parada cardio respiratória

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PARADA CARDIORRESPIRATRIA

MANAUS AM 2011

A parada cardiorrespiratria ou PCR a interrupo da circulao sangunea que ocorre em consequncia da interrupo sbita e inesperada dos batimentos cardacos ou da presena de batimentos cardacos ineficazes. Aps uma PCR o indivduo perde a conscincia em cerca de 10 a 15 segundos devido parada de circulao sangunea cerebral. Caso no haja retorno circulao espontnea e o paciente no seja submetido a ressuscitao cardiopulmonar, a leso cerebral comea a ocorrer em cerca de 3 minutos e aps 10 minutos de ausncia de circulao as chances de ressuscitao so prximas a zero.

A parada cardiorrespiratria pode ocorrer na presena de 3 ritmos cardacos diferentes: Fibrilao Ventricular ou Taquicardia Ventricular sem Pulso: Ritmo de PCR mais frequente em PCR fora do hospital, responsvel por cerca de 80% dos episdios. Caracterza-se por um ritmo cardaco rpido,irregular e ineficaz. Assistolia: Ausncia de ritmo cardaco, nesse ritmo h interrupo da atividade eltrica do msculo cardaco. Atividade Eltrica sem Pulso: Nesse ritmo existe a presena de atividade eltrica no msculo cardaco porm os batimentos no so eficazes e no h circulao sangunea. As causas da PCR so variadas, normalmente resultando de: choque circulatrio, choque sptico, trauma, doena cardiovascular entre diversas outras causas.

Desde a antiguidade diversos mdicos perceberam a importncia em elaborar um tratamento para PCR, muitas tcnicas foram criadas (p. ex. colocava-se a pessoa em PCR em cima de um cavalo e o deixava trotar; colocava-se um barril em cima do peito da pessoa em PCR ...), todas elas tinham como base fundamental a compresso torcica. Desde a dcada passada, entretanto, a AHA (American Heart Association) reuniu os maiores pesquisadores do mundo para a formao de um protocolo de atendimento univesal, da foi criada a Reanimao Cardiorrespiratria (RCP) e dois livros o BLS (Basic Life Suport) e o ACLS (Advanced Cardiology Life Suport). Esses protocolos universalizaram o atendimento de emergncia ao paciente cardivascular grave. DEA, Desfibrilador Automtico Externo. Equipamento capaz de efetuar a leitura da ocorrncia de Fibrilao Ventricular (FV), efetuando desfibrilao automtica com choque monofsico de 360 Joules ou Bifsico de 200 Joules.

O socorro bsico, que pode ser prestado por pessoal treinado ou mdico, consiste no reconhecimento do estado de PCR, ou seja parada de circulao, pela ausncia de pulsos carotdeos e de respirao, perda de conscincia, palidez, cianose e pele marmrea. Devemos chamar ateno que nos casos de choque podemos ter os mesmos sinais descritos acima porm os pulsos existem e so filiformes (pulsos finos), portanto no existe parada circulatria. Infelizmente, o prognstico de pacientes com PCR ainda muito ruim; uma frao muito pequena de pacientes consegue ter alta hospitalar e levar uma vida produtiva. Acredita-se que parte do prognstico ruim da PCR deva-se inadequada tcnica de RCP.

A massagem cardaca a manobra inicial e muitas vezes salvadora nos casos de parada cardaca. Geralmente realizada a trax fechado como descrita por Kouwenhoven, um engenheiro do grupo de pesquisas do John Hopkins Universityem 1960, ou a trax aberto em locais apropriados e executados por mdicos. A tcnica consiste na aplicao rtmica e seriada de presso sobre a metade inferior do esterno. O socorrista apoia a base de uma das mos nessa regio e a outra mo sobre a primeira, entrelaando os dedos. Seus braos devem ficar retos, transmitindo ao esterno da vtima a presso exercida pelo peso de seus ombros e tronco.

Assistolia - a cessao de qualquer atividade eltrica ou mecnica dos ventrculos. No eletrocardiograma (ECG) caracteriza-se pela ausncia de qualquer atividade eltrica ventricular observada em, pelo menos, duas derivaes.

Fig. 1 - Assistolia ventricular; no incio do traado registrouse um complexo QRS e onda T, seguido de linha isoeltrica.

Fibrilao ventricular - a contrao incoordenada do miocrdio em conseqncia da atividade catica de diferentes grupos de fibras miocrdicas, resultando na ineficincia total do corao em manter um rendimento de volume sangneo adequado. No ECG, ocorre a ausncia de complexos ventriculares individualizados que so substitudos por ondas irregulares em ziguezague, com amplitude e durao variveis.

Taquicardia ventricular sem pulso - a sucesso rpida de batimentos ectpicos ventriculares que podem levar acentuada deteriorao hemodinmica, chegando mesmo a ausncia de pulso arterial palpvel, quando, ento, considerada uma modalidade de parada cardaca, devendo ser tratada com o mesmo vigor da FV. O ECG caracteriza-se pela repetio de complexos QRS alargados no precedidos de ondas P e, se estas estiverem presentes, no guardam relao com os complexos ventriculares. Podem ocorrer capturas isoladas de alguns complexos QRS. Em geral os ciclos ventriculares tm sucesso a intervalos irregulares.

Atividade eltrica sem pulso - caracterizada pela ausncia de pulso detectvel na presena de algum tipo de atividade eltrica, com excluso de taquicardia ou FV. A atividade eltrica sem pulso incorpora a dissociao eletromecnica (DEM) e um grupo heterogneo de ritmos que inclui: pseudo DEM, ritmo idioventricular, ritmo de escape ventricular, ritmo idioventricular ps desfibrilao e ritmos bradiassistlicos. Ao ECG, caracteriza-se pela presena de complexos QRS largos e bizarros que no produzem resposta de contrao miocrdica eficiente e detectvel.

http://geicpe.tripod.com/clin_emerg_parada. htm. Acesso em 13/09/11. http://pt.wikipedia.org/wiki/Parada_cardiorr espirat%C3%B3ria. Acesso em 13/09/11 http://www.medicinageriatrica.com.br/2007/ 08/12/parada-cardiorespiratoria/. Acesso em 13/09/11