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Page 1: JUNHO 2013 JORNAL DA APAFERJ - 1 · JUNHO 2013 JORNAL DA APAFERJ - 3 A Proposta de Emenda à Constituição (PEC) nº 207/2012, que confere autonomia administrativa e financeira para

JORNAL DA APAFERJ - www.apaferj.org.br 1JUNHO 2013

Page 2: JUNHO 2013 JORNAL DA APAFERJ - 1 · JUNHO 2013 JORNAL DA APAFERJ - 3 A Proposta de Emenda à Constituição (PEC) nº 207/2012, que confere autonomia administrativa e financeira para

JORNAL DA APAFERJ - www.apaferj.org.br2 JUNHO 2013

Márcio Alemany - Presidente

MENSAGEM DO PRESIDENTEMENSAGEM DO PRESIDENTE

A Constituição de

1988 repaginou

nossa Advocacia

Pública e o Estado

ganhou com nossa

Cidadania um novo rumo

a ser seguido. Nessa

revolução

aparentemente incolor

prosseguimos com a

conquista do quadro, da

carreira, dos novos

valores remuneratórios e

com a adoção do

subsídio. Foi criada a

Procuradoria-Geral

Federal e prossegue-se

com as melhorias das

carreiras de apoio, mas

continuamos distantes

dos valores que

protegem as carreiras da

Magistratura e do

Ministério Público

Federal sob todos os

aspectos. Não temos

verba de auxílio moradia,

de representação, ou

valores que possam

expressar garantia para

razoável alimentação. As

quantias percebidas para

viagens e transporte são

consideradas insuficientes.

Não temos planos de

saúde que nos garantam

coberturas decentes para

nós mesmos e nossas

famílias e a cada alteração

na remuneração dos

integrantes das demais

carreiras que também

exercem funções

essenciais à Justiça ficamos

à mercê do Ministério do

Planejamento, tomandoassento inútil na famigeradamesa de negociações,quando nos propõe a cadareunião míseros percentuaisdignos ou comparados àsesmolas colhidas nasquermesses dos festejosjuninos. Nossa passeata temsido surda, ora batemos naporta do AGU ora noMPOG e não saímos desseterrível pingue pongue empífio desfile, mas semprecontribuindo para aarrecadação fiscal aumentare sempre tambémesquecidos governo agoverno. Agora estamosem vias de engrossar asfileiras desse formidávelmovimento que pode-seidentificar como umacordar. Para uns difuso ouconfuso com centenas depleitos ou bandeiras ondetodos reclamam direitos eprovidências para ontem,fatos ou coisas simples oucomplexas que já poderiamter sido postas em práticaou com soluções em vias deacerto mas que ficaram parao amanhã ou comoparecem para o nunca.Muita propaganda e oba obamas resultado que é bom epalpável não se vê. Mas umacoisa é certa e visível e acada dia precisamos dizer“nossa Advocacia Públicafunciona!!!”, com satisfaçãoe muito orgulho seria oletreiro de nossa faixa. Ouo Governo nos ampara enos dá o que com todaJustiça, acerto e espíritopúblico, merecemos

receber oupermaneceremos emtodas as passeatas quesaírem por todos oslados e ruas do Brasil.Estamos cansados detantos pedidos e apelos.Nos pacotes para ascorreções e emendasnecessárias paraatendimento de nossoPovo, incluam a imediataaprovação da PEC nº443, pois não podemosmais perder quadros,levando a cada concursopúblico para as carreirasda Magistratura e doMinistério Públicodezenas de AdvogadosPúblicos, visto quenossos subsídios estãoem valores a cada diamais reduzidos já quenão são os mesmosatualizados em valorescompensatórios ao que épercebido se fossemparametrizados com oque percebem osMagistrados e osMembros do MP Federal.Não se trata de nada denovo mas de velho pleitohá muito em longa espera.O Povo Brasileiro nãopode ter um grupamentode Advogados Públicosfragilizado e diminuídonumericamente parapoder defender osinteresses jurídicos doEstado e de sua Cidadania.Nós nos incluiremos naressonância da voz roucadas ruas, cansados masresolutos nesta luta paraque tal bandeira sejaconquistada já.

A Voz Rouca da

Advocacia Pública

A Advocacia-Geral da União (AGU) afastou, naJustiça, a responsabilização indevida da União pelopagamento de verbas trabalhistas devidas porserviços terceirizados. Os advogadosdemonstraram que a União não pode ser obrigadaa arcar com valores quando não há comprovaçãode culpa.

Uma terceirizada acionou a Justiça para quefosse reconhecida a responsabilidade subsidiária daUnião pelos créditos trabalhistas advindos daprestação de serviços no Tribunal Superior doTrabalho (TST).

Na ação, a Procuradoria-Regional da União da1ª Região (PRU1) defendeu a ausência de culpa doTST na fiscalização do contrato de terceirização demão de obra, por não ter sido identificadaqualquer conduta irregular do órgão tomador dosserviços. Além disso, destacou que a Lei deLicitações e Contratos prevê que não háresponsabilidade subsidiária da entidade pública emrelação a encargos trabalhistas.

Além disso, os advogados da União defenderamque as verbas cobradas pela trabalhadoraterceirizada surgiram após o término da prestaçãode serviços ao órgão público e que, por isso, nãohaveria qualquer responsabilidade, conforme prevêa Súmula nº 331 do TST e da ADC nº 16 doSupremo Tribunal Federal. Dessa forma, apenas aempresa que a contratou é responsável por arcarcom qualquer débito trabalhista.

A 15ª Vara do Trabalho de Brasília/DF acolheuos argumentos da Advocacia-Geral e rejeitou opedido da autora. A Justiça trabalhista reconheceuque não poderia ser reconhecida aresponsabilidade da União, pois de fato não houvecomprovação de culpa e que os débitos surgiramapós encerrar a prestação de serviços no Tribunal.

“Além das verbas rescisórias já terem sidopagas, tem-se que todos os pleitos se referem amomento posterior à prestação dos serviços, ouseja, relativo somente ao pagamento das verbasrescisórias, quando não mais havia ingerência doórgão contratante na contratada, razão pela qualdescabe a responsabilidade subsidiária postulada”,destacou o juízo.

AGU comprova queUnião não pode serresponsabilizada por

pagamento indevido dedébitos trabalhistas de

terceirizado

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JORNAL DA APAFERJ - www.apaferj.org.br 3JUNHO 2013

A Proposta de Emendaà Constituição (PEC) nº207/2012, que confereautonomia administrativa efinanceira para aDefensoria Pública daUnião (DPU), foi aprovadapor unanimidade, emsegundo turno, pelaCâmara dos Deputados,em sessão extraordinária.

O presidente daAssociação Nacional dosDefensores PúblicosFederais (Anadef), GabrielFaria Oliveira, que esteve àfrente do movimento pelaaprovação do projeto,destacou a importânciadessa conquista. “Aautonomia orçamentária,administrativa e financeirada DPU é um primeiropasso para estruturar e

ampliar a instituição quegarante o acesso à Justiçaaos brasileiros que nãopodem pagar umadvogado. A vitória não éda categoria, mas doscidadãos”, afirmou Gabriel.

Segundo ele, a grandebeneficiada com aautonomia da DPU é apopulação, que passará aser melhor assistida. Hoje,mesmo com asdificuldades, as unidadesrealizam mais de ummilhão de atendimentos,mas o público-alvopotencial chega a 3milhões. Com oorçamento melhordistribuído, este númeropode dobrar em poucotempo e a DPU podechegar a cidades do

interior, o que nãoacontece hoje devido àfalta de estrutura. Hoje aDPU está presente emapenas 55 das 320subseções da JustiçaFederal. “Precisamosinteriorizar mais oatendimento e chegar atéa população mais carente,nos bolsões de pobreza”,afirma Oliveira.

Para o presidente daAnadef, o vínculo com oPoder Executivo nãopermitiu a evolução dostrabalhos dos defensoresfederais. “A DPU nãopodia continuar estagnada,funcionando semautonomia, apenas comoum anexo do Ministério daJustiça”, ressaltou GabrielOliveira. Nas Defensorias

PEC da Defensoria Públicaé aprovada na Câmara

Estaduais, onde já háautonomia, houve umavanço significativo nosserviços de assistênciajurídica, o que colaboroucom a diminuição dasdesigualdades sociais eimprimiu na população osentimento de que aJustiça é para todos,conforme estabelece aConstituição Brasileira.

Hoje são apenas 523defensores federais emcontraposição aos cercade 2 mil juízes federais, 7mil juízes trabalhistas, 8 milAdvogados da União, 1,8mil membros do MinistérioPúblico Federal e 5,2 mildefensores públicosestaduais, razão pela qual aestruturação do órgãodeve ser imediata. “Em um

governo cuja prioridade éerradicar a pobreza, estána hora de aumentar onúmero de defensoresfederais”, diz Gabriel FariaOliveira.

Estudo do GovernoFederal, elaborado há seteanos, estabelece que umnúmero razoável dedefensores federais fossede 1,5 mil em todo o País.“O justo seria seguir o queestá estabelecido naConstituição: onde houverum juiz, um promotor ouum advogado para aUnião, é indispensável apresença de um defensorfederal. Isso está longe darealidade”, afirma opresidente da Anadef.

Gabriel Faria OliveiraPresidente da Anadef

A Advocacia-Geral daUnião (AGU)demonstrou, no TribunalRegional Federal da 5ªRegião (TRF5), aimprocedência da açãoindenizatória movida pelaTebrasa Têxtil contra aSuperintendência doDesenvolvimento doNordeste (Sudene).

Com a atuação, osadvogados da Uniãoconseguiram economizarcerca de R$ 60 milhõesaos cofres públicos. Osvalores foram calculadospelos técnicos do NúcleoExecutivo de Cálculos ePerícias (Necap), órgão

da Procuradoria-Regionalda União da 5ª Região(PRU5).

A Tebrasa Têxtil obteve,em 1987, umfinanciamento junto àSudene paraimplementação de umaindústria para produção defios de algodão paravestuário no nordeste. Ocontrato de empréstimoestabelecia que o Fundode Investimentos doNordeste (Finor) seriaresponsável pelo custeiode 43,9% dofinanciamento.

Mas, por força do artigo26 do Decreto nº 101/91 e

do artigo 22 da Lei nº8.167/91, a Sudene teveque alterar cláusulas e criartermos aditivoscontratuais. Com asmudanças, o percentual doaporte feito pelo Finorpassou para 25,7% e adívida da Tebrasa foiconvertida em debêntures,além de outras alterações.

A empresa, então,entrou com ação pedindoa anulação das alteraçõesfeitas no contrato, etambém a devolução dasparcelas debitadas comvalores indevidos na contabancária da Tebrasa. Alémdisso, solicitou indenização

por perdas e danosmateriais supostamentesuportados pelasmudanças no contrato.

A Procuradoria-Regionalda União da 5ª Região(PRU5) sustentou que oartigo 4º do Decreto-Lei1.376/74, alterado peloDecreto-lei n.º 2.304/86,estabelecia a possibilidadede emissão de debêntures,o que tornou as alteraçõesfeitas pelo Finor dentro dalegalidade.

O Tribunal RegionalFederal da 5ª Região(TRF5) acolheu osargumentos da Advocacia-Geral, e manteve a decisão

da Justiça de primeirainstância que negouprovimento ao pedido deindenização e a anulaçãodas cláusulas contratuaisrealizadas pela Sudene nocontrato.

A decisão destacou que“é entendimentopacificado, nesse Tribunal,que a Lei 8.167/91 nãoviola direito adquirido aodispor sobre a nova formade garantia dofinanciamento previstopelo Finor. Esta Corte,inclusive, já se posicionousobre aconstitucionalidade da Leiem questão”.

AGU economiza mais R$ 60 milhões ao afastar pedidode indenização contra a Sudene

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JORNAL DA APAFERJ - www.apaferj.org.br4 JUNHO 2013

A Advocacia-Geral da União(AGU) apresentou manifestaçãocontra normas do Rio de Janeiroe do Mato Grosso regulam aconcessão de benefícios fiscaisrelativos às Operações relativas àCirculação de Mercadorias esobre Prestações de Serviços deTransporte Interestadual eIntermunicipal (ICMS) concedidospelos governadoresunilateralmente.

Os advogados a AGUconfirmaram que a concessãounilateral de benefícios fiscais pordeterminado ente federado, semautorização dos demais estado-membros e do Distrito Federalpor meio de convênio firmadocom o Conselho Nacional dePolítica Fazendária, acarreta emgraves prejuízos à economia e àsfinanças das demais regiões.

O governador de São Pauloajuizou duas Ações Diretas deInconstitucionalidade (ADIs)contra os Decretos nº 43.502/12e 43.503, ambas do governadordo Rio de Janeiro e do Decretonº 1.944/89 do Mato Grosso.

ManifestaçãoA Secretaria-Geral de

Contencioso (SGCT), órgão daAGU, defende que o artigo 150da Constituição Federal exige,para a concessão de benefíciosfiscais (redução da base decálculos, créditos presumidos,anistias, deferimentos,parcelamentos de débitostributários, etc.), a edição de leiespecífica pelo estadocompetente para instituir otributo. “Conceder benefíciofiscal independentemente deprevisão legal e de autorizaçãodos demais estados e do DistritoFederal, ofende os artigos

constitucionais”, diz um trecho damanifestação.

No caso do decreto de MatoGrosso, os advogados da AGUexplicaram que foi determinada aconcessão de crédito presumidoaos estabelecimentos inscritos noCadastro de Contribuintes doestado, o que ofende a reservade lei prevista na Constituição e aseparação dos Poderes. Já asnormas do Rio de Janeiroreduzem a base de cálculo doICMS nas operações internas e deimportação realizadas porindústria e também concedecrédito presumido.

De acordo com o textoconstitucional, é vedado à União,estados, Distrito Federal emunicípios o aumento ou aexigência do tributo semestabelecer uma lei formal ousem deliberação pelos referidosentes. Além disso, a Advocacia-Geral demonstra que a concessãounilateral de benefícios fiscais pordeterminado ente federado podegerar também graves prejuízos àeconomia e às finanças dosestados.

A SGCT manifestou-se pelodeferimento parcial dos pedidosformulados pelo autor, parasuspender apenas de algunsartigos dos decretos cariocas.Quanto ao de Mato Grosso, aAGU defende a suspensão docaput da norma, das expressões“o crédito presumido de quetratam o caput e o parágrafo 1°,bem como”; “que servirá de basepara o cálculo do créditopresumido de que trata o caput”,constante do inciso VI doparágrafo 6°, todos do artigo 15do Anexo IX do Decreto.

As ADIs são analisadas no STFpelo ministro Dias Toffoli.

A Advocacia-Geral da União(AGU) vem derrubando açõesjudiciais solicitando o aumento dovalor do auxílio-alimentação deservidores públicos federais. Nasdecisões em primeira instância, aJustiça já adota o entendimentode que cabe ao Ministério doPlanejamento, Orçamento eGestão (MPOG) definir o valormensal do benefício.

Dois casos cuja atuação daProcuradoria-Regional da Uniãoda 1ª Região (PRU1) afastou oreajuste indevido confirmam atese de impossibilidade dereajuste remuneratório pela viajudicial. Os servidores pleiteavam,em ações distintas, equiparaçãodo valor do auxílio-alimentaçãocom o benefício recebido pelosservidores do Tribunal de Contasda União (TCU). Alegavam aindaque tinha o direito à diferença amais pelos tíquetes já pagos.

Os advogados da Uniãocontestaram o pedidosustentando, primeiramente, queo artigo 22, parágrafos 1º e 2º, daLei nº 8.460/92, com redaçãomodificada pela Lei nº 9.527/97,incumbe ao Poder Executivo aconcessão mensal, em moedacorrente, do auxílio-alimentação.

O dispositivo legal foiregulamentado pelo Decreto nº3.887/01, cujo artigo 3ºdetermina que cabe ao MPOGfixar o valor do benefício,observadas as diferenças de custopor unidade da federação.

Além disso, a Procuradoriaressaltou o entendimentoconsolidado na Súmula nº 339 doSupremo Tribunal Federal, de que“é vedado ao Poder Judiciárioaumentar vencimentos, ainda quede forma indireta, de servidorespúblicos sob o fundamento deisonomia”, e o disposto no incisoXIII do artigo 37 da ConstituiçãoFederal, que impede,expressamente, a equiparaçãoentre quaisquer espéciesremuneratórias no serviço público.

Os fundamentos expostos pelaAdvocacia-Geral foram acolhidos,nos casos, pelas 23ª e 24ª Varasdo Juizado Especial Federal Cívelda Seção Judiciária do DistritoFederal. As decisões destacaramque a fixação do valor do auxílio-alimentação está a cargo de cadaPoder, não sendo permitido aoPode Judiciário majorar obenefício sob pena de violação doprincípio constitucional deseparação dos Poderes.

AGU diz que decretosestaduais não podem concederbenefícios fiscais sobre o ICMSsem autorização dos estados

Vedada equiparação de auxílio-alimentação de servidores

públicos do Executivo com o valordo benefício concedido pelo TCU

As nuvens mudam sempre de posição, mas são

sempre nuvens no céu. Assim devemos ser todo dia,

mutantes, porém, leais com o que pensamos e

sonhamos; lembre-se, tudo se desmancha no ar,

menos os pensamentos. (Paulo Baleki)

....

A força não provém da capacidade física e sim de uma

vontade indomável. (Mahatma Gandhi)

....

Viver é a coisa mais rara do mundo. A maioria das

pessoas apenas existe. (Oscar Wilde)

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JORNAL DA APAFERJ - www.apaferj.org.br 5JUNHO 2013

Allam SoaresProcurador Federal

IHá alguns anos,

escrevi que o direitode resistir tinha comofundamento o repúdioao totalitarismo e,para seureconhecimento,necessitava de doispré-requisitos: oconsentimento dopovo e seu exercícioem favor do bem-comum.

Os temposhistóricos conheceramesse direito e seuexercício, inclusiveprevisto no Código deHamurabi. Há algunsanos, notável figurahumana, que lutou naResistência contra onazi-fascismo e esteveentre os que redigiramo texto da DeclaraçãoUniversal dos DireitosHumanos, escreveu umpequeno e precioso

livro chamado: “Indignez-vous” (Indignem-se).Neste livro, provocava osjovens para queabandonassem suapassividade e lutassem,utilizando uminconformismo pacífico.Esse escritor, de 91 anos,Stephane Hessel, nascidoem Berlim e criado naFrança, questionavapráticas financeiras e apolítica migratória,defendia o meio ambientee, com vigor, a liberdadede imprensa.

Agora, os brasileiros -que atuam pacificamente– levantam comobandeiras a redução dospreços nas passagens, orepúdio à PEC 37, o fimda corrupção, a melhoriada Política,principalmente, as daSaúde e Educação(públicas e privadas).

Restrinjo-me a estescomentários, porqueescrevo em 24.6.13. Sãoimprevisíveis odesenvolvimento e aduração dessemovimento, que, deinício, tentou serouvido, por exemplo,através de um milhão deassinaturas contra oCódigo Florestal, contraa Usina de Belo Monte,contra certa candidaturaa Presidente da Câmarados Deputados e foiignorado, sob alegaçãode que não passava deum protesto virtual. Deuno que deu.

Certo é que, empouco tempo, já obteve –apesar da violência devândalos infiltrados nas

passeatas – a suspensãodo aumento nostransportes, a garantia deque não será reduzido orepasse relativo ao Fundode Participação dosEstados (FPE) e queaqueles que eles atacamnão tenham a mesmadesenvoltura nos mal-feitos futuros. Não épouca coisa.

IITenho sido

questionado por amigospor me insurgir contra aPEC 37/2011 (J. daAPAFERJ – dez/12), a qualprevê, em seu par.10º, aser acrescido ao art.144,da CF/88, que“incumbem,privativamente, às políciasfederal e civil dos Estadose do Distrito Federal,respectivamente, aapuração de infraçõespenais, de que tratam ospar.1º e 4º desse artigo”.(grifei)

Criticam-me, ainda,por concordar comdecisões da SupremaCorte sobre a gestaçãode fetos anencéfalos,cotas raciais, células-tronco-embrionárias e aunião homoafetiva (J. daAPAFERJ – jun/11), porentenderem que houve ausurpação dacompetência doParlamento ou, em outraspalavras, a Corte Máximanão teria jurisdição parajulgar tais questões,havendo, inclusive, umcerto ativismo judicial.

Quanto à primeiraquestão (PEC 37/11), acompetência do

Ministério Públicodecorre da ConstituiçãoFederal (art.129, VI a IX),da Lei Complementar 75/1993 e da Lei nº 8625/1993. Com esteio nestasLeis, vem, em todas asinstâncias, sendoreconhecida essacompetência, inclusiveprotegida porjurisprudência do STJ eSTF.

Ressalte-se que, nasdemocracias, essa é umatendência universal.Estava em Nova Yorkquando ocorreu oatentado terrorista emBoston e me recordo quetodo o trabalho foiconduzido em conjuntopela Polícia, o MinistérioPúblico e o Juiz Federaldessa cidade. Igualmente,na tentativa de assassinatodo Papa João Paulo II, umacusado de nomeMehmet Ali Agca foirapidamente inquiridopela Promotoria Italiana.

Demais disso, éinimaginável que a PolíciaBrasileira, em grandeparte com um trabalhosem muita eficácia – porculpa dos diversosGovernos –, possadesincumbir-se dessaenorme atribuiçãoprivativa, que lhe queremconceder.

Já a pretendida invasãode competência doCongresso, se ocorreu,não foi pela vontade daCorte Máxima, mas pelagrande quantidade dedemandas que lhe sãosubmetidas por pessoas eentidades classistas, bemcomo pelos próprios

Uma Nova Resistência

“Meu avô lutou

pela Liberdade,

meu pai pela

Democracia e

eu luto pela

Cidadania.” (em

cartaz de um

manifestante)

políticos que preferemescapar de matériascontrovertidas. Há,ainda, um certodescrédito em relação àpolítica, como asrecentes manifestaçõespopulares evidenciam.

Em casos como osque acima citei, é quesurge o SupremoTribunal Federal, paraatender a relevantesquestões sociais nãocontempladas pelosusuais canais políticos,suprindo, ainda, lacunase sanando omissõeslegais.

Na Grécia antiga, acomunidade reunia-sena Ágora (praça pública)para analisar as contasdos Arcontes, chefesmilitares, embaixadorese de outros queadministrassem os benspúblicos. Agora, pareceque, além da firmeatuação do STF, a lutapelos direitos civis passapela “web”.

Allam soaresProcurador Federal

Em tempo: Achoimprescindíveis asmanifestações e,também, que elas seharmonizem com odireito de ir e vir dapopulação, motorizadaou não, além de umentendimento com osresponsáveis pelasegurança pública, paraque se impeça adestruição de benspúblicos e privados,por vândalosinfiltrados.

Allam

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JORNAL DA APAFERJ - www.apaferj.org.br6 JUNHO 2013

A Advocacia-Geral da União(AGU) assegurou, na Justiça,decisão administrativa de excluiros medicamentos Plasmim 60,Istarplas S e Istarhes da lista depreços autorizados pela AgênciaNacional de Vigilância Sanitária(Anvisa). Os procuradoresfederais confirmaram que aempresa Halex Istar inseriu, emseu relatório de comercializaçãode 2002, os produtos semapresentar os critérios legais paraformação dos preços.

A empresa alegava ser pioneirana fabricação e comercializaçãode medicamentos derivados dohidroxietilamido no mercadonacional e que produz o Plasmimhá mais de 10 anos. Omedicamento é usado parareposição de sangue. Segundoela, o remédio foi enquadrado

pela Câmara de Regulação doMercado de Medicamentos(CMED) na categoria II e seuspreços foram acatados pelaAgência Reguladora e que osdemais medicamentos seriamapenas novas evoluções dorespectivo produto. Assim,sustentou que para rever ospreços, a Anvisa deveria manteros valores já praticados até o finaldo procedimento administrativo.

Atuando no caso, aProcuradoria-Regional Federal da1ª Região (PRF1) e aProcuradoria Federal junto àAgência (PF/Anvisa) destacaramque a CMED não percebeu ainserção indevida, devido aexistência de mais de 20 milmedicamentos. Segundo osprocuradores federais, houve má-fé da empresa.

De acordo com as unidades daAGU, a Anvisa constatou que opreço do Plasmin, utilizado àépoca como base de cálculo paraobtenção dos preços de entradado demais medicamentos, eranulo. A Agência então convocoua Halex Istar para uma reuniãoem novembro de 2011, onde elaassumiu que não encaminhou odocumento informativo de preçoem 2002, tendo apenas incluído oproduto no relatório.

A AGU defendeu que a atuaçãoda autarquia encontra respaldo noprincípio da precaução, de forma aevitar práticas que coloquem emrisco a saúde pública e causemdanos aos consumidores, bemcomo, no exercício regular dopoder de polícia da Anvisa, que semanifesta na imposição de controlesanitário adequado.

Segundo os procuradoresfederais, após identificar a fraudee obter a confirmação daempresa, a autarquia decidiuanular os preços concedidos eretirá-los da lista de valoresautorizados pelo órgão,enquadrando-os como “casoomisso”, pois não se enquadramna Resolução CMED nº 2/2004.

A 14ª Vara da Seção Judiciária doDistrito Federal acolheu osargumentos da AGU e julgouimprocedente o pedido daempresa. “Foi correta a decisão deenquadrar os medicamentosmencionados como “caso omisso”,na medida em que não seenquadram nas categorias daCMED, uma vez que foiconstatado que os preçosapresentados foram irregulares”,destacou o juízo.

Procuradores asseguram exclusão demedicamentos da lista de preços autorizados

pela Anvisa por não possuir critérios legais

A Advocacia-Geral da União(AGU) evitou, na Justiça, opagamento indevido de danosmorais pela União a um homemque teve conta penhorada viaBacenJud, para garantir opagamento de dívida em ação deexecução. Os advogados da Uniãoconfirmaram que o procedimentonão gerou qualquer dano ao autor,sendo impossível responsabilizar oEstado por um prejuízo que nãoocorreu.

Em 2010, a 24ª Vara Federalda Secção Judiciária do estado dePernambuco determinou opagamento da dívida peloresponsável em uma Ação deExecução em Título Extrajudicialmovida pela Ordem dos

Advogados do Brasil emPernambuco, por inadimplência.

O autor então recorreu à Justiçaargumentando que firmou umacordo e parcelou seu débito,sendo que a primeira parcela foipaga no início de dezembro de2010. Porém, segundo ele, nomesmo mês sua conta foibloqueada através do sistema depenhora on-line Bacen/Jud, ondepermaneceu mais de 10 dias nessasituação, o que teria gerado direitoà reparação pelo dano moralsofrido.

Ao contestar os argumentos, aProcuradoria Regional da União na5ª Região (PRU5) explicou que aconta foi bloqueada antes dacelebração do acordo e o

pagamento da primeira parcela dadívida. Segundo a unidade da AGU,não houve qualquer irregularidadeno procedimento de bloqueio daconta para garantir o pagamento dadívida, pois a informação sobre oacordo entre as partes chegou umdia depois da penhora.

De acordo com os advogadosda União, assim que chegou ainformação, foi determinado deimediato o desbloqueio da contado devedor, ficando nessa situaçãopor apenas cinco dias. Por essemotivo, não seria cabível opagamento de indenização pordanos morais, já que oprocedimento ocorreu antes doacordo e não ficou comprovadaqualquer fraude no caso.

Por fim, a AGU reiterou que aUnião não pode serresponsabilizada pelos prejuízosdecorrentes de atos judiciais,exceto quando comprovado osdanos. Argumentou, ainda, que obloqueio de qualquer quantiainferior a R$ 4.000,00, por si só,não é considerado suficiente paraabalar moralmente o autor, e queseria ilegítimo transformar osuposto dano moral em fonte deenriquecimento ilícito.

Diante dos argumentos daAGU, a 31ª Vara Federal dePernambuco julgouimprocedente o pedido, sob oargumento de que não houveerro do Juízo ao determinar obloqueio da conta.

Advogados impedem pagamento de danos morais por penhoraregular de conta para garantir cobrança de dívida

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JORNAL DA APAFERJ - www.apaferj.org.br 7JUNHO 2013

Antonio C. Calmon N. da GamaDiretor de Divulgação da APAFERJ

Fatos . Fatos . Fatos . Fatos . Fatos .Fatos . Fatos . Fatos . Fatos . Fatos .

PENSAMENTO

MomentoLiterário

C N JMais uma vez, desta feitaem nome da Diretoria daAPAFERJ, nossascongratulações ao ilustreProfessor eDesembargador Federalda 2ª Região, Dr.Guilherme CalmonNogueira da Gama porestar integrando oConselho Nacional deJustiça. Desejamos aonovo Conselheiro depleno êxito nodesempenho de suasfunções.

organizadora a Seccionalda OAB realizará eventosno maior fórum dedebates da Ordem. Olocal escolhido para oconclave, que aconteceráno segundo semestre, foio Centro de Convençõesda Barra da Tijuca –Riocentro.

CAARJ CULTURALA Comédia Tarja Preta,de Adriana Falcão,estará em cartaz nomês de junho no CaarjCultural. Sob a direçãode Ivan Sugahara, a peçatrata de forma leve,divertida e delicada deum tema da atualidadeou seja as implicações efunções dos remédiosde tarja preta. Asapresentaçõesacontecerão sextas esábados, às 23 horas edomingo às 17 horas,no Teatro Leblon – SalaFernanda Montenegro.Vale a pena conferir.

É BOM LEMBRARA Direção da APAFERJtem mantido contato comalguns Deputados Federaisque fazem parte daComissão Especial em quese encontra tramitando aPEC 443, procurandodesta feita acelerar oandamento do Projeto dointeresse das Associaçõesque compõem aAdvocacia Pública comoum todo. Vale a penarepetir que devemos uniresforços para alcançar onosso objetivo que é aremessa do projeto para oPlenário da Câmara e suavotação.

CENTRO HISTÓRICOA Advocacia-Geral daUnião conseguiu, noJudiciário de Cuiabá/MT,decisão para demolirtrês pavimentos deprédio em área tombadano Centro Histórico deCuiabá, bem como areconstituição da fachadado andar térreo, com ascaracterísticas originais. Amedida só foi possível emface de o Tribunal acatarrecurso da Procuradoria,que demonstrou deforma insofismável o nãoatendimento dotombamento do imóvelna reforma realizada peloréu. Mais uma vitória.

CURSO DEEXTENSÃO

A Escola da AGU em SãoPaulo informa que já estãoabertas as inscrições parao Curso de Extensão –“Atualidades sobre aDefesa da Fazenda Públicaem Juízo” do dia 14 demaio até 18 de junho nohorário das 9:00h às 13h.Local: Auditório do Centrode Estudos jurídicos daProcuradoria do Municípiode São Paulo – Pátio doColégio nº 5 – 4º andar –Centro – São Paulo.

SÚMULAS DA AGUSÚMULAS DA AGU

COMENTADAS.A obra, coordenada porAdriana Aghioni Fantin eNilma de Castro Abe,celebrando os 25 anos daAdvocacia-Geral daUnião (AGU), sepropoem analisar asfundamentaçõesexpendidas pelos autores

deste livro e que estãocontempladas em 68súmulas publicadas atéfevereiro de 2013. A obrafoi editada pela EditoraSaraiva. Maioresinformações pelotelefone (11) 4003-3390ou pelo sitewww.saraiva.com.br.

LANÇAMENTO IIADVOCACIA ECIDADANIA IV.

O livro da editoraLawbook e de autoria dojurista João PedroAyrimoraes e é o quartode uma série. A obra quese compõem de artigospublicados na imprensaversando sobre situaçõessociais que marcam avida dos brasileiros e osaspectos jurídicos que osenvolvem. Vale a penaconferir. Maioresinformações pelotelefone (19) 8134-4058ou pelo [email protected].

MESA REDONDAO Centro Cultural daJustiça Federal (CCJF) irásediar, entre os dias 17 e22 de junho, o evento“Diálogos Globais. Ética edireitos humanos”. Amesa-redonda tratará detemas relevantes como acorrupção e credibilidadepública, meio ambiente,desenvolvimento esustentabilidade e contará

“Sábio é aquele que tomaas decisões depois demadura reflexão”

Frei Almir RibeiroGuimarães

OS QUATROELEMENTOS

O FOGO aquece meualimento, afasta as trevase afugenta as ferasO AR purifica meuspulmões, traz-me operfume das flores e meconta estórias que ouviunoutras paragensA ÁGUA banha meucorpo, sacia minha sedee carrega para longe astristezas da VidaA TERRA me permitecaminhar, conheceroutras pessoas eenterrar bem fundo aminha Saudade.

O FOGO queima astristezas,O AR renova ospulmões,A ÁGUA reflete asbelezas,A TERRA une oscorações.

Eu trago o FOGO daVida,Respiro o AR davontade,Com ÁGUA lavo a ferida,Na TERRA enterro aSaudade.

R. Robinson S.Junior

Guilherme CalmonNogueira da GamaDesembargador doTribunal Regional Federalda 2ª Região.

CONFERÊNCIAO Rio de Janeiro foiescolhido para sediar, em2014, a ConferênciaNacional dos Advogados.Ao receber a notícia, oPresidente da OAB/RJ,Felipe Santa Cruz,comemorou, pois quinzeanos atrás o Rio recebeuesta honra. Como

com a visita dadelegação do CarnegieCouncil for Ethics inInternacional Affairs aoBrasil. As inscrições nolocal e programação nosite www.ccjf.trf2.gov.br.

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JORNAL DA APAFERJ - www.apaferj.org.br8 JUNHO 2013JORNAL DA APAFERJ - www.apaferj.org.br8 JUNHO 2013

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JORNAL DA APAFERJ - www.apaferj.org.br10 JUNHO 2013

A Advocacia-Geral da União(AGU) atuou na recuperação de R$13 milhões devidos pelo BancoBamerindus S/A ao Instituto Nacionaldo Seguro Social (INSS). O valorcorresponde ao saldo positivoresultante da arrecadação epagamento de benefíciosprevidenciários, denominado floating,que eram regulados com base naMedida Provisória (MP) nº 164/1990.

A determinação para devoluçãoconsta no acórdão nº 445/2002 doTribunal de Contas da União (TCU)pela condenação do Bamerindus arestituir os valores do chamadofloating, por terem sidotransferidos indevidamente pelaautarquia previdenciária.

Apurada por meio de Tomadade Contas Especial, a dívidaremonta ao início da década de 90.Na época, diversos bancosprestavam serviços ao INSSrelativos à arrecadação decontribuições previdenciárias e aopagamento de benefíciosprevidenciários.

Na sistemática normal, anterior àMP nº 164/1990, os bancosrecebiam valor fixo por cadaoperação e tinham o prazo de até 10dias para repassar ao INSS ascontribuições arrecadadas, caso ovalor dos benefícios pagos fosseinferior ao valor da arrecadação.Contudo, a autarquia era obrigada areembolsar os bancos em dois diaspelos valores pagos a título debenefícios previdenciários, quando ovalor da arrecadação fosse inferiorao valor dos benefícios pagos.

O floating consistia na retençãopelos bancos da diferença entre areceita dos valores arrecadados emnome do INSS e os custosfinanceiros advindos dos pagamentosde benefícios também realizados emnome da autarquia previdenciária,apurada nas movimentações diáriasdas instituições financeiras.

As alterações introduzidas pelaMP nº 164/90, que foi convertidana Lei nº 8.012/90, igualaram osreferidos prazos de repasse paradois dias tanto para os bancoscreditarem o saldo em favor doINSS, quanto para os bancosreceberem da autarquiaprevidenciária. Todas as operaçõeseram realizadas sem incidência decorreção monetária.

Especificamente nas operaçõesde novembro e dezembro de 1991,o então presidente do INSS, mesmosem fundamento legal, autorizou opagamento de correção monetáriaem favor das instituições financeirassobre floating resultante da diferençaentre o total de benefíciosprevidenciários pagos e o total decontribuições previdenciáriasarrecadadas.

Na Tomada de Contas, osbancos não demonstraram aexistência de desequilíbriofinanceiro para auferir a correçãomonetária que embasasse aautorização expedida pelopresidente da autarquia à época. Aausência da previsão legal ensejou acondenação do Bamerindus e demais 50 instituições a devolveremos valores da correçãoindevidamente pagos pelo INSS.

A Coordenação-Geral deCobrança e Recuperação deCréditos da Procuradoria-GeralFederal (CGCOB/PGF) e aProcuradoria Federal Especializadado Instituto (PFE/INSS) atuaram deforma articulada para viabilizar opagamento de R$ 13.050.873,00devidos pelo Bamerindus, que seencontra em liquidação extrajudicial.A AGU está ajuizando as execuçõesreferentes às demais instituições,também em atenção ao acórdão doTCU, vêm sendo ajuizadas namedida em que os respectivosdocumentos são encaminhados peloórgão de controle externo.

A Advocacia-Geral da União(AGU) apresentou, no SupremoTribunal Federal (STF), pedido deingresso como “amicus curiae”em recurso proposto pelomunicípio de Leme/SP quediscute o reajuste e a revisãogeral anual a servidores públicos.Como o pedido foi apresentadoem outras ações semelhantes, aInstituição defende o interessedireto da União no caso, devido apossível repercussão financeiraem âmbito federal.

Inicialmente, o Sindicato dosServidores Públicos Municipais deLeme ajuizou ação contra supostaomissão do prefeito do municípioem enviar, de 2004 a 2008,proposta de lei prevendo oreajuste salarial e requerendoessa concessão.

A 8ª Câmara de DireitoPúblico do Tribunal de Justiça doestado de São Paulo acatou opedido do sindicato,determinando que o prefeitoenviasse no prazo de 30 dias, oprojeto de lei. Em RecursoExtraordinário contra a decisão,o município expõe interessesemelhante ao exigido emdiversas outras ações judiciais nasquais a União é demandada como objetivo de ser forçada aencaminhar projeto de lei sobre arevisão da remuneração dosservidores públicos federais.

Ao requerer o ingresso daUnião na ação, a Secretaria-Geralde Contencioso (SGCT) da AGUdestacou que a decisão interessadiretamente à AdministraçãoFederal, pois servirá comoparâmetro para as demais ações.Além disso, lembrou que o

próprio STF já reconheceu arepercussão geral da matéria.

De acordo com a Instituição, écompetência do prefeito domunicípio a iniciativa deapresentar projeto de lei sobre aremuneração dos servidorespúblicos municipais, bem como arevisão geral anual prevista naConstituição tendo em menteque os estados e os municípiosdevem observar esses princípiosconstitucionais.

A Advocacia-Geral explicou,ainda, que o planejamentoorçamentário da União pode serprejudicado, resultando nadiminuição de recursosdestinados a outras açõesrelevantes relacionadas asegurança, infraestrutura,combate à pobreza, saúde,educação, dentre outras áreasessenciais. Além disso, defendeuque a concessão de reajuste aservidores públicos implica emaumento do gasto com pessoalnão previsto no orçamento.

Segundo a manifestação daSGCT, estudo do Ministério doPlanejamento, Orçamento eGestão aponta, por exemplo, queum reajuste de 1% sobre a folhade pagamento da União, vigenteem dezembro de 2012, resultariaem um aumento anual com ogasto de pessoal de mais de R$2.3 bilhões . Tal previsão deixaevidente que um impactoorçamentário dessa ordemgeraria mudanças consideráveissobre o cenário econômico efiscal de todo o país, assinalou oórgão.

O caso segue atualmente sob arelatoria do Ministro Luiz Fux.

AGU consegue restituir R$ 13milhões ao INSS transferidos sembase legal ao Banco Bamerindus

Advocacia-Geral defende no STFcompetência de governo

municipal no envio de projetosobre reajuste anual

de servidores públicos

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JORNAL DA APAFERJ - www.apaferj.org.br 11JUNHO 2013

José Salvador IorioProcurador Federal

Já há algum tempo ve-nho estudando a problemá-tica do curso Universitáriono Brasil, agora mais especi-ficamente sobre os médicos,ao tomar conhecimento dosrecentes comentários sobreo encaminhamento que oGoverno deseja oferecersobre a questão da carênciado atendimento médico emnossos hospitais e nas cidadesdo interior, fiz a seguinte re-flexão obre as nossas Uni-versidades e os problemasvividos nas famílias que per-cebem a vocação e o desejode um filho cursar Medicina.

Exemplifico o esforço queum pai faz para formar umfilho. Cito um caso real,porém comum em nossaclasse média, de uma mãe,viúva com três filhos, todoseles em fase de concluir oensino médio, e já sepreparando para o esforçodo ingresso em umafaculdade pública. O filho maisvelho, que concluiu o ensinomédio em 2011, prestouexame no ENEM comopção para universidadepública de medicina. Suamédia 8,l ficou abaixo damédia mínima exigida, ouseja, 8,5.

Prestando exame na redeparticular, classificou-se entreos 30 primeiros colocadospara A Faculdade deMedicina de Petrópolis. A

mãe não vacilou em matriculá-lo. Para pagar a taxa dematricula e dispor derecursos para o pagamentodas mensalidades do ano letivo,vendeu o carro, usou suaseconomias, fez empréstimo,pois, não conseguiufinanciamento pelo FIES ouCrédito Educativo.

As mensalidades cobradas,hoje, pelas faculdadesparticulares, giram em tronode quatro mil reais.

Desse caso particular,generalizando para as famíliasbrasileiras, levando em conta oesforço extremo, com asdificuldades com que sedefrontam para manter umfilho em uma universidade, ospais não desanimam, pois,entendem que é investir nofuturo do filho. Essa situaçãonão é vivida por um único, esim pela maioria dos pais quetêm filhos nas universidades.Sabem que enfrentarãomomentos difíceis, deincerteza, mas válido, mesmocom todos os ônus queestarão obrigados a assumir.

Isso não é de hoje, poismédico de minha amizade,com o qual conversei sobre opresente, não se surpreendeu,pois também passou por tudoisso. Seu pai vendeu umimóvel para custear seusestudos na Faculdade deMedicina de Teresópolis, emesmo assim, no decorrer docurso, se viu obrigado a buscarapoio no FIES, e teve a sortede conseguir para concluir ocurso.

Cada vez maior é onúmero de jovens, a cada ano,na busca da formação superior.As vagas disponíveis nãoacompanham o significativoaumento do número departicipantes.

Para comprovar essacrescente participação, oENEM de 2013 inscreveu maisde sete milhões, contra oENEM de 20l2 que foram maisde cinco milhões. Isso nos levaa perceber, face ao limitadonúmero de vagas, que milhõesde jovens verão suasesperanças esmaecerem nasEstreitas Portas de nossasUniversidades.

Todas essas dificuldades quese fazem presentes no cami-nhar diário desses jovens uni-versitários, e de suas famílias,hão que ser superadas a cadamomento. Obrigam a umavida difícil e controle exageradonos gastos da família. Ves-tuários, lazer, compras extrasnecessárias, só quando o or-çamento permite. Supérfluosnem pensar. Os custos da vidado estudante são elevadoscom as mensalidades, comprade livros e demais material es-colar, além, é claro, da alimen-tação, transportes, e tudo maisque implica a sobrevivência deum estudante.

Face ao exposto, mesurpreende o interesse oravigente de favorecer milharesde médicos estrangeiros, paraemprego no Brasil, preterindoos médicos brasileiros.

Estaremos sendo justoscom nossos Médicos e nossosjovens recém-formados, que,a duras penas, e com todo osacrifício, concluíram seusestudos, e que estão à esperade uma oportunidade detrabalho?

Acredito que o assunto emtela há de ser apreciado comextrema cautela, quando forpara apreciação em nossoCongresso Nacional, pelosnossos Deputados e Senado-res. Todos esses fatores hão deser bem pesados e pensados.

Espero que ao referendar adecisão, seja assegurada adevida prioridade aos médicosbrasileiros.

Esse direito da Classe Mé-dica Brasileira há de ser man-tido. Tanto sacrifício, tantaabnegação, tanto desprendi-mento, com despesas incon-táveis, em muitos casos esgo-tando os recursos da famíliacomo um todo, e ao seu final,mais um momento difícil esurpreendente se apresentacom a idéia de oferecer onosso espaço de trabalho aosmédicos que certamente,terão até mesmo queaprender a falar corretamentea nossa língua pátria.

Lembremos que grandeparte desses jovens, ao seformarem, já são devedoresaos cofres públicos, visto aobrigação do ressarcimentodo empréstimo havido atravésdo FIES, e do CréditoEducativo, que terá de saldardurante alguns anos, em cotasmensais, e alguns bemonerosos. Para cumprir comesse pagamento, certamente,terão de ter uma ocupaçãoremunerada.

Acredito que aoportunidade é impar, paraestimular esses jovens médicosa irem trabalhar nos lugaresonde for determinado pelogoverno, na planejadainteriorização dos serviçosmédicos. Como estimulo, epara firmá-los nesses locais, háque serem pagos com omesmo valor pretendido parapagar a esses médicosestrangeiros que viriam.Estudar-se-ia quitação de seusdébitos educativos, e para isso,estariam condicionados a lápermanecerem pelo temponecessário a tal amortização,além da possibilidade de

adquirirem vínculos, epermaneceremdefinitivamente nessascidades do interior do nossoimenso Brasil, que tantasoportunidades podemoferecer aos jovensiniciantes de uma novaatividade profissional.

Por sua vez, os formadosnas Universidades PúblicasFederais e Estaduais,poderiam, como umaforma de retorno por suaformação inteiramentegratuita, por umdeterminado período, darplantões quinzenais oumensais, em unidades darede publica.

Assim, as vagas quedizem existir e que desejamOFERECER AOSMÉDICOSESTRANGEIROS, nadamais justo e certo quesejam ocupadas pelosMÉDICOS BRASILEIROS.

Estaremos dando a justaprioridade aos nossos jovensformandos, oferecendo-lhesoportunidade de emprego,de ocupação, dentro de seucampo e de suaespecialidade profissional.

Concluindo, em meus 80anos, outro não é meudesejo; como cidadão, deainda ser útil com estapretensa sugestão, na buscade encontrar soluções paraos problemas que afligemnossa sociedade, nossopovo, a requere atenção denossas autoridades.

Se de tudo a presenteexposição não for oportuna,fica o desejo do exercício dacidadania, desse brasileiroque acredita em nossasInstituições e no espíritopúblico de nossosgovernantes.

A Polêmica Importação de Médicos

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JORNAL DA APAFERJ - www.apaferj.org.br12 JUNHO 2013

Carmen LuciaVieira Ramos LimaProcuradora Federal

Reflexões:

Coisas pequenas egrandiosas acontecemsempre. Algumas passamdespercebidas. Talvez asgrandiosas. Curiosamente aspequenas podem pontuarsituações que deveriam serdevidamente observadas,para evitar grandes males.

Há poucos dias, abrindoo meu correio eletrônico, apropósito de umamensagem aguardada,recebi, de graça (podia serbilhete premiado), umapágina inteira enviada porpessoa/pessoas, quepareciam ser conhecidas,pois, falavam “Olá Carmen,seguem nossas credenciais eo que fazemos: somos 2milhões de pessoas, em 8países, 6 continentes,falando 17 línguas, vivendode doações. Aqui estamos 9pessoas (Pedro, Carol etc) etemos por objetivo apoiaros povos nas suas lutas,reivindicações, necessidades.Somos uma ORG. chamadaAvraaz e você pode fazercontato conosco, se quiser...etc”. Não me pareceu umaorganização extraterrestremas, bastante interessadaem mexer com asestruturas. Não lido comredes sociais. Quem sou eupara ser escolhida e viajarem nave, qualquer que seja!Enfim, coisas estavam eestão acontecendo nas ruase nas redes sociais...

Certamente, a Agência deSegurança dos EUA nãoperdeu esses dados,monitorando as empresasprovedoras de Internet doBrasil, incluindo o conteúdo domeu computador. Mas, e aí? AInternet é um bebê que jánasceu grande, obeso,poderoso. Países de grandetrânsito virtual precisarãoadotar esse “monstro”, paracompartilhar obrigações edireitos com os EUA,integrando /criando algo comoum Conselho de Controle ououtro nome que se queira dar.Não dá mais para o resto domundo ignorar ou fingir quenão faz parte do jogo. Quemusa o sistema, está lá: se falamuito, atrai com muitacuriosidade o “olho de Sauron”(menção ao olho poderoso,dominador, faminto de Poder,do filme “O Senhor dosAnéis”, a trilogia/2001-2002,que dispensa apresentações eestá passando até hoje); se falamenos, dependendo doconteúdo, também podemodificar o mundo. Por queserá que o espião de medianoporte no Setor de Segurança/EUA, Edward Snowden-atualmente em Terminal detrânsito do Aeroporto deMoscou/Rússia – acusado dehaver espionado dados deinternautas para o Governodos EUA, envolvendo opróprio Presidente BarakObama, pediu asilo a 21 paísese dispensou a ajuda daVenezuela, Bolívia e Nicarágua?Jogos de Poder. O Brasilencontra-se em situaçãodiplomática embaraçosa comos EUA, e em difícilnegociação. Soluções hão desurgir para preservar asoberania do Brasil eprivacidade dos internautas.

Então ao mesmo tempoem que recebi o informeeletrônico da Avraaz(Apresentação da Avraaz?),recebi, também, uma receitaculinária, simples, de torta, cujoingrediente principal é aamora, fruta que muito meapetece. Uma amiga a criou ema enviou, dizendo: “a amoraestá escassa; talvez possa sersubstituída por geleia, mas,perderá sabor por ser umproduto industrializado, maiscaro e acrescido de substânciascujo paladar pode não seragradável, dado o fato dosacréscimos que são feitos pelasempresas alimentares. Quemsabe lhe cause alergia”.Recomendação simples se lidaanteriormente ao informe daORG. Avraaz. Contudo,passei-lhe pente fino. Derepente, comecei a pensar se areceita era de culinária, se adescrição dos ingredientesembutia informações paraempresas artesanais etc., e,tentei me lembrar se, emtantos anos de intercâmbiosobre receitas, etc. minhaamiga alguma vez se importoucom o fator alérgico que, vezpor outra, me angustia.

Independente daprofissão, do status social, doestilo de vida, somos todospessoas, passíveis de, comodizia Platão, fazermos umainterpretação limitada darealidade, pois que feita pelossentidos corporais que sãolimitados, também. Sequisermos dar sentido à vida,fortalecendo-a pela Razão,como dizia Descartes –“Penso, logo Existo” –,talvez nos tornemos maiscomplexos, maiscomplicados, dada a nossaimperfeição e, se tentarmosfuncionar como se perfeitos

fossemos, nãoconseguiremos. O melhorque temos, neste corpohumano, feito de Razão eEmoção é o Cérebro, essamáquina extraordinária,administradora do corpo edas relações com o meioambiente, que governanosso agir, através daimaginação e da criatividade.Aí, enquanto tivermosConsciência, teremos

A visibilidade do Representado

.O que chama mais a atenção: a indignação ou aindiferença?.O que leva o indivíduo a tomar o rumo da degradação?.Visibilidade: para ser visto é preciso mostrar as chagas?.Está havendo parceria entre Povo Representado/Autoridades Representantes ou, simplesmente,cobrança da delegação de poder concretizada nas urnas?.É indiferente para os cidadãos que seus representantessejam desconhecidos e seus nomes não tenham sidosufragados? Com quem interagir?.Internet: rede de garantia de liberdades ou está sendousada como rede de controle?.Espionagem mundial: coisa antiga (industrial, econômicaetc). É só estratégia para desviar atenção de problemasinternos?.Brasil: hospedagem virtual extrapola númerosdemográficos. Importância do País no mundo em quevivemos deve ser vista e respeitada..Marco Civil Regulatório da Internet: ideia que nasceu deconsultas abertas nas redes sociais, visando estabelecermais proteção aos internautas e seus dados (usos defiltros somente?)..É importante o domínio de 1 satélite para participar dagovernança da Internet. Em 1999 o do Brasil foiprivatizado..Tudo o que se fala na Internet tem interesse estratégico.Há necessidade de incrementar a participação do Brasilna Agência Controladora da Internet nos EUA, ondeestá centralizado o poder sobre todos os dadosveiculados mundialmente. Somente os EUA fazem essecontrole mundial..Indivíduo, Empresa, Estado: como coletar e armazenardados, informar ao internauta sobre dados retidos,como conviver com a virtualidade..A legislação existente não é suficiente para proteger aintegridade e exposição do internauta..Tempos de reflexão.

equilíbrio para saber/selecionar/ realizar, errandoe acertando, usando ossentidos que temos e,quem sabe, lançando umolhar aos ensinamentos dePitágoras, acreditando que“Somos mortais nos nossostemores e imortais nosnossos sonhos”. E nãoperder o foco na ideia deque Cidadania é construçãopermanente.

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JORNAL DA APAFERJ - www.apaferj.org.br 13JUNHO 2013

A agenda de leilões referentesao processo contra Jorgina deFreitas disponibilizada pelaAdvocacia-Geral da União (AGU)conta com mais 13 imóveis. Novasdatas foram homologadas peloTribunal de Justiça do Rio de Janeiro(TJ-RJ). Considerando todos oslotes já com leilões agendados háapartamentos e salas comerciaisavaliados em R$ 14,9 milhões, valorque vai ajudar a repor os recursosdesviados da Previdência Social pelaquadrilha da fraudadora.

As informações podem seracessadas na página eletrônica daProcuradoria-Regional Federal da2ª Região (PRF2), no sitewww.agu.gov.br.

No site, os interessados podemconferir detalhes sobre os trêsapartamentos da fraudadora queserão leiloados.

Um deles, na Barra da Tijuca,está avaliado em R$ 650 mil e seráleiloado dia 9 de setembro. Osoutros dois, em um mesmo prédioda Avenida Delfim Moreira, na orla

do Leblon, vão a leilão em datasdiferentes: dias 12 de agosto e 16de setembro. Estão avaliados emR$ 6,6 milhões e R$ 7 milhões,respectivamente.

Ainda estão previstos os leilõesde 11 salas comerciais em VoltaRedonda, município do sul doestado, nos dias 2, 5, 9, 12, 16, 19,23, 26 e 30 setembro e nos dias 3e 7 de outubro. Os valores variamentre R$ 53,7 mil e R$ 110 mil,segundo avaliação oficial,totalizando R$ 695 mil.

Na agenda também estãorelacionados outros imóveis deintegrantes da quadrilha de Jorginade Freitas e os leilões judiciaisvinculados à PRF2, incluindoautomóveis, equipamentoseletrônicos, entre outros itens.Atualmente, a página informa 26datas homologadas pelo TJ-RJ.

Os leilões serão realizados noátrio do TJ-RJ e quem pretendeparticipar deverá procurardiretamente os leiloeiros públicosoficiais indicados.

Novos leilões de imóveis de Jorgina de Freitas no Rio de Janeirobuscam recuperar R$ 14,9 milhões

A experiência da Advocacia-Geral da União (AGU) narealização de Compras PúblicasSustentáveis foi tema de palestraapresentada em Brasília, no últimodia 28/06, pela advogada da UniãoTereza Villac Pinheiro Barki, emevento de capacitação internarealizado pelo Supremo TribunalFederal (STF).

A palestra foi realizada na Salade Sessões da Primeira Turma doSTF, e contou com a participaçãode servidores da Suprema Corte edo Conselho Nacional de Justiça(CNJ), além de contar com apresença de outros convidados,como Tribunal de Contas da União(TCU) e Controladoria-Geral daUnião (CGU).

Tereza Barki explicou, durante oevento, que as licitações públicassustentáveis são as contrataçõesgovernamentais que exigem ocumprimento de critériossocioambientais tanto na produção,no consumo, na execução e nodescarte dos produtos e serviçosadquiridos. A advogada da Uniãodestacou que “é preciso garantir oconsumo consciente semdesperdícios, e a adequadautilização levando em consideraçãosempre a preservação do meio

ambiente nas contratações deobras, serviços e aquisições”.

Outra questão apresentada pelaAGU na palestra foi a economia dodinheiro público conquistada.Tereza Barki citou como exemploa adoção do método “CompraCompartilhada” realizadarecentemente por órgãos federaisdo Rio de Janeiro para aquisição dematerial de expediente em umúnico processo licitatório, o quegarantiu uma economia de 47%aos cofres públicos em relação aúltima aquisição.

A apresentação no STFabordou, ainda, o significado, osfundamentos e a justificativa paragarantir a adoção da licitaçãosustentável em todos órgãos daAdministração Pública Federal,Estadual e Municipal. A advogadada União explicou comooperacionalizar e promover asustentabilidade nas aquisiçõespúblicas e ao mesmo tempo, evitarirregularidades na prestação decontas enviadas aos órgãos decontrole.

A palestra foi realizada a convitedo STF e entrou na programaçãodo debate semanal realizado peloSupremo, conhecida como “Sextado Conhecimento” e contou com

a participação de dezenas deservidores que atuam diretamenteno setores de compras econtratações dos órgãosenvolvidos no evento.

Licitações SustentáveisEm 2010, as regras para

realização de licitações e contratosforam alteradas pela redação da Lei12.349 que além de outrasmudanças, atribuiu ao artigo 3º daLei 8.666/93, a definição deLicitação Sustentável. O textoestabelece que o desenvolvimentosustentável nacional e a seleção daproposta mais vantajosa para aadministração pública devem serbuscados por meio da comprassustentáveis.

A AGU atua desde 2008 emprogramas de adoção da exigênciade incluir a preocupação ambiental ea importância da economia dodinheiro público nos processoslicitatórios de aquisição de produtose serviços para a Instituição. Bemantes da inclusão do tema nalegislação, a Advocacia-Geral jáatuava diretamente na criação detécnicas e aperfeiçoamento demecanismos que asseguravam asustentabilidade como critérioimprescindível nas licitações.

A Advocacia-Geral assumiu,desde então, o papel de protagonistada defesa da adoção obrigatória dascompras públicas sustentáveis e jálevou o tema para vários órgãosfederais, estaduais e municipais. Ereforçou essa atuação, com a criaçãodo Núcleo Especializado emSustentabilidade, Licitações eContratos pela Consultoria-Geral daUnião (CGU/AGU). O objetivo éexpandir a utilização do Guia Práticode Licitações Sustentáveis editadopela Consultoria Jurídica da União noestado de São Paulo (CJU-SP) aostodos os órgãos consultivos eassessorados pela AGU.

A advogada da União Tereza VillacPinheiro Barki, que trabalha na CJU-SP, se especializou na área, e tempercorrido o país apresentando osresultados obtidos pela AGU com arealização de licitações pautadas nasustentabilidade econsequentemente na economia derecursos públicos.

O tema já foi apresentado aAssembleia Legislativa do Estado deSão Paulo (ALESP), ao TribunalRegional do Trabalho da 2ª Região(TRT2), no Conselho Superior daJustiça do Trabalho (CSJT) e para osservidores do Superior Tribunal deJustiça (STJ).

Advogada da AGU destaca experiência da Instituição com arealização de Licitações Sustentáveis a servidores do STF e CNJ

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JORNAL DA APAFERJ - www.apaferj.org.br14 JUNHO 2013

Num ambiente deconfraternização e alegria, ossalões da APAFERJ se iluminaramna noite de 25 do mês correntepara comemorar o aniversário dosassociados Drs.: Fernando Ferreirade Mello, Francisco Carrilho deSouza, José Franco Correa, MiguelCarlos M. Paschoal, Dras.: Eutímiade Mello Serra e Sirley Tenório deA. Machado.

Os colegas os homenagearamcom abraços, votos de felicidades eum suculento coquetel. A APAFERJdeseja aos aniversariantes vidalonga, saúde e muitas felicidades.

NOITE DOS ANIVERSARIANTES

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JORNAL DA APAFERJ - www.apaferj.org.br 15JUNHO 2013

ANIVERSARIANTES JULHO

D I R E T O R I A

Presidente - José Marcio

Araujo de Alemany

Vice-presidente -

Rosemiro Robinson Silva

Junior

Diretor Administrativo -

Miguel Carlos Melgaço

Paschoal

Diretor Administrativo

Adjunto - Maria Auxiliadora

Calixto

Diretor Financeiro -

Fernando Ferreira de Mello

Diretor Financeiro

Adjunto - Dudley de Barros

Barreto Filho

Diretor Jurídico - Hélio

Arruda

Diretor Cultural -Carlos

Alberto Mambrini

Diretor de Comunicação

e Diretor Social Ad Hoc -

Antonio Carlos Calmon N.

da Gama

Diretor de Patrimônio -

Rosa Maria Rodrigues Motta

CONSELHO

DELIBERATIVO NATOS:

1. Wagner Calvalcanti de

Albuquerque

2. Rosemiro Robinson Silva

Junior

3. Hugo Fernandes

TITULARES:

A P A F E R JR. Álvaro Alvim, 21/2º andar. CEP: 20031-010. Centro. Rio de Janeiro - Sede Própria

e-mail: [email protected]: www.apaferj.org.br

Jornal da APAFERJEditor Responsável: Carlos Alberto Pereira de AraújoReg. Prof.: 16.783Corpo Editorial: Antonio Calmon da Gama, CarlosAlberto Mambrini, Fernando Ferreira de Mello, MiguelCarlos Paschoal, Rosemiro Robinson Silva Junior.Supervisão Geral: José Márcio Araújo de AlemanyEditoração e Arte: Jane Fonseca [email protected]ão: WalPrintTiragem: 2.000 exemplares

Distribuição mensal gratuita.

Os artigos assinados são de exclusiva responsabilidade

dos autores

1. Francisco Pedalino Costa

2. Luiz Carlos de Araujo

3. Allam Cherém Soares

4. Fernando Carneiro

5. Emygdio Lopes Bezerra

Netto

6. Edson de Paula E Silva

7. Sylvio Mauricio Fernandes

8. Tomaz José de Souza

9. Sylvio Tavares Ferreira

10. Maria de Lourdes

Caldeira

11. Marilia Ruas

12. Newton Janote Filho

13. Celina de Souza Lira

14. José Pires de Sá

SUPLENTES:

1. Ivone Sá Chaves

2. Maria Lucia dos Santos de

Souza

3. Petrónio Lima Cordeiro

4. Alzira Matos Oliveira da

Silva

5. Geraldo Gomes da Silva

CONSELHO FISCAL

TITULARES:

1. José Carlos Damas

2. Eunice Rubim de Moura

3. Waldyr Tavares Ferreira

SUPLENTES:

1. José Rubens Rayol Lopes

2. Maria Conceição Ferreira

de Medeiros

3. Carlos Cavalcanti de A.

Ramos

As matérias contidas neste jornal poderão ser publicadas,

desde que citadas as fontes.

Com a sua presença haverá

mais alegria e confraternização.

COMPAREÇA.

No próximo dia 30 de julhovamos fazer uma festa para

comemorar o seu aniversário

Tel/Fax: (21)2532-0747 / 2240-2420 / 2524-6729

01 Ivan de Carvalho - Inmetro02 Carlos Ferdinando Mignone -Incra03 Daniel Salvado Moraes - Agu03 José Pires de Sá - M. Transp03 Raquel Marques de Souza - M.Saúde04 Antônio Ferreira Moitinho - Inss04 Dagmar Jorge de Amorim - M.Saúde04 Paulo Roberto de Souza - Agu04 Zuleica Estacio de Freitas - Agu05 Adelmo da Silva - Inpi06 Elaine de Almeida P. Loureiro -Agu06 Mario Marcio de Paiva Campello -Agu07 Ieda Gonçalves de Mello - Inss07 José Solito - Cnen07 Maria Aparecida M. Rodrigues -Agu07 Maria de Lourdes Nobrega Duda- M. Transp08 Ângelo Marcio Leitão Soares - Agu08 Lilia Maria Pinheiro de Oliveira -Inmetro08 Marcus Vinícius Ramos Ribeiro -Cefet09 Antonio Fernando F. da Silva - M.Transp09 Carlos Campuzano Martinez -Agu09 Fidelis Vargas Scovino - M. Faz09 Hilma Pereira dos Santos - Inss10 Esdras Ferraz de B. Franco - M.Transp

10 Luiz Sergio de Tiomno - Agu10 Sebastião Pereira de Carvalho -Agu11 Arquelina Silva M. de Faria - Incra11 Francisco Jacob G. E Almendra -Inss12 Alfredo Dolcino Motta - Uff12 Jorge Lessa da Costa Issa - Agu12 Margarida Ribeiro de Almeida - M.Faz12 Maria Celia Duarte Meirelles -Mpas13 Walter Bottino - Mpas14 Dinora Menezes da S. M. Monteiro- Incra14 Silio de Campos Gonçalves - Mpas15 José Benicio Vianna Braga - Mpog16 Antonio Reis Marcondes - C.P.II17 Luiz Carlos de Assis - M. Faz19 Mauro da Costa Leite - Agu19 Othon Stokler Pinto - M. Faz20 Ana Patrícia Thedin Corrêa - Agu20 Lourival de Souza M. Filho - Agu20 Ricardo Luiz Sichel - Agu22 Carmen Lúcia Vieira Ramos Lima -Mpas23 Edson da Costa Lobo - Agu23 Euclides Braga Filho - M.transp24 Marcio Barbosa Cordeiro - Inss25 Anna Mar ia Maur ic io da R. R.Barbosa - M. Faz25 Rozane Dias da Silva - Agu29 Carlos Plinio de C. Casado - Susep30 Fernando Conde Sangenis - Inss31 José Joaquim Cisne Pessoa - Inpi31 Lysiane Bandeira de Mello - Incra

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JORNAL DA APAFERJ - www.apaferj.org.br16 JUNHO 2013JORNAL DA APAFERJ - www.apaferj.org.br JUNHO 2013

Rosemiro Robinson S. JuniorVice-Presidente

16

PEÇO A PALAVRAPEÇO A PALAVRA

As inéditas

manifestações

populares ocorridas

durante a Copa das

Confederações,

ressalvadas as

reprováveis cenas de

depredações criminosas,

trouxeram um sopro

novo à vetusta e mofada

política que impera no

Brasil, compelindo os

governantes, por uma

questão de sobrevivência

no poder, a adotarem

medidas lastreadas na

improvisação, na

tentativa de acalmar as

massas cansadas de

corrupção desenfreada,

indiferença ao sofrimento

da população e do

egoísmo ostentado por

alguns dirigentes.

Diversos estudiosos

compararam tais

manifestações ao

movimento de revolta,

comandado por jovens

estudantes, que eclodiu

em Paris, em 1968,

espraiando-se, como se

fora incontrolável tsunamipor outras cidades da pátriade Victor Hugo, Balzac,Napoleão, Sartre,Montesquieu, Descartes,Rousseau, Voltaire e outrosgeniais franceses quebrilharam quando vivos,projetando-se, comoluminosos cometas, namemória da humanidade.

Assisti, com um misto detristeza e esperança, àsreferidas manifestações.Tristeza, por reconhecer aincompetência, oegocentrismo e a avidezpelo poder demonstradospor alguns políticos,entidades que vivem emmundo cor-de-rosa,mirífico e distante, quecriaram a RepúblicaSurrealista do Brasil.Esperança, por vislumbrar asuperveniência de inúmerasmudanças, tendentes amelhorar a vida dosbrasileiros que habitam aplanície, reiteradamenteenganados por promessasmirabolantes formuladaspor candidatos a mandatoseletivos.

Lamentavelmente, acorrupção, a incompetênciae a insensibilidade não sãoexclusivas de membros doPoder Legislativo, pois atosnefastos contaminaram eainda contaminam o PoderExecutivo e o PoderJudiciário, acarretando adesilusão e oinconformismo por partede brasileiros que desejamapenas participar da festademocrática, com direito aeducação, segurança,transporte, saúde e lazer,posto que concorrem para

o funcionamento damáquina estatal, fazendojus, portanto, a tratamentodigno, humano e justo, oqual, irrecusavelmente, nãolhes vem sendo dispensado.

Como estou no Invernoda Vida, pouco tempo meresta para usufruir osavanços na melhoria dosserviços públicos e namudança decomportamento dosdetentores do poder.Contudo, se condeno oegoísmo, tenho que pensarnas gerações futuras quemerecem um Brasil maisfraterno e equitativo, queassegure a todos osbrasileiros, sem distinção decredo, raça e ideologia, apossibilidade de conquistaruma completa e irretocávelcidadania, meta que talvezseja tachada de utópica,mas que deve ser tentadacom todas as forças denossos corações e mentes.

Enquanto escrevo,ouço, por feliz coincidência,música alusiva àsmanifestações acimaaludidas, as quais,certamente, representamnotável evolução na atitudedo sofrido e magnífico povoque habita este País-Continente, que desejogrande não apenas em suaextensão territorial, mas,fundamentalmente, emsuas políticas, realizações,triunfos científicos ecrescimento econômico,todos ledos eentusiasmados nomonumental edifíciodemocrático.

Sei que alguns dirão quesonho um sonho

impossível, porquanto aerradição da miséria, dadesigualdade e dacriminalidade é tarefaciclópica e permanente,que a muitos desanimará edeixará no meio da jornada.No entanto, inobstante asdificuldades e os sacrifícios,é dever de todos nós lutarincessantemente por diasmelhores, afastando oconformismo, o medo e ocansaço, na convicção deque estamos no meio deguerra incruenta e pacíficaem busca da Felicidade, queé transitória, mas que podeser alcançada.

Apesar das cicatrizes quetrago na alma, decorrentesda injustiça e da ingratidão,mantenho íntegra a minhaformação humanitária,adquirida no harmoniosolar em que vivi,aperfeiçoada nas escolasque frequentei econsolidada no convíviocom pessoas importantespara mim, algumas que jápartiram para as brumas daEternidade e outras quepermanecem firmes esolidárias, ornamentando aminha já longa existência.

A milenar sabedoriachinesa conceitua apalavra CRISE comoPERIGO eOPORTUNIDADE. Comefeito, no desdobramentodas manifestações aviolência pode tornar-seincontrolável, quer porparte de algunsmanifestantes, quer porexcessiva reação dastropas repressoras,podendo por em risco aDemocracia. No entanto,

surge, também, apossibilidade formidável deserem revistos atos ecomportamentos lesivosaos direitos e anseios dapopulação, como, aliás, jávem ocorrendo,conforme textosdivulgados pela mídia.

Faz-se essencial,portanto, que osgovernantes, atentos àgravidade e àcomplexidade da situação,ajam com bom senso,rapidez e sinceridade,adotando medidascorretivas querespondam, ab ovo usque

ad mala, às legítimas einsopitáveis aspiraçõespopulares, medidas essasque terão o condão defortalecer o EstadoDemocrático de Direito,que foi instaurado à custade sangue, suor e lágrimasde numerosos e heroicosbrasileiros.

Celebremos, porconseguinte, a radiosaPrimavera Brasileira, elouvando todos aquelesque foram às ruasexpressar sua indignaçãoquanto a práticascensuráveis e apresentarsuas legítimasreivindicações em buscade melhor qualidade devida, repudiando,obviamente, os atos devandalismo, quedesvirtuam os elevados ebelos objetivos almejadospor milhões de brasileiroscorajosos e conscientes,seguindo o expressivoensinamento que li em umdos cartazes: “Um povo

mudo não muda”.

A Primavera Brasileira

Veritas saepe

examinata

magis elucescit

“A verdade

muitas vezes

examinada

brilha mais”.