jornal da apaferj 1 novembro 2010

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Page 1: JORNAL DA APAFERJ 1 NOVEMBRO 2010

JORNAL DA APAFERJ 1NOVEMBRO 2010

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JORNAL DA APAFERJ2 NOVEMBRO 2010

Márcio AlemanyPresidente

MENSAGEM DO PRESIDENTE

Quem pensa ou imagina que aAPAFERJ é uma Associação deâmbito regional é porque dela nãopôde ainda participar. Lá se vãotrinta anos que o Wagner Cavalcantidesfilou com a Bandeira do Brasil nosombros pelas ruas do Rio, cercadode alguns outros idealistas, já emnúmero expressivo, que queriamcriar, como criaram, a nossaAPAFERJ. Isto aconteceu pelos idosde 1981 e deu-se reinício a ummovimento havido, também, emnossa Cidade, logo após à criaçãodas autarquias e das fundaçõespúblicas, nos primórdios dos anos30, conforme sempre nos conta oRicardo Buarque Franco Neto, onosso Decano e Secretário-Geral daANPAF, em seu vivo testemunho. Acriação da APAFERJ robusteceu osideais das lideranças da época, queera preciso manter, não apenas maisum movimento, mas sim umaorganização em prol da AdvocaciaPública e de sua Corporação. Não

foi nada fácil. Como tudo que se inicia,a luta teve seu começo com todas asdificuldades esperadas. Não havialugar disponível para as reuniões dogrupo, nem dinheiro e muito menos umtelefone sequer para convocações, quese davam boca a boca e, por vezesboca-ouvidos, dentro das repartições.Nada de clandestino. Mas dava-seinício a um fato novo que passava adespertar os governantes e exibir odesejo de melhor acerto para aconstrução de uma Advocacia Públicaque pudesse, de forma augusta, bemrepresentar os interesses do Estado eda Cidadania. Todo o arcabouçojurídico para atendimento de umaproposta que vitalizasse essa ação foiperseguido pela nossa APAFERJ. Oacompanhamento da feitura de todalegislação, todos os atos normativos,as discussões temáticas de interesse,a montagem desses textos, emseguidas reuniões no Legislativo e noExecutivo, tiveram a participação daAPAFERJ. Foi ela pioneira eincansável em todos esses cuidados epor essa relevante razão tornou-se a

Entidade Mater da Advocacia Públicaem nosso País. Nossos Fundadores,os Associados que os sucederam e,os novos que chegam para cerrar nasmesmas fileiras, têm muito orgulho deprosseguir nesse mesmo propósito deluta para o fortalecimento da nossaAdvocacia Pública. Continuamos. Nosprimórdios, construímos uma trincheirae, em 1997, o Presidente HugoFernandes, com seu descortino,comprou e montou nossa sedeprópria. Temos hoje uma fortaleza, aCasa do Procurador Federal, querecebe em seus quadros todos osAdvogados Públicos. Estivemossempre presentes, de mãos dadas coma ANPAF, nos episódios para aconquista definitiva de nossa carreirae de nossos subsídios. Participamosdas greves de 2004 e de 2006;promovemos as passeatas do Rio deJaneiro e, em Brasília, paramos o Brasile avançamos na melhoria de nossaspropostas. Nos episódios de quandotentaram barrar a criação dasCarreiras, em face do advento daMedida Provisória 2.048, de

29.6.2000, lá esteve a nossaAPAFERJ, cuidando nos ForosFederais, aqui no Rio de Janeiro, emSão Paulo e em Porto Alegre doacompanhamento das duas AçõesCivis Públicas e da Ação Popularque nos endereçaram. Em qualquerevento ou fato que nos tire atranqüilidade, seja em qualquerEstado da Federação, lá estamosdispostos a reverter qualquermalefício. Nossa sede históricapermanece no Rio de Janeiro, masnossa atuação tem tido caráternacional. Nossa inclusão eparticipação no Forum Nacional daAdvocacia Pública Federal não foimera homenagem por tudo querepresentamos e que pudemosrealizar, mas sim porque nossaatuação tem sido Nacional. Ondehouver interesse que alcance nossaAdvocacia Pública, lá estaremos,sempre a postos vigilantes e atuantespara a melhor defesa da nossaAdvocacia Pública. A nossaAPAFERJ é Nacional.

APAFERJ Nacional

A Advocacia-Geral da União (AGU)evitou, na Justiça, o pagamento indevidode mais de R$ 16 milhões em reajustesupostamente devido a servidores daFundação Nacional de Saúde (Funasa).O Sindicato dos Servidores PúblicosFederais no Maranhão (SINDSEP/MA)ajuizou ação contra a Funasa requerendoequiparação salarial desde o ano de1987 até hoje, para 32 funcionários daextinta Superintendência de Campanhade Saúde Pública (Sucam). Se fosseautorizada, a atualização custariaexatamente R$ 16.184.584,55 aos

cofres públicos.Com a extinção da Sucam, a folha

de pagamento dos servidores passoupara a responsabilidade da Funasa. Osindicado da categoria pediu aequiparação dos vencimentos com baseno Plano Bresser, que foi uma das setemedidas emergenciais criadas na décadade 80 para conter a hiperinflação e adívida externa.

Entretanto, a Procuradoria Federaldo Estado do Maranhão (PF/MA)contestou os argumentos de direitoadquirido ao reajuste, apresentados

pelo Sindicado. Os procuradoressustentaram que não existe direitoadquirido aos reajustes salariaisdecorrentes do Plano Bresser. Antesde o plano ser aplicado, em junho de1987, entrou em vigor o Decreto-Leinº 2.335, que alterou o sistema dereajuste ao instituir a chamada URP -Unidade de Reparação de Preços. AURP determinava novos cálculos parao reajuste salarial de servidorespúblicos, desconsiderados peloSindicato ao propor as 32 execuçõestrabalhistas.

Segundo a PF/MA, os cálculosapresentados têm como base ossalários dos servidores no ano de1998, e não de 1987, como deveriaser. Além disso, a Procuradoria afirmaque o assunto já foi amplamentedebatido no Supremo Tribunal Federal(STF) em inúmeros casos semelhantes,resultando na Súmula do STF nº 671.

O juízo da 1ª Vara do Trabalho deSão Luís/MA acolheu os argumentosda AGU e decidiu pela extinção dos32 processos de execução trabalhistamovidos contra a Funasa.

Procuradoria evita pagamento indevido de mais de R$ 16milhões em ação envolvendo reajuste de servidores da Funasa

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JORNAL DA APAFERJ 3NOVEMBRO 2010

O Plenário do SupremoTribunal Federal (STF) reco-nheceu que o pedido de ex-tensão do índice de reajuste de28,86% aos servidores civis etambém aos servidores milita-res que receberam percentuaisinferiores em decorrência dasLeis nº 8.622/93 nº 8.627/93é tema com repercussão geral.Na sessão desta tarde, o mi-nistro Gilmar Mendes subme-teu aos demais ministrosQuestão de Ordem no Recur-so Extraordinário (RE584313) a respeito da possi-bilidade de aplicação da re-percussão geral nas hipótesesem que a Corte já tenha fir-mado entendimento sobre otema em debate.

É exatamente o caso dopedido de extensão das dife-renças do percentual de28,86%. De acordo com ju-risprudência pacífica do STF,o reajuste concedido apenasàs graduações superiores dasForças Armadas deve serestendido aos demais militares,já que se trata de revisão geraldos servidores públicos. Masos reajustes já concedidosdevem ser compensados e opercentual devido ficará li-mitado à data em que entrouem vigor a Medida Provisória2.131 (28 de dezembro de2000), que reestruturou as

carreiras e a remuneração dosservidores militares.

A repercussão geral foi re-conhecida no Recurso Ex-traordinário (RE) 584313, noqual a União contestou de-cisão do Tribunal RegionalFederal da 2ª Região (comsede no Rio de Janeiro), quegarantiu a concessão do rea-juste de 28,86% a um militarda Marinha, exatamente nostermos da jurisprudência doSTF. A Advocacia Geral daUnião (AGU) sustentou que adecisão do TRF-2 teriaviolado os artigos 5º e 37,inciso X, da ConstituiçãoFederal, acrescentando que“em momento algum as Leisnº 8.622/93 e nº 8.627/93declinaram o reajuste de28,86% como sendo devidoa qualquer categoria”. A AGUacrescentou que, em caso deentendimento diverso, oreferido percentual deveria tercomo limite temporal a MP2.131/2000.

O ministro Gilmar Mendeslembrou que, inicialmente, oSupremo Tribunal Federalestendeu o reajuste de28,86% aos servidores pú-blicos civis com base no prin-cípio da isonomia, mas depoisconstatou que os militares depatente inferior não haviamsido contemplados com o

mesmo percentual concedidosaos militares mais graduados,o que levou a Corte a re-conhecer o direito. Essa si-tuação gerou uma avalanchede ações judiciais cobrando adiferença. Com o reconheci-mento da repercussão geral daquestão, a jurisprudência doSTF deverá ser aplicada a to-dos os processos sobre o te-ma.

“No que concerne ao pro-cedimento aplicável aos casosem que já existe jurisprudênciapacificada, o Plenário daCorte entendeu que as ma-térias já sucessivamente en-frentadas por este Tribunalpodem ser trazidas em questãode ordem para que se afirme,de forma objetiva e para cadauma, a aplicabilidade do re-gime de repercussão geralsempre que presente a rele-vância sobre os aspectos le-gais. Desta forma, o Tribunaldefiniu mecanismo próprioque permite aos tribunais, tur-mas recursais e de uniformi-zação adotar os procedimen-tos relacionados à repercussãogeral, como a retratação dasdecisões em contrariedade àjurisprudência desta Corte e adeclaração de prejuízo dosrecursos que atacam decisõesconformes”, explicou oministro Gilmar Mendes.

A Advocacia-Geral daUnião (AGU) conseguiu e-vitar que o Hospital Univer-sitário de Brasília (HUB),administrado pela Univer-sidade de Brasília, fossecondenado a indenizar umapaciente que se submeteu acirurgia de mastectomia(retirada da mama). Ela ale-gou ter sofrido danos moraispor causa deste procedi-mento, mas a Justiça Fe-deral de Brasília concordoucom os argumentos da Ad-vocacia-Geral no sentido deque o pagamento de qual-quer indenização no caso, éindevido.

Com diagnóstico de cân-cer de mama, a pacienteteve que se submeter à ci-rurgia para retirada do seiono HUB. Passada a cirur-gia, sustentou em Juízo quesofreu danos morais em ra-zão de não ter sido infor-mada pelos médicos quepassaria por tal procedi-mento. Ela também afirmouque houve descaso doHUB, por não ter sido rea-lizada cirurgia de recons-trução da mama, razão pelaqual solicitou indenização daUnião.

Em defesa do HUB, aProcuradoria-Regional Fe-deral da 1ª Região (PRF1)

e a Procuradoria Federaljunto à Fundação Univer-sidade de Brasília (PF/FUB)defenderam que a pacientefoi plenamente cientificadaem relação aos procedi-mentos para a realização dacirurgia, bem como demons-trada que essa era a únicaforma de salvar a sua vida.

As procuradorias afir-maram, também, que sobrea alegação de descaso doHUB em relação à cirurgiade reconstrução, foi com-provado que a paciente nãocompareceu às consultasmarcadas, tendo abando-nado o procedimento que lhefoi fornecido pelo Hospital.Assim, ela própria foi a únicaresponsável pela não rea-lização da cirurgia.

A 23ª Vara Federal doJuizado Especial Cível daSeção Judiciária do DistritoFederal acolheu os argu-mentos dos procuradoresfederais e julgou improce-dente o pedido. O Juízo con-signou na sentença que écompreensível a tristezasofrida pela paciente após acirurgia de extração damama. Contudo, os referi-dos danos não foram cau-sados por ato médico, e sim,em decorrência do trata-mento de câncer.

STF reconhece repercussão geralem reajuste de servidores civis

e militares de baixa patente

Negada indenização a paciente quealegou não ter sido informada sobre

cirurgia de retirada de mama no HUB

Por unanimidade dosvotos, os ministros do Su-premo Tribunal Federal (STF)declararam inconstitucionaldispositivo que regula aaplicação da medida desuspensão preventiva aoservidor da Polícia Civil de

Minas Gerais que tiver denúnciarecebida pelo Poder Judiciárioem razão de determinadosdelitos. A questão foi levada ajulgamento nesta quarta-feira(13) pelo relator, ministro AyresBritto, que considerou proce-dente a Ação Direta de In-

constitucionalidade (ADI)3288, ajuizada pela Associaçãodos Delegados de Polícia doBrasil (Adepol) contra o artigo51 da Lei 15301/04, do estadode Minas Gerais.

Tal artigo prevê a mesmamedida para aqueles servidores

da Polícia Civil que venham aresponder processo pela práticade crime hediondo, tortura,tráfico de entorpecentes edrogas afins, terrorismo, crimecontra o sistema financeiro oude lavagem ou ocultação debens, direitos e valores, extorsão

ou corrupção ativa ou passiva.A associação argumenta

que o dispositivo legal questio-nado viola o artigo 5º, caput,incisos LIV, LV e LVII, e pa-rágrafo 2º, bem como o artigo25 e o inciso I, do artigo 63,todos da Constituição Federal.

Supremo julga procedente ADI sobre suspensão de servidores da Polícia Civil de MG

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JORNAL DA APAFERJ4 NOVEMBRO 2010

O Natal é uma data em quecomemoramos o nascimento deJesus Cristo. Na antiguidade, o Natalera comemorado em várias datasdiferentes, pois não se sabia comexatidão a data do nascimento deJesus. Foi somente no século IV queo 25 de dezembro foi estabelecidocomo data oficial de comemoração.Na Roma Antiga, o 25 de dezembroera a data em que os romanoscomemoravam o início do inverno.Portanto, acredita-se que haja umarelação deste fato com a oficializaçãoda comemoração do Natal.

As antigas comemorações deNatal costumavam durar até 12 dias,pois este foi o tempo que levou paraos três reis Magos chegarem até acidade de Belém e entregarem ospresentes (ouro, mirra e incenso) aomenino Jesus. Atualmente, aspessoas costumam montar asárvores e outras decoraçõesnatalinas no começo de dezembro edesmontá-las até 12 dias após oNatal.

Do ponto de vista cronológico, oNatal é uma data de grandeimportância para o Ocidente, poismarca o ano 1 da nossa História.

A Árvore de Natal e o Presépio

Em quase todos os países domundo, as pessoas montam árvoresde Natal para decorar casas e outrosambientes. Em conjunto com asdecorações natalinas, as árvoresproporcionam um clima especialneste período.

Acredita-se que esta tradiçãocomeçou em 1530, na Alemanha,com Martinho Lutero. Certa noite,

enquanto caminhavapela floresta, Luteroficou impressionado

com a beleza dosp i n h e i r o scobertos deneve. Asestrelas docéu ajudarama compor a

imagem que Lutero reproduziu comgalhos de árvore em sua casa. Alémdas estrelas, algodão e outrosenfeites, ele utilizou velas acesas paramostrar aos seus familiares a belacena que havia presenciado nafloresta.

Esta tradição foi trazida para ocontinente americano por algunsalemães, que vieram morar naAmérica durante o período colonial.No Brasil, país de maioria cristã, asárvores de Natal estão presentes emdiversos lugares, pois, além dedecorar, simbolizam alegria, paz eesperança.

O presépio também representauma importante decoração natalina.Ele mostra o cenário do nascimentode Jesus, ou seja, uma manjedoura,os animais, os reis Magos e os paisdo menino. Esta tradição de montarpresépios teve início com SãoFrancisco de Assis, no século XIII.As músicas de Natal também fazemparte desta linda festa.

O Papai Noel: origem e tradição Estudiosos afirmam que a figura

do bom velhinho foi inspirada numbispo chamado Nicolau, que nasceuna Turquia em 280 d.C. O bispo,homem de bom coração, costumavaajudar as pessoas pobres, deixandosaquinhos com moedas próximas àschaminés das casas.

Foi transformado em santo (SãoNicolau) pela Igreja Católica, apósvárias pessoas relatarem milagresatribuídos a ele.

A associação da imagem de SãoNicolau ao Natal aconteceu na

Origem do Natal e o significado da comemoração

Alemanha e espalhou-se pelo mundoem pouco tempo. Nos EstadosUnidos, ganhou o nome de SantaClaus, no Brasil de Papai Noel e emPortugal de Pai Natal.

A roupa do PapaiNoel

Até o final doséculo XIX, oPapai Noel erar ep re sen tadocom uma roupade inverno na cormarrom ou verdeescura. Em 1886, ocartunista alemãoThomas Nast criouuma nova imagem parao bom velhinho. Aroupa nas cores vermelha e branca,com cinto preto, criada por Nast foiapresentada na revista Harper’sWeeklys neste mesmo ano.

Em 1931, uma campanhapublicitária da Coca-Cola mostrouo Papai Noel com o mesmo figurinocriado por Nast, que também eramas cores do refrigerante. A campanhapublicitária fez um grande sucesso,ajudando a espalhar a nova imagemdo Papai Noel pelo mundo.

Embora tradicionalmente seja umferiado cristão, o Natal é amplamentecomemorado por muitos não-cristãos,sendo que alguns de seus costumespopulares e temas comemorativos têmorigens pré-cristãs ou seculares.Costumes populares modernos típicosdo feriado incluem a troca de presentese cartões, a Ceia de Natal, músicasnatalinas, festas de igreja, uma refeição

Curiosidade:O nome do Papai Noel

em outros países

Alemanha (Weihnachtsmann, O“Homem do Natal”), Argentina,Espanha, Colômbia, Paraguai eUruguai (Papá Noel), Chile(Viejito Pascuero), Dinamarca(Julemanden), França (PèreNoël), Itália (Babbo Natale),México (Santa Claus), Holanda(Kerstman, “Homem do Natal),P o r t u g a l (Pai Natal), In-

glaterra (FatherC h r i s t m a s ) ,S u é c i a

(Jultomte), Esta-dos Unidos (Santa

Claus), Rússia (DedMoroz).

especial e a exibição dedecorações diferentes;incluindo as árvores deNatal, pisca-piscas eguirlandas, visco, presépiose ilex. Além disso, o Papai

Noel é uma figura mitológica popularem muitos países, associada com ospresentes para crianças.

Como a troca de presentes emuitos outros aspectos da festa deNatal envolvem um aumento daatividade econômica entre cristãos enão cristãos, a festa tornou-se umacontecimento significativo e umperíodo chave de vendas para osvarejistas e para as empresas. Oimpacto econômico do Natal é umfator que tem crescido de formaconstante ao longo dos últimos séculosem muitas regiõesdo mundo.

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JORNAL DA APAFERJ 5NOVEMBRO 2010

Allan SoaresP r o c u r a d o rFederal

=I=

Cada vez que se fala na criaçãode leis equivocadas, de propósitosdiversos aos que aparentemente sedestinam, penso como seria simplesa pura e efetiva aplicação das leisvigentes para a quase totalidade dosproblemas a serem solucionados.Isso não acontece porquegovernantes não atuam nessesentido ou porque o habitual ésomente o cumprimento dedispositivos quando a infringência émuito onerosa ou não pode sercontornada.

Mas existem leis que somentepodem ser atribuídas à momentâneainsensatez ou ao pouco preparo dosrespectivos legisladores. Há, noCanadá, dispositivo legal vedandoa retirada de curativos em localpúblico; em Chicago, é proibidocomer em locais que estejampegando fogo, enquanto noTennessee, é punido, comseveridade, quem caçar passarinhos

em avião. Já, em Ohio, proíbe-seembriagar peixes e, em Kentucky, asabelhas precisam ter atestado desaúde.

Por sua vez, a sóbria Suíça tem leimultando, exemplarmente, quem querque deixe as chaves ao volante, semtravar as portas. A bela Itália não ficouatrás: é proibido usar tamancos emCapri e Positano, esmolar em Venezae Assis ou construir castelos de areianas bonitas praias de Eraclea.

Mas tratando-se de imaginaçãocriadora, não iria o Brasil curvar-seaos estrangeiros e vem dandoapreciável contribuição. Felizmentenão chegaram a ter existência legal ouforam consideradas inconstitucionaisleis proibindo a chuva para impedirenchentes, o uso de fraldas em cavalose burros para que não sujassem as ruas(Juiz de Fora), a criação de abrigosnucleares no Piauí e o impedimento deque a população morresse, em Biritiba-Mirim. Já há, também, recentesprojetos para tornar obrigatório oensino do jogo de xadrez e do estudoda cultura cigana.

Insinua-se, ainda, que, mesmo comas promessas de diminuição da cargatributária, poderia haver o retorno detaxação similar à anterior CPMF.(Note-se que, com o fim destacontribuição, foi majorado o Impostosobre Operações Financeiras (IOF),para os mesmos 0,38% da CPMF).Além disso, haverá aumento da

tributação, com o fim, no próximo ano,da correção da Tabela do Imposto deRenda da Pessoa Física.

Agora, eminente e digno Senadorda República, que se notabilizou pelafirme defesa da Educação, propôs quese acrescente à Constituição Federal,na parte dos Direitos Sociais, “a buscada felicidade”. Com o devido respeito,esse acréscimo em nada altera oimportante conteúdo do texto original,que assegura a educação, a saúde, aproteção à maternidade etc, sendotodos esses direitos desatendidosdesde a promulgação da Constituiçãode 1988 até esta data.

A chamada PEC DAFELICIDADE, já aprovada pelaComissão de Constituição, Justiça eCidadania do Senado, seguirá, agora,para a votação em plenário e, porcerto, será aprovada. Em que sealterarão a educação, a saúde ou osinsubstituíveis direitos ao bem-estar eà justiça? Eles são, na verdade, algunspré-requisitos à tão longínqua ealmejada felicidade, que nem Freud, oinvestigador sistemático doinconsciente, conseguiu definir.

=II=

Às vésperas do fim deste Governo,prepara-se um projeto de lei, cujostermos teriam sido aprovados porentidades sociais, com novaregulamentação à mídia e outros

sistemas para concessão deemissoras de rádio e televisão.Embora, por princípio, discorde,integralmente, de qualquer tentativade controle dos meios decomunicação, há de se notar umevidente equívoco: tal matéria, deíndole Constitucional (artigos 5º,220 e 223, da Lei Maior), não podeser alterada por lei ordinária, já queexige emenda constitucional.Portanto, qualquer dispositivo legallhe é hierarquicamente inferior e,assim, enquanto houver uma CorteSuprema independente, seráderrubada, como aconteceu com aLei de Imprensa.

Registre-se, por fim, que maisrelevante que o direito dos meiosde comunicação (rádio, TV einternet), é o direito do cidadão aopleno conhecimento e àmanifestação da mídia, – seja elaqual for, – sem controles deconselhos, organizações civis ouquaisquer outros meios restritivos.

É por causa da liberdade damídia que muitos políticos eburocratas ganham tristenotoriedade ou merecidoreconhecimento.

Desejo aos Colegas e Famíliaum Feliz Natal e que, juntos,possamos lutar por um Feliz AnoNovo.

L E I S

“Toda ciência seria supérflua sea aparência e a essência dascoisas se confundissem.”

(Karl Marx, O Capital, V. III)

O Supremo Tribunal Federal (STF)revogou três artigos da Resolução nº427, de abril deste ano, que trata doprocesso eletrônico na Corte, paraadaptá-la à nova Lei do Agravo (Leinº 12.322/2010). A nova legislaçãoalterou dispositivos do Código deProcesso Civil (CPC) e estabeleceu

que o agravo não será maisprotocolado separadamente da açãoprincipal. Agora, esse recurso seráapresentado nos autos já existentes,sem a necessidade de se fazer cópiasde todo o processo, como era noantigo agravo de instrumento.

Os dispositivos revogados (artigo

21, 22 e 23 da Resolução nº 427)dispunham que os agravos deinstrumento somente poderiam serremetidos ao STF de forma eletrônica,por meio da página da internet dostribunais de origem. A medidacomeçaria a valer a partir de hoje (1º),mas a Lei 12.355 tornou essa exigência

desnecessária. A nova lei do agravofoi saudada pelo presidente do STF,ministro Cezar Peluso, como uma dasmais importantes alteraçõesprocessuais dos últimos tempos. Oministro participou da solenidade desanção da lei no Palácio do Planalto,realizada em setembro.

STF adapta resolução sobreprocesso eletrônico à nova Lei do Agravo

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JORNAL DA APAFERJ6 NOVEMBRO 2010

Qual o papel da Advoca-cia Geral da União (AGU)no processo de garantiado controle público noPaís?

Primeiro, quando houvercontrovérsias, apresentar aoJudiciário os elementos queorientam e sustentam a po-sição da administração pú-blica. Muitas vezes há umjuízo precipitado dos atosgovernamentais. Veja o casodo Enem: mal amanheceu odia seguinte com as notíciasdas falhas operacionais queocorreram, vários órgãos,como a Defensoria Públicae a OAB, saíram, precipita-damente, a emitir opiniões esugestões sem conhecer ofundamento da situação e asolução que a administraçãotinha para ela. No momentoem que foram apresentadosao tribunal, isso foi compre-endido, acatado e mantido.A AGU tem o papel de via-bilizar a interlocução comoJudiciário. Em outra linha,ela resolve também interna-mente conflitos comuns àprópria administração, pro-vocados por divergências deopiniões. A AGU entra comoagente contemporizador eaté solucionador do conflito,criando o entendimento paraas soluções governamentaise dando segurança jurídicapara que as decisões do Es-tado sejam sustentadas.

Qual a avaliação que osenhor faz da atuação daAGU nos últimos oito anose quais as metas que eladeve perseguir paragarantir o controle públicoeficiente?

O controle público é umelemento importante para agestão. O controle públicotem que ser desenvolvidocomo elemento de produçãode estabilidade e segurança.

Evidentemente, existe afaceta importante, que é ocontrole da corrupção e dodesvio, mas esse não é oúnico elemento de controle.Deve-se buscar maior efi-ciência, maior uniformidadee maior efetividade da açãogovernamental.

Este foco tem que serproduzido de maneira agarantir que o gestor possaagir com segurança. Omodelo de controle quetemos hoje gera uma grandeinsegurança nos processosde administração pública.

O gestor é inseguro emrelação às decisões que devetomar. De um lado, é co-brado por resultados, mas olado instrumental é apre-endido de maneira muitocaótica. Vou dar um exemplodisso. Os Correios abriramconcurso público no qual ummilhão de pessoas se inscre-veram. Já em andamento, oMinistério Público Federal

entrou com ação civil pe-dindo seu encerramento,argumentando que a em-presa organizadora deveriater sido contratada por li-citação. Ora, órgãos do pró-prio Judiciário realizaramconcurso com dispensa delicitação, pois há uma auto-rização legal para isso. Entãoé errático esse tipo de pro-cedimento, porque o resul-tado é criar em relação a ummilhão de candidatos umagrande ansiedade e frustra-ção por uma ação para a qualnão há um padrão.

Nós temos de buscar pa-drões de legalidade que ori-entem toda a administração efaçam com que o adminis-trador não se sinta inseguro.

De que forma isso podeser feito?

O agente público não po-de estar sujeito a um pro-cesso de decisão em que,mesmo buscando hoje todosos instrumentos de seguran-ça, possa, daí a alguns anos,por conta do entendimentotomado até por um técnico,viver um processo de pena-lização pessoal, muitas vezesaté brutal, com ressarcimentode milhões, multas, que sãoaplicadas em cima de juízosde conformidade que a leiautoriza.

A interpretação da leioferece alternativas de de-cisão para o administrador.

Ele não pode ser penali-zado por escolher uma delas.Não se pode penalizar umadministrador que seguiu umjuízo razoável, que estavalegalmente à sua disposição

naquele momento. Mas nósestamos discutindo modelosde conformidade que sãopassíveis de adoção me-diante um procedimento queleva em conta análises téc-nicas, de razoabilidade,doutrinárias, jurispruden-ciais.

Uma vez feito isso, não épossível alcançar nenhumapenalização ao administrador.

Pode-se, eventualmente,discutir o ato.

Já se caminha nessesentido?

Sim, porque temos ummodelo como o PAC, que éum grande pacote de inves-timentos que tem tensionadocom essa realidade. Natural-mente, não quer atropelar omodelo de controle, mastende a aperfeiçoar e darmais eficiência ao sistema.

Às vezes você não temum hospital instalado, umaárea de terra apropriadapara a desapropriação, umaestrada paralisada porque hádiscussões que emperram oprocesso de construção. Ocontrole é ineficiente tambémquando ele orienta mal ouquando ele toma a decisãode paralisação sem ponderaros prejuízos de uma para-lisação e o que isso acarretado ponto de vista de perdapara a sociedade, para ocrescimento do País, etc.

Como defensora do go-verno e pacificadora de con-flitos internos, a AGU temajudado nesse processo deevoluir com eficiência.

No caso Cesare Battisti, a

Não se faz campanha para o SupremoO advogado-geral da União, Luís

Inácio Adams, esteve em Salvadorpara participar do III CongressoBrasileiro de Controle Público.

AGU apenas defenderá adecisão que o presidentetomar?

No caso Battisti, nãochegamos a ter uma interfe-rência direta, à medida quea decisão do Supremo é re-conhecer no presidente a de-cisão final sobre a extra-dição.

Estamos com a incum-bência de preparar ele-mentos que deem subsídiosà decisão do presidente.

Evidentemente, uma vezque essa decisão seja ques-tionada, defendê-la no tri-bunal, no caso o SupremoTribunal Federal, que é ainstância que julgaria amatéria.

O senhor é mesmo o fa-vorito entre os possíveisocupantes da vaga do mi-nistro Eros Grau, no Su-premo Tribunal Federal(STF)?

Isso a imprensa é que diz(risos). Apesar de a imprensadizer o contrário, esse é umcargo para o qual não se fazcampanha. Essa é uma de-cisão do presidente da Re-pública, e do Senado, deconfirmação ou não. Evi-dentemente, eu tenho vistomeu nome sendo apontadocomo possível indicado.

Isso me deixa muito feliz,até com orgulho. Mas euvejo esse processo comtranquilidade. O que temosmesmo é que esperar peladecisão do presidente Lula,e eu acho que ele vai tomaruma boa decisão.

O senhor tem a simpatia

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JORNAL DA APAFERJ 7NOVEMBRO 2010

de nomes fortes do go-verno. Foi levado para aProcuradoria da Fazendapelo ministro Guido Man-tega e a presidente DilmaRousseff apoiou o seunome para a AGU. Na cor-rida eleitoral, defendeu opresidente Lula nas ques-tões levadas ao TribunalSuperior Eleitoral...

Já desempenhei váriasfunções, desde a época dogoverno Fernando HenriqueCardoso. Tenho uma ex-periência forte. É uma coisaque me deixa feliz, poisforam várias oportunidadesque eu tive e fui alçado, quedecorreram de uma atuaçãoque eu tive em vários mo-mentos, sejam judiciários,sejam administrativos.

Isso tem sido reconhecidoe eu só posso ficar feliz.

O senhor concorda que asua indicação atenderia aum critério mais técnicoque político?

Todos os candidatos queforam citados atendem muitobem a esse critério jurídico,mas tem que ter a dimensãopolítica. Não a políticapartidária, mas a política nosentido mais nobre da pa-lavra. O presidente, ao es-colher, e o Senado, aoaprovar, consideram tambémque esse indicado irá condu-zir as questões de Estado nacorte.

A corte é um tribunal queexerce uma função media-dora no processo de imple-mentação da própria Cons-tituição e faz de uma maneiraque pondera custos e bene-fícios. Ao aprovar um nome,o Senado vai buscar essaavaliação, como o indicado

vai aplicar o conhecimentojurídico nas questões consti-tucionais.

Por isso acho que o juízoque o presidente faz, que oSenado faz, ao aprovar ounão a indicação do ministro,são juízos dessa natureza.

O senhor é filiado ao PTdo Rio Grande do Sul, e oPT de Minas Gerais de-fende o nome de PatrusAnanias para a vagaaberta no STF. Esse tipode debate, na sua opinião,tem algum impacto naescolha do presidente?

Eu fui filiado e militanteaté 1990. Me distanciei esegui uma carreira. Desdeaquela época, não tenhonenhuma ligação direta ouindireta, nenhum nível demilitância. Nas suas indi-cações, o presidente sempreprocurou reunir condiçõesjurídicas, que de fato sãofundamentais para orientaressa decisão.

Há resistência de algunssetores em relação à in-dicação de mais um advo-gado-geral da União parao STF...

Isso faz parte do diálogo.O advogado-geral da União,pela sua condição, natural-mente se coloca numa con-dição de viabilidade parauma indicação. Não querdizer que vai ser indicado.

Eu acho que não se podeé estabelecer essa relaçãoapenas porque o último car-go do indicado foi advogadogeral da União. O tempo deTóffoli como advogadoprivado é muito maior comoexperiência que o tempo delena AGU.

Por que a AGU predomina?Gilmar Mendes foi procu-

rador da República e foiadvogado geral da União pormenos de dois anos. Vocênão pode julgar a indicaçãotomando por trajetória ape-nas o tempo de AGU. É umtempo que, evidentemente,permite que se fique em si-tuação de evidencia, mas ojuízo disso considera se umconjunto de elementos, inclu-sive a atuação maior que es-se agente teve. Então nãovejo nenhuma grande difi-culdade nisso. O fato de seradvogado-geral da Uniãonão merece nem desmerecea indicação. Não é por issoque seria indicado. Se tiverindicação, será por conta daminha trajetória profissional.

Se o presidente Lula in-dicar o senhor, serão noveos ministros do STF indi-cados por ele. Alguém po-deria falar em riscos defalta de independência dainstituição?

De maneira nenhuma.Todas as indicações que opresidente fez agiram comindependência.

As indicações do pre-sidente mostram que o mo-delo funciona, que o modelonão é de domínio do Exe-cutivo sobre o Judiciário.

Pode ser que Lula deixe aindicação a cargo da pre-sidente Dilma. Acredita queLula ou Dilma fará aindicação?

Não sei (risos)...Aí vocêestá perguntando ao LuísInácio errado...

Veículo de Comunicação: A TardeJornalista: Rita Conrado

O Advogado-Geral da

União, ministro Luís Inácio

Lucena Adams, aprovou

parecer da Consultoria Ge-

ral da União que atesta a

constitucionalidade do texto

apresentado pelo deputado

Mauro Benevides (PMDB/

MG), relator da Proposta

de Emenda Constitucional

(PEC) nº 443, sobre equi-

paração de salários entre

membros da AGU e do Po-

der Judiciário.

A proposta original, de

autoria do deputado Boni-

fácio de Andrada (PSDB/

MG), busca equiparar os

salários dos membros das

carreiras da Advocacia

Pública da União com os

membros do Judiciário. O

parecer, elaborado pelo

Departamento de Atos

Normativos (Denor), da

Consultoria-Geral da União

(CGU), confirma a cons-

titucionalidade do substi-

tutivo.

Além dos advogados

públicos, o texto inclui os

defensores públicos entre os

beneficiários da proposta,

tendo em vista se tratarem

de funções essenciais à Jus-

tiça. A PEC nº 443 esta-

belece o valor máximo re-

muneratório das respectivas

carreiras com base no per-

centual de noventa inteiros

e vinte e cinco centésimos

do subsídio mensal de mi-

nistro do Supremo Tribunal

Federal.

Para a responsável pelo

parecer, advogada da U-

nião Leila Indalécio Cal-

das, não há nenhum dispo-

sitivo constitucional que

impeça a continuidade da

proposta. “O Denor opi-

nou no sentido de que não

existe nada que possa

interferir no prossegui-

mento da medida, haja

vista que ela não contraria

nenhuma das matérias

constantes no art. 60 da

Constituição Federal”,

disse.

Em relação ao mérito

da PEC nº 443, o parecer

se absteve da análise por

ter interesse direto no as-

sunto. “Deixamos de nos

manifestar sobre o mérito

por se tratar de uma pro-

posta que versa sobre a fi-

xação da remuneração dos

membros das Carreiras

que integram esta Advo-

cacia”, explicou.

As informações foram

encaminhadas à Comissão

Especial da Câmara dos

Deputados que está anali-

sando o processo e aten-

dem solicitação da Sub-

chefia de Assuntos Parla-

mentares da Secretaria de

Relações Institucionais da

Presidência da República.

Parecer confirmaconstitucionalidade de PEC queiguala salários de membros da

Advocacia Pública e do Judiciário

Page 8: JORNAL DA APAFERJ 1 NOVEMBRO 2010

JORNAL DA APAFERJ8 NOVEMBRO 2010

Neste mês sobraram motivos paracomemorar. Inicialmente foram agraciadoscom a Medalha de Honra ao Mérito daAPAFERJ o Dr. Albertino Gregório, Dr.Djalmo Luiz C. Tinoco e o Dr. Ney ViannaF. Machado.

Em seguida, a APAFERJ prestou umajusta homenagem à nossa secretária, a Srta.Jeanne Bezerra, conferindo-lhe um diplomapor seus 20 anos de competência e dedicação.

A noite de festa prosseguiu com umcoquetel oferecido aos presentes, num climade grande confraternização.

Nas fotos vemos o Dr. Albertino Gregórioe sua esposa Sra. Silvia Ribeiro, o Dr. DjalmoLuiz C. Tinoco e seu filho Sr. Lucas Tinoco,o Dr. Waldyr Tavares Ferreira o colunistado jornal da APAFERJ Dr. Ney Vianna F.Machado ao lado do Dr. Carlos AlbertoMambrini e a Srta. Jeanne Bezerra.

Festa dos Aniversariantes

Page 9: JORNAL DA APAFERJ 1 NOVEMBRO 2010

JORNAL DA APAFERJ 9NOVEMBRO 2010

Antonio C. Calmon N. da GamaDiretor de Divulgação da APAFERJ

Fatos . Fatos . Fatos . Fatos . Fatos .Fatos . Fatos . Fatos . Fatos . Fatos .

PENSAMENTPENSAMENTPENSAMENTPENSAMENTPENSAMENTOOOOO

MomentoLiterário

NATALA festa de confraternização

natalina, promovida pela APAFERJ,será realizada no dia 3 de de-zembro, a partir das 21:00h, noRestaurante Real Astória (antigoSol e Mar), na Rua Repórter Nes-tor Moreira nº. 11, Botafogo. Es-tima-se o comparecimento de maisde trezentos associados, que, comseus familiares e amigos, se diver-tirão a valer , ao som da OrquestraPingos&Gotas. O cardápio serápreparado especialmente para afesta. A todos desejamos um FelizNatal, com muita saúde, paz eamor.

ELEIÇÃOAcontecerão dia 14 de dezem-

bro na sede da APAFERJ, rua Ál-varo Alvim nº 21–2º Andar as elei-ções para a Diretoria da APAFERJ,referente ao triênio 2011/2013,esperamos o comparecimento dosAssociados para exercerem o seusagrado direito do voto e elegeremaqueles que continuarão lutandopelo desenvolvimento da nossaAdvocacia Pública.

MAIS UMA VITÓRIAA AGU garantiu, no STF, a

constitucionalidade do ato doMinistro de Estado do Controle eda Transparência, que teve porobjeto a realização de sorteiopúblico para selecionar sessentamunicípios que tenham populaçãoaté 500 mil habitantes para par-ticipar do processo de fiscalizaçãono que tange à aplicação de re-cursos federais. O ato está res-paldado na Portaria nº 66 de 26/07/2004, da Controladoria-Geralda União.

DUPLA NACIONALIDADEAos interessados sobre o tema

“Dupla Nacionalidade”, a Escola daAGU no Rio de Janeiro, Rua daAssembléia nº 77 – 13º andar, realizouno dia 30 de novembro às 16:00h,palestra sobre o tema, que foi minis-trada pela Professora da UERJ, PricillaPimentel, tendo sido o público-alvoAdvogados da União, ProcuradoresFederais, Procuradores da FazendaNacional e Advogados da CaixaEconômica Federal, entre outros. Oevento também foi transmitido pela TVEscola.

PARTICIPAÇÃOO Advogado-Geral da União,

Ministro Luis Inácio Lucena Adams,participou do encerramento do IIICongresso Brasileiro sobre ControlePúblico, que aconteceu no mês denovembro na Bahia, que teve objetivoo controle público no plano federal,estadual e municipal. O ministro par-

ticipou do painel que debateu o con-trole de responsabilidade, sendo pa-lestrante do tema “Judicialização dasobras do PAC - Controle Público naVelocidade no Desenvolvimento”.

CONSELHO SUPERIORDA AGU

Haverá eleição de representantesdos òrgãos vinculados da carreira deProcurador Federal e do BancoCentral, para o Conselho Superior daAdvocacia-Geral da União. Trata-sede Órgão Consultivo do Advogado-Geral da União, de alta relevância evinculado à gestão, ao planejamentoestratégico e à atuação jurídica daAGU, conforme disposto na Portarianº1643/2009.

HOMENAGEMNossa Homenagem ao Dr. Rose-

miro Robinson Silva Junior, Vice-Pre-sidente da APAFERJ, por tudo quetem feito em prol do engrandecimentoda Advocacia Pública, participando edando sua generosa contribuição emtodos os encontros dos AdvogadosPúblicos, deixando sua marca indelévelnos artigos de sua autoria, publicadosno nosso Jornal. Aqui fica, também, onosso agradecimento pelo apoio econtribuição dados a esta coluna.

LANÇAMENTO I“Manual Esquemático de Crimino-

logia”, de autoria do Professor de cursosde pós-graduação, Nestor SampaioPenteado Filho. O estudo feito pelo au-tor, além de estar esquematizado comgráficos figuras e ilustrações, abordaquestões dos últimos concursos. A pu-blicação é da Editora Saraiva. Informa-ções pelo site www.saraivajur.com.br.

Vale a pena conferir.

LANÇAMENTO II“Testamento Vital”, livro pu-

blicado pela Editora Lúmen Júris, éfruto da dissertação de mestrado daautora Luciana Dadalto. A obratrata da Declaração prévia da von-tade terminal no ordenamento ju-rídico brasileiro. O exame feito so-bre o instituto em questão apresentapanorama principiológico, formal ematerial em outros países como Es-panha, Itália, Portugal e Argentina.

Maiores informaçõeswww.lumenjuris.com.br.

Flash

Nossa homenagem à Dra. IvoneSá Chaves, ilustre Conselheira daAPAFERJ, que, durante longos eásperos anos atuou, com inegáveleficácia, na área da PrevidênciaSocial e hoje, apesar de seencontrar com a saúde debilitada,permanece nos ajudando, com seuexemplo, sua coragem e suaexperiência, a conduzir a portoseguro o formidável barcoapaferjiano.

“A mentira reside na língua, oroubo na mão, as extorsões nocoração”.

Santo Antonio de Pádua

MENSAGEM A UM PAI

Por mim galgou montanhas,singrou mares,Atravessou insone asmadrugadas.Transformou em alegria milpesaresTornou retas e planas asestradas.- Tudo podes fazer com quesonhares.Ele me disse em vezesreiteradas.- Difícil é manter o queconquistares.São palavras por mim nuncaolvidadasGuiou-me pelas sendas daVerdade.E me ensinou a buscarFelicidadeNas coisas mais modestasdesta VidaSempre me lembro dele comSaudade,Está longe de mim naEternidade,Mas perto na Gratidãonunca esquecida!

R. Robinson S. Junior

Page 10: JORNAL DA APAFERJ 1 NOVEMBRO 2010

JORNAL DA APAFERJ10 NOVEMBRO 2010

A Advocacia Geral daUnião (AGU) recuperou R$287,7 milhões em recursosdesviados por corrupção nogoverno no primeiro semestre,segundo levantamento divul-gado pelo órgão. Ao todo, aAGU acompanha 2,3 milprocessos dessa natureza, queenvolvem mais de R$ 2,1bilhões em verbas desviadasdos cofres públicos. Emborao resgate represente apenas13% do total, a expectativa échegar a R$ 400 milhões esteano, uma alta de 35% sobre oressarcimento conseguido noano passado¿ R$ 297,5 mi-lhões. A projeção, feita aoBRASIL ECONÔMICO, édo diretor do Departamentode Patrimônio Público eProbidade Administrativa daAGU, André Luiz Mendonça.

Segundo o especialista, amaior parte dos recursosdesviados provém de con-vênios firmados entre a Uniãoe as prefeituras. De um totalde 3,5 mil funcionários pú-blicos federais envolvidos noscrimes, 1,1 mil são prefeitos e

ex-prefeitos. A segunda ca-tegoria do ranking é de ser-vidores (478), ao lado de fun-cionários de empresas públi-cas (474). Atrás vêm colabo-radores particulares - tempo-rários, cargos de confiança -(294) e diretores e presiden-tes de instituições públicas(261).

“Convênios de saúde eeducação são os mais recor-rentes nesse quadro. São va-lores pequenos, mas queenvolvem um grande númerode ocorrências, o que torna ovolume final muito elevado”,afirma Mendonça, emboranão revele a quantia exata.

Dinâmica do desvioPara o cientista político e

consultor de políticas pú-blicas, Rudá Ricci, a própriagestão orçamentária dogoverno alimenta o desvio deverba pública. “No Brasil, étradição liberar recursosvoltados às áreas sociais nosúltimos três meses do ano,quando é atingida a meta desuperávit primário (economia

para pagamento da dívidapública)”, explica. Destaforma, os estados e municípiosrecebem a maior parte daverba empenhada quando têmpouco tempo para investir. “Aívira uma festa. Por que de-volver o dinheiro que não dátempo de gastar para aUnião?”, ironiza.

ProblemasAlém da conhecida mo-

rosidade da Justiça no Brasil,o baixo índice de ressar-cimento vem da dificuldadeem atender às exigências doJudiciário na coleta de provas.“Os envolvidos geralmenteagem em conjunto, utilizamlaranjas e estão espalhadospor todo o país”, diz AndréMendonça. “Por isso, é im-portante que as ações de res-sarcimento sejam mais inte-gradas, além de facilitadas pormeio de liminares de bloqueiode bens”, analisa.

No primeiro semestre doano, a AGU conseguiu blo-quear R$ 503 milhões em bensde pessoas envolvidas com

corrupção, dos quais R$ 50milhões de prefeitos e ex-prefeitos. O órgão atua comuma equipe de recuperação depatrimônio público de 110pessoas no país todo.

Segundo o vice-presidenteda Ordem dos Advogados doBrasil (OAB-SP), Marcos daCosta, esse tipo de processoleva cerca de dez anos naJustiça para se concluir. “Faltaagilidade e eficácia por parteda Justiça Federal. Contudo,esses são problemas que vêmdo baixo investimento dogoverno na área”, diz. Eleressalta que, pela Lei deResponsabilidade Fiscal, osestados devem destinar 6% deseus orçamentos ao Judiciário.

“É um limite baixo e osestados recebem menos queisso. São Paulo, em 2011, terá4%”, destaca. Dos 9 milhõesde processos de execuçãofiscal em julgamento na região,25% têm o estado como autorou vítima de corrupção.

BloqueioR$ 503 mil em bens foram

AGU recupera R$ 287,7 milhõesem recursos desviados por corrupção

bloqueados de funcionáriossuspeitos de envolvimentocom desvio de verba. Do total,R$ 50 milhões são deprefeitos e ex-prefeitos.

Servidores

3,5 mil funcionáriospúblicos estão envolvidos emprocessos de desvio de verbapública, segundo a AGU.Desse total, 1,1 mil sãoprefeitos e ex-prefeitos.

Investimento6% do Orçamento dos

Estados deve ser voltado parao Judiciário, de acordo com aLei de ResponsabilidadeFiscal. Em 2011, São Pauloterá 4% da verba.

RessarcimentoR$ 400 mil é a expectativa

da AGU de ressarcimentos deverbas desviadas este ano. Ovalor será 35% maior que orecuperado no ano anterior.

Veículo de Comunicação:

Brasil EconômicoJornalista: Carolina Alves

A Advocacia-Geral daUnião (AGU) evitou, noTribunal Regional do Tra-balho da 7ª Região (TRT7,)o pagamento irregular deprecatório complementar aum grupo de servidorespúblicos, equivalente a maisde R$ 3,6 milhões.

Os funcionários do

extinto Instituto Nacional deAssistência Médica da Pre-vidência Social (INAMPS)requeriam da União valoresatualizados da chamada Uni-dade de Reparação Profis-sional (URP), compreendidaentre os anos de 1997 e 2007.

Após ter o pedido negadoem primeira instância, os au-

tores recorreram alegando des-compasso entre a decisão e oentendimento de tribunais su-periores, afirmando que pedidossemelhantes foram aprovados.

A Procuradoria da Uniãono Ceará (PU/CE) contestouas alegações dos servidores.De acordo com a PU/CE, nãoexiste nenhum título executivo

que justifique a cobrançada URP de fevereiro de1989, durante os anos de1997 a 2007.

O Tribunal acolheu es-tes argumentos e decidiuque é indevida tanto aimplantação quanto aexpedição de precatóriocomplementar neste caso.

Cartão de NatalAgradecemos e

registramos o Cartão deNatal que nos foi enviadopela Poetisa Nicole AraujoMeggiolaro, com 8 anos deidade.“Gostaria de agradecera oportunidade de ter omeu pequeno poemapublicado.

Desejo a todos daDiretoria da APAFERJ e seusassociados um Feliz Natal eum próspero ano novo!Feliz 2010!Um beijo da Nicole”

Advocacia-Geral evita pagamento irregularde precatório de quase R$ 4 milhões

Page 11: JORNAL DA APAFERJ 1 NOVEMBRO 2010

JORNAL DA APAFERJ 11NOVEMBRO 2010

CarmenLucia VieiraRamos LimaProcuradoraFederal

matada pelo seu principal agente. Porexemplo: A mudança ocorrida nasociedade global, com a afirmação daInternet, provocou a reformatação devárias formas de apresentação dopensamento (no discurso oral e noescrito/literário), criando as eras Pré-internet e Pós-Internet. Há até quemse auto-intitule “analfabeto tecno-lógico”.

Criou-se uma situação interessante:indivíduos quase sem instrução pas-saram a se comunicar mais facilmentee a se integrar melhor nessa nova so-ciedade, do que aqueles pós-gradua-dos, cuja ojeriza de comunicaçãovirtual leva-os a “desconectarem” seusneurônios até da possibilidade deusarem um celular. Mas é somente umaquestão de escolha. A qualquer mo-mento, caso se sintam prejudicados,lançarão mão dos meios de sobrevi-vência ao seu alcance e que possamfacilitar-lhes a vida.

No que concerne à apreciaçãodeste vasto tema, o que se quer é fazeruma ligeira observação acerca daexistência de conceitos, a sua impor-tância na formação estrutural do serhumano e presença nas diferentes

formas de interação. Além do que éinteressante refletir se quando se mudaa forma de interação, os conteúdoshumanos melhoram ou pioram. Sabe-se que toda mudança gera, a princípio,o caos, antes de uma possível aco-modação. Quanto ao aspecto in-dividual, cada homem é um micro-sistema. Nada mais difícil para essaimensa maioria de universos do queabrir mão de idéias pré-concebidas,propósitos armazenados em forma desonhos, projetos acalentados: quemsabe a Mega-Sena sozinho?? Ou, maisque sonho, passar de carro por umavia sem congestionamento, limpa deoutros veículos??? Sair dessaindividualização e permitir a aglu-tinação de idéias de outros indivíduosé tarefa radical para muitas pessoas.Às vezes é tão duro compartilhar, quepode ser causa de enfermidade!

Livre pensar: Quantas vezes umacasa passa por reformas necessárias?O homem também se reestrutura, revêa sua situação, adéqua-se, promovemudanças. Como se diz procura sua“zona de conforto”. Enquanto faz a suaprópria releitura, ele se engaja naproposta social que lhe fala de maispróximo; quem sabe a comunidadeinstitucional, a associação de bairro,promove mudanças na sua vidaconjugal, troca de parceiro, abre loja,torna-se político engajado, articulista,muda sua vida de ponta-cabeça, torna-se assessor de alguém, descobre queé bom de voz, que tem outras voca-ções, que há outros horizontes a des-vendar... Individual e coletivo se ajus-tam e o homem participa nas duasdimensões: na luta do seu crescimentopessoal e na luta por conquistas emelhoria de vida para si e seu entorno.E deixa o seu legado. Por mínimo queseja. Conta o seu tempo de doação e

não de duração nesta terra, já odisseram. Depois de 10.000 (dezmil) anos é possível ocorrer que ohomem mude...

Entretanto, será que expressõestais que: “o poder do dinheiro”, “acorrupção do poder ou no poder”,“tráfico de interesses ou de influ-ências”, “agir com ética”, “integrarpara não entregar”, “culpa do sis-tema”, “conflito de interesses”,“desigualdade social”, “países emdesenvolvimento”, “mazela social”,“reforma política, da previdência,fiscal”, entre milhares de outras,enquanto exaustivamente veiculadaspelos diferentes meios de comuni-cação, já não estão vazias de senti-do, precisando de serem dinamita-das no interior de cada um, paravirem à tona em forma de ação?

A comunicação virtual meio, queanestesiou o sentir do homem noseu individual. Será que o sentir estáfluindo espontaneamente? Ou estápassando por uma aprovação co-letiva? “O homem colocou de ladoo “ouvir” e extrapolou o “olhar só oque me interessa pessoalmente paranão ficar estressado”. O toquevirtual está em alta com a Internet.O perigo do coletivo é a formaçãode estereótipos, que é diferente decriar prioridades. Ao criar clichês,pode–se estar desrespeitando a in-dividualidade. Ao criar prioridades,pode-se estar ajudando a melhoraras relações sociais.

De fato, conceitos foram feitospara serem revistos,assim comocódigos existem para seremquebrados, reaproveitados se forembons e, melhorados desde que oprincípio gerador tenha sidoprofícuo. Por que não?

O desgaste dos conceitos.O avivamento das palavras.

Reflexões:

Um projeto de lei, uma nova“griffe”, um lançamento imobiliário,a modernização do escritório, umaviagem, casamento, separação, terfilhos, ser Procurador Federal, etc,são propostas, idéias, são formas deintegração social, de realização, deadequação, de exibição, de escolhade estilo de vida, de conformaçãoconsigo mesmo e com o mundo.

Mas o que a Enciclopédia eDicionário Koogan/Houaiss entendecomo “conceito”? Apura-se, em 2(dois) sentidos o seguinte; “Con-ceito: 1. Idéia, objeto concebido peloespírito ou adquirido por ele, e quepermite organizar as percepções eos conhecimentos: o conceito detempo; 2. Reputação, juízo, jul-gamento: goza de melhor conceito”.

Os conceitos fundamentam tantoos comportamentos individuaisquanto os coletivos e, em sendo asociedade um espaço dinâmico deação e o homem o seu principalagente de mudança, não se supõeuma sociedade que não seja for-

O homem constrói e desconstrói, utilizando conceitos.Conceitos regem épocas, em todas as fases e áreas da vida:no comportamento, nas etapas da vida, na moda, emarquitetura, no estilo de vida, etc.Conceitos aumentam e diminuem o consumo.Conceito é fundamental para quem quer ser famoso. Criaestilo.Conceito denigre, difama, cria imagem.Conceito faz alguém sábio ou ignorante.Conceito cria vida ou mata.E que mais? Que marketing existe sem conceito? Que produtopode ser vendido sem o seu pré- conceito?

Page 12: JORNAL DA APAFERJ 1 NOVEMBRO 2010

JORNAL DA APAFERJ12 NOVEMBRO 2010

A Advocacia-Geral daUnião (AGU) economizou/arrecadou mais de R$ 2,14trilhões aos cofres públicosdurante o ano de 2010. A in-formação consta do Relatóriode Gestão da instituição queengloba o resultado da atua-ção dos órgãos e unidades quecompõem a AGU (PGU,PGF, PGFN, SGCT, CGU,CGAU, EAGU, SGAU).

A maior parte da economiaatribui-se à vitória da Ad-vocacia-Geral na maior açãoacompanhada pela instituiçãonos tribunais brasileiros até hoje,envolvendo a CompanhiaHidrelétrica do São Francisco(Chesf). O processo, movidopela empresa Mendes Junior S/A no final da década de 80,visava o pagamento de in-denização por supostos pre-juízos decorrentes das obras daUsina Hidrelétrica (UHE) deItaparica, em Pernambuco.Porém, conforme demonstrou aAGU, a obrigação da com-panhia para com a siderúrgica

já havia sido cumprida, mediantepagamento dos serviços,inclusive com juros e correçãomonetária.

Do total arrecadado paraos cofres públicos graças àintervenção judicial da AGU,R$ 11 bilhões se referem aressarcimentos recebidos porautarquias e fundações pu-blicas, além de arrecadaçõesde contribuições sociais naJustiça do Trabalho, porexemplo.

A AGU também fecha oano com a recuperação de R$400 milhões em recursosdesviados por corrupção, altade 35% em relação aos va-lores recuperados em 2009.Atualmente, a instituiçãoacompanha cerca de 2,3 milprocessos dessa natureza.

Dívida AtivaSobre a arrecadação de

valores inscritos em dívidaativa, trabalho realizado pelaProcuradoria-Geral da Fa-zenda Nacional, órgão da

AGU, 2010 deve fechar comsaldo superior a R$ 13 bi-lhões. O balanço tambémmostra que o estoque de dí-vida ativa, entre créditos pre-videnciários e não previden-ciários, é de aproximadamenteR$ 874 bilhões.

RepatriaçõesEm 2010, a AGU negociou

a repatriação de U$ 30 mi-lhões desviados no esquemado Propinoduto, além degarantir a repatriação de obrasde arte avaliadas em U$ 4milhões, no caso BancoSantos.

Patrimônio PúblicoOutro destaque do ano

que estará no Relatório deGestão 2010 é o sucesso napenhora judicial de valoresrelativos à locação de diversosimóveis do Grupo OK, lo-calizados em Brasília. In-clusive, 33% do faturamentomensal do Shopping Iguatemi/DF foi penhorado como

garantia da execução de dívidadecorrente do escândalo decorrupção envolvendo aconstrução do TRT/SP.

InfraestruturaEntre as obras e serviços

de infra-estrutura asseguradospela AGU estão a demons-tração de legalidade do pro-cesso de licenciamento am-biental da Usina Hidrelétricade Belo Monte, que será cons-truída às margens do RioXingu, no Pará.

A Advocacia-Geral tam-bém conseguiu, na Justiça, aliberação da rede cabos defibra ótica para ampliação doacesso aos cidadãos, insti-tuições de governo, entidadesda sociedade civil e empresas.A atuação jurídica neste casoviabilizou o Plano Nacional deBanda Larga.

AçõesO Balanço da AGU tam-

bém indica que em 2010foram ajuizadas mais de 31 mil

AGU fecha ano com R$ 2,14 trilhõesarrecadados/economizados aos cofres públicos

execuções fiscais para reverR$ 781,6 milhões. Os ad-vogados públicos trabalharamem 1.292 ações de ressar-cimento, 436 delas decor-rentes de fraudes detectadasno INSS.

A AGU também ajuizouou fez intervenção em 1.062ações civis públicas e garantiu2.192 execuções de títulosextrajudiciais, incluindoacórdãos do Tribunal deContas da União.

Ao Supremo TribunalFederal a AGU apresentou1.688 manifestações e mais demil informações presidenciais.As ações analisadas/acompa-nhadas neste Tribunal superama marca de 6.500 neste ano.

DivulgaçãoOs dados gerais e por área

de atuação da AGU relacio-nados ao ano de 2010 serãodivulgados na página da insti-tuição na próxima semana.

Fonte: AGU/Rafael Braga

A Advocacia-Geral daUnião evitou, na Justiça, acondenação da Organiza-ção das Nações Unidas edo Instituto Brasileiro doMeio Ambiente e dos Re-cursos Naturais (Ibama) emação trabalhista que chegouao Tribunal Superior doTrabalho.

O autor ajuizou Recla-mação para que fosse re-

conhecido suposto vínculo em-pregatício com o Programa dasNações Unidas para o Desen-volvimento (ONU/PNUD).Pediu também, subsidiariamente,a condenação do Ibama. A so-licitação chegou a ser acatada naprimeira instância e confirmadaposteriormente no TRT da 10ªRegião.

Inconformada, a Procura-doria Regional Federal da 1ª

Região (PRF1) e a Procura-doria Federal Especializadajunto ao Ibama (PFE/Ibama),que já haviam entrado comrecurso de revista, interpuseramdois Agravos de Instrumento noTST. Alegaram que Convençãosobre Privilégios e Imunidadesdas Nações Unidas, na seçãoII do artigo 2, prevê que aONU goza de imunidade dejurisdição, salvo a hipótese de

renúncia. Esta Convenção foi e-fetivada por meio do Decretonº 27.784/50, recepcionadopela Constituição Federal de1988.

O Tribunal acolheu os ar-gumentos levantados pela AGUe reformou a decisão da 1ª ins-tância reconhecendo a imuni-dade de jurisdição da ONU/PNUD. Com esta nova de-cisão, a Justiça considerou

prejudicado o pedido deresponsabilidade subsidiáriado Ibama, no caso.

Nem a ONU, nem a au-tarquia ambiental, portanto,foram condenados a pagarverbas trabalhistas nesteprocesso em que se pre-tendia reconhecer vínculoempregatício entre a oPNUD, o Ibama e umprestador de serviços.

Reconhecimento da imunidade jurídica da ONU impederesponsabilização subsidiária do Ibama em ação trabalhista

Page 13: JORNAL DA APAFERJ 1 NOVEMBRO 2010

JORNAL DA APAFERJ 13NOVEMBRO 2010

Ney MachadoP r o c u r a d o rFederal, Prof. daUFF e Membrodo IAB.

Impõe-se, inicialmente, distinguirentre Segurança Nacional e Segu-rança Pública.

A Constituição da República de1988 dispõe em seu artigo 142 queas Forças Armadas, constituídaspela Marinha, pelo Exército e pelaAeronáutica, são instituições nacio-nais permanentes e regulares, orga-nizadas com base na hierarquia ena disciplina, sob a autoridade doPresidente da República, destinam-se à defesa da pátria, à garantia dosPoderes Constitucionais e, poriniciativa de qualquer destes, da Leie da Ordem.

Infere-se, pois, que a SegurançaNacional pressupõe a capacidadepara o Estado impor seus desígniose conseqüentes objetivos no sentidode neutralizar e combater a ofensaa Nação e a garantia dos PoderesConstitucionais legítimos.

Trata-se, pois de aparato estatalvoltado para a própria existênciafísica, jurídica e política do Estado.

Assim, o artigo 4º da Constitui-ção Cidadã dispõe sobre os princí-pios que regem as relações interna-cionais como:

I – independência nacional;II – prevalência dos direitoshumanos;III – autodeterminação dospovos;IV – não-intervenção;

V – igualdade entre os Estados;VI – defesa da paz;VII – solução pacífica dos conflitos;VIII – repúdio ao terrorismo e aoracismo;IX – cooperação entre os povospara o progresso da humanidade;X – concessão de asilo político.Vê-se, que os princípios elencados

tem por fundamento assegurar osobjetivos do Estado, principalmentecontra as chamadas forças oponentesque ameaçam a segurança nacional.

A pontuada referência à defesa daPátria e a garantia dos poderes consti-tucionais (segurança nacional) encon-travam-se presentes nas Constituiçõesde 1946 (art. 179), 1967 (art. 91),EC. n.º 1/69 (art. 87).

Entretanto, faz-se necessáriorealçar que todos os dispositivosapontados têm por fundamento a paz,a ordem, a fim de que o Estado atinjaseus objetivos.

Já a segurança pública prevista noartigo 144 da Constituição dispõe queé dever do Estado e responsabilidadede todos a preservação da ordempública e da incolumidade das pessoase do patrimônio.

E, para tal, conferiu tal atribuição aPolícia Federal, Polícia RodoviáriaFederal, Polícia Ferroviária Federal,Polícias Civis, Polícias Militares e oCorpo de Bombeiros.

Com efeito, os órgãos apontadosdesempenham funções dispostas emcada um no sentido da preservação daordem pública.

Observa-se, assim, que não háconflito de atribuições entre os órgãos

destinados a segurança nacional e asegurança pública, pois as instituiçõestem como escopo principal a defesada paz.

Cabe, entretanto, uma reflexão so-bre o momento de extrema violência queenvolve o País numa verdadeira guerraurbana haja vista os últimos aconteci-mentos no Complexo do Alemão.

Vê-se, portanto, que periclitam aliberdade, a preservação da ordempública e a incolumidade das pessoase do patrimônio, razão pela qual embom momento as forças armadasadotaram uma posição firme e enérgicana preservação da segurança pública,em defesa da paz social.

Vivemos num estado de guerra,onde as pessoas não têm a mínimagarantia a liberdade do ir e vir, dopatrimônio e da própria vida.

Famílias vivem em sobressalto quandoseus entes próximos saem para o trabalhoou para os compromissos sociais e nãosabem se voltam para seus lares.

Haroldo Laski observa:“Só um povo atento aos limitesdentro das quais deve agir oPoder tem a perspectiva daliberdade”.Assim, quando os limites da vio-

lência urbana ultrapassam as raias dorazoável, justifica-se a razão daextrema necessidade de uma açãoséria na proteção da vida, da dignidadeda pessoa humana.

Afinal o Estado existe para garantira segurança e a paz do seu povo.

Vale realçar a observação dePimenta Bueno:

“Por isso mesmo que a sociedade

deve possuir uma adminis-tração de justiça protetora dosdireitos consagrados, fácil,pronta e imparcial, por isso essePoder influencia sobre os des-tinos sociais, sobre a honra, aliberdade, a fortuna e a vidados cidadãos, por isso mesmodizemos é óbvio que nem aConstituição nem as leis orgâ-nicas deverão jamais olvidar-se das condições e meios es-senciais para que o Estado de-sempenhe sua alta missão e nãopossa ao mesmo tempo abusardela impunimente”.Compete, pois, ao Estado pro-

teger os cidadãos com o uso detodas as forças necessárias volta-das aos interesses essenciais dopovo, deixando de lado discus-sões acadêmicas que se arrastame perpetuam pelo tempo, poisquando não são respeitadas a li-berdade, a segurança, o bem estar,o direito de ir e vir, relativa-se,também, a segurança nacional, emprol da vida.

Os fatos estão aí, as estatísticas nãomentem, demonstram, apenas, ofracasso dos governos em matéria decombate a criminalidade. O povo nãoagüenta mais ver as gotas do seusangue jorrar sobre a mão do descaso.

Torna-se, assim, imperioso queas autoridades constituídas adotemmedidas, como muito bem tem seposicionado, para que reine a lei e aordem, enquanto é tempo, nosentido de evitar-se a desorgani-zação do próprio Estado.

Segurança Pública

A Presidência da República ajuizouArguição de Descumprimento de PreceitoFundamental (ADPF 219), na qual pedeao Supremo Tribunal Federal (STF) quesuspenda, liminarmente, a eficácia de de-cisões proferidas pelos Juizados Especiais

Federais da Seção Judiciária do Rio deJaneiro que impõem à União o dever deapurar ou indicar, nos processos em quefigure como ré ou executada, o valor devidoà parte autora ou exequente. No mérito,pede confirmação dessa decisão.

A União argumenta que não existeprevisão legal para essa determinação dosJuizados Especiais, que “pretendem inovaro ordenamento jurídico pátrio”. Segundoa ADPF, “referida obrigação não possuiamparo em qualquer dos diplomas legais

ADPF questiona decisões judiciais que mandamUnião calcular o valor devido nos processos em que é ré

que tratam do assunto, quais sejam oCódigo de Processo Civil (Lei 5.869/73)e as Leis 9.099/95 e 10.259/01”, quedispõem sobre os Juizados EspeciaisCíveis e Criminais, no âmbito da JustiçaFederal, e sobre sua competência.

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JORNAL DA APAFERJ14 NOVEMBRO 2010

A Advocacia-Geral daUnião (AGU) derrubou umadecisão da Justiça Federal deGoiás que ordenava, indevi-damente, transferência de umpolicial militar rodoviário ma-triculado em instituição par-ticular de ensino para Uni-versidade Federal de Goiás(UFG)

Matriculado no curso deDireito da Faculdade de Mon-tes Belos, o militar foi trans-ferido para trabalhar na cidadede Araguapaz (GO), que dis-tante da cidade de Goiás, onderesidia anteriormente. Assim,alegando que não era possívelfreqüentar o curso em MontesBelos, requereu a transferên-cia para a unidade da UFG nacidade de Goiás. O juízo de1º instância chegou a acolhero pedido e determinou à Uni-versidade que fizesse a ma-trícula.

Entretanto, Procuradoria-Regional Federal da 1ª Região(PRF1), a Procuradoria Fe-deral no Estado de Goiás (PF/GO) e a Procuradoria Federal(PF) junto à UFG recorreramno Tribunal Regional Federalda 1ª Região.

Alegaram que o estudantenão teria direito a realizarmatrícula porque manteve omesmo domicílio, após tersido transferido do local deserviço. Os procuradores de-monstraram, ainda, que o ser-vidor, quando se matriculou nocurso de Direito da Faculdadede Montes Belos, na cidadede São Luiz de Montes Belos,já residia na cidade de Goiás.Segundo elas, o policial nuncacumpriu qualquer carga ho-

rária do curso da instituiçãoparticular, estando somentematriculado.

A AGU sustentou em juízoque o policial foi beneficiadoindevidamente pelas regrasque disciplinam a transferênciacompulsória, especificamenteo artigo 49 da Lei nº 9.394/1996 e o artigo 1º da Lei nº9.536/97.

As procuradorias tambémlembraram que, no julgamentoda Ação Direta de Inconsti-tucionalidade nº 3.324, oSupremo Tribunal Federalfirmou entendimento no sen-tido de é “inconstitucional apossibilidade de transferênciaex officio de servidores entreinstituições não congêneres,especialmente a de particularpara a pública, por violaçãoaos princípios da isonomia, daimpessoalidade, da moralida-de, da igualdade de condiçõespara o acesso e permanênciana escola superior e da garan-tia do acesso aos níveis maiselevados de ensino”.

O TRF acolheu os argu-mentos da AGU e reformoua decisão que ordena a ma-tricula do militar na UFG. Deacordo com a sentença,“restando comprovado nosautos que o impetrante nãocumpriu nenhuma disciplinana instituição de origem, asua matrícula nessa insti-tuição representa ardil parajustificar a transferência deinstituição privada para pú-blica, sem que fosse sub-metido ao devido processoseletivo, não havendo direitolíquido e certo ao provimentovindicado”.

A Advocacia-Geral daUnião (AGU) obteve, na Jus-tiça Federal, a condenação daempresa Metalrezende Indús-tria e Comércio Importação eExportação de Peças Vei-culares Ltda, que deverá res-sarcir o Instituto Nacional doSeguro Social (INSS) em maisde R$ 340 mil, devido ao des-cumprimento de normas desegurança do trabalho.

A Procuradoria SeccionalFederal em Campinas (SP)conseguiu demonstrar que aempresa não efetuava correta-mente o treinamento de seusfuncionários, e operava má-quinas modelo prensa emdesconformidade com a le-gislação, que exige instalaçãode dispositivos de segurançapara evitar acidentes. A ne-gligência da empresa vitimoua trabalhadora Denise Apa-recida da Rocha, que perdeua mão direita num acidenteocorrido em uma das má-quinas em 2006.

Ficou demonstrado, pelos

documentos conseguidos pelaProcuradoria Federal junto aoMinistério do Trabalho e Em-prego, que a empresa operavaa máquina no modo auto-mático, o que é proibido pelalegislação. Se essa máquinaestivesse no modo manual, oacidente não teria ocorrido, poisa prensa, para funcionar nessamodalidade necessita de acio-namento por dois botões (modobi manual), o que exigiria o usodas duas mãos, impossibilitandoque uma delas estivesse dentroda área de risco no momentodo acionamento do impacto.Tudo isso foi relatado em pro-fundidade pelo auditor-fiscal doTrabalho que investigou oacidente.

Agindo assim, a ré descum-priu diversas normas de se-gurança, todas mencionadasna petição inicial, ao contráriodo que alega: Convenção 119da Organização Internacionaldo Trabalho (OIT), norma dedireito internacional incor-porada pelo Decreto 1.255,

de 29/09/1994; NormaRegulamentar n.º 12 do Mi-nistério do Trabalho e Em-prego; Condição Coletiva deMelhoria das Condições deTrabalho em Prensas e Equi-pamentos Similares, Injetorasde Plástico e Tratamento Gal-vânico de Superfícies nas In-dústrias Metalúrgicas no Es-tado de São Paulo, vigentedesde 1993. Segundo os pro-curadores que atuaram nocaso, também foram desres-peitadas regras da AssociaçãoBrasileira de Normas Técnicas(ABNT) e o próprio manualda máquina causadora doacidente.

O juízo da 8ª Vara Federalde Campinas, acolheu os ar-gumentos da Procuradoria econdenou a empresa a ressarcirao INSS tudo o que a Pre-vidência gastou com os bene-fícios de auxílio-doença e auxílioacidente pagos à vítima, queficou afastada do trabalhodurante dois anos e aindaguarda sequelas irreversíveis.

O Sindicato dos Servidoresdo Poder Judiciário do Estadodo Rio de Janeiro (Sind-Justiça)ajuizou, no Supremo TribunalFederal (STF), a Reclamação(RCL) 10798, com pedido deliminar, para que sejam sus-pensos os atos baixados pelaPresidência do Tribunal deJustiça do estado do Rio deJaneiro (TJ-RJ) com o objetivode inviabilizar uma greve dosservidores daquela Corte, ini-ciada no último dia 19. Nomérito, pede a confirmaçãodessa decisão.

O Sind-Justiça alega des-cumprimento, por parte do TJ-

RJ de jurisprudência firmadapelo Supremo Tribunal Federal(STF) que garantiu aos ser-vidores públicos o direito degreve. Tratase das decisõesproferidas no julgamento dosMandados de Injunção (MIs)712, 670 e 708.

No primeiro deles, impe-trado pelo Sindicato dos Tra-balhadores do Poder Judiciáriodo estado do Pará (Sinjep), aSuprema Corte mandou a-plicar a Lei de Greve (Lei7.783/89), no que couber, pa-ra assegurar aos servidores odireito de greve, enquanto oCongresso Nacional não votar

uma lei regulamentando o ar-tigo 37, inciso VII, da Cons-tituição Federal (CF), que oprevê.

No MI 670, de iniciativa doSindicato dos ServidoresPoliciais do estado do EspíritoSanto, a Suprema Corte deuprazo de 60 dias ao Congres-so para legislar sobre a maté-ria e mandou aplicar a lei degreve, enquanto isso não o-correr. Por fim, no julgamentodo MI 708, ajuizado peloSindicato dos Trabalhadores emEducação do Município de JoãoPessoa, a Corte tambémreconheceu o direito de greve.

Empresa que usou máquina desprotegidadeverá ressarcir INSS em mais de R$ 340 mil

Procuradorias evitam transferênciairregular de policial rodoviário que

queria estudar na UFG

Sind-Justiça (RJ) ajuíza Reclamação no STFpara garantir direito de greve a seus filiados

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JORNAL DA APAFERJ 15NOVEMBRO 2010

ANIVERSARIANTES dezembro

D I R E T O R I APRESIDENTE - José MarcioAraujo de AlemanyVICE-PRESIDENTE - RosemiroRobinson Silva JuniorDIRETOR ADMINISTRATIVO -Miguel Carlos Melgaço PaschoalDIRETOR ADMINISTRATIVOADJUNTO - Maria AuxiliadoraCalixtoDIRETOR FINANCEIRO -Fernando Ferreira de MelloDIRETOR FINANCEIRO ADJUNTO- Dudley de Barros Barreto FilhoDIRETOR JURÍDICO - Hélio ArrudaDIRETOR CULTURAL - CarlosAlberto MambriniDIRETOR DE COMUNICAÇÃO -Antonio Carlos Calmon N. da GamaDIRETOR DE PATRIMÔNIO -Celina de Souza LiraDIRETOR SOCIAL - GracemilAntonio dos Santos

CONSELHO DELIBERATIVONATOS:1. WAGNER CALVALCANTI DEALBUQUERQUE2. ROSEMIRO ROBINSON SILVAJUNIOR3. HUGO FERNANDES

TITULARES:1. FRANCISCO PEDALINOCOSTA2. LUIZ CARLOS DE ARAUJO

A P A F E R JRua Álvaro Alvim, 21/2º andar CEP: 20031-010

Centro - Rio de Janeiro - Sede Própriae-mail: [email protected]

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Jornal da APAFERJEditor Responsável: Carlos Alberto Pereira de AraújoReg. Prof.: 16.783Corpo Editorial: Antonio Calmon da Gama, Carlos Alberto Mambrini,Fernando Ferreira de Mello, Miguel Carlos Paschoal, RosemiroRobinson Silva Junior.Supervisão Geral: José Márcio Araújo de AlemanyEditoração e Arte: Jane Fonseca - [email protected]ão: Monitor MercantilTiragem: 2.000 exemplares

Distribuição mensal gratuita.Os artigos assinados

são de exclusiva responsabilidade dos autores

3. ALLAM CHERÉM SOARES4. FERNANDO CARNEIRO5. EMYGDIO LOPES BEZERRANETTO6. EDSON DE PAULA E SILVA7.SYLVIO MAURICIOFERNANDES8. TOMAZ JOSÉ DE SOUZA9. SYLVIO TAVARES FERREIRA10. PEDRO PAULO PEREIRADOS ANJOS11.MARIA DE LOURDESCALDEIRA12. MARILIA RUAS13. IVONE SÁ CHAVES14. NEWTON JANOTE FILHO15. JOSÉ PIRES DE SÁ

SUPLENTES:1. ROSA MARIA RODRIGUESMOTTA2. MARIA LUCIA DOS SANTOS DESOUZA3. PETRÓNIO LIMA CORDEIRO

CONSELHO FISCALTITULARES:1. JOSÉ CARLOS DAMAS2. JOSÉ SALVADOR IÓRIO3. WALDYR TAVARES FERREIRA

SUPLENTES:1. JOSÉ RUBENS RAYOL LOPES2. EUNICE RUBIM DE MOURA3. MARIA CONCEIÇÃO FERREIRADE MEDEIROS

As matérias contidas neste jornal poderão ser publicadas,desde que citadas as fontes.

Com a sua presença haverámais alegria e confraternização.

COMPAREÇA.

No próximo dia 14 de dezembro vamos fazeruma festa para comemorar o seu aniversário

02 RODRIGO LYCHOWSKI -

AGU

02 IONE PAIS DE BARROS -

INSS

03 ROBERTO GONÇALVES

DE MATOS - AGU

03 ANNA KARIN

LUTTERKLAS - INSS

04 MARLY COUTINHO

PAULINO - SUSEP

05 PAULO ROBERTO V. DE

OLIVEIRA - CNEN

07 LEÔNIA VIEIRA

MADEIROS - M. SAÚDE

08 LÉA DE SOUZA

FERREIRA - CEFET de

QUIMICA

09 OMAIR DENYS CATTETE

- INCRA

10 MARIA DA PENHA

RODARTE - INSS

11 CARLOS CAVALCANTI

DE A. RAMOS - INSS

12 N O R E V A L D O

CARVALHO M. DE SOUZA -

AGU

13 AUGUSTO CESAR

MEDEIROS COSTA - INSS

13 MAURO FERNANDO F.G.

CAMARINHA - AGU

16 ARON GELIN - INSS

16 CELINA DE SOUZA LIRA

- INCRA

16 JOSÉ HAROLDO

MENDES PEREIRA - INCRA

17 MERI MATTOS

PACHECO - AGU

19 ANA NERI ALVES DA

SILVA - INSS

19 MARIA DE LOURDES

CALDEIRA - AGU

20 MAURO ORTIZ LIMA -

INSS

21 EDSON DE PAULA E

SILVA - INCRA

22 JURACY NEIVA EULALIO

- INSS

22 SYLVIO DE SÁ - INSS

23 ELMAR HEIDENFELDER

- M. TRANSP

23 JAYME DOS SANTOS

RODRIGUES - MPAS

23 JOSIAS JOSÉ DE MELLO

- INSS

25 MARIO OLIVEIRA DOS

SANTOS - INSS

25 SOLON CANAL

MICHALSKI - AGU

25 SUELY DE ARAGÃO P.

PARANHOS - UFF

26 MARLY DE ARAUJO P.

VIEIRA - INCRA

26 INALDA CAVALCANTI

PITANGUEIRA - INMETRO

30 FAUSTO SOARES

BARRETO - M. FAZ

31 MAURICIO DE CASTRO

G. DA SILVA - AGU

31 RENAN COLLARES DA

ROCHA - M.SAÚDE

31 SYNÉA SILVEIRA DA

SILVA - M.SAÚDE

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JORNAL DA APAFERJ16 NOVEMBRO 2010

PEÇO A PALAVRA

RosemiroRobinson S.JuniorVice-Presidente

Meus caros e fiéis leitores: todosnós trazemos nos escaninhos damemória momentos felizes de vitóriase instantes tristes por insucessossofridos. Os primeiros, trazendo-nosjustificável orgulho e, os segundos,fortalecendo-nos para retomar im-pávidos e confiantes a árdua jornada.Na minha já longa caminhada vital, omeu insopitável orgulho se lastreia emquatro pontos: o primeiro, por ser filhodo Desembargador RosemiroRobinson Silva, meu amado e saudosopai; o segundo, por ser minha mãe aProfessora Maria Laura FontouraSilva, minha primeira e melhor mestra;o terceiro, por ser pai da Dra. LuciaHelena Alves Silva-Clark, CientistaSocial e Advogada, que, hoje, lecionaem Londres – Inglaterra e, o quarto,por haver abraçado a complexa ehonrosa profissão de Advogado, queexerce Funções Essenciais à Justiça,a teor do que prescreve o textoconstitucional vigente.

Assim, fui acometido de profundadecepção quando tomei conhecimentoda Nota Técnica firmada peloPresidente da Associação dos JuízesFederais (Ajufe), analisada em matériaintitulada: “Juízes rejeitam propostaque favorece defensores públicos”,e publicada no jornal “O Estado deS. Paulo”, edição de 09-11-2010,porquanto contaminada, entre outras,por três afirmativas injustificáveis: aprimeira, contendo clara ameaça: “Seas propostas forem aprovadas não

resistirão ao controle constitucionala ser feito pelo Judiciário”; asegunda, inominável ofensa quandoregistra a chula expressão: “trem daalegria” e a terceira, pintada pelastintas da demagogia: “Dinheiro quepoderia ser investido na construçãoe manutenção de escolas e hospi-tais”, quando se refere à pretensão dereceberem os Advogados Públicos oshonorários de sucumbência.

É de notar que, na insólita NotaTécnica, o seu ilustre signatário faztabula rasa do artigo 6º da Lei nº8906/94, que estabelece inexistirhierarquia ou subordinação entreMagistrados, Advogados e Membrosdo Ministério Público, bem como,adota, sem qualquer hesitação, areprovável atitude de dois pesos e duasmedidas, ou seja, quando se trata deseus direitos e interesses, tudo éconstitucional, legal e procedente;quando se refere aos direitos einteresses dos Advogados Públicos,são pretensões inconstitucionais e, atémesmo, imorais, configurando o “tremda alegria”, deixando de lado avirtude principal do Magistrado: aImparcialidade.

Ressalte-se, ainda, que, sobre omomentoso tema, se pronunciaram oAdvogado-Geral da União, oPresidente Nacional da OAB e oSenador Geraldo Mesquita Junior,entre outras eminentes personalidades,todos consagrando a licitude e ocabimento das medidas reclamadas

pelos Advogados Públicos, o quedemonstra, à exaustão, que o Pre-sidente da Ajufe se excedeu nas suascríticas, chegando ao ponto de afirmarque “A 452, em seu artigo 132-B,prevê a concessão de garantias que,se conferidas à advocacia pública,vão subverter a ordem constitucionale democrática”, vaticínio catastróficoe bombástico que beira as raias doabsurdo.

Não me alongarei mais, nãosomente por falta de espaço, masporque a APAFERJ lançou umaEdição Especial contendo pronun-ciamentos e estudos que defendem,ponto por ponto, as medidas exe-cradas pelo Presidente da Ajufe,refutando, assim, a contrario sensu,as verrinas assacadas contra os Ad-vogados Públicos, peças fundamentaisna realização da Justiça, sendo ade-quado frisar que a atuação dessesprofissionais carreia para o Erárioquantia astronômica, capaz de atender,sem ônus para o Estado, ao pagamentodos seus subsídios, abrangidos ativose inativos.

A ironia da história aqui relatada,está contida na matéria intitulada:“Mobilização a favor de simetria”,publicada no Jornal do Commercio,edição de 30.11.10, em que aMagistratura Federal luta pela simetriaconstitucional com o MinistérioPúblico, alegando que o PoderJudiciário Federal é superavitário e nãodescartando “... paralisações e

greve, a exemplo dos movimentos dejuízes ocorridos na Espanha ePortugal recentemente”, conformesalienta o presidente da Ajufe.

Evidencie-se, por derradeiro, quea campanha promovida pelaAPAFERJ, integrante do ForumNacional da Advocacia PúblicaFederal, visa à obtenção de tratamentoisonômico remuneratório com oMinistério Público, o que somente seráassegurado se os Advogados PúblicosFederais tiverem as mesmas prer-rogativas e as mesmas vedações dosmembros daquele Ministério, resta-belecendo-se, aliás, situação que vi-gorou na década de sessenta, semqualquer subversão da ordem cons-titucional e democrática, contrariando,assim, o terrível vaticínio formuladopelo presidente da Ajufe e acimatranscrito.

Em agosto de 1999 escrevi umlivro denominado “CONTOS PA-TERNOS estórias que meu pai mecontou”, dedicado ao meu amado esaudoso pai e, em trecho desse livro,o sábio Desembargador, que presidiuo Tribunal de Justiça do Estado do RioGrande do Norte e teve publicadasmonumentais sentenças na tradicionalRevista Forense, assim se expressa:

“O Magistrado não é um serdivino, com poderes paranor-mais. É um ser humano comfalhas, dúvidas e medos. Torna-se fundamental que o Magistradonão se coloque numa redoma,distante, indiferente e olímpico. Oprincipal pilar de sustentação doJudiciário é a Credibilidade, eesta somente será adquirida, nãoapenas pela competência técnica,mas, fundamentalmente, peloconhecimento e pela compre-ensão dos erros, dúvidas e fra-quezas dos seres humanos. Asleis, apesar de impessoais eabrangentes, são elaboradas porpessoas, aplicadas por pessoas ea pessoas também são diri-gidas”.

Uma nota desafinada

Magistratus est lex

loquens; lex autem

est mutus

“O magistrado é a lei

que fala; a lei, porém, é

um magistrado mudo”.