jornal a parada n.1

8
Pensa aí! O cefetiano Alisson H. Teixeira disserta sobre Universidades públicas e a realidade nacional (p. 3) Toca Raul! Mariana e Douglas Two explicam: Qual a diferença entre Punk Rock e Hard Core? (p. 5) Memórias cefetianas Carlos Marques introduz sua coluna e relembra os tempos em que estudava no CEFET. (p. 5 e 6) Crônicas de Açougue Matheus Cabral - O Açougueiro - prevê uma inusitada revolução na primeira parte de A Invasão Boliviana. (p. 7) Deu pau! Internet, informática, jogos e todo o tipo de lixo que você recebe por e-mail. Tudo isso sob a visão distorcida e hilária de Anderson Nunes - O Ganso. (p. 4) A Menina Amarela Nesta edição, Priscila, a menina amarela, fala sobre espinhas, alimentação e seus pais - pouco convencionais. (p. 6) Jogo de Reis Flávio Gonçalves e Igor Ribeiro ensinam, nesta edição, notação para o registro e análise das partidas. (p. 4) Zapeando Vanderley Freitas comenta fatos lamentáveis da atual TV brasileira e critica a manipulação indiscriminada. (p. 6) Sina (capa), brilhante crônica de Lívia Ribeiro. (p. 3) Crie um verso Poesia de Fernanda Cosso ilustrada por Daniel Bilac (p.8) - Marco Anhapoci - Cronista revive os tempos da infância nos anos 90. (p.7) Nº 1 Belo Horizonte, 09/2004 Bilac Repasse essa parada A Parada

Upload: jornal-a-parada

Post on 20-Mar-2016

226 views

Category:

Documents


1 download

DESCRIPTION

Jornal A Parada n.1

TRANSCRIPT

Pensa aí!O cefetiano Alisson H.Teixeira disserta sobreUniversidades públicas e arealidade nacional (p. 3)

Toca Raul!Mariana e Douglas Twoexplicam: Qual a diferençaentre Punk Rock e HardCore? (p. 5)

Memórias cefetianasCarlos Marques introduz suacoluna e relembra os temposem que estudava no CEFET.(p. 5 e 6)

Crônicas de AçougueMatheus Cabral - OAçougueiro - prevê umainusitada revolução naprimeira parte de A InvasãoBoliviana. (p. 7)

Deu pau!Internet, informática, jogos etodo o tipo de lixo que vocêrecebe por e-mail. Tudo issosob a visão distorcida e hiláriade Anderson Nunes - OGanso. (p. 4)

A Menina AmarelaNesta edição, Priscila, amenina amarela, fala sobreespinhas, alimentação e seuspais - pouco convencionais.(p. 6)

Jogo de ReisFlávio Gonçalves e IgorRibeiro ensinam, nestaedição, notação para oregistro e análise daspartidas. (p. 4)

ZapeandoVanderley Freitas comentafatos lamentáveis da atual TVbrasileira e critica amanipulação indiscriminada.(p. 6)

Sina(capa), brilhante crônica deLívia Ribeiro. (p. 3)

Crie um versoPoesia de Fernanda Cossoilustrada por Daniel Bilac(p.8)

- Marco Anhapoci -Cronista revive os tempos dainfância nos anos 90. (p.7)

Nº 1Belo Horizonte, 09/2004

Bilac

Repasse essaparada

A Parada

Olá, leitor.

Faz-se necessário um breveesclarecimento sobre o singular títulodesta singela publicação. Para isso,começo por aquele que nos inspirou aassim batizar o nosso trabalho, Gustavo(figura acima) - loiro, alto, violão, sorrisoaberto: esse Gustavo, mesmo. Ao serquestionado sobre pormenores quetocam a organização de um periódico,esclareceu da forma que só o própriofaria: “Traz as paradas para cá, que agente bota nA Parada ali. Quando tivermuitA Parada, a gente junta as paradase publica A Parada aí.”. Na falta de umnome de peso, surge Lívia e sugere oóbvio: “A Parada” - (óbvio, após a citadacontribuição hilária). Talvez ainda alevemos a sério demais...

De qualquer forma, isso atende epreenche questões nascidas no início doplanejamento: ‘Isso é um jornal?’, ‘Isso éuma revista?’. Agora ‘isso’ é A Parada epronto. Pega A Parada aí, lê A Parada evê se gosta.

Até o próximo número,Bilac.

NOTA DA REDAÇÃOEQUIPE

Alisson TeixeiraO homem da teoria sócio-

política

Matheus Cabral‘Açougueiro’

Vanderley FreitasUm carinha de óculos

Anderson Nunes‘Ganso’

Marco AnhapociSaudoso cronista

BilacIdealizador, editor e ilustrador

Thiago SilvaTião, ilustrador

Fernanda Co-editora e poetisa

Flávio GonçalvesPoeta e enxadrista

Igor RibeiroEnxadrista convicto

PriscilaA menina amarela

Igor RafaelModesto grande músico

Lívia RibeiroEscritora diabólica

Geison‘Jazão’

Douglas TwoAglomerado capilar

Mariana Machado‘Punkeka’, Punk Pati

Carlos MarquesEscritor secreto

Sílvio RomeroTotoro, Diagramador

AGRADECIMENTOESPECIAL:

Jacqueline de Cássia, GustavoAmaral, Irene Bertachini, ProfªValdi Cecília, Amauri de PaulaBilac

Nada mais o emocionava. E ele nãose emocionou quando constatou isso. Tentou re-mediar, mudar a situação, mas nada funciona-va... Nem o batidão de vodka com água da tor-neira que tanto o encantava na adolescência,nem um gol aos 47 do segundo tempo, nem umabela garota, nem um bom combate... Simples-mente parecia que nada mais faria a diferença,nada mas importava. Só essa sensação de quenada mais o emocionaria é que incomodava.

Então veio o desespero. Pensou em as-saltar um banco, pensou que isso pudesse fa-zer a diferença. Tentou se lembrar de como erater adrenalina correndo nas veias e tentou seconvencer de que se isso acontecesse, ele seemocionaria. Mas, o que ele faria com todo odinheiro? Hum... dinheiro é papel, então... en-tão... então depois ele cortaria tudo com a te-soura. E como assaltaria o banco? Continuavaa questionar-se... COM UMA PEDRA!!! Isso aí,é o velho jogo: pedra, papel e tesoura.

Ele já conseguia ver as manchetes, já con-seguia escutar os boatos que antes diziam queguardar no banco era guardar a sete chaves, nosétimo céu, e agora diriam que lamentam infor-mar, mas o banco foi roubado.

E veio a execução. A pedra. O vidro dobanco. Os estilhaços. A gritaria. E os passoscalmos dele até o cofre. ( O que aconteceu coma adrenalina? Não era para ela estar aqui ago-ra?) E veio o cofre. E a descoberta de que pe-

dras perdem para papel e para metais. E a se-gurança. (E agora?) E a polícia e a prisão. E aemoção passou ao lado, como se nem existis-se.

E veio o julgamento. E a contratação deum bom advogado, afinal todos sabem que aqualidade do advogado é diretamente proporci-onal ao grau de culpa do réu. E mesmo enquan-to estava sendo julgado, tendo sua liberdade emjogo, enquanto ele quase falia toda a banca, nãobancando o inocente, ele continuou lá, impassí-vel. Nada disso o emocionou.

Ele foi inocentado. Agora, além de não seemocionar mais, ele também não confiava maisna justiça (algum dia tinha confiado?). E écomplicado dizer isso, pois, para falar a verda-de, ele não acreditava em nada.

Foi para casa e subiu para o telhado. Fi-cou lá sentado olhando o pôr-do-sol a uns qua-tro metros do chão sem emoção o suficiente parase suicidar e sem acreditar em vida depois damorte. Sentado lá, olhando para o horizonte, fi-cou pensando até já ser noite alta, até a LuaCheia já estar distante do horizonte. E pensan-do, ele decidiu conhecer todas as pessoas domundo. Com isso, ele, sinceramente , esperavaque voltasse a ter emoções. Desceu do telhado,pegou o casaco e uma bolsa que ele encheu decomida e foi andando e andando e andandoainda durante a noite, sem encontrar ninguémpelo caminho. Já era alta madrugada quando ascoisas começaram a mudar. O tênis o incomo-dou e ele os retirou e colocou, bonitinhos, den-tro da bolsa esperando dar para o primeiro ne-cessitado que encontrasse. Enquanto caminha-va, cabisbaixo e sem tênis, ele observou quenasciam flores do asfalto e colheu todas que viu,planejando dar para a primeira mulher que en-contrasse. E quando o dia já estava amanhe-cendo, ele encontrou uma mangueira e de láretirou muitas mangas, tal como fazia na infân-cia, e quis dar para a primeira criança que en-contrasse.

E foi então que ele viu. Havia uma pessoado outro lado da rua, no ponto de ônibus. Elenão sabia dizer ao certo se era homem ou mu-lher, mas, pela estatura poderia até ser uma cri-ança. E para ele também não importava quemera, ele via, na pessoa, a grande chance de sal-vação. Andou até ela com as mãos cheias demuitas flores que havia colhido do asfalto, a mo-chila lotada de mangas roubadas de um quintaldesconhecido e os pés ainda descalços. Antesde chegar ao outro lado, seu corpo chocou-seviolentamente com um caminhão ( ou foi um ca-minhão que se chocou violentamente com seucorpo?) e ele pousou a alguns metros de distân-cia, as flores se espalharam pelo asfalto comose, por alguns segundos, chovesse, e as man-

Sina

A PARADA - número1 - página 03

gas e o tênis se perderam em um matagal próxi-mo. Ele não demorou muito a morrer, mas, an-tes disso, uma coisa realmente aconteceu: ELENÃO SE EMOCIONOU.

UNIVERSIDADES PÚBLICAS EA REALIDADE NACIONAL

Alisson H. Teixeira

Do período militar até os dias atuais,tivemos universidades pouco voltadas para asnecessidades e vocações nacionais. Seja doponto de vista social, estratégico ou mesmoambiental, os governos passados não fizeramdas universidades uma ferramenta dedesenvolvimento ativa.

As últimas décadas foram marcadas poruniversidades funcionais, de resultados eobjetivos imediatos que, em pouco, ou nada,alteravam a realidade nacional. Nos últimosanos, experimentamos um ensino superiorextremamente mercadológico e, portanto,limitado aos interesses comerciais e, em alguns

PENSA AÍ!

Lívia Ribeiro

Bilac

Tião

Putz! Essa foi uma fonte de inspiraçãopara o nome da coluna. Mas, apesar dosinconvenientes bugs, o ICQ é um poderoso meiode “comunicação na net” (leia-se “spam”).

“Oi!”, “coleh!”, “Fala fi” e “baum doidin?”são exemplos de boas mensagens, mas,pelamordedeus!, vamos combinar de parar demandar aqueles textos pedindo 1 centavo para

A PARADA - número1 - página 04

casos, lamentavelmente, subordinado ao setorprivado.

O Brasil precisa de uma universidadepública interdisciplinar, que tenha vocação paraajudar a combater as desigualdades e injustiças,mas de um jeito diferente do estado, comprogramas e estudos que efetivamente mudemos rumos da sociedade, com uma visão alémdas prerrogativas comuns da mídia e da políticapartidária.

As atividades de ensino e pesquisa dasuniversidades devem ser direcionadas para aelaboração de modelos de crescimentosustentáveis, que explorem os recursosambientais de forma responsável e planejada,não deixando que os interesses de grupospolíticos e econômicos deixem suas marcas deagressão no futuro deste país.

Basta pensarmos nas riquezas minerais,biodiversidade e abundância de luz solar paravermos que há muito trabalho e possibilidadesnessa combinação de políticas e perspectivaspúblicas que contem com a colaboração dovalioso recurso humano das universidades.

A comunidade científica, os intelectuais eos estudantes nacionais precisam direcionar oensino para um futuro difícil no Brasil e nomundo. A postura acomodada dessessegmentos pode significar incapacidade desuperar obstáculos futuros com o crescimentopopulacional, do número de excluídos eescassez de recursos. O preparo é fundamentalpara que essas dificuldades não se transformemem perigosas desestabilizações políticas.

Essa é a hora de passarmos, junto aogoverno federal, a mensagem: educação para atransformação de nossa realidade a fim deretribuirmos o financiamento da universidadepública pelas classes que menos usufruem damesma. O governo deve fazer das universidadesferramentas para um projeto de desenvolvimentosustentável, progressista e igualitário reduzindoa influência privada nasiniciativas de pesquisa por objetivarem apenaso lucro.

Caro leitor,É com muita alegria que nós, Flávio

Gonçalves e Igor Ribeiro, iniciamos a nossacoluna de xadrez em A Parada. A partir dessaedição, traremos para vocês diversasinformações acerca desse magnífico jogo deraciocínio e lógica. Tentaremos ser bemobjetivos, sem, contudo, deixar que nossasmatérias percam o sabor e o interesse. Por fim,pretendemos, com esta coluna, entreter, informare auxiliar aqueles que já praticam o jogo emnossa escola e, talvez, despertar naqueles quenão jogam, o gosto pelo xadrez. Como primeiramatéria, faremos uma “introdução” ao jogo,tratando de alguns aspectos básicos, a começarpela notação.

A notação, em xadrez, decorreu dasimples divisão do tabuleiro em linhas e colunas.A partir de então, tornou-se possível registrarpartidas de mestres, tal como suas análises, coma conseqüente evolução do jogo, que passariaa herdar experiências passadas. Um bomexemplo de como isso foi importante, está nofato de que, só através da notação, pôde-sedesenvolver recentemente programas decomputadores capazes de desafiar o raciocíniodo homem no “jogo dos reis”.

A cada lance, corresponde uma notação,assim definida:- Primeiro deve ser colocada a letra inicial dapeça a ser movida, em maiúsculo. No caso depeões, a letra deve ser omitida.- Depois, coloca-se a casa de destino da peça,orientada em uma linha e coluna específicas.

Deu Pau!Icq – FOOOOOOM!!!

Jogo de Reis

Flávio Gonçalves & Igor Ribeiro

a menina africana com câncer! E, não! Eu nãoacredito que a praga das mil vacas mancas vácair sobre mim, acarretando impotência eterna,caso eu não repasse a mensagem para mais1024 pessoas!

Lembro-me vagamente da época doICQ98. A Internet (por dial-up, e só) era muitomenos popular e alguns vacilões até pediamajuda para instalar: “Duh... Que que é esse trecode IP aqui?”. Pelo menos, o programa era muitomais leve e travava menos, embora já usasseos clássicos e enjoados barulhinhos “Ô-ou!” eaquele apito de trem enquanto carrega oprograma. Meu Deus, para quê aquilo? Meu UINé desses tempos, tem 8 dígitos apenas: 42-395-436.

A história do ICQ (do inglês: “I Seek You”)é de tirar lágrimas de qualquer coraçãoendurecido. Divulgado em 1996 pela empresaisraelense Mirabilis, constituída por três jovens,e que foi comparada pela monopolizadora AOL,a nova solução para comunicação P2P na netbateu vários recordes ainda em 1997, como ode 850 000 registros.

Sintam-se à vontade para me enviarmensagens, irei me sentir do mesmo modo paraignorá-los :p.

Anderson Nunes Alves PeixotoGANSOCríticas, sugestões ou qualquer coisa:[email protected]

Sites relacionados à matéria:www.icq.comcompany.icq.com/info/icqstory.html

Bilac

Obs:*A captura de peças deve ser representadapor um ‘x’.*Se duas peças iguais puderem se moverpara a casa desejada, a casa de origem deveser especificada.Como exemplo, traremos a notação de umapartida simples, jogada por um de nossosautores. Serão definidas também algumasidéias norteadoras do jogo.

Leituras essenciais - Parte 1

Um dia desses eu me peguei recordando sobremeu primeiro dia no CEFET. Lembro-merazoavelmente bem da aula inaugural noAuditório, das palavras do então diretor CarlosAlexandrino sobre o filho dele que queria muitofazer CEFET, mas não passou, lembro quealguém ligado ao Grêmio tocou aquela música

A PARADA - número1 - página 05

sobre saber e fazer a hora, não esperaracontecer, lembro muito bem da turba deveteranos esperando do outro lado da porta devidro, ansiosa e sedenta por dar trotes nosacanhados calouros. Eu me lembro de umcalouro que bateu a cabeça na porta de vidro,mas não sei dizer se foi dessa vez ou em outraocasião no Auditório. Dada a natureza intrínsecados calouros, eu acho que mais de um bateu acabeça na porta de vidro, pode ter acontecidonaquele dia. Mas, havia no auditório um ex-aluno, não melembro do nome ou da fisionomia do sujeito, quefez um breve discurso sobre como foi agradávele produtiva a vida dele no CEFET, como forambons os amigos que ele fez, as meninas, ascoisas que estudou e os livros que leu. Ele disseque sempre se lembrava dos livros que leuquando voltava ao CEFET. Eu não duvido dele, os livros que você lê nessaidade acabam marcando-o muito. Agora que eusou também um ex-aluno, devo admitir que,entre outras mil coisas, entre pessoas das quaiseu vou me lembrar para sempre e outras comas quais eu não quero nunca perder contato, nofinal das contas, eu acabo me lembrando maisdos livros que li. Como disse Jorge Luis Borges,o escritor argentino, “eu tenho muito orgulho doslivros que li.” É muito bacana ver esse monte de gente queadquiriu o hábito de leitura, tão pregado pelosprofessores, mas quando a grande maioria daspessoas que eu vejo por aí com um calhamaçodebaixo do braço, só lê o que é moda, HarryPotter e Tolkien, não dá para não ficar levementedesapontado. Isso porque a alta literatura temassuntos tão divertidos quanto esses autores,mas muito mais profundos e abrangentes.Alguns autores não parecem inventar históriasou cenas, parecem inventar o que é o serhumano. O objetivo desse texto é então apontardez leituras essenciais que vão além dos livrosque estão entre os mais vendidos, leituras quefazem a cabeça de um adolescente incendiar-se com todas as possibilidades da vida, comtodas faces do ser humano. Dos livros que escolhi a grande maioria eu lienquanto estava no CEFET, e sempre me lembrodeles quando visito a escola. Na minha mentequase posso ver Raskolnikov de Crime e Castigoandando pelos corredores com um olhar perdidoe paranóico; Stephen Dedalus, de Retrato doArtista Quando Jovem, dividindo um cigarro comHolden Caulfield de Apanhador No Campo deCenteio no hall, o MajorPolicarpo Quaresma, de Triste Fim de PolicarpoQuaresma, trabalhando em algum escritório daadministração e os problemas de todos alunosem crise existencial sanados pelo emplasto Brás

Carlos Marques

Memórias Cefetianas

1. e4, e5; estabelecendo o domínio docentro, indispensável por permitir a mobilidadedas peças 2. Cf3, Cc6; as brancas desenvolvemuma peça e ameaçam o centro inimigo, que ébem defendido por Cc6 3. Bc4, Bc5; colocandoos bispos com seu campo de ação direcionadospara os reis inimigos; traz o intuito de pressionare criar instabilidade no jogo adversário 4. c3, Cf6;as brancas, com c3, ameaçam irromper, nocentro, com o peão da dama (d), no próximolance 5. d4, exd4; 6. cxd4, Bb4+; ‘+’, indica xeque7. Cc3, 0-0; as pretas declinam de capturar opeão de e, possível, pois o cavalo branco em c3está impossibilitado de mover-se devido ao bispopreto em b4 – diz-se que o cavalo está “cravado”.Com 0-0 (roque), optam por proteger o rei. 8.e5, Ce4; 9. 0-0, Cxc3; se 9...Bxc3; 10. bxc3,Cxc3; 11. Dc2 e o cavalo está perdido. 10. bxc3,Bxc3; 11. Cg5! ‘!’, indica bom lance.

DesafioFica como desafio a interpretação do lance

11. Cg5!, das brancas. Na próxima edição,mostraremos como a partida foi decidida, apósas pretas terem aceitado o sacrifício da torre ema1, com 11... Bxa1. Qualquer sugestão, dúvidasobre a coluna ou sobre o jogo, ou assunto quequeira ver discutido numa próxima edição, tratardiretamente com Flávio Gonçalves ou IgorRibeiro.

Toca Raul!

Hard core. | hAd’kó | (lê-se had’có). S.(Ing.) balastro; (fig.) alma; núcleo irredutível deresistência/ a. pesado; sem disfarce.

O Hard Core, como estilo musical, surgiuem meados da década de 80, um pouquinhodepois do auge do movimento punk. Daí vem apergunta: qual a diferença (se é que temdiferença) entre Punk Rock e Hard Core?! Temgente que diz que não tem diferença, que nãotem cabimento algum comparar os dois, já queexiste o “punkcore”. Tem gente que fala que ébem relativo, que um é mais rápido que o outro,que é mais politizado, e por aí vai. A melhordefinição, dada pelo Varginha (baterista dabanda “Colega Nestor”), foi: hard core é tipoDead Fish e Punk Rock é tipo Ramones.

Para quem não conhece muito bem, enão entendeu direito, a gente explica. O punkrock foi um movimento musical e social quesurgiu na Inglaterra e nos Estados Unidos emmeados do anos 70. Era um tipo de música queretomava as bases do rock: três acordes apenase melodias bem simples. A diferença era apenas

(Do You Remember?) Rock’n’roll Radio

o volume dos instrumentos e a velocidade.Rolavam também letras politizadas. O ápice dopunk foi atingido no final da década com asbandas (muito fodas) Ramones, nos EUA e SexPistols, na Inglaterra. Apesar de um poucodiferentes nas músicas, principalmente nasletras, essas duas bandas simplesmenterevolucionaram a música e a atitude jovem daépoca.

Com a “primeira queda” do punk, no inícioda década de 80, ele (assim como energia para)se transformou em vários novos estilos: o pós-punk, que traz uma nova cara para a música,mas sem frescura. Mas também trouxe o newwave, que direcionou mais para o pop, voltandoao “glam” do começo dos anos 70. Mas daí,aquele povo que ainda via esperança no punkpensou: o punk não morreu! Vamos fazer algoainda mais barulhento, rápido e politizado. Daívem o hard core californiano com bandastocando duas vezes mais rápido, tipo DeadKennedys. No final da década de 80 e no inícioda década de 90, surgem bandas como: NOFX,Rancid e Bad Religion, fazendo injustiça commais um monte de gente que nem dá para citar.

Há quem arrisque dizer que a diferençabásica seja mesmo a velocidade. Ainda há quemdiga que o que importa mesmo é a atitude. Poisbem, fica a seu critério, meu caro leitor, acatar oque melhor lhe couber (ou não). O que importamesmo é que Hard Core é uma das melhorescoisas dessa vida. O que eu não entendo aindaé a graça de gritar “toca Raul” em todo show doMatriz…

Mariana Machado (ou Punkeka),pati com carinha de emo, fã de NOFX,freqüentadora assídua do matriz, e agoracolunista (quem vê, até pensa…).

Douglas (ou Two),cabeludo orwelliano, fã de positive punk, política,literatura e que adora dançar o bom e velho pogoem tardes ensolaradas de sábado.

A PARADA - número1 - página 06

Estou com babosa espalhada pelo cabeloe uma máscara de argila no rosto. Fitoterapia eGeoterapia, respectivamente. Onde é que nósnos enfiamos para satisfazer a vaidade!? Mas émais por cuidado [que por vaidade]. A terra nosoferece tanto e logo ali, ao alcance de nossasmãos! Falta agradecimento e respeito. Asfacilidades oferecidas são imensas, mas a boavontade para mudar é pequena.

Uma vez pedi aos meus pais, quetrabalham como voluntários em um posto

holístico em Santa Luzia - MG, uma pomada ou,talvez, uma tintura que acabasse com as odiosasespinhas. Amorosamente, virei piadinha: “Ah!Mas o que você quer é uma poção mágica” -pais com senso de humor, quem agüenta?

Estive pensando e devo admitir que issoé a mais pura verdade! Como posso desejar queas espinhas e cravos acabem se eu não memodifico? Os hábitos alimentares continuam osmesmos, a forma de ver a vida também e oshormônios ainda estão naquela fase de loucurae inconstância... Deve haver um meio.

Meu pai já tratou de uma garota no postoholístico que também estava saturada deespinhas. Além da medicação receitada (comoera de se esperar) teve que mudar a alimentaçãoerrônea com que estava acostumada. Osprodutos de origem animal estavam cortados dadieta dela por, pelo menos, 3 meses. Junto coma mudança de alimentação, os medicamentosreceitados ajudaram a expurgar as impurezasdo sangue e amenizaram o dano causado pelaserupções. No final desses três meses, a peledela estava, segundo meu pai, “como umpêssego”.

Interessante, mas muito difícil! Se eu,como vegetariana, sofro bastante naslanchonetes, nos restaurantes e até nasfestinhas de família devido à falta de opção,imagine a dificuldade dessa garota! Toda aalimentação do brasileiro é baseada na carne,no leite e nos ovos.. Ela terá que manter essaalimentação se quiser continuar com essa pele,pois, se voltar à outra forma de alimentação(carnívora, artificial e carente de nutrientes), tudovoltará a seu estado anterior.

O homem modifica intensamente oambiente e também os seus hábitos alimentares.A sua adaptação é defeituosa e, devido a esta,surgem vários problemas de saúde. Usam-seinescrupulosamente produtos químicos paraconservar os alimentos, intensificar o sabor,modificar a cor... Não pensaram nos prejuízoscausados à saúde humana com taismodificações, agora pagam o ‘pato’.

Para melhorar a saúde, é preciso cortarou, ao menos ,diminuir a ingestão de certosalimentos como carne vermelha, em especialcarne de porco, bebidas alcoólicas, temperosfortes, café, chá preto, chá mate, chocolate (aíjá complicou!), sorvetes, refrigerantes à base deguaraná ou cola, artigos de padaria, balas, fumoe frituras.

Noh! Que facada na barriga! É bem difícildeixar de consumir tanta coisa, porémsimplesmente diminuir a quantidade já ajuda oorganismo a permanecer saudável. Para umasaúde perfeita, o sacrifício é válido.

Priscila, a menina amarela

A Menina Amarela

Cubas do livro de Machado de Assis. Aquelesque gostam de ler não vão discordar das minhasdez recomendações. Dez livros que podem torná-lo outra pessoa,livros cuja melhor hora paraler é agora. E o melhor, todos eles se encontramna biblioteca do CEFET. E como eu quero que,com esse texto, pessoas que achem que ler écoisa de gente chata pensem em encostar emalgum livro e desenvolver algum gosto porliteratura eu começarei minha lista com algo bemfácil, leve e agradável. A minha primeirarecomendação é Apanhador no Campo deCenteio de J. D. Sallinger sobre a qual vou falarna próxima edição de A Parada.Nas próximas A Parada eu vou falar de...

* O Apanhador no Campo de Centeio - J.D.Sallinger

* Admirável Mundo Novo - Aldous Huxley

* Caninos Brancos - Jack London

* O Lobo da Estepe - Herman Hesse

* Retrato do Artista Quando Jovem - JamesJoyce

* Hamlet - Willian Shakespeare

* Grandes Esperanças - Charles Dickens

* Crime e Castigo - Fiodor Dostoievski

* Memórias Póstumas de Brás Cubas - Machadode Assis

* Triste Fim de Policarpo Quaresma - LimaBarreto

Já faz um tempo que a TV apresentamais desvantagens do que vantagens. A TV,como todos sabem, implica tendências,comportamentos... mas o enfoque desta colunaé “informar” sobre o que anda ocorrendo, decerta forma, por trás das câmeras, ou até mesmona frente e que, muitas vezes, somos obrigadosa fingir que não vemos.

Pois bem, iniciemos com um assuntoque, ao que parece, já foi esquecido ou melhor“esquecidado”: o caso ‘Tio Gugu e os traficantes-seqüestradores’. Para quem não se lembra ounem estava sabendo, o Gugu colocou no seuprograma dominical, o ‘Domingo Legal’, o queseriam dois supostos integrantes do PCCameaçando o padre Marcelo Rossi, o vice-prefeito de São Paulo Hélio Bicudo e osapresentadores José Luís Datena, MarceloResende e Oscar Roberto de Godoy. Tudo, paravariar, com uma overdose de sensacionalismoque, também para variar, deu um baita IBOPE.Pois bem, depois descobriu-se que tudo era umagrande farsa.

O programa chegou a ficar fora do ar porum período, a notícia era manchete em todo opaís e a IMAGEM de Gugu estava para lá deembaçada. O mais legal é que o programa jávoltou ao ar, mas antes Gugu contratou umaespécie de ‘técnico em imagem’. Resultado:quem ainda tem a coragem de ligar a TV, aosdomingos, tem visto o Gugu indo de encontroao “povão”, abraçando populares na rua,exibição vt’s de pessoas da massa falandocoisas do tipo “nossa o Gugu é muito legal, eleajuda as pessoas, é um homem muito bom...”isso sempreseguido de BEIJOS dados pelo apresentadornessas pessoas!

Se você foi capaz de perceber isso emudou de canal, pode ter dado de cara com umacena recente da TV brasileira, uma espécie de‘estação de tratamento’ na TV bandeirantes, noprograma ‘Jogo da Vida’, pois só ali você poderiaencontrar tanta m* junta!!! Um encontro históricode JOÃO KLEBER E MÁRCIA GOLDSCHMIDT!!! Fizeram mais sensacionalismo, falaram malde alguns artistas, enfim, o de sempre...provando que eram realmente merecedores deprêmios como o Troféu Santa Clara entre outrosque os premiaram como os PIORESapresentadores da TV brasileira!!!... semcomentários...

Não é à toa que programas, como ‘Pânicona TV’, tem registrado índices crescentes de

Vanderley Freitas

Zapeando

A PARADA - número1 - página 07

O diabo fez manha.Por fim, levantou da cama, bocejou e tentounegociar.Não teve outra saída: teve que me deixar nascerMarco Anhapoci

O plano é simples: iniciar a ofensiva às21:00 horas, aprisionar todos os principaislíderes brasileiros e tombar Belo Horizonte, sobo nome de “Nueva la Paz”, como capital político-administrativa do Estado Brasil-Bolívia, que seráconhecido como o grande e onipotente “ImpérioBoliviano”.

E agora? Será que Morales conseguiráconcretizar seu plano? Será que um grupo deheróis mascarados brasileiros, liderados peloSaci Cibernético, salvará o Brasil deste pavorosofuturo? Será que finalmente terei uma chancede praticar meu espanhol? Veja a respostadessas e de muitas outras perguntas (as quaisnem foram feitas) no próximo: Crônicas deAçougue.

Marco Anhapocida infância até ontem à tarde

A banda

Quando era moleque, a meninadaresolveu ter uma banda. Na verdade, isso émentira. Eu nunca fui moleque, só cheguei a sermenino. Mas o que importa era a banda. E ameninada era eu mesmo e a meninada da casaao lado.

Tudo começou com um filme, daquelesque passavam à tarde e empolgavam a gente àtarde inteira. Esse não empolgou a gente porqueeu não vi: empolgou só o Batata. O Batata era omais velho da turma, o que, na época, não erater mais do que sete ou oito anos. Naquela tarde,ele tinha visto o filme que reunia toda a nossavariada e infantil cultura dos anos noventa:príncipes, surfistas, ninjas na Américacombatendo o mal. A música tema era BarbaraAnn que, traduzida para o nosso inglês fluente,se tornou algo que pode ser escrito como PapoUen. E era eu, o Batata e o Nico, irmão maisnovo, cantando: Pa-pa-pa, pa-papo uen em tudoo que era canto.

Isso tudo foi na época em queconseguimos aquelas guitarras de plástico, quetêm cordas e tudo. Ficávamos nos degraus daporta da cozinha durante a noite, cantando daforma mais desafinada. Com as novastendências de se agregar as meninas àbrincadeira, vieram também as primas, queenrolavam papel e diziam tocar flauta, e a irmã,que tratava da percussão usando latas deachocolatado. Música mesmo, cada um ouvia aque queria ouvir, que era uma barulheira infernal,mas era uma festa.

Ainda me lembro de que o repertório nãose restringiu ao Papo Uen. Cantávamos trechosde Cássia Eller e a inesquecível “Águas demarço”. Inesquecível porque passamos diasdiscutindo se as águas eram de março mesmoou de Marte, o planeta vermelho.

Entre serenatas para as mães e ensaiosem quartos abafados, já nos sentíamosespecialistas. Regulávamos as cordas dasviolinhas, arrumávamos a ‘bateria’ e havia até amaneira correta de se enrolar o papel para fingirque era flauta, que só a mais velha das primasconhecia e não contava para ninguém, para nãoperder lugar na nossa banda.

Talvez por querer ir além, por pensar quelevava jeito ou por gostar mesmo de música, oBatata comprou um violão e começou a teraula. Foi aí que acabou: não somente pelo fatode que o violão abafava o som das nossasmodestas guitarrinhas, mas não tinha graçaparticipar de uma banda onde alguém tinhanoções de música. Não aos sete anos. Era horade arranjar uma brincadeira nova...

Bilac

audiência, pois o programa tem como objetivosatirizar a mídia brasileira, e mostrar que hápessoas que conseguem ver toda a podridão emque ela se tornou...

Essa coluna não quer extinguir o públicotelevisivo, apenas apresentar uma “visão” dasituação... Nada o impede de assistir o JornalNacional, MAS não se esqueça de dar umaolhada no ‘Jornal da Cultura’ que começa logoem seguida pela Rede Minas, que, diga-se depassagem, é uma das únicas emissoras de TVaberta a que ainda se consegue assistir e nãoter a sensação que está sendo lesadodiretamente de sua sala...

Matheus Cabral Timóteo

Crônicas de Açougue

A Invasão Boliviana (Parte I)

Alguém já pensou em como seria se oBrasil fosse invadido por algum país na intençãodeste aumentar seus domínios? Acredito quesim, e que imaginou os EUA como país invasor,estou certo? Porém, imaginemos agora algo umpouco mais improvável: a Bolívia invadindo edominando o Brasil em apenas 10 horas.

Tudo surge de Evo Morales, um bolivianoque ficou em segundo lugar na última eleição àpresidência de seu país. Mesmo perdendo aeleição, Morales continua sendo muito influentee, devido à crise do atual governo, seu poderaumenta, e com isto, aumentam também seusseguidores. Não tarda a acontecer o inevitável,Evo Morales toma o poder através de um golpede estado.

Passam-se alguns dias e torna-se evidenteo crescimento da Bolívia. Com o governoprosperando, Morales passa a ser amado peloscidadãos de seu país. A Bolívia passa a serpouco para os bolivianos. Mas pudera, um paístão rico, com um governo tão forte, limitado porfronteiras que o impedem de crescer, é algomuito injusto. Eis que surge um bordão queexpressa todo o sentimento expansionista destepovo, “América para os bolivianos”.

Aparecem então alguns boatos sobre umapossível invasão da Bolívia ao Brasil, contudo éalgo tão insano, que as únicas reações que essanotícia gera nos brasileiros são risadas; queespiões bolivianos, devidamente infiltrados noBrasil, querem ouvir. Eles enviam a mensagema Morales que inicia seu perverso plano dedominação.

A Parada começa com um grupo de alunosdo CEFET - MG que, reunidos, resolveramlevar adiante essa idéia. Ajude afazer o mesmo e repasse essA Parada a umamigo.

Se você tem críticas, sugestões ou quercolaborar conosco esporadicamente ou atéque a morte nos separe, procure-nos noCampus I do CEFET - MG ou escreva [email protected].

A PARADA - número1 - página 08

Minas bela de belos horizontesCom tuas montanhas e montesCom amor vou te cantarLembrar tuas históriasDe derrotas e vitóriasDe causos para contarCom tua gente interioranaDe Ouro Preto, MarianaComadres, vizinhasTeus quintais cheiram caféPé-de-moleque, pão de queijoCheiro de quero maisO que me dá Minas GeraisMe dá toda essa genteQue trabalha e é contenteE busca ideaisMineiro é cantadorÉ festeiro e tocadorToca a gaita, toca violaToca o carro de boiToca a boiadaLeva a vida assim tocadaLá no clube da esquinaA molecada joga bolaBrinca de boneca a meninaMineiro tem fé,Mineiro é orador,Tem igreja para todo santo,Tem santo para toda dor...

CRIE UM VERSOMinas Gerais - Fernanda Cosso

Crie um verso: O espaço “Crie um verso”,inaugurado por Fernanda Cosso, está aberto aqualquer poeta que aqui queira se expressar,até mesmo os queainda não sabem que o são. Sendo assim,ponha-se diante de uma folha de papel,empunhe um lápis e crie um verso!

Bilac

A Ilha da verdade

Em uma ilha há dois tipos de pessoas:cavaleiros, que sempre dizem a verdade, etrapaceiros, que sempre mentem. Um certodia, os 2003 habitantes da ilha se reúnem emuma assembléia. Eles se sentamaleatoriamente em torno de uma enorme mesaredonda e cada um deles declara: “Meus doisvizinhos de mesa são trapaceiros.”.

No dia seguinte, a assembléia se reúnenovamente, mas um dos membros estádoente e não comparece. Novamente, eles sesentam aleatoriamente ao redor da mesa, ecada um declara: “Meus dois vizinhos de mesapertencem a uma categoria que não é aminha.”.

O sujeito que ficou doente é trapaceiroou cavaleiro?

DESAFIO

Repasse essaparada e ajude a

divulgaressa idéia!!!

Converse conosco - podemos publicar suasobras e servir de canal para que você

expresse sua arte ou opinião, além disso,somos muito carentes e queremos atenção.

Punkeka

Tião