jornal bandes conexão edição nº 10

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10 jornal externo do bandes . ano 2 . nº 10 . junho/julho 2012 . vitória . es editorial O que é fomento? O dicionário Aurélio traz como o primeiro significado: promover o desenvolvimento. Na prática, fomentar é transformar a realidade de cada indivíduo que recebe apoio e estímulo do Bandes. É participar ativamente da transformação social gerada pela conquista de direitos, viabilizando o exercício pleno da cidadania. “Quando o Bandes foi fundado, a sua função foi recuperar o Estado do ‘baque’ da erradicação dos cafezais. Depois de 45 anos, continua sua tradição de prestar serviço ao desenvolvimento do Espírito Santo”, destaca o primeiro presidente do banco e ex-governador, Arthur Gerhardt. Hoje, com forte atuação no microcrédito, no crédito para micro e pequena empresa e no crédito rural, o Bandes financia a implantação, a ampliação, a formalização e a modernização de empresas e empreendedores dos vários setores da economia (agropecuária, indústria e serviços), buscando a promoção de oportunidades a todos os empreededores capixabas. Continua na página 2 O microcrédito e a cultura bancária Há 45 anos ajudando o Espírito Santo a crescer As ações do Bandes desde a sua fundação são voltadas para encontrar soluções para que o Estado se desenvolva responsabilidade social 7 Conheça a história da Gabriella, a bailarina capixaba que foi para a principal escola de balé mundial, o Bolshoi, com apoio do Bandes. seu sucesso nossa história 3 O segredo é diversificar? Exemplo de Guaçuí prova que sim, diversifica suas atividades e agora tem que se dividir entre consultoria, material de construção e venda produtos agrícolas. Bandes Há 45 investindo em você Com R$ 300 milhões em recursos dis- ponibilizados, o Programa Nossocrédito é a consagração de uma política vol- tada para a democratização e a dispo- nibilização de crédito a quem mais necessita. Esse número significa que o Bandes, ao completar seus 45 anos, contribuiu para criação de 19.215 pos- tos de trabalho e a manutenção de outros 105.320, sem contar os milha- res de empregos oriundos dos finan- ciamentos diretos. O programa de microcrédito é uma revolução que deve ser acompanhada por uma nova cultura bancária. Cada vez mais é preciso investir no próprio negócio por meio do financiamento planejado, tal qual o cliente Edmar Gonçalves, de Guaçuí, da Prafazenda Produtos Agrícolas, pois o crédito captado dessa forma nos bancos de fomento significa que o empreen- dedor tem em mãos uma atividade sustentável. Esta edição traz também como matéria especial os 45 anos do Bandes, e é possível conferir também os apoios do Bandes à pós-graduação e à futura bailarinha do Bolshoi, além da parceria estratégica com a CDL pelo crédito, a chegada de Guilherme Pereira na diretoria da Bandes e dois casos de gente que cresce com o crédito. Boa leitura! Guerino Balestrassi Diretor-presidente

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Informativo externo do Banco de Desenvolvimento do Espírito Santo (Bandes). O veículo traz em sua nova edição os programas de crédito desenvolvidos pelo Bandes, casos de sucesso de clientes e ações de fomento da economia capixaba

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editorial

O que é fomento? O dicionário Aurélio traz como o primeiro significado: promover o desenvolvimento. Na prática, fomentar é transformar a realidade de cada indivíduo que recebe apoio e estímulo do Bandes. É participar ativamente da transformação social gerada pela conquista de direitos, viabilizando o exercício pleno da cidadania.

“Quando o Bandes foi fundado, a sua função foi recuperar o Estado do ‘baque’ da erradicação dos cafezais. Depois de 45 anos, continua sua tradição de prestar serviço ao desenvolvimento do Espírito Santo”, destaca o primeiro presidente do banco e ex-governador, Arthur Gerhardt.

Hoje, com forte atuação no microcrédito, no crédito para micro e pequena empresa e no crédito rural, o Bandes financia a implantação, a ampliação, a formalização e a modernização de empresas e empreendedores dos vários setores da economia (agropecuária, indústria e serviços), buscando a promoção de oportunidades a todos os empreededores capixabas.

Continua na página 2

O microcréditoe a culturabancária

Há 45 anos ajudando o Espírito Santo a crescerAs ações do Bandes desde a sua fundação são voltadas para encontrar soluções para que o Estado se desenvolva

responsabilidade social

7

Conheça a história da Gabriella, a bailarina capixaba que foi para a principal escola de balé mundial, o Bolshoi, com apoio do Bandes.

seu sucesso nossa história

3

O segredo é diversificar? Exemplo de Guaçuí prova que sim, diversifica suas atividades e agora tem que se dividir entre consultoria, material de construção e venda produtos agrícolas.

BandesHá 45 investindo em você

Com R$ 300 milhões em recursos dis-

ponibilizados, o Programa Nossocrédito

é a consa gração de uma política vol-

tada para a democratização e a dispo-

nibilização de crédito a quem mais

necessita. Esse número significa que

o Bandes, ao com pletar seus 45 anos,

contribuiu pa ra criação de 19.215 pos-

tos de tra balho e a manutenção de

outros 105.320, sem contar os milha-

res de empregos oriundos dos finan-

ciamentos diretos.

O programa de microcrédito é uma

revolução que deve ser acompanhada

por uma nova cultura bancária. Cada

vez mais é preciso investir no próprio

negócio por meio do financiamento

planejado, tal qual o cliente Edmar

Gonçalves, de Guaçuí, da Prafazenda

Produtos Agrícolas, pois o crédito

captado dessa forma nos bancos de

fomento significa que o empreen-

dedor tem em mãos uma atividade

sustentável.

Esta edição traz também como matéria

especial os 45 anos do Bandes, e é

possível conferir também os apoios

do Bandes à pós-graduação e à futura

bailarinha do Bolshoi, além da parceria

estratégica com a CDL pelo crédito,

a chegada de Guilherme Pereira na

diretoria da Bandes e dois casos de

gente que cresce com o crédito. Boa

leitura!

Guerino Balestrassi

Diretor-presidente

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expediente

diretoria executiva:Guerino Balestrassidiretor-presidente

Everaldo Colodettidiretor de crédito e fomento

Guilherme Henrique Pereiradiretor de adm. e finanças

edição:Bárbara Deps BonatoLeonardo Fernandes IannoneAssessoria de Comunicação [email protected]

conselho editorial:Maria Emília V. da SilvaMarcos Roberto LimaBárbara Deps BonatoMaria da Consolação F. VarandaMarília Menezes Carneiro

Redação:Wilson Igreja CamposLorena ZanonFelipe de AquinoCynthia Silva

Diagramação:Janio Luiz Malacarne

projeto gráfico:Laboratório Comunicação e Design

fotos:Assessoria de Comunicação BandesBolshoiIncaperSagrilo

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Atualmente, o Bandes é um banco moderno e com um leque diversificado de soluções de crédito. Os empreendedores contam com linhas de financiamento para alcançar os objetivos que gerem emprego, renda e competitividade da economia e, consequentemente, o desenvolvimento sustentável do Estado. O Bandes apoia pessoa jurídica e pessoa física, no campo e na cidade.

O diretor-presidente do Bandes, Guerino Balestrassi, destaca a importância de uma mudança de mentali-dade dos empreendedores capixabas. “Nós estamos

ensinando os pequenos e médios a fazer planos de negócio, a captarem recursos, a ter a cultura do crédito. Com nossa rede de parceiros-consultores e a busca pela inovação, podemos continuar desempenhando nosso papel na interiorização do desenvolvimento do Espírito Santo”, afirmou.

Criado em 20 de fevereiro de 1967, inicialmente com o nome de Companhia de Desenvolvimento Econômico do Espírito Santo (Codes), com a missão de atuar como principal instrumento de revitalização da economia capixaba, foi transformado em Bandes em junho de 1969, com atribuições e responsabilidades delineadas pelo Banco Central do Brasil. Grande parte dos empreendimentos que permitiram o crescimento do Espírito Santo foram financiados pelo banco.

Para o colaborador Mardi Drummond, que entrou no primeiro concurso realizado, ainda enquanto Codes, é evidente a mudança da estratégia de atuação do banco. “No início a atuação era por projetos. Assim, foi o caso da cerâmica vermelha e da madeira imobiliária. Com a criação do Funres e depois do Fundap, o banco passou para financiamentos de médios e grandes projetos, vieram os frigoríficos e as empresas fundapianas. Mais recentemente a atuação voltada para o microcrédito e voltado para os micro e pequenos empresários”, resume o colaborador Mardi.

Arthur Gerhardtprimeiro presidente do Bandes

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sta Micro no nome e gigante nos números

Essa é uma das principais conclusões do relatório da Global Entrepreneurship Monitor, referente ao ano de 2011. Isso faz do Brasil o terceiro país em número de empreendedores, atrás somente dos Estados Unidos, com 39 milhões de empresários, e da China, que lidera com 369 milhões de empreendedores. Os números brasileiros crescem anualmente devido à expansão das micro e pequenas empresas. Elas ocupam nichos la­tentes de mercado e também avançam no fornecimento de produtos e serviços para outras empresas. “Essa expansão é resultado da facilitação do acesso ao crédito. Temos que implantar uma cultura bancária que permita aos empresários se capacitar e investir, mantendo e gerando empregos”, explica o diretor­presidente do Bandes, Guerino Balestrassi.

Inaugurada em 1995 pelo casal Marcos Vinícius e Poliana Santos, a Padaria e Confeitaria Pão de Mel, de São Mateus, é um bom exemplo. Com um investimento de R$ 75 mil realizado via Bandes para compra de materiais, em 2008 o casal de empresários já inaugurava sua segunda filial. Hoje, a rede conta com três padarias, uma fábrica de pão congelado e ainda o cerimonial Espaço Pão de Mel. “A base já está criada, basta trabalhar para melhorar a cada dia. Hoje temos a fábrica de pão congelado que é a primeira no norte do Estado e segunda do Estado do Espírito Santo”, destacou Marcos.

O Bandes liberou no primeiro semestre de 2012, R$ 120 milhões para investimento em novos negócios e expansão de empreendimentos. Esses investi mentos

Um em cada quatro indivíduos adultos no Brasil são empreendedores

representam um crescimento de 26% em relação ao mesmo período do ano anterior.

O brasileiro, além de empreender mais, está fazendo melhor. A cada empresário que investe por uma ne­ cessidade, há dois que empreendem por uma opor­tunidade. “Todas as empresas necessitam de suporte nas áreas que não são sua atividade­fim. Isso gera lacunas e oportunidades de negócio que as pequenas e médias empresas tendem a preencher”, completa Guerino. A renda mensal obtida por metade dos empreendedores chega a, no máximo, três salários mínimos. Um terço deles fatura entre três e seis salários e menos de 15% mais de seis salários mínimos por mês com o próprio negócio. Para ter acesso ao crédito, o cliente interessado deve ligar para o 0800 283 4202.

Guilherme Pereira assume diretoria do BandesO ex­secretário de Eco nomia e Planejamento do Go­verno, graduado em Economia pela Ufes e doutor em Ciências Econômicas pela Unicamp, Gui lherme Henrique Pereira, assumiu em julho a Diretoria de Administração e Finanças do Bandes.

“Fui estagiário do Bandes na década de 60, e funcionário na década de 70, e para mim é uma felicidade grande voltar a casa. Também estou muito motivado porque nos próximos meses o Bandes terá um papel decisivo na formulação e na implementação de uma nova política de

desenvolvimento para todo o Espírito Santo. Ser esco ­ lhido pelo governador Renato Casagrande para participar dessa tarefa é uma referência muito expressiva para qualquer economista”, disse Guilherme Henrique Pereira.

Ele entra para substituir José Sathler Neto que co­mandou a diretoria por 12 anos e sairá do banco em breve: “Depois dessa jornada está na hora de passar o bastão, mas não sem antes de um período de transição, que deve durar até o final do outubro, pois há muito o que repassar”, resume Sathler.

PadariaPão de Mel, em São Mateus

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a Crédito para empreender e diversificar

“O sucesso vem antes do trabalho só no dicionário”. Essa frase mostra a que veio Edmar Gonçalves de Carvalho, proprietário da Prafazenda Produtos Agrícolas e da Vitória Materiais de Construção, em Guaçuí.

Com uma história de muito trabalho e sucesso cres­cente, Edmar, técnico agrícola, hoje dedica apenas 30% do seu tempo com consultoria a produtores rurais. “Infelizmente não tenho mais tanto tempo pra me dedicar a essa atividade. Mas não deixo de fazê­la. Sempre digo que primeiro eu sou produtor rural, depois técnico e só depois comerciante”.

Edmar sempre teve vontade de empreender. Mas foi em 2005 que nasceu sua história com o comércio, quando

Edmar divide seu tempo entre atividades de consultoria, comércio de material de construção e produtos agrícolas

ele arrendou a Prafazenda Produtos Agrícolas por quatro anos. Na incerteza de que o proprietário a venderia no fim do contrato, ele abriu a Vitória Materiais de Construção. Foi quando pegou o primeiro financiamento com o Bandes.

Depois do primeiro, vieram mais dois financiamentos e atualmente Edmar administra as duas empresas, e com a Prafazenda ele presta um serviço diferenciado em orientação agrícola aos proprietários rurais da região. “Faço assistência técnica junto aos produtores. Como estive do lado de lá como cliente eu pude observar as necessidades mais pertinentes. Daí quando eu passei a ser dono, percebi de que eles realmente precisavam e aumentei minhas vendas em 80% após a compra da loja”, declara.

Ele acrescenta: “Sempre tive em mente que os clientes precisam da solução, pois era o que eu queria também. Quando o café está alto, os produtores me procuram para que eu possa ajudá­los. O meu trabalho é agregar mais produtividade nas propriedades. O café fica mais barato para o produtor, no quesito de produção, ele aumenta suas vendas com a mesma área plantada”, completa Edmar.

E quanto à receita para um empreendedor de sucesso, Edmar diz a mesma coisa a todos que o perguntam: “Ter uma boa ideia é fundamental, mas tem que gostar dela e por fim trabalhar muito para fazer acontecer”, finaliza.

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Bandes e CDL juntos pelo crédito

Lojistas de Guarapari, Linhares e Nova Venécia, e que querem crédito para modernizar, ampliar ou comprar equipamentos têm ainda mais facilidade para investir em seus negócios. É que uma parceria entre o Bandes e a Federação das Câmaras de Dirigentes Lojistas do Estado (FCDL) traz mais agilidade para quem precisa investir no seu negócio.

Nesse convênio, os associados têm acesso ao cré­dito do Bandes por meio de atendimento direto com profissionais qualificados. Para o diretor Everaldo Co­lodetti o convênio Bandes/FCDL­ES traz resultados expressivos. “Obtivemos êxito no aumento dos inves–timentos em Linhares e esperamos repetir o feito em Nova Venécia, garantindo o desenvolvimento do interior do Estado, que é uma das nossas diretrizes”.

Crédito mais fácil para lojistas de Guarapari, Nova Venécia, Linhares

O desempenho das parcerias já vem dando resultados. Confira:

• As contratações das linhas de crédito do Bandes exclusivas para as MPE aumentaram 85% de 2010 para 2011. Foram R$ 16 milhões em investimentos em 2010 contra R$ 29 milhões investidos no ano passado.

• O valor destinado ao segmento representa 62% do total aprovado pela instituição no primeiro semestre deste ano, 27% a mais do que no mesmo período do ano passado. Dos 3.273 contratos de crédito feitos nos seis primeiros meses, 3.264 (ou 99%) foram para clientes MPE. Esse número de operações representa um aumento de quase de 18% na carteira de clientes do banco comparando os semestres.

Paulo cultiva em sua propriedade 1,5 mil pés da fruta e abastece as regiões de Cachoeiro de Itapemirim, Alfredo Chaves, Iconha e Anchieta. Ele é o único da região a comercializar o produto em garrafas. Há seis anos, Paulo começou a envasar água de coco em casa e a demanda só cresceu ano após ano. Ele optou por procurar o Bandes para fazer um financiamento pelo

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larg

ada Pronaf financia agroindústria em Guarapari

Paulo Michel Boldi Shunck mora há 11 anos no Distrito de São Miguel, em Guarapari, e é produtor de coco. Agora aceitou o desafio de abrir uma indústria para envasá-lo.

Programa Nacional de Fortalecimento da Agricultura Familiar (Pronaf). “Eu procurei o Bandes para comprar equipamentos e montar minha indústria. As pessoas preferem levar para casa o produto em garrafas, já envasado e selado. Além de mais confortável, é muito mais higiênico”, destaca o agricultor.

Depois de tudo instalado e funcionando, Paulo ainda pretende passar nos postos de vendas do seu produto para recolher as embalagens plásticas. “Vamos tentar recolher as embalagens, fazendo uma espécie de logística reversa, pelo menos uma vez ao mês. Para diminuir o impacto ambiental vamos reciclar as embalagens e em hipótese nenhuma elas serão reutilizadas”, completa.

No primeiro semestre de 2012, somente por meio do Pronaf foram liberados R$ 93,3 milhões via Bandes. Esse valor é 22% superior ao registrado no mesmo período de 2011 e representa a melhoria da qualidade de vida dessas famílias e o atendimento às políticas de “Empregabilidade, Participação e Proteção Social” e a “Distribuição dos Frutos do Progresso”, propostas no Planejamento Estratégico do Governo do Estado. “O Pronaf é um grande incentivo aos pequenos empreen­ dedores, nos ajuda muito a evoluir”, conclui o agricultor.

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Apoio financeiro à qualificação profissionalCapacitação é uma exigência permanente no mundo de hoje. Por isso, pra quem busca qualificação profissional, o Bandes oferece a linha de crédito para pós­graduação, contribuindo para ampliar as oportunidades e aprimorar o mercado de trabalho capixaba, tornando­o mais qualificado e competitivo. “As pessoas precisam estudar a vida toda. E há algo muito importante a se considerar: a expectativa de vida aumentou. O profissional entra mais tarde no mercado de trabalho competitivo e, con­sequentemente, sai dele mais tarde também. Investindo nesse profissional, estamos mudando e melhorando a sociedade”, esclarece o diretor­presidente do Bandes, Guerino Balestrassi.

O Bandes estimula profissionais graduados a ingressar em cursos de idiomas no exterior e de especialização com uma linha de crédito específica. O financiamento beneficia graduados residentes e domiciliados há pelo menos três anos no Estado. O limite máximo financiável é de R$ 40 mil, com taxa de 12,68% ao ano. “Hoje o grau de exigência do mercado é cada vez maior. A linha de financiamento do Bandes se adequa a essa exigência.

Bandes Pós-graduação

Limite máximo financiável: R$ 40 mil

Encargos Financeiros: 12,68% ao ano

Itens financiáveis:

- Pós-graduação stricto sensu;

- Especialização lato sensu, mínimo 360 horas;

- Especialização, exclusivamente no exterior;

- Idiomas no exterior, de no mínimo quatro e no

máximo 26 semanas.

Mais informações: 0800 283 4202 ou pelo

site www.bandes.com.br

Na realidade, o Bandes contribui para a democratização do conhecimento e a ampliação de oportunidades”, completa Guerino.

Irrigar melhor para produzir maisInvestimentos feitos por produtores em sistemas de irrigação por aspersão, por meio do Bandes, é um dos fatores que têm contribuído para o aumento da produção, em especial do café conilon, na região de Água Doce do Norte, Águia Branca, Barra de São Francisco, Ecoporanga, Mantenópolis, Nova Venécia e Vila Pavão.

De acordo com o diretor Everaldo Colodetti, o aumento da rentabilidade e o acesso a novas tecnologias faz com que produtores invistam mais em técnicas de produção.

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“Os produtores rurais podem contar com o Bandes para ter crédito para investir em suas lavouras. O consultor vai ao produtor e, assim, leva técnica e crédito para aumentar e melhorar a produção e a renda”, destaca.

Uma irrigação adequada proporciona o uso eficiente da água, aumenta a produtividade, reduz os custos de produção e maximiza o retorno dos investimentos.

Um dos produtores que investiu na irrigação foi o agricultor Paulo Campana, de Nova Venécia. “Conversei muito com os produtores da minha região, fui a um vizinho meu para conhecer e vi que é uma forma de irrigação que gasta pouca água e consome menos energia”, afirma o agricultor Paulo Campana, de Nova Venécia. “Há uns dois anos e meio, fiz a minha primeira lavoura com a irrigação localizada”, conta.

Nos seis primeiros meses de 2012, cerca de R$ 27 milhões foram aprovados para irrigação em propriedades de agricultores de base familiar. O valor representa 65% do total aprovado em 2011.

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Bailarina capixaba no BolshoiA rotina de Gabriella Victória Fontana é puxada, com au las de bale clássico, contemporâneo, dan ças popu ­ lares e acompanhamento de fisiologistas e nu tricionis­tas. Pequenos sacrifícios que são tirados de letra quando significam transformar sonho em realidade: ser uma bai­larina profissional.

Gabriella é aluna, desde 2011, de uma das mais tradi­cionais escolas de dança do mundo, a Escola do Teatro Bolshoi no Brasil, em Joinville, Santa Catarina, e única extensão estrangeira da Escola russa. Para entrar na Escola, a “pequena Gabi” passou por uma seleção com mais de 500 outras aspirantes a bailarina.

“Estou adorando as aulas e é a profissão que eu quero seguir. Quando me formar, quero voltar ao Espírito Santo e abrir a minha academia, ser professora”, enfatiza Gabriela. Para tornar real o sonho da pequena bailarina, surgiu o banco capixaba que ao participar do programa do Bolshoi “Adote um aluno”, utilizou­se da Lei Rouanet para efetuar o patrocínio. O apoio garante uma bolsa de estudos à aluna com o pagamento de sua mensalidade e as despesas de custeio em Joinville.

A mudança para a cidade catarinense foi o resultado do sonho coletivo, como afirma a mãe de Gabi, Ingrid Fontana. “Embarcamos no sonho dela e só o pudemos fazer com o apoio do Bandes. Tudo começou quando ela tinha três anos, mas como uma atividade extracurricular. Ela tomou gosto e um dia disse que queria ser bailarina profissional, que queria estudar, fazer faculdade para

isso. A gente sempre acreditou, eu e o Claudisson [pai da Gabriella], que quando a gente tem um sonho e apoio dos pais, da família, ele pode se tornar real. Ela é dedicada, é uma miniprofissional”, afirma.

“Sem o Bandes eu não teria a oportunidade de estar aqui, de me tornar uma bailarina”, agradece a futura bailarina capixaba do Bolshoi.

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ena Oferta de crédito aumenta abertura de empresas

As medidas do Governo Federal para o estímulo do consumo da classe média e a oferta de crédito no mercado para novos empreendedores impulsionaram o consumo de serviços e a abertura de negócios locais. Somente a oferta de crédito direcionada aos empreendedores individuais (EI) disponibilizada pelo Bandes, em julho, chegou a R$ 2,9 milhões. O valor cresceu mais de 300% comparado ao mesmo período do ano passado.

De acordo com o diretor de Crédito e Fomento Everaldo Colodetti, o banco divulga as linhas de crédito destinadas aos diferentes perfis de empreendedores, inclusive para os EI. “O nosso trabalho é levar a informação ao

empreendedor. Para os EI, o que é preciso entender é que a captação do crédito não é um investimento caro e o crédito não é para poucos, é para todos”, explica.

Hoje, o Brasil tem 2,1 milhões de EI, esse número deve chegar a 4,3 milhões em 2014, ultrapassando as MPE que serão 4,2 milhões. O modelo que enquadra os em­preendedores enquanto EI foi elaborado em 2009 e limita o faturamento até R$ 60 mil por ano. Além disso, os EI têm carga tributária menor, entre R$ 31 e R$ 37 por mês, resultado de uma contribuição para o INSS de 5% sobre o valor do salário mínimo, alíquotas reduzidas de ICMS para as empresas de comércio (R$ 5) e ISS para as de serviço (R$ 1).

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A tradição do Bandes é a promoção do desenvolvimento do Espírito Santo

O Espírito Santo é um dos poucos Estados brasileiros que têm um banco de desenvolvimento. E em cada parte da sua história, o Bandes busca contribuir com os instrumentos necessários, e que estão ao seu alcance, para realizar sua missão e suas fun ­

ções. Nascido para operar o FUNRES e o FUNDAP – num momento em que era preciso incentivar a formação de um empresariado local mais robusto, visando à diversificação da eco nomia, completamente dependente da cafei cultura e incenti vando o uso da infraestrutura portuária existente para a importação. Depois, num ambiente em que os Estados lan çam­se à disputa pela localização de novos inves timentos, passamos a operar com o INVEST­ES, um incentivo atraente aos novos investimentos em plantas de empresas capixabas e de fora.

Atuamos na articulação para atração de novos inves­timentos por meio de repasses de linhas do BNDES e em consórcio de bancos públicos e privados em apoio a plantas de porte médio, dinamizadoras da economia regional, geradoras de empregos e recolhedoras de impostos. A vocação para apoiar as micro e pequenas empresas faz parte da história recente. Assim como a descentralização dos investimentos – a maior parte do crédito que concedemos é liberado para investimentos localizados fora da Região Metropolitana. A atuação com as “MPEs” foi melhor estruturada pela segmentação de

mercado e pela estruturação da capilaridade de atuação do banco por meio das parcerias com consultores e instituições estruturadoras do desenvolvimento no Estado e, especialmente, nos municípios. Decidimos por priorizar o financiamento ao investimento produtivo dos produtores familiares rurais desde o lançamento da linha do Pronaf, em 1997.

Somos pioneiros na massificação do microcrédito urbano e rural no País. Crédito produtivo orientado a todos os empreendedores, inclu sive os informais, do Estado por meio do Programa Nossocrédito – estamos ansiosos com relação às surpresas que o futuro nos revelará quanto a trans formação de vários desses empreendedores em gran des empresários do Espírito Santo, disputando o mer cado nacional. O desenvolvimento sustentável entra em nossa agenda e buscamos a sustentabilidade em articulação com outras instituições protagonistas do Estado: linhas “verdes” e o incentivo Fundágua PSA (Pagamento por Serviços Ambientais). Isso sem contar que o Bandes só financia investimentos que tenham regularidade ambiental. O banco possui assento em diversos con­selhos e comitês que discutem os temas portadores de futuro como o do meio ambiente, do turismo, da cultura, do desenvolvimento tecnológico e da inovação. São esses os temas que um banco de desenvolvimento precisa, de forma pioneira, incentivar.

Marcos Roberto LimaGerente de Desenvolvimento e Planejamento do Bandes

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Ele é bamba!

Ela trabalha no Bandes desde 2009. Nessa foto, tirada em

1976 quando tinha pouco mais de um ano, ela era bem

ruivinha e ainda permanece com essa identidade. Dica: ela já

morou nos Estados Unidos e estudou na Universidade Federal

do Espírito Santo. A resposta está no verso desta edição.

De 1971 a 2004, Telmo de Jesus Rangel trabalhou no Bandes – e fez história. Até hoje, ele volta ao banco pelo menos uma vez por ano, e passa em todos os andares matando a saudade dos velhos colegas e conhecendo os novos colaboradores.

jornal externo do bandes . ano 2 . nº 10 . junho/julho 2012 . vitória . es

Irreverente, engraçado e simpático. Assim é Telmo de Jesus Rangel, que por 33 anos prestou seus serviços ao Bandes.

A maior parte de seu trabalho era “office boy”. Contínuo, em bom português, que auxiliava com serviços internos e externos. “Entrei um bom menino e saí um bom ‘coroa’”, brinca.

Conhecido como “angolano”, Telmo tem suas manias: uma coleção de 162 óculos, 152 chapéus e bonés, e 128 camisas. O motivo: sempre estar na moda, combinando. “Tenho de várias cores e até estampados. Gosto de me vestir assim, e sei que chamo atenção quando passo na rua”, conta.

Hoje aos 63 anos, Telmo trabalha no comércio. Ajuda a filha em sua loja de roupas e acessórios, no município de Serra. O tempo passa, porém parece que sua vocação para fazer amigos permanece intacta. Dá para não simpatizar com a figura?

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Informativo histórico Apoio “in loco”Nosso baú destaca o Informativo Bandes, Ano VIII – Nº 21 – Out/Nov – 89. O boletim trazia na capa o Programa de Fomento Agrícola Estadual, lançado pelo Bandes para o desenvolvimento agrícola sustentado. Já no final da década de oitenta, o banco preocupava­se com a adoção de técnicas de produção compatíveis com os diversos ecossistemas regio nais. Os objetivos eram pautados no fomento da preservação, restauração e utilização integrada de recursos naturais; da melhoria das condições de vida da população do campo e a segurança do

trabalho de assa­lariados, pe que­ nos proprietários, produtores e par­ ceiros. Além dis­so, buscava o de­senvolvimento dapro dução a gríco­la associativa e aintrodução de ati­vidades alternati­vas no meio rural,entre outras infor­mações.

Paulo Sérgio Dias Federici e Rivadavia Artur Mas­carenhas Campos, entre 1988 e 1990, em Jaguaré. A propriedade em questão fazia parte do Projeto de Expansão de Piperáceas (cultura de pimenta do reino no norte do Estado). Prova inegável que o Bandes, ao longo de sua história, tem dado vários estímulos ao setor agrícola, contribuindo para a introdução, em escala produtiva, de culturas como o pêssego e a própria pimenta do reino, além da melhoria da qualidade do café.

Quem é? Nossa colaboradora é a contadora Daniele Rodrigues, da Gecre.

FUTEBOL ANIMADO E COMPETITIVO

Um resultado apertado e um clima de ani­

mação marcaram a grande final da VII Copa

Bandes/APB de Futebol Society. A equipe

composta por jogadores do Térreo, Mezanino

e 11º andar sagrou­se campeã do torneio

anual após venceram por 2 a 1 a equipe preta,

formada pelos andares 5 e 6. Mas o mais

importante foi o clima de descontração que

permite cada vez mais a integração entre os

colaboradores. Foram destaques também,

Erlandeson Capucho (Bastia), por ser goleiro

menos vazado da competição, com seis gols

sofridos, e o artilheiro José Claudio Javarini

(GERAC), com quatro gols marcados.

GINCANA D’AJUDA COMEMORA O RESULTADO E CONHECE OS VENCEDORES

As equipes da Gincana D’Ajuda participaram das últimas atividades da animada competição e puderam conhecer os vencedores em julho. A equipe “Simples Assim” conseguiu alcançar a maior pontuação. O segundo lugar ficou com a equipe “Coração solidário”, seguida pelos “Agentes do bem”, em terceiro. Ao todo foram arrecadados 1,2 mil kg de alimentos, 23.558 fraldas, 960 litros de cloro, 100kg de sabão em pó e 585 itens de higiene pessoal, em apenas dois meses de atividade. Parabéns a todos que participaram! Confira vídeos e fotos na página do Bandes no facebook: www.facebook.com/bandesonline

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Arquivo Bandes