jornal dos bairros | edição 09 | outubro 2015

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Troca Solidária: quando todos ganham Foto: Andreia Copini O Troca Solidária é um daqueles programas onde todos saem ganhando. Com ele, é possível trocar o material reciclável por alimentos. Além das famílias que garantem mais qualidade de vida sem precisar pagar por isso, o programa também ajuda às associações de catadores e aos agricultores. Ano 19 Nº 09 Outubro 2015 Publicação da União das Associações de Bairros de Caxias do Sul - Filiada à FRACAB e à CONAM dos Bairros Jornal Agenda Comunitária 31/10 |9h - Reunião da Diretoria | UAB 07/11 | 14h - Assembleia Geral | UAB 07/11 | 20h30 - Escolha da Corte do Car- naval 2016 | Pavilhões da Festa da Uva Vereadores cassados pela Ditadura, em 1964, tiveram seus mandatos devolvidos pela Câmara. Entre eles, o presidente de honra da UAB, Luiz Pizzetti Págs. 05 Mandatos Devolvidos Alceu Barbosa Velho participa da Assembleia Geral da UAB e fala sobre as dificuldades do período. Lideranças cobram cumprimento do atendimento às terças-feiras Págs. 03 e 04 Prefeito Alceu

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Saiba mais sobre a 'Troca Solidária', programa da Codeca que troca materiais recicláveis por alimentos frescos. Prefeito Alceu Barbosa Velho é o convidado da Assembleia Geral da UAB, no mês de outubro. Ele fala sobre as dificuldades financeiras da prefeitura e reafirma: terças-feiras são dia de atendimento para os presidentes de bairros.

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Page 1: Jornal dos Bairros | Edição 09 | Outubro 2015

Troca Solidária: quando todos ganhamFoto: Andreia Copini

O Troca Solidária é um daqueles programas onde todos saem ganhando. Com ele, é possível trocar o material reciclável por alimentos. Além das famílias que garantem mais qualidade de vida sem precisar

pagar por isso, o programa também ajuda às associações de catadores e aos agricultores.

Ano 19Nº 09

Outubro 2015

Publicação da União das Associações de Bairros de Caxias do Sul - Filiada à FRACAB e à CONAM

dosBairros

Jornal

Agenda Comunitária

31/10 |9h - Reunião da Diretoria | UAB

07/11 | 14h - Assembleia Geral | UAB

07/11 | 20h30 - Escolha da Corte do Car-naval 2016 | Pavilhões da Festa da Uva

Vereadores cassados pela Ditadura, em 1964, tiveram seus mandatos devolvidos pela Câmara. Entre eles, o presidente de honra da UAB, Luiz Pizzetti

Págs. 05

Mandatos DevolvidosAlceu Barbosa Velho participa da Assembleia Geral da UAB e fala sobre as dificuldades do período. Lideranças cobram cumprimento do atendimento às terças-feiras

Págs. 03 e 04

Prefeito Alceu

Page 2: Jornal dos Bairros | Edição 09 | Outubro 2015

Jornal dos Bairros

Outubro de 2015Opinião 02

Editorial

Jornal dos BairrosExpediente: Veículo da União das Associações de Bairros de Caxias do Sul – UAB - Rua Luiz Antunes, 80, Bairro Panazzolo – Cep: 95080-000 - Caxias do SulFiliada à Federação Riograndense de Associações Comunitárias e de Moradores de Bairros (FRA-CAB) e a Confederação Nacional de Associações de Moradores (CONAM) Presidente: Flávio Antônio Fernandes

Diretora de Imprensa e Comunicação: Paula Cristina da Rosa - [email protected]: Karine Endres - MTb. 12.764 - [email protected]: Karine Endres e Rodrigo MoraesEditoração e Design Gráfico: Karine Endres

E-mail: [email protected] Telefone: 3238.5348Tiragem: 8.000 exemplares

Conselho Editorial:Antonio Pacheco de Oliveira, Cláudia dos Santos,Cleusa Moares, Flávio Fernandes, Joce Barbo-sa, Jucemar Alves, Karine Endres, Maria de Cesar Bonilla, Paula da Rosa, Paulo Sausen, Tania Menezes e Valdir Walter.Email: [email protected]: 3219.4281Os textos assinados são de inteira responsabilidade de seus autores.

A corrupção e suas faces

Pedro de AguiarFoto: Arquivo da Associação

Faleceu no mês de agosto o comu-nitarista Pedro Pereira de Aguiar, o ‘Pe-drinho’. Ele foi um dos fundadores da Amob Esplanada, em 1977, e seu pri-meiro presidente, até 1980. Ele reassu-miu a presidência em 1999 até 2001, mas sempre participou das diversas gestões.

Segundo a filha Ângela Maria, ele ajudou a montar a associação para aju-dar os moradores do bairro. “Ele traba-lhou bastante pelo calçamento do bair-ro, pela iluminação pública e pela UBS do bairro”, relata.

Pedro de Aguiar nasceu em 27 de dezembro de 1945, em São Francisco de Paula. Ele veio para Caxias aos 18 anos, em busca de trabalho. Casou em 1970 com Maria Teresinha Pereira de Aguiar, e teve quatro filhos: Ângela Maria, Ale-xandre, Isac e André. Ele também dei-xou cinco netos: Alessandra e Andressa de Aguiar Varela, Dionata e Alessandro Santos Aguiar e Andriel Paná de Aguiar.

Ele faleceu de um enfarte do mio-cárdio, no dia 26 de agosto, em Caxias

Hidrômetros: o fato e a versãoPor Édio Elói Frizzo*

Em tempos de crise hídrica, muito se comenta sobre o alto índice de perdas de água no país. Neste sentido, o Serviço Autônomo Municipal de Água e Esgoto (SAMAE) mantém um programa perma-nente de troca e aferição de hidrômetros. Atualmente, a Autarquia está substituin-do os aparelhos, preferencialmente, com 15 anos ou mais de uso. O grande fator de erro nas medições dos hidrômetros, que geralmente o fazem marcar menos do que foi consumido, é o tempo de uso do aparelho, que acarreta desgastes nas partes internas.

Os medidores adquiridos pelo SA-MAE atendem a todas as normas do In-metro. Assim, o equipamento recebido pelo SAMAE é lacrado e aferido pelo mesmo órgão. Depois que a Autarquia troca os medidores antigos por novos, a aferição do consumo é muito mais pre-cisa. Desta forma, é natural pensar que o equipamento estaria com algum tipo de defeito. Divergências nas contas são comuns, uma vez que o novo hidrôme-tro mede fielmente o que é gasto e, pos-sivelmente, difere do que o hidrômetro anterior marcava.

Em um universo de mais de 130 mil ligações de água, o número de reclama-ções é ínfimo. Dos mais de 45 mil hidrô-metros instalados na atual gestão, ape-nas um lote de 75 medidores da fabrican-te Itron apresentou falhas técnicas na relojoaria (local onde há a totalização do consumo). Em razão deste problema, de-

tectado pela equipe técnica do SAMAE, as contas de água (apenas deste lote de 75 medidores) podem ter chegado com um consumo maior que o efetivamente gasto. Estes hidrômetros já foram subs-tituídos, com as devidas correções, sem ônus ao consumidor.

Um fato pontual não pode prejudi-car o trabalho que vem sendo desenvol-vido pelo SAMAE. Em nenhum momento, o programa de substituição dos hidrôme-tros foi implantado para obter lucro ou prejudicar o consumidor. O SAMAE não quer cobrar nenhum litro a mais ou a me-nos da água consumida pelos caxienses. Quer sim cobrar o que é justo, ou seja, o consumo real.

Além disso, durante a execução des-te programa, o SAMAE tem encontrado diversas irregularidades, como furto de água e ligações clandestinas, casos que contribuem para o aumento das perdas. Reduzir esse número significa atender mais usuários com a mesma quantidade de água retirada da natureza. Combater o desperdício é uma forma eficaz de res-ponder ao desejo das pessoas pela me-lhora na qualidade dos serviços públicos e pela preservação do meio ambiente.

As opiniões e informações constantes nos arti-gos assinados são de intereira responsabilidade de seus autores. Elas podem ser enviadas para [email protected]

* Edio Elói Frizzo é Diretor-presidente do SAMAE (Serviço Autônomo Munici-pal de Água e Esgoto).

do Sul. Era uma pessoa que gostava de ajudar as pessoas. A luta dele era pelo povo, tanto que várias vezes convidaram ele para entrar na política partidária, mas ele nunca quis”, relembra a filha.

!

Corrupção vem do latim corrup-tus, que significa quebrado em peda-ços. Na república romana, ela se refe-ria à corrupção de costumes. No mun-do contemporâneo, sua prática pode ser definida como utilização do poder, cargo público ou autoridade – tam-bém chamada de tráfico de influência -- para obter vantagens e fazer uso do dinheiro público ilegalmente em bene-fício próprio ou de pessoas próximas.

A corrupção se materializa na pro-pina, no suborno, eternizados na fra-se “rouba, mas faz”. Também está por trás de casos como Mensalão e Opera-ção Lava Jato, que estão estampando manchetes de jornal. Quantos de nós já não escutou alguém dizer que no Brasil a corrupção é algo natural? Mui-tos falam que ela faz parte de quem somos, enquanto brasileiros.

Contudo, a corrupção é fenômeno inerente a qualquer forma de governo, seja democrático ou despótico, em pa-íses ricos ou em desenvolvimento. En-tão o que nos faz acreditar que a práti-ca é uma característica brasileira, parte do modo de viver que nós chamamos de “jeitinho brasileiro”?

A ideia de que somos um país cor-rupto se deve aos sucessivos escân-dalos políticos de desvios de dinhei-ro público e à impunidade dos envol-vidos. A frequência das denúncias e a falta de punições criou uma imagem de que a política aqui é, necessariamente, corrupta.

Entre as práticas de corrupção mais comuns na política estão o nepo-tismo (quando o governante elege al-gum parente para ocupar um cargo pú-blico), peculato (desvio de dinheiro ou

bens públicos para uso próprio), “caixa dois” (acúmulo de recursos financei-ros não contabilizados), clientelismo (compra de votos), tráfico de influ-ência, uso de “laranjas” (empresas ou pessoas que servem de fachada para negócios e atividades ilegais), fraudes em obras e licitações, venda de sen-tenças, improbidade administrativa e enriquecimento ilícito.

Essas práticas estão por toda par-te, muitas vezes veladas, escondidas em ‘’boas administrações”. Está pre-sente muitas vezes em programas de governo são usados como moeda de troca, e assim ninguém fala e nem de-nuncia nada.

Engana-se quem acha que a prá-tica ganha essa nome apenas quan-do falamos de grandes corporações ou órgãos públicos. A corrupção priva-da está presente em atitudes do nos-so dia a dia, como desviar dinheiro do condomínio, burlar um imposto, pa-gar um valor extra para ter um serviço feito antes do tempo legal, subornar um guarda de trânsito para evitar uma multa, aproveitar para benefício pró-prio os benefícios e recursos das enti-dades da organização civil que teori-camente deveriam defender ou auxiliar a população, aproveitar dos espaços destinados a debates e fortalecimento da sociedade para fazer política parti-dária, e assim por diante.

Enfim, a corrupção esta direta-mente relacionada as formas de se ob-ter vantagens e burlar regras seja no âmbito do poder ou nas nossas rela-ções do dia a dia.

E você o que acha?

Page 3: Jornal dos Bairros | Edição 09 | Outubro 2015

Jornal dos Bairros

Outubro de 2015Movimento 03

Lideranças querem cumprimento de acordo: que as terças-feiras sejam de atendimento aos presidentes de bairros

“Situação financeira é muito difícil”, fala Alceu em Assembleia

O movimento comunitário recebeu o prefeito municipal Alceu Barbosa Velho (PDT) em sua sede, no dia 3 de outubro. Ele

foi o principal convidado da Assembleia Geral da UAB do mês e falou sobre a

situação financeira do município, assim como respondeu aos questionamentos dos

comunitaristas.

Foto: Karine Endres

Alceu colocou a perspec-tiva da situação financeira da prefeitura como sendo muito difícil para o próximo perío-do. “Só de ICMS, perdemos 35 milhões em 2014 e agora para 2015 nem se fala. As tendências são terríveis”, afirma. Segundo ele, o Ministério da Saúde cor-tou 11 bilhões de reais em in-vestimentos para todo o Brasil. “Tudo o que a gente ouve em Brasília é que os recursos estão contingenciados. Com muita luta veio essa verba de 800 mi-lhões para mobiliar a UPA Zona Norte, mas que foi liberada há pouco tempo”, diz.

Ele também destacou que é importante rever o pacto fe-derativo – que é a divisão de recursos entre município, esta-do e União. “Não é justo que os municípios arrecadem o dinhei-

ro e a União fique com a maior parte do bolo tributário”, fala. Alceu explicou que atualmen-te 60% da verba fica nos cofres da União, 25% fica com os Estados e apenas 15% retorna aos municípios. “A nossa proposta é que essa di-visão seja mais coeren-te: 40% para a União, 30% para os Estados e 30% para os municí-pios”, diz.

Recursos na saúdeO prefeito ressaltou que a

prioridade do município é não retroceder na oferta de servi-ços. Mesmo na saúde, onde o município já investe um va-lor bem acima do que estipula a lei, os repasses serão ainda maiores para evitar que leitos do SUS sejam fechados. “Só de cirurgias pelo SUS, iriam ser cortadas 80 cirurgias por mês no Pompéia, e outras 70 no Hospital Geral, além de 4.500 procedimentos no HG. Chamei o Gilmar Boschetti, secretário do Planejamento, e deixei claro de que a gente não podia dei-xar que esses dois hospitais,

que são referência para o SUS em toda a região, deixassem de fazer esses atendimentos. Que se fosse necessário, iríamos re-duzir recursos em outras áreas”, relembra.

EducaçãoA educação é outra área na

qual o município sempre ofere-ceu um serviço maior do que o determinado pela lei, mas que agora, com a inclusão obrigató-ria de todas as crianças acima de quatro anos na educação infantil, a oferta está abaixo da demanda. “Temos nove mil crianças em turno integral. Nos-sa obrigação é dar meio turno. Nós damos turno integral, mas não vou retirar serviço. Quem está lá fica”, afirmou.

Segundo ele, além de oito creches que o município tem a construção em andamento, com recursos próprios, outras oito foram contratadas através do Ministério da Educação, do Governo Federal. “Acontece que a empresa responsável pe-las obras faliu. Com tudo defini-do, terreno preparado para as obras. Mas é isso que aconte-ce muitas vezes. A negociação é feita em Brasília, para todos os municípios que aderiram ao programa. Qual a culpa da prefeitura? Zero”, responde ele mesmo.

“É o que todos os prefei-tos todos os municípios dizem. Como vai fazer uma licitação em Brasília para todo o país? Ainda que não começou nenhu-

ma, porque onde começou está parado e é pior”, argumentou.

Atendimento nas terças-feiras

Uma reclamação constan-te do movimento comunitário foi a falta de respeito ao acordo de atendimento aos presiden-tes de bairros nas terças-feiras. “Não vamos admitir falta de res-peito na nossa gestão. Porque respeito tem que ser igual para todos, desde o mais baixinho até o mais graduado. Isto é uma regra de convivência”, afirmou. Ele chamou a atenção dos se-cretários para o cumprimen-to das terças de atendimento. “Por favor secretários, nos aju-dem. Vamos cumprir esse acor-do”, pediu.

“Por favor secre-tários, nos ajudem.

Vamos cumprir esse acordo”,

Alceu Barbosa Velho, sobre o antendimen-to dos secretários aos presidentes nas

terças-feiras!

Page 4: Jornal dos Bairros | Edição 09 | Outubro 2015

Jornal dos Bairros

Outubro de 2015 04Movimento

Presidentes questionam

Secretários de Alceu particparam da AG e puderam conhecer as demandas

Foto: Karine EndresHugo Trindade, presiden-

te da Amob Cidade Industrial, abriu as falas questionando sobre os recursos destinados ao Orçamento Comunitário em 2016. “Vamos ter apenas 12 mi-lhões para o OC em 2016, quan-do a prefeitura deve gastar cer-ca de 30 milhões com a folha de pagamento dos CCs”, criticou.

Tania Menezes, presiden-te do Villa Lobos e Vergueiros, além de diretora de Trasnportes da UAB, também questionou o valor. “O número de habitantes aumenta, o de Amobs também, mas o valor do orçamento dimi-nui. Não adianta a gente discutir obra se ano que vem não vai ter dinheiro”, afirmou. “É uma pena que a gente não discuta mais também o todo do orçamen-to, que a gente não tem mais o conselho para isso. Todos os conselhos são uma ferramenta de participação e de efetivação da democracia, pois tem um papel de debate, avaliação e fiscalização do poder público”, questionou.

Ela também pediu atenção para a conclusão de pavimen-tações, esgotamento e pas-seios públicos das ruas. Tania sugeriu que a prefeitura venda

os pequenos trechos de terra que tem espalhados pela cidade, resultado da diferença de medições na hora de demarcar os ter-renos durante as desapro-priações. “Que se faça um fundo desse valor e se in-vista nos bairros, porque muitas vezes um pequeno trecho que não conta com essas infraestruturas preju-dica todo o entorno, com entupimento de boca de lobos, por exemplo”.

DemoraO presidente do Lo-

teamento Belvedere, Alaor Correa Barbosa, chamou a atenção para o não cumpri-mento de promessas de campa-nha do prefeito Alceu. Segundo ele, a obra de saneamento do bairro foi prometida durante a campanha e até agora não há nenhum indicativo de que vai sair do papel antes das próxi-mas eleições.

“O fim do ano está che-gando, ano que vem já são de eleições municipais. Daqui um pouco nem dá para fazer mui-ta coisa. Precisamos de uma resposta. O bairro está aban-

donado. Ficamos cinco meses sem ônibus por causa de dois buracos. De tanto que eu liguei e incomodei liberaram uma pas-sagem no outro lado da rua. Cansei de ter gente desespera-da na minha casa”, disse. “Não sou oposição, só quero que por favor, vocês nos atendam. Que-ro poder dizer que o prefeito cumpriu o que ele prometeu no Belvedere”, criticou.

TransporteNo Vila do Rosário II, a de-

manda é a respeito da linha de ônibus do transporte público, que atende ao bairro. Segundo Maria Claudete Cardoso, pre-sidente da Amob, os morado-res que trabalham no entorno do Iguatemi aguardam até uma hora pelo ônibus, ou então, vão para casa à pé. “A Visate disse que já iniciou os estudos, mas que está tendo dificuldade de obter as informações. Quero questionar sobre a metodolo-gia que está sendo usada. As pessoas tem que ter confiança em uma pesquisa que pergunta sobre endereço, local de traba-

lho. É preciso fazer uma divul-gação dessa pesquisa, para que as pessoas se sintam à vontade para responder”, afirmou.

“Nós estamos nos sentin-do abandonados. Estamos in-dignados, porque sabemos que as obras do Sim atrapalham, mas no nosso caso, é falta de transporte mesmo”, concluiu.

AcessibilidadeA falta de diretrizes no

Código de Posturas para mais equipamentos de acessibilida-de nas construções foi o cerne do questionamento do presi-dente da Amob São José, Adão Ivan Froes. Ele lembrou que o tema foi pauta da última edição do Jornal dos Bairros e que é in-compreensível que o Código re-queira apenas as rampas como equipamento de acessibilidade obrigatório.

“Ficamos pasmos ao ver que passou pela Câmara de Ve-readores a reavaliação do Códi-go de Posturas sem nenhuma al-teração quanto às regras para a acessibilidade. Para Caxias, ter rampa é o suficiente para ser

acessível. Isso é inad-missível”, afirmou.

AgradecimentoNa Cooperativa

Habitacional Mariani-nha de Queiróz, o mo-mento é de agradeci-mento ao poder públi-co. Rosane Saldanha, presidente da coopera-tiva, agradeceu a toda a colaboração para a re-gularização da comu-nidade. “A cooperati-va está completando 20 anos e temos que festejar nossa regulari-zação fundiária, que só aconteceu com o apoio da prefeitura”, lembrou.

A priorização da saúde nes-te momento foi elogio de vários presidentes de bairro. “Nunca vi um prefeito batalhar tanto para garantir a saúde. Tirou dinhei-ro das obras para colocar na saúde. Se não fosse ele, tinha fechado as vagas no Hospital Pompéia e no Geral. A rua pode esperar, a saúde não”, parabe-nizou Ademar Drum da Silva, vice-presidente da Amob San-ta Tereza.

Denúncia

A diretora de Formação da UAB, Joce Barbosa, chamou a atenção para uma denúncia que tem sido feita por várias li-deranças comunitárias. “Tam-bém quero denunciar aqui um movimento de cooptação que está vindo de um integrante de seu partido. Que o senhor cha-me seus CCs para que isto não aconteça, respeitando a ética que tem que haver nas relações políticas. Não é possível colocar a responsabilidade de uma obra em cima dos ombros dos presi-dentes de bairro”.

Secretários participaramTambém participaram do

encontro o Vice-Prefeito An-tonio Feldmann, o Chefe de Gabinete e controlador-geral do Município, Agenor Bas-so, os secretários municipais Jaqueline Marques Bernar-di (Recursos Humanos e Lo-gística), Felipe Gremelmaier (Governo), Adiló Didomenico (Obras e Serviços Públicos), Dilma Tessari (Saúde), Ed-son Nespolo (Festa da Uva),

Renato Oliveira (Habitação), Rúbia Frizzo (Cultura), Marlês Andreazza (Fundação de As-sistência Social), José Dam-brós (Orçamento Comunitá-rio), Gilberto Boschetti (Pla-nejamento), Gilmar Santa Catarina (Gestão e Finanças), Fábio Vanin (Urbanismo), Jó Arse (Esporte e Lazer) e Edio Elói Frizzo (SAMAE), além do vereador Edi Carlos Pereira de Souza.

Page 5: Jornal dos Bairros | Edição 09 | Outubro 2015

Jornal dos Bairros

Outubro de 2015Geral 05

Devolvidos os mandatos de vereadores cassados pela Ditadura

Uma resolução aprovada pela Câmara de Vereadores devolveu

os mandatos dos vereadores socialistas

de Caxias, que foram cassados pela Ditadura, em 1964.

Familiares de vereadores cassados recebem mandatos restituídos, em ato simbólico na Câmara

Fotos: Luis Carlos Erbes| Divulgação

O ato simbólico aconteceu no dia 29 de setembro e resti-tuiu os mandatos de Percy Var-gas de Abreu e Lima e seus 17 suplentes.

Todos os cassados eram da antiga Aliança Republicana Socialista (ARS) Um destes su-plentes foi o comunitarista Luiz Pizzetti, que é presidente de honra da UAB e da Amob Ma-

dureira. Pizzetti parti-cipou do ato e recebeu uma cópia da resolu-ção, junto com familia-res de ex-militantes da ARS. A resolução apro-vada não produziu efei-tos financeiros.

A resolução, que não produz efeitos fi-nanceiros, foi proposta por Henrique Silva, do PCdoB, e aprovada por unanimidade na Câma-ra caxiense.

A matéria tornou nulo o requerimento que havia cassado os parlamentares da ARS, em 20 de abril de 1964, na 5ª legislatura da Câ-mara Municipal de Ca-xias do Sul (1964-1968),

sob a alegação de serem co-munistas.

Para Henrique Silva, o ges-to faz uma reparação histórica e restaura a dignidade do povo caxiense. Pizzetti também foi à tribuna, para se manifestar em nome dos integrantes da anti-ga ARS.

Para ele, a sociedade conti-nua diante do desafio, de cons-truir uma so-ciedade mais democrá t i -ca. Destacou que a igualda-de passa pelo acesso de to-dos à educa-

ção, à saúde e a outros bene-fícios que são direitos consti-tucionais.

“Nós queríamos uma so-ciedade melhor para vocês”, diz ele. “Quando nos cassa-ram, nos chamaram de bandi-dos perigosos. E provamos que os bandidos perigosos eram eles”, diz.

“Até hoje o Exército não

teve coragem de dizer onde es-tão os desaparecidos, para que as famílias possam enterrar de fato seus mortos”, critica.

Para Pizzetti, a devolução dos mandatos repara um pou-co de toda a arbitrariedade que aconteceu naquela época. “Nós ainda estamos na mesma luta, pela reforma urbana, rural, na educação, no sistema finan-

ceiro. É preciso desenvolver o Brasil, dar emprego para todos que precisam traba-lhar. Se o Golpe não tivesse interrompido essa luta, acre-dito que hoje seríamos uma outra sociedade, um outro país, muito mais avançado, com mais igualdade e justi-ça social” afirma.

A cassaçãoOs mandatos foram cas-

sados no dia 20 de abril de 1964, nos primeiros momen-tos do Golpe de 64. O gol-pe foi dado pelos militares e com apoio da sociedade ci-vil no dia 1º de abril daque-le ano e durou até 15 de ja-neiro de 1985, com a eleição indireta de Tancredo Neves a presidente da República. Em 1964, o então presiden-te João Goulart terminou de-posto, sendo substituído por Humberto de Alencar Caste-lo Branco, o primeiro presi-dente da ditadura.

>> Percy Vargas de Abreu e Lima (titular)>> Henrique Ordovás Filho (suplente)>> José Antonio Finimundi (suplente)>> Nilo josé Corte (suplente)>> Andradina M.O Gonçalves (suplente>> Leovegildo Nery de Campos (suplente)>> João da Silva Ramos (suplente)>> Ernesto Bernardi (suplente)>> Luiz Pizzetti (suplente)>> Darcy Gonçalves (suplente)>> Ruy da Silva Britto (suplente)>> Alaor Irani Rocha (suplente)>> Renato Tarciso Viero (suplente)>> Antonio Lisboa da Silva (suplente)>> Enio Fávero (suplente)>> Armin Damian (suplente)>> Clóvis Antonio Sperandio (suplente)>> Pedro Myrtes de Lima Vargas (suplente)

Quem foi cassado em 1964, em

CaxiasLuiz Pizzetti comemora a reparação feita em Caxias

Page 6: Jornal dos Bairros | Edição 09 | Outubro 2015

Jornal dos Bairros

Outubro de 2015 06Geral

Caxias já tem seus conselheiros tutelares até 2020

Já foram escolhidos os dez conselheiros tutelares que

atuarão em Caxias do Sul, para o mandato de 2016 a 2020. Eles tomam posse no dia 10 de janeiro próximo.

Ao todo, 8.218 eleitores participa-ram do pleito, em 4 de outubro, optan-do entre 25 candidatos. Os eleitos serão divididos entre o Conselho Tutelar Sul e Conselho Tutelar Norte.

Uma resolução do Conselho Nacio-nal dos Direitos da Criança e do Adoles-cente (CONANDA), de 2010, recomenda um conselho tutelar (que é composto por 5 pessoas) para cada 100 mil habi-

tantes. De acordo com esta recomen-dação, Caxias comportaria, no mínimo, mais dois conselhos.

O Conselho Tutelar é um órgão au-tônomo, regido pelo Estatuto da Crian-ça e do Adolescente, e municipalmente vinculado à Fundação de Assistência So-cial (FAS) e ao Conselho Municipal dos Direitos da Criança e do Adolescente (COMDICA).

Confira os escolhidosRosane Biurrun Martins Curto Secretaria Municipal de Segurança Públi-ca e Proteção Social 845 votos

Terezinha Marli Pescador Andre-azzaFAS - Fundação de Assistência Social 755 votos

Rosane Formolo Pastoral da Crian-ças464 votos

Daiane da Cruz AESC - Associação Educadora São Carlos 443 votos

Marjorie Monique Sasset Aver ENCA - Entidade de Atendimento a Crian-ça e ao Adolescente - 431 votos

Paulo RodrigoToledo Inda CDL - Câmara de Di-rigentes Lojistas 419 votos

Evandra Regina Pellin 5ª Coordenadoria Regio-nal de Saúde 417 votos

Loci Teresinha Almeida Prux Secretaria Municipal da Habitação - 355 votos

Luiz Antônio MazzolaILEM - Centro Técnico Social - 347 votos

Gi lmar Ferre i ra Santos - Secretaria da Receita Municipal - 344 votos

A disputa ocorrerá no dia 7 de no-vembro às 20 horas, no Parque da Fes-ta da Uva e contará com um formato um pouco diferente da edição passada.

Nesse ano, além da disputa ocor-rerá um espetáculo cênico, a partir da criação de um elenco. O dia 7 de no-vembro também contará com uma ba-teria show, formada por músicos, per-cussionistas e mestres de bateria, que estão a mais de três meses ensaiando para a entrada de cada representante de sua escola de samba. Os jurados que determinarão quem serão as esco-lhidas vem da cidade de Pelotas para realizar a avaliação.

Cleberton Aguiar, presidente da a Associação Carnavalesca de Caxias do Sul e Nordeste do RS (Assencar), afirma que o tema do próximo Carnaval será “A Diversidade que Nos Une”. O Carna-val de Rua irá acontecer nos dias 5 e 6 de fevereiro, na Plácido de Castro. “Nós queremos fazer um resgate cultural, em todas camadas sociais e linguagens, as agremiações são todas diversificadas e bem elaboradas, isso nos enriquece”, comenta Aguiar.

O presidente ainda promete uma surpresa na abertura, além da diferen-ciação do design das coroas para as princesas e rainhas desse ano, que se-rão confeccionadas pelos carnavalescos e serão expostas até o dia da escolha.

Carnaval escolhe

sua corte A escolha da rainha e

princesas que formarão a Corte Carnavalesca de 2016, junto com o Rei Momo Julio

César Machado, está se aproximando.

Nicole da Silva Ribeiro, Jennifer Pontes da Silva e Priscila Bráz Alexandre, juntas com o Rei Momo Júlio César Machado,

comandaram o Carnaval. de 2015 e devem passar as faixas para a nova corte

que será escolhida em novembro

Page 7: Jornal dos Bairros | Edição 09 | Outubro 2015

Jornal dos Bairros

Outubro de 2015 07Geral

O Ministério Público Federal lançou a campanha “10

Medidas Contra a Corrupção” e que tem

por objetivo coletar mais de 1,5 milhão de assinaturas e propor uma lei de iniciativa popular que iniba e puna a corrupção.

MPF quer apoio contra a corrupção

Para falar da campanha aos comunitaristas, o MPF esteve presente na sede da UAB no dia 10 de outubro. O projeto foi ex-plicado pelo Procurador do Mi-nistério Público Federal em Ca-xias do Sul, Fabiano de Moraes.

As medidas buscam crimi-nalizar o enriquecimento ilícito, agilizar o processo penal e civil de crimes, fechar lacunas onde criminosos escapam de suas pe-nas, agilizar o rastreamento de verbas desviadas e combater a

corrupção. De acordo com o Procura-

dor, as medidas vem para cor-rigir falhas estruturais e proce-dimentos que fazem com que muitas das perdas não sejam recuperadas, e que as punições sejam muito mais leves do que os danos causados a sociedade. “Enxergo de forma positiva, pois assim estamos trabalhando para aperfeiçoar a legislação, e trazendo a população para jun-to das decisões e medidas con-

tra corrupção”, destaca Moraes.Todos que tiverem interes-

se em participar, podem baixar a lista para assinaturas, coletar apoios e entregá-las nas sedes do MPF. Em Caxias do Sul, a sede do MPF fica na Rua Viscon-de de Pelotas, nº 1.007, no bair-ro Pio, próximo à Justiça Federal e ao INSS. As cartas de apoio, a íntegra das medidas, e a ficha de assinatura estão disponíveis para download no www.dezme-didas.mpf.mp.br.

As dez medidas são: 1) in-vestimento em prevenção, 2) criminalização do enriqueci-mento ilícito de agentes públi-cos e proteção à fonte de infor-mação, 3)corrupção com pena maior e como crime hediondo segundo o valor, 4) aperfeiçoa-mento do sistema recursal pe-nal, 5) maior eficiência da ação de improbidade administrativa, 6) ajustes na prescrição penal contra a impunidade e a cor-rupção, 7) ajustes nas nulidades penais contra a impunidade e a corrupção, 8) responsabilização dos partidos políticos e crimina-lização do “caixa 2”, 9) prisão preventiva para evitar a dissipa-ção do dinheiro desviado e 10) medidas para recuperação do lucro derivado do crime.

As medidas buscam evi-tar a ocorrência de corrupção (via prestação de contas, trei-

Dez medidasnamentos e testes morais de servidores, ações de marketing/conscientização e proteção a quem denuncia a corrupção), criminalizar o enriquecimento ilícito, aumentar penas da cor-rupção e tornar hedionda aque-la de altos valores, agilizar o pro-cesso penal e o processo civil de crimes e atos de improbidade, fechar brechas da lei por onde criminosos escapam (via refor-ma dos sistemas de prescrição e nulidades),

Também quer criminalizar caixa dois e lavagem eleitorais, permitir punição objetiva de partidos políticos por corrup-ção em condutas futuras, via-bilizar a prisão para evitar que o dinheiro desviado desapare-ça, agilizar o rastreamento do dinheiro desviado e, por fim, fe-char brechas da lei por onde o dinheiro desviado escapa.

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Jornal dos Bairros

Outubro de 2015 08Meio Ambiente

Troca Solidária fortalece segurança alimentar e consciência ambientalHá seis anos a

Codeca (Companhia de Desenvolvimento de Caxias do Sul)

promove um trabalho que traz resultados positivos tanto para a proteção do meio

ambiente quanto para a saúde das pessoas. É o “Troca Solidária”

que troca alimentos por material reciclável.

Os moradores do 1º de Maio trazem o material reciclável e o pesam. Então recebem um tiquet indicado a quantidade de alimentos que poderão retirar

Um pouco da história

O programa garante que os moradores troquem 4 kg de re-síduos seletivo por 1 kg de ali-mento. A iniciativa é da Prefei-tura de Caxias do Sul, desenvol-vida pela CODECA, em parceria com a Fundação de Assistência Social (FAS) e a Secretaria Mu-nicipal da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (SMAPA).

Através do programa, os moradores dos bairros selecio-nados – a preferência é para os de menor renda, podem melho-rar sua qualidade de vida com o aumento no consumo de frutas, verduras e legumes, além de diminuir a poluição ambiental

com a reciclagem do material reciclável.

Além disso, por consequ-ência, na medida em que movi-menta a cadeia produtiva, tam-bém fortalece as associações de catadores que recebem mais materiais de alta qualidade para a reciclagem, quanto às famílias de agricultores, que tem mais um canal de distribuição de seus produtos. As frutas e os le-gumes são adquiridos por meio de licitação junto aos agriculto-res locais, o que assegura a eles o escoamento da produção.

Até outubro deste ano, fo-ram coletadas cerca de 3.200 toneladas de resíduos. Em tro-ca, foram distribuídas 800 tone-ladas de alimentos para mais de 90 mil famílias. Em média, são 1.500 famílias beneficiadas por mês, de 16 comunidades dife-rentes.

Todos os meses, elas tro-cam cerca de 55 toneladas de plástico, metal, vidro e pa-pel por alimentos da estação, como batata, batata-doce, ba-nana, cebola, tomate, cenou-ra, bergamota, uva, maça, pe-pino, caqui, laranja, beterraba, moranga, pêssego, ameixa e abobrinha. A cada 4 quilos de material seletivo, o participan-te pode retirar 1 de alimento.

A cada sábado são distri-buídos em torno de 4 toneladas de alimentos, para oito dos 16 bairros atendidos. Atualmente, a Troca Solidária acontece no Planalto, Centenário II, 1º de Maio, São Vicente, Kayser, Vi-tória, Conquista, Portinari, Re-olon, Monte Carmelo, Canyon, Beltrão, Fátima Baixo, Vila Lo-bos, Mariani e São Gabriel.

O material reciclável é do-ado para as sete associações de catadores de Caxias, con-veniadas com a prefeitura. Dos alimentos, o que sobra é desti-nado ao Banco de Alimentos.

Caxias do Sul gera em tor-no de 90 toneladas de material reciclável por dia e mais 360 toneladas de material orgâni-co, que são direcionados para o aterro sanitário de Rincão das Flores.

Segundo o presidente da Codeca, Paulo Ballardin, o Tro-ca Solidária é mais uma forma de conscientização da impor-tância do descarte correto dos resíduos que os caxienses pro-duzem em seus lares.

“Além de contribuírem com o meio ambiente, os mo-radores acabam melhorando sua qualidade de vida, com uma alimentação mais saudá-vel”, salienta.

O Programa Troca Soli-dária foi idealizado após uma ação da CODECA realizada na Vila Esperança (região do Ri-zzo), em 2006.

À época, a realidade era de um grande volume de resí-duos depositados em local de difícil acesso. Foi avaliada a situação e constatado que em outros locais também havia o mesmo problema.

Então, foi pensada uma forma de estimular as pessoas a não descartarem os resíduos de forma inadequada, evitan-do assim o acúmulo de mate-rial no meio ambiente. Surgiu a ideia de se criar um sistema permanente de coleta desses resíduos: o programa Troca Solidária.

O projeto foi colocado em prática em 20 de junho

de 2009. No começo eram 4 bairros: Cânyon, Monte Car-melo, Planalto e Kayser. Em 1º de agosto de 2009, o Projeto Troca Solidária foi ampliado em 100%. Mais quatro bairros foram contemplados: Fátima Baixo, Conquista, Villa-Lobos e 1º de Maio.

Em dezembro de 2011, o programa foi ampliado com as seguintes comunidades: Bel-trão de Queiróz, Reolon, Ma-riani, Loteamento São Gabriel, Centenário II, São Vicente, Vi-tória e Portinari.

No primeiro ano, em 2010, foram recolhidas 240 toneladas de resíduos e distribuídas em troca 60 toneladas de frutas e verduras. Mais de 10 mil famí-lias foram beneficiadas. No ano seguinte, o programa superou 553 toneladas de resíduos e

143 toneladas de alimentos, elevando o número de famílias beneficiadas para 17 mil.

Em 2015, o Troca Solidá-ria já beneficiou 97.556 famí-lias, distribuindo 867 tonela-das de alimentos e recolhen-do 3.460 toneladas de material reciclável.

O Troca Solidária recebeu no ano de 2011 o Certificado de Reconhecimento na 10ª edi-ção do Prêmio Gestor Público, promovido pelo Sindicato dos Servidores Públicos da Admi-nistração Tributária do RS (Sin-difisco) e pela Associação dos Fiscais de Tributos Estaduais do RS (Afisvec). Também con-quistou o Troféu de Finalista, na categoria Órgãos Públicos do 4º Prêmio Fecomércio de Sustentabilidade. O Prêmio é promovido pela Fecomércio/

SP, em parceria com a Fun-dação Dom Cabral (FDC), e tem como objetivo reconhecer

ideias e práticas em prol de um desenvolvimento consciente e sustentável.

Servidores da Codeca fazem a entrega dos alimentos

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Jornal dos Bairros

Outubro de 2015Meio Ambiente 09

Foto: Karine Endres

Troca Solidária fortalece segurança alimentar e consciência ambiental

Os moradores do 1º de Maio trazem o material reciclável e o pesam. Então recebem um tiquet indicado a quantidade de alimentos que poderão retirar

Uma mãozinha para o meio ambiente

Em tempos de alta inflacionária e quebra de safras, falar que mais alimentos corres-pondem a mais econo-mia parece contraditó-rio. Mas é exatamen-te assim que funciona para quem participa do Troca Solidária.

A família de Le-andro Neto da Silva, 31 anos e trabalhador da construção civil, é um exemplo. Morando com a esposa e dois fi-lhos pequenos, desde que começou a parti-cipar da Troca Solidária, Leandro sentiu a diferença no bolso. “A gente sempre incluiu frutas e verduras na nossa ali-mentação. Mas sempre foi muito caro.

Além de ajudar as famílias a melho-rarem a qualidade da alimentação com economia, o Troca Solidária dá uma mão para o meio ambiente. Com a coleta des-tes materiais pela comunidade, eles não se misturam ao material orgânico, o que poderia comprometer a qualidade do material seletivo, até inviabilizando sua reciclagem – é o que acontece quando o material é misturado com comida, por exemplo.

Ao reciclar, estamos reaproveitan-do materiais que já foram usados e di-minuindo a extração de matéria prima virgem da natureza. Assim, consumimos menos plástico derivado do petróleo, menos alumínio, ferro e outros metais que são limitados na Terra – isto é, sua quantidade é finita.Outro ponto é que quando reciclamos, também diminuímos o consumo de energia e água necessá-ria para a produção de novos produtos.

Quer mais razões para reciclar?

<< Diminui o volume de lixo joga-do no aterro sanitário (no caso de Caxias do Sul) ou em lixões (como ocorre na maioria dos municípios brasileiros). Isso garante uma maior vida útil ao aterro;

<< Reduz a poluição ambiental. Uma parte de resíduos descartados vai parar em arroios, represas e áreas ver-des, contaminando a água e o solo. Al-guns desses materiais demoram muito a se decompor - a garrafa PET leva cer-ca de 100 anos e a latinha de alumínio, entre 200 e 400 anos;

<< Melhora o aspecto visual da cidade, deixando as ruas mais limpas e bonitas;

<< Preserva árvores e recursos na-turais. A cada mil quilos de papel que são reciclados, 22 árvores deixam de

ser cortadas; e cada mil quilos de alu-mínio reciclado equivalem a 5 mil qui-los de bauxita (minério do qual se extrai o alumínio);

<< Ajuda pessoas. O material se-parado corretamente e reciclado é en-tregue a associações de recicladores, que revendem-no para as indústrias de reciclagem. Isso garante aos recicla-dores uma renda mensal, que permite uma vida mais digna. As onze associa-ções de reciclagem conveniadas à Pre-feitura beneficiam diretamente cerca de 300 famílias;

<< Contribui com uma mudança de comportamento que vai deixar o pla-neta mais limpo e melhor. Ou seja, você pode ajudar o mundo com o simples ato de separar o lixo.

Mais alimentos,mais economia

Agora podemos nos alimentar bem e com o dinheiro economi-zado no super, inves-tir em outras coisas”, explica.

Segundo ele, é feito um grande esfor-ço para juntar o mate-rial, inclusive contan-do com o apoio da vizinhança. Leandro tem um porém: des-de que a FAS diminuiu a quantidade máxima de material coletado por pessoal, ele tem trazido menos quan-

tidade de reciclável. “Trago os 50 quilos para retirar os 12 quilos de alimento. O resto deixo em casa e guardo para o pró-ximo dia de troca”, explica.

Leandro destaca as vantagens

Além de ser um verdadeiro desper-dício de recursos naturais e energia, a disposição incorreta do lixo, em terre-nos e ruas, pode causar o entumpimento de boca de lobos e o assoreamento de riachos. Isto por si só já gera uma série de transtornos, como alagamentos em dias de chuva forte.

Além disso, o lixo jogado em terre-nos baldios pode causar uma série de doenças. Entre elas estão a salmonelo-ses, dengue, tétano, leptospirose e fe-bre tifóide,

Tétano: Causada pelo bacilo Clostri-dium tetani, a contaminação pode se dar ferindo-se com objetos cortantes conta-minados ou andando descalço em solo contaminado. Os sintomas se manifes-tam após 5-10 dias após a infecção e a prevenção é a vacinação que deve ser efetuada em criança de dois a três anos

E as doenças?de idade com intervalos de 30 à 60 dias.

Leptospirose: Causada pela bactéria Leptospira presente na urina de ratos, geralmente a contaminação se dá no período de enchentes onde a urina se mistura na água, o contágio se dá pelo contato, principalmente se a pessoa ti-ver algum arranhão ou corte. Nas for-mas mais graves são nescessários cui-dados especiais, inclusive internações hospitalares.

Febre Tifóide: Causada pela bactéria Salmonella typhi que se desenvolve no lixo. Se não for tratada com urgência leva a uma confusão mental e até a morte. O contágio se dá através da ingestão de alimentos ou água contaminados, esta contaminação ocorre através do conta-to dos alimentos ou água com as fezes humanas contaminadas.

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Jornal dos Bairros10Outubro de 2015

Geral

Fotos: Karine Endres

Almoço reúne presidentes na Semana Farroupilha

O dia 19 de setembro foi o momento do Galpão da UAB, nos Pavilhões da Festa da Uva, receber os presidentes das Associações de Moradores para o tradicional ‘Almoço dos Presidentes’, na Semana Farroupilha.

Estiveram presentes lideranças de todas as regiões de Caxias, prestigiando o momento de confraternização e integração.A diretoria da UAB preparou o almoço com dedicação, servindo uma típica comida campeira com feijão tropeiro, carreteiro,

salsichão, quirera, couve refogada e diversas saladas. Além disso, todo o evento foi transmitido pela rádio UAB FM 87.5 Confira abaixo algumas imagens da confraternização.

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Jornal dos Bairros11Outubro de 2015

Geral

Page 12: Jornal dos Bairros | Edição 09 | Outubro 2015

12Bem Estar

Outubro Rosa chama atenção para o câncer de

mamaO Outubro Rosa é um movimento que nasceu nos Estados Unidos, na década de 1990, com o

intuito de estimular a participação

da população na prevenção do câncer de

mama.

Entenda mais

Foto: Divulgação | Personal Mamãe e Bebê

Autoexame é fundamental para descobrir doença no início

O câncer de mama é o crescimento descontrolado de células da mama que adquiri-ram características anormais (células dos lobos, células pro-dutoras de leite, ou dos ductos, por onde é drenado o leite), anormalidades estas causadas por uma ou mais mutações no material genético da célula. A doença ocorre quase que ex-clusivamente em mulheres, mas os homens também podem ter câncer de mama.

Existem mutações que fa-zem com que uma célula ape-nas se divida exageradamente, mas não tenha a capacidade de invadir outros tecidos. Isto leva aos chamados tumores benig-nos ou não cancerosos.

Quando ocorrem muta-

O mês é marcado anual-mente com o objetivo de com-partilhar informações sobre a doença e promover a conscien-tização sobre a importância da detecção precoce da doença.

No Brasil, desde 2010, o Instituto Nacional de Câncer participa do movimento, pro-movendo espaços de discussão e palestras divulgando e dispo-nibilizando informações, tan-to para profissionais de saúde quanto para a sociedade. Em 2015, a campanha do INCA no Outubro Rosa, tem como obje-tivo fortalecer as recomenda-ções para o diagnóstico preco-ce e rastreamento de câncer de mama indicadas pelo Ministério da Saúde.

A assessora de comunica-ção da Associação de Apoio a Pessoas com Câncer (AAPE-CAN), enxerga que a campa-nha teve um bom impulso nos últimos anos. Para ela, “o mês de outubro vem com muita for-ça na prevenção, promovendo muitas palestras em empresas e escolas, alertando a preven-ção, e tudo sem custo, apenas pedindo doação de alimentos para uma melhor causa”, cita a

assessora.“Contudo, espera-se am-

pliar a compreensão sobre os desafios no controle da do-ença, que não pode se limitar apenas a mamografia, mas tam-bém ao acesso ao diagnóstico e se necessário o tratamento o mais precoce possível, para que assim, não só o mês de outubro, mas todo o ano seja de conscientização”, afirma a assessora.

ções no material genético de uma ou mais células, e estas ad-quirem a capacidade não só de se dividir de maneira descon-trolada, mas também de evitar a morte celular que seria normal no ciclo de vida de qualquer cé-lula do organismo, e também de invadir tecidos adjacentes, elas dão origem ao câncer.

Estas células, agora cance-rosas, adquirem a capacidade de se desprender do tumor, en-trar na circulação (linfática ou venosa) e se implantar em ou-tros órgãos. Esta capacidade de sobreviver em meio a outro te-cido ou órgão é uma particula-ridade das células cancerosas, que também conseguem pro-mover crescimento de novos vasos para alimentar a sua pró-

pria divisão celular exagerada.Assim, tumores malignos

ou cânceres, além de constituir populações de células que cres-cem exageradamente, invadem outros tecidos diretamente ou pela circulação e são um risco à vida dos indivíduos.

O câncer de mama, além de ser classificado em diver-sos tipos, com características e graus de gravidade diferen-tes, deve sempre ser estadiado, isto é, passar por uma avaliação quanto à sua extensão e dis-seminação. Este estadiamen-to determina se a doença é lo-calizada (precoce), localmente avançada (tumor grande e com gânglios comprometidos) ou metastática (espalhada para outros órgãos).

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Jornal dos Bairros13Outubro de 2015

Bairros

Foto: Karine Endres

Rede elétrica irregular preocupa

Associações são reativadasNos últimos meses desde

a eleição, diversas Amobs es-tão sendo reativadas. Segundo Flávio Fernandes, presidente da UAB, em um primeiro mo-mento, a Diretoria Executiva da entidade deliberou que não seriam feitas as reativações ain-da em 2015.

“Em um momento, defini-mos que primeiro seriam feitos os cursos de formação para as novas Amobs”, explica.

Mas Flávio relata que após o curso de formação, várias As-sociações procuraram a UAB para efetuar a sua reativação.

“Então a Executiva discu-tiu novamente e deliberou por efetivar essas reativações, para não prejudicar as comunida-des”, relata ainda Flávio.

As Associações reativadas nestes últimos dois meses fo-ram Vila Moderna, Loteamento Parque dos Pinhais, De Lazzer II, Vila Ipiranga, Grupo Associa-tivo Kayser II e Loteamento São Conrado / Jardim do Shopping.

Vila Moderna - Presiden-te: Jorge Luiz Trentin | Vice: Carlor Marques de Silva

Loteamento Parque dos Pinhais - Presidente: Sér-gio Luis da Silva | Vice: Derli N. Teixeira

De Lazer II – Presidente: Ademir Tomazoni | Vice: Lourenço Clóvis de Aze-vedo

Vila Ipiranga – Presidente: Silvana Regina Vencato Pin-to | Vice: Jair Rogério Müller

Grupo Associativo Kay-ser II – Presidente: Olga Fontanella | Vice: Maria Fontanella

Loteamento São Conra-do / Jardim do Shopping – Presidente: André Paggnin | Vice: Juceli Pigatto

O Grupo Associativo Kay-ser II é um exemplo de quando a comunidade considera que a organização facilita a conquista das reivindicações.

“Nada sai do lugar sem a ajuda de uma Amob. Estamos tentando colocar a luz no lote-amento, mas como a prefeitura não liberou o mapeamento das ruas, a RGE não pode fazer”, diz a presidente escolhida, Olga Fontanella.

Segundo ela, a prefeitura já colocou a marcação com a in-dicação dos postes, mas a RGE não instalou a iluminação.

“A comunidade quer a re-gularização da luz, porque pre-fere pagar. Do jeito que está, não tem como ficar, porque é muito perigoso”, afirma a pre-sidente.

“O pessoal da prefeitura

Kayser II lembra que organização é fundamental

afirmou que o ma-peamento já está sendo feito, mas nós não temos cer-teza de quando fi-cará pronto”, diz.

Ela também relata que com fre-quência cai a luz, estragando eletro-domésticos, fora o risco de incêndio que ao qual a co-munidade está ex-posta.

O caso do Kay-ser II é típico da ne-cessidade de regu-larização fundiária. Segundo Lúcia Kli-ppel, a prefeitura já marcou uma reunião para oficializar a regu-larização da comunidade. Por exemplo, o mapeamento das

Confira quem

assume

ruas feito pela prefeitura nes-te processo de regularização é fundamental para que a RGE faça a instalação dos postes e fiação da rede.

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Jornal dos Bairros14Outubro de 2015

Bairros

Loteamento Caxias tem dificuldades com

os Correios

Para Adelar Walter, presidente do Loteamento Caxias, a principal dificul-dade da comunidade neste momento é a entrega das correspondências pelos Correios. Até há pouco tempo, a rua não tinha um CEP, logo não podia receber as correspondências dos Correios.

Mas com o prolongamento da Rua dos Canários, em cerca de 500 metros, e com as casas devidamente numeradas, não haveria motivo para os Correios não entregarem as cartas. “Tanto é que o Samae e a RGE entregam as contas nas casas”, diz o presidente.

Os Correios deixam as cartas de al-guns moradores nas casas dos vizinhos, fazendo com que os moradores tenham que procurar as cartas e muitas corres-pondências se percam.

Para Adelar, um grande avanço foi a pavimentação da Rua dos Canários, que era uma demanda de mais de qua-tro anos. A conquista foi através do Or-

çamento Comunitário.Walter diz que a comunidade está

engajada em manter o espaço limpo. “Todos os moradores estão cobrando um dos outros para que a nossa comu-nidade seja um lugar prazeroso de se estar residindo”, afirma.

Assim acredita que irá promover a perpetuação de uma educação para com o meio ambiente, para as crianças e adultos que moram na região.

O presidente do loteamento levan-ta algumas demandas, como a falta de transporte para a comunidade.

Um trecho da Rua dos Canários é de um forte morro e os ônibus não tem força para subir, prejudicando usuários do serviço.

O Loteamento Caxias é uma comu-nidade unida para um propósito de me-lhoria. Para Adelar Walter, essas mudan-ças ainda virão, pois a comunidade não deixará de lutar por elas.

Foto: Rodrigo Moraes

Morro com forte inclinação dificulta circulação do transporte público

Comunidade quer reforma da escola

Leonor Rosa

vamos que os reparos se iniciariam pelo mês de março ou abril, mas estamos na reta final de 2015, e nenhum sinal de algo ser feito”, relata Eroni.

Já a diretora da escola Leonor Rosa, Rosana Rizzon, pontua o fato de que a instituição de ensino está unida com a comunidade para que na próxima reu-nião do OC as melhorias necessárias se-jam conquistadas. Segundo a diretora, os filhos estão informando os pais so-bre as reuniões.

Para a diretora, a falta de rampas na escola acaba sendo um desestímu-lo para os pais de cadeirantes. “Os pais cansam. Precisam trazer os filhos e con-tar com a ajuda de outros pais e profes-sores para as crianças poderem entrar na escola”, explica.

Outro problema eminente da esco-la é o grande fluxo de carros e vans na entrada e saída dos turnos, em um local de morro acentuado, sendo que a faixa de segurança para travessia não se lo-caliza em frente ao portão de entrada.

Na Vila Romana, a comunidade quer a reforma da escola municipal de ensino fundamental Professora Leonor Rosa. A presidente da Amob, Eroni Castro Kli-pel, conta que na assembleia geral do orçamento comunitário, em 2014, os recursos foram destinados para a cons-trução de um muro para a sustentação dos fundos da escola, e também para a instalação de rampas de acesso para cadeirantes.

Os muros foram danificados quan-do um vizinho fez reformas na sua casa. Agora, o muro da escola ameaça desa-bar, inclusive parte da área está com o acesso isolado. O recurso para a obra já foi aprovada pela prefeitura, mas ela não iniciou. “Esta obra já foi liberada ano passado. Estamos prestes a realizar ou-tra reunião do orçamento comunitário, e a obra não iniciou”, fala a presidente.

Eroni afirma ter consciência de que Caxias está executando muitas obras, mas que tinha a expectativa que o pro-blema fosse resolvido antes. “Acreditá-

Foto: Rodrigo Moraes

Falta de rampa de acesso gera empecilhos para inclusão de cadeirantes

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Jornal dos Bairros15Outubro de 2015

Jardim Eldorado conta com amplo espaço

Espaço Comunitário

O centro comunitário do Jardim El-dorado é um caso diferenciado em Ca-xias: conta com um amplo salão, que comporta mais de 820 pessoas. Segun-do o presidente da associação, Dalvir da Silva Moraes, o prédio foi construído por volta de 1987 e conta com 500m2.

Neste espaço está distribuído o pal-co com pista de dança, banheiros, cozi-nha equipada com freezers, geladeira, fogão, churrasqueiras externas e uma câmara fria, além de louças e utensílios para 500 pessoas.

Ainda conta com uma biblioteca co-munitária e, ao lado, uma academia da melhor idade, um parque infantil e um campo de futebol , equipado com quios-que, vestiários e banheiros. E todo este complexo está inserido em uma área ver-de que chega próximo a dois hectares.

“É muito grande e queremos que seja melhor aproveitado pela comuni-dade”, defende Dalvir. Para isso, ele pre-tende cercar a área verde e defende que a prefeitura conclua os passeios públicos. Outro desejo é construir um ginásio es-portivo onde podem ser desenvolvidas atividades buscando integrar as crian-ças e adolescentes. “Pretendemos usar a área verde como espaço de lazer, espor-te e convivência, porque hoje é local de insegurança para comunidade”, afirma.

DificuldadeO centro enfrenta pro-

blemas legais, quanto ao CNPJ usado, que é o da Amob. Dalvir, que está em sua primeira gestão, relata que foi preciso buscar várias instâncias, como a Prefeitu-ra e a Receita Estadual para regularizar a situação.

“Foram feitos cheques sem fundo. A situação está completamente irregular. Há anos que a situação fiscal do centro foi abandonada e agora é preciso regularizar tudo. Na prefeitura eu já con-segui, mas na Receita Federal me disseram que o CNPJ não existe”, fala preocupado.

Condições de usoSegundo ele, hoje o cen-

tro está em péssimas condições, com problemas estruturais. “Não sei o quanto vale a pena investir em um local que ficou anos sem nenhum reparo e que tem pro-blemas estruturais”, argumenta.

O centro está sendo cedido para festas e eventos e também é usado pela comunidade. Nas terças e quartas acon-tece o projeto Conviver e na quarta são

realizadas aulas de danças gaúchas, pro-movidas gratuitamen-te pela Amob.

“Os colégios da região usam bastante

o espaço, para atividades beneficentes ou ligadas à agenda escolar, como as for-maturas de final de ano”, explica Dalvir.

Segundo ele, até sua posse, o salão era muito usado para festas com fins lu-crativos. “Quando a comunidade que-ria, nunca conseguia usar, estava sem-pre ocupado”, relata. “Eu pretendo que o salão seja mais usado pela própria co-munidade, mesmo que não traga tantos recursos financeiros”, diz Dalvir.

Reformas urgentesEntre estas reformas, está a que de-

verá ser feita na área externa da churras-queira, ao lado de fora do salão. “Que-ro desmanchar e refazer, pois está toda

Centro ComunitárioJardim Eldorado

Estrutura: salão para 820 pessoas, com palco e pista de dança, banheiros, cozinha equipada com freezers, geladeira, fogão, churrasqueiras externas e uma câmara fria. Louças, talhares, mesas e cadeiras para 500 pessoas.Taxa de utililização: Baile de Casais / Jantar Dançante – R$ 1.500,00 | Almoço: R$ 600,00 | Almoço Beneficiente: R$ 500,00 | Chá de Fraldas / Aniversário de Crianças: R$ 150,00 | Aniversário de 15 Anos / Formatura: R$ 600,00 | Vigília religiosa: R$ 500,00 – Todos com entrada de 30% na assinatura do contrato e o restante na entrega da chave. O contratante entrega limpo ou paga a taxa de limpeza de R$ 100,00 (sem louças).Endereço: Armando Canalli, 957, Jardim Eldorado

caindo aos pedaços. Tem que refazer a elétrica e hidráulica neste pedaço”, ex-plica. A nova gestão da Amob já encami-nhou o Plano de Prevenção Contra Incên-dio, exigido pelo Corpo de Bombeiros. Segundo Dalvir, o PPCI já foi protocolado e aguarda a vistoria do Corpo.

Segundo ele, desde que esta nova gestão assumiu, já foram investidos cerca de R$ 5.000 para a reforma e adequação do espaço. “Este investimento foi feito apenas com os recursos provenientes da taxa de utilização”, explica. Além disso, foi refeita a parte elétrica de todo o cen-tro e trocada a iluminação interna,

ProjetoEmbora o espaço seja amplo, ele

não comporta atividades diversificadas e atrativas para envolver as crianças e adolescentes da comunidade. Para Del-vir, buscar esse envolvimento, sobretu-do no contraturno escolar, é um de seus principais objetivos.

Para isso, ele sonha em literalmente colocar o atual salão no chão e construir um ginásio esportivo. Ao invés de um sa-lão de festas que abrigue atividades es-portivas, o objetivo é contar com um gi-násio para esportes, que eventualmente receba atividades festivas.

Fotos: Dalvir da Silva Moraes

Construção abriga mais de 800 pessoas, mas é antiga e exige reformas

Page 16: Jornal dos Bairros | Edição 09 | Outubro 2015

Jornal dos Bairros16Outubro de 2015

Esporte

Campeonatos de futebol Série Prata e Veteranos se aproximam das finais

21º Campeonto Interbairros de Futsal Série Prata

Copa ‘Valdir Walter’

9º Campeonto Interbairros de Futsal Categoria Veteranos

Copa ‘Sérgio Beneton’

Valdir é ex-presidente da UAB – cargo que ocupou por dois manda-tos (de 2011 a 2013 e 2013 a 2015) e também fundador e ex-presiden-te da Amob Jardim Oriental. Hoje é diretor de Participação Popular da UAB. Também ligado ao movimento comunitário, exerce a função de vi-ce-presidente da Instituição Comu-nitária de Crédito – ICC Banco do Povo, e vice-presidente da Fracab (Federação Riograndense de Asso-ciações Comunitárias e de Morado-res de Bairros).

Ele nasceu em 4 de junho de 1966, em Campo Belo do Sul, Santa Catarina, e veio para Caxias do Sul em 1º de janeiro de 1984, buscando emprego porque onde morava não tinha muitas perspectivas. “Com a vida recém começando, a gente tem sonho. E se a gente não for atrás, o sonho não chega até a gente”,

afirma. Ele é pai de Mathias da Silva Walter e tem Sandra Aparecida Corso como companheira.

Em Caxias, primeiro buscou am-paro na casa de um primo. “Era um período muito complicado”, lembra. O primeiro emprego foi na cooperati-va Madereira Caxiense. Depois passou por diversas empresas, tendo atuado como montador e encarregado ope-racional em transportadora. Atual-mente é motorista da Visate.

Como presidente da UAB, suas principais conquistas foram a conso-lidação da Rádio Comunitária UAB FM 87.5, a abertura do Ponto de Cultura UAB Cultural e a conquista do título de Mais Bela Comunitária Estadual, em 2014. Ele também destaca a im-plementação o programa de policia-mento comunitário e a transferência da Maesa para o município e seu tom-bamento.

Sérgio Beneton, ex-ge-rente de operações da Visa-te, é o homenageado no ve-teranos. Ele nasceu em São Francisco de Paulo, em 1959. Veio para Caxias do Sul em 1970 com a família, quan-do o pai veio transferido de Cruz Alta para trabalhar na construção da Rota do Sol. Não demorou muito para os pais se mudarem novamente e ele ficar morando em uma casa de amigos. Estudou no Emílio Mayer, no Cristóvão de Mendonza e na Universi-dade de Caxias do Sul.

Aos 14 anos começou a trabalhar na Expresso Ca-xiense, como auxiliar de mecânico. Cursou adminis-tração de empresas e tem pós-graduação em administração de serviços. Na Visate, trabalhou 30 anos, encerrando a trajetória na em-presa como Gerente de Operações, cargo que ocupou por 28 anos. É pai de dois meninos, o Lucas e o Gabriel.

Para Beneton, o sonho que todo o bom profissional deve ter é sempre estar bem atualizado. “Eu sempre me preocupo com aquelas coisas que se referem à transporte, procu-ro estar sempre atualizado. Sempre vão existir novas tecnologias, novas ideias de cidade e de mobilidade, por exemplo”, afirma. “Para mim, o es-tudo é sempre a força mobilizadora para nos fazer crescer. Não importa a idade, sempre há lugar para o apren-dizado”, destaca.

Para ele, a relação entre Visate e a UAB ajudou as lideranças comu-nitárias entenderem que transporte não é apenas a mudança na linha de ônibus. “As lideranças entenderam

o que significa, o que custa e impac-ta para a comunidade uma alteração numa linha. Fez com que as duas enti-dades crescessem quanto ao entendi-mento sobre o transporte coletivo. A empresa entendeu como se inseria na comunidade e a UAB entendeu o que é uma empresa operadora do transporte coletivo”, afirma.

Como destaque na sua carreira ele cita a implementação dos ônibus articulados no transporte coletivo em Caxias. “A implementação de uma jor-nada diferenciada também foi uma inovação e mudou a cara do sistema de transporte”, afirma.

Além disso, houve a prorrogação do contrato de concessão em 2010 – que foi um marco para a Visate – e a conqusita dos troféus Medalha Bron-ze, Troféu Bronze, Troféu Prata e Troféu Ouro do PGQP (Programa Gaúcho de /qualidade e Produtividade) conquista-dos ao longo de 5 anos pela Visate, du-rante sua atuação na empresa.

Estão próximas as finais do 21º Campeonato Interbairros de Futsal Série Prata e o 9º Campeonato Interbairros de Futsal Categoria Veteranos. As últimas partidas devem acontecer no dia 31 de outubro, com quadra a definir.

A data da premiação destes cam-peonatos será no dia 28 de novembro, na sede da UAB. Neste dia, as catego-

rias de base também devem receber os prêmios para os melhores colocados nas quadras.

O campeonato Veteranos e o Série Prata se encaminham para as semifinais, no dia 24 de outubro, no Enxutão. Ain-da estão na disputa pela Prata os times São Cristóvão, Serrano, Fátima Baixo e Fátima Alta.

A equipe São Cristóvão enfrenta o Serrano e no outro jogo, é Fátima Alta contra Fátima Baixa.

Já pelo Veteranos, ainda jogam Nos-sa Senhora da Saúde, Serrano, Bela Vista e Esplanada. Se enfrentam as equipes Nossa Senhora da Saúde contra Serra-no e Bela Vista joga com Esplanada, na disputa das semifinais.

Categorias de Base

Os jogos das Categorias de Base estão previstos para 25 de outubro, na quadra do Arena, para as equipes do Sub 11. Já os guris da Sub 13 jogam no dia 8 de novembro, na quadra do Cruzeiro e os times do Sub 15 entram em quadra no dia 15 de novembro, no Arena.

Foto: Karine Endres Foto: Karine Endres