu a religiosidade de Sua época. Na realidade, Jesus criticou severamente a religiosida-de hipócrita e mostrou que o Evangelho não era uma cartilha do que pode ou não fazer, do que pode ou não comer, de que dia é sagrado ou não. Jesus mostrou que o Evangelho é muito mais do

que vencedores sobre a carne e suas inclinações.

Não podemos nos esquecer de que o silêncio nos leva à comunhão. Quando aprendo a silenciar, o nosso irmão po-derá falar. Se os dois falarem ao mesmo tempo, como ha-verá comunhão? A prudência nos conduz ao diálogo, que contempla o falar e o ouvir. Tempo de falar e tempo de ficar silente, com referência ao que diz Eclesiastes 3.7. A comunhão se estabelece quando há respeito mútuo, quando a mutualidade está em Cristo Jesus.

Silêncio tem muito a ver com intercessão. Há muitos que oram silenciosamente. Para interceder em voz alta, preciso primeiro estar calado diante do Pai. Interceder é estar entre o Senhor e o nosso próximo. Neste ponto, é o Senhor quem vai falar e vai agir. Como nos ensinam os filhos de Coré: “Aquietai-vos e sabei que eu sou Deus; sou exaltado entre as nações, sou exaltado na terra” (Sl 46.10). Precisamos aguardar em silêncio a salvação ou o livramento que vem de Deus, conforme está escrito em La-mentações 3.26.

Em último lugar, quando pensamos no substantivo silêncio, lembramos de or-dem. Quando aprendemos

que uma fórmula humana, é um relacionamento de amor com Deus, o Pai.

A religião é fabricação humana e contaminada, já o Evangelho é dádiva de Deus. O relacionamento com Deus, que é essencial-mente amor, é pautado pelo amor, e essa relação nos leva a amarmos as pessoas que estão a nossa volta, como Deus, o Pai, tem nos amado. A religião nos limita, e o Evangelho nos liberta, e essa libertação promove uma vida amorosa. A religião

a ficar calados é porque há ordenamento em nosso ho-mem interior. O nosso Deus não é de desordem, mas de ordem. Ele colocou, pelo Seu Espírito, ordem no caos, como relata Gênesis 1.2. A pessoa que fala muito ge-ralmente está em desordem interior, em descompasso no coração. Devemos nos valer da Palavra de Deus, que é viva e eficaz, que penetra até a divisão da alma e espírito, discernindo pensamentos e intenções do coração, confor-me está escrito em Hebreus 4.12.

Aprendamos a ficar em silêncio diante de Deus e dos homens. O Senhor co-nhece o nosso coração. Ele sabe dos nossos motivos. Conjugar o verbo silenciar significa agir com sabedoria e discernimento. Jesus é o nosso modelo de sabedo-ria. Aprendamos com Ele que há tempo para falar e para silenciar. Que o Se-nhor nos dê a capacidade de resistir às pressões que nos provocam a falar. Mais uma vez cito Tiago: “Meus amados irmãos, tende certe-za disto: todo homem deve estar pronto para ouvir, ser tardio para falar e tardio para se irar. Porque a ira do homem não produz a justiça de Deus” (Tg 1.19-20).

se prepara para suas datas litúrgicas, enquanto o Evan-gelho nos ensina a vivermos o “hoje” intensamente como se fosse nosso último dia. A religião é um movimento humano para se aproximar de Deus, já o Evangelho é um movimento de Deus, o Pai, para se aproximar da Sua criação perdida. O Evangelho nos seduz e nos constrange a amarmos como Jesus, e isso nos basta.

Amemos mais para espa-lharmos o amor de Deus visualizado em Jesus.

A arte do silêncio

Religião, Evangelho e amor

15o jornal batista – domingo, 13/09/15ponto de vista

Depois de diversos artigos tratando os argumentos filoabortistas, va-

mos buscar um plano de ação para o tratamento do assunto em nossas comuni-dades e Igrejas.

Em primeiro lugar, é ne-cessário levar em conta que, do ponto de vista da Teolo-gia Bíblica, a nossa vida e o nosso corpo não nos perten-cem, mas nos são dados em custódia por Deus.

Em segundo lugar, temos que considerar que o em-brião não é um aglomerado de células, muito menos células que sejam extensão do corpo da gestante, mas é um outro e diferente ser

que ali está se desenvolven-do. Como vimos dentro da compreensão da Teologia Bíblica, o nosso corpo não nos pertence, no campo da Ética temos a área da Somatoética, que se dedica aos cuidados éticos com o corpo. Se o nosso corpo nos pertence, mas a Deus e nos é dado para que o adminis-tremos, podemos concluir que o corpo alheio também está na mesma condição e não pode ser descartado ao bel prazer de qualquer um.

Em terceiro lugar, não é possível considerar o aborta-mento como um recurso da natalidade, pois isso signifi-caria eliminar uma vida. A paternidade e a maternidade

responsável demandariam a escolha de um recurso de gestão da natalidade que não fosse abortivo. Em outras palavras, a gravidez deve ser planejada e deve ser busca-da uma sacralidade tal de vida de modo a se evitar a sexualidade fora dos padrões éticos cristãos.

Em quarto lugar, devemos tratar das causas que estão levando a sociedade ao es-tado contínuo de corrup-ção, degradação, egoísmo, promiscuidade, em vez de apenas focalizarmos nas consequências desse modo de vida.

Em quinto lugar, será pre-ciso que os órgãos gover-namentais e a sociedade

promovam meios para o adequado atendimento no desenvolvimento infantil de modo que as crianças pos-sam assumir a vida de modo criativo e inteligente. Além de educação adequada para a paternidade e maternidade responsável, na qual tam-bém a Igreja e comunidades devem participar. Aliás, as Igrejas e comunidades re-ligiosas necessitariam criar escolas de pais para capaci-tá-los a formar seus filhos de forma madura e cristã para que possam assumir com respeito e maturidade a vida.

O feto, a parte mais fra-ca, geralmente é descarta-da, pois o que os olhos não veem o coração não sente.

Sem contar que a mulher também é outra vítima do abortamento.

Os meios de comunicação e os filoabortistas necessi-tam ser mais claros em suas conclusões, evitando a ma-nipulação semântica no uso das palavras. “Tirar o bebê” não é o mesmo que tirar um bebê de uma cadeira. “Descartar o feto”, não é a mesma coisa que descartar algum produto. Todas estas expressões são sinônimas de assassinato de uma pessoa em formação.

Por tudo isso, Jesus já ad-vertia que, no final dos tem-pos, “Por se multiplicar a ini-quidade, o amor de muitos esfriará” (Mt 24.12).

OBSErvATórIO BATISTALOURENÇO STELIO REGA

Abortamento (8) - Abortamento – um plano de ação

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