jornal centrista - edição de outubro

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LISBOA CONVIDA: ADOLFO MESQUITA NUNES ANTÓNIO CARLOS MONTEIRO Pág. 3 e 4 ENTREVISTA: MICHAEL SEUFERT Pág. 7 2ª Edição Outubro 2012 Diretora: Diana Vale Visita ao Lar da Casa da Nossa Senhora da Vitória REALIZAÇÕES JP LISBOA REUNIÃO COM ASSOCIAÇOES DE ESTU- DANTES DE LISBOA Pág.18 INTERVENÇÃO DO PRESIDENTE NO CONSELHO NACIONAL DA JP Pág. 27 JP LISBOA REUNIU COM VEREADOR DO CDS-PP Pág. 25

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2ª Edição do Jornal da Concelhia de Lisboa da Juventude Popular, Saiba mais em: http://www.facebook.com/lisboa.jp

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Page 1: Jornal Centrista - Edição de Outubro

LISBOA

CONVIDA:

ADOLFO MESQUITA NUNES

ANTÓNIO CARLOS MONTEIRO Pág. 3 e 4

ENTREVISTA:

MICHAEL

SEUFERT Pág. 7

2ª Edição

Outubro 2012

Diretora: Diana Vale

Visita ao Lar da Casa da Nossa

Senhora da Vitória

REALIZAÇÕES JP LISBOA

REUNIÃO COM ASSOCIAÇOES DE ESTU-

DANTES DE LISBOA Pág.18

INTERVENÇÃO

DO PRESIDENTE

NO CONSELHO

NACIONAL DA

JP Pág. 27

JP LISBOA REUNIU COM

VEREADOR DO CDS-PP

Pág. 25

Page 2: Jornal Centrista - Edição de Outubro

2

Editorial

3 - LISBOA CONVIDA

Adolfo Mesquita Nunes “Há Vida Para

Além do Défice?”

António Carlos Monteiro “Esta Cidade

Não é Para Novos”

5 - ENTREVISTA

Michael Seufert

8 - NACIONAL

Sentido de Estado

Eleições nos Açores

12 - INTERNACIONAL

A Paz de Roma

Congresso PPE em Bucareste

16 - REALIZAÇÕES JP LISBOA

Fundação do Centrista

Reunião com Associações de Estudantes

de Lisboa

Plenário Concelhio

Como Sorrir e Fazer Sorrir Numa Tarde

de Chuva

Reunião com o Vereador do CDS-PP

Conselho Nacional JP

Intervenção no Conselho Nacional

30 - ESCREVE O MILITANTE

É a Hora

33 - O BUSTO E O BETINHO

34 - AGENDA

Índice

Nesta segunda edição do jornal centrista, o

tema preponderante é o do orçamento de

estado. Num momento tão difícil como o que

estamos a atravessar, este orçamento é, sem a

menor dúvida, o mais complexo e controver-

so de todos os que foram, até aqui, apresen-

tados. Para enquadramento das dificuldades

que vivemos, o Sr. Deputado Adolfo Mes-

quita Nunes, contribuiu, muito simpatica-

mente, para esta edição com um artigo cujo

tema é “há vida depois do défice”.

Participa também nesta edição, o Deputado

Michael Seufert, antigo Presidente da JP e

hoje deputado na Assembleia da República

que, muito amavelmente, se prestou a uma

entrevista sobre o tema quente do momento e

também das suas atividades passadas na JP.

Sendo o orçamento de estado, o tema central

que ocupa a opinião pública atualmente, esta

edição contém, também, as declarações do

CDS-PP em relação ao mesmo. Tiveram

igualmente lugar, este mês, as eleições para a

Assembleia regional dos Açores que não cor-

reram da melhor forma para o partido e que

são igualmente objeto de reflexão.

Não podemos deixar de salientar neste mês,

dois acontecimentos internacionais de grande

importância: o prémio nobel da paz atribuído

à União Europeia e o Congresso do PPE em

Bucareste.

Há ainda a salientar, as diversas atividades da JP Lisboa ao longo do mês de Outubro, dando

especial enfâse à reunião com o Secretário-geral e também Vereador da Câmara de Lisboa do

CDS-PP, Dr. António Carlos Monteiro, que nos fala do problema de uma cidade que está a per-

der a sua juventude.

Não poderia deixar de referir o espaço reservado ao militante que conta com mais uma contri-

buição de um militante sobre um tema ligado à atualidade política, e o cartoon humorístico do

Busto e do Betinho sobre um tema da atualidade.

Por último, informo todos os leitores, que poderão consultar, na última página do jornal, todas

as atividades da JP Lisboa a serem realizadas no próximo mês.

Diana Vale

Page 3: Jornal Centrista - Edição de Outubro

3

LISBOA CONVIDA...

Deputado da Nação

Adolfo Mesquita Nunes

HÁ VIDA PARA ALÉM DO DÉFICE?

O problema da frase "há vida para além do défice" não

está na ideia de que, em determinados momentos, pode-

mos ou devemos relativizar o problema do défice (basta

pensar que algumas das reformas estruturais que Portugal mais precisa geram, no imediato,

mais despesa, podendo nesse caso aceitar-se que o défice cresça). O problema dessa frase está

na triste circunstância de ilustrar a gestão pública portuguesa ao longo de décadas. Ou seja, no

facto de ela se ter tornado, mesmo antes de ter sido dita, um princípio geral: gaste-se, que

depois logo se vê como se paga. Como é evidente, a coisa não poderia durar para sempre. E os

resultados são os que conhecemos: Portugal novamente sujeito a intervenção externa.

Mas como pudemos chegar aqui? Como pudemos ignorar, durante décadas, o problema do

défice? A resposta é, a meu ver, simples. Porque durante décadas aceitámos ser governados

em socialismo. Com maior ou menor gradação, com maior ou menor inspiração de esquerda

ou de direita, andamos a viver em socialismo desde 1974. Não é que o socialismo tenha espe-

cial prazer (embora tenha queda) para nos trazer à bancarrota. Mas é com o socialismo que,

acreditando que é pelo Estado e pela despesa pública que se gera crescimento, ficamos reféns

desta ideia de que é mais importante gastar, para crescer, do que saber como pagar. O gaste-se,

que depois logo se vê como se paga é uma ideia voluntarista, e nós sempre tivemos queda para

o voluntarismo. Seria bom se desse resultado. Mas Portugal não cresce decentemente há anos e

anos. E ficou endividado até mais não. E há quem queira mais socialismo. Como se pudésse-

mos curar uma ressaca não parando de beber.

Quer isto dizer que o Estado não pode fazer nada para promover o crescimento? Não. Há

Page 4: Jornal Centrista - Edição de Outubro

4

muita coisa que o Estado pode e deve fazer. A primeira das quais passa por não desviar todos

os recursos privados para a esfera pública, impedindo as famílias e as empresas de, responden-

do aos desafios do presente, porem, cada uma à sua forma, a economia a crescer. E sim, já sei

que os socialistas têm sempre na boca o modelo social escandinavo para demonstrar que, afi-

nal, o socialismo até funciona. Mas sabia, por exemplo, que o sistema de ensino sueco é um

sistema em que impera a liberdade de escolha que os socialistas tanto criticam em Portugal?

Sabiam que nenhum dos países nórdicos tem salário mínimo nacional? Sabiam que a Suécia

tem prosseguido uma significativa redução da carga fiscal e uma grande redução da despesa?

Não sabiam? Deixem estar. A esmagadora maioria das pessoas que defende o modelo social

escandinavo também não sabe.

ESTA CIDADE NÃO É PARA NOVOS

Durante as últimas décadas Lisboa perdeu 10.000 habitantes por ano.

As novas gerações, impossibilitadas de se instalarem na cidade pelo

elevado custo da habitação, foram sendo empurradas para os conce-

lhos vizinhos, levando a que ela se desertificasse e envelhecesse ace-

leradamente. Ao envelhecimento das pessoas somou-se a degradação dos edifícios e a saída de

empresas e empregos.

Nas últimas décadas, a cristalização dos arrendamentos antigos desumanizou a Cidade – são

vários os casos de idosos que morrem abandonados, em habitações desadequadas às suas

necessidades, enquanto jovens que procuram constituir família e não conseguem uma oportu-

nidade, com tantas casas vazias, e são remetidos para bairros sociais descaracterizados e mas-

sificados.

Em Lisboa só conseguem ter casa os muitos ricos, ou os muito pobres. Esta Cidade congelada,

sem mobilidade social, está a perder o seu futuro e a acelerar a sua decadência.

Vereador do CDS-PP na CML

António Carlos Monteiro

Page 5: Jornal Centrista - Edição de Outubro

5

É por isso fundamental inverter a tendência, rejuvenescer a cidade e recuperar a esperança. Só

se consegue reabilitar Lisboa se houver liberalização do arrendamento e a Câmara finalmente

perceber que as suas intervenções no mercado de habitação, por bem-intencionadas que sejam,

têm tornado mais caras as casas para os jovens.

O CDS conta com a JP de Lisboa para este combate político.

ENTREVISTA

Deputado da Nação

Michael Seufert

JP: 1-Qual é a sua opinião em relação ao Orçamento de

Estado?

Acho que é o mais difícil e exigente Orçamento de que há

memória. As contas públicas vêm seguindo há décadas uma

trajetória que é absolutamente insustentável. Os níveis de

dívida e juros associados atingiram níveis de difícil consoli-

dação. Nos últimos dois anos já se cortaram 13 mil milhões de euro na despesa e ainda assim o

estado não se consegue – nem de longe nem de perto – governar com níveis de imposto decen-

tes. Sim, os níveis de imposto de hoje, bem como aqueles que o novo orçamento deixam ante-

ver, são absolutamente indecentes. Dívidas e encargos assumidos sobretudo nos últimos dez

anos empenharam o presente a favor de obras, festas e inaugurações do passado.

Infelizmente, no entanto, nada faz crer que a alternativa fosse melhor: as pessoas queixam-se

do ajustamento estar a ser feito de forma rápida demais, mas a bancarrota – o “não pagamos” –

teria efeitos ainda mais nefastos no imediato – quer porque o estado falido atiraria muitas

famílias para a miséria famílias, quer porque são os nossos bancos e seguradoras mas também

a Segurança Social que detêm boa parte da dívida pública.

Assim temos de forçar um equilíbrio muito difícil entre o sucessivo e continuado corte estrutu-

ral na despesa e o pontual aumento na receita. O corte na despesa foi dificultado pela decisão

incrível do Tribunal Constitucional, mas o caminho não deve ser abandonado.

Page 6: Jornal Centrista - Edição de Outubro

6

JP: 2-Quais são as perspetivas do Orçamento de Estado para as autarquias?

As autarquias vão ter alguma folga, que aliás já vem do ano passado: ano passado, apesar dos

cortes com dois subsídios na Função Pública, as autarquias não viram as transferências para os

municípios substancialmente reduzidas. Este ano os previstos aumentos na receita do IMI por

via da reavaliação dos prédios, volta a funcionar a favor dos municípios. Eu acho mesmo se

podia e devia cortar nas transferências do estado central para as autarquias e com isso aliviar o

esforço do aumento no IRS.

JP: 3- Em tempos de crise, de que forma é que se pode promover o empreendedorismo e

de forma é que a JP pode ajudar a fazê-lo?

Julgo que há que perceber que o empreendedorismo é uma forma de promover o autoemprego

e a inovação mas que não é solução para todos os males do desemprego. Fazer a diferença

num mercado global é cada vez mais difícil e está reservado a poucos. Ainda assim creio que é

muito útil que a JP possa agir a dois níveis: promover encontros com quem já teve sucesso

para partilhar as suas experiências e dificuldades e, por outro lado, agir junto das instituições

de ensino (superior mas não só) para que os estudantes possam ter contacto com a realidade

empresarial e ainda terem formação em como se cria um negócio.

JP: 4- Em que medida é que a Juventude Popular pode ajudar o CDS-PP nas próximas

eleições autárquicas, tendo em conta que já foi Presidente da JP e que já acompanhou

vários processos eleitorais no Porto?

A JP tem, em todas as eleições, um papel importante a dois níveis: o mais visível que a mobili-

zação de campanha e o mais invisível (pelo menos mediaticamente) no contributo das propos-

tas de campanha. Ambos os contributos são fundamentais.

As campanhas vivem da vivacidade dos contactos de rua, das visitas institucionais, etc. Quem

faz a sua primeira campanha nunca mais a esquece pelas emoções fortes que se vivem apesar

do cansaço e do esforço que se dão todos os dias.

Ainda mais importante é o facto de a JP participar na produção dos programas eleitorais. É

fundamental que haja uma visão dos mais novos (que por exemplo sofrem sobre proporcional-

mente com a falta de habitação para arrendar) nas propostas eleitorais.

Por fim destaco de forma autónoma o mais nobre papel da JP nas autárquicas: haverá milhares

Page 7: Jornal Centrista - Edição de Outubro

7

de militantes em todo o país que ocuparão lugares nas listas e que serão eleitos para represen-

tar as populações nos órgãos das freguesias e cidades. O meu primeiro mandato foi em 2005

na Assembleia de Freguesia de Campanhã e recordo esse tempo como o que em que mais

aprendi sobre políticas de proximidade.

JP: 5- Qual é a sua opinião ao facto de o CDS-PP Porto ter dito que não iria apoiar o

Luís Filipe Menezes? Apesar desta notícia acha benéfico para o partido e para o país

existirem coligações nas maiores câmaras do país?

A decisão da Concelhia do CDS-PP do Porto tem o meu total apoio. Foi importante dar um

sinal aos portuenses que uma coligação tem de ser feita com o acordo dos dois parceiros e não

em que um anda a reboque do outro. Nesse sentido acho que toda e qualquer coligação deve

ser formada quando o interesse dos dois partidos convirja num projeto comum. Está à vista

que no Porto isso não aconteceria com Luís Filipe Menezes, mas ainda pode acontecer com o

PSD. Noutras câmaras deve haver o cuidado dos partidos falarem entre si antes de tomarem

decisões internamente que impeçam esse entendimento.

JP: 6- Considera o percurso na JP, uma experiência benéfica para uma vida política

mais tarde?

Completa e absolutamente. Foi por militar na JP que fui eleito deputado de freguesia e mais

tarde deputado da nação. Aprendi na JP a trabalhar com algumas das pessoas mais capazes da

política que conheço, como o João Almeida ou o Pedro Moutinho com quem aprendi e apren-

do ainda.

JP: 7- Qual foi a sensação da primeira vez que fez uma intervenção como deputado do

CDS-PP?

Foi horrível. A sério. Se consegui ser coerente e terminar a intervenção sem perder os sentidos

foi mero acaso. Nada nos prepara para falar, ainda para mais de improviso como foi o meu

caso, no parlamento. Aliás, recordo idêntica intervenção em que os nervos também quase leva-

vam a melhor: a primeira vez que falei num Conselho Nacional da JP. Podemos ter muita

experiência (eu fiz teatro a vida toda, p.ex.), que há momentos que nos marcam sempre.

JP: 8- Tendo em conta que foi Presidente da Juventude Popular, que conselhos gostaria

de deixar aos jovens portugueses?

Page 8: Jornal Centrista - Edição de Outubro

Os jovens devem manter uma atitude de irreverência como aliás a JP defendeu numa campa-

nha de cartazes quando o Pedro Moutinho era secretário-geral do João Almeida. Ser jovem é

questionar, contestar e pensar fora da caixa. No momento que o país atravessa é mais impor-

tante que nunca por em causa vacas sagradas, a começar pela Constituição da República Portu-

guesa. O atraso sistemático e estrutural do nosso país não vem por acaso e tem a sua origem

num período revolucionário que teve o seu pináculo numa constituição socialista e que nos

amarra a um estatismo retrógrado. E as novas gerações de hoje herdam esse projeto socialista

falhado e passarão os próximos anos a pagar desvarios do passado sem que o seu futuro tenha

perspetivas muito positivas.

8

NACIONAL

Bernardo Serrão Brochado

Vice-Presidente da Democracia cristã

[email protected]

Sentido de Estado

se unir e organizar fazendo face à crise de

forma eficaz; povos onde, em tempos difí-

ceis, se vê um aumento da solidariedade e

entreajuda em geral e, do lado oposto, os

povos em que esta situação apenas faz

É de facto a noção que mais falta tem feito,

quanto a mim, no quadro político e social

nestes últimos tempos.

Atravessamos tempos que requerem ao

comum cidadão uma paciência estoica é cer-

to, e estou convicto que não há, neste país,

quem não o reconheça. A verdade é que a

história nos tem mostrado que normalmente,

a crises profundas, costumam-se suceder

mudanças importantíssimas seja a nível

estrutural, social ou mesmo cultural.

Por outro lado, fenómenos destes são tam-

bém grandes testes para uma nação no senti-

do em que permitem avaliar de forma clara

quais os povos que têm a capacidade de

Page 9: Jornal Centrista - Edição de Outubro

9

aumentar a entropia de forma drástica.

Quanto ao teste à nossa união, quer-me pare-

cer que tem vindo a ser superado com bas-

tante distinção, basta olhar para os movimen-

tos cívicos e organizações (como o Banco

Alimentar contra a fome) que, embora regis-

tem um aumento da procura, registam um

crescimento generalizado dos apoios que,

para uma altura de crise, é mais que notório.

De referir também o ambiente pacífico que,

de uma forma geral, tem caracterizado a

grande maioria das manifestações populares

– eventos naturais em democracia, que têm a

sua importância relativa, mas que muitas

vezes são exploradas para fins políticos que

não estão na sua síntese.

Não quero com isto estar a dourar a pílula: a

coesão social não dura sempre, os esforços

têm limites, as pessoas desesperam. Estou

ciente disso e sinto-o, tal como os restantes

portugueses. Por outras palavras, a nossa rea-

ção patriótica não invalida que a situação

seja de uma delicadeza cirúrgica. É aprovei-

tando o termo “delicadeza” que introduzo o

tema que me motiva a grafar estas linhas: O

(tão badalado) Orçamento de Estado.

Sim, estou consciente de todas as trivialida-

des que em torno deste tema têm girado.

Tenho consciência também do quão desgas-

tado está. Mas seria criminoso que um jornal

que, como o Centrista, procura focar os

assuntos que – de facto – tocam as pessoas

não abordasse aquele que é o “tema quente”

do momento. Não quero com isto dizer que o

leitor poderá esperar um artigo técnico e

maçudo sobre o OE: antes pelo contrário,

não me atreveria a traçar uma opinião alicer-

çada nos pormenores técnicos de um docu-

mento que diz respeito a matéria económica,

que nem sequer é a minha área de especiali-

dade. É com relativa frequência que se obser-

vam personalidades deste país a cometerem

erros dos mais grosseiros nas suas análises,

precisamente por caírem no erro de analisar

aquilo que não estão habilitados a analisar.

Deixemo-nos de rodeios e olhemos para o

que realmente interessa. A discussão à volta

deste documento, que sublinho é uma pro-

posta, começa a roçar o ridículo: Por um lado

temos uma amena cavaqueira à volta de qual

a metáfora mais divertida para caracterizar o

aumento da carga fiscal implícita no docu-

mento, “bomba atómica fiscal” lança a ban-

cada cor-de-rosa, “assalto à mão armada”

sugere Marques Mendes; por outro temos a

inércia e o tacticismo político a que já esta-

mos tão habituados que, a dada altura nem

notamos. O PS, que deveria estar interessado

Page 10: Jornal Centrista - Edição de Outubro

em se mostrar redimido dos erros do passado

procurando assumir-se como alternativa, pre-

fere manter o jogo fácil da crítica destrutiva,

o discurso demagógico e alheio à realidade e,

mais chocante que tudo isto, uma nulidade

de propostas que só pode ser encarada como

imaturidade/incoerência de um partido que

aclama a viva voz que há outro caminho e

que se mostra cheio de convicções ao assu-

mir publicamente que votará contra a propos-

ta de OE (fica no ar a questão, bem colocada

em sede própria, sobre se este partido votaria

da mesma forma caso do seu voto dependes-

se a aprovação deste documento).

Sobre as posições da ala não democrática do

parlamento julgo não haver necessidade de

qualquer espécie de comentários, já que, quer

estejamos numa situação financeira fantásti-

ca, quer se atravessem tempos conturbados,

o discurso é sempre o mesmo, os argumentos

são sempre os mesmos e, mais uma vez, as

propostas (quando existem) primam pela sua

utópica natureza.

Visto o impacto social e analisadas as opções

partidárias relativas ao assunto visado, resta-

nos debruçar-nos sobre as forças coligadas

PSD/CDS.

É público o desagrado do CDS quanto a

matéria de aumentos de carga fiscal; é públi-

co também o desagrado face às injustiças que

eventualmente serão cometidas após a apro-

vação do OE; mas é do domínio público tam-

bém o facto de que este partido tentará modi-

ficar o que lhe for possível na altura própria

para o efeito, que será a sua discussão em

plenário na AR que terá início dia 30 do pre-

sente mês (Outubro).

Se tudo isto é público, julgo que é pertinente

também relembrar que:

1. Estando, ou não, em coligação, o peso

político que os últimos sufrágios deram ao

CDS foram inferiores a 12%, pelo que, por

um lado não se pode responsabilizar este par-

tido pelas políticas do Governo e por outro

há que ter consciência que o CDS sozinho

não pode travar todas as posições do Execu-

tivo. Importa referir, porém, que este facto

não desresponsabiliza o CDS face às políti-

cas que têm sido levadas a cabo nos últimos

tempos, nem significa que o CDS não esteja

de acordo com a estratégia orçamental base

do governo.

2. Já foi afirmado pelo Ministério das Finan-

ças e reafirmado pelos próprios elementos da

Troika que não há muita margem de manobra

relativamente ao que está expresso no relató-

rio da proposta de OE. O governo, como

representante que é do nosso Estado e que

10

Page 11: Jornal Centrista - Edição de Outubro

11

rendo honrar os compromissos que assumiu

com as entidades internacionais, está limita-

do na sua ação.

3. Mais importante que tomar medidas agra-

dáveis para os eleitores, contribuintes e cida-

dãos é saber ter a frieza e capacidade de

abnegação necessárias para colocar acima de

todos os seus interesses o superior interesse

nacional. E no que a isto diz respeito, não é

preciso ser nem técnico nem especialista para

se ter noção das consequências absolutamen-

te catastróficas que uma eventual queda do

governo, motivada, quiçá, pelo rompimento

da coligação por parte do CDS.

Em resumo, há motivos mais que suficientes

para que se comece a discutir alternativas

coerentes e exequíveis às matérias que mais

desagradam cada sector da sociedade em vez

desta procura doentia e diária por roturas e

desentendimentos da coligação governamen-

tal. É hora de se elevar o nível do debate

político em Portugal. É hora de valorizar

mais os consensos do que as divergências

que existem, naturalmente em democracia.

No fundo, não se pede mais que Sentido de

Estado a cada um de nós: Comuns cidadãos,

dirigentes políticos, dirigentes sindicais,

pobres ou ricos. Todos.

Alexandra Benitez

Presidente da Mesa do Plenário

Concelhio da JP Lisboa [email protected]

Eleições nos Açores

Os Açores são um arquipélago que, embora

situado precisamente sobre a Dorsal Média

Atlântica, devido à sua proximidade com o

continente europeu e á sua integração políti-

ca na República Portuguesa e na União Euro-

peia é englobado na Europa.

As medidas de austeridade impostas pela

Capital foram um dos temas desta Campanha

eleitoral.

Paulo Portas foi até á ilha Terceira , para um

jantar- comício do CDS- PP, onde falou de

política nacional , no entanto, estas demarca-

Page 12: Jornal Centrista - Edição de Outubro

INTERNACIONAL

ções das políticas nacionais, não atraíram

mais votos ao CDS, decidindo assim renovar

o mandato com o PS, apesar do Candidato já

não ser o mesmo, Carlos César, que venceu

por quatro vezes as eleições regionais.

Dia 14 de Outubro do presente ano, com

todos os 57 mandatos atribuídos, o PS

renovou a maioria absoluta nas eleições

regionais açorianas, conseguindo 31 deputa-

dos, mais um do que há quatro anos.

Artur Lima responsabilizou a bipolarização

pela redução do número de votos em relação

a 2008, que levou mesmo os centristas a bai-

xarem de cinco para três eleitos.

12

Hugo Dantas

Vogal dos Assuntos Económicos

[email protected]

O Prémio Nobel da Paz do ano de 2012 foi

atribuído à União Europeia. Antes de con-

cluir precipitadamente da decisão do Comité

Nobel Norueguês alguma censura ou louvor,

saibamos apreciar a fundamentação oferecida

para a mesma no comunicado à imprensa do

passado dia 12 de Outubro, que anunciou a

deliberação.

Diz o Comité Norueguês que a União Euro-

peia «por mais de seis décadas contribuiu

para a consolidação da paz e reconciliação,

democracia e direitos humanos na Europa».

O documento prossegue, lembrando que,

desde 1945, o Comité premiou várias perso-

nalidades que moveram esforços para recon-

ciliar as nações francesa e alemã que, até

aquela data, e num período de apenas 70

A Paz de Roma

anos, se debateram em três conflitos arma-

dos. «Hoje», clama o Comité, «a guerra entre

a Alemanha e a França é impensável». O

longo período de paz franco-germânico – que

dura até hoje - é creditado à experiência his-

tórica da União Europeia.

Continuando a fundamentação, o Comité

Page 13: Jornal Centrista - Edição de Outubro

13

lembra o papel desempenhado pela União

Europeia no estabelecimento da democracia

da Europa: por um lado, pela integração da

Grécia, Espanha e Portugal na então CEE,

países acabados de emergir de longos perío-

dos de ditadura, e, por outro lado, pelo con-

tributo da União para sanar a divisão da

Europa de Oeste e de Leste, após a queda do

Muro em Berlim.

Por fim, evocando a admissão da Croácia à

União e a abertura das negociações de ade-

são com o Montenegro e a Sérvia, o Comité

encontra nesses atos a manifestação de um

novo papel da União na Europa – curar as

feridas das lutas étnicas nos Balcãs. Não fica

por lembrar o caso turco: a perspetiva da

adesão tem incrementado os esforços das

autoridades nacionais para garantir o respeito

pelos direitos humanos no país.

Um breve comentário me merecem estas

considerações. Quem conhece a história da

União Europeia não desconhece que o objeti-

vo de raiz do projeto europeu foi garantir a

paz duradoura na Europa. Para isso se fun-

dou a Comunidade Europeia do Carvão e do

Aço, em 1951, que punha em comum, entre a

França e a Alemanha, a produção e comércio

das duas matérias que alimentaram a indús-

tria da guerra na Europa. Dentro do espaço

das Comunidades, desde então, não se vive-

ram mais conflitos fratricidas.

O grande atrativo económico que a potência

europeia, erigida em Comunidade, desde

sempre representou, teve como consequência

nos países aderentes, a sujeição às exigências

de funcionamento democrático das institui-

ções políticas e de respeito pelos direitos

humanos, que os tratados institutivos desde

sempre previram. Aliás, desde o ano de

2000, com a proclamação da Carta de Direi-

tos Fundamentais da União Europeia, que a

comunidade de Direito europeia viu sedi-

mentado o compromisso com a garantia do

princípio da dignidade humana – a que, a

adoção da Convenção Europeia de Direitos

do Homem, após o Tratado de Lisboa, veio

trazer um novo reforço.

O Comité Nobel, como que antecipando a

objeção que mais se levantou à atribuição

deste prémio, escreve – e cito-o em estran-

geiro, para melhor compreensão:

The EU is currently undergoing grave eco-

nomic difficulties and considerable social

unrest. The Norwegian Nobel Committee

wishes to focus on what it sees as the EU's

most important result: the successful strug-

gle for peace and reconciliation and for

democracy and human rights. The stabilizing

Page 14: Jornal Centrista - Edição de Outubro

14

part played by the EU has helped to trans-

form most of Europe from a continent of war

to a continent of peace.

O grave período histórico que a União atra-

vessa não deve obnubilar o património

importantíssimo que já nos legou – deve

antes lembrar-nos do perigo de o ver destro-

çado. O facto de o Prémio vir a ser deposita-

do nas mãos dos atuais dirigentes da União

deve recordar o princípio jurídico que traça a

distinção entre os cargos e os seus titulares

em um dado momento – e recordar-nos o

perigo de esquecer que a União Europeia é

mais do que a soma dos seus representantes.

E, se estes argumentos não fossem suficien-

tes, reservaria ao leitor o argumento a fortio-

ri indestrutível. Barack Obama foi Prémio

Nobel da Paz em 2009. Aaron David Miller,

analista político americano, em entrevista

concedida a uma correspondente americana

do jornal Público em Washington, expressa-

se assim sobre a política externa da Adminis-

tração Obama: «Ele [Obama] intensificou a

presença militar no Afeganistão, manteve

Guantánamo aberto, autorizou uma campa-

nha de drones que deixa George W. Bush

para trás em relação ao número de terroristas

suspeitos que matámos». Especulou-se, em

2009, que aquele Prémio Nobel pretendia

salvaguardar um futuro de quatro – ou,

dependendo de alguma infelicidade, oito –

anos comprometido, na política externa, com

a Paz entre as nações. Não o conseguiu. O

Prémio Nobel da Paz de 2012 pretende sal-

vaguardar um passado, e um presente, de

sessenta anos de Paz na Europa – creio que

terá mais sucesso.

Page 15: Jornal Centrista - Edição de Outubro

15

A 17 e 18 deste mês teve lugar o Congresso

do PPE em Bucareste na Roménia. Entre

outras declarações, falou o Secretário Geral

do partido UMP (França) que lembrou que a

União Europeia só será forte se cada um dos

Estados que a compõe é capaz de conduzir as

reformas estruturais indispensáveis para um

regresso à competitividade. O secretário

geral daquele partido lançou também um

apelo à preservação da relação de força mui-

to favorável à família PPE e alertou para

esquerda cujo único remédio para a crise é a

reabilitação da despesa pública e o seu coro-

lário, a subida de impostos.

Foi reeleito Vice-presidente do PPE, o Sr.

Michel Barnier, Comissário encarregado do

“Mercado interno e serviços”.

Esta cimeira contou também com a presença

de Portugal na pessoa do Primeiro-ministro

Pedro Passos Coelho.

Desenrolaram-se igualmente nos mesmos

dias Jornadas de Estudo subordinadas ao

tema: a resposta é mais Europa.

A meu ver, as seguintes declarações do dele-

gado francês estão em perfeita sintonia com

a posição que o CDS vem defendendo, isto é,

que a competitividade só pode ter lugar se

abandonar a ideia do investimento público a

todo o custo. É necessário referir que este

representa uma falácia, já que não é gerador

de desenvolvimento perene de um emprego

sustentado e que no final, conduz a um dese-

quilíbrio orçamental com uma despesa públi-

ca que não cessa de aumentar e com a con-

trapartida de tentar por fim a esse aumento

vertiginoso com cada vez mais impostos.

E se a resposta à crise é MAIS EUROPA,

então que seja um ponto de partida para uma

base sã das economias dos países que a com-

põem.

Diana Vale

Vogal da Formação Política

Diretora do Jornal Centrista [email protected]

Congresso do PPE

em Bucareste

Page 16: Jornal Centrista - Edição de Outubro

16

Francisco Rodrigues dos Santos

Presidente da JP Lisboa [email protected]

Fundação do

Centrista

A assunção de funções governativas despole-

ta nos titulares dos órgãos de decisão deveres

e obrigações institucionais para com os seus

representados, conformados por um regime

de serviço público gratuito e de melhoria do

circunstancialismo atinente à prossecução

das suas atividades.

Nos órgãos Concelhios da Juventude Popular

(JP), assistimos, bastas vezes, à inércia de

quem tem a função de dirigir esses trabalhos

e é, creio bem, através do cumprimento de

uma agenda interativa com a própria socieda-

de, que convirja o papel ativo dos militantes

e simpatizantes desta Estrutura política com

a de tantos outros jovens independentes, que

se conseguirá despertar consciências e dire-

cionar, num esforço de futuro, as mentalida-

des para as soluções dos problemas dos nos-

sos tempos.

O Jornal Centrista nasce, precisamente,

embebido desse espírito congregador: de for-

talecer a reforçar a comunicação interna e

externa da Concelhia de Lisboa, projetando

REALIZAÇÕES JP LISBOA

o poder opinativo dos vários participantes na

sua elaboração. O nome escolhido para o

pasquim revela um regresso às origens e,

numa última aceção, à matriz fundadora da

JP e do CDS – o centrismo assente no huma-

nismo personalista, atento ao valor do pro-

gresso como condição necessária para a

implementação da responsabilidade e da éti-

ca social; amante da Liberdade do Homem

como forma de expressão da participação ati-

va na causa pública, da criatividade, da ini-

ciativa e da descentralização do aparelho do

Estado.

A estrutura base do Centrista é composta

Page 17: Jornal Centrista - Edição de Outubro

17

por uma dicotomia entre a coluna dedicada

aos destaques no plano nacional e outra res-

peitante à conjuntura internacional. Cada edi-

ção contará, também, com uma entrevista a

uma personalidade bem conhecida dos leito-

res e com um artigo de opinião escrito por

uma figura de referência da nossa sociedade.

Os militantes e simpatizantes da JP têm, nes-

te Jornal, uma oportunidade única de verem

publicados os seus artigos de opinião, uma

vez que a Concelhia de Lisboa augura

fomentar a sua participação cívica e, por con-

seguinte, atribuir visibilidade ao pensamento

livre e espontâneo dessa massa crítica, atra-

vés de uma rubrica intitulada “Escreve o

Militante”. Para o efeito, basta enviar os

escritos para o endereço eletrónico da Direto-

ra do Centrista, a Vogal da Formação Políti-

ca, Diana Vale ([email protected]).

Contará, ainda, nas suas páginas, com um

cartoon humorístico-satírico, preconizado

por um Betinho (irreverente e calão) e pelo

Busto do Patrono da nossa Juventude, Adeli-

no Amaro da Costa (ex libris da credibilidade

e da sapiência).

Na última página do Jornal constará a agenda

da Concelhia para o mês subsequente, por

forma a informar, com a devida antecedên-

cia, o público-alvo das atividades a levar a

cabo, convidando, por esta via, todos os lei-

tores a juntarem-se a nós na sua realização. A

periodicidade do Centrista será mensal e

sairá no último fim-de-semana de cada mês.

Excecionalmente, a edição de Setembro foi

lançada no dia 1 de Outubro, segunda-feira,

uma vez que a Concelhia de Lisboa decidiu

realizar uma apresentação pública do Jornal,

onde foram explicados os conteúdos subja-

centes, a sua envolvência e os fins a atingir.

Este evento contou com a participação de

cerca de 40 militantes e simpatizantes da

Juventude Popular e do CDS.

O Centrista será tão grande quanto maior

for a contribuição de Todos e de cada um.

Junta a tua voz à nossa voz!

Page 18: Jornal Centrista - Edição de Outubro

18

Hélder Santos Correia Vice –Presidente da Intervenção Política

[email protected]

Reunião com

Associações de

Estudantes de

Lisboa

Cientes das necessidades que o Ensino

Superior enfrenta nos dias de hoje, atentos às

dificuldades financeiras com que se deparam

os jovens e as suas famílias, a Concelhia de

Lisboa da Juventude Popular decidiu ouvir

os representantes dos Jovens Universitários

do Concelho de Lisboa. A reunião teve lugar

na Faculdade de Direito de Lisboa no dia 3

de Outubro.

O intuito desta reunião foi ter contacto direto

com os representantes das Associações de

Ensino Superior do Concelho de modo a ter

perceção real dos obstáculos que, hoje, todos

os estudantes estão a sentir. Em representa-

ção da Juventude Popular esteve Hélder San-

tos Correia, Vice-Presidente da Juventude

Popular e Raquel Frazão Vaz, vogal do Gabi-

nete de Educação.

O debate que se travou manteve-se acesso. O

que mostrou que o objetivo foi cumprido. Á

mesa estiveram presentes André Machado,

presidente da Associação Académica da

Faculdade de Direito de Lisboa, Duarte

Gouveia, presidente da Associação de Estu-

dantes da Faculdade de Economia da Univer-

sidade Nova, João Marecos, presidente da

Associação Académica da Universidade de

Lisboa, José Pereira, Tesoureiro da AAUL,

Vasco Embaixador, Presidente da Associação

de Estudantes da Faculdade de Arquitetura e

Frederico Bradfort da Câmara.

Debateram-se assuntos de vária ordem:

Desde logo, o processo de Fusão da Univer-

sidade de Lisboa com a Universidade Técni-

ca de Lisboa, e todas as suas potencialidades.

É um assunto que a JP Lisboa se propõe a

acompanhar de perto, evidentes que são as

vantagens e desvantagens de tal decisão para

os jovens. Dentro de alguns dias, espera-se a

publicação do Decreto-Lei de fusão da

Page 19: Jornal Centrista - Edição de Outubro

19

Universidade de Lisboa e da Universidade

Técnica de Lisboa, nos termos do Protocolo

assinado com o Governo no dia 2 de Agosto

deste ano. Imensas potencialidades virão

para todos e Lisboa ficará, de novo, na senda

de grandes pólos universitários europeus.

Potenciam-se aqui economias de escala evi-

dentes.

O difícil acesso às profissões jurídicas foi

também uma preocupação abordada. Cientes

que estamos de que só às Universidades cabe

a função científica e pedagógica da Ciência

do Direito e de que o acesso às profissões

liberais não pode nem deve ser restringindo,

nem dificultado. É este o Direito da União

Europeia e que deve ser respeitado, também

aqui.

Deparámo-nos com diferentes realidades

sociais nas Universidades da Capital e dife-

rentes perspetivas dos seus dirigentes, o que

tornou o diálogo ainda mais estimulante.

Debateu-se muito a questão de apoios sociais

do Estado aos estudantes de ensino superior.

Embora possa parecer um lugar-comum, par-

timos com a certeza de que em período de

crise como a que vivemos, a fiscalização

séria, imparcial e justa das candidaturas a

apoios sociais se impõe. Se a nossa cultura

ainda, galvaniza algum aproveitamento ilíci-

to da máquina burocrática da coisa pública,

nas relações dos particulares com o Estado, a

nossa Geração deve marcar já a diferença. E

enquanto assim não for, alertamos os órgãos

de decisão que, neste concreto, a regulação

legal deve ser chamada à colação no sentido

de se reverem os atuais tramites. Estes conti-

nuam sem dar resposta.

Não esquecemos, por outro lado, a má-fé do

Estado. Exemplo disso são a entrada em

vigor do novo Regulamento de Atribuição de

Bolsas, que incompreensivelmente estabele-

ce injustiças de entre os estudantes com mais

dificuldades, a questão de uma nova norma

que dita que as dividas do agregado familiar

influenciam a atribuição da bolsa de estudo

do jovem, isto é: caso o agregado familiar

tenha dividas ao Fisco, fica automaticamente

impossibilitado de receber Apoio. Para além

disso, continua sem existir uma política

demográfica ativa de apoio às famílias mais

numerosas, que continuam prejudicadas na

fórmula de cálculo da bolsa.

Mais preocupante, e que merece cuidada

análise profunda (quando for público o Orça-

mento do Estado), é a circunstância da Orça-

mentação dos apoios sociais, fazer agora par-

te da rubrica das Universidades. Anterior-

mente, a Direção Geral do Ensino Superior

Page 20: Jornal Centrista - Edição de Outubro

dispunha de uma rubrica própria para os

apoios sociais, que em nada dependia das

instituições. Fomos alertados para esta pro-

blemática e comprometemo-nos a analisá-la

com o maior dos cuidados, visto que esta

decisão pode, no limite, resultar numa dimi-

nuição das garantias dos Estudantes.

Do nosso ponto de vista, este tipo de apoios

não pode ser visto como mais uma contribui-

ção social do Estado, como tantas outras. É

diferente, visa dar resposta a circunstancialis-

mos muito peculiares, tem contornos muito

precisos. Devem ser vistos como Investimen-

to no País. A formação superior é antes de

tudo, um investimento em Portugal e no nos-

so Futuro. Portugal não se pode dar ao luxo

de eliminar deste futuro jovens muitíssimo

capazes, inteligentes e com vontade de traba-

lhar, por razões socioeconómicas. Como tal,

para além de um problema para o próprio

Estudante, é sem dúvida um dos problemas

mais basilares de uma Nação.

De notar que, a importância do que foi

desenvolvido por este grupo de jovens é cru-

cial. A cidade de Lisboa tem aproximada-

mente 140.000 estudantes, todos eles com

voz própria. O propósito desta reunião foi o

de ouvir. Lamentamos que a adesão a esta

iniciativa não tenha sido total mas é certo

que todas as Associações foram devidamente

contactadas. Num momento em que se pro-

cura tantas vezes sair à Rua com palavras de

ordem e em manifestação, num momento em

que, nós, jovens ansiamos por soluções,

esperávamos que todos os dirigentes associa-

tivos se unissem e procurassem em todos os

fóruns em que estas temáticas se discutem,

ter voz e fazer ouvir a sua opinião.

A JP Lisboa agradece mais uma vez à

AAFDL pelo esforço encetado na preparação

do lugar da nossa reunião e todos aquelas

instituições presentes pela oportunidade úni-

ca que nos proporcionaram de debater os

problemas dos jovens, para que todos pos-

sam beneficiar do elevador social, numa

sociedade que se quer meritocrática.

20

Page 21: Jornal Centrista - Edição de Outubro

21

Francisco Rodrigues dos Santos

Presidente da JP Lisboa [email protected]

Plenário Concelhio

CDS-PP

O Presidente da Concelhia de Lisboa da

Juventude Popular (JP) esteve presente no

Plenário Concelhio do CDS, que se realizou

na passada quinta-feira, na sede nacional do

Partido.

Durante a discussão dos trabalhos, Francisco

Rodrigues dos Santos tomou a palavra, dan-

do voz à linha de pensamento seguida pelos

Jovens Centristas do Concelho.

Na sua intervenção, estabeleceu uma dicoto-

mia entre o plano nacional e o plano local:

sublinhou as dificuldades sentidas pelo CDS

ao nível da implantação local - historicamen-

te justificadas pela resistência criada pela

extrema-esquerda ao nacimento do Partido,

num período em que a democracia dava os

primeiros passos em Portugal – o que o

impossibilitou de estabelecer raízes mais

profundas na polis, que permanecessem inti-

mamente ligadas às pessoas numa perspetiva

de continuidade e de futuro; notou, em con-

traponto, que essa realidade menos favorável

não impede o CDS de conseguir apoios mais

amplos e alargados para Governar Portugal,

o que indicia paradoxalmente que as pessoas

que confiam os destinos do País no CDS são

manifestamente mais do que aquelas que dão

o seu consentimento à sua gestão administra-

tiva em áreas territorialmente mais pequenas.

Nessa perspetiva, lançou o repto para que a

Estrutura fosse capaz de cativar, também,

essa massa populacional, aproveitando, des-

de logo, para descentralizar o plano de ativi-

dades da Concelhia, sair do Caldas e ir de

encontro aos grandes aglomerados de popu-

lação, executando uma agenda interativa com

a sociedade civil, atenta às dificuldades pre-

mentes que esta atravessa nestes tempos de

acentuada crise social.

O Presidente da Concelhia da JP aproveitou

para salientar que os portugueses estão can-

sados do debate ideológico e da teorização

dogmática feita à volta dos problemas – coi-

Page 22: Jornal Centrista - Edição de Outubro

22

sa que, hoje, pouco ou nada lhes interessa.

O que os portugueses esperam e exigem dos

seus representantes é que resolvam os dra-

mas instalados, deem resposta e apresentem

soluções para os flagelos que assombram o

seu quotidiano.

Afirmou, ainda, que a estrutura que lidera

incorpora um Gabinete Autárquico capaz

contribuir na plenitude para esse trabalho de

criação programática de medidas úteis à

cidade, onde se podem destacar as preocu-

pações da JP com o Desemprego, o Abando-

no Escolar, a Segurança, o Empreendedoris-

mo Jovem e o Vandalismo.

E foi precisamente nessa procura de uma

alternativa séria e credível, que resulte em

soluções concretas, que Francisco Rodrigues

dos Santos se comprometeu, em nome da JP

Lisboa, em trabalhar ao lado do CDS, aju-

dando Lisboa e o País a ultrapassar este

momento difícil.

Page 23: Jornal Centrista - Edição de Outubro

23

Isabel Oom Mónica (Inha)

Vogal da Ação Social

[email protected]

Como Sorrir e

Fazer Sorrir Numa

Tarde de Chuva

Chegámos ao lar da Casa de Nossa Senhora

da Vitória, na Baixa, e subimos a escadas de

pedra, com azulejos portugueses que as

acompanhavam.

Era Sexta-Feira à tarde e a chuva trazia-nos

um ar desamparado e triste. E era esse mes-

mo ar que esperávamos encontrar nas expres-

sões das idosas que lá viviam.

Lá fora a chuva continuou, talvez porque este

grupo de voluntários roubou o Sol, para o

oferecer à dona Maria Luísa, à dona Guada-

lupe, à dona Teresa, à dona Natália...

Depois de trocarmos umas palavras com a

Dra. Isabel Braga, diretora do lar, fomos

encaminhados para a sala onde se encontra-

vam algumas senhoras, e bastou a nossa

entrada para pintar a sala de outro tom.

Toda a gente tem o dom de conversar. Toda a

gente tem o dom de sorrir. Toda a gente tem

o dom de estar. Toda a gente tem o dom de

fazer de uma tarde destas o sucesso que foi.

Num projeto de ação social, o sucesso não se

mede. Ele existe sempre, podendo, contudo,

ser mais ou menos óbvio. Mas isso não

assegura o sucesso da JP. Quem assegura tal

sucesso é o trabalho de quem organiza, o

esforço de quem divulga, e a generosidade de

quem dá de si a quem mais precisa.

Neste sentido, um obrigada a todos aqueles

que, direta ou indiretamente, fizeram deste

dia uma Graça para as senhoras do lar, e,

principalmente, para nós, que tanto recebe-

mos e crescemos, inconscientemente.

Não só foi importante tomarmos consciência

de situações da cidade onde atuamos, mas foi

também enriquecedor reconhecer novos

métodos políticos (inesgotáveis e gratuitos!):

aprende-se, ao participar neste tipo de proje-

tos, que a Humildade, a Entrega e a Disponi-

bilidade de espírito - adquiridas em momen-

tos como este -, ao contrário do que,

Page 24: Jornal Centrista - Edição de Outubro

por vezes, parece, é que são instrumento de

um projeto Maior.

25

Page 25: Jornal Centrista - Edição de Outubro

25

Frederico do Canto Brum

Gabinete Autárquico

[email protected]

Reunião com

Vereador do

CDS-PP

No dia 22 de Outubro, a Concelhia da JP

Lisboa reuniu-se com o Dr. António Carlos

Monteiro, vereador da Câmara de Lisboa e

Secretário geral do CDS Lisboa, com o obje-

tivo de apresentar a equipa e também debater

ideias.

Durante a reunião, depois de uma breve e

elucidativa introdução histórica ao edifício

dos gabinetes de vereação, foram debatidas

várias ideias a pôr em prática para tornar Lis-

boa uma cidade melhor.

Atenciosamente, o Dr. António Carlos Mon-

teiro sugeriu várias possibilidades de engra-

decer esta nossa cidade com as quais a con-

celhia concordou e assentiu, e vice-versa.

Falou-se também da enorme importância das

eleições autárquicas do ano de 2013, tendo

em conta a atual conjuntura tanto política

como económica do nosso país.

Importante também, o grande conselho dado

relativamente à necessidade da concelhia, ter

um papel mais ativo junto dos jovens através

de ações conjuntas, como festas, ações de

solidariedade etc..

Falou-se ainda da importância de fazer cres-

cer a JP Lisboa, porque se acreditamos que

para Portugal crescer precisamos de um CDS

Page 26: Jornal Centrista - Edição de Outubro

26

Conselho Nacional

da JP

Bernardo Serrão Brochado

Vice-presidente da Democracia cristã

[email protected]

Reuniu-se no passado domingo dia 28 de

Outubro o Conselho Nacional da JP, em

Tomar, para, entre outros trabalhos, votar o

próximo secretário do Conselho de Fiscaliza-

ção e Disciplina e o Orçamento para o segun-

do semestre de 2012.

Da concelhia de Lisboa estiveram presentes a

Presidente de Mesa Alexandra Benitez, o

Presidente Francisco Rodrigues dos Santos, a

Secretária-Geral Mariana Brandão Rodri-

gues, os Vice-Presidentes Hélder Santos Cor-

reia, Bernardo Serrão Brochado e Francisco

Laplaine Guimarães e ainda os vogais Diana

Vale, Tiago Leitão e Francisco Camacho.

Devido à proximidade da Universidade JP, a

realizar este ano em Guimarães, houve bas-

tantes e criticadas ausências, o que não impe-

diu os trabalhos de se realizarem de forma

correta e participativa.

Foi feita ainda a análise da situação política

como da crise financeira.

O presidente da JP Lisboa interveio, também,

em representação da concelhia, num discurso

onde abordou quais os problemas que mais

preocupam o nosso concelho, quais as nossas

linhas de ação e, de uma forma mais abran-

gente, qual a nossa visão sobre o papel do

CDS e da JP no contexto da atualidade

nacional. Foi largamente aplaudido, num

sinal de admiração pelas posições tomadas.

Por fim, referir ainda a apresentação do novo

forte, a responsabilidade começa nos jovens

aderindo e promovendo não só o partido e a

juventude porque sim mas, porque acreditam

nos valores que guiam as atividades do parti-

do e da juventude.

Desta maneira a concelhia da JP Lisboa agra-

dece, a disponibilidade e simpatia do Dr.

António Carlos Monteiro em nos receber, e

pelos seus ótimos conselhos que nos deu.

Page 27: Jornal Centrista - Edição de Outubro

27

site da JP que foi do agrado de todos os con-

selheiros nacionais presentes. Falou, ainda, o

Deputado e antigo Presidente da JP Eng.

Michael Seufert que nos transmitiu de forma

clara qual a posição do CDS e qual o seu

papel na conjuntura atual, tendo sido aborda-

da, como não poderia deixar de ser, a temáti-

ca tanto do Orçamento de Estado .

Francisco Rodrigues dos Santos

Presidente da JP Lisboa [email protected]

Intervenção em

Conselho Nacional

Decidi intervir neste Conselho Nacional, em

nome da Concelhia de Lisboa, quando os tra-

balhos incidiam sobre a análise da situação

política atual.

Fi-lo com a convicção de que faria todo o

sentido expor, naquela sede, a nossa perspeti-

va acerca dos acontecimentos recentes, o

nosso comentário à atuação da estrutura e,

Page 28: Jornal Centrista - Edição de Outubro

mais objetivamente, a nosso entendimento

sobre o papel a assumir pela Juventude

Popular em tempos de convulsão social.

Quando tomei a palavra, antes de encetar a

discussão desses pontos, preferi saudar a

anterior Comissão Política Concelhia pelo

meritório segundo lugar alcançado na atri-

buição do Prémio Adelino Amaro da Costa,

que serve para distinguir a melhor Concelhia

do País, avaliada em função da relação quali-

dade/quantidade do trabalho desenvolvido.

De facto, esse reconhecimento orgulha-nos e,

em abono da verdade, revela que no passado

soubemos, em conjunto, colaborar com quem

tinha o poder executivo, num espírito de mis-

são assinalável e de obra feita. Nesse sentido,

lancei o repto para que, hoje, aqueles que

estão fora da esfera do poder formal – à

semelhança do que aconteceu connosco – se

juntem a nós na prossecução da nossa agenda

interativa com a sociedade; porque, como

referi, nunca somos de mais, somos a Juven-

tude Popular (JP), não somos a Lista A, nem

somos a Lista B.

Dita esta nota prévia, iniciei a abordagem à

grave crise económica e de valores que o

País enfrenta, alertando para o facto de não

podermos nem devermos aliar a todas as

intempéries uma crise de identidade, frisando

bem que o papel das Juventudes Partidárias

é, justamente esse: não permitir que isso

aconteça, devendo, antes, lutar pela exaltação

permanente dos princípios e valores que as

fundam e definem, provando que há sempre

uma alternativa possível – ou não fosse a

juventude o último reduto da salvaguarda

nacional; o amanhã que não se pode perder

hoje.

Nesse sentido, procurei demonstrar que é

estritamente necessário que exista debate

numa dupla vertente: internamente – onde é

saudável que falemos a várias vozes e se

apontem caminhos diferentes para o futuro;

externamente – onde se exige que falemos

em uníssono, preservando o património his-

tórico e intelectual legado pela entidade polí-

tica que representamos.

Daí que tenha julgado pertinente fazer um

pequeno reparo à Comissão Política Nacio-

nal pelo facto do último Conselho Nacional

ter decorrido há dez meses atrás. Com efeito,

se pretendemos instituir e fomentar o debate

interno, recai igualmente sobre nós a obriga-

ção de criar condições para que isso aconte-

ça. Tal como deixei bem patente, dez meses é

muito tempo e parece mais tempo ainda

quando o País atravessa as dificuldades que

são bem conhecidas e, em face das quais, se

28

Page 29: Jornal Centrista - Edição de Outubro

29

espera que a Juventude Popular saiba tomar

uma posição corroborada por todos, com a

força e coesão necessária para vingar na

sociedade civil.

Posto isto, frisei que a afinidade ideológica e

doutrinária que nos une ao CDS-PP é condi-

ção necessária da nossa existência, pese

embora possamos discordar de algumas deci-

sões tomadas pelo Governo de Portugal. Ain-

da assim, essas divergências não podem con-

duzir a um comportamento passivo da nossa

parte, devendo, a contrario sensu, levar-nos

a fazer, na medida do possível, aquilo que o

Governo não é capaz de fazer. Para alcançar

esse desiderato, exige-se que trabalhemos

junto dos jovens e com os jovens portugue-

ses; que não tenhamos medo de dar a cara

pela nossas ideias; que auscultemos as suas

preocupações; e que, mais importante que o

diálogo e o acompanhamento dos vários por-

tugais em Portugal, apresentemos soluções

para as necessidades mais prementes dos

jovens! Felizmente, temos a capacidade de

ser o veículo que muita gente precisa para

fazer circular as suas preocupações até aos

grandes centros decisórios, já que militam

nas fileiras da JP e do CDS, Ministros, Depu-

tados e Autarcas. Cabe, então, ser esse

mediador útil e credível, que liga as pessoas

à resolução dos seus problemas.

Como tive oportunidade de o dizer no último

Plenário Concelhio do CDS, o debate ideoló-

gico per si, hoje em dia, vale pouco se não

houver a preocupação de repercutir esse

substrato teórico em medidas concretas, por-

que é destas que o País está órfão. E foi nes-

se sentido que enumerei as atividades recen-

tes levadas a cabo pela Concelhia de Lisboa,

como sinal do nosso forte investimento num

plano interativo com a sociedade: fundação

do Jornal Centrista, Reunião com as Associa-

ções de Estudantes de Lisboa, Jornadas Soli-

dárias que se iniciaram com a visita a um Lar

da Terceira idade, intervenção em vários

debates e espaços públicos, reunião com o

vereador do CDS na Câmara Municipal de

Lisboa, e colaboração com o Gabinete de

Estudos Gonçalo Begonha.

Terminei a minha intervenção afirmando que

as pessoas para terem opção de escolha têm,

efetivamente, que dispor de alternativas e se

a Juventude Popular quer ser uma delas tem,

logicamente, que a apresentar ao País. O Par-

tido tem crescido nas mesas do eleitorado

mais jovem e é a esse mesmo eleitorado que

a JP tem a responsabilidade social de dar a

mão, ajudando-o a superar a conjuntura

adversa que atravessa. Apelei aos presentes,

Page 30: Jornal Centrista - Edição de Outubro

nas minhas últimas palavras, para que não se

coibissem desse papel tão útil e tão urgente,

tal como a JP Lisboa o tem feito, ao lado dos

jovens, ao lado CDS, ao lado do País.

ESCREVE O MILITANTE

É a Hora

É a Hora.

Nem rei nem lei, nem paz nem guerra,

Define com perfil e ser

Este fulgor baço da terra

Que é Portugal a entristecer

Brilho sem luz e sem arder,

Como o que o fogo-fátuo encerra.

Ninguém sabe que coisa quer.

Ninguém conhece que alma tem,

Nem o que é mal nem o que é bem.

(Que ânsia distante perto chora?

Tudo é incerto e derradeiro.

Tudo é disperso, nada é inteiro.

Ó Portugal, hoje és nevoeiro...

É a Hora!

Fernando Pessoa

E é assim… Portugal retrocedeu no tempo

agora não só com uma crise económica como

também abraça uma enorme crise social e de

valores. O povo mergulhou num mar de

desespero de dúvida e incerteza deixando-se

ficar inertes e sofridos perante o cair de uma

nação… Perante a perda da própria identida-

de nacional e sobretudo assiste-se a perda da

esperança numa nação forte e vitoriosa.

Focando o momento atual do país fala-se,

acima de tudo, nas novas medidas de austeri-

dade, estas por sua vez assumem-se então

como ponto de viragem rígido e drástico na

vida dos portugueses. É verdade que os

30

Page 31: Jornal Centrista - Edição de Outubro

31

reformados e a função pública perderam

mais do que 5.5 mil milhões de euros, é tam-

bém verdade que o executivo vai propor aos

parceiros sociais a diminuição de 10% no

limite mínimo do subsídio de desemprego de

419 para 337 euros e se este limite for apro-

vado vai obrigar a recalcular o valor das

prestações a partir da data da publicação da

lei. A nova razia nas prestações sociais é

também tema constante visto que o Governo

propõe corte transversal nas prestações

sociais. Dos desempregados aos idosos, nin-

guém escapa, cortes aplicam-se já nos atuais

beneficiários e os idosos, sem autonomia,

iriam então perder o apoio se tiverem uma

pensão acima de 600 euros. Sim, tudo isto

são medidas assustadores sem dúvida mas é

a hora de o estado e o povo darem as mãos…

é agora, mais do que tudo, necessário traba-

lhar em conjunto em prol da vitória do país

face a crise.

O povo apresenta-se como substrato humano

do estado, significa a sua razão de ser, aquilo

que o modela e constituem pede-se então aos

portugueses que não o esqueçam e que não

vivam de costas voltadas para quem os repre-

senta, mas sim que trabalhe com ele. Precisa-

mos de um estado forte e autoritário consigo

próprio que dê o exemplo, que faça cumprir

a lei e o direito. Por vezes assistimos a uma

falta de coercibilidade do próprio Estado

perante certas sentenças em que devia ter

sido irredutível em as fazer cumprir e aplicar.

Por ser de homens, a autoridade está tao pro-

pensa a infringir as normas jurídicas como a

liberdade humana individual.

Considero então ser necessário dar o exem-

plo, fazer cumprir os objetivos não esquecen-

do nunca as necessidades básicas da popula-

ção fazendo jus a sua dignidade originária e a

todos os direitos neste campo consagrados

pela nossa constituição como a nível interna-

cional.

Apela-se a um povo cada vez mais trabalha-

dor, cumpridor de horários e tarefas, lutador

e assertivo nos seus objetivos. É a hora de

caminhar, não para uma auto-sobrevivência,

mas sim para o destaque nacional e interna-

cional. Apostar e acreditar em medidas duras

mas fortes com o fim de fortalecer um povo,

unificar uma nação e sobretudo destacar uma

pátria gloriosa mas que há muito se encontra

perdida num nevoeiro de crise e conformis-

mo social.

“Nada é mais admirável do que o homem”

somos capazes das maiores proezas de com-

bater contra adversidades e sobretudo de nos

adaptarmos a vários ambientes. Somos impa-

Page 32: Jornal Centrista - Edição de Outubro

res em áreas como a engenharia…tecnologia,

o Mayflower levou três meses a atravessar

para o Atlântico. Em 1924, o voo de Charles

Lindbergh levou 24 horas, o concorde de

hoje pode fazê-lo em três horas; mísseis

balísticos em 30 minutos.

É a hora…

Do pais se levantar do povo e o Estado se

unirem e de fazer valer o que temos de

melhor. Apostar numa agricultura valiosa…

num mar rico e numa posição geográfica

chave no mundo atual.

É a hora de fazer valer Portugal.

32

Verónica Santos

Militante da Juventude Popular

Page 33: Jornal Centrista - Edição de Outubro

33

O Busto e o Betinho

Page 34: Jornal Centrista - Edição de Outubro

32

Criação da Biblioteca Solidária JP Lisboa

Magusto da JP Lisboa

Debate entre Juventudes Partidárias do Con-

celho de Lisboa

Elaboração do Manual do Militante

Torneio de Futebol de Salão

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