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Integração Norte é Suplemento do Jornal COMUNIDADE EM AÇÃO - Edição 148 - Fevereiro / 2012

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Depois de um longoperíodo afastado dacompetições, o atleta OmarPaulo Santos, 47, retoma ascompetições. AtualmenteOmar está treinando pesadopara disputar as corridas docircuito da FederaçãoMineira de Atletismo. Duasvezes ao dia faz treinamentocom corridas de 20 kmdistancia preparando para acorrida da Adidas na orla daPampulha no dia 11/3 e aMaratona da Linha Verde.Durante o período que estevelonge das competições, Omarmanteve-se em atividadefazendo o treinamento maisleve durante a semana ejogando futebol nos fins desemana. No inicio deste anoele abriu mão da bola e temdedicado aos treinamentosdiário.

Um atleta de elite comoito participações na SãoSilvestre, Omar tem nocurriculun vitórias emcompetições importantes dopaís e no estado. Ele foiatleta da seleção de atletismoda Polícia Militar de MinasGerais, fez parte da equipeProfeta/Clube AtléticoMineiro. Omar destaca os

Omar de volta as competiçõesresultados mais importantedas competições queparticipou. Foi o bicampeonato do Troféu MinasGerias no percurso de cincoe dez mil metros em pista deatletismo no clube da USIPAem Ipatinga, em 2008 e 2009foi bi campeão na categoriamaster em corrida realizadana Universidade Federal deViçosa, campeão na corridado Infante ptomovida peloCPOR. Omar tambémparticipou de maratonas emPorto Alegre, Brasília, Rio deJaneiro São Paulo. Eleconsidera um resultadoimportante na sua carreiracomo atleta, o 13º lugar namaratona de Belo Horizonte.Das seis participações naVolta Internacional daPampulha, que tem 18 km,Omar obteve um sétimolugar geral com o tempo de57 m e 48 segundos.

Um dos projetos doOmar para 2012 é disputar aMaratona de Nova York ecompetir nas principaiscorridas do Brasil. Para issoestá procurando patrocínadorque queira investir nesteprojeto, a contra partida,Omar dá a publicidade no

seu material esportivo decompetição e treinamentodurante o período préestabelecido. “Oinvestimento para eu ir atéEstados Unidos não é tãocaro, cerca de R$4 reaiscobrem a minha despesascom a viagem, eu tenho olocal para ficar hospedado.Eu tenho um agenteamericano que está cuidandoda minha inscrição nopelotão de elite da Maratonade Nova York” diz o atletaafirmando que isso facilita otrabalho e o visto noconsulado americano.

Para contato parapatrocinar o atleta, ligar para4109-0211.

Omar está dedicando aostreinamentos

Origem do Conjunto Felicidade

Existem várias histórias da fundação doConjunto Felicidade

que são contadas por moradores,lideranças comunitárias e a ver-são oficial encontrada nos arqui-vos da Prefeitura. Independentedas versões, todas culminam coma mobilização de um grupo depessoas que se organizaram paraconquistar a sonhada casa pró-pria.

Liderados pelo padre Piggiem meados de 1980, vários nú-cleos foram formados por pesso-as que moravam de aluguel oude favor nos bairros Floramar,Aarão Reis, São Bernardo, La-goa e Primeiro de Maio. Eles, doMovimento pela Casa Própria,reivindicavam do poder públicopor moradia.

a uma manifestação cerca deduas mil pessoas em frente aoFórum Lafayete. O objetivo erapressionar o governo para obtera assinatura do ato de desapro-priação do terreno.

Com a aquisição e desapro-priação do terreno pela prefeitu-ra, os núcleos de sem-casas fize-ram a triagem das famílias queseriam atendidas pelo programae encaminharam as fichas para aAmabel. Os critérios adotados naseleção foram renda de até trêssalários mínimos, possuir maiornúmero de filhos, residir emmoradia com menor quantidadede cômodos, morar de aluguel eparticipar com assiduidade dasreuniões dos núcleos.

Ainda nesta época uma co-missão de representantes dos sem-casas foi a Brasília e conseguiurecurso para a construção de casasjunto à SEAC (Secretaria Especi-al de Assuntos Comunitários) daPresidência da República.

Em janeiro de 1987 as pri-meiras moradias começaram aserem erguidas no regime deautoconstrução. Cada família ti-nha direito à quantidade de ma-terial suficiente para levantardois cômodos no prazo de 45 diasnos lotes que foram sorteadospela Amabel. A entidade coorde-nou o sorteio dos lotes, a com-pra do material e a fiscalizaçãoda construção das moradias.

Três medidas foram impor-tantes para a implantação do con-junto. A contratação de umaempreiteira que construiu cercade 70 casas para famílias queestavam impossibilitadas de exe-cutar o sistema deautoconstrução, seja por motivode saúde ou constituída por mu-lheres. Para tocar as obras aCopasa instalou três chafarizes;além disto a Amabel tambémcontratou uma empresa para fa-zer o levantamento topográficodo terreno.

Organizados em torno daAssociação dos Moradores deAluguel de Belo Horizonte(Amabel), entidade que surgiuem 1986 e tinha o apoio da Igre-ja Católica, o movimento come-çou a luta por um sonho. A dire-toria da entidade, com 12 mem-bros, era formada por líderes devários núcleos de sem-casas es-palhados pela cidade. Neste mes-mo ano, a Amabel em negocia-ções com a prefeitura na gestãodo prefeito Sérgio Ferrara, con-seguiu que fosse comprada a an-tiga fazenda Tamboril para desa-propriação. Devido a participa-ção da entidade, o conjunto fi-cou conhecido popularmentecomo Mabel.

A morosidade para obter adesapropriação do terreno, levou

A história do Conjunto Felicidade continuou a ser construídaa partir da mobilização e organização da comunidade. A

primeira entidade formada para lutar por melhorias do conjunto foia Sociedade Comunitária dos Moradores do Jardim Felicidade(Scomfe), oito meses após a fundação do bairro. A Scomfe represen-tava as 210 famílias assentadas no conjunto e lutava pela melhoriada infraestrutura da comunidade. No início de 1988, com mais re-cursos liberados pela SEAC, foram concluídas as casas da segundagleba, ao mesmo tempo que a Amabel encerrou suas atividades noConjunto Jardim Felicidade. Nesta época, segundo informações dosite da PBH, o Padre Piggi criou os Conselhos da Terra na 1ª, 2ª e 3ªgleba, para que estes administrassem os recursos da SEAC, regulari-zassem a área em seu nome e pudessem cobrar a taxa de 10% dosalário mínimo de cada família durante cinco anos. Após este prazo,as escrituras seriam repassadas aos moradores quites. Entretanto, aterra não foi transferida aos Conselhos nem a comunidade pagou ataxa.

De acordo do que consta no Plano Global Específico (PGE) daUrbel, em agosto de 1989 foi obtida verba do programa Pró-Habita-ção para término da construção das casas da terceira gleba. O con-trole do material pela Associação Comunitária não foi tão rígidocomo antes. Os Conselhos da Terra não conseguiram evitar invasõesem áreas verdes e institucionais e houve até um episódio em que opresidente de um dos Conselhos vendeu lotes em áreas verdes e derisco geológico e, por isto, foi obrigado a fugir do Conjunto. Nestemesmo ano, o Padre Piggi se ausentou, ficando o movimento acéfalo

Mobilização para transformare as lideranças divididas.

Somente com a criação do Orçamento Participativo em 1993,no governo do prefeito Patruz Ananias, foi que o Conjunto Felicida-de retomou a transformação. Mobilizados em torno de novas lide-ranças e o grupo social da igreja católica, a comunidade foi conse-guindo melhorias de infraestrutura, como pavimentação e calçamen-tos de vias, projetos sociais para creche etc.

Em agosto de 2005 o Conjunto foi elevado à condição de bairrodentro do processo de regularização fundiária. Em oito de dezembrode 2009, os moradores do Jardim Felicidade puderam comemorar aposse definitiva dos lotes.

Passaram-se 20 anos desde a fundação do conjunto e transfor-mação para bairro para alcançar a cidadania plena dos moradores doFelicidade. Os primeiros passos para a realização de um sonho da-quele que não tinha uma casa para morar começou com a mobilizaçãodo Movimento Sem Casa em negociação com o ex-prefeito Rui Lage,como lembrou Paulo Fernandes na festa dos 25 anos do bairro. “Esseé um momento histórico. Estamos assinando um ato de cidadania”.Foi desta forma que o morador João Carvalho Paixão externou aemoção de vários moradores que acreditaram na força da mobilizaçãode um grupo de sem-casas. Em dezembro de 2009 eles tiveram aposse definitiva dos imóveis ao receberem os títulos de propriedade,consolidando assim o sonho da casa própria.

www.bhzcomunicacao.com.br

(31) 4109-0211

Fotos: Arquivo / Copodhemfe

A comunidade reunida com representantes do poder público destaquepara Patruz Ananias, Geraldo Herzog e André Quintão

Foto: Arquivo / Copodhemfe

O prefeito Sérgio Ferrara eo governador Newton Cardosoentregaram o primeiro cheque para a compra de material de

construção ao morador João Carvalho

Mais de mil vagas para oficinas de gastronomia

O Mercado Popular daLagoinha (MPL) por meio daPrefeitura de Belo Horizonte,oferece 1.150 vagas distribuídasem 40 opções de cursos previs-tos para iniciar em abril, com ins-crições abertas 20 dias antes doinício das aulas. Os interessadospodem se cadastrar no Sine Cen-tro/Niat e no Sine Venda Nova.As aulas gastronômicas são gra-

tuitas e os participantes recebemvale-transporte para o desloca-mento.

O projeto é uma parceria coma Cozinha Pedagógica JosefinaCosta e a Padaria Escola NicolaCalicchio. Cada turma terá nomáximo 25 pessoas. São ofere-cidos os cursos de panificação,pizzaiolo, cozinha brasileira, au-xiliar de cozinha, salgados tradi-

cionais e pastéis, churrasqueiro,biscoitos caseiros, confeiteiro,panificação industrial, organiza-ção de festas e eventos, bolosdecorados, frango desossado/linguiça e massas caseiras, gar-çom, cozinha internacional, sal-gados finos, doces de festas/bombons e trufas, comida deboteco e confeitaria caseira. Opré-requisito para participar doscursos é ser alfabetizado.

A aluna do curso de Pizza eSalgados, Leonice Ferraz, já estáem sua segunda oficina. Para ela,as aulas têm sido boas e provei-tosas. “Estou achando as aulasperfeitas. Já até penso em fazeroutros cursos”, afirmou. Alémdisso, Leonice disse que a opçãopor fazer esses cursos de culiná-ria no Mercado da Lagoinha éuma forma de ampliar seus co-nhecimentos e de aumentar suarenda.

Os cursos são destinados a pes-soas acima de 16 anos, que possu-

em cadastro no Sine Centro/Niat eSine Venda Nova. Em relação aosque possuem registro no Sine Cen-tro/Niat, somente poderão se ins-crever aqueles que são atendidospor programas sociais como pro-grama Pão Escola, Bolsa Família,Bolsa Escola, Centro de Referên-cia de Assistência Social (Cras) eresidentes em áreas atendidas peloBH Cidadania, entre outros. Jápara os cadastrados no Sine Ven-da Nova, a prioridade é para as pes-soas que comprovem o estado devulnerabilidade social. Os interes-sados em fazer o curso com o ob-jetivo de se profissionalizar e ge-rar renda podem também se cadas-trar nestes cursos, mas, neste caso,a inscrição pode ser feita somenteno Sine Venda Nova.

O instrutor dos cursos de Pizza,Salgados, Pizzaiolo e ConfeitariaCaseira, Paulo Baragli, disse queo principal motivo para a busca doscursos no MPL é uma melhor qua-lificação. “Os nossos cursos fazem

com que os alunos saem bem pre-parados, profissionais. Aqui é umsuporte para alavancar a carreiradeles”, afirmou.

Serviço: Sine Centro/NiatR. Espírito Santo, 505Sine Venda NovaR. Padre Pedro Pinto, 1055.

Os cursos de culinaria estão em alta no mercado

Foto: Marcos Silva / JCA