jornal da puc-campinas_edição 100

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O Jornal da PUC-Campinas completa 100 edições. Em comemoração a esse acontecimento, foram entrevistados alunos e ex-alunos que participaram dessas histórias. Eles contam o que mudou depois de formados e como a Universidade os ajudou na conquista de seus objetivos. Outra matéria especial relata as ações desenvolvidas na PUC-Campinas que beneficiaram a comunidade interna e externa. PÁGINAS 05 E 06 O Hip Hop deve ser entendido como um movimento cultural, cujo significado está ligado à “cultura de rua”. O movimento é representado por quatro elementos que compõem essa cultura: Dança de Rua, Disc Jockey, Mestre de Cerimônias e Grafite. PÁGINA 10 Alunos ingressantes e veteranos de várias faculdades da PUC-Campinas participaram das ações de acolhida. Entre as atividades realizadas, estava a melhoria da Escola Estadual Professora Rosina Frazatto, feita pelos estudantes da Faculdade de Arquitetura e Urbanismo, a arrecadação de alimentos, desenvolvida nos três campi da Universidade e o plantio de mudas realizado pelos alunos da Faculdade de Ciências Biológicas. PÁGINA 07 100 edições Em entrevista ao Jornal da PUC-Campinas, a Reitora conta quais serão os projetos da sua gestão que se inicia neste ano. PÁGINA 04 ANGELA DE MENDONÇA ENGELBRECHT ENTREVISTA Fotos: Ricardo Lima Hip Hop Ações solidárias Ano VI - Número 100 8 a 21 de março/2010 www.puc-campinas.edu.br

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Page 1: Jornal da PUC-Campinas_edição 100

O Jornal da PUC-Campinas completa 100 edições. Em comemoração a esse acontecimento, foramentrevistados alunos e ex-alunos que participaram dessas histórias. Eles contam o que mudou depois deformados e como a Universidade os ajudou na conquista de seus objetivos. Outra matéria especial relataas ações desenvolvidas na PUC-Campinas que beneficiaram a comunidade interna e externa. PÁGINAS 05 E 06

O Hip Hop deve ser entendido como um movimentocultural, cujo significado está ligado à “cultura de rua”.O movimento é representado por quatro elementos que compõem essa cultura: Dança de Rua, Disc Jockey,Mestre de Cerimônias e Grafite. PÁGINA 10

Alunos ingressantes e veteranos de várias faculdades da PUC-Campinas participaram das ações de acolhida. Entre as atividades realizadas, estava amelhoria da Escola Estadual Professora Rosina Frazatto, feita pelos estudantes da Faculdade de Arquitetura e Urbanismo, a arrecadação de alimentos, desenvolvida nos três campi da Universidade e o plantio demudas realizado pelos alunos da Faculdade de Ciências Biológicas. PÁGINA 07

100 edições

Em entrevista ao Jornal da PUC-Campinas, a Reitora conta quais serão os projetos da sua gestão que se inicia neste ano.PÁGINA 04

ANGELA DE MENDONÇA ENGELBRECHT

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Fotos: Ricardo Lima

Hip Hop

Ações solidárias

Ano VI - Número 1008 a 21 de março/2010

www.puc-campinas.edu.br

Page 2: Jornal da PUC-Campinas_edição 100

NOVA LEITORA DE ESPANHOL - O Departamento deRelações Externas (DRE) da PUC-Campinas recepcionou, no mês de fevereiro, anova Leitora de Espanhol vinda diretamente de Valência, a professora MiriamDomínguez Requena (na foto,à direita), que atuará na Universidade com o objetivode consolidar o conhecimento da cultura e do idioma espanhol em nossa comunidade. De acordo com o novo Coordenador do DRE, professor JoséAntonio Bernal Fernandes Olmos, a presença da professora na Universidade permitirá ampliar o conhecimento. “Conhecer uma nova cultura e um idiomaamplia os horizontes, estimulando a compreensão entre os povos, a boa convivência e a troca de experiências. Estimula a formação acadêmica, preparandofuturos profissionais para atuarem de maneira multicultural”, explicou. A professoradesenvolverá atividades específicas com alunos da Faculdade de Letras e outrasações abertas a todos os estudantes da PUC-Campinas. Mais informações sobre o Programa Leitorado Espanhol, acesse ao site: www.puc-campinas.edu.br/aluno/oportunidades/oportunidades_exterior.asp

RREEIITTOORRAA -- Angela de Mendonça Engelbrecht; VVIICCEE--RREEIITTOORR -- Eduard Prancic;

CCOOOORRDDEENNAADDOORR DDOO DDEEPPAARRTTAAMMEENNTTOO DDEE

CCOOMMUUNNIICCAAÇÇÃÃOO SSOOCCIIAALL -- Wagner José de Mello; EEDDIITTOORRAA -- Ana Paula Moreira (MTb. 48.963);

RREEPPÓÓRRTTEERREESS -- Adriana Furtado, Ana Paula Moreira, Ciça Toledo, Du Paulino e Henderson Arsênio;

RREEVVIISSÃÃOO -- Marly Teresa G. de Paiva; FFOOTTOOGGRRAAFFIIAA -- Ricardo Lima;

TTRRAATTAAMMEENNTTOO DDEE FFOOTTOOSS -- Marcelo Adorno; PPRROOJJEETTOO GGRRÁÁFFIICCOO EE EEDDIITTOORRAAÇÇÃÃOO

EELLEETTRRÔÔNNIICCAA -- Neo Arte; IIMMPPRREESSSSÃÃOO -- Grafcorp;

RREEDDAAÇÇÃÃOO -- Campus I da PUC-Campinas, RodoviaD.Pedro I, km 136, Parque das Universidades.

TTEELLEEFFOONNEESS:: (19) 3343-7147 e 3343-7674. EE--MMAAIILL:: [email protected]

100 anos do dia Internacional da MulherComemoramos, neste mês, os 100 anos do Dia Internacional

da Mulher. A instituição dessa importante data ocorreu, em1910, durante uma conferência na Dinamarca e foi adotadapela Organização das Nações Unidas, em 1975, em homena-gem às tecelãs que morreram carbonizadas numa fábrica emNova Iorque, em 1857, enquanto protestavam por melhorescondições de trabalho.

Essa data traz, em seu bojo, o resultado de anos de luta e de con-quistas que deixaram marcas ao longo do tempo. E essas conquis-tas geraram profundas transformações na sociedade e na vida daspessoas. Há, sim, muitas vitórias a serem comemoradas e algumasbarreiras a serem vencidas.

A transformação da mulher, do seu comportamento, forma deagir, de se impor e de lutar pela igualdade de oportunidades ocor-reu após ela vencer os vários obstáculos enfrentados. Muitas são asmulheres que lutaram, e ainda lutam, para que o seu trabalho pos-sa ser reconhecido pela sua força e valor.

O espaço conquistado pelas mulheres no mercado de trabalhogerou profundas mudanças na sua participação na Família e naSociedade, gerando reflexos, também, no comportamento do homem.Com o ingresso da mulher no mercado de trabalho e consequentecontribuição para a renda familiar, ocorre a participação, cada vezmaior, dos homens nas tarefas domiciliares. Eles colaboram no cui-dado da casa e, ainda, auxiliando na educação dos filhos.

A mulher ocupa, hoje, cargos em diversos níveis e está presente

em funções que, até pouco tempo, eram ocupadas somente porhomens. Historicamente, algumas profissões eram predominante-mente assumidas por homens. O que não significa que o mercadode trabalho dê preferência para eles. Somente indica que há pro-fissões que não atraem as mulheres, como é o caso, por exemplo,das Engenharias e da Computação. As proporções estão, paulati-namente, sofrendo alterações, mas os homens ainda representam agrande maioria nessas áreas. Até pouco tempo, algumas Instituiçõesde Ensino se encarregavam de fazer essa distinção, como, por exem-plo, o Instituto Tecnológico de Aeronáutica - ITA - que passou aaceitar mulheres em seus cursos somente a partir de 1996.

No desenvolvimento da profissão que escolherem, as mulherespoderão encontrar alguma resistência por parte da sociedade. E elasnão devem se deixar abalar. Devem, sim, mostrar o seu verdadei-ro valor!

Em seu poema, “Assim eu vejo a vida”, a poetisa goiana CoraCoralina diz: “A vida tem duas faces: / Positiva e negativa / Opassado foi duro / mas deixou o seu legado / Saber viver é a gran-de sabedoria / Que eu possa dignificar / Minha condição de mulher,/ Aceitar suas limitações / E me fazer pedra de segurança / dos valo-res que vão desmoronando. / Nasci em tempos rudes / Aceitei con-tradições / lutas e pedras / como lições de vida / e delas me sirvo. /Aprendi a viver.”

Assim, eu também vejo a vida...Angela de Mendonça Engelbrecht

Reitora da PUC-Campinas

Aluno da Faculdade de Direito é premiado em concurso de monografias

O Aditamento do Fundo de Financiamento aoEstudante do Ensino Superior (FIES) pode ser feito até o dia 12 de março. Os estudantes que participamdeverão comparecer ao Departamento de Contas aReceber, no período das 9h às 19h, para aditamentodo contrato de financiamento. O Departamento deContas a Receber fica localizado no Prédio A-02, no Campus I da PUC-Campinas.

O ex-aluno da Faculdade de Direito Edinilson Ferreira da Silva foi um dos premiadosno concurso da Escola Superior da Magistratura do Estado do Ceará “Prêmio ESMECmonografia do ano”. O título da monografia feita pelo estudante foi “Direito e Justiçaem Shakespeare: o Mercador de Veneza”, que se baseia na obra do escritor inglês paradiscutir a questão da justiça. O trabalho foi feito no ano de 2005, sob a orientação doprofessor Samuel Mendonça.

Jornal da PUC-Campinascomemora 100 edições

Esta é a edição número 100 do Jornal da PUC-Campinas, durante esses cinco anos, foram publicadasnotícias voltadas para alunos, professores e funcionáriose fatos jornalísticos em pauta. Em comemoração, o Jornaltraz alterações no seu layout e algumas novidades paratornar a sua leitura mais interessante e agradável. Asmudanças começam pela capa, com um redesenho dadiagramação; atualização do logo, tornando-o mais lim-po e forte. Na página três, a cada edição haverá umapequena entrevista com representantes do cenário aca-dêmico e da sociedade. O primeiro entrevistado é ogerente do SESC Campinas, Evandro Marcus Ceneviva,que fala um pouco do interesse dos brasileiros por cul-tura. Em sua 100ª edição, o Jornal da PUC-Campinastraz uma reportagem com o depoimento de dez alunose ex-alunos que participaram desse projeto, contandocomo foi o período na Universidade e seus objetivospara o futuro. Outra matéria especial relata dez açõesque foram notícias e vêm ajudando a comunidade aca-dêmica e de Campinas e região. A reitora da PUC-Campinas, professora Angela de Mendonça Engelbrecht,também participa da edição número 100, com uma entre-vista em que conta quais serão suas principais propos-tas nesta gestão que se inicia neste ano e vai até 2014.Sugestões de pautas, opiniões e dicas culturais sempresão bem-vindas e podem ser enviadas para o e-mail [email protected]. Boa leitura!

EQUIPE JORNAL DA PUC-CAMPINAS

10/03- Término das inscrições para o Processo Seletivo PIC – período agosto/2010 a julho/2011.

- Aula inaugural daFaculdade da Faculdade deDireito. No período matutinoa partir das 8h30 e noperíodo noturno a partir das 19h30.

12/03Data-limite para SecretariaAcadêmica de Centro incluirno Sistema Acadêmico alteração na grade de matrícula dos alunos de

cursos de Graduação

16/03Divulgação do cronogramadas Atividades de Monitoria para o 2º semestre de 2010.

25/03Reunião do ConselhoUniversitário (CONSUN).

26/03Data-limite para pedido deTrancamento de Matrículados alunos dos cursos deGraduação e dos cursos dosProgramas de Pós-Graduação Stricto Sensu.

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Siga a PUC-Campinas no twitterwww.twitter.com/puccampinas

Aditamento do FIES 2010ocorre até 12 de março

8 a 21 de março/2010 Jornal da PUC-Campinas2

Informativo quinzenal da Pontifícia Universidade Católica de Campinas

Ricardo Lima

Page 3: Jornal da PUC-Campinas_edição 100

“Há uma influência muito forteda internet. Ela criou, por sua característicade maior comodidade e informações desubstituição rápida, certo represamento do interesse daspessoas pelas práticas culturais tradicionais.” Fabio Bruno deCarvalho PROFESSOR DAFACULDADE DE TERAPIAOCUPACIONAL

OPIN

IÃODe acordo com a pesquisa realizada pelaFederação do Comércio de Bens, deServiços e de Turismo (Fecomércio) doRio de Janeiro, o brasileiro vai cada vezmenos ao teatro, ao cinema e lê menos.Para o gerente do SESC Campinas,Evandro Marcus Ceneviva, o desinteresse por hábitos culturais estáligado a questões como o avanço dainternet e um desconhecimento de atividades culturais.

Jornal da PUC-Campinas - Por que as pes-soas estão perdendo o interesse por hábi-tos culturais? Quais os motivos dessa que-da?

Evandro Marcus Ceneviva - Os grandes cen-tros culturais oferecem muitas oportunidades, mas paraalgumas pessoas, há um comodismo em procurar ativi-dades que vão além da televisão e internet. Nas peque-nas comunidades não há centros culturais. Antes, haviaos cinemas, considerados como o principal espaço cul-tural dos pequenos municípios. Há um desequilíbrio naoferta de atividades. A violência nas cidades também éum agravante, as apresentações e shows geralmenteocorrem à noite. Muitas pessoas têm medo de sair ànoite em razão da violência e da insegurança.

A televisão e a internet podem aumentar esse desinteresse? As mídias são extremamente poderosas. A televisão tem dois lados ambíguos. Aquino SESC temos um canal de televisão que oferece uma programação totalmente cul-tural e atuamos com a internet livre, que facilita o acesso. A televisão e a internet pre-dominam nas comunidades carentes predominam como opção para diversão e nãopodem ser consideradas negativas. A internet é centrada no texto, queira ou não éuma forma de ampliar a leitura e a atividade cultural.

Existe um comodismo das pessoas em não ir ao teatro ou a shows,mesmo com condições socioeconômicas estáveis?

Sim. Existem exceções, o SESC se considera uma dessas. É preciso levar cultura àscomunidades carentes, nas praças das grandes cidades, ampliar as propostas de cultu-ra. Às vezes, a pessoa não tem hábitos culturais porque ela não tem acesso a nenhu-ma atividade. É preciso atrair e vencer esse desinteresse. O cidadão também está per-cebendo que a ascenção de classe social ocorre por meio da educação e do desen-volvimento cultural. Sabem que só podem se sustentar socialmente crescendo doponto de vista da educação e da cultura. Há esforços de todos os lados para não serestringir o acesso à cultura. Hoje há projetos em rodoviárias e metrôs para levar a lei-tura onde o público está. Se as pessoas não têm esses hábitos culturais por desconhe-cimento, é preciso permitir o acesso ilimitado.

O desinteresse por hábitos culturais tem único culpado?

Há uma divisão de responsabilidade dessa culpa. As pessoas tendem, sempre, a cul-par o Estado, mas não adianta somente isso. O cidadão não pode se acomodar. Se aspessoas desejam crescer é preciso também procurar e ter o interesse.

O desinteresse por cultura

Evandro Marcus Ceneviva

Gerente do SESCCampinas

“Os grandescentros culturais oferecemmuitas

oportunidades,mas para algumas pessoas, há um

comodismo em procuraratividades que vão além da televisão

e internet.”

ggaalleerriiaa

“A informação de rápida substituição está prejudicandoesse cultivo. O tempo ficou

muito fracionado e, para algumas atividades, ela passa a ser inexistente. A automação fez com que as máquinas substituíssem as habilidades humanas”. Dayse Maria Motta Borges

PROFESSORA DAFACULDADE DE PSICOLOGIA

“Falta de tempo, adoro ir ao teatro e ao cinema. Quandotenho um tempo livre sempre procuro ler um livro. Nasférias também aproveito para ir ao teatro e ao cinema.” Ana Elisabete Paganelli Guimarães de Ávila Jacinto PROFESSORA DA FACULDADE DEENGENHARIA AMBIENTAL

“Porque as novas geraçõesjá não cultivam mais esseshábitos. Hoje em dia, é

muito difícil encontrar umpai ou uma mãe que

aprecie música clássica, por exemplo. Ir ao teatro,

assim, parece ser uma atividade muito além docotidiano da maioria.” Bruno Gonçalves

Pedreira ALUNA DO 2º ANODA FACULDADE DE

NUTRIÇÃO

“Eu acho que os eventos tradicionais, como mostras de jazz e exposições de artes plásticas, não são divulgados corretamente.Por isso, muita gente nãofica sabendo. Essas atividades ficam restritas àqueles interessados no tema.” FernandaGonçalves Lima ALUNA DO 3º ANODA FACULDADE DENUTRIÇÃO

“Com o avanço tecnológico, as pessoas deixaram de

frequentar lugares como oteatro e cinema. A tecnologia deixa tudo maisfácil e sem qualidade.Também a cultura demassa faz com que existauma perda de interesse.” Fernando HenriqueNovais ALUNO DA FACULDADE

DE PUBLICIDADE EPROPAGANDA

“O Ensino Fundamentaldeixa uma deficiência nesse sentido cultural.Não educa para uma formação permanente,fora da sala de aula. O aluno acaba restrito dereferências culturais. É um desafio ir além.” Lindolfo Alexandrede Souza DIRETOR DAFACULDADE DEJORNALISMO

8 a 21 de março/2010Jornal da PUC-Campinas 3

”A cultura não tem incentivos na

formação do cidadão. Há um

desinteresse e um comodismo. É mais

fácil, atualmente, ler um resumo ou

ver um vídeo na internet, do que ler

um livro ou ir ao cinema.”

Ana Elisa Savoya Soler A

LUNA

DO 5º ANO DA FACULDADE DE

ARQUITETURA E URBANISMO

Fotos: Ricardo Lima

Arquivo pessoal

Por que as pessoas estão perdendo seu interesse

por hábitos culturais?

Page 4: Jornal da PUC-Campinas_edição 100

”Agilidade, comprometimento e amor à

Universidade são palavras-chave para nova gestão

OJornal da PUC-Campinas -Quais deverão ser osprincipais focos de trabalho na sua gestão?

Reitora - Todos os esforços serão concentradosno cumprimento dos itens previstos no PlanoEstratégico da Universidade e do Plano deDesenvolvimento Institucional - PDI que vaiaté 2012. Entre eles, a qualificação dos cursosjá oferecidos na graduação e na pós-gradua-ção - lato e stricto sensu-, desenvolvimento econsolidação de projetos de pesquisa e exten-são, evolução e estabilidade do Plano deCarreira Docente e qualificação e treina-mento do corpo técnico- administrativo,sempre de forma sustentável. Além da con-tinuidade aos projetos, é saudável e impres-cindível o desenvolvimento de novas ideiase sua aplicação de forma realista. Por exem-plo, um esforço concentrado na renovaçãodos processos administrativos para quetenhamos maior agilidade nas respostas,com impacto na vida de toda a comunida-de interna.

Como a senhora vê o desenvolvimento dapesquisa e da extensão na Universidade nospróximos anos?

Uma universidade sem pesquisa não é uni-versidade. Por isso, continuaremos a investirno fortalecimento dos grupos de pesquisa e,sem dúvida, continuaremos incentivando aIniciação Científica. A pesquisa e a extensãonesta Universidade devem ser construídas deforma a integrar afinidades entre a produção

do conhecimento e as questões sociaisque demandam solução. Temos que

evoluir na pesquisa com foco naqualidade do conhecimento, pro-duzido e na contribuição quepoderá ser dada às atividades deensino, vislumbrando a criação denovos cursos de mestrado e dou-torado. É importante lembrar que

os projetos de pesquisa e extensãona PUC-Campinas são desenvol-

vidos com recursos próprios, semsubsídio e financiamento público, como

ocorre nas universidades estaduais e fede-rais. Por isso, temos que trabalhar com nos-so orçamento, de forma equilibrada, com opensamento na sustentabilidade.

Como a senhora acredita que deveráser sua relação com os estudantes?

Antes de mais nada, sou professora. Sempreestive em sala de aula e mantive um ótimorelacionamento com os alunos. Em razão do

O ano letivo, oficialmente, já começou!! Os campi daUniversidade estão repletos de alunos e muitos deles são calouros.Além disso, o ano iniciou com a novaequipe que está à frente da Reitoriana Gestão 2010-2014. A nova reitora da PUC-Campinas,professora Angela de MendonçaEngelbrecht, que tomou posse no dia 31 de janeiro de 2010, dá boas-vindas a todos os alunos e falaao Jornal da PUC-Campinassobre os projetos que deverão marcar sua gestão neste período.Conheça aqui um pouco mais sobre a nova reitora e suas propostas de trabalho.

acúmulo de funções nos últimos anos, tiveque me afastar da sala de aula. O que lamen-to e sinto falta, pois a sala de aula é o caminhapara melhor compreender os problemas e difi-culdades dos acadêmicos. Acredito que a rela-ção entre a reitoria e os estudantes deve seguira mesma linha da antiga Reitoria, ser próxi-ma e cordial. Não deve haver barreiras nestecontato.

Qual a mensagem que a senhora dei-xa para os alunos, professores e fun-cionários da PUC-Campinas neste iní-cio de gestão?

A PUC-Campinas tem uma história de suces-so e tradição de 68 anos. E conviver, estudare trabalhar na PUC-Campinas exige umagrande responsabilidade por tudo aquilo quenossa Instituição representa na sociedade eno cenário educacional do Brasil. Por isso,desejo trabalhar com pessoas comprometi-das na realização de seus projetos: professo-res, funcionários e alunos, fortalecendo oapreço pela nossa Universidade. Espero quetodos tenham orgulho do nome PUC-Campinas e que possamos continuar a cons-truir, juntos, a Universidade que desejamose queremos ser.

Compromisso com aUNIVERSIDADE

“...desejo trabalhar com pessoas comprometidas

na realização de seus projetos: professores, funcionários e alunos, fortalecendo o apreço

pela nossa Universidade.Espero que todos

tenham orgulho do nomePUC-Campinas e que

possamos continuar a construir, juntos, aUniversidade que

desejamos e queremos ser.”

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8 a 21 de março/2010 Jornal da PUC-Campinas4

O Plano Estratégico é odocumento que guia, de forma

objetiva o futuro da Universidadepor meio de um conjunto de

objetivos e estratégias, nas diferentes instâncias – ensino, pesquisa, extensão, administração, comunicação,

infraestrutura, entreoutros.

Plano Estratégico

Ricardo Lima

Page 5: Jornal da PUC-Campinas_edição 100

10Edição 18 de 2005Visita a ManausO grupo de alunos da Faculdade de Geografiavisitou Manaus, com o objetivo de conhecer aregião. O texto foi escrito pelo então estudan-te do 2º ano, João Henrique de Aguiar Araújo.Cinco anos depois, Araújo relembra como foia experiência. “Um desejo, particular e ao mes-mo tempo coletivo, de falar sobre a necessida-de de se compreender a Geografia como umadas ferramentas mais democráticas”, contouAraújo. Atualmente, o geógrafo dá aulas noCentro Paula Souza, de Hortolândia.

Edição 22 de 2006Vencendo barreirasO Jornal da PUC-Campinas mostrou como pes-soas com deficiência venceram barreiras e chegaramà Universidade. Entre os entrevistados estava o alunode Psicologia Eduardo Giriolli Bertini, que contoucomo o apoio da família para entrar na Universidade.De acordo com Bertini, a matéria serviu para mostraruma realidade. “É uma situação que está crescendo,as pessoas precisam abrir espaço e se integrar”, falou.O psicólogo se formou em 2009 e atualmente traba-lha em uma empresa de recursos humanos, na área derecrutamento.

Edição 28 de 2006Acima dos 40 anosAlunos com mais de 40 anos foiuma das matérias da edição 28. Ocoordenador de controle de qua-lidade José Sidnei Dentamoro cur-sava, na época, a Faculdade de Quí-mica com o objetivo de se aperfei-çoar e ter mais chances na empre-sa em que trabalhava. “A Faculdademe ajudou a conseguir implantarnovas técnicas no meu trabalho, ame inteirar do que existia de mais recente na profis-são”, contou Dentamoro que trabalha há 30 anos emuma empresa de produtos químicos.

Edição 41 de 2007Ação Solidária A primeira edição do ano de 2007 trazia as ações soli-dárias desenvolvidas por diversos cursos da PUC-Campinas, entre elas estava a de alunos da Faculdadede Arquitetura e Urbanismo. Uma das participantesera a estudante do 4º ano Daniela Manfrim, que aju-dou na reforma da creche Menino Jesus de Praga.“Ações como essas dão mais prazer em ajudar. É dife-rente do que os estudantes estão acostumados a fazerquando chegam na universidade”, lembrou Danielaque se formou em 2009.

Edição 53 de 2007TraineeA matéria dava dicas para conseguir uma vaga comotrainee. Entre os estudantes estava Renato Leal,aluno da Faculdade de Publicidade e Propaganda.Na época, o estudante participava de vários pro-cessos seletivos. Após se formar, em 2007, foiaprovado para trabalhar em uma empresa farma-cêutica e, atualmente, continua na mesma empre-sa como designer gráfico. Para o publicitário amatéria ajudou a mostrar como funciona o pro-cesso de seleção. “Acho muito interessante mostrarpara os estudantes atuais o que aconteceu com ex-alu-nos PUC-Campinas”, contou Leal.

Edição 58 de 2007Estágio x TCCO ano de 2007, para a então estudante da Faculdadede Ciências Econômicas, Fernanda Patrícia Alves,ficou dividido entre as atividades de estágio e o Trabalhode Conclusão de Curso (TCC). A ex-aluna relem-bra a participação no Jornal. “Foi muito interessanteparticipar da matéria, pois o meu estágio teve um des-taque, já que o tema abordava as influências econô-micas do Aeroporto de Viracopos para a região e foium incentivo para concluir o TCC, já que não é umperíodo muito fácil”, relembrou Fernanda. Depoisde formada, a economista continua a trabalhar na mes-ma empresa.

Edição 59 de 2007Trabalho temporário A matéria trazia as dicas e regras na hora de procuraremprego. A então aluna do 4º ano da Faculdade deEducação Física Renata Azarias Alves, contou quetrabalhava todos os anos, durante alguns meses, emum parque aquático da região. Depois de formada,trabalha com ginástica laboral. O seu principal obje-tivo é montar uma academia de ginástica voltada para

a reabilitação de pessoas na terceira idade. “O interes-se despertou com as aulas de educação especial nafaculdade”, afirmou a ex-aluna.

Edição 63 de 2008Segunda faculdadeContar a decisão de voltar às salas de aula para cursaruma segunda faculdade foi o assunto da edição 63 doJornal da PUC-Campinas. O advogado CarlosEduardo Soares estava, no ano de 2008, cursando suasegunda faculdade, Ciências Contábeis, para comple-mentar sua atuação profissional. “Trabalho como con-sultor tributário, a faculdade foi fundamental para ummelhor desempenho profissional”, contou Soares quese formou em 2009.

Edição 74 de 2008 OportunidadesMostrar as oportunidades que a Universidade ofere-ce aos estudantes foi a pauta do Jornal da PUC-Campinas. Uma delas foi o Programa UniversidadePara Todos (ProUni). O estudante do 3º ano daFaculdade de Medicina Gustavo Zuliani de Oliveira,afirmou a importância do programa. Hoje, no 5º anoda Faculdade, Zuliani diz estar conquistando seusobjetivos. “O programa me proporcionou a oportu-nidade de ter uma formação de excelência, em umadas mais conceituadas Universidades do país. Sendoassim, realizei meus sonhos do período em que eraum vestibulando, mas hoje também tenho sonhos”,falou.

Edição 83 de 2009 Copa 2014Em abril de 2009, o Jornal da PUC-Campinas conversou com o ex-alunoFlávio Aguiar e com o aluno AndréCampello, da Faculdade de Análise deSistemas, sobre a criação do primeiro por-tal sobre a Copa de 2014. Além do projeto,Flávio e André também são proprietários deuma agência de desenvolvimento na web.Para o analista, a Faculdade foi essencial paraconseguir um bom desempenho. “A for-mação recebida nos capacitou para enfren-tar situações do cotidiano do mercado de tra-balho”, afirmou o ex-aluno.

Ao longo dessas 100 edições, o Jornal da PUC-Campinas entrevistou alunos sobre os mais variados temas. Nesta matéria, você confere o que mudou para alguns deles depois de formados e como a Universidade os ajudou na conquista de seus objetivos

Fotos: Ricardo Lima

Ana Paula [email protected]

100 EDIÇÕES

8 a 21 de março/2010Jornal da PUC-Campinas 5

personagens

Page 6: Jornal da PUC-Campinas_edição 100

8 a 21 de março/2010 Jornal da PUC-Campinas6

PrêmiosAo longo da publicação do Jornal da

PUC-Campinas, o reconhecimento nasações desenvolvidas dentro dos campi e nasociedade, sempre foi notícia. Seja com açõesde faculdades ou com prêmios em trabalhosproduzidos pelos estudantes. Entre os exem-plos estão as 19 vezes que os estudantes daFaculdade de Publicidade e Propaganda ven-ceram o concurso de cartazes da Campanhada Fraternidade e a participação de alunos eprofessores em congressos nacionais e inter-nacionais. A excelência na qualidade de ensi-no também foi notícia. Desde 2006, a PUC-Campinas participa do prêmio da Editora AbrilMelhores Universidades. Em 2009, aUniversidade foi premiada na categoria melhorUniversidade privada do Brasil na categoriaSaúde e no ranking geral foi considerada a 6ªmelhor escola privada do país.

AcessibilidadePensando em promover a inclusão e tam-

bém a reflexão da sociedade, a Universidaderealiza um amplo Programa de Inclusão queoferece à comunidade interna e externa umasérie de projetos direcionados à pessoa deficien-te. As ações envolvem o ensino, a pesquisa e aextensão e atingem a área administrativa e aca-dêmica da Instituição. O CentroInterdisciplinar de Atenção ao Deficiente(CIAD), vinculado ao Núcleo de AtençãoSolidária (NAS), desenvolve vários projetosde caráter comunitário e interdisciplinar, visan-do favorecer a formação integral das pessoas.O Programa de Acessibilidade (ProAces) daPUC-Campinas disponibiliza um serviço deapoio especializado a estudantes com deficiên-cia ou necessidades especiais.

TrânsitoMelhorias no acesso viá-

rio da Universidade estive-ram em pauta. O prolonga-mento da Avenida GuilhermeCampos, que liga a RodoviaD. Pedro I ao Campus I, foi umadessas medidas.

Ações solidáriasDesde 2005, o Jornal da PUC-Campinas

noticia ações solidárias desenvolvidas naUniversidade. Seja no início do ano com ati-vidades de integração entre calouros e vetera-nos ou em ações de prestação de serviço desen-volvidas com comunidades carentes deCampinas. Um exemplo é a matéria publica-da na edição número 73, que trata do ProjetoTratamento Restaurador Atraumático (ART),desenvolvido a partir de uma parceria entre aFaculdade de Odontologia da Universidade ea Secretaria Municipal de Saúde. A clínicaOdontológica funciona em escolas públicas

do Distrito de Saúde Noroeste e atende crian-ças. No ano de 2008, o projeto Saúde na Praçacompletou 10 edições de atividades destina-das a qualidade de vida. O Largo do Rosário étransformado em um espaço de prevenção àsaúde.

Hospital e Maternidade Celso Pierro

Nessas 100 edições, foram apresentadasmelhorias no Hospital e Maternidade CelsoPierro (HMCP) que beneficiaram os estudan-tes do Centro de Ciências da Vida (CCV) etoda a comunidade da Região Metropolitanade Campinas (RMC). Entre as ações estão asinstalações e ampliações de leitos das Unidadesde Terapia Intensiva (UTI) Adulto, Conorária(UCO) e de Internação, além da abertura doPronto Atendimento (PA) Cardiológica. Em2009, o HMCP completou 30 anos de aten-dimento à população e inaugurou o Complexodos Prontos-Socorros (Adulto, Infantil,Ortopedia e Ginecologia/ Obstetrícia).

ViagensConhecer pessoas, trocar experiências e

colocar em prática o que aprenderam em salade aula. Viagens de estudantes para realizar ati-vidades práticas e conhecer novas culturas tam-bém foram notícia. Entre as viagens, estão a daFaculdade de Terapia Ocupacional à Praia deSantos, alunos de Ciências Biológicas nas praiasde Ilhabela e Cananeia e alunos de Geografiaque visitaram a região amazônica. Fora daUniversidade, os estudantes também pude-ram contar suas viagens durante as férias, naseção Pé na Estrada. Entre os lugares visitadosestá Peru, Cuba e Alemanha.

InfraestruturaPensando no bem-estar da comu-nidade acadêmica, boas notícias

sempre estiveram presentes aolongo das edições. No primei-ro ano, um dos destaques foia ampliação da base de dadosdos Sistemas de Bibliotecas deInformação (SBI). Com essaampliação, o estudante e o pro-

fessor puderam acessar, gratui-tamente, de qualquer computa-

dor da Universidade, o acervo commais de 40 mil títulos de livros ou

periódicos. Outra ação de infraestruturafoi a entrega do novo prédio do Centro deCiências Exatas, Ambientais e de Tecnologias(Ceatec), que atende a Faculdade de Arquiteturae Urbanismo, com espaços para ateliês, maque-taria e canteiro experimental. Outra obraentregue no ano de 2006 foi o prédio adminis-trativo que abriga a Reitoria, Pró-Reitorias,Conselho Universitário (Consun) e órgãoauxiliares. No ano de 2007, foi construído oprédio do Centro de Ciências Humanas eSociais Aplicadas (CCHSA), no Campus I,que em 2009 passou a abrigar todos os cursosdo Centro, com exceção da Faculdade deDireito, que continua no Campus Central.

Em 100 edições, o Jornal da PUC-Campinasnoticiou uma série deações que beneficiaramtoda a comunidadeacadêmica e reconhecemo trabalho desenvolvidopela Universidade.Reveja o que foi notícia

Ana Paula [email protected]

RETROSPECTIVA

Fotos:Ricardo Lima/Arquivo

Grandestemas

O Jornal também sempre esteve alinhado atemas em pauta na mídia.

Reportagens sobre Corrupção,Referendo de Armas e Eleições

Municipais foram notícias.Sempre com o objetivo de trazer a discussão

para dentro da Universidade. Além de

Campinas O Jornal da

PUC-Campinastambém

conheceu outroslugares fora da Região

Metropolitana de Campinas.

Entre oslugares visitadosestá CampusParty, Museu do Futebol e Museu da Língua

Portuguesa.

65 anos Na edição 29 do Jornal da

PUC-Campinas, foram comemorados os 65 anos da

Universidade. Entre as atividadesdesenvolvidas para as comemorações, oex-reitor padre José Benedito de AlmeidaDavid recebeu o título de Doutor Scientiae

Et Honoris Causa. Outras atividades daprogramação comemorativa foi o

lançamento do Livro dos 65 anos, queconta a história da Universidade

e o concurso de crônicas“Histórias da PUC-

Campinas”.

10ações

Page 7: Jornal da PUC-Campinas_edição 100

Integração && Cidadania

ARRECADAÇÃO DE MANTIMENTOS

urante os dias 24 de feve-reiro e 5 de março, váriasfaculdades realizaramações para promover, demaneira saudável e huma-nista, a integração entre

veteranos e calouros. As ações fazem parte doprojeto de Recepção aos Calouros 2010. Oprojeto é fruto do trabalho de um comitêespecialmente organizado para propor umcalendário de atividades que deem apoio aoingressante e combata o trote - atividade proi-bida na PUC-Campinas. “Todas as açõesforam planejadas visando a integração de vete-ranos e ingressantes, mas com o acompanha-mento de professores, com o apoio daUniversidade e dos funcionários”, ressaltouo professor José Donizeti de Souza, presi-dente do Comitê Permanente de Acolhida aoCalouro. As atividades de integração solidá-ria ocorreram nos três campi da PUC-Campinas em diferentes momentos. Todaselas tiveram o objetivo de promover a cida-dania e a preocupação ambiental entre todosos estudantes da Instituição. O Jornal daPUC-Campinas esteve presente nessas ini-ciativas.

Nos dias 26 de fevereiro e 5 de março, a CACI, em parceria com aPastoral Universitária e com o GAS, instalou postos de arrecadaçãonos três campi da Universidade para receber a doação de vários itens,como alimentos não perecíveis, material de higiene, roupas e livrosdidáticos. Todo o material arrecadado será encaminhado para institutos parceiros do GAS e para famílias que sofreram com as fortes chuvas ocorridas no início do verão. A caloura da Faculdade deSistemas de Informação, Celina Rodrigues, veio acompanhada doseu amigo Fabio Henrique Luciano, calouro da Faculdade deEngenharia Civil, trazer a sua colaboração. “Fiquei inspirada em ajudar depois de ver alguns alunos participando. Por isso, trouxealguns livros de casa”, contou ela.

No dia 24 de fevereiro, a Escola Estadual Professora RosinaFrazatto dos Santos contou com a participação de veteranos ecalouros da Faculdade de Arquitetura e Urbanismo (FAU) daPUC-Campinas. O objetivo do grupo foi trazer soluções práticas eeficientes que melhorem o conforto e o bem-estar dos meninos emeninas que estudam na periferia de Campinas, onde está localizada aescola. “As intervenções que fizemos são simples e algumas poderão ser aplicadas até na casados alunos”, contou o ingressante Renato Montagner. Em um único dia, os estudantes promoveram diversas melhorias, como pintura dos muros externos, criação de mosaicospara paredes externas das salas de aula, implantação de horta vertical e a reforma da coberturado pátio interno. As melhorias foram elaboradas pelos alunos do programa PET Arquitetura.Para todas elas, foram utilizadas ideias concebidas a partir de material reciclável. “Essa parceria traz muita riqueza para estudantes e professores do Ensino Público”, contou a diretora da escola, professora Maria Laedna Silva.

Atividadesintegramcalouros e veteranosem prol da cidadania

O Programa deEducação Tutorial

(PET) é uma iniciativa doMinistério da Educação

para promover equipes dealunos de graduação a fim

de realizar ações acadêmicas de excelênciaque aprimorem sua visão

crítica e sua formação profissional.

O Grupo de Ação Solidária

(GAS) da PUC-Campinas, formado por

voluntários, realiza,ao longo do ano,

diversas campanhas de ação

assistencial.Somente em 2009, o GAS colaborou

com mais de 20 entidades diferentes por

meio da distribuiçãode mantimentos.Neste ano, uma das principais

campanhas será adoação de sangue,

com ação de coleta marcada para o próximo 23 de março.

Participe!

O COMITÊPERMANENTE DEACOLHIDA AO

CALOURO INFORMAQUE A UNIVERSIDADE

VEM APURANDOTODAS AS DENÚNCIAS

OU RECLAMAÇÕESDE TROTE, O QUE

TEM GERADOPUNIÇÕES, EM

DIVERSOS NÍVEIS,AOS ACADÊMICOS

VETERANOSENVOLVIDOS.

PRESERVAÇÃO AMBIENTALTendo como princípio a cidadania e a preocupação ambiental, no dia3 de março, a Faculdade de Ciências Biológicas reuniu todos os alunos ingressantes, os estudantes integrantes do PET Biologia eveteranos para o plantio de mudas nativas em área de preservaçãolocalizada no Campus II da PUC-Campinas. A atividade ocorreu em dois horários distintos (das 11h às 12h30 e das 19h20 às 20h30).Cerca de 115 plantas foram utilizadas na ação. Para o calouroEduardo Ciasca, preservação ambiental sempre foi um assuntoimportante. “Atualmente, é fundamental que todos atuem de alguma maneira a favor da ecologia”, opinou. A ingressanteGabrielli Tesolin resumiu, de maneira bem-humorada, essa iniciativa. “É melhor do que sair me pintando por aí”, comemorou.

D

SOLIDARIEDADE

8 a 21 de março/2010Jornal da PUC-Campinas 7

Henderson Arsê[email protected]

AÇÃO SOLIDÁRIA TRAZ MELHORIASPARA ESCOLA ESTADUAL

Fotos: Ricardo Lima

Page 8: Jornal da PUC-Campinas_edição 100

urante o primeiro semestre de 2009,entrou em vigor como projeto expe-

rimental o Programa de Apoio à Aprendizagem(PROAP): oficinas aplicadas pelas Faculdades deLetras, Matemática e Ciências Biológicas. Essas ofi-cinas foram destinadas a quaisquer alunos que tives-sem dificuldades em conceitos nessas áreas. Deacordo com o pró-reitor de Graduação, GermanoRigacci Júnior, o programa permite um aprendiza-do mútuo entre o aluno apoiador e o ingressante.“O aluno desenvolve uma autonomia intelectual quelhe permite acompanhar a proposta pedagógica daFaculdade e o aluno apoiador pode se aproximardas atividades de licenciatura desenvolvidas dentroda sala de aula”, explicou o pró-reitor.

A iniciativa, coordenada pela Pró-Reitoria deGraduação da Universidade, foi bem recebidapelos estudantes. “A atividade despertou o meuinteresse em seguir a carreira acadêmica, já queconsegui atuar na prática dentro de uma salade aula”, contou a aluna Janaína Possatti, doquarto ano da Faculdade de Letras. Ela disseque ministrou conceitos de Língua Portugue-sa a alunos de faculdades, como: Jornalismo,Direito e Filosofia. “Os alunos participantes dis-seram que gostaram do programa e gostariam departicipar de outras oficinas”, relatou.

“O objetivo do programa é atuar tanto no aco-lhimento das necessidades dos calouros quantocolaborar na formação e no desenvolvimento dosfuturos docentes”, definiu a professora Damaris

Puga de Moraes, da Coordenadoria Especialde Licenciatura (CELI), órgão vinculado àpró-reitoria de Graduação e gestora doPROAP. Ela contou que o programa surgiucomo projeto-piloto, em 2009, e ofereceu 23

turmas com conteúdos de Ciências Biológicas,Matemática e Língua Portuguesa. Cada turma

contou com 10 alunos participantes e 1 alunoapoiador, responsável por aplicar a oficina. Osconteúdos foram aplicados com estratégias deaprendizagem diferenciadas do comum, para quea absorção dos conceitos pelo aluno participan-

te ocorresse de maneira prática e dinâmica. Para o ano de 2010, o calendário com as novas

oficinas do PROAP já está pronto. Os interes-sados poderão se inscrever pelo site www.puc-campinas.edu.br/aluno. O projeto passará poravaliação dos resultados para, num momentoposterior, ser definida a ampliação de conteúdosoferecidos e turmas criadas. “Queremos inicial-mente saber o quanto o PROAP colaborou parao estímulo dos alunos em aprender e a reduçãoda evasão dentro da sala de aula”, informou acoordenadora.

Em homenagem ao Dia do Bibliotecário, comemorado no dia12 de março, a Faculdade de Biblioteconomia da PUC-Campinas,realiza, no dia 10 de março, a partir das 19h30, na sala 800 no pré-dio H-01, a palestra “Bibliotecários: novas alternativas do merca-do de trabalho”. O evento tem o objetivo de divulgar e discutir osnovos campos de atuação para os profissionais da bibliotecono-mia. A palestra será ministrada pela gestora de informação daPrefeitura Municipal de Campinas, Beatriz Affonseca e da ouvi-dora da Unicamp Adriana Eugenio Alvim Barreiro. As duas pro-fissionais apresentarão suas experiências, procurando demonstrara potencialidade da área de Biblioteconomia e a sua aplicabilidadea contextos variados de informação.

Atualmente, o profissional pode atuar nas atividades clássicasem bibliotecas e centros de documentação, nas recentes Unidadesde Informação Digitais e nas diversas esferas organizacionais, comoindústria, governo e terceiro setor, para facilitar o acesso à infor-mação. De acordo com a diretora da Faculdade de Biblioteconomia,

Mariângela Pisoni Zanaga, o evento serve de estímulo para o estu-dante. “Contato com a atuação variada de profissionais no merca-do de trabalho da área de informação, servindo de estímulo e defonte de ideias para o planejamento da carreira”, explicou a dire-tora.

Formação com qualidadeA Faculdade de Biblioteconomia da PUC-Campinas tem 65 anos

de existência e forma um bibliotecário com perfil generalista, aten-dendo ao proposto nas Diretrizes Curriculares do Ministério daEducação (MEC) para os cursos de Biblioteconomia, o que o pos-sibilita a atuar numa gama variada de serviços de informação. Ocurrículo da Faculdade apresenta além das disciplinas do núcleo bási-co da área, outras que abordam o papel do bibliotecário na socie-dade, a leitura enquanto fonte de informação, as tecnologias deinformação e de comunicação. Além disso, a Faculdade se preo-cupa em debater os principais problemas relacionados à informa-ção na sociedade atual, procurando refletir sobre a atuação e o papeldo futuro profissional bibliotecário.

Até 17 de março,estão abertas asinscrições para asnovas oficinas doPROAP 2010. Asaulas ocorrerão noperíodo de 20 de março a 23 de abril,nos períodos pré-aula (17h às19h20) e pós-aula(11h30 às 12h20) eaos sábados(das 8h às 12h). As oficinas de Biologia abordarãoconceitos de biologia molecular,citologia e genética; as deLíngua Portuguesatratarão da escrita eleitura naUniversidade; e asde Matemática falarão detrigonometria e álgebra.

8 a 21 de março/2010 Jornal da PUC-Campinas

Alunos ingressantes nos diversos cursos da Universidade podem participar do Programa deApoio à Aprendizagem

Palestra emhomenagem aoprofissional daBiblioteconomiadiscutirá aimportância do bibliotecáriona sociedade eos novos campos de atuação, comonas unidades de informaçãodigital

Alunos de diferentes cursospodem participar

(acima); o PROAP é coordenado

pela professoraDamaris Puga

de Moraes (ao lado)

CALENDÁRIO DO PROAP2010

Programa de Apoio àAPRENDIZAGEM

Faculdade comemora dia do Bibliotecário

DAdriana Furtado

[email protected]

Henderson Arsênio [email protected]

Ana Paula Moreira [email protected]

8

REFORÇO

Fotos: Ricardo Lima

O Programa de Apoio à

Aprendizagem (PROAP) tem por

objetivo atender às necessidades nas

áreas de Matemática, Língua Portuguesa e Biologia de alunos ingressantes nos

diversos cursos daUniversidade.

Page 9: Jornal da PUC-Campinas_edição 100

“Para que o prazer pela leitura aconteça é necessário que asescolas comecem cedo a dar opções às crianças. Em vez deimpor um determinado autor ou gênero literário as escolas devemmostrar, já na educação infantil, as várias opções para que a criançafaça sua escolha e fique disponível à leitura. O contato e o gostopelo livro favorecem a construção do hábito. Quando o jovemcresce e chega à universidade, o gosto pela leitura já está instalado.Cabe, então, à universidade, criar o hábito da exploração do textocientífico e essa tarefa não pode ser apenas do professor, mas detodo o curso. A família também é responsável, se a criança vê ospais lendo, ela estará mais favorável a ler textos escritos. Quem seabre à leitura e a outras atividades culturais tem a oportunidadede autoconhecer-se e melhorar suas relações interpessoais eprofissionais”.

Fotos: Ricardo Lima

SUSY MARY NUNES DE OLIVEIRA PREGNOLATTO,professora da Faculdade de Educação

“O contato com editoras me mostrouque o brasileiro continua lendo pouco,assim como boa parte da população tembaixo interesse pela vida cultural. Essasituação só mudará quando houver inves-timento na formação da criança. Acreditoque, enquanto não houver na base o des-pertar da paixão, não há o que ser feito.Além da falta de hábito da literatura, osjovens leem muito na Internet. Não soucontra a internet, que é uma excelente fer-ramenta de pesquisa, mas ela não podefazer muito pela literatura. A leitura sem-pre foi e será a porta de entrada do mun-do. Quem lê tem a cabeça mais aberta”.

MARÇAL AQUINO,ex-aluno, jornalista, escritor e roteirista da série de TV “Força Tarefa” e de cinema

“A única forma de mudar hábitos dequalquer natureza é por meio da educaçãoe para isso deve-se usar quaisquer meios,da escola à TV, passando por internet enovas mídias. Faço uma crítica ao ensinomoderno de que educação virou sinônimode entretenimento, ou seja, é preciso daràs crianças o signo da brincadeira para queela goste de aprender. Aprender, em geral,não é uma brincadeira. Quando se quercomprar uma roupa ou um perfume outênis não se mede esforço, mas quando vaigastar com livro, não. O preço de ingressode teatro ou cinema sempre é alto.Quantas pessoas frequentam a biblioteca?Os livros estão lá e são de graça. Há muitagente com dinheiro e sem vontade algumade ler. E aí voltamos ao princípio: a daausência de uma educação efetiva ou daeducação tratada como entretenimento.”

JOÃO NUNES,jornalista e crítico de cinema

“O desinteresse dos jovens pela leitura reflete a crise vivida pelossetores da educação e cultura. Com exceção dos grandes eventoscom artistas internacionais e superproduções, a situação é muito crí-tica no Brasil. No caso do cinema, por ser mais barato, há uma fre-quência aparentemente maior. Com raras exceções, os teatros tam-bém estão com públicos cada vez menores e amargando prejuízos,o que faz muitas peças de teatro encerrarem suas temporadas pre-cocemente. Deveriam estimular mais as atividades culturais nasescolas, pensando em resultados a longo prazo. Hoje, dirigentesdas pastas ligadas à cultura e muitas vezes à educação não são daárea e muitas vezes têm total desconhecimento do assunto. As ati-vidades culturais alimentam a alma e a mente.”

RADAMÉS BUENO,produtor e consultor cultural

GALERIA

8 a 21 de março/2010Jornal da PUC-Campinas 9

CULTURA

Responda rápido: qual foi o últimolivro de literatura que você leu? Háquanto tempo não vai ao teatro? Sevocê titubeou para responder, saibaque pesquisas de opinião revelamque o hábito da leitura e a frequênciaa espaços culturais sofrem uma queda entre as opções de cultura elazer de considerável parcela dapopulação brasileira. É possívelreverter essa situação? O Jornal daPUC-Campinas entrevistou acadêmicos e críticos culturais, queopinam de como despertar o interesse por hábitos culturais.

Mudança de HÁBITOA escola e a famíliadevem facilitar o acessodas crianças aos livros e outras atividades culturais. O hábito virácomo consequência,segundo especialistas

LEITURA NO PAPELO estudante Henrique Prada, terceiroanista daFaculdade de Artes Visuais, aprendeu a gostar de literatura na escola e com o pai. Além desse gênero,ele também é leitor voraz de livros técnicos de artes.“Gosto de cinema e assisto semanalmente DVD’s”, declara. Usuário da internet como fonte de consulta,ele não substituiu a leitura de um livro pela telinha docomputador. “Prefiro o papel”, disse. Para o estudante,o hábito da leitura deu-lhe maior consistência no discurso. “Isso é um diferencial nas minhas relaçõessociais e profissionais”, analisou.

LEITURA DIGITALA caloura da Faculdade de Arquitetura e Urbanismo Jessica Ferrari Umeda prefere ler blogs a livros, revistas e jornais. “É mais prático e rápido ler na internet. Meu pai gosta de ler, mas minha mãe não. Sempremorei em Indaiatuba, uma cidade que tempouco acesso à atividades culturais”, justifica-se. A falta de leitura não chega a ser empecilho nos seus relacionamentos. “Na minha turma, a maioria não lê”, disse.

Ciça [email protected]

Divulgação

Page 10: Jornal da PUC-Campinas_edição 100

21 3 4

Jornal da PUC-Campinas8 a 21 de março/2010 10

Cul

tura

das

Ruas

M O OA Cs i

uando se fala em Hip Hop a primeira referênciaé o do ritmo dançante de fenômenos mundiaisda música pop como Beyoncé, Jay-Z, 50 Cents,entre outros. Mas isso é puro show business.Na prática, o Hip Hop deve ser entendidocomo um movimento cultural, cujo significado

está muito mais próximo de “cultura de rua” do que de qualqueroutro sinônimo. Esse movimento nasceu no início dos anos de1970 nos subúrbios nova-iorquinos, onde jovens negros e latinosconviviam com a violência, o racismo e a falta de perspectivas. Arua era o único local de lazer e fazer parte de uma gangue era ummeio de defesa e afirmação social. Um dos moradores dessessubúrbios era o DJ Kool Herc, um migrante jamaicano quelevou para as ruas daquelas periferias as festas tão comuns em seupaís.

Nas festas de rua (Block Parties), os jovens incorporaramnovas formas de se expressar artisticamente com música, dança,poesia e pintura. Nesse contexto, a violência deixou de ser a úni-ca forma de expressão encontrada na rua e, as gangues passaram abatalhar entre si com rimas e passos de dança, e não mais comarmas. Essa era a proposta de Afrika Bambaata, considerado opadrinho dessa cultura, a qual batizou de Hip Hop (sacudir osquadris) em 1979, e idealizador da junção dos quatro elementosque até hoje compõem a cultura: Dança de Rua (Street Dance),Disc Jockey, Mestre de Cerimônias (Master of cerimonies) eGrafite.

No Brasil, o Hip Hop começou a ensaiar os primeiros passosno início dos anos 1980 na cidade de São Paulo e se espalhoupara o resto do país. Em Campinas, já em 1983 as primeiras“batalhas” eram promovidas no Largo do Rosário, mas só nofinal dessa década é que o Hip Hop começou a ser vivenciadopor aqui como movimento sociocultural.

Disc Jockey (DJ) Em suas festas Kool Herc não tocava as músicas inteiras, massó o “break” – a parte da música onde só se ouve a batida instrumental. Como os “breaks” tinham poucos segundos, Hercos ampliou usando dois toca-discos com dois discos iguais, nosquais ia repetindo esses pedaços criando uma batida constantee dançante chamada de Break-Beat, o chamariz para que osBreaker-boys e Break-girls (B.Boys e B.Girls) entrassem nadança com passos elaborados. Então, no Hip Hop, o DJ tem aimportante missão de fazer as bases e colagens rítmicas sobreas quais se articulam a dança e a poesia.

Dança de Rua É o conjunto dos vários estilos de dança quesurgiram nos guetos norte-americanos sendoque os mais conhecidos são o Funk (não confundir com o funk carioca) e Breaking. OFunk é citado por muitos dançarinos como abase da Dança de Rua e seus passos podemser reconhecidos em quase todos os outrosestilos. O pioneiro desse estilo foi o cantorJames Brown que inventou vários passos quese tornaram essenciais para o movimento.

MARCO ANTÔNIO DUTRA DA SILVA, o Tim Dutra, um dospioneiros nas “batalhas” de Breaking em Campinas, desde 1983. Foi só em 1987 que começou a entender o HipHop como um movimento. Hoje dá oficinas de Dança de Rua e Rap. “O objetivo do Rap é levar nossas mensagens às pessoas. E, para que a poesia funcione é preciso ser verdadeiro e falar de suas próprias experiências”, avaliou.

GLÁUCIA FERNANDA DE OLIVEIRA (no centro) trocou o balé clássico pela dança de rua, que pratica desde os 14 anos. NaFaculdade de Educação Física apresentou a dança para as ex-alunas do mesmo curso Yacari Karla Pukaleski (à esquerda) eGlenda Taysa Neris Godoy (à direita). Além de viver profissionalmente da dança, as três já viajaram para Argentina, Alemanha e, em junho, representam o Brasil e um campeonato mundial, na cidade de Las Vegas (EUA). “O Hip Hop, hoje, é omaior movimento cultural envolvendo jovens no mundo”, acredita Gláucia .

O aluno do 4º ano de Artes Visuais, HÉLIO DOMINGUES DA LUZ, o Cabelin, descobriu o grafite andando de skate. Hoje seutrabalho, a faculdade e mesmo os projetos futuros têm relação com seus grafites, que podem ser vistos em muros deCampinas, São Paulo, Brasília, Belo Horizonte e até no Chile. “A arte do grafite transcendeu o movimento Hip Hop e hojeencontra espaço em lugares impensáveis, como na publicidade, na tevê e mesmo nas galerias de arte”, afirmou.

Mestre de Cerimônias (MC) Também é de responsabilidade de Kool Herc a introdução no Hip Hop do modo de cantar com levadasquase faladas e com rimas bem feitas que deu origemao Rap (rhithm and poetry da sigla em inglês).Conhecida como Toast, essa maneira de cantar também foi trazida pelo DJ da Jamaica. Em suas festas Herc convidava amigos para divertir as pessoascom rimas declamadas em cima dos seus Break-Beats.Esses amigos rimadores eram identificados como mestres de cerimônias, ou MC’s.

Grafite Nas periferias de Nova Iorque o grafite surgiu como inscrições feitas nosmuros com letras estilizadas e coloridas, usadas pelas gangues para demarcar território. Dos muros, essas letras migraram para os convites da jácitadas festas de rua e sobretudo, para os vagões do metrô, que foi o maioraliado na divulgação dessa nova forma de intervenção urbana: ao pintaremum vagão em determinado bairro, os jovens sabiam que ele passaria portodas as linhas, em todos os cantos da cidade. O grafite chegou ao Brasil nofinal da década de 1970, em São Paulo. Por aqui, os brasileiros deram o seutoque pessoal a essa arte, adicionando desenhos. Hoje, o estilo do grafitebrasileiro é reconhecido entre os melhores do mundo.

Conheça o Hip Hop,

movimento que

representa a cultura

de rua

QDu Paulino

[email protected]

OS QUATRO ELEMENTOS

Fotos: Ricardo Lima