precauÇÕes na assistÊncia em isolamentos por … · harborview em seattle, em washington, e da...
TRANSCRIPT
PRECAUÇÕES NA ASSISTÊNCIA EM ISOLAMENTOS POR
AEROSSÓIS
Fernando Di Frank Rosa
Rangel Medeiros Martins
Acadêmicos de Enfermagem - UNISUL
Histórico
• SÉCULO XIV - Os doentes eram impedidos de sair às ruas e
tinham suas casas marcadas com sinais identificadores em suas
portas;
• SÉCULO XVII - Época da Peste Negra. O médico particular do rei
Luiz XIV, Charles Delorme, empiricamente idealizou uma vestimenta
de couro;
• SÉCULO XIX - Florence Nightingale preconizou cuidados
relacionadas aos pacientes e ao meio. Esta iniciativa reduziu, de
42% para menos de 2% as taxas de mortalidade dos pacientes
internados durante a Guerra da Criméia (1854-1856).
De 1890 a 1900 foram recomendadas as técnicas de separação de
pacientes com patologias distintas em publicações de enfermeiras;
Histórico SÉCULO XX
• No começo do século (1910), foi instituído o método de “barreira
de enfermagem e sistema de cubículos”. Práticas onde
os profissionais se atentavam a lavagem das mãos, desinfecção de
objetos contaminados e ao uso de capote. O cubículo eram
pequenos cômodos;
• Na metade do século (anos 50-60), foi difundida a possibilidade de
que pacientes infectados poderiam ficar nos mesmos locais e
hospitais que aqueles sem doenças infecciosas;
• No final do século (1970-1975) o CDC publicou um manual. Eram
recomendadas sete categorias de isolamentos:
Estrito;
Protetor;
Ferida e pele;
Precauções Entéricas;
Precauções com Secreções; e
Precauções com Sangue.
Últimas Décadas
• 1980, a infecção hospitalar passou a ser vista como endêmica.
Destacou-se o aumento dos micro-organismos resistentes aos
antibióticos;
• 1985, diante da epidemia de AIDS, foi instituído o conceito de
precauções universais (PU). Essas visavam reduzir o risco de
transmissão do agente infeccioso aos profissionais de saúde, e
levava em consideração a transmissão pelo sangue;
• 1987, o Departamento de Controle de Infecção do Centro Médico
Harborview em Seattle, em Washington, e da Universidade da
Califórnia, em San Diego, estabeleceram um novo sistema de
isolamento alternativo ao CDC, chamado de Isolamento de
Substâncias Corporais (ISC). Usavam luvas para tudo;
• 1996, surgiu o termo ‘precauções padrão (PP)
Sistemas de Precauções
• Precauções Padrão: cautela na assistência a todos os indivíduos;
• Precauções de Transmissão: Para microorganismos epidemiologicamente significantes. Última revisão em 2007 (Guideline for Isolation Precautions – CDC )
Precauções de Transmissão
• Contato – Doenças transmitidas através do contato;
• Gotículas – Partículas > que 5 mµ;
• Aerossol – Partículas < que 5 mµ.
Doenças Transmitidas por Aerossóis
• Tuberculose Pulmonar;
• Varicela;
• Herpes-zoster - Contato até que lesões virem crostas;
• Sarampo;
Recursos Necessários para Assistência
• Quarto privativo com antecâmara;
• Placa indicativa de isolamento de aerossol;
• Máscara N95;
• Almotolia de álcool na antecamâra;
• Lixeiro de artigos infectantes no quarto e antecâmara, com tampa e pedal;
• Equipamentos para precauções padrão.
Precauções Padrão para o Isolamento de Aerossóis
• Higienização das mãos.
Observação:
• Utilização de luvas e de aventais não é necessária.
Ambiente (quarto)
• Instalar placa de identificação;
• Manter portas fechadas;
• Manter janelas abertas;
• Almotolias e lixeiros;
• Desinfecção terminal.
Uso da máscara N95
• Quando colocar;
• Ajuste do grampo nasal;
• Checagem da vedação;
• Quando retirar;
• Conservação;
• Validade da máscara;
• Onde desprezar.
Transporte do paciente
• Qual máscara utilizar no paciente;
• Comunicar setor que receberá paciente;
• Não deve aguardar em sala de espera;
• O profissional não precisa utilizar máscara;
• Trocar máscara cirúrgica do paciente.
Ações Complementares
• Exames específicos;
• Conservação das amostras e quantidade;
• Orientação para cobrir boca e nariz com papel toalha e descartar em local adequado;
• Nebulização;
• Notificação compulsória;
• Número de visitantes e acompanhantes deve ser reduzidos;
• Restringir deambulação do paciente fora do quarto;
• Nos casos de varicela e sarampo pessoas suscetíveis não devem entrar no quarto.
Principais Referências
ARMOND, G. A.; OLIVEIRA, A. C. Infecções Hospitalares: Epidemiologia, Prevenção e Controle. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2005, cap.1, parte IX, p. 457-470. CDC, Center For Disease Control And Prevention. Part I. Evolution of Practices. Issue in healthcare settings. 1996. Disponível em: <www.cdc.gov>. Acesso em: 12 mai. 2011. NICHIATA, L.Y. I. GIR, TAKAHASHI, A; CIOSAK, S. I. Evolução dos Isolamentos em doenças transmissíveis: os saberes para a prática contemporânea. Revista da Escola de Enfermagem da USP. São Paulo, v. 38, n. 1, p. 61-70, mar. 2004. SIEGEL, Jane D; RHINEHART, Emily; JACKSON, Marguerite; CHIARELLO, Linda. Guideline for Isolation Precautions: Preventing Transmission of Infectious Agents in Healthcare Settings. 2007. Disponivel em: <www.cdc.gov/hicpac/pdf/isolation/Isolation2007.pdf>. Acesso em: 18 ago. 2011. BRASIL. Ministério da Saúde. Secretaria de Vigilância em Saúde. Guia de Vigilância Epidemiológica. 6. ed. Brasília: Ministério da Saúde, 2006. ARCHER, Elizabeth et al. Procedimentos e protocolos. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2006. 1 v. SANTA CATARINA. Secretaria de Estado da Saúde de Santa Catarina. Coordenação Estadual de Controle de Infecção em Serviços de Saúde. Manuais CECISS. Florianópolis, 2004.
“Queremos ter certezas e não dúvidas, resultados e não
experiências, mas nem mesmo percebemos que as
certezas só podem surgir através das dúvidas e os
resultados somente através das experiências. Portanto
conheça todas as teorias, domine todas as técnicas,
porque ser normal é a meta dos fracassados!
Mas ao tocar uma alma humana, seja apenas outra alma
humana”.
Adaptação Carl Gustav Jung
.