seguranÇa do paciente - critÉrios nacionais de iras em neonatos (2010)

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  • 8/4/2019 SEGURANA DO PACIENTE - CRITRIOS NACIONAIS DE IRAS EM NEONATOS (2010)

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    NEONATOLOGIA:Critrios Nacionais de Infeces

    Relacionadas Assistncia Sade

    Unidade de Investigao e Preveno das Infeces edos Eventos Adversos (UIPEA)

    Gerncia Geral de

    Agncia Nacional de Vigilncia Sanitria

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    AGNCIA NACIONAL DEVIGILNCIA SANITRIA

    Diretor-PresidenteDirceu Raposo de Mello

    DiretorDirceu Brs Aparecido Barbano

    Gerncia Geral de Tecnologia em Servios de Sade - GGTESHeder Murari Borba

    Unidade de Investigao e Preveno das Infeces e dos Eventos Adversos UIPEAJanana Sallas

    Equipe UIPEA:Andr Oliveira Rezende de Souza

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    ElaboraoAna Paula Alcntara Hospital Santo Amaro Salvador -BAFabiana Cristina de Sousa UIPEA/GGTES/AnvisaGuilherme Augusto Armond Hospital das Clnicas Universidade Federal de Minas

    Gerais - MGIrna Carla do R. Souza Carneiro Universidade Estadual do Par Santa Casa de

    Misericrdia do Par - PAJucille Meneses Sociedade Brasileira de Pediatria Departamento de

    NeonatologiaMagda Machado de Miranda UIPEA/GGTES/AnvisaRaquel Bauer Cechinel Santa Casa de Misericrdia de Porto Alegre - RSRejane Silva Cavalcante Universidade Estadual do Par - PARosana Richtmann Sociedade Brasileira de Infectologia SBI Instituto

    de Infectologia Emlio Ribas SPRoseli Calil Hospital da Mulher Prof. Dr. Jos Aristodemos Pinotti -

    Centro Ateno Integral Sade da Mulher CAISM -Unicamp SP

    Suzana Vieira da Cunha Ferraz Instituto de Medicina Integral Professor FernandoFigueira -IMIP - PE

    Suzie Marie Gomes UIPEA/GGTES/Anvisa

    Coordenao: Rosana Richtmann - Sociedade Brasileira de Infectologia

    Reviso e editoraoHeiko Thereza Santana - UIPEA/GGTES/AnvisaJonathan dos Santos Borges - Uipea/GGTES/Anvisa

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    SUMRIO

    SIGLRIO ............................................................................................................... 6

    1. INTRODUO ..................................................................................................10

    2. INFECES RELACIONADAS ASSISTNCIA SADE (IRAS) EMNEONATOLOGIA ................................................................................................. 11

    A. TRANSPLACENTRIAS ................................................................................. 11

    B. INFECES RELACIONADAS ASSISTNCIA SADE (IRAS)PRECOCE DE PROVVEL ORIGEM MATERNA ............................................... 11

    C. INFECES RELACIONADAS ASSISTNCIA SADE (IRAS) TARDIADE ORIGEM HOSPITALAR ................................................................................. 12

    D. NO DEVERO SER COMPUTADAS NA VIGILNCIA EPIDEMIOLGICA 12E. INFECES RELACIONADAS ASSISTNCIA SADE EMNEONATOLOGIA ................................................................................................. 13

    3. DEFINIO DE CRITRIOS DE INFECO NEONATAL PORTOPOGRAFIA ...................................................................................................... 13

    A. INFECO PRIMRIA DA CORRENTE SANGUNEA LABORATORIAL(IPCSL) COM CONFIRMAO MICROBIOLGICA .......................................... 13

    B INFECO PRIMRIA DA CORRENTE SANGUNEA CLNICA - IPCSC (SEM

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    C. DEFININDO OS INDICADORES DE RESULTADO ........................................ 24

    5. INDICADORES DE PROCESSO ...................................................................... 26

    A. TIPOS DE INDICADORES DE PROCESSO .................................................... 27

    B. INDICADOR DE ESTRUTURA ........................................................................ 29

    C. INDICADOR DE ESTRUTURA ........................................................................ 30

    6. REFERENCIA BIBLIOGRAFIA ........................................................................ 31

    ANEXO I ............................................................................................................... 34

    ANEXO II .............................................................................................................. 38

    ANEXO III ............................................................................................................. 40

    ANEXO IV ............................................................................................................. 53

    ANEXO V .............................................................................................................. 68

    ANEXO VI ............................................................................................................. 72

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    SIGLRIO

    % Por cento AlfaAnvisa Agncia Nacional de Vigilncia SanitriaAR Alto RiscoCCIH Comisso de Controle de Infeco HospitalarCDC Centers for Disease Control and PreventionCI Cuidados IntermediriosCIVD Coagulao Intravascular DisseminadaCVC Cateter Venoso CentralDI Densidade de Incidnciaet. al Entre outrosEx. ExemploFR Freqncia Respiratria

    g gramaGM Gabinete do MinistroGT Grupo de trabalhoh HorasHICPAC Healthcare Infection Control Practices Advisory CommitteeHIV Vrus da Imunodeficincia HumanaIG Idade Gestacional

    IG Idade gestacionalIPCS Infeco Primria da Corrente SanguneaIPCSC Infeco Primria da Corrente Sangunea Clnica

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    PN Peso ao NascerRDC Resoluo Diretoria Colegiada

    RN Recm NascidoRX Raio XSBP Sociedade Brasileira de PediatriaSIM Sistema de Informao de MortalidadeSINAN Sistema de Informao de Agravos de NotificaoSNC Sistema Nervoso CentralT TemperaturaUFC Unidade Formadora de ColniaUTI Unidade de Terapia IntensivaVM Ventilao mecnica

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    LISTA DE TABELA

    Tabela 1 - Stio de Infeco e Perodo de Incubao

    Tabela 2 Valores Normais de Lquido Cefalorraquidiano (LCR) em Recm Nascidos

    Tabela 3 - Valores de Neutrfilos por mm3

    em Recm-Nascidos

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    LISTA DE FIGURA

    Figura 1 - Definio das Infeces Relacionadas Assistncia Sade emNeonatologia

    Figura 2 - Diagrama dos Critrios Diagnsticos para Pneumonia Clnica

    Figura 3 Boas Prticas de Insero do Cateter Venoso Central - CVC

    Figura 4 Definio das Infeces Relacionadas Assistncia Sade emNeonatologia sob vigilncia epidemiolgica

    Figura 5 - Infeces Relacionadas Assistncia Sade em Neonatologia queno esto sob vigilncia epidemiolgica

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    1. INTRODUO

    O objetivo desta 2 verso do documento manter a sistematizao eatualizao da vigilncia das infeces relacionadas assistncia sade (IRAS)em neonatologia, objetivando a preveno dos agravos sade neonatal.

    Um sistema de vigilncia ativa e padronizada por um nico critriodiagnstico fornece dados confiveis e passveis de comparao entre asdiversas instituies nacionais, que serve como ferramenta para elaborar

    adequadamente estratgias de preveno e controle das infeces em recm-nascidos (RN), priorizandoaqueles de alto risco.

    Neste documento, o termo IRAS em neonatologia contempla tanto asinfeces relacionadas assistncia, como aquelas relacionadas falha naassistncia, quanto preveno, diagnstico e tratamento, a exemplo dasinfeces transplacentrias e infeco precoce neonatal de origem materna. Estenovo conceito visa preveno mais abrangente das infeces do perodo pr-natal, perinatal e neonatal.

    Os indicadores das IRAS transplacentrias devero ser avaliadosseparadamente das IRAS precoce ou tardia, notificadas de acordo com alegislao vigente, por exemplo, Sistema de Informao de Agravos deNotificao do Ministrio da Sade (SINAN/MS),http://dtr2004.saude.gov.br/sinanweb/index.php.

    As IRAS afetam mais de 30% dos neonatos, e quando comparados populao peditrica de maior idade seus ndices podem ser at cinco vezesmaiores (SRIVASTAVAA & SHETTY, 2007). Estima-se que no Brasil, 60% da

    http://dtr2004.saude.gov.br/sinanweb/index.phphttp://dtr2004.saude.gov.br/sinanweb/index.php
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    A infeco primria da corrente sangnea (IPCS) associada a catetervenoso central (CVC) a principal infeco em UTI neonatal, embora existam

    servios com outras realidades em nosso pas. Segundo Pessoa da Silva ecolaboradores, a densidade de incidncia de IPCS variou de 17,3 IPCS/1000CVC- dia em RN entre 1501 gramas (g) a 2500g at 34,9 IPCS/1000 CVC- dia emRN < 1000g. Em relao pneumonia associada ventilao mecnica (PAV), adensidade de incidncia variou de 7,0 PAV/1000VM-dia para os RN

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    C. INFECES RELACIONADAS ASSISTNCIA SADE (IRAS) TARDIA

    DE ORIGEM HOSPITALAR

    Infeco cuja evidncia diagnstica (clnica/laboratorial/microbiolgica)ocorre aps as primeiras 48 horas de vida.

    Ser considerada como IRAS neonatal tardia, de origem hospitalar, aquelainfeco diagnosticada enquanto o paciente estiver internado em unidade deassistncia de neonatal. Aps a alta hospitalar seguir as orientaes da Tabela 1.

    Tabela 1 - Stio de Infeco e Perodo de Incubao

    STIO DA INFECO PERODO DE INCUBAO Gastroenterite, Infeces do trato respiratrio

    At 03 dias

    Sepse

    Conjuntivite Impetigo Onfalite Outras infeces cutneas Infeco do trato urinrio

    At 07 dias

    Infeco do sitio cirrgico sem implante At 30 dias Infeco do sitio cirrgico com implante At 01 ano

    Fonte: GT de Neonatologia/Anvisa, julho de 2010.

    Obs.: Nos casos de IRAS precoce, sem fator de risco materno, esubmetidos a procedimentos invasivos, considerar como provvel origem

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    RN reinternado na mesma instituio com evidncia clnica de infeco

    cujo perodo de incubao ultrapasse o estabelecido na Tabela 1 - Stio deInfeco e Perodo de Incubao.

    E. INFECES RELACIONADAS ASSISTNCIA SADE EMNEONATOLOGIA

    Figura 1 - Definio das Infeces Relacionadas Assistncia Sade emNeonatologia. Fonte: GT Neonatalogia, outubro de 2008.

    TRANSPLACENTRIA(INFECO CONGNITA)

    INFECES RELACIONADAS ASSISTNCIA SADE (IRAS) EM

    NEONATOLOGIA

    PRECOCE 48h

    Provvel origem materna

    TARDIA> 48h

    Origem Hospitalar

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    CRITRIO 02: Pelo menos um dos seguintes sinais e sintomas sem outra causano infecciosa reconhecida e sem relao com infeco em outro local (discutir

    com mdico assistente do RN): Instabilidade trmica*; Bradicardia*; Apnia*; Intolerncia alimentar*; Piora do desconforto respiratrio*; Intolerncia glicose*; Instabilidade hemodinmica*, Hipoatividade/letargia** vide Anexo I para melhor entendimento do quadro clnico

    E pelo menos um dos seguintes:

    Microrganismos contaminantes comuns da pele (difterides,Proprionebacteriumspp., Bacillusspp., Staphylococcus coagulase negativa ou

    micrococos) cultivados em pelo menos duas hemoculturas colhidas em doislocais diferentes, com intervalo mximo de 48 horas entre as coletas; Staphylococcus coagulase negativa cultivado em pelo menos 01 hemocultura

    perifrica de paciente com cateter vascular central (CVC);

    Obs. 1: Em caso de isolamento de Staphylococcus coagulase negativa emsomente 01 hemocultura, valorizar a evoluo clnica, exames complementares(hemograma e Protena C reativa valor preditivo negativo destes exames de

    99%) e crescimento do microrganismo nas primeiras 48 horas de incubao. Ocrescimento aps este perodo sugere contaminao. Se a amostra positivacolhida for somente de CVCno valorizar como agente etiolgico da infeco.

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    B. INFECO PRIMRIA DA CORRENTE SANGUNEA CLNICA - IPCSC (SEMCONFIRMAO MICROBIOLGICA) OU SEPSE CLNICAPara uma infeco ser definida como infeco primria da corrente

    sangunea clnica - IPCSC dever apresentar um dos seguintes critrios (discutircom mdico assistente do recm-nascido):

    CRITRIO 01 - Pelo menos um dos seguintes sinais e sintomas sem outra causareconhecida: Instabilidade trmica*, Apnia*; Bradicardia*; Intolerncia alimentar*; Piora do desconforto respiratrio*; Intolerncia glicose*; Instabilidade hemodinmica*,

    Hipoatividade/letargia*.* vide Anexo I para melhor entendimento do quadro clnico

    E todos os seguintes critrios: Hemograma com 3 parmetros alterados (vide escore hematolgico em

    anexo) e/ou Protena C Reativa quantitativa alterada (ver observaes abaixo)(RODWELL, 1988; RICHTMANN, 2002);

    Hemocultura no realizada ou negativa; Ausncia de evidncia de infeco em outro sitio; Terapia antimicrobiana instituda e mantida pelo mdico assistente.

    Ob 1 N i d d lh h l ( )

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    Com a finalidade de vigilncia epidemiolgica da IPCSC segundo os

    critrios acima descritos, considerar como infeco associada ao cateter venosocentral (CVC), se o CVC presente no momento do diagnstico ou at 48 horasaps a sua remoo. No h tempo mnimo de permanncia do CVC paraconsider-lo como associado IPCSC.

    Segundo as novas diretrizes de vigilncia epidemiolgica dos Centros deControle e Preveno de Doenas (CDC, Centers for Disease Control andPrevention) e Rede Nacional de Segurana na Assistncia Sade (NHSN,

    National Healthcare Safety Network) as IPCS s so classificadas comoassociadas aos CVC (umbilical, PICC e outros) se os mesmos estiverempresentes no momento do diagnstico da infeco ou at 48 horas aps a suaremoo (CDC, 2008).

    A nomenclatura de IPCS relacionada ao CVC no utilizada nodocumento do NHSN do CDC/2008, porm, alguns autores e instituies usameste critrio como marcador de qualidade dos cuidados com os CVC. Portanto,

    cabe a CCIH avaliar o benefcio para sua instituio do uso deste critrio.Segundo MERMEL et. al 2001 so consideradas IPCS relacionada ao CVC umadas seguintes situaes:

    Hemocultura central e perifrica com o mesmo microrganismo, espcie eantibiograma e crescimento na amostra central com diferena de tempo depositividade maior que 2h (crescimento mais precoce) que a amostraperifrica. Este mtodo s pode ser realizado quando forem utilizados mtodosautomatizados para hemocultura. Este critrio da diferena do tempo depositividade da hemocultura ainda no est validado para o recm-nascido;

    Ponta do CVC com o mesmo microrganismo da hemocultura perifrica

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    C. INFECES RELACIONADAS ASSISTNCIA SADE DO TRATO

    RESPIRATRIOC.1. Pneumonia Clnica

    RAIO X

    PACIENTE SEM DOENAS DE BASE COM 1 OUMAIS RAIO X SERIADOS COM UM DOSSEGUINTES ACHADOS:- INFILTRADO PERSISTENTE, NOVO OUPROGRESSIVO;- CONSOLIDAO;- CAVITAO;- PNEUMATOCELE.

    RAIO XRNCOM ALGUMA DAS DOENAS DE BASE ABAIXO:- SNDROME DO DESCONFORTO RESPIRATRIO;- EDEMA PULMONAR;

    - DISPLASIA BRONCOPULMONAR;-ASPIRAO DE MECNIO.DEVER SER REALIZADO 2 OU MAIS RAIO X SERIADOSCOM PELO MENOS 01 DOS ACHADOS:- INFILTRADO PERSISTENTE, NOVO OU PROGRESSIVO;- CONSOLIDAO;- CAVITAO;- PNEUMATOCELE.

    SINAIS E SINTOMASPIORA DA TROCA GASOSA (POR EXEMPLO: PIORA DA RELAO PAO2/FIO2, AUMENTO DANECESSIDADE DE OXIGNIO OU AUMENTO DOS PARMETROS VENTILATRIOS) + 3 DOSPARMENTROS ABAIXO:- INSTABILIDADE TRMICA (TEMP. AXILAR > DE 37,5 C OU < QUE 36,0 C ) SEM OUTRA CAUSACONHECIDA- LEUCOPENIA OU LEUCOCITOSE COM DESVIO A ESQUERDA (CONSIDERAR LEUCOCITOSE 25.000AO NASCIMENTO OU 30.000 ENTRE 12 E 24 HORAS OU ACIMA DE 21.000 48 HORAS E

    LEUCOPENIA 5.000)- MUDANA DO ASPECTO DA SECREO TRAQUEAL, AUMENTO DA SECREO RESPIRATRIA OUAUMENTO DA NECESSIDADE DE ASPIRAO E SURGIMENTO DE SECREO PURULENTA 2- SIBILNCIA, RONCOS- BRADICARDIA (< 100 BATIMENTOS/MIN) OU TAQUICARDIA (>160 BATIMENTOS/MIN)

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    D. INFECES DO SISTEMA NERVOSO CENTRAL

    D.1. MeningiteDever apresentar pelo menos 01 dos seguintes critrios:

    CRITRIO 1: microrganismo isolado do lquor E instituio de terapiaantimicrobiana especfica pelo mdico assistente.

    No caso de germes contaminantes comuns da pele, (difterides,Propionebacterium spp, Bacillus spp, Staphylococcus coagulase negativa oumicrococos) valorizar a evoluo clnica do paciente.

    CRITRIO 2: pelo menos 01 dos seguintes sinais ou sintomas sem outracausa reconhecida: Instabilidade trmica (temperatura axilar acima de 37,5 C ou menor que 36,0

    C); Apnia; Bradicardia; Abaulamento de fontanela anterior; Sinais de envolvimento de pares cranianos; Irritabilidade; Convulso; Instituio de terapia antimicrobiana para meningite pelo mdico assistente.

    E pelo menos 01 dos seguintes: Exame do lquor alterado com aumento dos leuccitos, e pelo menos 01 dos

    seguintes:

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    Tabela 2 Valores Normais de Lquido Cefalorraquidiano (LCR) em Recm

    NascidosParmetros do lquor PR-TERMO TERMO

    Leuccitos (/mm3) DP 9 8 8 7

    Limite de variao do normal 0 - 29 0 - 32Protena (mg/dL) 115 90Limite de variao do normal 65-150 20 - 170Glicose (mg/dL) >30 >30Fonte: Volpe, 2008.

    Obs1.: Glicose > 30 mg/dL desde que o RN esteja com glicemia normal e que oLCR seja processado imediatamente. Caso contrrio, considerar como valornormal 2/3 da glicemia do RN. No fazer diagnstico baseado apenas naglicorraquia.

    Obs2.: A anlise de lquor acidentado (hemorrgico) deve ser feita com muitacautela. No recomendada a anlise deste material para fins de diagnsticoclnico e epidemiolgico.

    E. INFECO DO TRATO URINRIO

    CRITRIO 01: Presena de 01 dos seguintes sinais e sintomas sem causareconhecida: Instabilidade trmica (temperatura axilar acima de 37,5 C ou menor que

    36 0C)

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    CRITRIO 02: Presena de 01 dos seguintes sinais e sintomas sem causareconhecida:

    Instabilidade trmica (temperatura axilar acima de 37,5 C ou menor que 36,0C); Apnia; Bradicardia; Baixo ganho ponderal; Hipoatividade/letargia; Vmitos.

    E pelo menos 01 dos seguintes: Piria*; Bacterioscopia positiva pelo GRAM em urina no centrifugada; Nitrito positivo; Pelo menos duas uroculturas com isolamento do mesmo uropatgeno (bacilo

    Gram-negativo ou S. saprophyticus) e contagem de 102

    colnias por mL,colhidas atravs de puno supra-pbica ou por cateterismo vesical,

    Urocultura com contagem 105

    colnias por mL de um nico uropatgeno empacientes sob terapia antimicrobiana efetiva.

    * Piria: So considerados mtodos aceitos microscopia automatizada ( 10

    leuccitos/mm3ou a 3 leuccitos/campo de grande aumento) ou por sedimento

    urinrio ( 5 leuccitos/campo de grande aumento).

    Obs. 1: incorreto cultivar a ponta do cateter urinrio para orientar o diagnsticode ITU;

    Ob 2 A lt d i d btid d t i i d

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    F. INFECES DO SISTEMA GASTROINTESTINAL

    F.1. Enterocolite Necrosante

    Dever apresentar os seguintes critrios:

    CRITRIO 01: pelo menos 02 dos seguintes sinais ou sintomas sem outra causareconhecida: Vmitos, Distenso abdominal, Resduos pr-alimentares ou sangue nas fezes (micro ou macroscpico)

    E pelo menos 01 das seguintes alteraes radiolgicas abdominais: Pneumoperitnio; Pneumatose intestinal; Alas do intestino delgado imveis (que no se alteram em exames

    radiolgicos seriados).

    Obs.: Para fechar critrio diagnstico aguardar o resultado do achado do intra-operatrio nos casos cirrgicos.

    G. INFECES DO STIO CIRRGICO

    G.1. Infeco do Stio Cirrgico Incisional SuperficialDever apresentar pelo menos um dos critrios abaixo:

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    CRITRIO 4: diagnstico de infeco do stio cirrgico feito pelo mdicoassistente.

    Obs.1: A infeco deve ser notificada se ocorrerat 30 dias aps o procedimentocirrgico, ou at um ano se houver presena de prtese;

    Obs. 2: Deve envolver somente a pele e o tecido celular subcutneo;

    Obs. 3: Infeces ps-circunciso no so consideradas como infeco do stiocirrgico, e devero ser notificadas separadamente;

    Obs. 4: se ocorrer ISC (Infeco de Sitio Cirrgico) superficial e profunda, notificarsomente a mais grave (ISC profunda);

    Obs. 5: no considerar como IRAS a drenagem confinada ao redor dos pontoscirrgicos.

    G.2. Infeco Profunda do Stio Cirrgico IncisionalDever apresentar pelo menos um dos critrios abaixo:

    CRITRIO 1: presena de secreo purulenta na inciso, acometendo fscia outecidos subjacentes;

    CRITRIO 2: inciso com deiscncia espontnea ou deliberadamente aberta pelocirurgio quando o paciente apresentar um dos seguintes sinais ou sintomas: Febre (Temperatura axilar >37,5C), Dor ou sensibilidade localizada, a menos que a cultura da inciso resulte

    negativa;

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    G.3. Infeco do Stio Cirrgico de rgo ou Espao

    Pode envolver qualquer parte do organismo, excluindo-se a inciso cutneasuperficial, fscia e camadas musculares abertas ou manipuladas durante oprocedimento cirrgico. Essa definio utilizada para indicao futura dalocalizao da infeco. Por exemplo, uma apendicectomia com subseqenteabscesso subdiafragmtico deve ser notificada como ISC de rgo ou Espao,em razo de ter ocorrido na cavidade abdominal (espao abdominal).

    Dever apresentar pelo menos um dos seguintes critrios:

    CRITRIO 1: infeco que ocorra at 30 dias aps o procedimento cirrgico ouat um ano caso tenha sido colocado implante no local e infeco que pareaestar relacionada ao procedimento cirrgico;

    CRITRIO 2: infeco que envolva qualquer parte do corpo, excluindo-se ainciso da pele, fscia e camadas musculares, que seja aberta ou manipuladadurante o procedimento cirrgico

    E pelo menos um dos seguintes: Drenagem purulenta pelo dreno colocado pela inciso cirrgica no rgo ou

    espao; Microrganismo isolado de material obtido de forma assptica de um rgo ou

    espao; Abscesso ou outra evidncia de infeco que envolva rgo ou espao visto

    em exame direto durante a reoperao ou atravs de exame radiolgico ouhistopatolgico;

    Diagnstico da ISC de rgo ou Espao feito pelo cirurgio.

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    A. CRITRIOS DE INCLUSO NA VIGILNCIA DE RN DE ALTO RISCO

    So includos nessa vigilncia os recm-nascidos, em unidade neonatal(UTI ou unidade de cuidados intermedirios), que preencham pelo menos umdos seguintes critrios: Peso ao nascimento < 1500g; Uso de assistncia ventilatria (RN em ventilao mecnica sob entubao ou

    traqueostomia); Uso de CVC (cateter central de insero perifrica - PICC, cateter umbilical,

    flebotomia, etc.); Ps-operatrio; Presena de quadro infeccioso com manifestao sistmica (ex.: pneumonia,

    sepse, enterocolite, meningite, etc.).

    B. CRITRIOS DE SADA DA VIGILNCIA EPIDEMIOLGICA

    Esses pacientes devero ser monitorados e computados no denominadorenquanto permanecerem na unidade de terapia intensiva neonatal ou unidade decuidados intermedirios e deixaro de fazer parte deste tipo de vigilncia quandoos RN sarem de alta da unidade neonatal ou at 90 dias de vida.

    Obs. 1: Todos os RN que sarem da vigilncia epidemiolgica pelos critriosdescritos, podero continuar sob vigilncia em relao a IRAS, conforme

    determinao da CCIH da instituio.

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    Uso de cateter venoso central (CVC); Ps-operatrio;

    Presena de quadro infeccioso grave.**Nmero de RN-AR j presentes na Unidade Neonatal no primeiro dia do ms +nmero de novas admisses durante o ms.

    c) Distribuio do Percentual de IRAS de Acordo com o Aparecimento da InfecoPRECOCE ou TARDIA

    c.1) IRAS precoce (%) = Nmero de IRAS em RN-AR 48h X100

    Nmero total de IRAS em RN-AR

    c.2) IRAS tardia (%) = Nmero de IRAS em RN-AR > 48h X100Nmero total de IRAS em RN-AR

    2) Densidade de Incidncia (DI)Este indicador tem por objetivo medir a taxa de IRAS nos RN expostos ao tempo

    de internao e aos procedimentos, e sendo assim no devem ser includas nonumerador neste clculo as infeces precoces.

    2.1) Densidade de incidncia de IRAS TardiaDI de IRAS em RN-AR (/1000-d) =Nmero total de IRAS tardia em RN-AR* X 1000

    RN-AR dia***

    *** Soma total dos RN-AR internados a cada dia, em um determinado perodo de tempo.

    O primeiro fator de risco levado em considerao o peso de nascimento

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    2.2) Densidade de incidncia de IRAS Associada aos Dispositivos InvasivosEste indicador dever ser calculado estratificado por PN: < 750g; 750g a 999g;1000g a 1499g; 1500g a 2499g; 2500g.

    2.2.1) Densidade de incidncia das Infeces Primrias da CorrenteSangunea (IPCS) Associada a Cateter

    a) Infeco Primria da Corrente Sangunea Laboratorial (IPCS) (com confirmaomicrobiolgica)

    IPCSL = N de casos novos de IPCSL no perodo por PN X 1000N RN-dia com cateter venoso central-dia

    b) Infeco Primria da Corrente Sangunea Clnica (IPCSC) (sem confirmaomicrobiolgica)

    IPCSC = N de casos novos de IPCSC no perodo por PN X 1000

    N RN - dia com cateter central-dia no perodo

    Obs. A densidade de incidncia estratificada por peso de nascimento dever serutilizada quando o denominador do RN/dia ou procedimento/dia for 50. Caso odenominador for

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    Os indicadores de processo podem ser aplicados em qualquer unidade desade, independente da freqncia de IRAS. Sua utilizao favorece oenvolvimento do profissional da assistncia e, portanto, sua integrao com ogrupo da CCIH. A avaliao sistemtica dos indicadores de processo umaimportante ferramenta para a melhoria contnua da qualidade da assistencial.

    Recomenda-se o uso de pelo menos um dos indicadores de processoabaixo relacionados, sendo o ideal, a realizao de todos.

    A. TIPOS DE INDICADORES DE PROCESSO

    Consumo de Produtos para Higienizao das Mos por RN-dia

    Considerando que a higienizao das mos constitui-se uma medida deimpacto na preveno das IRAS, este indicador tem o objetivo de monitorar aadeso a este procedimento pelos profissionais de sade na assistncia ao RN.

    Cada instituio de sade dever utilizar como numerador o volumeconsumido do produto destinado a higienizao das mos dos profissionais daunidade neonatal, segundo a recomendao da CCIH.

    Exemplos:a) ndice de consumo de sabonete lquido (mL)*:Consumo de sabonete lquido (em mL) mensal na unidade neonatal

    Total de RN-dia no ms de toda a unidade neonatal

    ndice de consumo de preparao alcolica para as mos (mL):

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    Os parmetros a serem monitorados neste indicador so: tipo de inserode cateter (cateter central de insero perifrica - PICC, flebotomia, cateterumbilical, etc.), anti-sepsia cirrgica das mos, uso de anti-spticos (pele dorecm-nascido), e uso de paramentao de barreira mxima, todos de acordocom a recomendao da CCIH.

    Exemplos:a) Taxa de tipo de insero do cateter (%):Tipo de insero do cateter _ X 100Nmero total de cateteres inseridos na unidade

    b) Taxa de Adeso as Boas Prticas de Insero do CVCEntende-se por boas prticas de insero de CVC quando TODOS os

    parmetros abaixo estejam sendo realizados de forma adequada e que a CCIHtenha revisado as principais recomendaes relacionadas a este tema, para apadronizao adequada (Vide Anexo IV).

    * conforme recomendao da CCIH** entende-se por barreira mxima: avental estril, campo largo e estril, luvas, mscara e gorrocirrgico

    +

    +

    Anti-sepsia cirrgica das mos*

    Uso de anti-spticos para pele do RN*

    Paramentao de barreira mxima**

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    B. INDICADOR DE ESTRUTURA

    Entende-se por indicador de estrutura a proporo de recursos fsicos,humanos e de equipamentos em relao ao nmero de pacientes e suacomplexidade em uma determinada unidade de assistncia a sade. Serve,portanto para avaliar caractersticas dos recursos ou a capacidade presumida deprovedores e servios para efetuarem assistncia sade de qualidade.

    Sugerimos o uso de indicador da proporo de tcnicos de enfermagem/

    RN, abaixo descrito como uma ferramenta inicial de anlise da estrutura de UTIneonatal.

    Relao de Profissional de Enfermagem/Neonato

    Considerando a Resoluo Diretoria Colegiada (RDC) n 7 de 24 defevereiro de 2010 que dispe sobre os requisitos mnimos de funcionamento deUnidades de terapia Intensiva proporo de profissional de enfermagem/RN em

    UTI neonatal , deve obedecer proporo profissional por RN:

    RN em UTI: 1(um) tcnico de enfermagem / 2 (dois) RN e 01 (um) enfermeiropara no mximo 8 (oito) RN;

    Considerando a Portaria Gabinete do Ministro (GM)/MS n 1.091, 25 deagosto de 1999, a unidade de cuidados intermedirios deve obedecer proporoprofissional por RN:

    RN em cuidados intermedirios: 1 (um) tcnico de enfermagem /5 (cinco) RNe 01 (um) enfermeiro para no mximo 15 (quinze) RN;

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    Portanto, para esta unidade exemplificada, o parmetro mnimo a sermantido 0,4 tcnicos de enfermagem/leito disponvel. Cada unidade neonataldever calcular seu prprio parmetro mnimo, de acordo com o estabelecido naunidade.

    C. INDICADOR DE ESTRUTURA

    Clculo da Relao de Tcnico de Enfermagem/RN:

    Para calcular este indicador dever ser realizada a vigilncia diria emrelao ao nmero de tcnicos de enfermagem presentes nas ltimas 24h e onmero de leitos ocupados no mesmo perodo.

    Se proporo menor que 0,4/dia (de acordo com o exemplo acimadescrito) notificar como proporo inadequada para esta unidade exemplificada.

    O clculo do indicador ser o nmero de dias no ms em que a proporo

    estiver inadequada.

    Inadequao da relao tcnico de enfermagem/RN (%)=Nmero de dias inadequados X 100Nmero de dias do ms

    Este indicador tem por finalidade nortear o gerenciamento da equipe deenfermagem necessrio para a assistncia neonatal visando melhorar a qualidade

    nos cuidados neonatais.

    Para sedimentar o clculo deste indicador estrutural, faremos outro

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    6. REFERENCIA BIBLIOGRAFIA AHMED, A.A.; SALIH, M.A.; AHMED, H.S. Post-endemic acute bacterial

    meningitis in Sudanese children. East Afr Med, v.73, p.527-32 , 1996.

    BARRINGTON, K.J. Umbilical artery catheter in the newborn: effects ofheparin. Cochrane Database Syst Rev., (2):CD000507, 2000.

    BONADIO, W.A.; STANCO, L.; BRUCE, R.; BARRY, D.; SMITH, D. Referencevalues of normal cerebrospinal fluid composition in infants ages 0 to 8 weeks.Pediatr Infect Dis J, v.11, p.589-591, 1992.

    BRASIL. Agncia Nacional de Vigilncia Sanitria. RDC n 7, de 24 defevereiro de 2010. Dispe sobre os requisitos mnimos para funcionamento deunidades de terapia intensiva.

    BRASIL. Ministrio da Sade. Portaria MS/GM n 1.091, de 25 de agosto de1999. Dispe sobre a criao da unidade de cuidados intermedirios neonatalno mbito do sistema nico de sade.

    CENTERS FOR DISEASE CONTROL AND PREVENTION. Guidelines for theprevention of intravascular catheter-related infections - HICPAC CDC MMWR, v.51 (RR10), 2002.

    CENTERS FOR DISEASE CONTROL AND PREVENTION. The NationalHealthcare Safety Network (NHSN) Manual. Patient Safety ComponentP t l Atl t GA USA J 2008

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    LOBO, R.D.; COSTA, S.F. Preveno de Infeco de Corrente Sanguneaassociada a cateteres vasculares. In: Christiane Nicoletti; Dirceu Carrara;Rosana Richtmann. (Org.). Infeco associada ao uso de cateteresvasculares. 3 ed. So Paulo: APECIH, 2005.

    MANROE BL, WEINBERG AG, ROSENFELD CR, BROWNE R. The neonatalblood count in health and disease. I. Reference values for neutrophilic cells. JPediatr 1979;95:89-98.

    MERMEL, L.A. Prevention of intravascular catheter-related infections. AnnIntern Med , p.132:391-402, 2000.

    MERMEL, L.A.; FARR, B.M.; SHERERTZ, R.J.; RAAD, I.I..; O`GRADY, N.;HARRIS. J.S.; CRAVEN, D.E. Guidelines for the management of intravascularcatheterrelated infections. CID, v.32, p.124972, 2001.

    MOUZINHO A, ROSENFELD CR, SNCHEZ P, RISSER R. Revised reference

    ranges for circulating neutrophils in very-low-birth-weight neonates. Pediatrics1994;94:76-82.

    NADROO, A.M.; LIN, J.; GREEN, R.S.; MAGID, M.S.; HOLZMAN, I.R.. Deathas a complication of peripherally inserted centralcatheters in neonates. JPediatric, v.138, p.599-601, 2001.

    NAIDOO, BT. The cerebrospinal fluid in the healthy newborn infant. S Afr MedJ, v.42, p.933935, 1968.

    PESSOA SILVA CL ; RICHTMANN R ; CALIL R ; SANTOS R ; COSTA

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    RICHTMANN, R. Guia prtico de Controle de Infeco Hospitalar. SoPaulo: Soriak, 2005.

    RODRIGUEZ, AF .; KAPLAN, SL .; MANSON, EO. Cerebrospinal fluid valuesin the very low birth weight infant. J Pediatr., v.116, p.971-4, 1990.

    RODWELL, R.L.; LESLIE, A.L.; TUDEHOPE, D.T. Early diagnosis of neonatalsepsis using a hematologic scoring system. J Pediatr, p.112:761-7, 1988.

    SARFF, L.D.; PLATT, L.H.; MCCRACKEN, G.H. Cerebrospinal fluid evaluationin neonates: comparison of high-risk infants with and without meningitis. JPediatr., v. 88, p.473-477, 1976.

    SCHRAG, S.; GORWITZ, R.; FULTZ-BUTTS, K.; SCHUCHAT, A. Prevention ofperinatal group B streptococcal disease. Revised guidelines from CDC.MMWR, Recomm Rep., 51(RR-11), p.1-22, 2002.

    SRIVASTAVAA, S.; SHETTY, N. Healthcare-associated infections in neonatalunits: lessons from contrasting worlds. J Hosp Infect, v.65, p.292-306, 2007.

    VENTAKARAMAN, S.T.; THOMPSON, A.E.; ORR, R.A. Femoral vascularcatheterization in critically ill infants and children. Clin Pediatr, v.36p.311-319,1997.

    VOLPE J. Specialized Studies in the Neurological Evaluation. In: VOLPE J.Neurology of the Newborn. Philadelphia: Saunders Elsevier, 2008. p 154-155.

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    ANEXO I

    DIAGNSTICO CLNICO DE INFECO EM NEONATOLOGIA

    O diagnstico de infeco em recm-nascidos difcil uma vez que amaior parte dos sintomas so inespecficos, podendo fazer parte do quadro clnicode outras doenas (WILKINS & EMMERSON, 2004; POLLIN et al., 2004;CLOBERTY et al., 2005).

    Queda do estado geral tambm relatada como hipoatividade pelaequipe mdica.

    Trata-se de um sinal inespecfico e subjetivo no quadro de sepseneonatal. Muitas vezes o ciclo sono-viglia pode ser confundido com hipoatividade,uma vez que o RN especialmente no primeiro ms de vida passa o maior tempodormindo, quando no incomodado.

    O RN pode parecer hipoativo por vrias razes, entre elas podemosdestacar: Est em momento de sono Acabou de mamar Foi muito manipulado Est hipotrmico Est em uso de sedativos

    Est com infeco

    Concluso: antes de pensar em infeco pensar em outros fatores que

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    Nos quadros de infeco a temperatura do RN pode estar normal, elevadaou diminuda.

    A hipotermia mais freqente como manifestao de infeco em RNprematuros, enquanto que a hipertermia observada com maior freqncia emRN a termo.

    Na presena de hipertermia, antes de pensar em infeco, rapidamentedevem ser descartadas outras possibilidades que possam levar a este estadocomo; temperatura elevada da incubadora, especialmente no RN prematuro,excesso de roupa e/ou baixa ingesta, especialmente em RN a termo nos mesesde vero.

    Hiperglicemia - definida como concentraes de glicose superiores a125mg/dL no sangue total ou 145mg/dL no plasma. Ocorre especialmente em RNprematuros, nos quadros spticos e diabetes mellitus neonatal.

    Os quadros de sepse associam-se a uma resposta inadequada a insulina.

    Descreve-se ainda hiperglicemia secundria ao estresse cirrgico por aumento dasecreo hormonal de adrenalina, glicocorticides e glucagon associados supresso de insulina; ao uso de teofilina e cafena por estimularem aglicogenlise; infuso exgena de glicose ou lipdios por estimularem agliconeognese; e a hipxia por estimulao adrenrgica e diminuio daresposta insulnica.

    Em prematuros especialmente, a prescrio de uma velocidade de infuso

    de glicose acima do tolerado ou um gotejamento de um soro ou NPP (NutrioParenteral Prolongada) contendo glicose acima do prescrito pode levar aoaumento da glicemia, sem doena associada.

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    Drogas (anestsicos, tranqilizantes, anticonvulsivantes) Persistncia de ducto arterioso Refluxo gastroesofgico Patologias do SNC - meningite, convulses, hemorragia do SNC, convulses e

    asfixia Sepse

    Concluso: antes de pensar em apnia como sintoma clnico de infeco necessrio que rapidamente seja descartado outras etiologias.

    Desconforto respiratrio - Geralmente caracterizado por gemncia,taquipnia (aumento da freqncia respiratria), retrao do esterno e/ousubcostal, e cianose.

    Especialmente em recm-nascido prematuro ou prximo ao termo, apresena de desconforto logo aps o nascimento, pode estar presente devido sndrome do desconforto respiratrio (doena de membrana hialina), taquipnia

    transitria ou por uma pneumonia de origem materna.

    No primeiro momento s vezes difcil descartar um quadro infeccioso,sendo necessrio conhecer os fatores de risco maternos para infeco e arealizao de triagem infecciosa incluindo exames laboratoriais e radiolgicos.

    Intolerncia alimentar - definida como a presena de um ou maissinais; resduo alimentar de 50% ou mais do volume administrado (para grandes

    volumes de leite) ou at 5mL por 2 a 3 vezes, resduos biliosos, vmitos,distenso abdominal ou alas visveis no abdome. A presena de sinais deintolerncia alimentar pode estar presente nas infeces graves com leo

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    Instabilidade hemodinmica/Choque um estado de disfunocirculatria aguda que resulta em transporte de oxignio e nutrientes insuficiente

    para satisfazer as necessidades teciduais. A disfuno dos rgos se deve inadequao do fluxo sangneo e da oxigenao, tornando-se o metabolismocelular predominantemente anaerbico, produzindo cido lctico e pirvico; poreste motivo a presena de acidose metablica, muitas vezes traduz circulaoinadequada.

    Alm da taquicardia e hipotenso, o choque pode manifestar-se compalidez cutnea, m perfuso perifrica, extremidades frias, reduo do dbitourinrio e a letargia. Em prematuros pode ocorrer hipotenso aguda combradicardia sem que tenha taquicardia prvia.

    Causas de choque: No perodo ps-natal imediato, a regulao anormalda resistncia vascular perifrica uma causa freqente de hipotensoespecialmente em prematuros.

    O choque sptico considerado de causa distributiva, ondeanormalidades da distribuio circulatria podem causar perfuso tecidualinadequado. Entre os fatores envolvidos na disfuno circulatria do choquesptico destaca-se o efeito depressor direto de produtos microbianos, incluindo aendotoxinas; a liberao de outros agentes vasoativos, incluindo xido ntrico,serotonina, prostaglandinas entre outros.

    Embora o choque sptico possa ser freqente em muitos servios de

    neonatologia, outras etiologias devem ser afastadas como choque cardiognico,choque neurognico e choque hipovolmico, sendo este decorrente da perda desangue total, plasma ou lquido extracelular.

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    ANEXO II

    ESCORE HEMATOLGICO

    Na tentativa de melhorar a acurcia diagnstica, RODWELL et al. (1988), desenvolveram um escore hematolgico queconsidera um ponto para cada uma das seguintes caractersticas: Leucocitose ou leucopenia (considerar leucocitose 25.000 ao nascimento ou 30.000 entre 12 e 24 horas ou acima de

    21.000 48 horas. Considerar leucopenia 5.000) Neutrofilia ou neutropenia; Elevao de neutrfilos imaturos; ndice neutroflico aumentado; Razo dos neutrfilos imaturos sobre os segmentados a 0,3; Alteraes degenerativas nos neutrfilos com vacuolizao e granulao txica; Plaquetopenia (

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    Tabela 3 - Valores de Neutrfilos (por mm3) em Recm-Nascidos

    Neutropenia Neutrofilia Neutrfilos Imaturos/

    PN 1,5kg# PN 1,5kg# Imaturos#* Totais#*Nascimento < 500 < 1.800 > 6.300 > 5.400 > 1.100 > 0,1612 horas 12.400 > 14.500 > 1.500 > 0,1624 horas < 2.200 < 7.000 > 14.000 > 12.600 > 1.280 > 0,1636 horas < 1.800 < 5.400 > 11.600 > 10.600 > 1.100 > 0,1548 horas < 1.100 < 3.600 > 9.000 > 8.500 > 850 > 0,1360 horas < 1.100 < 3.000 > 6.000 > 7.200 > 600 > 0,1372 horas < 1.100 < 1.800 > 6.000 > 7.000 > 550 > 0,13120 horas < 1.100 < 1.800 > 6.000 > 5.400 > 500 > 0,12

    4

    o

    ao 28

    o

    dia< 1.100 < 1.800 > 6.000 > 5.400 > 500 > 0,12

    Fonte: Manroe et al., 1979; *Mouzinho et al., 1994..

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    ANEXO III

    A. INFECES DO SISTEMA CARDIOVASCULAR

    A.1. Infeco relacionada ao acesso vascular ou infeco do sistema arterialou venoso

    Dever apresentar pelo menos um dos seguintes critrios:

    CRITRIO 1: pelo menos dois dos seguintes sinais ou sintomas semnenhuma outra causa reconhecida: Instabilidade trmica (temp. axilar acima de 37,5 C ou menor que 36,0C); Apnia; Bradicardia; Letargia/hipoatividade; Sinais flogsticos no local do acesso vascular (dor, eritema, calor).

    E tambm os dois dos seguintes: Mais de 15 UFC (Unidade formadora de colnias) cultivadas da ponta do

    cateter intravascular segundo o mtodo de cultura semi-quantitativa de Maki; Hemocultura no realizada ou negativa.

    CRITRIO 2: drenagem purulenta do local vascular envolvido E hemocultura norealizada ou negativa.Se houver hemocultura positiva nas situaes acima descritas, notificar comoIPCSL (com confirmao microbiolgica).

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    Fenmenos emblicos ou manifestaes cutneas (petquias, aranhasvasculares, ndulos cutneos dolorosos),

    Insuficincia cardaca congestiva, Alterao da conduo cardaca, Presena ou uso prvio de cateter central e instituio de terapia

    antimicrobiana para endocardite pelo mdico e pelo menos um dos seguintes: Duas ou mais amostras de hemoculturas positivas; Microrganismo visto no exame bacterioscpico da vlvula se a cultura for

    negativa ou no realizada; Visualizao de vegetao durante o procedimento cirrgico ou necropsia;

    Evidncia de vegetao vista no ecocardiograma seriado.

    Obs. 1: Deve-se suspeitar de endocardite em neonatos particularmenteprematuros com cateter vascular, evidncia de sepse e surgimento ou mudanade sopro cardaco. Quando esses achados so acompanhados de sinais debacteremia persistente ou sinais de insuficincia cardaca congestiva, na ausnciade patologia cardaca de base, esse diagnstico deve ser considerado.

    Obs. 2: Mltiplos mbolos spticos com envolvimento da pele, ossos, vsceras esistema nervoso central so achados relativamente comuns.

    Obs. 3: Embora leses de Janeway, hemorragias focais, petquias generalizadaspossam tambm ser notadas, outros achados comuns em crianas maiores eadultoscomo ndulos de Osler, manchas de Roth (manchas na retina), artrites esopro caracterstico de insuficincia mitral so raros no perodo neonatal.

    Obs. 4: O exame ecocardiogrfico importante para o diagnstico deEndocardite, no entanto vegetaes menores que 2 mm, so de difcilvisualizao sendo importante a realizao de exames ecocardiogrficos

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    Sinais de falncia cardaca

    E pelo menos um dos seguintes: Alterao do eletrocardiograma consistente com miocardite ou pericardite; Histologia de tecido cardaco evidenciando miocardite ou pericardite; Aumento de 4 vezes o ttulo especfico de anticorpos com ou sem isolamento

    de vrus da faringe ou fezes; Derrame pericrdico identificado pelo eletrocardiograma, tomografia

    computadorizada, ressonncia magntica ou angiografia.

    Obs.: Lembrar que a maioria dos casos de pericardite ps cirurgia cardaca noso de origem infecciosa.

    A.4. MediastiniteDever apresentar pelo menos um dos seguintes critrios:

    CRITRIO 1: cultura de tecido mediastinal ou lquido mediastinal obtido durante oprocedimento cirrgico ou aspirao com agulha que resulte em crescimento de

    microrganismo;

    CRITRIO 2: evidncia de mediastinite vista durante procedimento cirrgico ouexame histopatolgico;

    CRITRIO 3: pelo menos dois dos seguintes sinais ou sintomas sem outra causareconhecida: Febre (Temperatura axilar > 37,5C), Hipotermia (Temperatura axilar < 36,0C), Apnia, Bradicardia ou instabilidade do esterno

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    B. OUTRAS INFECES RELACIONADAS ASSISTNCIA SADE DOTRATO RESPIRATRIO

    B.1. Bronquite, Traqueobronquite, Bronquiolite, Traquete (sem Pneumonia)Devero apresentar o seguinte critrio:

    CRITRIO 1: no haver evidncia clnica nem radiolgica de pneumonia e pelomenos dois dos seguintes sinais ou sintomas sem outra causa reconhecida: Febre (Temperatura axilar >37,5C), Tosse,

    Produo nova ou aumentada de escarro, Roncos, Apnia, Bradicardia ou desconforto respiratrio

    E pelo menos um dos seguintes: Cultura positiva de material colhido por broncoscopia; Teste de antgeno positivo das secrees respiratrias.

    B.2. Infeco do Trato Respiratrio Alto (Faringite, Laringite e Epiglotite)Dever apresentar um dos seguintes critrios:

    CRITRIO 1: presena de abscesso visto em exame direto durante cirurgia ouexame histopatolgico

    CRITRIO 2: pelo menos dois dos seguintes sinais e sintomas sem outra causareconhecida: Febre (Temperatura axilar > 37 5C) ou hipotermia (Temperatura axilar <

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    CRITRIO 2: abscesso ou outra evidncia de infeco da cavidade oral vista sobexame direto, procedimento cirrgico ou exame histopatolgico;

    CRITRIO 3: pelo menos um dos seguintes sinais ou sintomas sem outra causareconhecida: Abscesso, Ulcerao, Placas esbranquiadas e elevadas em mucosa inflamada ou placa na mucosa

    oral

    E pelo menos um dos seguintes: Microrganismo visto ao Gram; Colorao com hidrxido de potssio positiva; Visualizao de clulas gigantes multinucleadas ao exame microscpico de

    raspado de mucosa; Teste de antgeno positivo para patgenos de secrees orais; Diagnstico clnico e terapia com antifngicos tpicos ou orais instituda.

    Obs.: A infeco herptica recorrente no deve ser notificada como IRAS.

    B.4. SinusiteDever apresentar pelo menos um dos seguintes critrios:

    CRITRIO 1: cultura positiva de material purulento colhido atravs da cavidadesinusal;

    CRITRIO 2: pelo menos um dos seguintes sinais ou sintomas sem outra causareconhecida:

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    CRITRIO 2: paciente com abscesso ou evidncias de infeco intracranianavistas durante cirurgia ou exame histopatolgico;

    CRITRIO 3: pelo menos dois dos seguintes sinais ou sintomas sem outra causareconhecida: Febre (Temperatura axilar >37,5C) ou hipotermia (Temperatura axilar 37,5C), e ausncia de outrascausas no infecciosas (drogas, exacerbao aguda de doena crnica);

    CRITRIO 2: presena de dois dos seguintes sinais e sintomas sem outra causareconhecida:

    Nuseas, Vmitos, Dor abdominal

    E pelo menos um dos seguintes: Patgeno entrico isolado em coprocultura ou swab retal; Patgeno entrico detectado pela presena de antgeno ou anticorpo presente

    nas fezes ou sangue; Patgeno entrico detectado por alteraes citopticas em cultura de tecidos.

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    E Microrganismo isolado do dreno colocado cirurgicamente; Bacterioscopia positiva (pelo Gram) do tecido ou da drenagem obtida por

    aspirao com agulha; Hemocultura positiva e evidncia radiolgica de infeco (achado do ultra-som,

    tomografia computadorizada, ressonncia magntica, mapeamento comtraador radioativo ou RX de abdome).

    Obs.1:No notificar pancreatite (sndrome inflamatria) como IRAS, exceto se forcomprovada a sua origem infecciosa, de acordo com os critrios acima descritos;

    Obs.2: Se houver a presena de infeco nos rgos acima ocorrida aps oprocedimento cirrgico, notific-las como Infeco do Stio Cirrgico de rgo eEspao.

    F. INFECO EM OLHOS, OUVIDOS, NARIZ, GARGANTA E BOCA

    F.1. ConjuntiviteDever apresentar pelo menos um dos seguintes critrios:

    CRITRIO 1: exsudato purulento na conjuntiva ou tecidos contguos (crnea,glndulas lacrimais, etc.);

    CRITRIO 2: dor ou hiperemia da conjuntiva ou peri-orbital E pelo menos um dos

    seguintes: Bacterioscopia com microrganismo do exsudato do olho e presena de

    leuccitos;

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    CRITRIO 2: pelo menos um dos seguintes sinais ou sintomas sem outra causareconhecida: Febre (Temperatura axilar > 37,5C), Dor, vermelhido ou drenagem purulenta do canal auditivo

    E bacterioscopia positiva do material colhido.

    F.2.2. Otite Mdia

    Dever apresentar pelo menos um dos seguintes critrios:

    CRITRIO 1: cultura positiva do fluido colhido do ouvido mdio obtido portimpanocentese ou procedimento cirrgico;

    CRITRIO 2: pelo menos dois dos seguintes sinais ou sintomas sem outra causareconhecida:

    Febre (Temperatura axilar > 37,5C), Dor, Sinais inflamatrios, Retrao ou diminuio da mobilidade do tmpano.

    F.2.3. Mastoidite

    Dever apresentar pelo menos um dos seguintes critrios:

    CRITRIO 1: cultura positiva para microrganismo cultivado do material purulento

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    G. PELE E TECIDO CELULAR SUBCUTNEO (FASCETE NECROSANTE,GANGRENA INFECCIOSA, CELULITE NECROSANTE, MIOSITE INFECCIOSA,

    LINFADENITE OU LINFANGITES)

    G.1. PeleDevero apresentar pelo menos um dos seguintes critrios:

    CRITRIO 1: drenagem purulenta de pstula, vescula ou bolha;

    CRITRIO 2: pelo menos um dos seguintes sinais ou sintomas sem outra causa

    reconhecida: Dor, Sensibilidade, Vermelhido ou calor;

    E pelo menos um dos seguintes: Microrganismo isolado do stio afetado colhido por puno ou drenagem (se o

    germe for de flora normal da pele dever ter cultura pura); Hemocultura positiva; Teste de antgeno positivo do tecido envolvido ou sangue; Presena de clulas gigantes multinucleadas ao exame microscpico do tecido

    afetado.

    Obs.: No notificar onfalite, impetigo, infeco do local de circunciso comoinfeco de pele.

    G 2 Tecido Celular Subcutneo

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    G.3. Onfalite

    Dever apresentar pelo menos um dos seguintes critrios:

    CRITRIO 1: eritema e drenagem purulenta do coto umbilical.

    CRITRIO 2: eritema e/ou drenagem serosa do umbigo

    E pelo menos um dos seguintes: Cultura positiva do material drenado ou colhido por aspirao com agulha; Hemocultura positiva;

    Obs.1: Notificar as infeces de artrias ou veia umbilical relacionadas aocateterismo umbilical como infeco relacionada ao acesso vascular, desde que ahemocultura seja negativa. Se a hemocultura for positiva, notificar como infecoprimria da corrente sangunea;

    Obs.2: Notificar como IRAS tambm aquela que ocorrer at 7(sete) dias aps aalta hospitalar.

    G.4. Pustulose da Infncia ou Impetigo

    Dever apresentar pelo menos um dos seguintes critrios:

    CRITRIO 1: uma ou mais pstulas e diagnstico clnico de impetigo;

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    CRITRIO 2: evidncia de osteomielite no exame direto do osso duranteprocedimento cirrgico ou exame histopatolgico;

    CRITRIO 3: pelo menos dois dos seguintes sinais ou sintomas sem causareconhecida: Febre (T axilar >37,5C), Sensibilidade, Dor, Calor e rubor localizados ou drenagem do local suspeito da infeco ssea

    E pelo menos um dos seguintes: Microrganismo cultivado do sangue; Evidncia radiolgica de infeco como alterao no RX, tomografia

    computadorizada, ressonncia magntica ou mapeamento sseo comradioistopos (Glio, Tecncio, etc.).

    H.2. Infeco da Articulao ou Bursa

    Dever apresentar pelo menos um dos seguintes critrios:

    CRITRIO 1: microrganismo isolado em cultura do fluido articular ou do materialde bipsia sinovial;

    CRITRIO 2: evidncia de infeco da articulao ou bursa durante cirurgia ouexame histopatolgico;

    CRITRIO 3: presena de dois dos seguintes achados clnicos sem outra causareconhecida:

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    I. OUTRAS INFECES

    I.1. Infeco da Circunciso do RNDever apresentar pelo menos um dos seguintes critrios:

    CRITRIO 1: drenagem purulenta do local da circunciso;

    CRITRIO 2: pelo menos um dos seguintes sinais ou sintomas sem outra causareconhecida no local da circunciso: Eritema, Dor, Edema

    E cultura positiva do local da circunciso;

    CRITRIO 3: pelo menos um dos seguintes sinais e sintomas sem nenhuma

    outra causa reconhecida no local da circunciso: Eritema, Dor, Edema

    E germes contaminantes comuns da pele (difterides, Propionebacterium spp,Bacillusspp, Staphylococcus coagulase negativa ou micrococos) cultivados dolocal da circunciso e diagnstico clnico de infeco feito pelo mdico e terapia

    adequada instituda pelo mesmo.

    Obs : As infeces de circunciso no devem ser notificadas como infeco do

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    ANEXO IV

    Definio das Infeces Relacionadas Assistncia Sade emNeonatologia sob vigilncia epidemiolgica

    IRAS PRECOCE DE PROVVEL ORIGEM

    MATERNA so aquelas cuja evidnciadiagnstica ocorreu nas primeiras 48h de vidacom fator de risco maternos.

    IRAS PRECOCE DE PROVVEL ORIGEMHOSPITALAR so aquelas cuja evidnciadiagnstica ocorreu nas primeiras 48h de vidasem fator de risco materno e submetidos a

    procedimentos insavisos.

    IRAS TARDIA DE ORIGEM HOSPITALAR so aquelas cuja evidncia diagnstica ocorreuaps as primeiras 48h de vida

    FATORES DE RISCO MATERNO:

    Bolsa rota > 18, cerciagem, trabalho e partoem gestao < 35 semanas, procedimento demedicina fetal h < 72h, febre materna nasltimas 48h, coriamnionite, colonizao peloEGB sem profilaxia intra-parto.

    INFECES RELACIONADAS ASSISTNCIA SADE (IRAS) EM NEONATOLOGIA

    IRAS TRANSPLACENTRIA so aquelasadquiridas por via transplacentria: herpes

    NOTA:As IRAS transplacentrias devem ser

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    Figura 5 - Infeces Relacionadas Assistncia Sade em Neonatologia queno esto sob vigilncia epidemiolgica, Fonte: GT de Neonatologia, Julho de

    NO SOCOMPUTADAS NAVIGILNCIA

    EPIDEMIOLGICA

    Recm-nascido de parto domiciliar ouprocedentes de outras instituies, comevidncia de infeco nas primeiras 48 h daadmisso, exceto se houver sido submetido aprocedimentos invasivos.

    Recm-nascido reinternado na mesmainstituio, com evidncia de infeco comperodo de incubao maior que: > 3 dias gastroenterite, infeces do trato

    respiratrio; > 7 dias sepse, conjuntivite, impetigo,

    onfalite, infeco urinria; > 30 dias infeco do stio cirrgico sem

    implante; > 1 ano infeco do stio cirrgico com

    implante

    CONSIDERAES GERAIS

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    1) IPCS

    INFECOPRIMRIA DACORRENTESANGUINEA(IPCS)

    Paciente com suspeita clnic a de sepse - colher hemocul turas em sangue perifrico ideal 2 hemocultur as em momentos diferentes, com tcn ica orientada pela CCIH e volume de 1 ml por amost ra.Paciente com acesso venoso central - colher hemoculturas pareadas (sangue perifrico e sangue atravs cateter)Estabelecer se a positividade da hemocultura no est relacionada com outro stio infeccioso como, por exemplo, pneumonia.Infeco da corrente sangunea com hemocultura positiva notificar BSI-LCBIA IPCS deve ser considerada associada ao CVC se este estiver presente no momento do diagnstico ou a infeco surgir at 48h aps a sua remoo. No h tempo mnimo de permanncia do CVC para consider-lo associado IPCS. Considerar cateter umbili cal (CUM), cateter de insero percutnea (PICC) e os inseridos por f lebotomi aPara conduta clnica de permanncia ou retirada do cateter venoso central verificar se a infeco est relacionada ao cateter CR-BSI (o cateter a fonte provvel de infeco) discutir com a CCIH

    INFECO PRIMRIA DA CORRENTE SANGUINEA COM CONFIRMAO MICROBIOLGICACRITRIO 1: uma ou mais hemocult uras positiv as para germe no contamin ante da pele e no relacionado com infeco em outro stio

    ou

    CRITRIO 2: pelo menos um dos seguintes sinais e sintomas sem outra causa no infecciosa reconhecida e sem relao com infeco em outro local + 1 critrio microbiolgico

    IPCSLInfeco primriada correntesangunealaboratorial (comconfirmaomicrobiolgica)SINAIS E SINTOMAS MICROBIOLOGIA

    instabilidade trmica bradicardia apnia intolerncia alimentar piora do desconforto respiratrio

    intolerncia glicose instabilidade hemodinmica hipoatividade/letargia

    duas ou mais hemoculturas colhidas em momentos diferentes, com intervalo mximo de 48h, e positivas paragermes da flora cutnea (por exemplo: difterides, Bacillus sp.,Propionibacterium sp., Staphylococcuscoagulase negativa ou micrococo), sem estar relacionada com infeco em outro stio

    Staphylococcus coagualse negativa cultivado em pelo menos uma hemocultura perifrica de paciente comcateter vascular central (CVC)

    INFECO DA CORRENTE SANGUINEA SEM CONFIRMAO MICROBIOLGICA - SEPSE CLNICACRITRIO 1: pelo menos um dos sinais e sint omas + todos os critrios laboratoriais

    IPCSCInfeco primriada correntesangunea clnica(sem

    confirmaomicrobiolgica)ou sepse clnica

    SINAIS E SINTOMAS CRIT RIO LABORATORIAL

    instabilidade trmica bradicardia apnia intolerncia alimentar piora do desconforto respiratrio

    intolerncia glicose instabilidade hemodinmica hipoatividade/letargia

    hemograma com trs ou mais parmetros alterados pelo escore de Rodwell e/ou PCR quantitativa alterada hemocult ura negativa ou no realizada ou antgeno no detectado no sangue sem foco infeccioso aparente em outro stio mdico assistente institui e mantm tratamento para sepse

    Em caso de isolamento de Staphylococcus coagulase negativa em somente uma hemocultura, valorizar a evoluo clnica, exames complementares (hemograma e PCR) e crescimento do microorganismo nas primerias48h de incubao

    Se a amostra for colhida somente do CVC, no valorizar Sinais e sintomas de IPCS so inespecficos e podem estar relacionados a etiologias no infecciosas, da a necessidade de reavaliao do caso em 72h em conjunto com o mdico acompanhante. Se o diagnstico for

    descartado, importante a suspenso dos antimicrobianos e no deve ser notificada como infeco.

    Na suspeita de sepse, recomenda-se colher as hemoculturas antes do incio da antibioticoterapia emprica. O hemograma e a PCR devem ser colhidos preferencialmente entre 12 e 24h de vida na suspeita de IRASprecoce de origem materna

    Com a finalidade de suspenso da antibioticoterapia recomenda-se reavaliao da evoluo clnica, exames microbiolgicos e nova colheita de hemograma e PCR em 72h aps o incio do tratamento. O valor normal da PCR < 1ml/dl, lembrar que outras afeces elevam a PCR: sndrome do desconforto respiratrio, hemorragia intra-ventricular, aspirao meconial.

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    2) CVS

    SISTEMA CARDIO-VASCULAR

    INFEC O VENOSA OU ARTERIAL

    CRITRIO 1: hemocultura negativa ou no realizada + cultura semi-quantitativa da ponta de cateter intravascular com mais de 15 UFC/ placae pelo menos dois dos seguintes sinais e sintomas:

    VASC

    SINAIS E SINTOMAS SEM OUTRA CAUSA RECONHECIDA

    instabilidade trmica ( 37,5C) apnia bradicardia letargia/hipoatividade sinais flogsticos no stio vascular envolvido

    CRITRIO 2: drenagem purulenta no local vasculare hemocultura negativa ou no realizada

    ENDOCARDITECRITRIO 1:microorganismo isolado de vlvula ou presena de vegetao

    ouCRITRIO 2:pelo menos um dos seguintes sinais ou si ntomas sem outra causa reconhecida

    ENDO

    SINAIS E SINTOMAS CRIT RIO LABORATORIAL

    febre ou hipotermia (t.axilar 37,5C) apnia bradicardia

    e pelo menos um dos s eguintes

    mudana ou aparecimento de novo soprofenmenos emblicos ou manifestaes cutneas (petquias, prpuras) insuficincia cardaca congestiva alteraes na conduo cardaca presena ou uso prvio de cateter central e instituio de terapia antimicrobianapara endocarditee pelo menos um dos critrios laboratoriais

    duas ou mais hemoculturas positivasmicrorganismos no Gram da vlvula se hemocultura negativa ou no realizada vegetao identificada durante exame de imagem ou cirurgia ou necrpsia evidencia de nova vegetao no ecocardiograma seriado

    MIOCARDITE OU PERICARDITECRITRIO 1:microorganismo isolado do tecido ou fluido pericrdico obtido atravsde aspiraopor agulha ou durante procedimento cirrgico ou

    CRITRIO 2:pelo menos dois dos seguintes sinais ou sintomas sem outra causa reconhecida

    CARD

    SINAIS E SINTOMAS CRITRIO LAB ORATORIAL

    febre ou hipotermia (t.axilar 37,5C) apnia bradicardia

    pulso paradoxal aumento sbito da rea cardaca no curso de uma infeco purulenta, sinais deinsuficincia cardaca

    e pelo menos um dos c ritrios laboratoriais ECG comalteraes compatveis commiocardite ou pericardite aumento de 4 vezes do ttulo de anticorpos especficos com ou sem isolamentodo vrus nas fezes ou orofaringe antgeno positivo no sangue (p.ex: H. influenzae, S. pneumoniae)

    derrame pericrdico positivo por eletrocardiogram, tomografia, ressonncia ouangiografia

    evidncia de infeco ao exame direto durante cirurgia ou histopatolgico

    MEDIASTINITECRITRIO 1: cultura de tecido ou lquido ou mediastinal obtido durante cirurgiaou aspirao com agulhaque resulte em crescimento de microorganismoCRITRIO 2: evidncia de mediastinite ao exame direto durante cirurgia ou histopatolgicoCRITRIO 3: pelo menos dois dos seguintes sinais ou sintomas sem outra causa reconhecida

    MED

    SINAIS E SINTOMAS CRIT RIO LABORATORIAL hipoterm ia ou febre (t.axilar 37,5C) apnia bradicardia instabilidade do esterno dispnia

    distenso das veias do pescoo com edema ou cianose facial hiperdistenso da cabea com o intuito de manter prvias as vias arease pelo menos um dos c ritrios laboratoriais

    sada de secreo mediastin al purulent a hemocultura ou cultura de lquido mediastinal positiva evidncia radiolgica de alargamento mediastinal

    Observao: A maioria dos casos de peri cardite no ps operatrio de cirur gia cardaca no infecciosa

    Observao: infeco int ravascular com HEMOCULTURA POSITIVA notif icar

    BSI-LCBI

    Observao: Mediastinite e osteomielite no ps operatrio de cirurgia cardaca notificar

    como SSI-MED

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    3) PNEU

    PNEUMONIA

    PNEUMONIA CLNICA o diagnstico baseia-se no aparecimento e/ou persistncia de alterao radiolgica compatvel com etiologia infecciosa DIAGNSTICO: 1 critr io radiolgi co (ideal rever vrias radiografias) + 3 critrios clnicos ou laboratoriaisRN com diagnstico de pneumonia, estando sob Ventilao Mecnica (VM) ou em at 48h da extubao, considerar com Pneumonia associada a Ventilao Mecnica - PAV.

    PNUPneumonia

    definidaclinicamente

    CRITRIO RADIOLGICO SINAIS E SINTOMAS OU CRITRIOS LABORATORIAIS

    aumento das necessidades de O2 ou dos parmetros ventilatrios +

    trs dos parmetros abaixo:

    instabilidade trmica sem outra causa reconhecida (t.axilar 37,5C)leucopenia ( 5000 leuc/mm3) ou

    leucocitose (>25000leuc/mm3ao nascimento ou 30.000 entre 12 e 24h ou > de 21000 a 48h de vida) com desvio a esquerda apnia , taquipnia, batimentos de asa do nariz ou gemnciabradicardia (170 bpm) sibilancia ou roncosmudana no aspecto da secreo traqueal, aumento da secreo respiratria ou aumento da necessidade de aspirao e surgimento de

    secreo purulenta

    Sem doena pr existente:

    uma ou mais radiografias com

    pelo menos um dos achados:

    Infiltradoque persistenovo ou progressivo

    consolidao

    cavitao

    pneumatocele

    Com doena pr existente:Sndrome do desconfortorespiratrio, Edema pulmonardisplasia broncopulmonar,aspirao meconial

    duas ou mais radiografias com

    pelo menos um dos achados:

    Infiltradoque persistenovo ou progressivo

    consolidao

    cavitao

    pneumatocele

    Observaes: Sugere-se como avaliao serida do Raio X a comparao de exames realizados at 3 dias antes e at 3 dias aps o diagnstico Mudana de aspecto da secreo traqueal em uma amostra isolada no deve ser considerada como definitiva. Valorizar a

    persistncia da observao por mais 24h

    Taquipnia em RN < 37 semanas de idade gewstacional FR > 75 incurses por minuto; at 40 semanas de IG corrigida RN 37

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    4) LRI

    TRATORESPIRATRIOINFERIOREXCETOPNEUMONIA

    TRATO RESPIRATRIO INFERIOR : bronquite, traqueobronqui te, bronquiol ite, traquete sem evidncia de pneumoni a

    CRITRIO 1: no haver evid ncia clnica nem radiol gica de pneumonia + pelo menos dois dos sinais e sintom as sem outra causa evidente + pelo menos um CRITRIO LABORATORIAL

    BRON

    SINAIS E SINTOMAS CRIT RIO LABORATORIAL

    febre (t.axilar >37,5C) tosse produo nova ou aumentada de escarro roncos apnia bradicardia desconforto respiratrio

    cultura positiva material colhido por broncoscopia

    antgeno positivo das secrees respiratrias

    5) CNS

    INFECO INTRACRANIANA ABSCESSO CEREBRAL, INFECO EPIDURAL OU SUBDURAL, ENCEFALITE

    CRITRIO 1: paciente com microorganismos cultivados de tecido cerebral ou dura materCRITRIO 2: paciente com abscesso ou evidncias de infeco intracraniana vistas durante cirurgia ou exame histopatolgico

    CRITRIO 3: pelo menos dois dos sinais e sintomas sem outr a causa evidente + mdico estabelece teraputica especfica pelo mdico + pelo menos um dos seguintes critrios laboratoriais

    IC

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    SISTEMANERVOSOCENTRAL

    CRITRIO 3: pelo menos dois dos sinais e sintomas sem outr a causa evidente + mdico estabelece teraputica especfica pelo mdico + pelo menos um dos seguintes critrios laboratoriais

    SINAIS E SINTOMAS CRITRIO LAB ORATORIAL febre (t. axilar >37,5C) hipotermia (t. axilar 30

    TERMO

    870-3290

    20-170>30

    Observao:No caso de germes contaminantes de pele (difterides, Propionebacterium spp,Bacillus spp, estafilococo coagulase-negativa, valorizar a evoluo clnica doaciente

    Observaes:

    No critrio 2 , o microorganismo isolado em hemoculturas pode ser considerado o agente da infecoA anlise do lquor acidentado no recomendadaGlicose > 30mg/dl desde que o RN esteja com glicemia normal e que o lquor seja processado imediatamente. Caso contrrio considerar comovalor 2/3 da licemia do RN. No fazer dia nstico baseado a enas na licorra uia.

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    6) BJ

    SSEA EARTICULAR

    OSTEOMIELITE DEVER APRESENTAR PELO MENOS UM DOS SEGUINTES CRIT RIOS:CRITRIO 1: microorganismo isolado no ossoCRITRIO 2: evidncia de osteomielite no exame direto do osso durante procedimento cirrgico ou histopatolgicoCRITRIO 3: pelo menos dois dos sinais e sintomas sem outra causa reconhecida + pelo menos um dos CRITRIO LABORATORIAIS

    BONE

    SINAIS E SINTOMAS CRIT RIO LABORATORIAL

    febre (t.axilar >37,5C)No stio suspeito de i nfecossea: edema localizado sensibilidade dor calor local e rubor drenagem do local suspeitode infeco ssea

    microorganismo cultivado do sangue

    evidncia radiolgica de infeco como alterao no RX, Tomografia, ressonncia magntica oumapeamento sseo com radioistopos

    ARTICULAO OU BURSA DEVER APRESENTAR PELO MENOS UM DOS SEGUINTES CRITRIOS:CRITRIO 1:microorganismo isolado em cultura de fluido articular ou do material de bipsia sinovial

    CRITRIO 2: evidncia de infeco da articulao ou bursa durante cirurgia ou exame histopatolgico

    CRITRIO 3: presena de dois dos sinais e sintomas sem outra causa reconhecida + pelo menos um dos CRITRIOS LABORATORIAIS

    JNT

    SINAIS E SINTOMAS CRITRIO LAB ORATORIAL

    dor articular hipersensibilidade edema localizado

    calor local evidncia de derramearticular limitao de movimento

    bacterioscopia do lquido articular positiva e leuccitos vistos no Gram do lquido articular perfil celular e bioqumico do lquido articular compatvel com infeco por doena

    reumtica subjacente evidncia radiolgica de infeco na articulao ou bursa (RX, TOMO, RSM ou cintilografia)

    de infeco

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    7) EENT

    OLHOS,OUVIDOS,NARIZ,GARGANTAOU BOCA

    CONJUNTIVITECRITRIO1: exsudato purulento na conjuntiva ou tecidos contguos como crnea, plpebra, glndula lacrimalCRITRIO2: um sinal ou sintoma + pelo menos um dos CRITRIOS LABORATORIAIS

    CONJ

    SINAIS E SINTOMAS CRITRIO LAB ORATORIAL dor ou hiperemia da conjuntiva dorou hiperemia Peri-orbital

    bacteriocopia com microorganismo do exsudato do olho e presena de leuccitos

    cultura positiva obtida de conjuntiva ou tecidos contguos (crnea, glndulas lacrimais, etc). teste do antgeno positivo (p.ex. ELISA ou IF para Chlamydia trachomatis, vrus herpes simplex,

    adenovirus) no exsudato ou raspado conjuntival cultura positiva para vrus

    OUVIDOS, MAST IDEOTITE EXTERNA

    CRITRIO1: patgeno cultivado de drenagem purulenta do canal auditivoCRITRIO2: bacterioscopia positiva do material colhido + pelo menos um dos sinais ou sintomas sem causa evidente : febre (>37,5C) dor local vermelhido drenagem purulenta do canal auditivo

    OTITE MDIACRITRIO1: cultura positiva do fluido colhido do ouvido mdio obtido cirurgicamente oupor timpanocenteseCRITRIO2: pelo menos dois dos sinais ou sintomas : febre (>37,5C) dor rubor presena de retrao ou diminuio da mobilidade da MT ou secreo no ouvidomdio

    MASTOIDITECRITRIO1: cultura positiva para microorganismo cultivado do material purulento da mastideCRITRIO2: pelo menos dois dos sinais e sintomas sem outra causa reconhecida + pelo menos um CRITRIO LABORATORIAL

    CRITRIO CLNICO CRITRIO LAB ORATORIAL: febre (>37,5C)

    dor Gram de material purulent a da mastide desconforto Pesquisa positiva de antgenos sanguneos hiperemia paralisia facial hemocultura positiva

    EAR

    Observaces: No considerar IH a conjuntivite qumica no RN causada por nitrato de

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    8) GI

    GASTROINTESTINAL

    GASTROENTERITECRITRIO1: incio agudo de diarri a (fezes lquidas com dur ao maior que 12 horas) com ou sem vmitos ou febre (temperatura > 37,5) e sem provvel causa no-infecci osa

    (drogas, exacerbao aguda de doena crnica)CRITRIO2: presena de dois dos seguintes sinais e sintom as sem outra causa evidente + pelo menos um CRITRIO LABORATORIAL

    GE

    SINAIS E SINTOMAS CRITRIO LAB ORATORIAL nusea vmito dor abdominal

    patgeno entrico isolado em coprocultura ou swab retal antgeno ou anticorpo positivo para enteropatgeno nas fezes ou sangue patgeno entrico detectado por alteraes citopticas em cultura de tecidos

    ENTEROCOLITE NECROSANTEEM RECM NASCIDO E LACTENTECRITRIO1: pelo menos dois dos seguintes sinais e sintomas sem outra causa reconhecida + pelo menos um das ALTERAES RADIOLGICAS

    NEC

    SINAIS E SINTOMASS ALTERA ES RADIOLGICA S vmitos distenso abdominal resduos gstricos pr-alimentares sangue nas fezes micro ou macroscpico

    pneumoperitonIo pneumatose intestinal alas do intestino delgado imveis (no se alteram em exames radiolgicos seriados)

    Observao: Para fechar critrio diagnstico aguardar o resultado do achado intra-operatrio nos casos

    cirrgicos

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    9) SST

    PELE ETECIDOSMOLES

    PELE TECIDO CELULAR SUBCUTNEOCRITRIO 1: cultura positiva de tecido ou material drenado do stio afetado, drenagem purulenta do stio afetado ou abscesso ou outra evidncia de infeco durante o procedimentocirrgico ou exame histopatolgico

    CRITRIO 2:

    pelo menos dois dos seguintes sinais e sintom as do stio afetado s em outra causa reconhecida +

    pelo menos um CRITRIO LABORATORIAL

    ST

    SINAIS E SINTOMAS: CRITRIO LABORATORIAL

    dor local calor local rubor local edema local

    hemocultura positiva teste de antgeno positivo feito no sangue ou urinaObservaes:

    Onfalite notificar como UMB Circunciso em RN infectada

    notificar como CIRC

    Pstulas na criana como PUST Queimadura infectada notificar BURN Abscesso de mama ou mastite BRST

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    10) SST

    PELE ETECIDOSMOLES

    ONFALITECRITRIO 1: eritema e drenagem purulenta do coto umbilical

    CRITRIO 2: eritema e/ou drenagem serosa do umbigo + pelo menos um dos CRITRIOS LABORATORIAIS

    UMB

    SINAIS E SINTOMAS CRITRIO LAB ORATORIAL eritema e/ou secreo serosa

    cultura positiva do material drenado ou colhido por aspirao com agulha hemocultura positiva

    PUSTULOSE INFANTILCRITRIO 1: uma ou mais pstulas e diagnstico clnico de impetigo

    CRITRIO 2: uma ou mais pstulas e mdico assistente institui terapia antimicrobiana adequada

    PUST

    CIRCUNCISO DO RECM-NASCIDOCRITRIO 1: drenagem purulenta no local da circunciso

    CRITRIO 2: pelo menos um dos seguintes sinais e sintomas sem outra causa reconhecida + 1 CRITRIO LABORATORIAL

    CIRC

    SINAIS E SINTOMAS CRITRIO LAB ORATORIAL eritema local dor na circunciso edema local

    cultura positiva do para microrganismo patognico. cultura positi va do para contaminante de pele (Staphylo coccus coagul ase negativa,

    difteride, Bacillussp. ou micrococo) e diagnstico mdico ou tratamento adequado

    Observaes: Infeco da artria ou veia umbilical relacionada com cateterismo umbilical notificar CVS-

    VASC se hemocultura negativa ou no realizada Considerar onfalite como IRAS at stimo dia aps a alta

    Observao: Infeco da circunsio no notificar como do stio cirrgico

    11) ITU

    Observaes:Observaes: incorreto cultivar a ponta de cateter urinrio para orientar o diagnstico de ITU

    SITU

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    (Infecodo TratoUrinrio)

    incorreto cultivar a ponta de cateter urinrio para orientar o diagnstico de ITU A cultura de urina deve ser obtida usando-se tcnica apropriada, empregando-se antissepsia do local de acordo com a padronizao da CCIH Nos RN a urina deve ser coletada atravs do cateterismo vesical ou aspirao supra-pbica. A cultura positiva colhida com saco coletor dever ser repetida com

    tcnica adequada e se confirmada a IRAS notificada Qualquer crescimento bacteriano na amostra colhida por puno supra-pbicva significativo Nos exames positivos para S. coagulase negativa, quando no for possvel a determinao da espcie deve ser repetida para afastar a possibilidade de contaminao.

    INFECO SINTOMTICA DO TRATO URINRIO

    CRITRIO1: pelo menos um dos sinais e sintomas abaixo, sem causa reconhecida + urocultura positiva 100 000col/ml com no mais que duas espcies demicroorganismos

    CRITRIO2: pelo menos um dos sinais e sintomas abaixo, sem causa reconhecida + pelo menos um dos seguintes CRITRIOS LABORATORIAIS

    SINAIS E SINTOMAS CRITRIOS LAB ORATORIAIS

    instabilidade trmica (temperaturaaxilar acima de 37,5C ou menor que36C) apnia bradicardia baixo ganho ponderal hipoatividade/letargia vmitos

    piria 10 leuccitos/mm3ou 3 leuccitos/mm3 campo de grande aumento ou porsedimento urinrio leuccitos/campo de grande aumento bacterioscopia positiva pelo Gram em urina no centrifugada nitrito positivo pelo menos duas uroculturas com isolamento do mesmo uropatgeno (bacteria gram-

    negativa ou S. saprophyticus) e contagem de 100colnias/ml colhidas atravs de punosupra-pbica ou por cateterismo vesical

    uma urocultura com 100 000colnias/ml de um nico uropatgeno em pacientes sobterapia antimicrobiana efetiva

    diagnstico do mdico assistente e/ou tratamento

    2) ISC

    INFECES DO STIO CIRRGICO (ISC)

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    STIOCIRRGICO IS

    IP

    OC

    INFECO DE SITIO CIRRGICO INCISIONAL SUPERFICIALOcorre nos primeiros 30 dias aps a cirurgia e envolve apenas pele e subcutneo.

    DIAGNSTICO: pelo menos 1 (um) dos s eguintes:CRITRIO 1: Drenagem purulenta da inciso superficial;CRITRIO 2: Microorganismo isolado de cultura obtida assepticamente da secreo de inciso superficial (no so considerados resultados de culturas colhidas porswab);CRITRIO 3: Presena de pelo menos 1 (um) dos sinais ou sintomas: dor, sensibilidade , edema, calor ou rubor localizadoE A inciso superficial deliberadamente aberta pelo cirurgio na vigncia de pelo menos um dos seguintes sinais ou sintomas: dor, aumento da sensibilidade, edema local, hiperemia ou calor, EXCETO se a culturafor negativa;CRITRIO 4: Diagnstico de infeco superficial pelo mdico assistente.

    INFEC O DE S TIO CIR RGICO INCISIONAL PROFUNDAOcorre nos primeiros 30 dias aps a cirurgia ou at UM ano, se houver colocao de prtese, e envolve tecidos moles profundo s inciso (ex: fscia e/ou

    msculos).

    DIAGNSTICO: pelo menos 1 (um) dos s eguintes:CRIT RIO 1: presena de secreo purulenta na inciso, acometendo fscia ou tecidos subjacentes;CRITRIO 2 : Iinciso com deiscncia espontnea ou ferida deliberadamente aberta pelo cirurgio, quando o paciente apresentar pelo menosum dos seguintes sinais ou sintomas: temperatura axilar 37,5C,dor ou sensibilidade local, exceto se a cultura for negativa;CRITRIO 3 : abscesso ou outra evidncia que a infeco envolvendo a inciso profunda, detectada durante a reoperao, exame radiolgico ou histolgico;CRITRIO 4 : diagnstico de infeco incisional profunda pelo mdico assistente.

    INFECO DE STIO CIRRGICO EM RGO OU CAVIDADECRITRIO 1: Ocorre nos primeiros 30 dias aps a cirurgia sem prtese ou at UM ano, se houver colocao de prtese. Pode envolver qualquer rgo ou cavidade quetenha sido aberta ou manipulada durante a cirurgia.CRITRIO 2: Infeco que envolva qualquer parte do corpo, excluindo-se a inciso da pele, fscia e camadas musculares, que seja aberta ou manipulada duranteprocedimento cirgicoE apresente pelo menos 1 (um) dos seguintes: drenagem purulenta pelo dreno colocado pela inciso cirrgica no rgo ou espao; microorganismo isolado de secreo ou tecido do rgo/cavidade obtido assepticamente; abscesso ou outra evidncia que a infeco envolva rgo ou espao visto em exame direto durante reoperao ou atravs de de exame radiolgico ou histopatolgico; diagnstico de infeco de rgo/cavidade pelo mdico assistente.

    Observaes:Osteomielite do esterno aps cirurgia cardaca ou endoftalmite so consideradas infeces de rgo/cavidade.NO considerar que a eliminao de secreo purulenta atravs de drenos seja necessariamente sinal de ISC-OC.

    Observaes:No notificar mnima inflamao e drenagem de secreo limitada aos pontos de sutura.Se Ocorrer infeco superficial e profunda, notificar a mais grave.Infeco ps-circunsciso no considera IRAS de stio cirrgico

    ATENO:Stios Especficos de ISC/OCDESCRIO SIGLA

    Osteomielite OSSO

    Mastite ou abscesso de mama MAMA

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    Miocardite ou pericardite CARD

    Conjuntivite CONJ

    Espao do disco DISC

    Ouvido, mastide OVDOEndometrite EDMT

    Endocardite ENDO

    Olhos (exceto conjuntivite) OLHO

    Trato gastrintestinal TGI

    Intra-abdominal, no especificada em outro local IAB

    Intracraniana, abscesso cerebral ou dura-mterIC

    Articulao ou bolsa ARTI

    Outras infeces do trato respiratrio inferior PULM

    Mediastinite MEDMeningite ou ventriculite MEN

    Cavidade oral (boca, lngua ou gengivas) ORAL

    Outras do aparelho reprodutor masculino ou feminino OREP

    Outras infeces do trato urinrio OITU

    Abscesso medular sem meningite AMED

    Sinusite SINU

    Trato respiratrio superior TRSU

    Infeco arterial ou venosa VASC

    Cpula vaginal CUPV

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    ANEXO V

    PREVENO DE INFECO PRIMRIA DA CORRENTE SANGUNEAASSOCIADA A CATETER VASCULAR CENTRAL EM NEONATOLOGIA

    Medidas Gerais de PrevenoVrios estudos mostram que possvel diminuir os ndices de IPCS

    associada ao CVC e IPCS em at 70% se protocolos forem implantados eatividades de educao mdica e de enfermagem forem reforadas. Quantomenor a manipulao do CVC no RN menor ser o risco de complicao

    infecciosa (MERMEL, 2000; BARRINGTON, 2000; MERMEL et al., 2001;NADROO et al., 2001; CDC, 2002; HERMANSEN, & HERMANSEN, 2005;JONGE et al., 2005).

    Tipos de CVCEm relao ao tipo de CVC a ser utilizado na populao peditrica, diante

    da necessidade de cateter de longa permanncia, existe uma preferncia aoscateteres totalmente implantveis em relao aos tunelizados, pois h estudosdemonstrando menor risco de IPCS com os CVC totalmente implantveis.

    Recomenda-se na pediatria CVC com menor nmero de lumens, emboraa literatura sobre este tema na populao de neonatos seja extremamenteescassa. Quanto ao cateter impregnado com anti-spticos ou comantimicrobianos, ainda no podem ser recomendados na pediatria, visto o nmerolimitado de estudos e a falta de definio clara sobre suas vantagens, alm do

    elevado custo relacionado a estes dispositivos.Localizao dos CVC

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    Insero do CVCApesar da falta de estudos na pediatria sobre o uso de barreira mxima

    (avental, luva, campo largo estril, mscara e gorro), esta prtica est bemestabelecida para adultos, devendo ser mantida na populao infantil.

    Em relao ao anti-sptico a ser usado, recomenda-se soluo declorexidina (degermao prvia com clorexidina a 2% ou 4%, seguida da anti-sepsia propriamente dita com soluo alcolica), com vantagens em relao ssolues base de povidine.

    CurativosEm relao aos curativos, temos disponveis os curativos transparentes depoliuretano (semipermevel ou oclusivo) e gaze estril. Este assunto aindapermanece controverso, no sendo at hoje demonstrado a real diferena napreveno de IPCS associadaao CVC se usado um ou outro tipo de curativo.

    Atualmente os curativos transparentes devem ser trocados apenas sesujidade ou umidade local ou soltura do mesmo e no mais com data pr-

    estabelecida. Isto estabelece uma vantagem em relao diminuio do risco deperda mecnica do CVC nas crianas, especialmente naquelas com PICC (nestasituao no dado ponto de fixao do CVC). Na troca do curativo recomendado o uso de anti-sptico a base de clorexidina.

    Curativos impregnados com solues anti-spticas ainda no foramincorporados rotina dos servios e aguardam maiores evidncias sobre suaeficcia e segurana para uso neonatal.

    Troca do CVC

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    Finalizando, seguem abaixo as principais recomendaes adaptadas doGuideline for Prevention of Intravascular Catheter-Related Infections

    HICPAC CDC, (CDC, 2002) relacionadas pediatria e neonatologia:1. Assegurar adequada relao enfermagem/RN (IB)2. No realizar cultura da ponta de cateter de rotina (IA)3. O uso de luvas no dispensa a adequada higienizao das mos, antes e apsa manipulao do acesso vascular (IA)4. Usar luvas estreis para insero de cateter vascular central. (IA)5. Usar luvas estreis ou de procedimento no estreis (usando tcnica assptica)nas trocas de curativos (IC)

    6. No usar a insero por flebotomia de rotina (IA)7. Usar soluo anti-sptica para insero do CVC (dar preferncia s soluesde clorexidina) (IA)8. Antes da insero do cateter, aguardar a ao e permanncia mnima do anti-sptico, ou at que tenha secado por completo (tempo mnimo de 2 minutos) (IB)9. Usar curativo estril de gaze ou transparente para cobrir o local de insero (IA)10. Se o paciente apresentar sangramento, dar preferncia ao curativo com gaze(II)

    11. Trocar o curativo sempre que o local estiver sujo, mido ou solto (IB)12. No usar pomadas ou cremes de antimicrobiano no local de insero docateter, pois aumenta o risco de colonizao e infeco fngica e resistnciamicrobiana (IA)13. No trocar o CVC de rotina (IA)14. Manter cateter perifrico o tempo que for possvel, sem troca programada,exceto se ocorrer alguma complicao (IB)15. No trocar o sistema de infuso, incluindo os outros dispositivos acoplados ao

    sistema, com intervalo menor que 72 h, exceto se suspeita ou comprovao debacteremia relacionada ao CVC (IA) recomendamos a troca do sistema de

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    24. No remover o PICC apenas por causa de febre. Use o julgamento clnico,para descartar a possibilidade de infeco em outro stio (II)

    25. Designar um acesso vascular ou lmen exclusivo para nutrio parenteral (II)26. Trocar o curativo a cada 2 dias para gaze e 7 dias para curativo transparente.Se o risco de deslocamento do CVC, no momento da troca for maior que obenefcio de sua troca este tempo poder ser estendido. (IB)27. No h recomendao sobre o uso de curativo impregnado com clorexidinacom objetivo de reduzir infeco (NR)28. Adicionar baixas doses de heparina - 0,5 1.0 U/mL NPT ( NutrioParenteral Total), 5000U q - 6h ou 12h ao