jornal conexão imed-04

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Páginas 6 e 7 Dr. Aury Lopes Junior “A Lei mudou agora nós temos que mudar as cabeças” Entrevista IMED inicia primeira edição do MBA em Gestão do Agronegócio IMED Porto Alegre e APEJUST firmam convênio corporativo Página 11 Página 9 Passo Fundo e Porto Alegre Novembro / Dezembro / 2011 - Ano I - Edição 4 Alunos do MBA em Gestão Empresarial realizam visita técnica empresarial Página 11 Programe-se! Confira o Portfólio dos cursos de Pós-Graduação 2012 Página 3 “Devemos unir qualificação, determinação e disciplina para obtermos o sucesso almejado” Página 4 Case Mediação de conflitos foi tema de curso com Juan Carlos Vezzulla Página 9 Radar IMED Anote Ódio à Democracia é a exeção brasileira Página 8 Opinião Faculdade Meridional - IMED Radar IMED Radar IMED Radar IMED

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Quarta edição do Jornal Conexão IMED

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Páginas 6 e 7

Dr. Aury Lopes Junior

“A Lei mudou agora nós temos

que mudar as cabeças”

Entrevista

IMED inicia primeira edição do MBA em Gestão do Agronegócio

IMED Porto Alegre e APEJUST firmam convênio corporativo

Página 11

Página 9

Passo Fundo e Porto Alegre Novembro / Dezembro / 2011 - Ano I - Edição 4

Alunos do MBA em Gestão Empresarial realizam visita técnica empresarial

Página 11

Programe-se! Confira o Portfólio dos cursos de Pós-Graduação 2012

Página 3

“Devemos unir qualificação, determinação e disciplina para obtermos o sucesso almejado”

Página 4

Case

Mediação de conflitos foi tema de curso com Juan Carlos Vezzulla

Página 9

Radar IMED

Anote

Ódio à Democracia é a exeção brasileira

Página 8

Opinião

Faculdade Meridional - IMED

Radar IMED

Radar IMED

Radar IMED

Conselho EditorialEduardo Capellari, Vinícius T. Ferreira, Silvia Brugnera, Daniela Gomes, Daiane Folle, William Zanella, Manuela Agostini, Marcelino Meleu, Thaise N. G. Costa, Márcia Rodrigues, Vinícius Capellari, Andrieli Santos da Rosa e Alexandre Bervian

Coordenação, Produção e Edição: Assessoria de Imprensa e Comunicação da IMED

Jornalista responsável: Silvia Brugnera (13.147DRT/RS)

Colaboração/ Estagiárias: Bruna Mattos e Naiane Strada

Contato: Email: [email protected]; Telefone (54) 3045-9097 ou 9009

O Jornal Conexão IMED é um veículo de comunicação institucional, que integra o Projeto Comunique-se IMED, com conteúdo dirigido aos alunos e professores da pós-graduação e intensivos de Passo Fundo e das Unidades Conveniadas. Reprodução autorizada sob consulta. Circulação bimestral.

Eduardo CapellariDireção Geral

Vinícius Renato Thomé FerreiraDireção Acadêmica

Alessandro BeckerDireção de Relações com o Mercado

Marilú Benincá de DavidDireção Administrativa

Impressão: Jornal O NacionalProjeto Gráfico/Diagramação: Jean Michel TonialTiragem: 1500 exemplares

pós ter completado um ciclo marcado

pela velocidade de crescimento através da oferta de novos cursos de graduação, pós-graduação, ampliação de suas estruturas físicas, estruturação de áreas de pesquisa, de projetos de extensão, a IMED conclui ¾ do ano e entra na reta final de 2011, colhendo os frutos do trabalho intenso da sua comunidade acadêmica – alunos, professores e funcionários.

Trabalhamos incessantemente em 2011 para profissionalizar ainda mais a gestão da instituição e para ampliar as possibilidades de participação de professores e funcionários na revisão de seus pilares de sustentação: missão, visão e objetivos estratégicos.

Estruturamos um conjunto de ações que produzirão seus resultados em futuro próximo, como a definição de linhas de pesquisa específicas de cada escola para 2012, criação do programa de iniciação científica, projeção de novos cursos de graduação, criação

de programas de pós-graduação stricto sensu (mestrado), criação de incubadora tecnológica, dentre outros na área acadêmica.

Porém, ainda em 2011 todos somos agraciados com excelentes notícias como a sexta classificação dos nossos egressos do curso de Direito no Exame de Ordem no âmbito do RS; a certificação três estrelas do curso de Direito no Guia dos Estudantes da Editora Abril; a certificação da Associação Brasileira de Mantenedoras de Ensino Superior(ABMES) através do selo “IES Socialmente Responsável” certificando a IMED como uma instituição comprometida com a educação e a sociedade; a expressiva participação de estudantes do ensino médio no Simulado ENEM; a expressiva participação de estudantes da IMED e instituições de ensino da região sul do Brasil na Mostra de Iniciação Científica, Pesquisa e Extensão (MIC) 2011; a conclusão do cadastro da Fundação Meridional na FAPERGS, como condição para a ampliação de nossos esforços no desenvolvimento da pesquisa.

As ações acadêmicas têm sido sustentadas na retaguarda por ações fundamentais como a redefinição de nossos processos internos, pelo planejamento futuro da infraestrutura, pelo desenvolvimento de

novos líderes e treinamento das áreas de atendimento, pela readequação de nossa estrutura de pessoal, pela ampliação dos esforços de captação alunos, pela ampliação de unidades conveniadas em Florianópolis, Caxias do Sul, Joinville, Chapecó, Blumenau, dentre outros projetos.

E tais ações também produzem seus frutos e a IMED passa a ser reconhecida na comunidade acadêmica gaúcha como uma instituição de gestão sustentável, responsável em suas decisões em relação à comunidade que a acolhe.

A pós-graduação lato sensu deu início às nossas atividades em

A

2003 e desde então foi o motor de relacionamento com as organizações privadas e públicas da região norte do RS. Contamos atualmente com 723 alunos de pós-graduação lato sensu, cursando as áreas de Direito, Administração, TI, Arquitetura e Urbanismo, Psicologia e Odontologia e nosso desafio no mês de lançamento de nossos programas para 2012 é manter e ampliar o padrão de qualidade que nos referenciou até agora.

Por tudo isso, em nome das lideranças que vem conduzindo

a IMED desde 2002, agradeço aos nossos professores e aos nossos funcionários que tem demonstrado profundo comprometimento em construir uma instituição da qual todos possamos nos orgulhar, e humildemente aos nossos alunos de graduação de pós-graduação, que ao realizarem a opção pela IMED permitiram nosso crescimento. Esperamos estar à altura de suas expectativas construindo o ambiente adequado para sua formação.

Abraço,Eduardo Capellari Diretor Geral da IMED

Novembro / Dezembro / 2011 - Faculdade Meridional de Passo Fundo e Porto Alegre/IMED 3 Conexão IMEDD

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NESTA EDIÇÃO, A DICA DE LEITURA FOI SUGERIDA PELO PROFESSOR DR. VINÍCIUS RENATO THOMÉ FERREIRA.

Sinopse A complexidade de questões contemporâneas tem proposto um desafio para as ciências humanas, que é o da construção de interfaces entre os campos do conhecimento para uma abordagem mais efetiva dos

Área: AdministraçãoMBA em Controladoria, Auditoria e Perícia Início: 16 de março

MBA em Gestão de Pessoas Início: 13 de abril

MBA em Marketing Início: 18 de maio

MBA em Gestão Empresarial Início:23 de março

MBA em Marketing Início: 18 de maio

MBA em Serviços da Saúde Início: 13 de abril

MBA em Agronegócio Início: 01 de junho

MBA em Gestão de Varejo e Serviço Início: 13 de julho

MBA em Empreendedorismo Início: 13 de julho

Área: DireitoEspecialização em Direito Processual Civil Início: 16 de março

Especialização em Direito Civil: Ênfase em Direito Bancário e Direito do Consumidor Início: 11 de maio

Especialização em Direito Tributário Início:25 de maio

Especialização em Direito Previdenciário Início: 16 de março

Especialização em Mediação de Conflitos e Justiça Restaurativa Início: 29 de junho

Área: PsicologiaEspecialização em Dinâmica das Relações Conjugais e Familiares Início: 25 de maio

Especialização em Terapia Cognitiva Comportamental Início: 11 de maio

Área: Sistemas de InformaçãoMBA em Desenvolvimento de Inovações Tecnológicas para WEB Início:27 de abril

MBA em Redes de Computadores Início: 27 de abril

Área: Arquitetura e UrbanismoEspecialização em Arquitetura Comercial Início: 01 de junho

Pós-Graduação- IMED Passo FundoConfira o Portfólio dos cursos de Pós-graduação para

InformaçõesMais informações sobre os cursos podem ser obtidas pelo telefone (54) 3045-9064 ou pelo email [email protected] / www.pos.imed.edu.br

OBRA:PSICOLOGIA APLICADA AO DIREITO

Organizador: Vinícius Renato Thomé Ferreira

problemas sociais. A proposta dessa obra é apresentar algumas relações possíveis entre a psicologia e o direito, de forma que possa ser útil para estudantes e profissionais das duas áreas. Algumas das principais

teorias psicológicas (psicanálise, teoria sistêmica e a psicologia congnitivo- comportamental) são apresentadas, e relacionadas contribuições para o entendimento do comportamento humano em contexto jurídico:

comportamentos delituosos e transtornos mentais, uso abusivo de drogas, avaliação psicológica forense e a mediação familiar.

2012

IMED/Faculdade Meridional de Passo Fundo e Porto Alegre - Novembro / Dezembro / 2011Conexão IMED 4

Perfil: Daiane Cristina Paim

Na minha experiência de vida aprendi que

somos aquilo que queremos e desejamos ser, às vezes caímos, temos perdas, mas isso jamais pode ser motivo para desânimo e falta de perseverança

A aluna da Especialização em Gerência de Projetos, com ênfase em Liderança Coach e PMI, Daiane Cristina Paim, destaca que para alcançar o sucesso almejado é necessário unir qualificação, determinação e disciplina. Confira o perfil profissional de Daiane.

O que te levou a optar pela área em que atua?

Sempre gostei de atuar na área de controle, analise e desenvolvimento de pessoas. É muito interessante o desenvolvimento de um projeto. Acompanharmos desde o fechamento do negócio, controle dos custos, desenvolvimento das atividades, envolvimento das pessoas, acompanhando as estratégias e objetivos, para que o projeto seja executado dentro do escopo e do orçamento é bastante desafiador.

Como foi o início de sua carreira?

Como a maioria, meu início de carreira não foi nada fácil, muitos desafios e muita superação. Cada obstáculo foi superado dia a dia, precisei

Nome: Daiane Cristina Paim

Formação: Bacharel em Ciências Contábeis Especialista em Gestão da Qualidade. Atualmente faz a Especialização em Gerência de Projetos na IMED com ênfase em Liderança Coach e PMI

Empresa em que atua: Automasul

Cargo que ocupa: Gerente Administrativo Engenheirados

Ramo: Automação Industrial

Cidade: Passo Fundo

estudar muito e enfrentar muita coisa. Muitas vezes foi necessário desafiar os meus próprios limites rumo ao meu objetivo maior que era o sucesso profissional.

Quais os desafios que enfrentou para chegar ao cargo que ocupa?

Penso que um dos maiores desafios que enfrentei foi superar minhas próprias limitações, por mais estranho que pareça eu era uma pessoa tímida, porém percebi que precisava expor minhas ideias e ter muita atitude para entrar no mercado de trabalho e fazer a diferença. Na minha experiência de vida aprendi que somos aquilo que queremos e desejamos ser, às vezes caímos, temos perdas, mas isso jamais pode ser motivo para desânimo e falta de perseverança. Outro grande desafio foi trabalhar para poder estudar, muitas vezes tive que abrir mão de algumas regalias para estudar.

“Devemos unir qualificação, determinação e disciplina, para obtermos o sucesso almejado”

Para você, o que significa realização profissional?

Acredito que realização profissional é quando gostamos do que fazemos, e dedicamos toda a nossa capacidade e esforço para que o objetivo seja atingido. Devemos saber o que queremos, quais são nossos objetivos, e aí trabalhar com muito foco e determinação, visando dia a dia melhorar e prosperar constantemente.

Em sua opinião, qual a importância da qualificação

permanente de um profissional?

A qualificação constante é fundamental

para que possamos estar preparados para as necessidades do mercado, o mundo está em constante evolução e necessita de pessoas que queiram esta evolução. Tudo é uma questão de determinação e vontade, as oportunidades existem, e depende de cada um o esforço necessário para alcançá-la. Muitas vezes é preciso abrir mão de alguma coisa para que isso seja possível, tendo em vista que nosso dia a dia é cada vez mais acelerado. Porém, destaco que de nada adianta termos diversos títulos se não tivermos disciplina. Penso que as pessoas de sucesso nessa vida são aquelas que determinam seus objetivos e mantém o foco neles, buscam qualificação e tem atitude para superar os desafios que surgem no decorrer desta trajetória. Devemos unir qualificação, determinação e disciplina, para obtermos sucesso almejado.

Projetos para o futuro: Tenho muitos projetos

para o futuro. Um projeto em curto prazo é a conclusão da Especialização em Gerência de Projetos na IMED com ênfase em Liderança Coach e PMI até agosto de 2013.

Lema profissional: Tudo o que um sonho

precisa para ser realizado é alguém que acredite que ele possa ser realizado. Roberto Shinyashiki

Orgulho profissional: O conhecimento e a

experiência adquirida no desempenho das atividades profissionais, a capacidade de trabalhar com mudanças de processos. E a satisfação de ter a atitude para fazer a diferença nos lugares por onde passo.

Novembro / Dezembro / 2011 - Faculdade Meridional de Passo Fundo e Porto Alegre/IMED 5 Conexão IMED

Perfil: Marisiana Primer Battistella

não me deixarei cegar pelo brilho excessivo da

tecnologia, não esquecendo que trabalho para o bem do homem e não da máquina.

Nome: Marisiana Primer Battistella

Formação: Graduação em Análise e Desenvolvimento de Sistemas e atualmente estou cursando o MBA de Administração de Banco de Dados Oracle

Empresa que atua: Mig-Plus Agroindustrial

Cargo que ocupa: Operador de Automação

Setor: Sistema de Dosagem Industrial

Ramo: Agronegócio, produção de suplementos para nutrição animal

Cidade: Casca – RS

A aluna da primeira edição do MBA de Administração de Banco de Dados Oracle, Marisiana Primer Battistella, decidiu ingressar no curso com o objetivo de ampliar seus conhecimentos e também para focar seu trabalho no ramo de Tecnologia da Informação. Confira o perfil da aluna da IMED!

Orgulho profissional: É poder olhar para trás e perceber os resultados benéficos de todo nosso esforço e dedicação, sabendo reconhecer a importância do nosso trabalho e, assim, amar a nossa profissão.

Realização: Atingir meus objetivos pessoais e profissionais e conseguir viver com qualidade de vida, preservando a saúde física, social e psicológica.

“Qualificação muda a vida das pessoas

da tecnologia, não esquecendo que trabalho para o bem do homem e não da máquina. Colocarei todo o meu conhecimento científico a serviço do conforto e desenvolvimento da humanidade. Assim sendo, estarei em paz comigo e com Deus, perante todos.”

O que te levou a optar pela área? O interesse, o gosto e a curiosidade em descobrir o que é Tecnologia de Informação. Depois que comecei a estudar não consegui parar, pois é como um vício que precisa ser alimentado todos os dias com informações e aprendizados constantes. O mais legal de tudo é isso, nunca é “sempre a mesma coisa”, sempre tem algo mais para explorar, para criar, para aprender,...

Como foi o início de sua carreira? Por todos os lugares que passamos há pedras no meio do caminho, cabe a nós decidirmos se vamos usá-las

ou deixá-las de lado. Eu sempre

busquei usá-las para

construir meus

alicerces, pois

creio que nada

é em vão. Dificuldades e desafios são fundamentais para se obter o sucesso profissional.

Para você, o que significa realização profissional? É nunca desistir de caminhar em direção ao autoconhecimento e ao crescimento da humanidade, ter sempre determinação, perseverança, otimismo e, o mais importante, auto-estima elevada. Conseguir atingir os objetivos, ser capaz de aprender sempre mais e acima de tudo amar o que se faz.

Em sua opinião, qual a importância da qualificação permanente de um profissional? Ela deve ser uma forma de melhorar a qualidade de vida de quem se forma, pois com ela se abre uma vida de opções e oportunidades. É a chave para a busca da realização profissional e para a formação de cidadãos, pois acredito que só é qualificado quem pensa em usar os conhecimentos adquiridos no curso profissionalizante para melhorar a sua vida e a de sua comunidade, visto que a qualificação muda a vida das pessoas, de suas famílias e da comunidade em que vivem. Além disso, é bem visível a carência no mercado de trabalho por profissionais qualificados, principalmente no ramo de Tecnologia da Informação.

Projetos para o futuro: Meu foco principal agora é ampliar meus conhecimentos tecnológicos a fim de ingressar no ramo de Tecnologia da Informação.

Lema profissional: “... não me deixarei cegar pelo brilho excessivo

O interesse, o gosto e a curiosidade

em descobrir o que é Tecnologia de Informação

Advogado Criminalista, Dr. Aury Lopes Junior,

esteve na IMED durante a Aula Inaugural da Especialização em Direito Penal e Processo Penal. Na ocasião ele conversou com a equipe da Assessoria de Imprensa e Comunicação, acompanhado do Coordenador da Especialização, Me. Gabriel Ferreira dos Santos, sobre as mudanças ocorridas no Código de Processo Penal. Aury foi convidado a integrar o Grupo de Juristas do Conselho Nacional de Justiça (CNJ) responsável pela reforma do Código de Processo Penal (CPP).

Aury é graduado em Direito pela Fundação Universidade Federal do Rio Grande (1991), Especialista em Direito em 1993 e Doutor em Direito Processual Penal pela Universidad Complutense de Madrid em 1999 (devidamente reconhecido pela UFPE), cuja tese Sistemas de Investigación Preliminar en el Proceso Penal recebeu a nota máxima e voto de louvor - cum laude

“A Lei mudou agora nós temos que mudar as cabeças”

Dr. Aury Lopes Junior - Advogado Criminalista

É muito difícil fazer Lei Penal no Brasil

Então nós temos que diminuir um pouco essa

imagem de que a prisão resolve problema. A prisão não só não resolve como é fomentadora de muitos outros problemas

Quando você começa a conhecer como

é o Processo Legislativo Brasileiro, vem junto uma imensa decepção

- por unanimidade. Atualmente é Professor Titular do Programa de Pós-Graduação - Especialização, Mestrado e Doutorado - em Ciências Criminais da Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul. É advogado criminalista em Porto Alegre.

O

Conexão IMEDIMED/Faculdade Meridional de Passo Fundo e Porto Alegre - Novembro / Dezembro / 20116 7

se chegar num espaço de consenso. Depois de muita discussão, quando se chega num consenso, começamos a nos esbarrar num outro problema que não é jurídico: são os interesses políticos, econômicos, de instituições e de categorias de classes. Então pra mim tornou-se bastante traumático. Fácil não foi. Mas enfim, tem que se fazer! Tem que acreditar que é possível fazer uma coisa melhor, mas o Brasil tem um modelo legislativo muito complicado.

AI - Qual é o objetivo desta reforma?

AJ – Nós temos duas coisas. Uma é a reforma do Código inteiro, que é o PLS 156. Neste caso seria fazer

Confira a entrevista:

Assessoria de Imprensa e Comunicação (AI) - Fale-nos sobre sua experiência junto ao grupo de juristas responsável pelas alterações no Código de Processo Penal.

Aury Lopes Junior (AJ) – Olha, foi uma experiência traumática. Porque quando você começa a conhecer como é o Processo Legislativo Brasileiro, vem junto uma imensa decepção. Então, às vezes se discute seriamente temas, se passa anos analisando questões e quando se conclui o projeto é muito difícil amarrar ele porque são diferentes cabeças, diferente ideologias ... Então é complicado

um Código de processo inteiramente novo. Esse eu participei da revisão. Acho que tão cedo esse código não entra em vigor, em função de que existem muitos pontos extremamente problemáticos e que não vai haver consenso tão cedo. Esta é uma reforma. Para demonstrar que tão cedo não se terá um Código novo, basta você ver que nós tivemos promulgada uma Lei que mudou todo o sistema das prisões cautelares. Um projeto de Lei que era de 2001 e que eu também participei, mas estava parado. E de repente vira o ano e eles ressuscitam o projeto e aprovam correndo. E um detalhe, o que foi aprovado agora não foi esse projeto o último de 2010, foi um de 2001. Então é muito difícil fazer Lei Penal no Brasil.

AI - Qual a importância desta reforma e quais as mudanças mais significativas?

AJ- Bom, hoje eu vou falar sobre uma reforma pontual do Código que diz respeito às medidas cautelares. Isso afeta bastante o processo, altera o sistema de prisão preventiva, de prisão em flagrante, mas principalmente é um modelo melhor porque

dá opções ao Juiz.

Antes nós tínhamos um binômio: ou o cidadão está preso e isso pode ser injusto, ou ele está solto e as pessoas acham que é impunidade. Agora entre uma coisa e outra nós temos nove medidas alternativas. A questão, a saber, é se os juízes saberão aplicar, e quanto tempo vai levar para que nós tenhamos o rompimento cultural. O problema agora não é mudança de Lei. A Lei mudou agora nós temos que mudar as cabeças.

AI - A aplicação das medidas cautelares não pode gerar beneficiamento para alguns tipos de crime?

AJ - Não, eu diria o seguinte. Essas são medidas descarceirizadoras, ou seja, são medidas que restringem o uso do cárcere. Mas não significa impunidade. Efetivamente um grupo de crimes é beneficiado, mas é que são crimes de menor gravidade que

realmente não deveriam ser objetos de prisão. Continuaremos tendo prisão para crimes graves, e principalmente, alguns institutos como a fiança. Hoje a fiança pode chegar a 100 milhões de reais. Então é uma pena bastante elevada. Vamos combinar que pagar um milhão ou dois de fiança é muito dinheiro.

AI - Ao serem divulgadas na mídia, as mudanças causaram apreensão em grande parte da população. Como explicar o que de fato muda de uma forma simples?

AJ - Essa é a pergunta. Realmente houve um “discurso do pânico”. A mídia fez um discurso bastante preocupante, as pessoas se apavoraram e acharam que isso seria “abrir portas de presídios” e despejar milhares de pessoas na rua. Não é verdade. Não é assim. Não haverá liberdade automáti ca nem liberdade massiva. Nós teremos uma diminuição no encarceramento em médio prazo. Mas também tem um detalhe: a pena de prisão não cumpre o papel dela. Há mais de 200 anos que ela é igual e não cumpre o papel. Então nós temos que diminuir um pouco essa imagem de que a prisão resolve problema. A prisão não só não resolve como é fomentadora de muitos outros problemas.

AI - Na sua visão, por que a reforma foi tão criticada por alguns juristas?

AJ - Na verdade assim, esta Lei foi criticada digamos por um setor. Dentro do mundo jurídico um setor fez uma crítica muito severa que nós podemos considerar bastante pontual. Foi em relação aos quatro anos. Abaixo de quatro anos não pode prender e isso gerou um caos. Não é nada de outro mundo, eu vou explicar. E também um descrédito das mediadas cautelares diversas no sentido

de que não haveria controle. A questão é que nós temos que mudar a cabeça, as instituições têm que mudar, as estruturas têm que mudar e nós temos que começar a fazer coisas diferentes. Criar instrumentos de controle e não simplesmente sentar e dizer não isso aqui não vai funcionar. Isso vai ter que funcionar. Não tem alternati va, isso vai ter que funcionar. Nós já chegamos ao fundo do poço. Sabe, o sistema carcerário explodiu, são mais de 500 mil presos. É a terceira maior população carcerária do Brasil.

fazer Lei Penal

realmente não deveriam ser objetos de prisão. Continuaremos tendo prisão para crimes graves, e principalmente, alguns institutos como a fiança. Hoje a fiança pode chegar a 100 milhões de reais. Então é uma pena bastante

combinar que pagar um milhão ou dois de fiança

divulgadas na mídia, as mudanças causaram apreensão em grande parte da população. Como explicar o que de fato muda de uma

pergunta. Realmente houve um “discurso do

um discurso bastante

despejar milhares de pessoas na rua. Não é verdade. Não é assim. Não haverá liberdade

liberdade massiva. Nós teremos uma diminuição no encarceramento em médio prazo. Mas também tem um detalhe: a pena de prisão não cumpre o papel dela. Há mais de 200 anos que ela é igual e não cumpre o papel. Então nós temos que diminuir um pouco essa imagem de que a prisão resolve problema. A prisão não só não resolve como é fomentadora de muitos outros problemas.

AI - Na sua visão, por que a reforma foi tão criticada por alguns juristas?

AJ - Na verdade assim, esta Lei foi criticada digamos por um setor. Dentro do mundo jurídico um setor fez uma crítica muito severa que nós podemos considerar bastante pontual. Foi em relação aos quatro anos. Abaixo de quatro anos não pode prender e isso gerou um caos. Não é nada de outro mundo, eu vou explicar. E também um descrédito das mediadas cautelares diversas no sentido

de que não haveria controle. A questão é que nós temos que mudar a cabeça, as instituições têm que mudar, as estruturas têm que mudar e nós temos que começar a fazer coisas diferentes. Criar instrumentos de controle e não simplesmente sentar e dizer não isso aqui não vai funcionar. Isso vai ter que funcionar. Não tem alternati va, isso vai ter que funcionar. Nós já chegamos ao fundo do poço. Sabe, o sistema carcerário explodiu, são mais de 500 mil presos. É a terceira maior população carcerária do Brasil.

Advogado Criminalista, Dr. Aury Lopes Junior,

esteve na IMED durante a Aula Inaugural da Especialização em Direito Penal e Processo Penal. Na ocasião ele conversou com a equipe da Assessoria de Imprensa e Comunicação, acompanhado do Coordenador da Especialização, Me. Gabriel Ferreira dos Santos, sobre as mudanças ocorridas no Código de Processo Penal. Aury foi convidado a integrar o Grupo de Juristas do Conselho Nacional de Justiça (CNJ) responsável pela reforma do Código de Processo Penal (CPP).

Aury é graduado em Direito pela Fundação Universidade Federal do Rio Grande (1991), Especialista em Direito em 1993 e Doutor em Direito Processual Penal pela Universidad Complutense de Madrid em 1999 (devidamente reconhecido pela UFPE), cuja tese Sistemas de Investigación Preliminar en el Proceso Penal recebeu a nota máxima e voto de louvor - cum laude

“A Lei mudou agora nós temos que mudar as cabeças”

Dr. Aury Lopes Junior - Advogado Criminalista

É muito difícil fazer Lei Penal no Brasil

Então nós temos que diminuir um pouco essa

imagem de que a prisão resolve problema. A prisão não só não resolve como é fomentadora de muitos outros problemas

Quando você começa a conhecer como

é o Processo Legislativo Brasileiro, vem junto uma imensa decepção

- por unanimidade. Atualmente é Professor Titular do Programa de Pós-Graduação - Especialização, Mestrado e Doutorado - em Ciências Criminais da Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul. É advogado criminalista em Porto Alegre.

O

Conexão IMEDIMED/Faculdade Meridional de Passo Fundo e Porto Alegre - Novembro / Dezembro / 20116 7

se chegar num espaço de consenso. Depois de muita discussão, quando se chega num consenso, começamos a nos esbarrar num outro problema que não é jurídico: são os interesses políticos, econômicos, de instituições e de categorias de classes. Então pra mim tornou-se bastante traumático. Fácil não foi. Mas enfim, tem que se fazer! Tem que acreditar que é possível fazer uma coisa melhor, mas o Brasil tem um modelo legislativo muito complicado.

AI - Qual é o objetivo desta reforma?

AJ – Nós temos duas coisas. Uma é a reforma do Código inteiro, que é o PLS 156. Neste caso seria fazer

Confira a entrevista:

Assessoria de Imprensa e Comunicação (AI) - Fale-nos sobre sua experiência junto ao grupo de juristas responsável pelas alterações no Código de Processo Penal.

Aury Lopes Junior (AJ) – Olha, foi uma experiência traumática. Porque quando você começa a conhecer como é o Processo Legislativo Brasileiro, vem junto uma imensa decepção. Então, às vezes se discute seriamente temas, se passa anos analisando questões e quando se conclui o projeto é muito difícil amarrar ele porque são diferentes cabeças, diferente ideologias ... Então é complicado

um Código de processo inteiramente novo. Esse eu participei da revisão. Acho que tão cedo esse código não entra em vigor, em função de que existem muitos pontos extremamente problemáticos e que não vai haver consenso tão cedo. Esta é uma reforma. Para demonstrar que tão cedo não se terá um Código novo, basta você ver que nós tivemos promulgada uma Lei que mudou todo o sistema das prisões cautelares. Um projeto de Lei que era de 2001 e que eu também participei, mas estava parado. E de repente vira o ano e eles ressuscitam o projeto e aprovam correndo. E um detalhe, o que foi aprovado agora não foi esse projeto o último de 2010, foi um de 2001. Então é muito difícil fazer Lei Penal no Brasil.

AI - Qual a importância desta reforma e quais as mudanças mais significativas?

AJ- Bom, hoje eu vou falar sobre uma reforma pontual do Código que diz respeito às medidas cautelares. Isso afeta bastante o processo, altera o sistema de prisão preventiva, de prisão em flagrante, mas principalmente é um modelo melhor porque

dá opções ao Juiz.

Antes nós tínhamos um binômio: ou o cidadão está preso e isso pode ser injusto, ou ele está solto e as pessoas acham que é impunidade. Agora entre uma coisa e outra nós temos nove medidas alternativas. A questão, a saber, é se os juízes saberão aplicar, e quanto tempo vai levar para que nós tenhamos o rompimento cultural. O problema agora não é mudança de Lei. A Lei mudou agora nós temos que mudar as cabeças.

AI - A aplicação das medidas cautelares não pode gerar beneficiamento para alguns tipos de crime?

AJ - Não, eu diria o seguinte. Essas são medidas descarceirizadoras, ou seja, são medidas que restringem o uso do cárcere. Mas não significa impunidade. Efetivamente um grupo de crimes é beneficiado, mas é que são crimes de menor gravidade que

realmente não deveriam ser objetos de prisão. Continuaremos tendo prisão para crimes graves, e principalmente, alguns institutos como a fiança. Hoje a fiança pode chegar a 100 milhões de reais. Então é uma pena bastante elevada. Vamos combinar que pagar um milhão ou dois de fiança é muito dinheiro.

AI - Ao serem divulgadas na mídia, as mudanças causaram apreensão em grande parte da população. Como explicar o que de fato muda de uma forma simples?

AJ - Essa é a pergunta. Realmente houve um “discurso do pânico”. A mídia fez um discurso bastante preocupante, as pessoas se apavoraram e acharam que isso seria “abrir portas de presídios” e despejar milhares de pessoas na rua. Não é verdade. Não é assim. Não haverá liberdade automáti ca nem liberdade massiva. Nós teremos uma diminuição no encarceramento em médio prazo. Mas também tem um detalhe: a pena de prisão não cumpre o papel dela. Há mais de 200 anos que ela é igual e não cumpre o papel. Então nós temos que diminuir um pouco essa imagem de que a prisão resolve problema. A prisão não só não resolve como é fomentadora de muitos outros problemas.

AI - Na sua visão, por que a reforma foi tão criticada por alguns juristas?

AJ - Na verdade assim, esta Lei foi criticada digamos por um setor. Dentro do mundo jurídico um setor fez uma crítica muito severa que nós podemos considerar bastante pontual. Foi em relação aos quatro anos. Abaixo de quatro anos não pode prender e isso gerou um caos. Não é nada de outro mundo, eu vou explicar. E também um descrédito das mediadas cautelares diversas no sentido

de que não haveria controle. A questão é que nós temos que mudar a cabeça, as instituições têm que mudar, as estruturas têm que mudar e nós temos que começar a fazer coisas diferentes. Criar instrumentos de controle e não simplesmente sentar e dizer não isso aqui não vai funcionar. Isso vai ter que funcionar. Não tem alternati va, isso vai ter que funcionar. Nós já chegamos ao fundo do poço. Sabe, o sistema carcerário explodiu, são mais de 500 mil presos. É a terceira maior população carcerária do Brasil.

fazer Lei Penal

realmente não deveriam ser objetos de prisão. Continuaremos tendo prisão para crimes graves, e principalmente, alguns institutos como a fiança. Hoje a fiança pode chegar a 100 milhões de reais. Então é uma pena bastante

combinar que pagar um milhão ou dois de fiança

divulgadas na mídia, as mudanças causaram apreensão em grande parte da população. Como explicar o que de fato muda de uma

pergunta. Realmente houve um “discurso do

um discurso bastante

despejar milhares de pessoas na rua. Não é verdade. Não é assim. Não haverá liberdade

liberdade massiva. Nós teremos uma diminuição no encarceramento em médio prazo. Mas também tem um detalhe: a pena de prisão não cumpre o papel dela. Há mais de 200 anos que ela é igual e não cumpre o papel. Então nós temos que diminuir um pouco essa imagem de que a prisão resolve problema. A prisão não só não resolve como é fomentadora de muitos outros problemas.

AI - Na sua visão, por que a reforma foi tão criticada por alguns juristas?

AJ - Na verdade assim, esta Lei foi criticada digamos por um setor. Dentro do mundo jurídico um setor fez uma crítica muito severa que nós podemos considerar bastante pontual. Foi em relação aos quatro anos. Abaixo de quatro anos não pode prender e isso gerou um caos. Não é nada de outro mundo, eu vou explicar. E também um descrédito das mediadas cautelares diversas no sentido

de que não haveria controle. A questão é que nós temos que mudar a cabeça, as instituições têm que mudar, as estruturas têm que mudar e nós temos que começar a fazer coisas diferentes. Criar instrumentos de controle e não simplesmente sentar e dizer não isso aqui não vai funcionar. Isso vai ter que funcionar. Não tem alternati va, isso vai ter que funcionar. Nós já chegamos ao fundo do poço. Sabe, o sistema carcerário explodiu, são mais de 500 mil presos. É a terceira maior população carcerária do Brasil.

IMED/Faculdade Meridional de Passo Fundo e Porto Alegre - Novembro / Dezembro / 2011Conexão IMED 8

O agronegócio brasileiro é responsável por cerca de um terço do Produto Interno Bruto (PIB), empregando 37% da força de trabalho, gerando 36% das exportações brasileiras. É um dos setores mais importante da economia do país e por isso tem sido objeto de estudos e de pesquisas. O agronegócio é o conjunto de atores e de transações envolvidos na produção, no processamento e na distribuição de produtos de origem agropecuária. Inclui também o setor de produção de insumos, a produção rural, os mecanismos de comercialização e armazenagem, as indústrias processadoras, os atacadistas, os varejistas e o consumidor

final. O setor envolve também todos os elementos do ambiente institucional e organizacional. A eficiência de uma empresa neste ramo depende cada vez mais da inter-relação entre fornecedores, produtores de matéria prima, processadores, distribuidores e o consumidor final. O agronegócio compõe-se de cadeias produtivas, e estas possuem, entre seus componentes, os sistemas produtivos que atuam dentro de uma visão sistêmica moderna.

Uma cadeia de produção pode ser entendida como uma sucessão de operações de transformação em que as relações entre os agentes são de interdependência e um conjunto de relações comerciais e financeiros que estabelecem, entre todos os estados de transformação, um fluxo de troca, situado de montante a jusante. Portanto,

* PROF. PESQ. DR. ARIOSTO SPAREMBERGER- COORDENADOR DO CURSO DE ADMINISTRAÇÃO UNIJUI/ SANTA ROSA-RS E PROFESSOR DE PÓS-GRADUAÇÃO DA IMED

Orwell, em seu inesquecível 1984, prostrou: “quem controla o passado, controla o futuro”. Nosso convite a reflexão tem como pano de fundo o que se poderia chamar de a exceção brasileira, ou se quisermos, a maneira insidiosa, quando não cínica, que a ditadura militar brasileira encontra de permanecer em nossa estrutura jurídica e nas capilaridades das práticas políticas. Por certo, o espaço é curto, mas suficiente para levantar algumas questões.

A violência cotidiana, reflexo também dos nossos profundos traumas sociais, bem passa por aí. As peculiaridades do caso nacional atravessa, e muito, a contagem dos mortos que perpetrou. A marca dos crimes de Estado cometidos no passado mede-se, ainda mais radicalmente, naquilo que deixa para o presente, por suas reminiscências, como o aumento das práticas de torturas nas prisões brasileiras (SIKKINK, Kathryn; WALLING, Carrie Booth. “The

A interdependência dos agentes como fator de competitividade das cadeias produtivas no agronegócio brasileiro

a cadeia é formada pelo setor à montante da produção, formada por indústrias produtoras de insumos e o produtor rural, pelo setor à jusante da produção, que inclui indústrias frigoríficas, atacadistas, varejistas e os consumidores finais.

Todos os agentes procuram minimizar seus gastos, reduzindo os custos de transação próprios da atividade, agregando valor ao produto e procurando diferenciá-lo. Cada agente mantém relação com um ou mais agentes e, a partir do desenvolvimento dessas relações, a cadeia produtiva poderá tornar-se mais ou menos eficiente.

Observa-se que desenvolvimento econômico de uma região, depende dos resultados positivos das diversas cadeias produtivas (leite, grãos, carnes, entre outras) para crescer e gerar riqueza para a sociedade.

As ações articuladas entre os agentes que constituem uma cadeia produtiva são fundamentais para a eficiência e a competitividade das organizações que atuam neste ramo. Por isso, é importante a inter-relação e cooperação estratégica.

Conclui-se que as ações dos agentes, para serem eficientes e apresentarem resultados

Ódio à Democracia – a exceção brasileira

efetivos, devem ser realizadas de maneira coordenada. Isto implica prover todos os agentes com informações referente aos requisitos para a qualidade do produto final e de técnicas adequadas que reduzem custos de transações e de produção. Assim, obtêm-se os resultados de melhoria na competitividade e desempenho do setor.

*DR.AUGUSTO JOBIM DO AMARAL

Impact of Human Rights in Latin America” in Journal of Peace Research, vol. 44, nº 4, 2007, p. 437). A ditadura mais violenta do ciclo nefasto latino-americano bem pode se encontrar aqui, propriamente pela gestão de um caldo cultural totalitário inédito, uma espécie de inconsciente coletivo perverso que ainda move as ações criminosas de nossas polícias, dos aparatos judiciais e de setores do Estado (SAFATLE, Vladimir; TELES, Edson. O que Resta da Ditadura: a exceção brasileira São Paulo: Boitempo, 2010, p. 10). Não será à toa: ocultam-se cadáveres até hoje, é o único país onde torturadores nunca foram julgados, não há ainda uma justiça de transição, o Exército está longe de exercer uma autocrítica e mea culpa, pelo contrário, seus oficiais não raro fazem elogios rasgados à ditadura. O sintoma continua a pairar e contaminar o presente. Se a nossa (semi)democracia conseguiu escapar em alguma medida da ditadura, caberá para que avance não confundir a sua decisiva condição com uma mera aparência de democracia.

A começar, na própria

Constituição de 1988, para o legado autoritário deve-se atentar. A dita Constituição Cidadã traz consigo o paradoxo da convivência de normas de conteúdo pouco liberais, mesmo que de acordo com procedimentos regulares, que dificultam, por exemplo, a consolidação das relações civil-militares de maneira democrática (ZAVERUCHA, Jorge. “Relações Civil-Militares: o legado autoritário da Constituição brasileira de 1988” in O que Resta da Ditadura, pp. 41-76). No que se refere às cláusulas relacionadas com as Forças Armadas, Polícias Militares Estaduais, sistema judiciário militar e segurança pública em geral, pasme-se, foram mantidas praticamente idênticas as da Constituição autoritária de 1967 e sua emenda de 1969.

Se já alertava Agamben, desde a crítica de Benjamin a Schmidt, que soberano é aquele que tem o poder legal de suspender a lei, colocar-se legalmente fora dela (“soberano é aquele que decide sobre o estado de exceção”, AGAMBEN, Giorgio. Homo Sacer: o poder soberano e a vida nua I. Belo

Horizonte: Editora da UFMG, 2002, p. 19), fácil averiguar o artigo 142 do atual texto constitucional. Diz ele que as Forças Armadas “destinam-se à defesa da pátria, à garantia dos poderes constitucionais e, por iniciativa de qualquer destes, da lei e da ordem”. Bom lembrar, antes, a “coincidência” com o comunicado de 13 de março de 1964, após o comício de Jango na Central do Brasil, do Gal. Castello Branco aos seus subordinados: “os meios militares nacionais e permanentes não são para propriamente defender programas de governo, muito menos a sua propaganda, mas para garantir os poderes constitucionais, o seu funcionamento e a aplicação da lei” (LIRA NETO. Castello: a marcha para a ditadura. São Paulo: Contexto, 2004, p. 239). Desde lá, são estas forças que têm o poder constitucional de garantir o funcionamento do Executivo, Legislativo e Judiciário, a lei e a ordem quando democraticamente deveria ser o reverso. Tal como na Constituição de Pinochet (1980), cabe às Forças

Armadas o poder soberano e constitucional de suspender a validade do ordenamento jurídico, colocando-se legalmente fora da lei. Ao seu alvitre, deixam de se tornar meio para, quando necessário, tornarem-se fim do Estado.

Doutro ponto, nada há de definição, no art. 142, acerca do que seja “ordem”. Será “ordem interna e internacional” (Preâmbulo); “ordem constitucional” (art. 5º XLIV); “ordem pública e social” (art. 34 III, arts. 136 e 144); “ordem econômica” (art. 170) ou “ordem social” (art. 193)? Haja poder! Muito menos há qualquer especificação de quem, quando e como a lei e a ordem são violadas. A rigor, basta determinada ordem do Executivo ser considerada ofensiva à lei e à ordem, para que os militares possam constitucionalmente não respeitá-la. A se considerar estes termos, tal como a anterior Carta, a de 1988 tornou constitucional o golpe de Estado, desde que liderado pelas Forças Armadas. De se notar que a espada de Dâmocles fardada continua ainda pairando sobre os poderes constitucionais.

A eficiência de uma empresa neste ramo depende cada vez

mais da inter-relação entre fornecedores, produtores de matéria prima, processadores, distribuidores e o consumidor final

Novembro / Dezembro / 2011 - Faculdade Meridional de Passo Fundo e Porto Alegre/IMED 9 Conexão IMED

Com o tema ‘Aspectos históricos e filosóficos do modelo cognitivo comportamental’ a professora da Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul (PUCRS), Dra. Ilana Andretta, ministrou a aula inaugural do Curso de Atualização em Terapia Cognitivo-Comportamental da IMED.

O curso é coordenado pela professora da Escola de Psicologia, Dra. Marcia Fortes Wagner.

De acordo com a professora a participação expressiva de profissionais da área da saúde mental e alunos de Psicologia da cidade e região contribuiu para o sucesso inicial do curso.

Escola de Psicologia realiza curso de atualização em Terapia Cognitivo-comportamental

A IMED promoveu durante o mês de julho, o curso ‘Mediação de Conflitos: Perspectivas Teóricas e Processos de Intervenção’, ministrado por Juan Carlos Vezzulla. Nascido na Argentina, Vezulla formou-se em Psicologia (Universidad del Salvador, Buenos Aires), concluiu o Mestrado em Serviço Social no Brasil (Universidade Federal de Santa Catarina, Florianópolis). Cursa, atualmente, o Doutorado em Direito e Sociologia (Orientado pelo sociólogo Boaventura de Sousa Santos junto à Universidade de Coimbra, Portugal). Além disso, foi Co-fundador e Presidente Científico dos Institutos de Mediação e Arbitragem do Brasil e de Portugal

(IMAB e IMAP), possuindo um currículo repleto de realizações com qualidade na área de formação de mediadores em países da América Latina, Europa e África, participando, sobretudo, na condição de coordenador do Serviço de Mediação com Adolescentes do Tribunal de Joinville, Santa Catarina, Brasil, e na coordenação do Programa de Capacitação em Mediação Comunitária do Ministério da Justiça do Brasil, com programas voltados à pacificação social. Sendo, também, consultor em mediação da ONU, do PNUD e da União Europeia. Por fim, recebeu a Medalha à Paz e à Concórdia outorgada pela Universidad de Sonora e o Instituto de Mediación de

Mediação de Conflitos foi tema de curso com Juan Carlos Vezzulla

México. (2008).Para Vezzulla, “o

mediador deve ser muito sensível, o mediador deve ser um ser que escute por todos os sentidos. Escute de maneira sensível”, explica. Durante o curso, Vezzulla falou sobre as evoluções que a mediação tem sofrido nos dias de hoje e a importância do mediador participar de uma preparação antes de iniciar o trabalho. “Meu conceito de formação de mediadores é um conceito muito mais ligado ao reconhecimento, ligado ao desenvolvimento de habilidades, enfim ligado fundamentalmente a que todos temos uma capacidade de sermos mediadores. Há coisas que podem se estudar em um livro, mas há coisas que devem se estudar no curso. Por isso todos os cursos têm a parte teórica, tem parte de atividades, de jogos, de dinâmicas, onde o corpo cobra uma importância fundamental para desenvolver a sensibilização do mediador, e temos simulações, onde os teatrinhos permitem que as pessoas possam dar uma nova essência e perceber de diversas funções o que acontece na mediação”, diz Vezzulla. O curso foi promovido pelas Escolas de Psicologia e Direito.

A IMED Porto Alegre e a Associação dos Peritos na Justiça do Rio Grande do Sul - APEJUST firmaram convênio corporativo para proporcionar descontos aos associados da conveniada. Através desta parceria os associados da APEJUST podem desfrutar de descontos em cursos de pós-graduação e intensivos oferecidos pela IMED Porto Alegre. Outro aspecto que merece destaque nesta parceria é que

através deste convênio as instituições pretendem conjugar esforços visando à especialização profissional de associados da APEJUST.

Como ponto de partida, foi lançado o curso NOÇÕES SOBRE CIÊNCIA ATUARIAL PARA NÃO ATUÁRIOS - ÊNFASE NA JUSTIÇA DO TRABALHO. Mais informações sobre o curso e a parceria podem ser obtidas pelo e-mail [email protected] ou pelo fone (51) 32321800.

IMED Porto Alegre e APEJUST firmam convênio corporativo

IMED/Faculdade Meridional de Passo Fundo e Porto Alegre - Novembro / Dezembro / 2011Conexão IMED 10

Teve início em setembro o curso preparatório para o Exame da OAB, realizado em parceria entre a IMED e Retorno Jurídico. Estiveram presente na primeira aula o Diretor de Relações

IMED e Retorno Jurídico promovem curso preparatório ao Exame da OAB

com o Mercado da IMED, Alessandro Becker e o Gerente-Geral do Retorno Jurídico, Emiliano Durgante. A aula inicial foi ministrada pela professora Letícia Neves, que abordou temas

referentes ao Processo Penal. O curso totalizou 26 aulas presenciais, sendo uma a realização de um simulado baseado nas provas anteriores do Exame da OAB.

A IMED Porto Alegre sediou, no mês de agosto, o Workshop “Oficina de Cálculos Previdenciários” promovido pelo Instituto Brasileiro de Direito Previdenciário. O evento foi apoiado institucionalmente pela IMED Porto Alegre e contou com mais de 80 participantes de diversos municípios do Rio Grande do Sul, Santa Catarina e Paraná. A IMED Porto Alegre possui forte atuação na área de Direito Previdenciário, e disponibil iza vários cursos de curta, média e longa duração nesta

área. Recentemente foi lançado; em conjunto com a Associação Gaúcha de Institutos de Previdência - AGIP, Instituto Canoas XXI e CanoasPrev; o curso de Pós-graduação em Previdência Pública que tem por objetivo profissionalizar a gestão da Previdência Pública, proporcionando aos participantes competências, habilidades e conhecimentos necessários para a gestão efetiva dos regimes Próprios de Previdência Social.

IMED Porto Alegre sediou evento do Instituto Brasileiro de Direito Previdenciário

Em setembro, o curso de Pós-Graduação em Projeto e Gestão de Edificações Sustentáveis abordou o tema dos princípios da certificação LEED. A aula foi ministrada pela professora Me Lisandra Fachinello Krebs. Conforme a professora, a aula serviu para abordar todos os assuntos que estão surgindo relacionados à Certificação Green Building e estão sendo amplamente discutidos. “Para as construções serem mais sustentáveis elas precisam atender requisitos como água, energia, resíduos, qualidade do ambiente interno, materiais, e então a gente está vendo essa certificação que mostra que esses requisitos estão sendo atendidos dentro de um empreendimento”, relata a professora.

Segundo Lisandra, as mudanças decorrentes de construções sustentáveis

muitas vezes não são percebidas de imediato, mas os clientes passam a notar a diferença com o passar do tempo. “Para os usuários é muito provável que tenham economia na conta de água e de luz, também um maior conforto no interior da edificação, conforto térmico, vão se sentir bem sem ter que usar aparelhos de ar condicionado, aproveitando a iluminação natural. Então eles vão sentir essas coisas mesmo que não saibam que eles vão ter materiais menos tóxicos do que o normal nas tintas, nos revestimentos, nas madeiras. Então estas coisas beneficiam o usuário, mas ele não percebe talvez num primeiro momento se ele não é da área”, frisa.

Ainda existe uma carência referente à qualificação de profissionais capacitados para trabalhar na área, o que deve

Princípios da Certificação LEED são abordados na Especialização em Projeto e Gestão de Edificações Sustentáveis

mudar, pois conforme nos diz a professora, diferente de outras questões as construções sustentáveis não são uma simples moda. Ela deve permanecer e cada vez mais exigir profissionais capacitados. “As construções sustentáveis vêem para responder por uma demanda na área da construção civil é uma demanda muito maior pra

mudar os processos que estão impactando o meio ambiente”. Então por esse motivo eu acho que não é uma moda, porque as coisas que a gente vê como resultados dos processos atuais elas são visíveis. Então a construção civil contribui para o assoreamento dos rios e isso se vê, ela contribui para a geração de resíduos urbanos e isso se vê, se

enxerga. Ela contribui para a gente ter contas altas de energia e todas essas coisas são muito visíveis, muito notáveis. Por isso, como os problemas ambientais não são uma moda, eles vão continuar existindo se a gente não mudar a maneira de fazer as coisas na construção civil vai acontecer a mesma coisa ou a gente muda a maneira de produzir, ou as coisas vão continuar sendo um problema, então não acho que seja moda.

A Especialização em Projeto e Gestão de Edificações Sustentáveis tem o compromisso em aperfeiçoar a formação de profissionais atuantes na área de projeto e gestão de obras guiado para o atendimento de uma demanda de mercado crescente, a aplicação adequada de tecnologias ambientais na construção civil.

Novembro / Dezembro / 2011 - Faculdade Meridional de Passo Fundo e Porto Alegre/IMED 11 Conexão IMED

Teve início em agosto na sede da IMED Porto Alegre a 19ª Edição do curso de Pós-graduação em Direito do Trabalho e Processo do Trabalho. A recepção aos alunos foi feita pelo Coordenador do curso Prof. Francisco Rossal de Araújo, que deu boas vindas aos pós-graduandos; pelo Prof. Joe Ernando Deszuta, que ministrou a Aula Inaugural; pelas funcionárias Mônica Bauer e Priscila Rita, ambas da

área Administrativa da Instituição.

Dentre os diferenciais, destacam-se: o corpo docente, formado por professores renomados com ampla experiência na área acadêmica a profissional; forte interação da teoria com a prática profissional; ampla troca de experiência entre os participantes. Mais informações podem ser obtidas pelo e-mail [email protected] ou pelo fone (51) 3232.1800.

IMED Porto Alegre inicia Pós-graduação em Direito do Trabalho e Processo do Trabalho

Iniciou em setembro a primeira edição do MBA em Gestão do Agronegócio. O curso é coordenado pelo professor Dr.* João Batista Gonçalves Costa C. Junior, que ministrou a aula inaugural abordando a “Visão de futuro no agronegócio”.

O MBA em Gestão do Agronegócio se propõe

capacitar os profissionais que atuam ou venham atuar nas mais variadas áreas das organizações agroindustriais, quer sejam públicas ou privadas para o exercício e aplicação de modernos conceitos e ferramentas de gestão empresarial agrícola.

O curso visa qualificar os profissionais para

IMED inicia primeira edição do MBA em Gestão do Agronegócio

a área de gestão das organizações do agronegócio, com ênfase nas cadeias produtivas dos grãos (soja e milho) e do leite, o qual possibilita a interação entre as práticas de mercado e o conhecimento acadêmico, permitindo um aprimoramento na gestão das organizações.

Os alunos do MBA em Gestão Empresarial 6a edição da IMED participaram de uma visita técnica empresarial no POOL de Passo Fundo.

Alunos do MBA em Gestão Empresarial realizam visita técnica empresarial

O local é à base de distribuição de combustíveis para os municípios da região e conta com as empresas Ipiranga (39%), Petrobrás

(53%) e Cosan (8%). A atividade foi coordenada pelo professor Dr.* Claudionor Guedes Laimer, coordenador do MBA em

Gestão Empresarial.“A visita técnica

empresarial é fundamental para a formação acadêmica de qualidade, pois desta

forma é possível buscar novos conhecimentos e complementar os estudos realizados em sala de aula”, salienta o professor.

IMED/Faculdade Meridional de Passo Fundo e Porto Alegre - Novembro / Dezembro / 2011Conexão IMED 12