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Jornal da Seção Sindical dos Docentes da UFF - Ano XIII - MARÇO de 2011 Confira nesta edição: A análise desses trinta anos de história do ANDES-SN revela o quanto o nosso sindicato tem con- tribuído para a luta em prol de uma educação pública e gratuita, pelo de- senvolvimento democrático do nos- so país e, sobretudo, na construção de caminhos para o estreitamento das relações dos trabalhadores em uma perspectiva social, classista, democrática e libertadora. O 30º Congresso do ANDES- SN, realizado em fevereiro, em Uberlândia, reafirmou esse com- promisso com os professores e professoras, com a Universidade Pública, Autônoma, Democrática, de Qualidade e Socialmente Refe- ANDES-SN comemora 30 anos de lutas renciada e com todas as organiza- ções autônomas e classistas que lutam, com autonomia e indepen- dência, por uma sociedade com- prometida com as aspirações dos trabalhadores. Alvaro Neiva Lançada Frente Estadual em Defesa da Escola Pública Novos professores discutem problemas provocados pela expansão Corte no adicional de insalubridade gera polêmica

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Jornal da Seção Sindical dos Docentes da UFF - Ano XIII - Março de 2011

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Jornal da Seção Sindical dos Docentes da UFF - Ano XIII - MARÇO de 2011

Confira nesta edição:

A análise desses trinta anos de história do ANDES-SN revela

o quanto o nosso sindicato tem con-tribuído para a luta em prol de uma educação pública e gratuita, pelo de-senvolvimento democrático do nos-

so país e, sobretudo, na construção de caminhos para o estreitamento das relações dos trabalhadores em uma perspectiva social, classista, democrática e libertadora.

O 30º Congresso do ANDES-

SN, realizado em fevereiro, em Uberlândia, reafirmou esse com-promisso com os professores e professoras, com a Universidade Pública, Autônoma, Democrática, de Qualidade e Socialmente Refe-

ANDES-SN comemora 30 anos de lutas

renciada e com todas as organiza-ções autônomas e classistas que lutam, com autonomia e indepen-dência, por uma sociedade com-prometida com as aspirações dos trabalhadores.

Alvaro Neiva

Lançada Frente Estadual em Defesa da Escola PúblicaNovos professores discutem problemas provocados pela expansãoCorte no adicional de insalubridade gera polêmica

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ADUFFSSindSeção Sindical do ANDES - SN

R Prof. Lara Vilela, 110. São Domingos - Niterói-RJ, CEP 24.210-590. Tels: (21). 2622-2649 e 2620-1811. Correio eletrônico: ImPrENsa: [email protected]. sECrEtarIa: [email protected]. Presidente: Gelta Terezinha Ramos Xavier. EDIÇÃO e REDAÇÃO: Alvaro Neiva. DIAGRAmAÇÃO: Luiz Fernando Nabuco. ImPRESSÃO: Folha Dirigida. Tiragem: 3500 exemplares.

EDITORIALEDITORIAL

O reinício das aulas está mar-cado por iniciativas de mobilizar a categoria docente e demais seg-mentos das Universidades Públi-cas e o conjunto dos servidores públicos, em consonância os re-centes acontecimentos na conjun-tura nacional e internacional. As diversas manifestações na África e Oriente médio intrigam-nos e ins-tigam-nos, considerando-se que são causados por injustas e injus-tificadas relações de autoritarismo, ausência de políticas sociais e ata-que a direitos humanos.

A visibilidade aos problemas en-frentados por jovens graduados elu-cida a crise internacional que atin-ge, permitindo a compreensão de que não basta oferecer vagas nas escolas, sejam estas de educação superior ou básica. Temos situado a gravidade e extensão dos problemas gerados com a implementação do projeto neoliberal, aí compreendidos o Acordo de Bolonha e o REUNI.

Na ocasião de realização do 30º Congresso do ANDES-SN, em Uberlândia-mG, de 14 a 20 de fe-vereiro, tivemos a oportunidade de discutir e apresentar propostas para a categoria garantir conquistas e avançar na defesa dos direitos de todos os trabalhadores. O texto de Conjuntura apresentado pela dele-gação da ADUFF (composta por 15 professores) destacou a nossa com-preensão de que é preciso intensifi-car o trabalho de base na categoria em articulação com o fortalecimento e ampliação da unidade com o movi-mento classista e autônomo.

Este texto, ao lado de outros dois, elaborados pela diretoria do ANDES e a delegação da APRU-mA, apontou prioridades e urgên-

cia de ações em torno de um Plano de Carreira que recupere a história das reivindicações e mudanças nos quadros das Universidades, a presença de significativo número de novos professores, a expansão de vagas, desacompanhada das condições materiais e financeiras exigidas para realizar a qualidade do ensino em qualquer nível.

Fica evidente que o conteúdo da mP 495/10, agora Lei 12.349/10, compõe um pacote de medidas jun-to com o corte de R$ 50 bilhões no orçamento, a mP 520/10 (criação da Empresa Brasileira de Serviços Hos-pitalares S.A.) e a mP 525/11 (pre-enchimento de vagas para docentes por contratos precários, devido à suspensão de concursos públicos).

Durante o Congresso, a dis-cussão de temas que envolvem o cotidiano do trabalho docente, par-ticularmente o trabalho dos recém-concursados, permeou muitas das decisões e a proposta de Carreira do ANDES-SN, a ser apresentada

ao Governo em audiência, define o projeto de universidade pública e país. Nela estão compreendi-dos os significados de dedicação exclusiva;defesa da titulação acen-tuando a relação trabalho igual, sa-lário igual;e unidade da categoria docente, sejam aposentados ou ati-vos. Neste sentido, o protagonismo de professores jovens, promoven-do reuniões e empenhando-se em difundir fatos, análise de situações e propostas, em que se encontram implicados, marcou o Congresso. O intenso debate sobre a filiação do ANDES-SN à CSP-Conlutas – um passo adiante a partir das per-das e dificuldades na relação com a CUT desde a Reforma da Previ-dência – gerou tensões, respostas e desafios, basicamente porque a nova Central estrutura-se junta-mente com os movimentos popula-res, de luta contra as opressões e estudantes, ampliando a composi-ção de centrais que lidam exclusi-vamente com sindicalizados.

Novo governo, desafios antigos

Delegação da UFF deu contribuições importantes ao 30º Congresso do ANDES-SN

NotasNotasInforme sobre a execução

da sentença dos 3,17%Em janeiro passado, a ADUFF in-

formou (através do site e do boletim eletrônico) que ainda se encontrava pendente de julgamento recurso de-nominado “Agravo de Instrumento” e que havia a expectativa de paga-mento do Precatório até março.

Nesta oportunidade, informa-mos que:

a) está confirmada a inscrição do Precatório no Orçamento da União, em observação no Portal Transpa-rência Pública;

b) o Conselho de Justiça Fede-ral noticiou, no dia 10 de fevereiro, adiamento no cronograma de paga-mentos dos precatórios inscritos em 2010 e a serem pagos a partir de janeiro de 2011.

Essa mesma notícia diz que os pagamentos de precatórios a servi-dores públicos federais serão pagos em maio de 2011, mas não informa o dia exato. Portanto, não haverá pa-gamento dos 3,17% antes de maio de 2011. Reiteramos que a ADUFF-SSind está se organizando para re-alizar imediatamente o pagamento dos 3,17% (tão logo o TRF da 2º Região libere o Precatório) aos do-centes filiados, em sua sede.

aNDEs-sN isenta docentes de imposto sindical obrigatórioCom o intuito de assegurar que os

professores universitários continuem isentos da contribuição sindical, tam-bém conhecida como imposto sindical compulsório, o ANDES-SN publicou aviso no Diário Oficial da União orien-tando as instituições de ensino supe-rior do país a não efetuarem tal des-conto. Tal compromisso é disposição estatutária do Sindicato.

O aviso publicado no Diário Oficial também notifica as instituições de en-sino superior que a contribuição sin-dical da categoria docente não pode ser recolhida para outro sindicato, sob pena do ANDES-SN tomar as medidas judiciais cabíveis.

Alvaro Neiva

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Aconteceu no dia 23 de fevereiro o ato de lançamento dos dez princípios do Fórum Estadual da Escola Pública. O auditório 71 da UERJ ficou pequeno para as centenas de estudantes, professores, técnicos-administrativos e representan-tes de diversos outros movimentos so-ciais que foram prestigiar o primeiro ato público de reconstrução do Fórum.

Roberto Leher, professor da Faculdade de Educação da UFRJ e ex-presidente do ANDES-SN, apresentou os dez princípios do Fórum, explicando que eles remontam ao acúmulo produzido pelos movimentos de educação ao longo das décadas de 1980 e 1990. Ao falar sobre a necessidade de am-pliar ainda mais a mobilização, Leher lem-brou o grande defensor da escola pública no Brasil: “A escola pública não se faz somente com estudantes, professores e técnicos. O processo histórico de construção de uma escola efetivamente pública passa por um outro projeto de sociedade. A luta pela es-cola pública tem que ser uma luta de todos os trabalhadores”, dizia o professor Flores-tan Fernandes. Leher destacou ainda que, após um período de imobilismo, a luta pela educação pública precisa ganhar força em 2011 - “acredito que este será um ano de muita ousadia, irreverência e combatividade em defesa da escola pública”.

Em seguida, Demerval Saviani, pro-fessor emérito da Unicamp, e autor da pri-meira proposta de Lei de Diretrizes e Bases produzida pela sociedade, apresentou uma rica retrospectiva da luta pela educação pú-blica no Brasil ao longo das últimas décadas. Ele lembrou da 4ª Conferência Brasileira de Educação, realizada em Goiânia, em 1986, quando os educadores aprovaram uma sé-rie de princípios que conseguiram emplacar na Constituição Federal, como a autonomia universitária e a indissociabilidade entre en-sino, pesquisa e extensão na Universidade. Após elaboração e promulgação da Consti-tuição, a nova etapa para o movimento seria assegurar uma Lei de Diretrizes e Bases (LDB) em consonância com os interesses e necessidades da população brasileira.

Saviani lembrou com pesar a as-censão do neoliberalismo, que levaram ao enfraquecimento do movimento, com o fim das Conferências Brasileiras de Educação, no início da década de 1990. No governo Fernando Henrique, o novo projeto de LDB representava uma guinada conservadora. O movi-mento tentou se articular, através da organização dos Congressos Nacio-nais de Educação, mas a mobilização não era tão forte, e a tarefa principal era tentar resistir ao conjunto de ata-ques contra a educação pública.

Saviani destacou como ponto fun-damental hoje a garantia do investimento mínimo de 10% na educação, e que esse valor seja alcançado imediatamente, não gradualmente. Para ele, “é falsa a idéia defendida pelos setores conservadores de que investir em educação significa deixar de investir em desenvolvimento econômi-co”. O professor defende que o modelo de desenvolvimento deve se basear na opção pela universalização da educação pública, pois isso garantiria avanço em todas as esferas da sociedade.

Por fim, Saviani destacou a importân-cia da retomada do Fórum em Defesa da Escola Pública. “Esse ato de hoje já é uma iniciativa histórica. Espero que se alastre ra-pidamente a outros fóruns estaduais, para que consigamos rearticular o fórum nacio-nalmente”, afirmou.

O ato contou ainda com saudações de parlamentares e representantes de diversos movimentos sociais, e também de escolas e universidades. O tom das in-tervenções foi de felicidade pelo sucesso da atividade, mas com a clareza de que aquele era apenas o início de um proces-so. Houve, ainda, diversas apresentações de música e dança de grupos de estudan-tes de várias cidades do estado.

A próxima atividade do movimento ocorrerá no dia 31 de março: haverá parali-sação das redes públicas estadual e do mu-nicípio do Rio de Janeiro (outras redes muni-cipais estão debatendo) para um grande ato pela educação pública, no Centro do Rio.

Grande mobilização pela escola pública

1 - Defender a educação pública, gratuita, laica, democrática e de qua-lidade social, em todos os níveis, como um direito social universal e dever do Estado;

2 - Exigir do poder público a garantia de acesso e de permanência, assegu-rando efetiva assistência estudantil (moradia, transporte, meia-entrada nos eventos culturais, bolsa de manutenção, etc.);

3 - Defender a organização de um efetivo Sistema Nacional de Educação que articule e garanta o cumprimento das responsabilidades educacionais dos diferentes entes federados;

4 - Defender a aplicação imediata de montante equivalente a, pelo menos, 10% do PIB na educação pública em todos os níveis e que as verbas públi-cas sejam destinadas somente para as escolas públicas;

5 - Combater todas as formas de mercantilização da educação e a introdu-ção de critérios produtivistas no trabalho dos profissionais de educação e na avaliação das instituições e dos estudantes;

6 - Exigir controle social sobre a educação privada, como concessão do po-der público. É função do Estado regulamentar e fiscalizar seu funcionamento , observando a garantia de carreira digna aos seus trabalhadores e a autono-mia didático-científica diante de suas mantenedoras;

7 - Articular a luta em prol da qualidade da educação com a defesa da ga-rantia pelo Estado das condições de trabalho dos profissionais da educação, incluindo a valorização salarial e a autonomia didático-científica;

8 – Exigir que a gestão democrática das instituições e sistemas educacionais seja realizada por meio de órgãos colegiados democráticos;

9 - Defender a formação inicial e continuada, pública e gratuita, presencial e de qualidade de todos os trabalhadores em educação, em todos os níveis e modalidades educacionais;

10 - Ampliar o debate com os movimentos sociais e populares e entidades acadêmicas com o objetivo de reconstruir o Fórum Nacional em Defesa da Escola Pública e fortalecer a luta pela elaboração coletiva e democrática do Plano Nacional de Educação: proposta da sociedade brasileira.

Os dez princípios do Fórum em Defesa da Escola Pública:

Aline Pereira/ADUR-RJ

Ato de lançamento lotou completamente auditório da UERJ

Os dez princípios do Fórum em Defesa da Escola Pública:

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Congresso determina defesa do ANDES-SN como prioridade para 2011

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O 30º Congresso do ANDES-SN, realizado de 14 a 20 de fevereiro,

em Uberlândia (MG), definiu como cen-tralidade da luta para o próximo período a “defesa do ANDES-SN como instru-mento dos docentes na construção da universidade pública e das condições de trabalho, a partir da intensificação do trabalho de base na categoria, forta-lecendo e ampliando a unidade com o movimento classista e autônomo”.

Contando com a presença de cer-ca de 350 docentes e marcado pelas comemorações dos 30 anos da enti-dade, o Congresso definiu as políticas e o Plano de Lutas do ANDES-SN para este ano, destacando a necessidade de construção de uma estratégia de inter-venção no processo de elaboração do Plano Nacional de Educação (PNE).

O enfrentamento ao Projeto de Lei do PNE para o período 2011-2020, en-caminhado ao Congresso pelo governo federal, será prioridade imediata para o movimento docente. De acordo com a decisão, esse enfrentamento toma como referência o PNE da sociedade brasileira e deverá ser feito em unidade com enti-dades do Fórum Nacional de Defesa da Escola Pública (FNDEP, movimentos so-ciais e entidades sindicais e estudantis.

A atuação do Sindicato em relação ao PNE deverá ter como eixo a identi-ficação dos instrumentos e meios para estruturação e expansão da educação pública de qualidade, em especial, na questão do financiamento. Os docentes reiteraram a importância da luta para exigir do governo federal a destinação de 10% do Produto Interno Bruto (PIB) do país para a Educação.

Na plenária de abertura, o Con-gresso contou com uma importante palestra do professor mohamed Habib, egípcio radicado no Brasil, que anali-sou o levante recente em seu país, res-gatando o contexto sócio-histórico das lutas populares e apontando possíveis desdobramentos no mundo árabe.

Unidade com movimento classista

O Congresso confirmou a filiação do ANDES-SN à Central Sindical Po-pular – CSP-Conlutas, entidade que o Sindicato Nacional ajudou a criar a partir de 2004, quando se desfiliou da Central Única dos Trabalhadores (CUT), com o objetivo de construir uma nova central que atendesse ao desafio

de reorganizar o movimento sindical e popular combativo, classista e inde-pendente. Antes da votação, a maioria dos delegados defendeu a filiação. O relacionamento com os movimentos sociais e internacionalistas e a preser-vação da independência sindical foram os principais pontos convergentes ci-tados entre o horizonte de luta do AN-DES-SN e o projeto da CSP-Conlutas. A filiação do ANDES-SN à central foi aprovada por 134 votos favoráveis, 39 contrários e 23 abstenções.

“muito nos orgulha termos formali-zado a filiação à CSP-Conlutas por en-tendermos que a luta dos docentes deve estar articulada com as lutas dos traba-lhadores e que esta articulação só será produtiva se for constituída em um ins-trumento classista e independente. Sabe-mos das diferenças entre nós neste tema, por isso nos comprometemos a uma ação de envolvimento e participação do sindi-cato acompanhada de uma avaliação até o próximo Congresso”, concluiu marina.

O Congresso estabeleceu um pra-zo de um ano para realização de um balanço do processo de reorganiza-ção em relação à Central, tendo como

referência as resoluções do Sindicato Nacional sobre estratégia, natureza e unidade do campo combativo e clas-sista. A partir desse balanço, novos encaminhamentos serão debatidos no próximo Congresso, em 2012.

Além da participação na CSP-Conlutas, o Congresso referendou a participação do ANDES-SN na Co-ordenação Nacional das Entidades dos Servidores Públicos Federais (CNESF), e a necessidade de forta-lecê-la como espaço organizativo de luta dos servidores federais, com des-taque para a opção pela campanha salarial unificada em 2011. O Congres-so apontou-a ainda como ferramenta importante no processo de negocia-ção para aplicar as determinações da Convenção 151 da Organização Internacional do Trabalho (OIT), que estabelece o princípio da negociação coletiva entre trabalhadores públicos e os governos das três esferas.

Projeto de Carreira de Professor Federal

Por unanimidade, a plenária aprovou o Projeto de Lei de rees-

truturação de Carreira Docente das Instituições Federais de Ensino. O projeto, que reafirma o Plano Único de Classificação e Retribuição de Cargos e Empregos (PUCRCE), con-quistado pelos docentes em 1987, foi construído ao longo de 2010, em reuniões sistemáticas do Grupo de Trabalho sobre Carreira e do Setor das Federais, que remetiam os tópi-cos discutidos para apreciação das assembleias realizadas pelas Se-ções Sindicais de todo o país.

Ele sustenta em quatro diretrizes fun-damentais. A primeira é a carreira única para todos os professores das instituições de ensino superior, independente do nível de ensino a que estejam vinculados. A se-gunda é o restabelecimento da isonomia por meio de remuneração única, que agre-ga o diferencial de titulação e de regime de trabalho em uma linha só no contrache-que, eliminando todas as gratificações. Em terceiro, o projeto restabelece a paridade dos docentes da ativa com os aposenta-dos e pensionistas, ao garantir que cada docente dessa parcela da categoria seja reenquadrado no mesmo patamar em que estava quando se deu a aposentadoria,

Acima, diretores do ANDES-SN e convidados na abertura do Congresso; à direita, plenário e galerias da Câmara municipal de Uberlândia lotados, em ato comemorativo pelos 30 anos do Sindicato Nacional

Fotos: Alvaro Neiva

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garantidos todos os direitos. Por fim, fixa uma estrutura de carreira dividida em 13 níveis, com degraus de 5% na referência salarial, a serem cumpridos a cada dois anos, o que permite que o professor atinja o topo da carreira em 25 anos. O modelo respeita o direito da professora mulher da educação básica de se aposentar após 25 anos de trabalho, como prevê a legislação, sem prejuízo de seu desenvolvimento na carreira. O projeto também mantém em 3,1 vezes a diferença salarial entre o início e o topo da carreira, o que significa uma margem equilibrada de renda entre os companheiros da base da categoria.

O plenário apontou um processo mobilização pela aprovação e implanta-ção da Carreira de Professor Federal, a ser conduzida pela diretoria do ANDES-SN. A agenda prevê que o projeto de lei seja protocolado no ministério da Educa-ção (mEC) e no ministério do Planeja-mento, Orçamento e Gestão (mPOG), no início março, além de outras ações, como a edição de materiais específicos para recepcionar os professores no primeiro semestre letivo deste ano; a organização de seminários e debates para divulgar a proposta de Carreira de Professor Fe-

O 30º Congresso do ANDES-SN decidiu que a cidade de Manaus, no Amazonas, sediará o próximo Congresso, a ser realizado no primeiro trimestre de 2012. “Consideramos que nossa entidade possui as condições políticas e organizativas necessárias para uma responsabilidade deste tamanho”, afir-mou o presidente da Adua-Seção Sindical, Antônio Oliveira.

A delegação manauara, composta por sete delegados e três observadores, levou à plenária um vídeo-convite que apre-sentou aos delegados a diversidade étnica, ambiental e cultu-ral da Amazônia e os principais pontos turísticos da capital do Amazonas, além de mostrar as instalações da Ufam e as lutas históricas dos docentes da instituição e de outros movimentos sociais na cidade.

“A decisão de concorrer como sede ocorreu aqui no Con-gresso, em reunião da nossa delegação. Pensamos em todas as dificuldades, considerando que a boa organização da Adufu nos coloca agora um desafio muito grande. Mas temos todas as con-dições. Vai contribuir no processo de reorganização política da Adua e dar uma injeção de ânimo na militância. Além disso, colo-cará no centro de discussão do nosso Sindicato Nacional o tema da Amazônia de um ponto de vista crítico”, afirmou Oliveira.

deral; o agendamento da discussão do tema nos Conselhos Universitários e de audiências com a Andifes, com lideran-ças partidárias e com presidentes das Comissões de Educação e de Serviço Público da Câmara e do Senado.

Os docentes também decidiram exigir o estabelecimento de uma mesa com o Governo Federal, em que o mEC esteja presente, para ne-gociar o envio do Projeto de Lei da Carreira de Professor Federal para o Congresso Nacional.

A intensificação da luta contra o “Pacote da Autonomia” do governo federal (Lei 12.349, de 15/12/2010, Decretos 7232, 7233 e 7234, todos de 19/7/2010, a mP 525 de 14/2/2011 e seus congêneres em níveis estaduais e municipais) também é uma das prio-ridades do ANDES-SN. O Congresso determinou que a luta deve se estender contra quaisquer medidas que agridam a autonomia universitária e que forta-leçam e ampliem o funcionamento das fundações privadas ditas de apoio.

Outra deliberação foi a produção de um diagnóstico do ensino superior brasi-leiro, que inclua a repercussão das políti-

Manaus será sede do 31º Congresso do ANDES-SN

cas públicas como expansão, avaliação docente e ampliação da privatização. De acordo com a resolução aprovada, o diag-nóstico deverá ser concluído até o próxi-mo congresso. Outro diagnóstico que foi aprovado é sobre a ampliação da privati-zação da educação pública nos três níveis de governo (federal, estadual e munici-pal). Esse trabalho deverá ser construído em parceria com outras entidades e mo-vimentos sociais, incluindo as entidades do Fórum Nacional em Defesa da Escola Pública.

Plano Geral de ComunicaçãoConsiderando a importância da

comunicação, tanto para enfrentar os ataques contra o ANDES-SN, quanto para a sua consolidação entre os do-centes das instituições de ensino su-perior, o Congresso aprovou o Plano Geral de Comunicação.

Embora as Seções Sindicais te-nham levado diversas contribuições para o debate, não houve polêmicas subs-tantivas ao longo dos trabalhos. Um dos pontos mais discutidos pelos docentes foi a importância da articulação entre as equipes de comunicação nacional e das

Seções Sindicais (que incluem dirigentes e profissionais de comunicação).

Outro tema que estimulou a discus-são dos professores foi a necessidade de garantir acessibilidade nos veículos de comunicação do Sindicato. A propos-ta de criação e desenvolvimento de ins-trumentos de comunicação “multisenso-riais”, que incluam materiais específicos para portadores de necessidades espe-ciais, gerou várias intervenções e arran-cou aplausos da plenária. Para a pro-fessora Aline Lima, do Ines, este “é um desafio que todos precisam encampar. Pela posição histórica do ANDES-SN, e obrigação do Sindicato formar os pro-fessores nesta área e produzir materiais específicos para estas pessoas”.

A proposta apresentada pela ADUFF, de estudar a viabilidade de criar uma produtora de vídeos própria para o Sindicato Nacional, foi aprovada e o resultado deverá ser apresentado e discutido no Congresso de 2012.

Veja em nosso site (www.aduff.org.br) a íntegra da Carta de Uber-lândia, documento síntese do 30º

Congresso do ANDES-SN

Congresso determina defesa do ANDES-SN como prioridade para 2011

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Novos professores discutem problemas provocados pela expansão

Dezenas de professores recém-ingressos em universidades públicas começaram a se articular durante o 30º Congresso do ANDES-SN, em Uberlândia, para debater o proces-so de expansão implementado pelo governo federal, compartilhar expe-riências e pensar conjuntamente for-mas de atuação.

Convocada por um grupo de de-legados da ADUFF e da ADUR-RJ (Associação dos Docentes da Univer-sidade Federal Rural do Rio de Ja-neiro), a primeira reunião contou com a presença de cerca de 60 docentes. Aquele primeiro encontro propiciou uma rodada de apresentações e um intercâmbio de experiências – todas muito semelhantes, com relatos de campi despreparados, a precarização do trabalho docente e muitos episódios de assédio moral.

A reunião foi acompanhada por vários diretores do sindicato. A presi-dente do ANDES-SN, marina Barbo-sa, saudou a iniciativa da reunião, e a presença daqueles novos docentes no Sindicato e no Congresso. Se-gundo ela, “vivemos um momento de muita exigência do nosso sindicato. momento que é desenhado pelos ata-ques do governo, mas também pela realidade de profundas alterações no trabalho docente e no processo de mobilização da categoria”. marina conclamou os novos docentes a se incorporarem às lutas do sindicato. “Vocês podem ter certeza de que esse é o lugar de vocês, e esperamos fazer a renovação do sindicato com a participação de todos”, concluiu.

Aquela primeira reunião foi tão bem-sucedida e demonstrou tamanha demanda dos docentes por discutirem todas aquelas questões que se sentiu a necessidade de realização de novas reuniões ao longo do Congresso. De maneira geral, a tônica dos relatos in-dicava sempre os reflexos de um pro-cesso de expansão acelerado e sem planejamento, e como os efeitos dessa política recaem sobre os docentes, e sobre a Universidade pública.

A partir dessa constatação, o gru-po começou a pensar em desdobra-mentos para aquele processo. Dois deles já foram alcançados durante o próprio Congresso. No texto da re-solução 25 do Congresso, foi adicio-

nado um trecho determinando que a diretoria do ANDES-SN realize, antes do próximo Congresso, uma pesquisa nacional para levantamento das condi-ções de trabalho e do perfil dos novos professores inseridos no processo de expansão, de modo a entender suas demandas e potencializar sua atuação junto a eles. Além disso, foi aprovada uma recomendação para que todas as seções sindicais tentem mandar professores em período de estágio probatório para as próximas reuniões do Setor de Instituições Federais do ANDES-SN. Os docentes organiza-ram uma lista de emails, para prosse-guir com o debate pela internet.

“As reuniões expressaram a inten-sidade e a variedade das demandas dos novos professores e a necessi-dade de organização sindical que é sentida por eles. Esperamos conseguir

encaminhar à diretoria do ANDES-SN ações específicas em nível nacional para apoiar e trazer os novos professo-res para o movimento”, afirmou Alexan-dre mendes, da ADUR-RJ.

Os docentes destacaram o apoio recebido da diretoria do ANDES-SN. “Consideramos importante essa mobili-zação porque esses novos professores vivem hoje uma situação específica, mas é importante ressaltar que queremos que seja uma luta unificada do sindicato e do conjunto da categoria”, afirmou Eblin Fa-rage, 1a secretária da ADUFF.

aDUFF realiza pesquisaAntes mesmo do Congresso,

a ADUFF tinha detectado a neces-sidade do Sindicato nacional com-preender melhor a realidade dos professores recém-ingressos na Universidade pública, e conseguir

fortalecer seu diálogo com eles. Por isso, nosso sindicato levou ao Congresso uma pesquisa, distribuí-da e recolhida durante os trabalhos nos Grupos mistos. Segundo Eblin, “sentimos a necessidade de tentar entender o que tem de novo na ca-tegoria. A categoria não é a mesma, tem passado por mudanças, princi-palmente devido ao recente proces-so de expansão, mas nós ainda não temos os elementos para fazer essa nova caracterização da categoria. Esperamos que a pesquisa nos dê os elementos necessários para en-tender melhor o perfil dos novos pro-fessores e, dessa forma, melhorar a relação do sindicato com a base, unificando a luta. Os questionários respondidos serão sistematizados e disponibilizados ao ANDES-SN e ao conjunto das seções sindicais.

Plenárias reuniram dezenas de docentes recém-ingres-sos na Universidade pública, de todo o país, para debater as condições precárias provocadas pelo processo de expansão

Fotos: Alvaro Neiva

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Professores do Departamento de morfologia, do Instituto Biomé-dico da UFF, estão preocupados com a possibilidade de perderem o adicional de insalubridade – os professores mais novos já tiveram seus pedidos recusados, e os mais antigos estão ameaçados de per-dê-lo a qualquer momento.

O governo federal, através do ministério do Planejamento, Orça-mento e Gestão, estabeleceu, em fe-vereiro do ano passado, uma norma (Orientação Normativa/SRH/mPOG Nº.2, de 19/02/2010) sobre a conces-são dos adicionais de insalubridade, segundo a qual todas as concessões deveriam ser reavaliadas. Em segui-da, a Controladoria Geral da União (CGU) recomendou à UFF que os pagamentos dos adicionais de insalu-bridade fossem revistos e suspensos, caso estivessem em desacordo com a determinação ministerial.

Então, a reitoria da UFF cons-tituiu uma Comissão Especial para avaliar os ambientes da Univer-sidade e a adequação à nova le-gislação. Essa comissão já emitiu diversos pareceres indicando a re-tirada dos adicionais de técnicos-administrativos e docentes de di-versos departamentos.

Os docentes do Departamento de morfologia procuraram a ADUFF para fazer uma consulta jurídica e pedir ajuda para denunciar ao conjunto da Universidade o que consideram ser um ataque aos seus direitos. “Eu fre-qüento esse departamento há muitos anos – primeiro, como estudante, de-pois como docente – e nunca vi a Uni-versidade fornecer EPI (Equipamento de Proteção Individual). Agora, houve o descalabro de cortar o adicional de insalubridade. Isso mostra que a UFF não nos respeita como trabalhadores”, afirmou o professor Mauro Rodrigues.

Segundo os professores, o pré-dio todo é insalubre. Já houve uma intervenção da Vigilância Sanitária, obrigando a Universidade a substituir as cubas (recipiente de armazena-mento de cadáveres). Porém, essa teria sido a única reforma pelo qual o prédio passou ao longo das últimas décadas. De acordo com eles, só o

formol já seria suficiente para carac-terizar o prédio como insalubre. Em período de aulas, o prédio inteiro fica impregnado pelo formol que, por ser altamente volátil, e devido a condições inadequadas de exaustão, espalha–se pelos demais ambientes. Cabe destacar que o formol é considerado cancerígeno pela Organização mun-dial da Saúde (OmS). Além disso, do-centes e técnicos-administrativos têm contato com sangue, urina e fezes de animais e outras substâncias tóxicas.

“Se cortarem nossos adicionais de insalubridade, a tendência é que muitos optem por lecionar apenas a parte teórica. Se não recebo as condições necessárias, não sou obrigado a dar aula prática. Como seria a capacidade de médicos e veterinários formados na universi-dade sem aula prática?”, questio-nou o professor márcio Babinski.

Os docentes apontaram vá-rios equívocos no laudo técnico da Comissão de avaliação. Conforme a NR 15 (norma geral que regula-menta toda a questão da insalubri-dade), deve-se fazer pelo menos dez medições da toxicidade do ambiente, mas no Departamento foram feitas apenas quatro, sem respeitar o período de intervalo entre elas, e em um período que o prédio estava sem aula, portanto, com laboratórios pouco utilizados. mesmo assim, a avaliação com-provou a existência de taxas con-sideráveis de toxicidade mas que, segundo a comissão, não suficien-tes para a concessão do adicional. A descrição das disciplinas no lau-do também não condiz com a rea-lidade. E, ainda, o relatório diz que no andar superior, ficam as salas dos professores e de aulas teóri-cas, enquanto o fato é que naque-le andar existem dois biotérios, um centro cirúrgico experimental e um laboratório de experimentação.

mas este não é um problema exclusivo do Departamento de morfologia: os outros dois departa-mentos do Instituto Biomédico (Fi-siologia e Farmacologia e micro-biologia e Parasitologia) também aprovaram moções contrárias ao

laudo da comissão. A direção do Instituto solicitou uma audiência de esclarecimento, não atendida pela comissão. O professor Ronald marques dos Santos, do Laborató-rio de Neurofarmacologia, conta que os docentes de seu laboratório escreveram um manifesto contra o processo de avaliação. Ele acredita que foi passada para a Universida-de uma responsabilidade que não é da sua competência, e conside-ra que a avaliação tem equívocos metodológicos. “O laudo descreve a presença de várias substâncias classificadas na NR 15 como de to-xicidade média ou máxima e, sem fazer uma análise quantitativa, conclui que o ambiente não é de risco” afirmou o professor Ronald.

Docentes denunciam corte no adicional de insalubridade

aDUFF convoca para debateConsiderando toda a polêmica,

e com o objetivo de envolver o con-junto dos docentes da UFF nesse im-portante debate sobre as condições de saúde e direitos do trabalhador, a ADUFF está organizando um seminá-rio sobre a questão da insalubridade e periculosidade, com distintas abor-dagens envolvendo o arcabouço legal e a compreensão de que as mesmas são um dos resultados das políticas de precarização das condições con-cretas de trabalho dos servidores pú-blicos da educação e da saúde. O de-bate acontecerá no dia 29 de março, às 17 horas, no auditório Florestan Fernandes, na Faculdade de Educa-ção – Bloco D, no campus Gragoatá.

Geladeiras nos laboratórios do Departamento de morfologia acumulam bactérias

Alvaro Neiva

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Jornal da ADUFFAno XIII - MARÇO/2011Página 8

Cerca de cinco mil servidores públicos de todo o país participaram do ato em defesa do funcionalismo e do serviço público, realizado no dia 16 de fevereiro, em Brasília. O ato marcou o lançamento oficial da Cam-panha Salarial Unificada de 2011.

A atividade, que contou com a participação de representantes da CSP-Conlutas, CUT, CTB e Intersindi-cal, além de parlamentares, começou com uma marcha pela Esplanada dos ministérios até o Congresso Nacional. De lá, seguiram para o ministério do Planejamento, onde protocolaram um pedido de audiência à ministra titular da pasta, miriam Belchior.

A campanha unitária inclui a reivindicação de política salarial permanente com reposição inflacio-nária, valorização do salário básico e incorporação das gratificações. A reversão de medidas que atentam contra a classe trabalhadora como o PLP 549/09 (que congela por 10 anos os salários dos servidores), a mP 520, que privatiza hospitais uni-versitários, e a mP 525, que tenta justificar contratos precários nas uni-versidades federais, também foram incorporadas à pauta da campanha.

O ANDES-SN não pôde mobi-lizar para o ato porque esse ocor-reu simultaneamente ao 30º Con-gresso. Contudo, a diretoria enviou três docentes para representarem a entidade na manifestação. “O ato atendeu às nossas expectativas, deu tudo certo. Só não deu certo o atendimento da ministra miriam aos servidores. mas vamos conti-nuar pressionando o novo governo com unidade”, avalia o 1º vice-pre-sidente da regional Nordeste I do ANDES-SN, Josevaldo Cunha.

Além da marcha e do ato, as entida-des distribuíram aos parlamentares um documento com as reivindicações da categoria. Uma “carta aberta à popula-ção” também foi panfletada ao longo do trajeto entre a Catedral e o Congresso Nacional. Os manifestantes protocola-ram, ainda, um pedido de audiência com a presidente Dilma Rousseff, solicitando abertura de negociações e atendimento das demandas do funcionalismo.

servidores federais indicam greve

A reunião indicou que as en-tidades seguirão mobilizando em nível estadual durante o mês de março, e um novo ato unificado está previsto para acontecer em abril. Algumas das entidades pre-sentes, como Fenasps (Federação Nacional dos Sindicatos de Tra-balhadores em Saúde, Trabalho, Previdência e Assistência Social), Sinasefe (Sindicato Nacional dos Servidores Federais da Educação Básica, Profissional e Tecnológi-ca), Condsef (Confederação dos Trabalhadores no Serviço Público Federal), Fenajufe (Federação Na-cional dos Trabalhadores do Judi-ciário Federal e ministério Público da União), entre outras, aprovaram um indicativo de greve para o mês de abril, aproveitando o mês de março para mobilizar.

A Fasubra (Federação de Sin-dicatos de Trabalhadores das Uni-versidades Brasileiras) marcou sua greve para o dia 28 de março.

Uma plataforma móvel de acesso vai melhorar as condições de acessibilidade à sede da ADUFF.

O professor Gilson Teles Boaventura, da Escola de Nutrição da UFF, colaborou na definição do equipamen-to. A previsão é que a reforma completa esteja concluí-da no final de abril.

Ato em defesa do serviço público reúne 5 mil em Brasília

Obras adequam ADUFF a condições de acessibilidade

manifestação bonita e irreverente de diversos sindicatos em defesa do serviço público

Laura Elza

Agência Brasil