iras - módulo 5 - risco ocupacional e medidas de precauções e isolamento

Upload: rachel-garcia

Post on 05-Apr-2018

223 views

Category:

Documents


0 download

TRANSCRIPT

  • 8/2/2019 IRAs - Mdulo 5 - Risco Ocupacional e Medidas de Precaues e Isolamento

    1/64

    Mdulo 5

    RISCO

    OCUPACIONAL

    E

    MEDIDAS DE

    PRECAUES E

    ISOLAMENTO

    Alessandra Santana Destra

    Daniela Bicudo Angelieri

    Elcio Bakowski

    Silvia Janice Gomes Sassi

    Coordenador: Eduardo Alexandrino Servolo de Medeiros

    So Paulo - SP2004 - verso 1.0

  • 8/2/2019 IRAs - Mdulo 5 - Risco Ocupacional e Medidas de Precaues e Isolamento

    2/64

    SUMRIO:

    INTRODUO..... 2

    SITUAESDERISCOEACIDENTEOCUPACIONAL..... 3

    MEDIDASDEPREVENODEACIDENTESOCUPACIONAIS..... 12

    ISOLAMENTOSEPRECAUES..... 14

    . Precaues padro

    . Precaues especficas

    . Precaues empricas

    IMUNIZAODOPROFISSIONALDAREADESADE..... 39

    ESTUDOSDEcASO..... 43

    QUESTES..... 46

    CONDUTASPS-ACIDENTE (ANEXO)..... 53

    BIBLIOGRAFIAcONSULTADA..... 58

    GABARITO..... 60

    AVALIAODOmDULO..... 61

  • 8/2/2019 IRAs - Mdulo 5 - Risco Ocupacional e Medidas de Precaues e Isolamento

    3/64

    1

    Curso Infeco relacionada Assistncia Sade - IrAS - verso 1.0 - 2004

    Mdulo 5

    Para este mdulo, esto previstos os seguintes O BJE T I V O S DE E NSI NO :

    .Analisar situaes de risco na prtica do profissional de sade;

    . Identificar a importncia do controle e da preveno de infeco entre profissionais da rea da sade;

    . Descrever as principais recomendaes para a preveno de infeces nos profissionais da rea da sade,relacionando patgenos, vias de transmisso e precaues a serem adotadas para a preveno de infeco;

    . Identificar a importncia da coleta e anlise dos dados para o controle das infeces, transmitidas entre opessoal da rea da sade e os pacientes (acidentes ocupacionais com material prfuro-cortante ou lquidos orgni-cos);

    . Analisar o panorama nacional em relao preveno de transmisso de infeco para profissionais da rea da

    sade.. Descrever medidas de precaues e isolamento para doenas transmissveis.

    RISCO OCUPACIONALE MEDIDAS DE PRECAUES E ISOLAMENTO

    TPICOS1. Introduo

    2. Situaes de risco e acidente ocupacional

    3. Medidas de preveno de acidentes ocupacionais

    4. Isolamentos e precaues

    . Precaues padro

    . Precaues especficas

    . Precaues empricas

    5. Imunizao do profissional da rea da sade

    6. Condutas ps-acidente (anexo)

    Precaues de contato

    Precaues com aerossis

    Precaues com gotculas

  • 8/2/2019 IRAs - Mdulo 5 - Risco Ocupacional e Medidas de Precaues e Isolamento

    4/64

    2

    Curso Infeco relacionada Assistncia Sade - IrAS - verso 1.0 - 2004

    Mdulo 5

    1. Introduo

    VOCJSABEQUE

    os profissionais da rea da sade (PAS) esto

    constantemente expostos a riscos biolgicos, qumicose fsicos.

    Voc sabia: que nos EUA, no

    ambiente hospitalar, os PAS tm um

    risco aumentado em cerca de 40%

    de ferimento relacionado ao trabalho

    que os outros profissionais?

    Segundo o Centers for Disease Control and Prevention(CDC), por definio, profissio-

    nais da sade so todos os indivduos (estudantes, tcnicos de laboratrio, mdicos,

    enfermeiros, funcionrios da limpeza entre outros) que

    DESEMPENHAMATIVIDADESQUEENVOLVEMCONTATOCOMPACIENTES, SANGUEOUOU-

    TROSFLUIDOSORGNICOS, EMAMBIENTESDEASSISTNCIASADE, LABORATRIOSE

    CORRELATOS.

    PROGRAMADE BIOSSEGURANA

    Com o objetivo de minimizar os riscos ocupacionais, todas as instituies de sade devem estruturar um

    Programa de Biossegurana - garantir a sua implantao em todas as reas de atuao dos PAS. O

    Programa de Biossegurana dever conter uma estratgia efetiva de preveno de acidentes e reduo

    dos riscos ocupacionais, nos casos de exposies ocorridas.

  • 8/2/2019 IRAs - Mdulo 5 - Risco Ocupacional e Medidas de Precaues e Isolamento

    5/64

    3

    Curso Infeco relacionada Assistncia Sade - IrAS - verso 1.0 - 2004

    Mdulo 5

    2. SITUAESDE RISCOE ACIDENTE OCUPACIONAL

    importante que voc saiba que os riscos envolvendo sangue

    ou outros lquidos orgnicos potencialmente contaminados

    correspondem s exposies mais comumente relatadas.

    Alm disso, vale notar que os ferimentos com material prfuro-cortante, em geral so considerados de maior risco.

    VOCSABEPORQUE?

    Por serem potencialmente capazes de transmitir mais de 20 TIPOSDEPATGENOSDIFERENTES, sendo que,entre eles, os agentes infecciosos mais envolvidos so os vrus causadores de:

    Imunodeficincia Humana (HIV)

    Hepatite tipo B (VHB)

    Hepatite tipo C (VHC)

    O QUEINTERFERENORISCODESEADQUIRIRUMAINFECOEMACIDENTEOCUPACIONAL,

    COMMATERIALCONTAMINADO?

    O risco de adquirir infeco ps-exposioocupacional varivel, e depende do tipo de acidente e de

    outros fatores como a gravidade, o tamanho da leso, a presena e o volume de sangue envolvido no

    acidente - alm das condies clnicas do paciente-fonte e o seguimento adequado ps-exposio.

    Diversos estudos relatam tambm que, a funo do profissional, o tempo de trabalho e a aderncia s

    precaues padro so fatores que interferem diretamente na ocorrncia de leves e graves acidentes.

    Saiba que: desde a primeira publicao

    relatando aquisio profissional de HIV,

    em 1984, os acidentes com material

    biolgico tm adquirido importncia

    crescente.

  • 8/2/2019 IRAs - Mdulo 5 - Risco Ocupacional e Medidas de Precaues e Isolamento

    6/64

    4

    Curso Infeco relacionada Assistncia Sade - IrAS - verso 1.0 - 2004

    Mdulo 5

    SAIBA AQUI INFORMAES SOBRE AS HEPATITES TIPOS B E C E SOBRE O VRUS DAIMUNODEFICINCIA HUMANA (HIV) ALM DO RISCO DE TRANSMISSO APS ACIDENTEOCUPACIONAL:

    A Hepatite tipo B classificada como uma doena sexualmente transmissvel,

    porm, pode ser transmitida atravs do uso de seringas contaminadas e materiais

    contendo sangue. Segundo a ORGANIZAO MUNDIALDA SADE (OMS),

    dois bilhes de pessoas infectaram-se em algum momento da vida - sendo que

    300 milhes evoluram para doena crnica.O vrus da Hepatite tipo B consti-

    tudo de um antgeno de superfcie denominado HBsAg, tambm conhecido como

    antgeno Austrlia; uma parte central, o core, que interage com DNA viral e contm o antgeno - HbcAg e ainda,

    um antgeno solvel denominado HBeAg (associado a replicao viral). O vrus permanece ativo fora do organismo,

    em sangue seco, na temperatura ambiente por at uma semana - e inativado pelas tcnicas rotineiras de

    desinfeco e esterilizao. As formas agudas graves ocorrem em cerca de 1 % dos casos, e aproximadamente, 10%

    evoluem de forma crnica. Porm, apenas 1 a 2% evoluem para hepatite crnica ativa.

    HEPATITETIPO B (VHB)

    Perodo de incubao:de 30 a 180 dias, com mdia de 60-90 dias.

    Perodo de transmissibilidade: de duas a trs semanas antes dos primeiros sintomas. Continua durante a fase

    aguda e no estado de portador crnico, podendo persistir por vrios anos ou por toda a vida - caso o paciente no

    consiga depurar o vrus (positivo para o antgeno HBsAg).

    Veja a situao no Brasil, em relao Hepatitetipo B: A regio da Amaznia Legal, o estado do

    Esprito Santo e a regio Oeste do estado de San-

    ta Catarina so considerados de alta endemicidade,

    sendo que o coeficiente de mortalidade de 0,6 por

    100.000 habitantes. As regies Centro-Oeste, Nor-

    deste e Sudeste so de intermediria

    endemicidade . A regio Sul, tm baixa

    endemicidade .

  • 8/2/2019 IRAs - Mdulo 5 - Risco Ocupacional e Medidas de Precaues e Isolamento

    7/64

    5

    Curso Infeco relacionada Assistncia Sade - IrAS - verso 1.0 - 2004

    Mdulo 5

    O risco de aquisio aps um acidente envolvendo sangue contaminado pelo vrus da hepatite tipo B bem conhecido,

    e pode variar conforme estado sorolgico do paciente-fonte (reflete a replicao viral) e a situao vacinal do

    funcionrio. Em exposies percutneas, envolvendo sangue sabidamente contaminado pelo VHB e com a presena de

    HBeAg (marcador de replicao viral), o risco de infeco pode ser superior a 30%, enquanto se o paciente-fonte do

    acidente apresentar HBsAg positivo e anti-HBe positivo (sem replicao viral), o risco de aproximadamente 6%.

    O fluido corporal mais importante na transmisso do VHB em profissionais de sade acidentados o sangue. O AgHBs

    encontrado em diversos outros fluidos, incluindo leite materno, bile, lquor, fezes, secrees de nasofaringe,

    saliva, smen, suor, lquido sinovial. Mas a quantidade de AgHBs nos fluidos corporais pode ser de 100 a 1000

    vezes maior que a concentrao de partculas virais infecciosas propriamente ditas - tornando outros fluidos que no

    o sangue, veculos pouco eficazes de transmisso. Importante recordar que o AgHBs um antgeno que compe,

    dentre outros, o envoltrio do VHB, no tendo assim capacidade de, isoladamente, causar infeco. somente um

    indicativo da presena do vrus. Devido ao extremo risco de soroconverso para o VHB em PAS, chegando a ser 10

    vezes maior em relao populao geral, recomendada a vacinao contra infeco pelo VHB em todos os PAS,

    antes do ingresso nas atividades profissionais.

    As condutas de profilaxia ps-exposio de PAS a pacientes com VHB baseiam-se, essencialmente, em dois fatores: a

    sorologia do paciente-fonte e o estado de vacinao do acidentado. Produtos disponveis empregados na profilaxia

    da infeco pelo VHB: a vacina contra a hepatite B e a imunoglobulina humana anti-hepatite B. A vacinadisponvel para o VHB feita por tcnicas de engenharia gentica, resultando em material recombinante de alta

    imunogenicidade - conferindo proteo entre 90% e 95% aos indivduos imunocompetentes vacinados. bem tolerada,

    sendo que seus eventos adversos resumem-se basicamente a: dor no local da aplicao (3% a 29%) e febre nas

    primeiras 48 a 72 horas aps a vacinao (1% a 6%), e outras reaes raras. A imunoglobulina humana anti-

    hepatite B (HBIG) obtida de plasma de doadores selecionados, vacinados para hepatite B, com altos ttulos de

    anticorpos especficos (anti-HBs). Os eventos adversos tambm so mnimos, e de apresentao geralmente local.

  • 8/2/2019 IRAs - Mdulo 5 - Risco Ocupacional e Medidas de Precaues e Isolamento

    8/64

    6

    Curso Infeco relacionada Assistncia Sade - IrAS - verso 1.0 - 2004

    Mdulo 5

    HEPATITETIPO C (VHC)

    INFORMAES GERAISEstudo realizado a partir de dados de pr-doadores de sangue em todo o Brasil, no ano de 1999, demonstrou uma

    variao na prevalncia de indivduos com infeco pelo VHC entre as regies: 0,65% na regio Sul, 2,12% na

    regio Norte e 1,43% na regio Sudeste.

    O vrus da Hepatite tipo C constitudo por um cido ribonuclico (RNA). O VHC tem como principal caracterstica

    a sua forma de transmisso, que acontece por transfuso de sangue e hemoderivados, de doadores contaminados

    em bancos de sangue sem aplicao adequada de testes de triagem. Atualmente, com o controle nos bancos de

    sangue, a transmisso ocorre, principalmente, pelo uso de drogas injetveis com seringas contaminadas ou

    instrumentos e, mais raramente, por via sexual.

    O perodo de incubao pode variar entre duas semanas e seis meses, com mdia entre cinco a 10 semanas. O

    perodo de transmissibilidade ocorre desde uma semana anterior ao incio dos sintomas da doena aguda. Porm,

    como acontece na maioria das infeces pelos vrus das hepatites, os sintomas da doena aguda freqentemente

    no esto presentes.

    O risco mdio de aquisio da Hepatite tipo C, aps ferimento prfuro-cortante, de 1,8%, variando de 0 a 7% - de

    acordo com o tipo de exposio e a carga viral do paciente-fonte.

    Estima-se : um nmero prximo de 200 milhes de portadores do

    VHC no mundo, sendo 3, 2 milhes deles, no Brasil.

  • 8/2/2019 IRAs - Mdulo 5 - Risco Ocupacional e Medidas de Precaues e Isolamento

    9/64

    7

    Curso Infeco relacionada Assistncia Sade - IrAS - verso 1.0 - 2004

    Mdulo 5

    A epidemia de Aids teve incio na frica h mais de 40 anos. Contudo, a partir do final da dcada de 70 e incio dosanos 80, transformou-se em uma pandemia. A epidemia foi identificada oficialmente em 1981, pelos pesquisadores do

    CDC, que reconheceram a existncia de uma nova doena com deficincia de imunidade celular e humoral.

    A doena causada por um retrovrus denominado vrus da imunodeficincia humana (HIV), com dois tipos conhecidos

    HIV-1 e HIV-2 - com genoma RNA da famlia Lentiviridae. O reservatrio o homem com infeco pelo HIV.

    O HIV pode ser transmitido, principalmente, das seguintes formas:

    - relao sexual;

    - transfuso de sangue ou de produtos sangneos contaminados;

    - leite materno;

    - uso de seringas e agulhas contaminadas;

    - acidente ocupacional.

    O perodo de incubao compreende entre a infeco pelo HIV e a fase aguda da infeco ou o surgimento de

    anticorpos circulantes, podendo variar de algumas semanas at trs meses - o que ocorre entre 50% a 90% doscasos. O perodo de replicao lenta (latncia) compreendido entre a infeco pelo HIV e os sinais e sintomas

    que caracterizam a doena, sendo o tempo mdio de trs a 10 anos. O perodo de transmissibilidade poder

    ocorrer em todas as fases da infeco.

    O risco mdio de aquisio de HIV, aps um acidente prfuro-cortante, de 0,3% e de 0,09%, quando em

    exposio de mucosa. Nos EUA, at o ano de 2003, foram documentados 57 casos confirmados de infeco pelo HIV

    aps acidente ocupacional.

    VRUSDA IMUNODEFICINCIA HUMANA (HIV)

  • 8/2/2019 IRAs - Mdulo 5 - Risco Ocupacional e Medidas de Precaues e Isolamento

    10/64

    8

    Curso Infeco relacionada Assistncia Sade - IrAS - verso 1.0 - 2004

    Mdulo 5

    DIVERSOSFATORESRELACIONAM-SEMAIORPROBABILIDADEDETRANSMISSO.

    SOELES:

    VALELEMBRARQUEPOSSVELATRANSMISSODO HIV MESMODEINDIVDUOSCOMCARGAVIRALINDETECTVEL, VISTOQUEESTETESTEDETECTASOMENTEVRUSLIVRESNOPLASMA, EHCLULASCOMINFECOLATENTEQUEPODEMPERFEITAMENTETRANSMITIRA INFECO. UM ESTUDO DEMONSTROU QUE ACIDENTES PROFUNDOS E COM MAIORQUANTIDADEDESANGUEOFERECEMMAISRISCOQUEAMAGNITUDEDACARGAVIRALEMSI.

    . material com sangue visvel do paciente-fonte;

    . procedimento que envolveu material diretamente introduzido em veia ou artria do paciente-

    fonte;

    . ferimento profundo;

    . paciente-fonte com doena avanada pelo HIV (refletindo provavelmente maior carga viral, ou

    outros fatores de virulncia das cepas indutoras de sinccio do HIV).

  • 8/2/2019 IRAs - Mdulo 5 - Risco Ocupacional e Medidas de Precaues e Isolamento

    11/64

    9

    Curso Infeco relacionada Assistncia Sade - IrAS - verso 1.0 - 2004

    Mdulo 5

    Os profissionais de sade expostos ao HIV devem ser avaliados rapidamente (preferencialmente at duas horas aps oocorrido), e devem ser submetidos sorologia - para determinar o estado sorolgico no momento do acidente. A

    medicao anti-retroviral deve ser iniciada o mais rpido possvel.

    Dados de estudos com animais mostram que a quimioprofilaxia (medicao anti-retroviral) no eficaz se iniciada em

    24-36 horas aps o acidente - excetuando-se casos nos quais h elevado risco de transmisso, quando se pode

    iniciar a medicao at uma a duas semanas aps o acidente.

    Quando o caso-fonte for conhecido, sua avaliao sorolgica tambm deve ser feita imediatamente aps o acidente.

    Pela importncia do resultado para a conduta imediata, recomenda-se, nestes casos, o teste rpido e posteriorconfirmao com outros testes diagnsticos.

    No caso de paciente-fonte negativo para o HIV, o teste sorolgico e o seguimento posterior do acidentado normalmente

    no so necessrios. Se for necessrio o uso da profilaxia ps-exposio, deve-se obter dados sobre qualquer

    condio patolgica prvia (ex: doena heptica ou renal), ou qualquer circunstncia concomitante (ex: gravidez,

    aleitamento), que possam influenciar na escolha das drogas a serem prescritas.

    O Ministrio da Sade do Brasil, para manejo do profissional da sade acidentado, divide o risco baseado no material

    envolvido em:

    1. material biolgico de risco: sangue ou qualquer fluido orgnico contendo sangue, secreo vaginal, smen e tecidos;

    2. material biolgico de risco indeterminado: lquidos de serosas (pleura, peritnio e pericrdio), lquido amnitico, lquor,

    lquido articular e saliva (em ambientes odontolgicos). Estes casos requerem avaliao de forma individual;

    3. material com quantidade concentrada do HIV: laboratrios de pesquisa com culturas do vrus, ou vrus em grande

    quantidade. Estes casos requerem avaliao individual para definir a necessidade de quimioprofilaxia;

    4. mordeduras: considerada de risco se envolver o sangue;

    5. material biolgico sem risco de transmisso: suor, lgrima, fezes, urina, saliva (exceto em ambientes odontolgicos).

  • 8/2/2019 IRAs - Mdulo 5 - Risco Ocupacional e Medidas de Precaues e Isolamento

    12/64

    10

    Curso Infeco relacionada Assistncia Sade - IrAS - verso 1.0 - 2004

    Mdulo 5

    VEJAASRECOMENDAESDO MINISTRIODA SADENO FLUXOGRAMAABAIXO

    + GRAVE agulhas com lmen/grosso calibre, leso profunda, sangue visvel no dispositivo usado ou agulha usada recentemente em artria ou veia do

    paciente

    - GRAVE leso superficial, agulha sem lmen

    PEQUENO VOLUME poucas gotas de material biolgico de risco, curta durao

    GRANDE VOLUME contato prolongado ou grande quantidade de material biolgico de risco (1) Estudos em exposio sexual e transmisso vertical sugerem

    que indivduos com carga viral < 1500 cpias/ml apresentam um risco muito reduzido de transmisso do HIV.(2) Quando a condio sorolgica do paciente-fonte no conhecida, o uso de profilaxia ps-exposio (PPE) deve ser decidido em funo da possibilidade

    da transmisso do HIV que depende da gravidade do acidente e da probabilidade de infeco pelo HIV deste paciente (locais com alta prevalncia de

    indivduos HIV+ ou histria epidemiolgica para HIV e outras DST). Quando indicada, a PPE deve ser iniciada e reavaliada a sua manuteno de acordo com

    o resultado da sorologia do paciente-fonte.

    * 2 drogas = 2 inibidores da transcriptase reversa anlogos de nucleosdeos (geralmente AZT+3TC). Trs drogas = esquema de 2 drogas + incluso 1

    inibidor de protease (geralmente NFV ou IND/r).

    ** Considerar- indica que a profilaxia opcional e deve ser baseada na anlise individualizada da exposio e deciso entre o acidentado e o mdico

    assistente.

    Fluxograma 1: Profilaxia anti-retroviral aps exposio ocupacional ao HIV

  • 8/2/2019 IRAs - Mdulo 5 - Risco Ocupacional e Medidas de Precaues e Isolamento

    13/64

    11

    Curso Infeco relacionada Assistncia Sade - IrAS - verso 1.0 - 2004

    Mdulo 5

    A doena de Chagas causada pela infeco por um protozorio chamado

    Trypanosoma cruzi. Estima-se em quatro milhes o nmero de brasileiros

    infectados pelo T. cruzi- sendo que grande parte dessas infeces ocorreram na

    rea rural. O parasita transmitido pelas fezes dos vetores (triatomneos), quando

    em contato com solues de continuidade da pele - geralmente provocadas pela

    picada do inseto. Essa forma de transmisso era a principal at recentemente,

    quando se conseguiu a virtual eliminao da espcie mais eficaz, o Triatoma

    infestans, por meio de programas de combate ao vetor com inseticidas.

    A partir de ento, outras formas, que antes eram menos importantes, assumiram papis primordiais, como a transmisso

    por transfuses de sangue (pela migrao da rea rural para a urbana e ineficincia dos bancos de sangue em

    detectar a infeco nos doadores), a transmisso congnita (grande parte dos RNs tm morte prematura e no se

    determinando a causa), por acidentes em profissionais de sade e por leite materno. Essas duas ltimas, com menor

    importncia epidemiolgica. No existem evidncias que o paciente crnico, com baixa parasitemia, possa transmitir o

    T. cruzi por meio de acidente ocupacional. Entretanto, existem diversos casos de profissionais de laboratrio que

    adquiriram o protozorio em acidentes com material de cultura (alta carga parasitria).

    O manual da FUNASA recomenda a coleta de sangue para realizao de provas sorolgicas antes do tratamento

    especfico, que merecero repeties posteriores para o seguimento dos pacientes. O tratamento deve ser realizado

    com o benzonidazol(Rochagan), na dose de 7 a 10 mg/kg/dia, divididos em trs doses dirias durante o

    perodo de 10 dias. O medicamento pode ocasionar nuseas, reaes cutneas, leucopenia, trombocitopenia e

    neuropatias.

    DOENADE CHAGAS

    fonte: http://www.cvm.okstate.edu

  • 8/2/2019 IRAs - Mdulo 5 - Risco Ocupacional e Medidas de Precaues e Isolamento

    14/64

    12

    Curso Infeco relacionada Assistncia Sade - IrAS - verso 1.0 - 2004

    Mdulo 5

    MEDIDASINSTITUCIONAIS

    Estas medidas visam garantir um ambiente de trabalho

    seguro, minimizando os riscos ocupacionais:

    . Realizar treinamentos e orientaes quanto aos riscosocupacionais e s medidas de preveno;

    . Disponibilizaros Equipamentos de Proteo Individual (EPI)

    e Coletiva (EPC);

    . Dispor recipientes apropriados para o descarte de prfuro-

    cortantes;

    . Supervisionar o estado vacinal dos PAS e promover

    campanhas de vacinao peridicas;

    . Fornecer instrues escritas e afixar cartazes sobre os

    procedimentos a serem adotados em casos de acidentes;

    . Dispor de Servio de Atendimento ao Funcionrio

    Exposto ao material biolgico.

    3. MEDIDASDE PREVENODE ACIDENTES OCUPACIONAISQUAISASPRINCIPAISMEDIDASDEPREVENO? Evitar a exposio ocupacional o principal caminho para

    prevenir a transmisso dos vrus das Hepatites B e C e do HIV. Entretanto, a imunizao contra Hepatite B e o

    atendimento adequado ps-exposio so componentes importantes

    para um completo programa de preveno de infeco aps acidente

    ocupacional, e so elementos para a segurana do trabalho.

    Proposta para a Estrutura do Servio de

    Atendimento ao Funcionrio Exposto

    As instituies, preferencialmente, devem pos-

    suir um servio de atendimento ao funcionrio

    exposto, que funcione 24 horas. Caso a instituio

    no disponha deste servio, o funcionrio deve

    ser encaminhado para uma unidade de referncia,

    onde receber o atendimento adequado. O

    funcionrio atendido deve ter sua identidade

    preservada, a fim de manter a privacidade e evitar

    constrangimentos para o profissional. Uma opo

    simples a codificao do acidente e das amostras

    de sangue para a realizao de exames

    laboratoriais. Sempre que possvel, informar a

    ocorrncia do acidente ao paciente-fonte e solicitar

    a sua permisso para a coleta de sangue e a

    realizao de sorologias para HIV, Hepatite B e

    Hepatite C. necessrio assegurar ao pacienteque o sigilo ser mantido e que os resultados

    somente sero revelados se ele assim o desejar.

    Para efeitos legais, o funcionrio deve registrar o

    Comunicado de Acidente de Trabalho (CAT) no

    Departamento Pessoal ou outro setor responsvel

    da instituio.

  • 8/2/2019 IRAs - Mdulo 5 - Risco Ocupacional e Medidas de Precaues e Isolamento

    15/64

    13

    Curso Infeco relacionada Assistncia Sade - IrAS - verso 1.0 - 2004

    Mdulo 5

    MEDIDASINDIVIDUAIS

    Recomendaesaos PAS:

    . Realizar o esquema completo da vacinao contra a Hepatite tipo B (trs doses);

    . Adotar as Precaues Padro - utilizar sempre luvas, culos e avental, quando manipulao de

    sangue e secrees, independentemente do diagnstico do paciente;

    . Manter ateno durante a realizao dos procedimentos;

    . Manipular, com cuidado, as agulhas e instrumentos cortantes;

    . No utilizar os dedos como anteparo durante a realizao de procedimentos que utilizem materiaisprfuro-cortantes;

    . No reencapar as agulhas e no entort-las, quebr-las ou retir-las da seringa com as mos;

    . Seguir as recomendaes para montagem e preenchimento das caixas de prfuro-cortantes;

    . Desprezar todo material prfuro-cortante, mesmo que estril, em recipientes adequados.

    Consulte oAnexo 1 (pag. 53) para conhecer as

    Condutas aps acidente com Material Biolgico

  • 8/2/2019 IRAs - Mdulo 5 - Risco Ocupacional e Medidas de Precaues e Isolamento

    16/64

    14

    Curso Infeco relacionada Assistncia Sade - IrAS - verso 1.0 - 2004

    Mdulo 5

    4. ISOLAMENTOSE PRECAUES

    VOCSABEQUALOOBJETIVOBSICODEUMSISTEMADEPRECAUES?

    O objetivo bsico de um sistema de precaues a preveno da transmisso de um microorganismo de um paciente

    para outro, ou para um profissional da sade. Esta preveno abrange medidas referentes transmisso dos agentes

    envolvidos. Em 1996, o Centers for Disease Control and Prevention publicou o sistema de precaues e isolamentos,

    o qual contempla trs tipos de precaues:

    PRECAUES PADRO

    PRECAUES ESPECFICAS

    Esta orientao, para estabelecer precaues, con-

    siderada uma nova etapa na evoluo das prticas

    de isolamento nos hospitais norte-americanos e tam-

    bm, tem orientado diversas instituies brasilei-

    ras. Elas podem ser combinadas caso a doena

    apresente mais de uma via de transmisso. As

    Precaues Especficas devem ser sempre usa-

    das associadas s Precaues Padro.

    PRECAUES EMPRICAS

    PRECAUES PADRO: devem ser aplicadas no atendimento a todos os

    pacientes, na presena de risco de contato com sangue; flu idos corpreos,

    secrees e excrees (exceo: suor); pele com soluo de continuidade;

    e mucosas.

    PRECAUES ESPECFICAS: elaboradas de acordo com o mecanismo

    de transmisso das patologias e designadas para pacientes suspeitos ou

    sabidamente infectados ou colonizados - por patgenos transmissveis e

    de importncia epidemiolgica - baseada em trs vias principais de

    transmisso: transmisso por contato, transmisso area por

    gotculas, transmisso area por aerossis.

    As PRECAUES EMPRICASso indicadas em sndromes clnicas de

    importncia epidemiolgica sem a confirmao da etiologia.

  • 8/2/2019 IRAs - Mdulo 5 - Risco Ocupacional e Medidas de Precaues e Isolamento

    17/64

    15

    Curso Infeco relacionada Assistncia Sade - IrAS - verso 1.0 - 2004

    Mdulo 5

    PRECAUES PADRO

    1. Devem ser utilizadas para todos os pacientes independentemente da presena ou

    ausncia de doenas transmissveis comprovada.

    Higienizao das mos: antes e aps contato com o paciente, aps contato com sangue,

    outros lquidos orgnicos, e itens contaminados; aps a retirada de luvas, entre um paciente

    e outro e no mesmo paciente, caso haja risco de contaminao cruzada entre diferentes stios

    anatmicos.

    Luvas: usar luvas limpas, quando houver possibilidade de contato com sangue, outros lquidos ou itens e superfcies

    contaminados; trocar de luvas entre procedimentos; retirar as luvas aps o uso e lavar as mos obrigatoriamente.

    Mscara e culos de proteo: recomendados para proteo individual, durante procedimentos que envolvam riscosde respingos.

    Avental: avental limpo para proteo individual sempre que houver risco de contaminao com sangue ou lquidos

    orgnicos. Quando houver sujidade visvel, retirar o avental o mais rpido possvel e lavar as mos.

    Artigos e equipamentos de assistncia ao paciente: realizar limpeza e desinfeco ou esterilizao, de acordo

    com a classificao do artigo, aps o uso e entre pacientes.

    Ambiente: seguir os procedimentos de rotina para adequada limpeza e descontaminao das superfcies ambientais.

    Roupas: ensacar as roupas usadas e contaminadas com material biolgico (sangue, lquidos orgnicos e excrees),de forma a prevenir exposio.

    Material prfuro-cortante: manusear com cuidado os materiais prfuro-cortantes, proceder o descarte adequado

    em recipientes rgidos e resistentes perfurao. Seguir adequadamente as orientaes para montagem e preenchimento

    destes recipientes, no ultrapassando o limite indicado.

    . Quarto privativo: indicado conforme orientao da CCIH - nos casos em que o paciente no tem controle das

    eliminaes de fezes ou urina.

  • 8/2/2019 IRAs - Mdulo 5 - Risco Ocupacional e Medidas de Precaues e Isolamento

    18/64

    16

    Curso Infeco relacionada Assistncia Sade - IrAS - verso 1.0 - 2004

    Mdulo 5

    PRECAUES ESPECFICAS

    1. PRECAUESDE CONTATO

    Indicaes: Infeco (ou suspeita de infeco) ou colonizao por bactrias multirresistentes ou microorganismos

    epidemiologicamente importantes (como rotavrus, vrus sincicial respiratrio, herpes simples localizado, diarria aguda,furunculose, infeco de ferida operatria, escabiose, pediculose), passveis de transmisso por contato direto.

    Internao de paciente: quando possvel, em quarto privativo ou em quarto com paciente que apresente infeco

    pelo mesmo microrganismo (coorte).

    Higienizao das mos: deve ser enfatizada a importncia desta ao; utilizar anti-sptico como o lcool-gel ou

    solues degermantes (clorexidina a 2% ou PVPI 10%) - consulte o mdulo IV - Preveno de Infeces em

    Unidades de Terapia Intensiva (UTI).

    Luvas: usar luvas limpas, no estreis, ao entrar no quarto durante o atendimento ao paciente; trocar de luvas aps

    contato com material biolgico; retirar as luvas antes de deixar quarto.

    Avental: usar avental limpo - no necessariamente estril - ao entrar no quarto durante o atendimento ao paciente e

    retir-lo antes de deixar o quarto.

    Equipamentos de cuidado ao paciente: estetoscpio, esfignomanmetro e termmetro devem ser de uso individual.

    Caso no seja possvel, devem ser limpos e desinfetados com lcool a 70%, entre pacientes.

    Ambiente: itens com os quais o paciente teve contato e superfcies ambientais devem ser submetidos desinfecocom lcool a 70% (ou produto compatvel com a natureza da superfcie) a cada planto.

    Visitas: restritas e reduzidas.

    . Transporte do paciente: limitado. O profissional que transportar o paciente deve usar as precaues padro e

    realizar desinfeco das superfcies aps o uso do paciente. Manter as secrees contidas sempre que necessrio.

  • 8/2/2019 IRAs - Mdulo 5 - Risco Ocupacional e Medidas de Precaues e Isolamento

    19/64

    17

    Curso Infeco relacionada Assistncia Sade - IrAS - verso 1.0 - 2004

    Mdulo 5

    PRECAUESDE CONTATO

    Sempre

    . Lave as mos com soluo anti-sptica degermante (PVP-I ou

    clorexidina) antes e aps o contato com o paciente

    . Use luvas e aventais (no estreis) para realizar

    procedimentos que facilitem o contato com os lquidos corporais

    do paciente

    Indicado para

    . Infeco ou colonizao por bactrias multirresistentes

    . Escabiose e pediculose

    . Diarrias de causa infecciosa (shiguela, salmonela, rotavrus)

    . Hepatite tipo A

    . HIV e hepatite tipo B na vigncia de sangramento

  • 8/2/2019 IRAs - Mdulo 5 - Risco Ocupacional e Medidas de Precaues e Isolamento

    20/64

    18

    Curso Infeco relacionada Assistncia Sade - IrAS - verso 1.0 - 2004

    Mdulo 5

    A SEGUIRDISCUTIREMOS

    ESCABIOSE

    A escabiose uma parasitose da pele causada por um caro cuja penetrao deixa leses em

    forma de vesculas, ppulas ou pequenos sulcos - nos quais ele deposita seus ovos. As reas

    preferenciais da pele onde se visualizam essas leses so:

    regies interdigitais,

    punhos (face anterior),

    axilas (pregas anteriores),

    regio peri-umbilical,

    sulco interglteo,

    rgos genitais externos nos homens.

    Em crianas e idosos, podem tambm ocorrer no couro cabeludo, nas palmas e

    plantas. O prurido intenso e caracteristicamente maior durante a noite - por ser o

    perodo de reproduo e deposio de ovos.

    ESCABIOSECROSTOSA

    Uma outra manifestao da doena, conhecida como escabiose crostosa ou

    norueguesa, pode se desenvolver em imunodeprimidos e indivduos idosos, porque

    sua pele torna-se hipercerattica e o prurido pode no estar presente, o que

    dificulta o diagnstico. Neste tipo de manifestao, a quantidade de caros presentes

    na pele (milhares) bem superior quando comparada escabiose tpica, aumentando

    o potencial de transmisso.

    Saiba mais sobre a Escabiose:

    Agente etiolgico: Sarcoptes scabiei.

    Modo de Transmisso: Contato direto e com

    roupas de cama dos indivduos com escabiose.

    Perodo de incubao: De um dia a seis semanas.

    Medidas de Preveno e Controle:

    Iniciar as Precaues de Contato no momento da

    suspeita de escabiose;

    Manter o paciente sob as Precaues durante o

    perodo indicado;

    Usar adequadamente os equipamentos de proteo

    individual, recomendados para as Precaues de

    Contato;

    Fazer a higienizao das mos antes e aps qual-

    quer contato com o paciente infectado, bem como

    seus utenslios e mobilirio;

    Dispensar ateno especial limpeza do ambiente,

    roupas de cama e moblia de pacientes com

    escabiose.

    Para pacientes colonizados ou

    infectados por microrganismos

    multirresistentes, adota-se precauo

    de contato. Para saber mais, consulte

    o mdulo de UTI.

    fonte: http://www.dermatologia.net

  • 8/2/2019 IRAs - Mdulo 5 - Risco Ocupacional e Medidas de Precaues e Isolamento

    21/64

    19

    Curso Infeco relacionada Assistncia Sade - IrAS - verso 1.0 - 2004

    Mdulo 5

    2. PRECAUESCOMAEROSSIS

    Indicaes: Infeco respiratria suspeita ou confirmada por microorganismos transmitidos por aerossis (partculas

    de tamanho menor ou igual a 5 micra), que permanecem suspensas no ar e podem ser dispersadas a longas distncias- como varicela, sarampo e tuberculose.

    Local de internao:quarto privativo com presso negativa; filtragem do ar com filtros de alta eficincia (caso seja

    reabsorvido para o ambiente); seis a 12 trocas de ar por hora, manter as portas do quarto sempre fechadas. Caso a

    instituio no tenha quartos com estas caractersticas, manter o paciente em quarto privativo, com as portas bem

    fechadas e boa ventilao.

    Proteo respiratria: usar mscaras com capacidade de filtragem e vedao lateral adequada (PFF2 - Proteo

    Facial Filtro 2 - ou N95 - regulamentao por entidades americanas). Estas mscaras podem ser reutilizadas

    pelo mesmo profissional por longos perodos - desde que se mantenham ntegras, secas e limpas.Transporte de paciente:utilizar mscara tipo cirrgica para o paciente.

    Visitas: restritas e orientadas.

    NOSCASOSDEHERPESZOSTER (EMPACIENTESIMUNODEPRIMIDOS) EVARICELA:

    ASSOCIARPRECAUES DECONTATOCOMPRECAUES PARAAEROSSIS.

    ORIENTAESAO PAS COMESCABIOSE:

    . lavar as roupas de banho e de cama com gua quente a pelo menos 55C (separada dos demais

    familiares), e ao secar, passar com ferro quente;

    . lavar com gua quente todos os fmites;

    . buscar casos novos na famlia ou nos residentes do mesmo domiclio e trat-los o mais breve possvel;

    . afastar o indivduo do trabalho por um perodo de 24 horas aps o incio do tratamento eficaz.

  • 8/2/2019 IRAs - Mdulo 5 - Risco Ocupacional e Medidas de Precaues e Isolamento

    22/64

    20

    Curso Infeco relacionada Assistncia Sade - IrAS - verso 1.0 - 2004

    Mdulo 5

    PRECAUESRESPIRATRIASPARAAEROSSIS

    Sempre

    . Mantenha a porta fechada

    . Use mscara especfica (PFF2 ou N95) ao entrar no quarto

    . Lave as mos ao entrar e sair do quarto

    Indicado para

    Tuberculose, sarampo e varicela

    Obs: Isolamento para varicela

    Use tambm luvas e aventais (no estreis) para os cuidados com o paciente

    (associar precaues de contato)

  • 8/2/2019 IRAs - Mdulo 5 - Risco Ocupacional e Medidas de Precaues e Isolamento

    23/64

    21

    Curso Infeco relacionada Assistncia Sade - IrAS - verso 1.0 - 2004

    Mdulo 5

    TUBERCULOSE

    A tuberculose uma doena infecciosa causada pelo bacilo Mycobacterium tuberculosis,

    tambm conhecido como bacilo de Koch.

    Em geral, o Mycobacterium tuberculosisacomete o tecido pulmonar - causando a

    tuberculose pulmonar - mas pode infectar outros rgos por meio da disseminao linftica e hematognica -

    tuberculose extrapulmonar.

    COMOOCORREATRANSMISSODATUBERCULOSE?

    A transmisso da tuberculose ocorre por via area (aerossis). O indivduo portador de tuberculose bacilfera

    (pulmonar ou larngea) elimina atravs da tosse, do espirro, da fala e at da respirao, as gotculas contaminadas de

    diversos tamanhos. As gotculas mais pesadas so depositadas no cho, e as mais leves, ficam em suspenso no

    ar. Estas partculas menores (de 1 a 5 micra) podem ficar suspensas no ar por longos perodos de tempo. Alm disso,

    podem ser facilmente carregadas pelas correntes de ar, disseminando-se por todo o ambiente (quarto do paciente,

    por exemplo) ou at para outros locais do hospital. Estas partculas contaminadas so inaladas e ganham a via area

    do indivduo exposto, atingindo os alvolos.

    Transmisso hospitalar

    A transmisso hospitalar de tuberculose j foi comprovada e bem documentada em diversos estudos publicados. O

    risco de transmisso hospitalar de tuberculose considerado aumentado em reas onde h alta prevalncia de

    pacientes doentes (reas endmicas) ou locais de atendimento a pacientes vindos destas regies, alm de locais com

    altos ndices de doentes com o vrus da imunodeficincia humana (HIV).

    A SEGUIRDISCUTIREMOSALGUMASDOENASDETRANSMISSOPORAEROSSIS

    fonte: projeto IrAS/SP/SP

  • 8/2/2019 IRAs - Mdulo 5 - Risco Ocupacional e Medidas de Precaues e Isolamento

    24/64

    22

    Curso Infeco relacionada Assistncia Sade - IrAS - verso 1.0 - 2004

    Mdulo 5

    EMRELAOSATIVIDADESESPECFICAS, OSPROFISSIONAISQUEESTOSOBMAIORRISCO

    SOAQUELESQUE:

    . Realizam ou assistem necrpsias;

    . Trabalham em locais de procedimentosque estimulam a tosse, principalmentesalas de broncoscopia e deinaloterapia; ou que

    . Trabalham com pacientes

    sintomticos respiratrios (pneumologia, infectologia, pronto-socorro), sem as devidas medidas de proteo.

    A adoo de programas efetivos para

    prevenoda transmisso hospitalar

    da tuberculose de extrema impor-

    tncia.

    No Brasil, as taxas de prevalncia e in-

    cidncia da doena so consideradas

    altas e, por este motivo, a estruturao

    destes programas nas instituies de

    sade extremamente necessria.

    L.O., 34 anos.

    Febre e tosse pouco produtiva h 40 dias. Emagrecimento de

    12 Kg. Usurio de drogas IV. A contagem de linfcitos CD4 foi

    de 280 mm3. O lavado broncoalveolar revelou BAAR, cultura:

    Mycobacterium tuberculosis.

    fonte: Modificado de SmallPM & Fujiwara PI. N Engl J Med 2001; 345(3) 189-200.

  • 8/2/2019 IRAs - Mdulo 5 - Risco Ocupacional e Medidas de Precaues e Isolamento

    25/64

    23

    Curso Infeco relacionada Assistncia Sade - IrAS - verso 1.0 - 2004

    Mdulo 5

    MEDIDASDE CONTROLE

    As medidas de controle da transmisso da tuberculose nas instituies de sade podem ser classificadas em trs

    categorias:Medidas Administrativas, Medidas de Controle Ambiental (Engenharia) eMedidas de Proteo

    Individual.

    1. MEDIDASADMINISTRATIVAS (MAISIMPORTANTES):So consideradas fundamentais e correspondem organizao dos servios para:

    deteco precoce dos pacientes suspeitos;

    rpida realizao do diagnstico e incio do tratamento;

    estabelecimento das medidas de precauo para transmisso area (isolamento).

    Para que estas medidas possam ser aplicadas de forma adequada, imprescindvel que seja definida uma equipe

    responsvel pelo atendimento dos pacientes em todas as etapas; do diagnstico alta do doente e o encaminhamento

    para a unidade de acompanhamento. Esta equipe deve conhecer e divulgar os dados epidemiolgicos da populao

    atendida no servio. Alm disso, deve programar, sistematicamente, treinamentos dos profissionais da instituio.

    Estes treinamentos devem ser apropriados para as necessidades e responsabilidades de cada membro da equipe,

    incluindo:. Dados epidemiolgicos;

    . Transmisso da doena;

    . Risco ocupacional e prticas para sua minimizao;

    . Normas para precaues e isolamento;

    . Uso correto dos equipamentos de proteo individual (EPI);

    . Dados da avaliao do servio (indicadores) e metas para melhorias.

    As medidas administrativas tambm incluem a avaliao e o acompanhamento dos funcionrios.

  • 8/2/2019 IRAs - Mdulo 5 - Risco Ocupacional e Medidas de Precaues e Isolamento

    26/64

    24

    Curso Infeco relacionada Assistncia Sade - IrAS - verso 1.0 - 2004

    Mdulo 5

    1.1. CONTROLEDOSFUNCIONRIOS:

    Est recomendada a triagem para tuberculose, infeco e doena, por meio dos exames pr-admissionais e peridicos,

    incluindo o teste tuberculnico (PPD).

    O funcionrio com teste tuberculnico no reator

    deve ser includo no programa de testagem peri-

    dica com PPD ou vacinao pelo BCG. Indica-

    se a realizao de, pelo menos, um teste anual

    para os funcionrios com potencial para exposi-

    o tuberculose.

    O acompanhamento clnico/radiolgico est

    recomendado para todo funcionrio que apresentar converso tuberculnica recente documentada. Caso no seja

    confirmada doena, est recomendado o incio de quimioprofilaxia com isoniazida.

    Alm disto, para aqueles que apresentarem sinais e/ou sintomas sugestivos de tuberculose, tambm est indicado o

    acompanhamento no servio de medicina do trabalho (ou similar), para avaliao especfica com teste de baciloscopia

    e exames complementares.

    1.1.1. AFASTAMENTODASATIVIDADES:

    O indivduo que apresenta tuberculose pulmonar ou larngea ativa pode ser altamente infectante. No caso de suspeita

    ou diagnstico confirmado, est recomendado o afastamento do PAS das atividades - at que o diagnstico seja

    descartado ou at que esteja sob terapia eficaz antituberculosa e no seja mais considerado infectante.

    A - injeo intra-drmicada tuberculina

    B - formao de ppula deinoculao

    fonte: Manual Tcnico para controle da tuberculose,Ministrio da Sade, 2002.

  • 8/2/2019 IRAs - Mdulo 5 - Risco Ocupacional e Medidas de Precaues e Isolamento

    27/64

    25

    Curso Infeco relacionada Assistncia Sade - IrAS - verso 1.0 - 2004

    Mdulo 5

    2. MEDIDASDE CONTROLE AMBIENTAL

    So tambm conhecidas como medidas de engenharia:

    . controle de ventilao com presso negativa e controle das trocas de ar (6 a 12

    trocas de ar por hora);

    . remoo das partculas infectantes do recinto, com a instalao de filtro HEPA (high

    efficiency particulate air) e/ou irradiao ultravioleta.

    No Brasil, a maioria dos hospitais no dispe de unidades de isolamento respiratrio dotadas de presso negativa,

    filtros HEPA ou irradiao ultravioleta. As medidas de controle ambiental restringem-se existncia de quarto

    privativo.

    Sistema de isolamento - UNIFESP/EPM/DIPA

    Unidade de isolamento para doenas de transmisso respiratria

    do Hospital So Paulo - UNIFESP. So quatro quartos, com dois

    leitos em cada quarto. A Unidade separada do restante da Enfer-

    maria de Doenas Infecciosas por uma porta de vidro, com aber-

    tura e fechamento automtico controlada por um sensor. Existe

    presso negativa no corredor interno da unidade em relao ao

    corredor externo, nas ante-salas dos quartos em relao ao corre-

    dor interno, e no quarto do paciente. O ar que retorna ao ambiente

    filtrado por um sistema de filtros de alta eficcia (HEPA).

  • 8/2/2019 IRAs - Mdulo 5 - Risco Ocupacional e Medidas de Precaues e Isolamento

    28/64

    26

    Curso Infeco relacionada Assistncia Sade - IrAS - verso 1.0 - 2004

    Mdulo 5

    3. MEDIDASDE PROTEO INDIVIDUAL

    Correspondem utilizao do equipamento de proteo respiratria para preveno

    de doenas transmitidas por aerossis, ou seja: as mscaras PFF2 (tipo N95).

    Estas mscaras devem apresentar a capacidade de filtragem das partculas de 3micra de dimetro (ou menor), com eficincia > 95%. As mscaras devem, ainda,

    adaptar-se aos diferentes tipos e tamanhos de rosto, de maneira que no seja

    possvel a entrada de ar no filtrado.

    Quanto utilizao, recomenda-se que sejam individuais (uma para cada PAS) e

    podem ser usadas por um longo perodo - desde que permaneam ntegras, limpas

    e secas.

    A mscara PFF2 deve ser utilizada pelo PAS nas seguintes situaes:

    . Dentro dos quartos de pacientes com tuberculose bacilfera (pulmonar ou larngea)

    suspeita ou confirmada;

    . Em locais onde ocorram procedimentos indutores de tosse e geradores de aerossis

    (ex.: salas de broncoscopia, salas inaloterapia, laboratrios de micobacteriologia).

    Cabe ressaltar que:

    As mscaras comuns (tipo cirrgica) no oferecem proteo adequada aos PAS, em

    se tratando de aerossis (tuberculose, varicela e sarampo). A mscara comum est

    indicada para os pacientes bacil feros, quando estiverem fora do quarto de isolamento

    (ex.: encaminhamento para exames), com o objetivo de conter as partculas no momento em que so geradas.

    Para saber mais, consulte o site do NIOSH:

    http://www.cdc.gov/niosh/homepage.html

    Exemplo de mscara (PFF2) para a preveno de

    doenas transmissveis por aerossis (ex.: tuberculose).

    As mscaras devem ser adaptadas ao formato do ros-

    to, de forma que no seja possvel a entrada de ar no

    filtrado. Estas mscaras no so de uso nico, e podem

    ser reaproveitadas, desde que mantenham-se secas e

    limpas.

  • 8/2/2019 IRAs - Mdulo 5 - Risco Ocupacional e Medidas de Precaues e Isolamento

    29/64

    27

    Curso Infeco relacionada Assistncia Sade - IrAS - verso 1.0 - 2004

    Mdulo 5

    Importante !!!

    Na ocorrncia de surtos de varicela, os

    rgos competentes de Vigilncia

    Epidemiolgica devem ser notificados.

    VARICELA

    A varicela uma doena altamente contagiosa, causada pelo vrus Varicela-zoster (VVZ). Sua

    evoluo geralmente benigna, mas em alguns casos, pode levar srias complicaes. Pode ocorrer

    durante todo o ano, porm, observa-se um aumento do nmero de casos no perodo que se estende do

    fim do inverno at a primavera (agosto a novembro), sendo relatado, neste perodo, a ocorrncia de

    surtos em creches, escolas e em hospitais. A transmisso hospitalar do VVZ bastante conhecida.

    Manifestao Clnica

    A principal manifestao clnica caracterizada pela presena de vesculas disseminadas em todo o corpo,

    que evoluem para crostas at a cicatrizao (em torno de 5 a 6 dias) - sendo esse tempo prolongado se

    houver imunodepresso associada.

    Perodo de Incubao

    O perodo de incubao varia de 14 a 21 dias, podendo ser mais curto em

    pacientes imunodeprimidos e mais longo aps o uso de imunoglobulina.

    Transmisso

    A transmisso ocorre por:

    . disseminao area de partculas virais (aerossis)

    . contato direto ou indiretos com as leses.

    O perodo de maior transmissibilidade inicia-se dois dias antes do aparecimento das vesculas, e vai at a fase

    de crosta - geralmente de cinco a seis dias aps o incio das leses, sendo esse tempo prolongado se houver risco

    de imunodepresso associada.

  • 8/2/2019 IRAs - Mdulo 5 - Risco Ocupacional e Medidas de Precaues e Isolamento

    30/64

    28

    Curso Infeco relacionada Assistncia Sade - IrAS - verso 1.0 - 2004

    Mdulo 5

    Preveno

    A vacina contra a varicela produto de vrus vivo atenuado, com eficcia de 90% contra a infeco e de 95%

    contra as formas graves da doena. Deve ser indicada rotineiramente aos profissionais de sade que no tenham

    antecedentes de doena ou de vacinao - principalmente naqueles que trabalham em unidades peditricas.

    Qual a conduta recomendada diante de caso suspeito ou confirmado de varicela em um paciente internado?

    . Recomendaes relacionadas ao caso ndice: manter precaues de contato e por aerossis

    durante o perodo de transmissibilidade da doena.

    . Recomendaes relacionadas aos comunicantes hospitalar: na ocorrncia de varicela em

    uma enfermaria, devido ao risco de disseminao da doena, est indicada a utilizao de precaues

    por aerossis aos pacientes suscetveis comunicantes do caso - por um perodo de at 21 dias

    aps a exposio para os comunicantes imunocompetentes - e 28 dias para os comunicantes

    imunodeprimidos. Os comunicantes podem compartilhar o mesmo quarto.

    Estes pacientes devem receber alta hospitalar o mais rapidamente possvel, permanecendo apenas

    aqueles cuja internao seja imprescindvel.

    Caso qualquer comunicante apresente a doena, reiniciar a contagem do novo perodo de 21 dias para isolamento

    e/ou vacinao de novos pacientes.

  • 8/2/2019 IRAs - Mdulo 5 - Risco Ocupacional e Medidas de Precaues e Isolamento

    31/64

    29

    Curso Infeco relacionada Assistncia Sade - IrAS - verso 1.0 - 2004

    Mdulo 5

    Vacinao ps-exposio

    Consiste na vacinao de bloqueio e deve ser realizada at 72 horas aps o contato com o caso ndice, nosseguintes casos:

    Havendo a necessidade de internar pessoas suscetveis durante este perodo, a vacinao est recomendada para

    estes indivduos. Os profissionais de sade suscetveis, comunicantes e no vacinados, que necessitarem manter as

    atividades em local com pacientes suscetveis varicela, devem usar mscara cirrgica do 8 ao 21 dia - para evitar

    a possibilidade de transmisso respiratria, caso venham a desenvolver a doena.

    . Pessoas imunocompetentes suscetveis doena e internadas em enfermaria onde haja

    caso de varicela;

    . Profissionais de sade suscetveis do local onde haja caso de varicela.

    Imunoglobulina especfica (VZIG)

    Deve-se dar especial ateno aos comunicantes suscetveis com alto risco de desenvolver formas graves da doena.

    Nestes casos, uma avaliao cuidadosa do contato de suma importncia para uma indicao mais precisa.

    A imunoglobulina especfica (VZIG) preparada com o soro de pacientes que apresentaram zoster e contm elevados

    ttulos de anticorpos, devendo ser administrada em at 96 horas do contato com o caso ndice. A dose deve ser de

    125 UI para cada 10 kg de peso (dose mnima de 125 UI e dose mxima de 625 UI), administrada IM. A VZIG pode

    ser encontrada nos centros de referncia do Ministrio da Sade para imunobiolgicos.

  • 8/2/2019 IRAs - Mdulo 5 - Risco Ocupacional e Medidas de Precaues e Isolamento

    32/64

    30

    Curso Infeco relacionada Assistncia Sade - IrAS - verso 1.0 - 2004

    Mdulo 5

    Consideram-se as seguintes indicaes (VZIG):

    . pacientes imunodeprimidos;

    . gestantes suscetveis, devido ao risco de complicao materna;

    . RNs de mes que apresentam varicela nos ltimos cinco dias antes e at 48 horas aps o parto;

    . RNs prematuros > 28 semanas de gestao, cuja me no teve varicela;

    . RNs < 28 semanas de gestao, independente de histria materna de varicela.

    Quanto tempo dura a proteo conferida pela VZIG?

    A durao exata da proteo conferida pela VZIG no bem estabelecida. Assim, se uma segunda exposioocorrer aps trs semanas de sua administrao, e o estado imune no tiver sido restabelecido, outra dose deve

    ser aplicada.

    Uso do aciclovir ps-exposio

    O uso de aciclovir ps-exposio controverso. Alguns autores referem que pode ser uma alternativa em situaes

    especiais.

    importante lembrar que, mesmo utilizando a vacina e/ou a imunoglobulina hiperimune,

    existe a possibilidade de que um pequeno percentual de pessoas desenvolva a doena. Portanto,

    as precaues devem ser institudas da mesma forma.

  • 8/2/2019 IRAs - Mdulo 5 - Risco Ocupacional e Medidas de Precaues e Isolamento

    33/64

    31

    Curso Infeco relacionada Assistncia Sade - IrAS - verso 1.0 - 2004

    Mdulo 5

    3. PRECAUESCOMGOTCULAS

    Indicaes: Pacientes portadores ou com infeco por microorganismos transmissveis por gotculas, que podem ser

    gerados por tosse, espirro, conversao. Exemplos: parotidite, coqueluche, difteria, rubola, meningite por meningococos,sndrome aguda respiratria grave (pneumonia asitica).

    Internao de paciente: quarto privativo ou, caso no seja possvel, em quarto de paciente com infeco pelomesmo microorganismo (coorte); a distncia mnima entre os leitos deve ser de um metro.

    Mscara: deve ser utilizada quando a proximidade com o paciente for menor de um metro.

    Transporte de paciente: limitado, mas quando necessrio, utilizar mscara cirrgica para o paciente.

    Visitas: restritas e orientadas.

    PRECAUESRESPIRATRIASPARA GOTCULAS

    Sempre

    . Lave as mos ao entrar e sair do quarto

    . Use mscara cirrgica ao entrar no quarto e em distncia inferior a 1

    metro do paciente.

    Indicado para

    . Rubola, caxumba

    . Meningite meningoccica

    . Outras infeces de transmisso area por gotculas

  • 8/2/2019 IRAs - Mdulo 5 - Risco Ocupacional e Medidas de Precaues e Isolamento

    34/64

    32

    Curso Infeco relacionada Assistncia Sade - IrAS - verso 1.0 - 2004

    Mdulo 5

    A SEGUIRDISCUTIREMOSALGUMASDOENASDETRANSMISSOPORGOTCULAS

    DOENA MENINGOCCICA

    A doena meningoccica geralmente adquirida na comunidade, podendo ser causada por uma variedadede sorogrupos de Neisseria meningitidis. Essa doena apresenta sazonalidade, sendo mais freqente

    no inverno. Porm, pode aparecer durante o ano todo. A Neisseria meningitidis transmitida por

    meio da via area, por gotculas. O perodo de incubao de 2 a 10 dias, em mdia trs a quatro

    dias, e o perodo de transmissibilidade dura enquanto houver agente na nasofaringe. Em geral, aps

    24 horas de antibioticoterapia eficaz, o meningococo desaparece da nasofaringe.

    A) TRANSMISSO HOSPITALAR

    A transmisso hospitalar de Neisseria meningitidis incomum. A transmisso de paciente para

    profissionais foi descrita em raros casos, nos quais as precaues apropriadas no foram usadas durante o contato

    com as secrees respiratrias de pacientes com meningococcemia ou meningite meningoccica - ou durante o

    manuseio de material clnico para exames laboratoriais.

    B) RISCOPARAOS PAS

    A Neisseria meningitidis pode causar infeces do trato respiratrio superior e, nestes casos, o risco de transmisso

    do agente maior do que nos casos de meningite ou meningococcemia - principalmente se o paciente apresentartosse produtiva.

    O risco do profissional da rea da sade (PAS) adquirir doena meningoccica pelo contato casual (ex.: limpar quartos

    ou entregar bandejas de alimentos) parece ser irrelevante.

    fonte:http://www.soundmedicine.iu.edu

  • 8/2/2019 IRAs - Mdulo 5 - Risco Ocupacional e Medidas de Precaues e Isolamento

    35/64

    33

    Curso Infeco relacionada Assistncia Sade - IrAS - verso 1.0 - 2004

    Mdulo 5

    SOCONSIDERADASSITUAESDERISCOPARAOS PAS:

    contatos intensos e desprotegidos (sem uso de mscara) com pacientes com infeco durante exame de orofaringe;

    entubao endotraqueal;

    aspiraode vias areas;

    manobrasde respirao boca-a-boca durante reanimao.

    C) MEDIDAS DE PREVENO DE EXPOSIO OCUPACIONAL NEISSERIA

    MENINGITIDIS

    Identificao precoce dos casos suspeitos para incio imediato do tratamento e das

    precaues respiratrias para gotculas;

    Manter os pacientes suspeitos/confirmadossob precaues respiratrias para gotculas

    at 24 horas da terapia antimicrobiana efetiva;

    Adeso s precaues respiratriaspara gotculas durante o perodo indicado.

    D) PROFILAXIA PS-EXPOSIONEISSERIAMENINGITIDIS(PAS)

    QUANDOAQUIMIOPROFILAXIADEROTINARECOMENDADA?

    A quimioprofilaxia de rotina, aps o atendimento de um paciente com doena meningoccica, NO recomendada aos profissionais da sade.

    Considerando o rpido aparecimento dos

    casos secundrios de Neisseria

    meningitidis - geralmente dentro da

    primeira semana - recomenda-se que a

    quimioprofilaxia deva ser iniciada, de

    preferncia, imediatamente aps a

    exposio.

  • 8/2/2019 IRAs - Mdulo 5 - Risco Ocupacional e Medidas de Precaues e Isolamento

    36/64

    34

    Curso Infeco relacionada Assistncia Sade - IrAS - verso 1.0 - 2004

    Mdulo 5

    Porm, est indicada nos casos nos quais as precaues respiratrias para gotculas no tenham sido usadas e houve

    exposio secrees respiratrias, tais como:

    entubao endotraqueal;

    aspirao de secrees e

    . ressuscitao boca-a-boca.

    E) DROGASUTILIZADAS

    A droga de escolha para quimioprofilaxia a rifampicina, administrada em adultos, por via oral, na dosagem de 600

    mg, a cada 12 horas, por dois dias. Drogas como ceftriaxona(250 mg intramuscular) ou ciprofloxacina (500 mg

    via oral) em regimes de dose nica, podem ser utilizadas como alternativa rifampicina.

    F) IMUNOPROFILAXIA - VACINAO

    A vacina quadrivalente (A,C,Y, W-135) tem sido usada para controlar surtos comunitrios causados pelo sorogrupo

    C, mas no est recomendada para profilaxia ps-exposio em servios de sade.

    Contudo, a vacinao pr-exposio deve ser considerada para profissionais de laboratrio que manipulam, rotineiramente,

    os preparados de Neisseria meningitidis.

    ATENO!

    A profilaxia antimicrobiana pode erradicar a Neisseria meningitidis e

    prevenir infeces em PAS expostos grande quantidade de secreo

    durante contato desprotegido.

  • 8/2/2019 IRAs - Mdulo 5 - Risco Ocupacional e Medidas de Precaues e Isolamento

    37/64

    35

    Curso Infeco relacionada Assistncia Sade - IrAS - verso 1.0 - 2004

    Mdulo 5

    Saiba mais:

    Em 2003, segundo dados da OMS,

    durante a epidemia de SRAG foram

    registrados 8.422 casos provveis,

    com 916 bitos.

    No Brasil, foram registrados 53 casos, notificados em 13 estados do pas. Destes, um caso suspeito, trs casos

    provveis e outros 49 casos foram descartados no decorrer de 2003. Aps concluso da investigao, todos os casos

    foram descartados.

    importante saber que, devido ao risco do aparecimento de novos

    casos e sua rpida disseminao e gravidade, a SRAG requeriu uma

    ao global gil e integrada. Para tanto, foi necessrio a manuteno

    de vigilncia ativa para este agravo, em todos os nveis.

    SNDROME RESPIRATRIA AGUDA GRAVE SRAG

    A Sndrome Respiratria Aguda Grave(SRAG ou pneumonia asitica) uma doena viral respiratria, causada

    por um coronavrus. A ocorrncia desta infeco est relacionada alta morbi-mortalidade.

    O aparecimento da SRAG demonstra o potencial que uma nova doena tem em se difundir globalmente (pandemia),

    com considervel impacto scio-econmico nas reas atingidas.

    As seguintes medidas rapidamente efetivadas so de significativa importncia na preveno e controle globaldeste agravo:

    identificao precoce e notificao imediata dos casos

    isolamento de casos suspeitos

    monitoramento de contatos

    controle de infeco

    . diagnstico laboratorial

  • 8/2/2019 IRAs - Mdulo 5 - Risco Ocupacional e Medidas de Precaues e Isolamento

    38/64

    36

    Curso Infeco relacionada Assistncia Sade - IrAS - verso 1.0 - 2004

    Mdulo 5

    SAIBAMAISSOBRE SRAG:

    Agente etiolgico: vrus da famlia CORONAVIRIDAE.

    Transmisso:A transmisso da SRAG ocorre por contato direto (pessoa-a-pessoa) e por meio de

    gotculas e, provavelmente, pelas fezes. H evidncias de que o coronavrus pode ser transmitido

    tambm por aerossis.

    Estudos documentam a estabilidade do vrus, no meio ambiente por dias, gerando a possibilidade de

    transmisso por fmites.

    Perodo de incubao: de 2 a 10 dias aps a exposio.

    MEDIDASDE PREVENOE CONTROLE:

    Identificao precoce dos casos suspeitos para incio imediato do tratamento e das precaues de

    contato e respiratrias para aerossis para pacientes provenientes de reas de risco durante a epidemia;

    Manter os pacientes suspeitos/confirmados sob precaues de contato e respiratrias para aerossis

    durante o perodo indicado.

    Consulte o Quadro de Doenas (meca-

    nismos de transmisso, tipo e perodo

    de precauo) no site do curso ou no

    CD rom.

  • 8/2/2019 IRAs - Mdulo 5 - Risco Ocupacional e Medidas de Precaues e Isolamento

    39/64

    37

    Curso Infeco relacionada Assistncia Sade - IrAS - verso 1.0 - 2004

    Mdulo 5

    ORIENTAES ESPECFICAS

    BERRIO

    Os recm-nascidos com infeco raramente necessitam de um quarto especial

    para isolamento, pois apresentam BAIXACAPACIDADEDEDISPERSODE

    MICROORGANISMOS - sendo a transmisso controlada atravs da lavagem

    das mos e pela implantao das precaues-padro (luvas e avental,

    quando necessrio).

    Para as doenas transmitidas por via area, quando so envolvidas apenas as

    gotculas respiratrias, a incubadora fornece barreira adequada - se mantidas

    as precaues-padro associadas.

    Um ambiente isolado necessrio apenas para patologias transmitidas

    por aerossis.

  • 8/2/2019 IRAs - Mdulo 5 - Risco Ocupacional e Medidas de Precaues e Isolamento

    40/64

    38

    Curso Infeco relacionada Assistncia Sade - IrAS - verso 1.0 - 2004

    Mdulo 5

    Sndromes Clnicas ou implantao

    de precaues empricas para pre-

    veno de transmisso de patgenos

    epidemiologicamente importantes, an-

    tes da confirmao do diagnstico.

    PRECAUES EMPRICAS

    Consulte o Quadro de Doenas (meca-nismos de transmisso, tipo e perodo

    de precauo) no site do curso ou no

    CD rom.

  • 8/2/2019 IRAs - Mdulo 5 - Risco Ocupacional e Medidas de Precaues e Isolamento

    41/64

    39

    Curso Infeco relacionada Assistncia Sade - IrAS - verso 1.0 - 2004

    Mdulo 5

    5. IMUNIZAODO PROFISSIONALDA READA SADE

    Voc j sabe que os profissionais da rea da sade (PAS) esto expostos a um risco maior de adquirir determinadas

    infeces que a populao em geral. Por isso, importante salientar que algumas delas so imunologicamente prevenveis.

    A imunizao uma medida de preveno recomendada, com excelentes repercusses. Os benefcios incluem:

    proteo individual,

    interrupo da disseminao de doenas infecciosas e de alguns surtos hospitalares e

    proteo indireta de pessoas no vacinadas da comunidade, para algumas doenas.

    A imunizao pode ser:

    ativa, por meio de vacinas, que oferecem uma proteo duradoura e

    passiva, pelo uso de imunoglobulinas, que oferecem curto perodo de proteo.

    Lembre-se que a Comisso de Controle de Infeco Hospitalar (CCIH) pode, em conjunto com Servios de

    Sade do Trabalhador e Vigilncia Epidemiolgica, contribuir e participar da elaborao de normas e preceitos

    para imunizao dos PAS e de pacientes hospitalizados - considerando-se as caractersticas da instituio,

    localidade e tipo de atividade do PAS.

    ALMDISSO, QUANDOPARTEDEUMPROGRAMADESADEPARAPROFISSIONAIS,

    REDUZPERDASCOMDIASDEAFASTAMENTODASATIVIDADES, ECUSTOSRELACIONADOS

    AODIAGNSTICO, TRATAMENTOECONTROLEDAINFECO.

  • 8/2/2019 IRAs - Mdulo 5 - Risco Ocupacional e Medidas de Precaues e Isolamento

    42/64

    40

    Curso Infeco relacionada Assistncia Sade - IrAS - verso 1.0 - 2004

    Mdulo 5

    QUEMEDIDASDEVEMSERADOTADASQUANTOAO PAS RECM-CONTRATADO?

    O PAS recm-contratado deve ter, em sua ficha mdica admissional, dados precisos quanto ao seu estado imunolgico.

    Na ausncia destes dados, ou constatada uma inadequada proteo, deve contar, imediatamente, com um plano de

    imunizao a ser executado.O momento ideal para recomendar a imunizao ativa antes do incio do contato com ospacientes. Em condies especiais, outros imunobiolgicos podem ser indicados aos PAS. Nas situaes com risco

    aumentado de exposio - tanto relativa s caractersticas epidemiolgicas da regio, como ao tipo de atividade

    que o profissional exerce - a imunizao para tais doenas deve ser considerada. A imunizao passiva pode estar

    indicada aos profissionais susceptveis diante de algumas exposies de risco. Um exemplo freqente desta indicao

    o uso de imunoglobulina, como profilaxia ao vrus da hepatite tipo B, descrito no texto referente EXPOSIOOCUPACIONALCOM MATERIAL BIOLGICO.

    Vacinas recomendadaspara PAS

    Veja mais detalhes

    referentes vacinao de

    PAS, disponveis nos

    Quadros, nas pginas

    seguintes.

  • 8/2/2019 IRAs - Mdulo 5 - Risco Ocupacional e Medidas de Precaues e Isolamento

    43/64

    41

    Curso Infeco relacionada Assistncia Sade - IrAS - verso 1.0 - 2004

    Mdulo 5

    * Engerix

    ** risco de sangramento

    *** IMPORTANTE!

    Sempre verificar as recomendaes do

    fabricante quanto dose, volume e

    via especfica de administrao.

    Vacinas recomendadas para PAS

  • 8/2/2019 IRAs - Mdulo 5 - Risco Ocupacional e Medidas de Precaues e Isolamento

    44/64

    42

    Curso Infeco relacionada Assistncia Sade - IrAS - verso 1.0 - 2004

    Mdulo 5

    * Engerix

    ** risco de sangramento

    *** IMPORTANTE!

    Sempre verificar as recomendaes do

    fabricante quanto dose, volume e via

    especfica de administrao.

    Vacinas recomendadas para PAS

  • 8/2/2019 IRAs - Mdulo 5 - Risco Ocupacional e Medidas de Precaues e Isolamento

    45/64

    43

    Curso Infeco relacionada Assistncia Sade - IrAS - verso 1.0 - 2004

    Mdulo 5

    Estudos de Casos

    CASO 1

    Paciente R. N. P., sete anos, internada na enfermaria peditrica desde 20/08.Hoje, dia 25/08 feito o diagnstico de Varicela e a CCIH notificada.

    Qual a conduta a ser tomada diante deste caso?

    As condutas relacionadas a este caso abordam o paciente infectado e os comunicantes do caso, conforme abaixo:

    Manter precaues de contato e aerossis do paciente infectado

    Identificar os comunicantes no imunes (com risco de desenvolver e transmitir a doena)

    . Manter precaues areas at 21 dias aps o ltimo contato

    . Identificar os indivduos de maior risco (prematuros < 28 semanas ou < 1 kg; indivduos imunodeprimidos expostos e

    gestantes) para indicar a quimioprofilaxia com imunoglobulina

    Afastamento e/ou remanejamento de profissionais de sade susceptveis:

    Somente os profissionais de sade imunes devero ter contato direto com pacientes com suspeita ou infeco

    confirmada pelo VVZ. Os profissionais susceptveis devem ser remanejados para setores onde no seja necessrio

    contato direto com o paciente. Os profissionais que venham a apresentar leses de pele, febre e sintomas sistmicos

    devem ser afastados, at que todas leses estejam em fase de crosta - em mdia, cinco dias aps incio das leses.

    Profissionais de sade com histria negativa ou no confirmada de varicela - necessitam de avaliao quanto

    necessidade da utilizao da VZIG aps contato com caso de varicela - da mesma forma que pacientes no

    imunodeprimidos. Testes sorolgicos rpidos podem auxiliar na definio da necessidade do uso da VZIG.

  • 8/2/2019 IRAs - Mdulo 5 - Risco Ocupacional e Medidas de Precaues e Isolamento

    46/64

    44

    Curso Infeco relacionada Assistncia Sade - IrAS - verso 1.0 - 2004

    Mdulo 5

    B.P.A, biomdica, notifica seu acidente com tubo de coleta de sangue de uma

    paciente da hemodilise, com sorologia positiva para hepatite tipo B.

    A funcionria relata que recebeu apenas uma dose da vacina para hepatite tipo B

    h aproximadamente seis meses, e estava sem luva quando ocorreu o acidente.

    CASO 2

    Qual a conduta a ser tomada diante deste caso?

    Orientar a funcionria quanto adeso s medidas preventivas e alertar sobre os riscos ps-exposio

    Indicar a continuidade do esquema vacinal e a administrao da imunoglobulina contra a hepatite tipo B (HBIG),

    de preferncia nas primeiras 24 horas.

    Realizar a sorologia para HIV, hepatites B e C da funcionria e do paciente-fonte (termo de consentimento), no

    momento do acidente

    Realizar o acompanhamento sorolgico da funcionria aps trs e seis meses do acidente

  • 8/2/2019 IRAs - Mdulo 5 - Risco Ocupacional e Medidas de Precaues e Isolamento

    47/64

    45

    Curso Infeco relacionada Assistncia Sade - IrAS - verso 1.0 - 2004

    Mdulo 5

    CASO 3

    GPS, quatro anos de idade, sexo masculino, d entrada no pronto-socorro de umhospital s 9h do dia 25/01. A me refere que a criana est apresentando febrealta de 39,5 C, dor de cabea e nuseas desde a tarde do dia anterior. O mdicofaz o exame fsico da criana e, ao examinar a cavidade orofarngea sem utilizarmscara, GPS apresenta bastante tosse. O mdico solicita exames laboratoriais

    e colhe lquor. GPS fica em observao no box do PS. s 12h, a copeira leva a dieta ao pacientee acompanhante, deixando-a na mesa de cabeceira. s 12h10min, o mdico volta a avaliar acriana e recebe o resultado do lquor, que indica um meningite bacteriana, e a prova de aglutinaodo ltex reagente para meningococo.

    Diante deste caso, pergunta-se:

    Qual o tipo de isolamento que o mdico deve prescrever ao paciente e durante quanto tempo?

    O paciente deve ser mantido sob Precaues Respiratrias para gotculas durante 24 horas aps o incio da

    teraputica efetiva.

    H indicao de quimioprofilaxia entre os funcionrios que entraram em contato com a criana?

    Especifique cada funcionrio, a indicao ou no e explique o motivo da conduta.

    Sim, h indicao de quimioprofilaxia para os profissionais que sofreram exposio de risco e estavam desprotegidos,

    ou seja: sem usar mscara. No caso, realizar quimioprofilaxia para o mdico que foi exposto secrees

    respiratrias. Quanto ao contato da copeira com o paciente e sua acompanhante, no considerado de risco, e

    no h necessidade de realizar quimioprofilaxia.

  • 8/2/2019 IRAs - Mdulo 5 - Risco Ocupacional e Medidas de Precaues e Isolamento

    48/64

    46

    Curso Infeco relacionada Assistncia Sade - IrAS - verso 1.0 - 2004

    Mdulo 5

    Questes

    1) UMAMDICAPLANTONISTADO PS, VACINADACOMTRSDOSESDEVACINA

    PARA HEPATITE TIPO B, PERFURA O DEDO COM A AGULHA QUE USOU PARA

    COLETA DE GASOMETRIA DE UM PACIENTE COM HIPTESE DIAGNSTICA DE

    PNEUMONIA PORP. CARINII. APS TRS HORAS DO ACIDENTE, A CCIH

    NOTIFICADA.

    A CONDUTACORRETAASERADOTADANESTECASO:

    a) ( ) Solicitar do funcionrio e do paciente-fonte o teste rpido para o HIV e demais sorologias (hepatites B e C). De

    acordo com o resultado, indicar ou no a quimioprofilaxia

    b) ( ) Indicar imediatamente a quimioprofilaxia expandida para o HIV com trs drogas e reavaliar a indicao assim que

    o resultado da sorologia para o HIV estiver disponvel. Alm disso, solicitar as sorologias para hepatites B e C para o

    funcionrio e para o paciente

    c) ( ) Oferecer a quimioprofilaxia para o HIV e imunoglobulina para Hepatite tipo B para o profissional

    d) ( ) Indicar quimioprofilaxia para o HIV, hepatites B e C, independentemente do resultado das sorologias da fonte

    e) ( ) Nenhuma das anteriores

  • 8/2/2019 IRAs - Mdulo 5 - Risco Ocupacional e Medidas de Precaues e Isolamento

    49/64

    47

    Curso Infeco relacionada Assistncia Sade - IrAS - verso 1.0 - 2004

    Mdulo 5

    2) UMMDICOCIRURGIORELATAQUETOMOUOESQUEMACOMPLETODAVACINAPARA

    HEPATITETIPO B H 11 ANOS.

    APSTRSMESESDAVACINAO, REALIZOUOANTI-HBSEORESULTADOFOIPOSITIVO.

    HUMMS, CONTAQUEREALIZOUNOVAMENTEOEXAMEEFOINEGATIVO. A CONDUTAADEQUA-

    DAPARAESTASITUAO:

    a) ( ) Realizar o reforo com uma dose da vacina para Hepatite tipo B

    b) ( ) Orientar o profissional para o fato de que a queda da titulao de anti-HBs no indica que ele no est

    imune. Portanto no necessita repetir o esquema vacinal

    c) ( ) Orientar o profissional para o fato de que a queda da titulao de anti-HBs indica que ele no est imune.

    Portanto necessita repetir o esquema vacinal

    d) ( ) Repetir a sorologia e investigar estado de portador

    e) ( ) Repetir a sorologia, desconfiando do resultado do exame, pois uma vez positivo, no como h como negativar

  • 8/2/2019 IRAs - Mdulo 5 - Risco Ocupacional e Medidas de Precaues e Isolamento

    50/64

    48

    Curso Infeco relacionada Assistncia Sade - IrAS - verso 1.0 - 2004

    Mdulo 5

    3) NA UNIDADEDE PEDIATRIA, UMAENFERMEIRADE 26 ANOSRELATANOTERHISTRIA

    PRVIADEVARICELA, ESOLICITAORIENTAOSOBREAVACINACONTRAAVARICELA.

    A ORIENTAOADEQUADAPARAESTAPROFISSIONAL:

    a) ( ) Indicar a vacina contra a varicela e orient-la quanto sua alta eficcia

    b) ( ) Solicitar a sorologia para varicela e aguardar o resultado, para tomar a conduta adequada

    c) ( ) Remanejar a funcionria de setor, pois a vacina no eficaz e como ela est na idade frtil, seria um alto ris-

    co

    d) ( ) Indicar a vacina contra a varicela e orient-la quanto necessidade de remanejamento de setor, pois a efic-

    cia da vacina baixa

    e) ( ) Orient-la a receber imunoglobulina apenas nos casos de exposio a paciente com a doena

  • 8/2/2019 IRAs - Mdulo 5 - Risco Ocupacional e Medidas de Precaues e Isolamento

    51/64

    49

    Curso Infeco relacionada Assistncia Sade - IrAS - verso 1.0 - 2004

    Mdulo 5

    4) CONSIDEREOPERFILDAINSTITUIOEASVACINASPRIORITRIASCONTRAASDOENASABAIXOPARARESPONDERPRXIMAQUESTO.

    A) Hospital Geral

    B) Hospital Peditrico

    C) Hospital referncia para o Transplante Cardaco

    D) Maternidade

    1) Hepatite tipo B

    2) Varicela

    3) Influenza

    4) Hepatite A

    5) Tuberculose

    Marque a alternativa que corresponde a sua indicao, como prioridade, para os profissionais da sua

    instituio de sade:

    a) ( ) A - 2, 4, 5

    b) ( ) B - 1, 2, 5

    c) ( ) C - 1, 2, 4

    d) ( ) D - 1, 2, 3

    e) ( ) Alternativas c e d esto corretas

  • 8/2/2019 IRAs - Mdulo 5 - Risco Ocupacional e Medidas de Precaues e Isolamento

    52/64

    50

    Curso Infeco relacionada Assistncia Sade - IrAS - verso 1.0 - 2004

    Mdulo 5

    5) UMAINSTITUIODEGRANDEPORTE - QUEATENDEDIVERSASESPECIALIDADES - PRETENDEDISPONIBILIZAR, GRATUITAMENTE, AVACINACONTRAAGRIPEPARAPROFISSIONAISDEALGUNSSETORES. ENTRE OSSETORESABAIXO, INDIQUE AQUELESQUEVOCELEGERIAPARARECEBERAVACINA:

    a) ( ) Internao, Central de Materiais, Laboratrio de Analises Clnicas

    b) ( ) Unidades de pacientes de alto risco (ex: UTIs, unidades de pacientes imunodeprimidos)

    c) ( ) Apenas os setores que prestam atendimento peditrico

    d) ( ) Pronto-Atendimento, Ambulatrio e UTI Neo-natal

    e) ( ) Nenhuma das anteriores

    6) INDIQUEOSTIPOSDEPRECAUOEOTEMPONECESSRIOPARAAPREVENODETRANSMISSOOCUPACIONALDEPEDICULOSE:

    a) ( ) Precaues Padro isoladamente por 24 horas de internao

    b) ( ) Precaues Respiratrias para Gotculas durante a durao da doena

    c) ( ) Precaues de Contato por 24 horas de terapia efetiva

    d) ( ) Precaues de Contato durante tempo de internao do paciente

    e) ( ) Precaues Padro isoladamente por 24 horas de terapia efetiva

  • 8/2/2019 IRAs - Mdulo 5 - Risco Ocupacional e Medidas de Precaues e Isolamento

    53/64

    51

    Curso Infeco relacionada Assistncia Sade - IrAS - verso 1.0 - 2004

    Mdulo 5

    7) INDIQUEOTIPODEMSCARAQUEDEVESERUSADANOPACIENTE, DURANTEOSEUTRANSPORTE,CONSIDERANDOO DIAGNSTICODEMENINGOCOCCEMIAAINDANAS PRIMEIRASDOZEHORASDETRATAMENTO:

    a) ( ) Mscara comum (tipo cirrgica)

    b) ( ) Mscara tipo PFF2 (N95)

    c) ( ) Duas mscaras: uma comum (tipo cirrgica) e uma tipo N95

    d) ( ) Mscara comum (tipo cirrgica), somente se o paciente estiver tossindo

    e) ( ) No h necessidade de usar mscaras nestes casos

    8) CONSIDERANDOQUE, DURANTEOPERODODEINTERNAODEUMPACIENTECOMDIAGNSTICODE SNDROME RESPIRATRIA AGUDA GRAVE (SRAG), DEVEMSERINSTITUDASAS PRECAUESRESPIRATRIASPARA AEROSSISE CONTATO, INDIQUEOSEQUIPAMENTOSDEPROTEOINDIVI-DUALQUEOSPROFISSIONAISDEVEMUSARPARAPRESTAROSCUIDADOSDURANTEAASPIRAODASVIASAREASSUPERIORES.

    a) ( ) Mscara comum (tipo cirrgica), protetor ocular, avental e luvas

    b) ( ) Mscara tipo PFF2 (N95), protetor ocular, avental e luvas

    c) ( ) Mscara tipo PFF2 (N95), protetor ocular e luvas

    d) ( ) Mscara comum (tipo cirrgica), avental e luvas

    e) ( ) Mscara tipo PFF2 (N95), avental e luvas

  • 8/2/2019 IRAs - Mdulo 5 - Risco Ocupacional e Medidas de Precaues e Isolamento

    54/64

    52

    Curso Infeco relacionada Assistncia Sade - IrAS - verso 1.0 - 2004

    Mdulo 5

    9) INDIQUEOMOMENTOADEQUADOPARASUSPENDEROISOLAMENTONOCASODEUMPACIENTEINTERNADOCOMDIAGNSTICODETUBERCULOSEPULMONARBACILFERA:

    a) ( ) Aps 24 horas de teraputica efetiva e novas coletas para pesquisa de BAAR

    b) ( ) Aps uma semana de teraputica efetiva e trs amostras de BAAR negativas

    c) ( ) Aps duas semanas de teraputica efetiva e duas amostras de BAAR negativas

    d) ( ) Aps duas semanas de teraputica efetiva e trs amostras de BAAR negativas

    e) ( ) Aps 24 horas de teraputica eficaz e trs amostras de BAAR negativas

    10 ) SOBREA TUBERCULOSE, ASSINALEAALTERNATIVAINCORRETA:

    a) ( ) O risco de transmisso nosocomial de tuberculose considerado aumentado nas reas onde h alta

    prevalncia de pacientes portadores

    b) ( ) A transmisso da tuberculose ocorre por via area, por meio de partculas chamadas aerossis, que medem 5

    micra ou menos

    c) ( ) Para os pacientes com tuberculose extra-pulmonar - por exemplo a larngea no h necessidade de pesquisar

    BAAR no escarro e manter isolamento

    d) ( ) Dentre as medidas administrativas, a avaliao e o controle dos PAS uma medida fortemente recomendada

    s instituies nas quais h o atendimento de pacientes portadores de tuberculose

    e) ( ) A mscara comum est indicada para pacientes com tuberculose bacilfera, quando estiverem fora do quarto

    de isolamento ou durante o transporte para exames, por exemplo

  • 8/2/2019 IRAs - Mdulo 5 - Risco Ocupacional e Medidas de Precaues e Isolamento

    55/64

    53

    Curso Infeco relacionada Assistncia Sade - IrAS - verso 1.0 - 2004

    Mdulo 5

    Anexo 1 - Condutas ps acidente ocupacional

    1 - CONDUTAS GERAIS TRATAMENTOIMEDIATODOLOCALDAEXPOSIO:

    O local exposto deve ser lavado com gua e sabo. O anti-sptico pode ser utilizado, embora no exista evidncia de

    que sua aplicao seja eficaz. A aplicao de agentes custicos como o hipoclorito de sdio sobre o local, assim como

    a injeo de anti-spticos ou desinfetantes dentro do mesmo, totalmente contra-indicada. A tentativa de extrair os

    lquidos espremendo o local afetado no deve ser realizada, pois pode aumentar a leso, conseqentemente acentuando

    a exposio. Em caso de exposio mucosa, esta deve ser lavada apenas com gua ou soro fisiolgico 0,9%.

    Notificao do acidente chefia imediata e ao setor responsvel pelo atendimento.

    Coleta e realizao das sorologias para HIV, Hepatite tipo B e Hepatite tipo C do profissional acidentado e do

    paciente fonte.

    Outras sorologias podem ser solicitadas, de acordo com a situao epidemiolgica, tais como: sorologia para

    Doena de Chagas, HTLV1.

    Nas situaes nas quais no possvel identificar o paciente-fonte do acidente, considerar como fonte desconhecida

    - e os riscos devem ser avaliados individualmente.

    2 - QUIMIOPROFILAXIAE ACOMPANHAMENTO

    Exposio Ocupacional a Paciente-fonte com Sorologias Negativas:

    No caso do paciente-fonte apresentar sorologias negativas, o acidente no oferece riscos ao funcionrio, no havendo

    necessidade de acompanhamento sorolgico ou clnico do profissional.

  • 8/2/2019 IRAs - Mdulo 5 - Risco Ocupacional e Medidas de Precaues e Isolamento

    56/64

    54

    Curso Infeco relacionada Assistncia Sade - IrAS - verso 1.0 - 2004

    Mdulo 5

    Exposio Ocupacional a Paciente-Fonte Desconhecido:

    No caso de paciente-fonte desconhecido (material encontrado no lixo, expurgo etc), o acidente ser avaliado

    criteriosamente conforme a gravidade da exposio e a probabilidade de infeco. Geralmente, no est

    recomendada a quimioprofilaxia nestes casos, porm, os riscos devem ser avaliados individualmente.

    O profissional dever ser submetido a acompanhamento laboratorial com coleta das sorologias para HIV, Hepatite tipo B

    e Hepatite tipo C no momento do acidente, trs e seis meses aps o acidente.

    Exposio Ocupacional a Paciente-fonte Positiva para Hepatite tipo B (HBsAg+)

    Os profissionais no vacinados ou no respondedores ao esquema vacinal (anti-HBs < 10 U/ml) devero ser encaminhados

    para vacinao e/ou uso de imunoglobulina especfica para hepatite tipo B (HBIg) - que deve ser administrada o mais

    rpido possvel, preferencialmente nas primeiras 24 horas aps o acidente, podendo ser oferecida em at sete dias.

    O profissional dever ser submetido a acompanhamento laboratorial com coleta das sorologias paraHIV, hepatite tipo B

    e hepatite tipo C no momento do acidente, e sorologia para hepatite tipo B no terceiro e sexto ms aps o acidente -

    nos casos de indivduos no imunes.

  • 8/2/2019 IRAs - Mdulo 5 - Risco Ocupacional e Medidas de Precaues e Isolamento

    57/64

    55

    Curso Infeco relacionada Assistncia Sade - IrAS - verso 1.0 - 2004

    Mdulo 5

    Exposio Ocupacional a Paciente-Fonte Positiva para Hepatite tipo C:

    No h nenhuma medida especfica recomendada para reduo do risco de transmisso aps exposio ocupacional

    ao vrus da hepatite tipo C. O funcionrio dever ser submetido a acompanhamento laboratorial com coleta das

    sorologias para HIV, hepatite tipo B e hepatite tipo C no momento do acidente e sorologia para

    hepatite tipo C no terceiro e sexto ms aps o acidente.

    Exposio Ocupacional a Paciente-Fonte Positiva para HIV:

    Aps avaliao criteriosa do acidente, quando houver indicao de quimioprofilaxia, esta deve

    ser iniciada, preferencialmente em at duas horas aps o acidente.

    Para o profissional que usar a quimioprofilaxia, devero ser colhidos: hemograma completo, exames bioqumicos e

    urina tipo I (quando utilizar indinavir) antes do incio dos anti-retrovirais, 15 dias aps o incio e ao trmino dos 28 dias

    de medicao - para avaliao da funo heptica e renal do acidentado, devido aos efeitos adversos dos anti-

    retrovirais.

    Consulte o Fluxograma (pag. 10 deste

    mdulo) para seguir as recomendaes

    do Ministrio da Sade.

    O profissional dever ser submetido coleta de sorologias aps a exposio com material

    suspeito ou contaminado pelos vrus das hepatites tipos B ou C ou HIV no terceiro e sexto

    ms aps o acidente.

    O ACOMPANHAMENTODOPROFISSIONALDEVERSERESTENDIDOPARAUMANONOSSEGUINTES

    CASOS:

    . Paciente-fonte do acidente com HIV + HCV (co-infeco);

    . Funcionrio que apresentar sintomas de infeco aguda nos primeiros seis meses de acompanhamento.

  • 8/2/2019 IRAs - Mdulo 5 - Risco Ocupacional e Medidas de Precaues e Isolamento

    58/64

    56

    Curso Infeco relacionada Assistncia Sade - IrAS - verso 1.0 - 2004

    Mdulo 5

    RECOMENDAESPARAOS MESES APSO ACIDENTE

    . Usar corretamente a medicao, quando indicada e, na presena de

    qualquer efeito colateral, entrar em contato com o servio responsvel pelo

    atendimento. No abandonar, de forma alguma, antes de entrar em contato com o servio responsvel pelo

    atendimento*;

    . Seguir corretamente o esquema vacinal e uso da imunoglobulina, quando indicado**;

    . Realizar o acompanhamento conforme orientao do servio responsvel pelo atendimento;

    . Usar preservativos durante as relaes sexuais, no engravidar, no amamentar* e no doar sangue no

    perodo de acompanhamento.

    Consulte o site:

    http://www.cdc.gov/mmwr/PDF/rr/rr5011.pdf

    e conhea mais informaes sobre: Updated U.S. Public Health Service Guidelines for

    the Management of Occupational Exposures to HBV, HCV, and HIV and

    Recommendations for Postexposure Prophylaxis.

    *recomendao referente exposio ao HIV.

    ** recomendao referente exposio ao vrus

    da Hepatite tipo B.

  • 8/2/2019 IRAs - Mdulo 5 - Risco Ocupacional e Medidas de Precaues e Isolamento

    59/64

    57

    Curso Infeco relacionada Assistncia Sade - IrAS - verso 1.0 - 2004

    Mdulo 5

    EXEMPLOSDE MATERIALE ORIENTAOPARAA PREVENOEACOMPANHAMENTODEACIDENTESOCUPACIONAIS

  • 8/2/2019 IRAs - Mdulo 5 - Risco Ocupacional e Medidas de Precaues e Isolamento

    60/64

    58

    Curso Infeco relacionada Assistncia Sade - IrAS - verso 1.0 - 2004

    Mdulo 5

    BIBLIOGRAFIA CONSULTADA

    Associao Paulista de Estudos e Controle de Infeco Hospitalar - APECIH - Precaues e Isolamento, 1999.

    Associao Paulista de Estudos e Controle de Infeco Hospitalar - APECIH - Orientaes para o Controle de

    Infeces em Pessoal da rea da Sade. Traduo do Guideline for Infection Control in Health Care Personal CDC /

    HIPAC, 1998.

    Bell DM. Occupational risk of human immunodeficiency virus infection in healthcare workes: an overview. Am J Med

    1997; 102 (suppl 5B): 9-15.

    BRASIL. Ministrio da Sade. Manual de Exposio Ocupacional. Recomendaes para atendimento e acompanhamen-

    to de exposio ocupacional a material biolgico: HIV e hepatites B e C, 2003.

    Cardo DM, Culver DH, Ciesielski CA, Srivastava PU, Marcus R, Abiiteboul D, Heptonstall J, Ippolito G, Lot F, McKibben

    PS, Bell DM. A case-control study of HIV seroconversion in health care workers after percutaneous exposure. N Engl J

    Med 1997; 337(21):1485-90.

    Catanzaro A. Preventing Nosocomial Transmission of Tuberculosis. Lancet 1995; 345: 204-5.

    Centers for Disease Control and Prevention - Guideline for Infection Control in Health Care Personal. Am J Infect

    Control 1998; 26(3): 289-354.

  • 8/2/2019 IRAs - Mdulo 5 - Risco Ocupacional e Medidas de Precaues e Isolamento

    61/64

    59

    Curso Infeco relacionada Assistncia Sade - IrAS - verso 1.0 - 2004

    Mdulo 5

    Centers for Disease Control and Prevention - Guidelines for Preventing the Transmission of Mycobacterium

    tuberculosis in Health Care Facilities. MMWR 1994;43 (RR-13):1-132.

    Centers for Disease Control. Update US: Public health service guidelines for managemente of health care workers

    exposure to hiv and recommendations for postexposure prophylaxis. MMWR 2001; 50 (n. RR - 11).

    FUNDAO NACIONAL DE SADE (FUNASA). Ministrio da Sade do Brasil. Manual dos Centros de Referncia de

    Imunobiolgicos Especiais. Braslia, 2001. 130p.

    Lewy R. Prevention strategies in hospital occupational medicine. J Occp Med 1981; 23:109-14.

    BRASIL, Ministrio da Sade. Manual Tcnico para o controle da tuberculose. Ged rev. e ampl. - Braslia: Ministrio

    da Sade, 2002.

    LOPES HL, GUTTIERREZ EB, MOUSSALLEM TM. Profilaxia aps acidente com material biolgico. Diviso de Clnica de

    Molstias Infecciosas e Parasitrias do Hospital das Clnicas da Faculdade de Medicina da Universidade de So Paulo,

    2002.

    CDC. MORBIDITY AND MORTALITY WEEKLY REPORT (MMWR). Updated U.S. Public Health Service Guidelines for theManagement of Occupational Exposures to HBV, HCV and HIV and Recommendations for Postexposure Prophylaxis.

    MMWR 2001; 50(N, RR-11): 1-43.

    Medeiros, EAS. Manual de Padronizao: Diagnstico, Tratamento e Preveno de Tuberculose Pulmonar Bacilfera.

    Hospital So Paulo - Universidade Federal de So Paulo, 2003.

  • 8/2/2019 IRAs - Mdulo 5 - Risco Ocupacional e Medidas de Precaues e Isolamento

    62/64

  • 8/2/2019 IRAs - Mdulo 5 - Risco Ocupacional e Medidas de Precaues e Isolamento

    63/64

    61

    Curso Infeco relacionada Assistncia Sade - IrAS - verso 1.0 - 2004

    Mdulo 5

    Gabarito

  • 8/2/2019 IRAs - Mdulo 5 - Risco Ocupacional e Medidas de Precaues e Isolamento

    64/64

    62Mdulo5

    Mdulo 5 - AvaliaoRISCO OCUPACIONAL E MEDIDAS DE PRECAUES E ISOLAMENTO

    Pontos Fortes

    Pont