jornal aldeia de caboclos ano 2 número 16

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Jornal da Aldeia de Caboclos, o maior Jornal de Umbanda do Brazil. Publicação de 2012

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Editorial

Prezados leitores e irmãos de fé, salve o dia 13 de maio, salve o mês dos nossos amados Pretos Vel-hos, sábios espíritos e guias de luz que iluminam e tornam sereno o nosso caminho!

Diante desta nobre data é com grande prazer que lhes convido a abrirem a mente e coração para sapiência, fé inabalável, perseverança e espírito de superação dos Pretos Velhos, alicerces magní-ficos estes que servirão de sustentáculo e escudo contra as mazelas desencadeadas por aqueles que insistem em seguir a vida pela senda do mal.

Tenhamos a humildade, a nobreza nas atitudes e a sabedoria dos Pretos Velhos, busquemos efetiva-mente implementar essas virtudes em nossas vi-das para enfrentarmos as batalhas do nosso dia-a-dia, principalmente quando nos depararmos com a injustiça, à maledicência e a covardia, pois esses elementos altamente negativos devem ser repeli-dos por nós de forma veemente e constante.

A injustiça, a maledicência e a covardia inegavel-mente compõem o caminho da involução material e espiritual dos seres humanos, além provocarem dor, desigualdade, sofrimento, inimizade e desavenças nos mais distintos ciclos sociais e familiares.

Portanto, sejamos nós perseverantes seres hu-manos inspirados na magnitude espiritual dos

abnegados Pretos Velhos, erguendo o cachimbo da bondade, da caridade, do amor, da simplicidade e da justiça, combatendo sempre com firmeza, fé, coragem, paciência e sabedoria o lado obscuro e sombrio do homem, e ao final vencendo de maneira inteligente e nobre a avareza, presunção e torpeza que paira sobre vastos pontos da humanidade. Salve os Pretos Velhos! Adorei as almas – As almas adorei! Que Oxalá ilumine o caminho de todos nós!

Salve a Umbanda, que é amor e caridade, Salve Zambi!

Alexandros Barros Xenoktistakis

EXPEDIENTEDiretor: Engels B. XenoktistakisDireção de Arte: Daniel CoradiniRedator: Engels B. XenoktistakisColaboradores: Adriano Camargo / Ronaldo Linares e Alexandros XenoktistakisAssessoria Jurídica: Alexandros BarrosXenoktistakis – OAB/SP 182.106contato: [email protected]

Templo de UmbandaCaboclo Pena Roxa

Cursos Certi�cadosAltares e tronqueiras 25/03Exú-Guardião, luz e Mistério na Umbanda 07/04Toques de AtabaqueSacerdócio com Teologia 26/05Técnicas de Benzimentoi 03/06Magia do fogo 21/07

Rua Iberê da Cunha, 119 - V. Primavera São Paulo - SP (Altura 7.500 da Av. Sapopemba)Fones - 11- 2302.4306 / 7274.1757

Abrindo novos cursos para 2012

[email protected]

página 3

no reencontro.

Saudade é dor meiga, suave, é quase carinho, mas porque essa lágrima teimosa não para de lembrar, que a saudade que sentimos é pra nunca deixarmos de amarTia Paula (mamãe)Saudosamente

Pai Ronaldo Linares ‘o plantador de florestas’ www.santuariodaumbanda.com.br

Um grande beijo a nossa querida Tia Paula

Falando de Umbanda

Caros amigos, apesar de que neste número eu deve-ria contar a PARTE 2, da história “A UMBANDA, O BRASIL E O SANTUÁRIO NACIONAL DA UMBAN-DA”, fomos surpreendidos por um acontecimento que entristeceu a todos: a passagem de nossa que-rida TIA PAULA, filiada à F.U.G.”ABC” desde 1988 e mãezinha que, mesmo tendo partido, continua mo-rando no meu coração.

“Homenagem à Tia Paula”S a u d a d e s . . .

“Vamos falar de saudade, que eu hoje estou pra chorar”, (diz o velho cancioneiro sentindo no peito aquela sensa-ção que é, ao mesmo tempo, uma vontade de não esquecer e um desejo de voltar a viver).

Outro sábio cancioneiro popular canta:“Saudade é dor meiga, suave, quase um carinho.Ninguém a maldiz, não é má, é quase uma dor.É apenas lembrança de algo em nosso caminho,E vem quase sempre de onde existiu um amor”.

A saudade que sentimos hoje é imensa, é sentida. Saudades da tia Paula; para outros vovó Paula; mãe Paulina para mim. Desde que a conheço, sempre senti por ela um amor imenso, uma doçura sem igual que seus já cansados olhos que, após um século de vida, ainda iluminavam de ternura a todos os que ti-veram o privilégio de conhecê-la. Para mim apenas “mamãe”. Não consigo imaginar nenhum adjetivo que melhor espelha o que ela representou para os filhos de fé da

Cabana de Umbanda Luz Divina.

Vamos falar um pouco de mamãe Paula?

Babá Paulina do Carmo Bicudo (1.911 - 2.012) - 101 anos de vida. Nasceu em 06 de janeiro em Santa Cruz das Palmeiras no Estado de São Paulo. Cidade pró-xima de Campinas, fundada em 1.876 e cujo lema é RECANTO DE FÉ, AMOR E TRABALHO.

Ainda muito jovem veio para a Capital com a mis-são de trabalhar para ajudar a família. Dona de uma alegria contagiante, mas muito responsável, foi es-colhida por Oxalá para ser Babá de um Templo de Umbanda.

Em sua longa trajetória sempre praticou a caridade e humildade enquanto transmitia seus ensinamentos para seus filhos e para todos com quem conviveu. Amou a todos incondicionalmente. Sua vida sempre foi sedimentada no trabalho e na prática da religião. Nunca se ouviu de mamãe Paula, mesmo nos mo-mentos mais difíceis, nenhuma palavra de desânimo, lamúria ou atitude de desagrado.

Filha de Oxum e Oxosse praticou a religião umban-dista em toda sua plenitude, portanto, temos certeza de que sua semente germinará e seus frutos serão o seu legado.

Bom, mamãe Paula partiu e todos ficamos tristes, mas, como espiritualistas sabemos que um dia, quan-do Pai Oxalá determinar, haverá uma grande alegria

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Prece-Poemaa Pai Benedito

de Aruanda

Falando de Umbanda

Meu bondoso Preto-Velho!

Aqui estou de joelhos, agradecido constrito, aguar-dando sua benção.

Quantas vezes com a alma ferida, com o coração irado, com a mente entorpecida pela dor da injusti-ça eu clamava por vingança, e Tu, oculto lá no fun-do do meu Eu, com bondade compassiva me sussur-ravas: ESPERANÇA.

Quantas vezes desejei romper com a humanidade, enfrentar o mal com maldade, olho por olho, dente por dente, e Tu, escondido em minha mente, me di-zias simplesmente:

“Sei que fere o coração a maldade e a traição, mas, responder com ofensas, não lhe trará a solução. Pára, pensa, medita e ofereça-lhe o perdão. Eu tam-bém sofri bastante, eu também fui humilhado, eu também me revoltei e também fui injustiçado.

Das savanas africanas, moço, forte, livre, num ins-tante transformado em escravo acorrentado, ne-nhuma oportunidade eu tive. Uma revolta crescente me envolvia intensamente, porque algo me dizia, que eu nunca mais veria minha Aruanda de então, não ouviria a passarada, o bramir dos elefantes, o rugido do leão, minha raça de gigantes que tanto orgulho tivera, jazia despedaçada, nua, fria, acor-rentada num infecto porão.

Um ódio intenso o meu peito atormentava, por que OIÀ não mandava uma grande tempestade? Que Xangô com seus raios partisse aquela nave amal-diçoada, que matasse aquela gente, que tão cruel se mostrara, que até minha pobre mãezinha, tão frágil, já tão velhinha, por maldade acorrentara. E Iemanjá, onde estava que nossa desgraça não via, nossa dor não sentia, o seu peito não sangrava? Seus ouvidos não ouviam a súplica que eu lhe fazia? Se Iemanjá ordenasse, o mar se abriria, as ondas

nos envolveriam; ao meu povo ela daria a desejada esperança, e aos que nos escravizavam, a necessá-ria vingança.

Porém, nada aconteceu, minha mãezinha não resis-tiu e morreu; seu corpo ao mar foi lançado, o meu povo amedrontado, no mercado foi vendido, uns pra cá, outros pra lá e, como gado, com ferro em brasa marcado.

Onde é que estava Ogum? Que aquela gente não vencia, onde estavam as suas armas, as suas lanças de guerra? Porém, nada acontecia, e a toda parte que olhava, somente um coisa via... terra.

Terra que sempre exigia mais de nossos corpos sua-dos, de nossos corpos cansados.

Era a senzala, era o tronco, o gato de sete rabos que nos arrancava o couro, era a lida, era a colheita, que para nós era estafa, para o senhor era ouro.

Quantas vezes, depois que o sol se escondia, lá no fun-do da senzala, com os mais velhos aprendia, que o nosso destino no fim não seria sempre assim, quan-tas vezes me disseram que Zambi olhava por mim...

Bem me lembro uma manhã, que o rancor era gran-de, vi sair da casa grande, a filha do meu patrão. Ingênua, desprotegida, meu pensamento voou: eis a hora da vingança, vou matar essa criança, vou vin-gar a minha gente, e se por isso morrer, sei que vou morrer contente.

E a pequena caminhava alegre, despreocupada, vi-nha em minha direção, como a fera aguarda a caça, eu esperava ansioso, minha hora era chegada. Eu trazia as mãos suadas, nesse momento odioso, meu coração disparava, vi o tronco, vi o chicote, vi meu povo sofrendo, apodrecendo, morrendo e nada mais vi então. Correndo como um possesso, agarrei-a por um braço e levantei-a do chão.

Porém, para minha surpresa, mal eu ergui a me-nina, uma serpente ferina, como se fora o próprio vento, fere o espaço, errando, por minha causa, o seu bote tão fatal; tudo ocorreu tão de repente, tudo foi de forma tal, que ali parado eu ficara, olhando a serpente que sumia no matagal.

Depois, com a criança em meus braços, olhei meus punhos de aço que deviam matá-la... olhei seus lin-dos olhinhos que insistiam em me fitar. Fez-me um gesto de carinho, eu estava emocionado, não sabia o que falar, não sabia o que pensar.

Meus pensamentos estavam numa grande confu-são, vi a corrente, o tronco, as minhas mãos que vingavam, vi o chicote, a serpente errando o bote... senti um aperto no coração, as minhas mãos caleja-das pelo machado, pela enxada, minhas mãos não matariam, não haveria vingança, pois meu Deus não permitira que morresse essa criança.

Assim o tempo passou, de rapaz forte de antes, bem pouca coisa restou, até que um dia chegou, e Benedi-to acabou. Mas do outro lado da morte eu encontrei nova vida, mais longa, muito mais forte, mais de amor e de perdão, os sofrimentos de outrora já não importam agora, por que nada foi em vão...

Fomos mártires nessa vida, desta Umbanda tão querida, religião do coração, da paz, do amor, do perdão”.

(Escrito por Pai Ronaldo Linares, em 20 de Outubro de 1964, entregue em mãos, por ele, ao Jornal de Umban-da Sagrada e publicado no mesmo em Maio de 2005).

Pai Ronaldo Antônio Linares, presidente da Federação Umbandista do Grande ABC é responsável pelo Santuá-

rio Nacional da Umbanda.

SANTUÁRIO NACIONAL DE UMBANDA

Conheça os livros dePai Ronaldo Linares

Abertura do ano espiritual Reserve sua área!

Imagem de Oxossi restaurada

Faça uma excursãoe venha conhecer!

[email protected]

Estrada do Montanhão 700 - Pq. do Pedroso - Santo André - SP

(11) 4338-0946 / 4238-5042 / 4338-0261

O maior santuário aoar livre da América Latina

Amplo estacionamento,Lanchonete,Loja de Artigos Religiosos,Locais para trabalhos e oferendas.

Como chegar no SantuárioDe ônibus:Existe uma única linha de ônibus que vem até o Santuário. A boa notícia é que temos um ponto de ônibus bem em frente à Portaria.Esta linha chama-se LINHA 26 - BARALDI e passa em frente aos seguintes terminais: Terminal do Paço Municipal de São Bernardo do Campo Terminal Ferrazópolis de São Bernardo do CampoSe você estiver na cidade de São Paulo, a melhor alternativa é dirgir-se à Estação Jabaquara do Metrô. Lá, pegue um Trólebus que venha até o terminal Ferrazópolis de São Bernardo do Campo. Em frente ao terminal, pegue o Linha 26 - Baraldi.

Santuário dos Orixás

Loja Oferendas e Trabalhos

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UmbandaLegal

Agora sim: 15 de NovembroDIA NACIONAL DA UMBANDA

A Comissão de Educação, Cultura e Esporte (CE), do Senado Federal instituiu no dia 20/03/2012, o dia 15 de Novembro como DIA NACIONAL DA UMBANDA, através do Projeto de Lei da Câmara nº 187, de 2010.

Em 03/08/2005, o então deputado federal Carlos Santana (PT/RJ), apresentou a ementa, que trami-tou por várias comissões, foi arquivada, desarquiv-ada, sendo enviada em dezembro de 2010 ao Senado Federal, e agora aprovada na Comissão, que teve o senador Roberto Requião como Presidente, e a sena-dora Ana Rita como Relatora, que escreveu em sua análise:

- “A umbanda, religião nascida no Brasil, apresenta expressiva difusão no seio de nossa população. A adesão a esse culto eminentemente sincrético não se incompatibiliza, inclusive, com a filiação a cultos mais tradicionais, tais como o catolicismo e o espir-itismo kardecista...

A umbanda expressa vivamente seu caráter nacio-nal, juntamente com suas raízes africanas, nas mani-festações culturais, que incorporam a música e a dança...

Após décadas em que sofreu perseguição policial, juntamente com outros cultos afro-brasileiros, a um-banda conquistou e consolidou seu espaço na socie-dade nacional, revelado publicamente, entre outras ocasiões, nas festas de ano novo...

É certo que, por sua dimensão religiosa e por seu significado cultural, a umbanda faz jus ao reconhe-cimento oficial do Estado brasileiro, consagrado na

instituição de uma data nacional para sua comemo-ração”.

Um evento desse porte, importantíssimo para a co-munidade umbandista, não pode deixar de mencio-nar nomes, e por este motivo, gostaria de registrar minha gratidão e agradecimentos especiais, ao ex-deputado Carlos Santana (RJ), que aceitou e apre-sentou esse Projeto. Ao amigo, irmão e deputado federal Vicentinho do PT (SP), que desde o primeiro momento abraçou a causa dessa comunidade. Ao seu chefe de gabinete Paulo César, pelo empenho e cor-reria durante a última semana.

Aos companheiros Cássio Ribeiro e Josa Queiroz, presidente e vice da FUCABRAD, pelas inúmeras re-uniões e idas à Brasília. Ao Pai Rubens Saraceni do Colégio de Umbanda Sagrada e ao Pai Milton Alves, presidente do SINAFRO, pelas inúmeras conversas e aprendizados. Aos presidentes de Federações co-irmãs de São Paulo, Rio de Janeiro e Curitiba, entre outros, pela luta diária, árdua e constante na preser-vação da Sagrada Umbanda, e ainda pessoas como os irmãos Etiene Sales, Fátima Damas, Marcelo Fritz (RJ), Paulo Tharsisio (PR), e do jovem Michael Felix (DF), que representam tantas vozes, tanto trabalho por esse Brasil à fora, e que escrevem um pedaço dessa religião, diariamente.

Enfim, esse Projeto de Lei é também um reconhe-cimento ao trabalho sério de todos os umbandistas, que levam ao mundo inteiro, com amor e muita dig-nidade essa Bandeira de Oxalá.

É dedicado a todos os nossos Decanos, como os Pais

Ronaldo Linares, Jamil Rachid e Pedro Miranda, histórias vivas da Umbanda paulista e carioca. Aos umbandistas que já partiram e principalmente aos que virão.

Salve o médium Zélio Fernandino de Moraes, Saravá Caboclo das Sete Encruzilhadas !!!

“Um sonho que se sonha só, é só um sonho, um son-ho que se sonha junto, é realidade” (Paulo Freire)

Sandra SantosPresidente da AUEESP

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UmbandaLegal

Pelo Amor, ou pela Dor?

Eu posso até, com ressalvas, aceitar que alguns che-gam até a Umbanda pela dor, como se diz, mas só ficarão se o amor pela religião brotar dentro deles.

Sempre digo aos que me procuram querendo con-hecer a nossa religião, que a Umbanda não se en-tende, se sente.

O conhecimento é muito importante, sempre, mas a emoção de saber que encontrou seu lugar no mundo é tudo pois, depois disso, tudo é tão natural, tão es-pontâneo, tão divino, que todo o resto é conseqüên-cia.

Se a pessoa vier pela dor, só permanecerá pelo amor, pois uma oferenda realizada sem amor é só uma ofe-renda, uma vela acesa sem fé é só uma vela, um pedi-do sem confiança são palavras ao vento, o que torna tudo isso mágico é o amor aos Orixás, a gratidão ao nosso Divino Criador Pai Olorum, que os enviou só para cuidar de nós.

Gosto de pensar que enviando os Orixás, os Guias Espirituais, os Anjos, os Mestres, os Mentores, etc...Olorum achou um jeito de ficar mais perto de nós, ao mesmo tempo que dá oportunidade de evolução a todos. Como um pai que tem muitos filhos, e pede aos mais velhos que cuidem dos mais novos, que têm menos conhecimento, menos experiência.

A maneira como conduzimos nossa vida espiritual é de suma importância, e todo cuidado é pouco. A pes-soa que chega à Umbanda, seja pelo amor ou pela dor, precisa antes de tudo conhecer a religião, e cabe a nós mostrar a elas que a Umbanda não se resume a uma oferenda arriada nas esquinas da vida; que ela é uma religião completa, com ritos e rituais, preceitos, responsabilidade, obrigações e, acima de tudo, com-prometimento; mostrar e deixar que seus corações digam a elas qual caminho seguir.

Eu tive a sorte de chegar a Umbanda pelo amor, mas graças a Pai Olorum isso não foi novidade pra mim, pois o amor sempre norteou minha vida, e assim sempre será.

Se a casa do Pai tem muitas moradas, a Umbanda certamente é uma delas; é sagrada, é divina, é paz, é luz.

Mas o amor aos Orixás, a confiança, o apego, é con-struído a cada aproximação, a cada incorporação, a cada vibração, e tenho notado um “súbito” interesse das pessoas em conhecer a Umbanda...

Como a vida tem me ensinado, o acaso não existe, e sinto que a Umbanda está sim, chamando aqueles que estão destinados a serem seus filhos, pois se tudo está em constante evolução, com a nossa religião não seria diferente.

Mas isso só faz crescer a responsabilidade dos diri-gentes, pois já vi falsos umbandistas abalarem a fé das pessoas, e isso é grave, pois atrasar a sua própria evolução é uma coisa, atrasar a do outro, que você chama por filho, é bem mais sério...

Fato é que todos os dias os terreiros recebem novos consulentes, com os mais variados problemas, e en-tre eles existem médiuns de Umbanda, por missão ou por opção, e depende de nós a opinião que todas essas pessoas terão da nossa religião.

Eu tento mostrar a todos a beleza da Umbanda, e des-pertar em seus corações toda a grandeza daquilo que não se vê. Estamos envolvidos em algo tão grandioso, tão divino, tão iluminado, que quando se consegue sentir, todas as outras coisas parecem tão pequenas.

Somos seres espirituais vivendo uma experiência carnal, mas a maioria das pessoas insiste em se com-

portar como seres carnais vivendo uma experiência espiritual, até que um problema grave, um doença, uma perda, bata às suas portas...em busca de respos-tas, chegam até nós, e o que encontrarão?

Que esses filhos que estão sendo chamados encon-trem terreiros onde reine o amor, a alegria, a paz de espírito, a fé, liberdade, a caridade, a humildade, a fraternidade, a tolerância, e sejam cuidados com o mesmo amor que nossos Guias e Orixás cuidam de nós.

A maior falha que podemos cometer em nossa jor-nada é não praticar aquilo que pregamos, pois é ren-egar tudo aquilo que levamos os outros a pensar de nós quando falamos de amor, humildade, caridade...

Se a Umbanda prega a fé, a esperança, a caridade, a retidão de caráter, pratique isso, pois a fé sem obras é morta...

Se apesar de se professar Umbandista não consegue enxergar a Umbanda dessa maneira, procure dentro de você e encontrará. Acredito que não basta entrar na Umbanda; a Umbanda tem que entrar em você, no seu íntimo, nas suas origens, nas suas vidas pre-gressas, e então você se sentirá como alguém que, após uma longa viagem, volta pra casa... pelo amor, ou pela dor.

Saravá Umbanda, axé...Por: Mãe Valéria Siqueira

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Orai e Vigiai

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Ervas na Aldeia

“Confie no Criador, confie em seus Guias Espirituais, Confie nos Sagrados Orixás. Você nunca está Sozinho!”

Salve sagrados irmãozinhos e irmãzinhas em Mamãe Natureza. Que as bênçãos de Papai Criador possam nos alcançar pela nossa percepção das energias elementais que permeiam esse nosso planeta abençoado.

Penso que paciência seja uma virtude. Temos o tempo todo estado de frente aos nossos desafios e nem sem-pre nós dedicamos um pouquinho de paciência para analisa-los.

Todos nós temos campos de ação próprios. Principal-mente nós médiuns de Umbanda, cujo trabalho acon-tece invariavelmente nas linhas de choque com o emo-cional humano e sua capacidade criativa de energias densas que se acumulam nos chamados “umbrais” na crosta terrestre.

Muito explorado pelas literaturas espíritas, esse um-brais já foram detectados como locais de acumulo en-ergético, acondicionando espíritos perdidos nos seus infernos pessoais e presos a amarras emocionais que impedem que a “luz” envolva seu mental consciente, levando-o a um entendimento de realidade. Local tam-bém de armazenamento e refúgio de mentais pseudo conscientes, iludidos em seu caminho evolutivo, capaz-es de influenciar em domínio esses espíritos perdidos no tempo e no espaço, tornando-os verdadeiros escra-vos das vontades inferiores. Esses últimos quando cito como iludidos me refiro a que também são escravos de vontades inferiores.

Quantas vezes não nos sentimos atacados pelas trevas, por seres que eventualmente achamos que não querem que nosso trabalho aconteça, ou que acreditamos se sintam ameaçados por nós, por nossos terreiros, cursos, atendimentos, magias, etc.

Uma boa parte disso é nosso próprio orgulho falando ao nosso íntimo, fazendo-nos acreditar na nossa importân-cia imediata na evolução do planeta e da humanidade. Inferno e umbral não são locais propriamente ditos, são estados de espírito que ou nos colocamos, ou somos

conduzidos para que encontremos a nós próprios, no sentido de entendimento de nossas razões pessoais.

Engana-se quem acha que quem está nos astrais in-feriores são consciências torpes e ignorantes. Muitos dos magos negros realmente localizados nessas esferas nunca saem de lá, a não ser através desses seus servos humanos caídos, ou encarnados que optaram pelo seu íntimo em servi-los com seu emocional em desequilí-brio e desentendimento das coisas divinas e da natureza do ser humano que é o bem.

Esses mentais se servem das tendências que todos te-mos em oscilar entre o positivo e o negativo. Todos nós trazemos em nós os genes necessários para que nossa natureza do bem fique em evidencia e que nossa nature-za oposta seja força motriz para nossa caminhada as-cendente quando estamos em equilíbrio ou perto dele.

O medo é limitador e protetor, ao mesmo tempo em que nos impede de crescer, nos impede de ultrapassarmos o limite do aceitável e violarmos as regras de coerência da vida. Acreditar que tudo o que acontece na nossa vida é demanda é um convite a verificar se seu intimo não está envolvido numa aura espessa de orgulho que te impede de perceber os verdadeiros desafios a sua volta. Sair dessa doutrina da demanda é um desafio de todos nós.

Por isso comecei escrevendo sobre paciência. Ter tran-quilidade diante dos desafios que o cotidiano nos traz é virtude incontestável.

Não há situações desesperadoras, há pessoas que se de-sesperam (ou perdem a esperança) diante de uma situa-ção.

Não há problema sem solução, se você tem um prob-lema que não tem solução, logo não é um problema e nele próprio está a solução. Isso nem sempre é algo que se vê, mas quando a poeira abaixa, podemos vislumbrar um oceano de possibilidade e de realizações renovado-ras. Somos impermeáveis às mudanças e renovações.

E quando elas têm que acontecer, acontecem mesmo. E a Lei Divina se serve do que tem de mais próximo em nós, nosso íntimo, para atuar em nossas vidas nesse sentido transformador.

Avalie seus sentimentos com calma, analise suas emoções e fatos recorrentes em sua vida. Não alimente nem valorize o baixo astral achando que tudo é obra deles. Muito do que acontece aqui é nosso e para que nós aprendamos. Confie no Criador, confie em seus guias espirituais, confie nos sagrados Orixás. Você nun-ca está sozinho!

E o principal: se pudermos dividir nossa paz de espírito com as pessoas à nossa volta, tenha certeza que isso irá elevar significativamente sua consciência. Algumas dicas de rituais simples para a busca da tran-quilidade espiritual:

Banhos com alfazema, camomila, melissa, macela, rosa branca, anis estrelado, jasmim, manjericão.Defumação com anis estrelado, sálvia e olíbanoColocar um saquinho com alfazema seca no travesseiro, ou adquiri-lo pronto no comercio.

Vela de sete dias branca acesa, oferecida a Pai Criador e ao Anjo da Guarda (pessoal ou familiar). Manter flores em casa pode ser um vaso plantado, pode ser flores num vaso com água. Ofertadas a Deus Nosso Pai Criador, à Mãe Natureza, seu Poder Divino e Forças Naturais, pedindo que abençoem sua casa e família, mantendo a harmonia em todos os sentidos no seu ambiente e no campo vibratório de todas as pessoas que ali moram.

Depois de murchas ou secas devolva-as à natureza, numa beira de mata, beira de rio, jardim, praça, enfim onde tiver terra para absorve-las. É isso ai turminha, sucesso, saúde, alegria e paz de espírito para todos!

Adriano Camargo, O Erveiro da Jurema

[email protected]

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Reforma Íntima

“Quem dá de boa vontade, dá duas vezes” - Lucius

Boa vontade é um bem precioso e raro, pois em essência, é uma das bases para todas as realiza-ções superiores. Trata-se de uma das qualidades que Deus delegou ao homem para sua evolução es-piritual. Este bem é impelido pelo anseio de quem o executa. É a disposição para ajudar, mas ajudar para valer, querendo resolver e com o intuito de colaborar com os outros e com o mundo em que vivemos.

No atual estágio evolutivo da terra, o homem se ajuda pelas mãos do outros homens, ou seja, os benfeitores espirituais, nossos guias e entidades de luz podem nos dar a inspiração, a intuição do caminho a seguir, mas será apenas com as mãos dos próprios semelhantes que poderemos implan-tar o reino de Deus na terra. Dependemos do amor de uns para os outros para sobrevivermos e é atra-vés da boa vontade que este amor é materializado em nosso orbe.

Amar ao próximo não é apenas sentir compaixão e ficar paralisado, como mero espectador, é agir,

é ir ao seu encontro com atitudes concretas, fugir da inércia, é olhar o outro e amá-lo como devemos amar a nós mesmos.Na parábola do Bom Samaritano, Jesus nos deixa o exemplo sublime desta virtude: “Ao verificar a oportunidade de ajudar aquele moribundo ferido no caminho, o samaritano, nada perguntou, não investigou, não ficou extático e inoperante, ele apenas ajudou sem pedir nada em troca”.

A essência deste sentimento é dar de si espontane-amente, é operar o bem sem nada receber.

Apenas uma atitude diária de boa vontade pode mudar o destino de muitos e principalmente o seu. Emprestar um livro, remover um potencial perigo em via pública, ouvir um irmão com paciência e silencio indicar alguém para uma oportunidade profissional, conter a irritação, doar seu tempo para a caridade e cidadania. Eis alguns exemplos de como podemos transforma a teoria em prática.

A má vontade é um dos piores flagelos da huma-nidade. Com frequência, por descuido de nossa parte, adotamos um sentimento de inoperância

e preguiça diante das coisas, às vezes, parece que somos compelidos a fazer tudo pela metade. Tudo mais ou menos.

Vivemos num mundo atribulado e materialista, onde somos compelidos todos os dias ao egoísmo, a pensar em nós mesmos, frequentemente, nos es-quecemos de que todos somos habitantes da terra, que nossa evolução além de individual, também é coletiva.

Precisamos deixar para sempre a antiga lei do dente por dente e olho por olho, que impera ainda hoje em nossa sociedade para nos aproximarmos das máximas de nosso pai celestial, nosso modelo e guia:

“Se alguém te pedir a capa, dê também a túnica, se alguém te pedir para dar mil passos, vai com ele mais dois mil” e também, “O filho do homem não veio para ser servido, mas para servir”.

Tenhamos a certeza: “Será o conjunto das boas vontades dos homens, venham elas de onde vie-rem, de qualquer credo ou raça, as alavancas para que a humanidade, num futuro próximo, caminhe em um mundo melhor, mais belo e mais justo para se viver”.

Quito Formiga

O caminho para um Mundo Melhor

Cursos:Magia Divina: Fogo, Pedras, Ervas formando turmasMagia Divina do fogo: início 26/04 ás 20 hsTeologia de Umbanda Sagrada ás Quartas 20 hsDoutrina de Umbanda básico ás segundas 20 hs

Templo Escola

LUZ ESMERALDA

Rua Senador Roberto Simonsem, 641, Centro, São Caetano do Sul SP Fone: 011- 7372-8383

Giras de atendimentos Sextas feiras ás 20 hs Trabalho de desenvolvimento mediúnico: segundas 20 hs

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Amor ao próximo

T.U. Ogum Megêe Caboclo MeiaLua Fazendo a Diferença

A casa de caridade em destaque realiza uma importante atividade social através da entrega de marmitas aos mo-radores de Rua do Bairro do Carandiru.

Seus médiuns e colaboradores saem às ruas todas as segundas quintas-feiras de cada mês desenvolvendo este belo trabalho. Desempenham esta relevante tarefa como forma de dar uma significativa contribuição para minimizar a fome de muitos daqueles que não têm se-quer um teto para morar ou ainda não possuem sequer o que comer.

Trata-se de trabalho 100% voluntário.

Pai Paulo d´Oxum dirigente espiritual do T.U. OgumMegê e Caboclo Meia Lua ressalta a todos que para este evento ocorrer com assiduidade, a digna entidade conta somente com apoio e nobre atuação dos filhos da casa, pois cada um destes traz um pouco de alimento para compor as marmitas que são frequentemente distribuí-

das aos carentes moradores de rua.

Frisa o prezado e atuante dirigente espiritual que são um grupo de pessoas realmente batalhadoras, todavia, não dispõem de grandes posses para dar um maior su-porte ao trabalho desenvolvido, e atualmente estão ten-do dificuldades para manter este louvável projeto social.

Portanto, os membros do atuante Templo se valem, com muita fé, deste iluminado canal para convidar a todos que se interessarem a fazer deste digno trabalho. Eles convidam a todos a fazer parte seja atuando diretamen-te ou colaborando com a doação de alimentos. Vamos somar forças em prol do próximo!

O T.U. Ogum Megê e Caboclo Meia Lua está situado na Rua Imbiras, 793 - Vila Nova Mazzei, São Paulo.

Contatos pelo e-mail:[email protected]

página 16

Pai AguirreDecanos

O jornal Aldeia de Caboclos reverencia o nosso atuante, exemplar e ícone da umbanda, Pai Milton Aguirre

Frases em homenagem ao grande e querido Pai Aguirre • Mãe Cidinha – Primado do Brasil“Um grande homem, um grande líder, um grande pai para seus filhos e amigos”.

• Ogan Severino Sena - Núcleo de Curimba Tambor de Orixá “Pai aguirre, a força da nossa umbanda!”

• Ogan Juvenal – União de Tendas de Umbanda e Candomblé do Brasil“A história viva da nossa umbanda!”

• Pai Ronaldo Linares – FUGABC“Uma pessoa sensível, um grande amigo, uma das melhores pessoas que já conheci, uma pessoa alta-mente confiável, é a estrela que brilha e que se de-staca na nossa religião.”

• Pai Varela - Fero“Entre os guerreiros da nossa religião, escolha um, o nosso querido pai aguirre uma pessoa ímpar que dispensa comentários”

• Pai Engels de Xangô - Aldeia de Caboclos“Bons exemplos são para ser seguidos, Pai Aguirre obrigado pelo vosso carinho e pela vossa amizade.”

• Mãe Juveni Xenoktistakis - Templo Amor e Cari-dade Caboclo Pena Verde“O senhor é muito importante para mim e para to-dos, principalmente pela experiência que tem na nossa lei de umbanda.”

• Panagiotis m. Xenoktistakis - Esposo da Mãe Juveni“Um tríplice e fraternal abraço para um homem que nasceu para servir ao próximo e dar de si an-tes pensar em si.”

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Eventos

Agradecemos a visita, a alegria e vibração dos nossos irmãos de fé que prestigiaram nossa festa para come-morar os 40 anos do nosso Terreiro.

Agradecemos a cada filho da casa que faz da nossa religião um orgulho que merece ser divulgado pelo mundo afora, distribuindo amor, caridade e fé em Deus. A festa é dedicada ao Povo Cigano já que a pri-meira entidade que veio até nós foi a nossa querida Padilha, numa hora que precisávamos de socorro e mudou a nossa história a partir daquele momento.Recebemos a visita do Primado do Brasil, da Ten-da de Umbanda do Caboclo Girador, do Terreiro de Umbanda do Caboclo Ybiruna, da Tenda de Umban-da Lírio de Aruanda e alegria e vibrações da Escola de Curimba Aldeia de Caboclos. Também fomos homenageados pelo Vereador Quito Formiga com uma placa comemorativa que nos en-cheu de orgulho. Obrigado a todos os presentes e obrigado aos nossos Guias e Mentores de Além que nos iluminam para continuarmos sempre trabalhando com amor e fé.

Daniel Bertti

Comemoração dos 40 anos do Centro Espírita Caboclo Sete Flechas

Escola de Curimba Umbanda e EcologiaFormando os melhores mestres de curimba desde 1989

Congo Angola Ijexá Nagô Barra-VentoVenha aprender mais de 1000 pontos para voce tocar

e cantar no seu terreiro para louvar seus orixás.

Rua Domiciano Ribeiro 442 - Bairro do Limão - V. Espanhola 6457-5473 7243-2406

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Emoção e orgulho do início ao fim... foi assim que o Grupo Umbandista Yonuaruê e sua dirigente espi-ritual Mãe Marcia Pinho de Yemanjá comemoraram no dia 21 de abril, 20 anos de atividades abertas ao público e as irmãs Cristina Cruz, Crislene Cruz e Cris-tiane Cruz, co-fundadoras do Grupo, festejaram seus 25 anos de dedicação e amor à Orixás, Guias e Men-tores deste templo de Umbanda. “Sou imensamente feliz em ser Umbandista, dirigen-te do Grupo Umbandista Cristão Yonuaruê e honra-da em ser presidente da Federação Ycarai”, comen-tou Mãe Marcia Pinho, nitidamente comovida com as inúmeras demonstrações de afeto, carinho e fide-lidade. O Grupo Umbandista Cristão Yonuaruê iniciou-se informalmente em 1987, em forma de reuniões pro-movidas por Mãe Marcia Pinho em sua casa e poste-riormente em seu consultório psicológico. O número de simpatizantes foi crescendo e o local foi ficando pequeno. Assim, as giras começaram a ser realizadas mensalmente no Santuário Nacional da Umbanda (Sto. André-SP). Com o crescimento do grupo, o sau-doso decano da Umbanda Pai Mario Paulo, cedeu seu terreiro para o Grupo e as reuniões passaram a ser realizadas, semanalmente até surgir a casa da sede atual. O Grupo Yonuaruê foi legalizado em 08/12/92. A Casa foi se fortalecendo com muito trabalho, dedi-cação, organização, união e amor, adquirindo respei-to e importância no meio civil e religioso. Cabe também ressaltar o papel fundamental de Mãe Marcia Pinho de Yemanjá, à frente do Grupo e da Fe-deração Ycarai, que com seus ensinamentos e orien-tações, procura incentivar em todos o encontro da paz espiritual, através da mudança positiva e cons-trutiva de atitudes.

As comemorações do 20º aniversário do Grupo Yo-nuaruê contaram com a presença de vários dirigen-tes espirituais de diversas vertentes das religiões de matriz africana e seus adeptos, entre eles Pai Leonar-do de Toy D’Oçu (Tambor de Mina), Alessandra Go-mez (Dirigente do Centro Espírita Menina Rosinha), dentre outros. Outrossim, todos os adeptos do Grupo Yonuaruê, bem como os templos filiados à Federação Ycaraí que completaram mais de 10 anos de filiação, foram lembrados nesta ocasião e foram agraciados com um Diploma de Reconhecimento. O roteiro do cerimonial iniciou-se às 14hs, com a saudação a Exu e às linhas de Umbanda. O ápice des-ta louvação foi a saudação à Ogum, aonde Orixás e Caboclos nos presentearam com sua manifestação e seu axé. Após, iniciou-se a procissão pelas ruas próximas à Casa, aonde as imagens de São Jorge, São Benedito, Nossa Senhora da Conceição, Cosme Damião e Doum e Nossa Senhora Aparecida, carregadas em andores, abençoaram toda a comunidade da região. Duran-te a procissão, foi rezado um terço em intenção aos nossos irmãos mais necessitados de amparo e apoio espiritual. Toda a comunidade, respeitosamente, saudou a passagem do cortejo e emocionou-se com a entoação de cantigas e pontos de Umbanda. Ao final da procissão, a preta-velha Vovó Benedita comandou os trabalhos na linha de Preto-Velho, com sua maravilhosa corrente que traz entidades cuja hu-mildade e sabedoria são marca registrada e que co-moveram à todos os presentes. Ao final, a linha de Cosme e Damião também mar-cou sua presença, trazendo alegria e descontração,

através da presença de várias crianças, dentre elas Zequinha, a criança que assiste Mãe Marcia Pinho. Serviu-se à todos a tradicional feijoada, bem como o famoso bolo de fubá cremoso da Vovó Benedita. São comemorações como esta que nos dão orgulho de seguir e confiar nesta maravilhosa religião. Pesso-as como Mãe Marcia Pinho, Cristina, Crislene e Cris-tiane servem de exemplo dentro da comunidade Um-bandista de São Paulo, pois doam diariamente parte de suas vidas, à dignficante missão de transmitir e fortalecer a doutrina cristã dentro da Umbanda e en-sinar como podermos ser pessoas melhores através da espiritualidade. Ana Lucia de Obaluaye é filha--de- santo e faz parte do Grupo de Comunicação do Grupo Umbandista Crsitão Yonuaruê. Ana Lucia de Obaluaye

20 Anos de Júbilo e Muito

Trabalho!

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Em 15 de Abril deste ano aconteceu O 15º Encon-tro Umbandista de Dirigentes Espirituais na Ten-da de Umbanda Cacique Pena Vermelha e Ogum Iara, localizada na Rua Estado de Sergipe, 355 – Jd. Imperador / SP.

Este evento tem como objetivo compartilhar conhe-cimento e novas idéias, além de reforçar os laços de amizade sempre visando o crescimento de nossa tão querida fé Umbandista.

Todos os anos o encontro é marcado por interessan-tes palestras referente à Umbanda, temas de utilida-de pública e apresentações de grandes curimbas e cantores de nossa fé. Contudo, o caráter social não fica banido, já que o Projeto Filhos do Cacique arre-cada todos os anos Sustagem e leite em pó em prol da Rede Feminina de Combate ao Câncer, localizada em São Caetano do Sul / SP.

O encontro deste ano foi agraciado por grandes pa-lestrantes e escolas de curimbas, também contamos com a presença de vários Sacerdotes Umbandistas acompanhados pelos filhos de sua casa.

O tema foi variado. A mesa de palestras foi aberta pela querida Mãe Maria Nazareth Dória esclarecen-do a todos quanto ao devido uso das Ervas.

Na ocasião também fomos beneficiados pela palestra de Mãe Rita de Cássia, Sacerdotisa da casa anfitriã e Mãe Maria Aparecida – Presidente do Primado do Brasil, abordando o tema “Sacrificios de Animais”.

15º Encontro Umbandista de Dirigentes Espirituais

Contamos também com os ensinamentos de Pai Car-linhos de Oxum compartilhando conhecimento sobre Assentamentos e Fundamentos de Terreiro.

Todos os presentes foram agraciados com a presença do Vereador Quito Formiga e com informações sobre a Se-mana da Umbanda, provindas de Pai Engels de Xangô, Presidente da Escola de Curimba Aldeia de Caboclos.

Este evento foi transmitido pelo blog http://filhosdo-cacique.wordpress.com e contabilizamos aproximada-mente 42 pessoas acompanhando a transmissão on line do Seminário.

O evento contou com apresentações da cantora de Umbanda Conceição da Jurema e da ECAU Nilton Fernandes de Aruanda, além da participação espe-cial da Escola de Curimba Aldeia de Caboclo e Grupo Emoriô.

A Umbanda merece ser celebrada cada vez mais com a comunhão dos filhos de fé em grandes eventos como este. Afinal, todos os Filhos de Umbanda lutam por um interesse comum que é a elevação, crescimento e forta-lecimento de nossa Religião.

Agradecemos ao Cacique Pena Vermelha por abrir suas portas a todos os filhos de nossa fé e parabenizamos a Babá Sebastiana Souza, a Mãe Rita de Cássia e o Presidente da casa Isidoro de Souza pela iniciativa.

Salve a Umbanda!Equipe Filhos do Cacique

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Ocorreu no dia 01 de abril de 2012, no Clube Escola Mooca, na Rua Taquari, 635, Mooca, a tradicional Ho-menagem ao Orixá Oxossi e ao Caboclo Arranca Toco.

A empolgante celebração foi realizada com louvor pelo Primado do Brasil sob a direção de Mãe Cidinha.

44ª Homenagem ao Orixá Oxossi e ao Caboclo Arranca Toco

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Ocorreu no dia 01 de abril de 2012 mais uma vi-brante e marcante Homenagem ao Exu Tata Ca-veira. Esta grande festividade foi promovida, como de tradição, por Pai Varela e se realizou no Templo Espírita de Umbanda Mestre Tupinambá.

Estiveram presentes grandes lideranças dos cultos afro-brasileiros, e como sempre este grande evento foi destaque no cenário Umbandista.

Homenagem ao Exu Tata Caveira

O Templo de Umbanda Caboclo Flexa Dourada e Pai Sebastião situado na Avenida Vila Ema, nº 3248, tendo como dirigente espiritual Pai Silvio Humberto Sandi, realizou no último dia 21 de abril sua homenagem à Sr Ogum.

Além dos tradicionais pontos em sua homena-gem, nosso querido Orixá foi celebrado com uma saborosa feijoada reunindo seus médiuns e consulentes.

As homenagens são uma tradição desde a fun-dação do Templo em 2006.

Agradecemos a todos pela ajuda e carinho pelo nosso grande Orixá Ogum.

Convidamos a todos para a homenagem aos sá-bios Pretos Velhos que será realizada no dia 05 de maio de 2012 às 15h:00 em nosso Templo. Será um prazer recebê-los.

Muito axé!Saravá Ogum!

Silvio Humberto Sandi

Homenagem a Ogun pelo Templo de Umbanda Caboclo Flexa Dourada e Pai Sebastião

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A belíssima festividade ocorreu no dia 21 de abril de 2012 às 14h:00 na Quadra da Escola de Samba “Mocidade Independente da Zona Leste”, situada na Rua Jasmim de Porcelana, nº 62, ITAQUERA. O grande evento teve seu ponto alto quando MÃE JACIRA DE IANSÃ, dirigente espiritual do Templo de Umbanda Cabocla de Iansã, foi homenageada pela Câmara Municipal de São Paulo através do vereador QUITO FORMIGA pelos seus 43 anos de trabalho, dedicação e amor a Umbanda. Na ocasião foi ressaltado que Mãe Jacira manteve com louvor durante todos estes anos a missão de hastear, com a paz e com o amor, a BANDEIRA DE OXALÁ.

A Escola de Curimba Aldeia de Caboclos coman-dada por Pai Engels de Xangô e acompanhada por todos os irmãos presentes, louvou com a vibração e energia contagiante de sempre a entrada da ima-gem de Ogum na distinta festividade.

Parabéns a Mãe Jacira pela justa homenagem recebida e parabens para o Pai Paulo Roberto Zangrande Presidente da Foucesp e toda sua diretoria!

1ª Festa em Louvor ao Senhor Ogum (de Itaquera) pelo Templo de Umbanda Cabocla de Iansã

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T.U OGUM MEGÊ CABOCLO FLEXEIRO E

BAIANO ZÉ DO COQUINHO

Sessões às sextas-feiras,a partir das 20:00 horas.Orientação espiritual do

BabalorixáLuciano ty Ogun.

Rua Professor Alberto Levy, n° 6 - Bairro Vila LeonorTel.: (11) 2218.2790

TERREIRO DE UMBANDA PAI OXOSSI CABOCLO

SETE FLECHAS E MESTRE ZÉ PILINTRA

“TRABALHAMOS PRECISO, PRA QUEM REALMENTE PRECISA...”

�MÃE VALÉRIA SIQUEIRA E PAI JOSÉ LUIZ

RUA DOS COQUEIROS,464�JD. DOS PINHEIROS – ATIBAIA S.P. �TEL.: (011)9744-1136 OU (011)63757587

1ª Homenagem aos Caboclos Brasileiros em Carapicuíba

O vibrante evento ocorreu no dia 29 de abril de 2012 às 13h:00 no Parque Ecológico dos Paturis em Carapi-cuíba-SP, tendo como seu responsável o Ogan Franklin D’Ogum da Federação Umbandista Carapicuibana.

O destacável evento contou com a sempre empolgante presença da Escola de Curimba Aldeia de Caboclos sob a direção de Pai Engels de Xangô, e teve como atração especial o Templo Caboclo Juremeiro sob o comando de Mãe Verônica realizando uma contagiante e lindíssima apresentação de dança de caboclos, atração esta que arrancou fortes aplausos e cobriu de forte emoção o público presente.

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55ª Festa em Homenagem a São Jorge Orixá Ogum

A tradicionalíssima Festividade foi exemplarmen-te organizada pela União de Tendas de Umbanda e Candomblé do Brasil, e ocorreu no dia 29 de abril de 2012 no Vale dos Orixás situado na Estrada da Cachoeira do França s/n Saída Km 332 Sul Rodo-via Régis Bittencourt - Juquitiba – SP.

Tenda de Umbanda Caminhos de AruandaAldeia do Caboclo Tupinambá

Todos estão convidados a participaremdas nossas atividades.

Sejam bem vindos a Aldeia do Sr. Tupinambá.Pai Cristiano D´Oxosse

Rua Morro do Espia, n 218 - Altos - Jardim ImperadorSão Paulo - SP - Tel: (11) 9947-5097

Avenida Vila Ema, 3248- Vila EmaSão Paulo/SP

Tel 2604 5524 / [email protected]

11- 2765-6908

informativofenug.blogpost.com

Quintas-feiras:

AMOR

ORDEM

PAZ UNIÃOUMBANDACANDOMBLÉ

A FOUCESP – Federação Ordem de Umbanda e Candomblé do Estado de São Paulo é uma entidade

religiosa, gerenciadora e protetora dos direitos e deveres da comunidades de Umbanda e Candomblé

federacaofoucesp.blogspot.comAvenida imperador 4790,pq guarani

Tel.: 11 4102-1687/ 4102-22168558-3557