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Boletim j Manual de Procedimentos Veja nos Próximos Fascículos a IPI - Construção civil - Edificação - Exclusão do conceito de industrialização ICMS - IPI e Outros Fascículo N o 49/2013 Pernambuco / a Federal IPI Conceitos e definições para efeito de cumprimento das obrigações tributárias 01 / a Estadual ICMS Mostruário 05 / a IOB Setorial Federal Comunicação - Política postal internacional - Diretrizes e procedi- mentos 11 / a IOB Comenta Estadual Prorrogados os benefícios fiscais concedidos por convênios ICMS para produtos da indústria química e petroquímica 13 / a IOB Perguntas e Respostas ICMS Sped - EFD - Serviços de transporte 13 Sped - EFD - Tabela de Informação Complementar 14 Sped - EFD - Vendas com cartão de crédito e de débito 14 ICMS/PE Base de cálculo - Acréscimos financeiros - Inclusão 14 Documentos fiscais - Demonstração - CFOP 14 SEF - Sped - Permanência 14

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Page 1: IOB - ICMS/IPI - Pernambuco - nº 49/2013 - 1ª Sem …Manual de Procedimentos ICMS - IPI e Outros Boletim j Boletim IOB - Manual de Procedimentos - Dez/2013 - Fascículo 49 PE49-01

Boletimj

Manual de Procedimentos

Veja nos Próximos Fascículos

a IPI - Construção civil - Edificação - Exclusão do conceito de industrialização

ICMS - IPI e OutrosFascículo No 49/2013

Pernambuco

/a FederalIPIConceitos e definições para efeito de cumprimento das obrigações tributárias . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 01

/a EstadualICMSMostruário . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 05

/a IOB SetorialFederalComunicação - Política postal internacional - Diretrizes e procedi-mentos . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 11

/a IOB ComentaEstadualProrrogados os benefícios fiscais concedidos por convênios ICMS para produtos da indústria química e petroquímica . . . . . . . . . . . . . 13

/a IOB Perguntas e RespostasICMSSped - EFD - Serviços de transporte . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 13Sped - EFD - Tabela de Informação Complementar . . . . . . . . . . . . . 14Sped - EFD - Vendas com cartão de crédito e de débito . . . . . . . . . . 14

ICMS/PEBase de cálculo - Acréscimos financeiros - Inclusão . . . . . . . . . . . . . 14Documentos fiscais - Demonstração - CFOP . . . . . . . . . . . . . . . . . . 14SEF - Sped - Permanência . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 14

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© 2013 by IOB FOLHAMATIC EBS > SAGE

Capa:Marketing IOB FOLHAMATIC EBS > SAGE

Editoração Eletrônica e Revisão: Editorial IOB FOLHAMATIC EBS > SAGE

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Todos os direitos reservados. É expressamente proibida a reprodução total ou parcial desta obra, por qualquer meio ou processo, sem prévia autorização do autor (Lei no 9.610, de 19.02.1998, DOU de 20.02.1998).

Impresso no BrasilPrinted in Brazil Bo

letim

IOB

Dados Internacionais de Catalogação na Publicação (CIP) (Câmara Brasileira do Livro, SP, Brasil)

ICMS, IPI e outros : IPI : conceitos e definições

para efeito de cumprimento das obrigações

tributárias : IOB setorial .... -- 9. ed. --

São Paulo : IOB Folhamatic, 2013. --

(Coleção manual de procedimentos)

ISBN 978-85-379-2013-8

1. Imposto sobre Circulação de Mercadorias -

Brasil 2. Imposto sobre Produtos Industrializados -

Brasil 3. Tributos - Brasil I. Série.

13-12641 CDU-34:336.223(81)

Índices para catálogo sistemático:

1. Brasil : Imposto sobre Circulação de

Mercadorias e Serviços : ICMS : Direito

tributário 34:336.223(81)

2. Brasil : Imposto sobre Produtos

Industrializados : IPI : Direito tributário

34:336.223(81)

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Manual de ProcedimentosICMS - IPI e Outros

Boletimj

49-01Boletim IOB - Manual de Procedimentos - Dez/2013 - Fascículo 49 PE

IPI

Conceitos e definições para efeito de cumprimento das obrigações tributárias

SUMÁRIO 1. Introdução 2. Firma e empresa 3. Fábrica, fabricante e estabelecimento 4. Seção 5. Depósito fechado 6. Bens de produção 7. Comerciante autônomo 8. Produto industrializado 9. Industrialização 10. Embalagens de transporte e

apresentação 11. Produto artesanal 12. Oficina 13. Relação de interdependência entre

empresas 14. Estabelecimento industrial 15. Estabelecimentos atacadistas e

varejistas 16. Sujeito passivo 17. Capacidade tributária 18. Reincidência 19. Sonegação 20. Fraude 21. Conluio 22. Lançamento

1. Introdução

Para efeito de cumprimento das obrigações tributárias, o contribuinte deve conhecer, além das normas operacionais, os principais conceitos e defini-ções previstos no Regulamento do IPI, aprovado pelo Decreto nº 7.212/2010, os quais serão examinados neste texto.

(RIPI - Decreto nº 7.212/2010)

2. FIrMa E EMPrESa

As expressões “firma” e “empresa”, quando empregadas no sentido geral, compreendem as firmas em nome individual (atualmente empresário) e todos os tipos de sociedades, quer sob razão social, quer sob designação ou denominação particular.

(RIPI/2010, art. 609, I)

3. FáBrICa, FaBrICantE E EStaBElECIMEnto

As expressões “fábrica” e “fabricante” são equi-valentes a estabelecimento industrial.

A expressão “estabelecimento”, em sua deli-mitação, refere-se ao prédio onde são exercidas

as atividades geradoras de obrigações, nele compreendidos, unicamente, as

dependências internas, os galpões e as áreas contínuas muradas, cerca-das ou por outra forma isoladas, em que, normalmente, sejam executadas operações industriais, comerciais ou

de outra natureza.

Note-se que são considerados autô-nomos, para efeito de cumprimento das obri-

gações tributárias, os estabelecimentos, ainda que pertencentes a uma mesma pessoa física ou jurídica.

A referência a estabelecimento comercial ataca-dista não alcança os estabelecimentos comerciais equiparados a industrial.

(RIPI/2010, art. 609, II a V)

4. SEção

A expressão “seção”, quando relacionada com o estabelecimento, diz respeito à parte ou dependência interna dele.

(RIPI/2010, art. 609, VI)

a Federal

As expressões “fábrica” e

“fabricante” são equivalentes a

estabelecimento industrial

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49-02 PE Manual de Procedimentos - Dez/2013 - Fascículo 49 - Boletim IOB

Manual de Procedimentos

ICMS - IPI e Outros

5. dEPóSIto FEChado

Considera-se “depósito fechado” aquele onde não são realizadas vendas, mas apenas entregas por conta e ordem do depositante dos produtos.

Considera-se, ainda, depósito fechado a área externa, delimitada, de estabelecimento fabricante de veículos automotores.

Assim, não há como chamar de depósito fechado o recinto onde se realizam exposições, ainda que nele não sejam efetuadas vendas, tendo em vista que a expressão “depósito fechado” já indica a atividade exclusiva desse local (guarda de produtos).

Não são incluídos, ainda, no conceito de depósito fechado os depósitos situados dentro do estabeleci-mento industrial, que, nesse caso, assumem a função pura e simples de “seção”, como referido no item 4.

É necessário esclarecer que a empresa com mais de um estabelecimento poderá pretender transformar parte de um deles em depósito fechado, o que, em face da legislação, nada obsta, desde que dele resulte:

a) perfeito isolamento do local do depósito em re-lação ao estabelecimento do qual foi desmem-brado;

b) entrada própria;c) ausência de qualquer comunicação com o es-

tabelecimento principal;d) configuração de depósito como estabeleci-

mento autônomo, com inscrição própria no CNPJ.

(RIPI/2010, art. 609, VII e VIII; Parecer Normativo CST nº 78/1973)

6. BEnS dE Produção

Consideram-se bens de produção:

a) as matérias-primas;b) os produtos intermediários, inclusive aqueles

que, embora não integrem o produto final, se-jam consumidos ou utilizados no processo in-dustrial;

c) os produtos destinados a embalagem e acon-dicionamento;

d) as ferramentas empregadas no processo in-dustrial, excetuadas as manuais;

e) as máquinas, os instrumentos, os aparelhos e os equipamentos (inclusive suas peças, par-tes e outros componentes) que se destinem ao emprego no processo industrial.

(RIPI/2010, art. 610)

7. CoMErCIantE autônoMo

Considera-se comerciante autônomo, ambulante ou não, a pessoa física, ainda que com firma indivi-dual (atualmente empresário), que habitualmente pratique atos de comércio, com o fim de lucro, em seu próprio nome, na revenda direta a consumidor, mediante oferta domiciliar, dos produtos que conduzir ou oferecer por meio de mostruário ou catálogo.

(RIPI/2010, art. 613)

8. Produto InduStrIalIzado

Considera-se produto industrializado aquele resul-tante de qualquer operação definida na legislação do IPI como industrialização, ainda que incompleta, parcial ou intermediária.

(RIPI/2010, art. 3º)

9. InduStrIalIzação

Para efeito de aplicação do conceito mencionado no item anterior, considera-se industrialização qual-quer operação que modifique a natureza, o funciona-mento, o acabamento, a apresentação ou a finalidade do produto ou, ainda, o aperfeiçoe para consumo.

Caracteriza-se como industrialização a operação:

a) que, exercida sobre matérias-primas ou pro-dutos intermediários, importe na obtenção de espécie nova (transformação);

b) que importe em modificar, aperfeiçoar ou, de qualquer forma, alterar o funcionamento, a uti-lização, o acabamento ou a aparência do pro-duto (beneficiamento);

c) que consista na reunião de produtos, peças ou partes e de que resulte um novo produto ou unidade autônoma, ainda que sob a mesma classificação fiscal (montagem);

d) que importe em alterar a apresentação do pro-duto pela colocação de embalagem, ainda que em substituição da original, salvo quando a embalagem colocada se destine apenas ao transporte da mercadoria (acondicionamento ou reacondicionamento); ou

e) que, exercida sobre produto usado ou parte remanescente de produto deteriorado ou inuti-lizado, renove ou restaure o produto para utili-zação (renovação ou recondicionamento).

São irrelevantes para caracterizar a operação como industrialização o processo utilizado para

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49-03Boletim IOB - Manual de Procedimentos - Dez/2013 - Fascículo 49 PE

ICMS - IPI e Outros

Manual de Procedimentos

obtenção do produto, a localização e as condições das instalações ou equipamentos empregados.

(RIPI/2010, art. 4º)

10. EMBalagEnS dE tranSPortE E aPrESEntação

Quando a incidência do IPI estiver condicionada à forma da embalagem do produto, deverá ser enten-dida como embalagem de transporte aquela que atenda exclusivamente a esse fim e:

a) seja feita em caixas, caixotes, engradados, barricas, latas, tambores, sacos, embrulhos e semelhantes, sem acabamento e rotulagem de função promocional;

b) não objetive valorizar o produto em razão da qualidade do material nela empregado, da perfeição do seu acabamento ou da sua utili-dade adicional; e

c) tenha capacidade acima de 20 kg ou superior àquela em que o produto é comumente vendi-do, no varejo, aos consumidores.

A embalagem será caracterizada como acon-dicionamento de apresentação quando não estiver enquadrada nas condições ora descritas.

(RIPI/2010, art. 6º, caput, § 1º)

11. Produto artESanal

É considerado produto artesanal o que resultar do trabalho manual realizado por pessoa natural sem o auxílio ou a participação de terceiros assalariados e for vendido a consumidor diretamente ou por entidade da qual o artesão faça parte ou seja assistido por ela.

Observe-se que, em alguns casos, se admite chamar de artesanais certas obras, mesmo que haja intervenção parcial de alguma máquina. Por outro lado, mesmo quando esse processo for repetido em numerosos exemplares, dificilmente se obterá abso-luta identidade em todos eles, ao contrário do produto industrializado, em que uma eventual diferença cons-titui defeito de fabricação.

(RIPI/2010, art. 7º, I; Parecer Normativo CST nº 94/1977)

12. oFICIna

Para que a operação realizada em oficina seja excluída do conceito de industrialização, a oficina deve ser entendida como o estabelecimento que empregue, no máximo, 5 operários, não disponha de capacidade

superior a 5 kW, caso utilize força motriz, e no qual o trabalho preponderante seja aquele que contribuir para o preparo do produto (para formação de seu valor) a título de mão de obra, no mínimo, com 60%.

Observe-se que são oficinas somente os esta-belecimentos onde se realizam habitual e profissio-nalmente operações industriais, com as instalações relativamente reduzidas.

Tendo em vista, ainda, o princípio da autonomia dos estabelecimentos, não se enquadram no con-ceito de oficina os departamentos ou as seções de estabelecimento industrial, ainda que, isoladamente, satisfaçam as condições exigidas.

(RIPI/2010, art. 7º, II; Parecer Normativo CST nº 142/1975)

13. rElação dE IntErdEPEndênCIa EntrE EMPrESaS

São consideradas interdependentes duas firmas:

a) quando uma delas tiver participação na outra de 15% ou mais do capital social, por si, seus sócios ou acionistas, bem como por intermé-dio de parentes destes até o segundo grau e respectivos cônjuges, se a participação socie-tária for de pessoa física;

b) quando uma mesma pessoa fizer parte de ambas na qualidade de diretor ou sócio com funções de gerência, ainda que exercidas sob outra denominação;

c) quando uma tiver vendido ou consignado à outra, no ano anterior, mais de 20%, no caso de distribuição com exclusividade em deter-minada área do território nacional, e mais de 50%, nos demais casos, do volume das ven-das dos produtos tributados, de sua fabrica-ção ou importação;

d) quando uma delas, por qualquer forma ou títu-lo, for a única adquirente de um ou de mais de um dos produtos industrializados ou importa-dos pela outra, ainda quando a exclusividade se refira a padronagem, marca ou tipo do pro-duto; ou

e) quando uma vender à outra, mediante contrato de participação ou ajuste semelhante, produto tributado que tenha fabricado ou importado.

Não caracteriza a interdependência referida nas letras “c” e “d” a venda de matérias-primas e produtos intermediários destinados exclusivamente à industria-lização de produtos do comprador.

(RIPI/2010, art. 612)

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49-04 PE Manual de Procedimentos - Dez/2013 - Fascículo 49 - Boletim IOB

Manual de Procedimentos

ICMS - IPI e Outros

14. EStaBElECIMEnto InduStrIal

Estabelecimento industrial é o que executa qual-quer uma das operações de industrialização referidas no item 9, de que resulte produto tributado, ainda que de alíquota 0% ou isento.

(RIPI/2010, art. 8º)

15. EStaBElECIMEntoS ataCadIStaS E varEjIStaS

Para efeito de aplicação da legislação do IPI, considera-se:

a) estabelecimento comercial atacadista o que efetuar vendas:

a.1) de bens de produção, exceto a particu-lares, em quantidade que não exceda a normalmente destinada ao seu próprio uso;

a.2) de bens de consumo em quantidade su-perior àquela normalmente destinada a uso próprio do adquirente;

a.3) a revendedores; e

b) estabelecimento comercial varejista o que efe-tuar vendas diretas a consumidor, ainda que realize vendas por atacado esporadicamente, considerando-se esporádicas as vendas por atacado quando, no mesmo semestre civil, o seu valor não exceder a 20% do total das ven-das realizadas.

(RIPI/2010, art. 14)

16. SujEIto PaSSIvo

Sujeito passivo da obrigação tributária principal é a pessoa obrigada ao pagamento do imposto ou da penalidade pecuniária, considerando-se:

a) contribuinte quando tenha relação pessoal e direta com a situação que constitua o respec-tivo fato gerador; e

b) responsável quando, sem revestir a condição de contribuinte, sua obrigação decorra de ex-pressa disposição de lei.

Sujeito passivo da obrigação tributária acessória é a pessoa obrigada às prestações que constituam o seu objeto.

(RIPI/2010, arts. 21 e 22)

17. CaPaCIdadE trIButárIa

A capacidade jurídica para ser sujeito passivo da obrigação tributária decorre exclusivamente do fato de se encontrar a pessoa nas condições previstas em lei, no RIPI/2010 ou nos atos administrativos de caráter normativo destinados a completá-lo, como dando lugar à referida obrigação.

(RIPI/2010, art. 31)

18. rEInCIdênCIa

Caracteriza reincidência específica a prática de nova infração de um mesmo dispositivo, ou de dispo-sição idêntica da legislação do imposto, ou de nor-mas contidas em um mesmo capítulo do RIPI/2010, por uma mesma pessoa ou pelo sucessor dentro de 5 anos da data em que houver passado em julgado, administrativamente, a decisão condenatória referente à infração anterior.

(RIPI/2010, art. 560)

19. SonEgação

Sonegação é toda ação ou omissão dolosa ten-dente a impedir ou retardar, total ou parcialmente, o conhecimento por parte da autoridade fazendária:

a) da ocorrência do fato gerador da obrigação tributária principal, sua natureza ou circuns-tâncias materiais; e

b) das condições pessoais do contribuinte, sus-cetíveis de afetar a obrigação tributária princi-pal ou o crédito tributário correspondente.

(RIPI/2010, art. 561)

20. FraudE

Fraude é toda ação ou omissão dolosa tendente a impedir ou retardar, total ou parcialmente, a ocorrência do fato gerador da obrigação tributária principal ou a excluir ou modificar as suas características essen-ciais, com o intuito de reduzir o montante do imposto devido e evitar ou diferir o seu pagamento.

(RIPI/2010, art. 562)

21. ConluIo

Conluio é o ajuste doloso entre duas ou mais pes-soas, naturais ou jurídicas, que visa a qualquer dos efeitos da sonegação e da fraude.

(RIPI/2010, art. 563)

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49-05Boletim IOB - Manual de Procedimentos - Dez/2013 - Fascículo 49 PE

ICMS - IPI e Outros

Manual de Procedimentos

22. lançaMEntoLançamento é o procedimento destinado à cons-

tituição do crédito tributário, que se opera de ofício ou por homologação mediante atos de iniciativa do sujeito passivo da obrigação tributária, com o paga-mento antecipado do imposto e a devida comunica-ção à repartição da Secretaria da Receita Federal do Brasil (RFB), observando-se que tais atos:

a) compreendem a descrição da operação que lhe dá origem, a identificação do sujeito passi-

vo, a descrição e a classificação do produto, o cálculo do imposto, com a declaração do seu valor e, sendo o caso, a penalidade prevista; e

b) reportam-se à data da ocorrência do fato ge-rador da obrigação e regem-se pela lei então vigente, ainda que posteriormente modificada ou revogada.

(RIPI/2010, art. 181)

N

a Estadual

ICMS

Mostruário SUMÁRIO 1. Introdução 2. Fato gerador na saída dos mostruários 3. Tributação 4. Base de cálculo 5. Alíquota do imposto 6. Nota fiscal de remessa do mostruário 7. Procedimento no retorno do mostruário 8. Modelos de notas fiscais

1. Introdução

Considera-se mostruário a amostra de mercadoria com valor comercial, entregue ou remetida a um inter-mediário, seja este um empregado ou representante comercial do estabelecimento, que tem como finalidade apresentar, aos clientes, em todo o território nacional, as mercadorias comercializadas pela empresa e viabilizar vendas de outras mercadorias da mesma espécie. O mostruário possibilita às pessoas conhecerem o produto antes de decidirem pela realização da sua compra.

Neste texto, analisaremos, nos termos da legislação estadual, o tratamento aplicável às operações de remessa e retorno de mostruário ao estabelecimento de origem.

2. Fato gErador na Saída doS MoStruárIoS

A caracterização do fato gerador não depende da natureza jurídica da operação. O fato gerador do imposto ocorre no momento da saída de mercadoria do estabelecimento de contribuinte, ainda que para outro estabelecimento do mesmo titular.

(RICMS-PE/1991, art. 3º, I)

3. trIButação

As saídas internas e interestaduais de merca-dorias a título de mostruário estão amparadas pela suspensão do ICMS.

Porém, nas operações interestaduais, os contribuin-tes inscritos no Cadastro de Contribuintes do Estado de Pernambuco (CACEPE) deverão observar o seguinte:

a) na remessa da mercadoria do Estado de Pernambuco para outro Estado, quando contemplada com sus-pensão da exigência do imposto:a.1) se o retorno da mercadoria estiver igualmente contemplado com a suspensão, o imposto somente

será cobrado na saída subsequente do estabelecimento pernambucano, se for o caso;

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49-06 PE Manual de Procedimentos - Dez/2013 - Fascículo 49 - Boletim IOB

Manual de Procedimentos

ICMS - IPI e Outros

a.2) se o retorno da mercadoria não estiver contemplado com a suspensão:a.2.1) conhecendo-se previamente que haverá tributação normal no retorno da mercadoria, a re-

messa também será tributada, porém com a mesma carga tributária do mencionado retorno;

a.2.2) desconhecendo-se o regime de tributação do Estado de destino, em relação ao retorno desta mercadoria, e tendo ocorrido a operação de remessa com suspensão e retornado a mercadoria com tributação normal do imposto, o contribuinte pernambucano deverá emitir nota fiscal complementar, relativa ao respectivo valor do imposto, no mesmo período fiscal em que tiver ocorrido a remessa;

a.2.3) na hipótese da letra “a.2.2”, se a nota fiscal complementar for emitida fora do período fiscal, já tendo ocorrido o termo final do prazo de recolhimento do respectivo imposto, o tributo deverá ser recolhido em Documento de Arrecadação Estadual (DAE) específico, com a cor-respondente multa de mora;

b) quando a remessa do Estado de Pernambuco para outro Estado for tributada e o retorno do outro Esta-do for amparado pela suspensão do ICMS, o contribuinte pernambucano remetente poderá promover o estorno do respectivo débito;

c) na remessa de outro Estado com destino ao Estado de Pernambuco:c.1) quando a mercadoria estiver contemplada com a suspensão do imposto:

c.1.1) se o retorno da mercadoria de Pernambuco ao Estado de origem estiver também contem-plado com a suspensão, o imposto só será cobrado, se for o caso, na saída subsequente do estabelecimento do Estado de origem;

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49-07Boletim IOB - Manual de Procedimentos - Dez/2013 - Fascículo 49 PE

ICMS - IPI e Outros

Manual de Procedimentos

c.1.2) se o retorno da mercadoria de Pernambuco ao Estado de origem não estiver contemplado com a suspensão, ainda assim a referida operação deverá ocorrer sob o mesmo regime de suspensão do imposto;

c.2) quando a mercadoria não estiver contemplada com a suspensão do imposto, o retorno poderá ocorrer com a mesma carga tributária que tenha sido adotada na referida operação de remessa;

d) na remessa de Pernambuco para outro Estado, quando a mercadoria for destinada à revenda, não ha-verá suspensão da exigência do imposto, e o retorno do saldo, se houver, deverá ocorrer com a mesma carga tributária da mencionada remessa.

4. BaSE dE CálCuloSendo a operação de mostruário tributada pelo

ICMS, o valor da base de cálculo será o mesmo utili-zado nas demais operações, ou seja, o valor de que decorrer a operação, seguindo-se a regra prevista no Regulamento do ICMS.

Na falta do valor da operação, a base de cálculo será:

a) o preço free on board (FOB) do estabeleci-mento industrial à vista, caso o remetente seja industrial;

b) o preço FOB do estabelecimento comercial à vista, nas vendas a outros comerciantes ou in-dustriais, caso o remetente seja comerciante.

(RICMS-PE/1991, art. 14, I, “a” e II)

5. alíquota do IMPoSto

Quando a operação com mostruário for tribu-tada, o ICMS será calculado mediante a aplicação da alíquota sobre a base de cálculo definida no tópico 4.

Se o destinatário da mercadoria não for contri-buinte do imposto, a alíquota corresponderá àquela vigente para o produto nas operações internas, ainda que o destinatário esteja localizado em outro Estado.

Entretanto, nas operações interestaduais, se o destinatário for contribuinte, a alíquota a ser aplicada é de 12%.

(RICMS-PE/1991, art. 25, II e III, “a”, e § 2º, II)

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49-08 PE Manual de Procedimentos - Dez/2013 - Fascículo 49 - Boletim IOB

Manual de Procedimentos

ICMS - IPI e Outros

6. nota FISCal dE rEMESSa do MoStruárIoAntes da saída das mercadorias remetidas a qual-

quer título, o contribuinte deve emitir nota fiscal para acompanhar o transporte em nome do destinatário, que pode ser o empregado quando ele for o portador do mostruário, ou em nome do representante comercial.

(RICMS-PE/1991, arts. 80, II, “a”, e 119, § 23, II, “a”)

6.1 Emissão do documento fiscalNa remessa de mostruário, o contribuinte deverá

emitir nota fiscal, com a suspensão do ICMS ou tribu-tada, conforme os casos previstos no tópico 3.

Essa nota fiscal deverá conter, além dos requisitos regulamentares, os seguintes dados:

a) no campo para o destinatário, o nome do fun-cionário ou representante do remetente;

b) no campo “Natureza da Operação”, a expres-são “Remessa para mostruário”;

c) no campo destinado ao Código Fiscal de Ope-rações e Prestações (CFOP), 5.949 (operações internas) ou 6.949 (operações interestaduais);

d) o valor do ICMS, quando devido, calculado pela alíquota interna na Unidade da Federa-ção de origem;

e) no campo “Informações Complementares”, a expressão “Mercadoria enviada para compor mostruário de venda”.

A nota fiscal emitida pelo remetente da mercadoria será utilizada para acobertar o respectivo trânsito em todas as etapas da circulação, ainda que a referida mer-cadoria transite por mais de uma Unidade da Federação, desde que respeitado o prazo de 90 dias para retorno.

(RICMS-PE/1991, art. 11, XIV, e art. 119, § 23, II e § 24)

6.2 Escrituração fiscalO documento fiscal emitido na forma do subtópico

anterior será lançado no livro Registro de Saídas (modelo 2 ou 2-A, conforme o caso), nas colunas “Operações sem Débito do Imposto - Outras”, se amparada pela suspensão do ICMS, ou “Operações com Débito do Imposto”, se tributada.

(RICMS-PE/1991, art. 264, § 2º, IV e V, “b”)

7. ProCEdIMEnto no rEtorno do MoStruárIoQuando o contribuinte receber, em retorno, os mos-

truários do empregado ou representante legal não ins-crito como contribuinte do ICMS, deverá emitir nota fiscal relativa à entrada, a qual acompanhará a mercadoria em seu transporte até seu estabelecimento, quando o esta-belecimento destinatário assumir o encargo de retirar ou transportar a mercadoria, a qualquer título.

(RICMS-PE/1991, arts. 135, I, § 1º, e 119, § 24, III)

NotaRelativamente à obrigatoriedade de emissão da nota fiscal de entrada,

o Fisco de Pernambuco já se manifestou no julgamento de Auto de Infração da seguinte forma:

“AUTO DE INFRAÇÃO SF Nº 005.03457/99-0 TATE Nº 00.503/00-2. ... DECI-SÃO JATE (01) Nº 0662/2000. EMENTA: AI. ICMS. Denúncia de falta de recolhimen-to do imposto face ao não retorno de mercadorias remetidas, a título de mostruário, com suspensão do imposto, a representantes mercantis: “Recibos de Devolução de Mostruário”, fls.167/194, destes autos, denotam que as mercadorias saídas do estabelecimento conforme as notas fiscais cujas cópias se vêem às fls.7/56, retor-naram ao estoque do remetente em datas compatíveis com as respectivas remes-sas das mesmas, omitindo-se o estabelecimento acusado de emissão de notas fiscais de entrada e correspondentes registros fiscais. DECISÃO: Ante o exposto, julgo procedente em parte a denúncia contida no AI SF n..005.03457/99-0, des-constituo o crédito tributário constante da inicial = 37.319,1418 UFIRs, consideran-do que a falta de emissão de notas fiscais de entrada e seus respectivos registros, no caso descrito nestes autos, não extrapola os limites de descumprimento de obrigação acessória, punível multa regulamentar: condeno o acusado a recolher ao Tesouro Estadual multa prevista no art. 745, XXIII, RICMS/91, em grau médio = 628,28 UFIRs, a ser atualizada monetariamente até a data do recolhimento. RO. Intime-se o acusado consoante art. 20 da Lei Processual Administrativa Estadual. RPC. a) Terezinha M. A. Fonseca - JATE(01)”.

7.1 Emissão da nota fiscal de entradaA nota fiscal de entrada será emitida com todos

os requisitos regulamentares e com o CFOP 1.949 (operação interna) ou 2.949 (operação interestadual), conforme o caso.

No campo “Informações Complementares” da nota fiscal de entrada, é conveniente anotar a expressão “As mercadorias que serviram de mostruário foram entregues ao Sr. ..., nosso vendedor (ou representante), por meio da Nota Fiscal nº ...., série (se for o caso)...., de .../../.... (data da nota fiscal de remessa), de nossa emissão”.

NotaA anotação prevista neste subtópico não se encontra prevista nem na

legislação federal, nem na pernambucana, ficando a critério do contribuinte adotá-la como forma de controle da operação.

7.2 Escrituração fiscalA nota fiscal de entrada (relativa ao retorno) será

lançada no livro Registro de Entradas, modelo 1 ou 1-A, nas colunas sob os títulos “Operações sem Crédito do Imposto - Outras”, quando amparada pela suspensão do ICMS, ou “Operações com Crédito do Imposto”, quando tributada.

(RICMS-PE/1991, art. 262, VI e VII, “b”)

7.3 Crédito dos impostosVimos que, nas operações com mostruário, em

relação ao ICMS, o remetente da mercadoria fará saídas tributadas ou suspensas, conforme o caso.

Inicialmente, devemos lembrar que, para o crédito do ICMS ser legítimo, é imprescindível que a merca-doria tenha uma saída subsequente tributada.

A suspensão é um benefício fiscal que posterga a exi-gência do crédito tributário mediante o cumprimento de certas condições estabelecidas legalmente. Ressalte-se que há postergação do pagamento do imposto, porém não há transferência de responsabilidade.

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49-09Boletim IOB - Manual de Procedimentos - Dez/2013 - Fascículo 49 PE

ICMS - IPI e Outros

Manual de Procedimentos

Dessa forma, o contribuinte que der saída da mer-cadoria a título de mostruário poderá manter o crédito do imposto, pois a mercadoria terá uma saída tributada, ainda que seja somente por ocasião de sua venda.

Contudo, se a mercadoria não for objeto de nova saída tributada (em razão de obsolescência, deterioração etc.), cumprirá ao contribuinte estornar o crédito do ICMS, se for o caso, correspondente à saída originária. Outra hipótese de estorno é o exem-plo citado na letra “b” do tópico 3.

(RICMS-PE/1991, art. 10, § 1º, arts. 26, 27 e 34, II, § 5º)

8. ModEloS dE notaS FISCaIS

Exemplificamos, com dados hipotéticos, a forma de emissão da nota fiscal de saída de mostruário, bem como a nota fiscal de entrada a ser emitida por ocasião de seu retorno ao estabelecimento reme-tente.

Ressaltamos que o contribuinte deverá preencher todos os campos do documento fiscal no momento de sua emissão, em conformidade com as exigências previstas na legislação vigente.

8.1 Modelo de nota fiscal de remessa de mostruárioNota fiscal de saída

NotaTodos os demais campos da nota fiscal deverão ser preenchidos de acordo com a legislação em vigor, haja vista que o modelo anteriormente apresentado

é ilustrativo.

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49-10 PE Manual de Procedimentos - Dez/2013 - Fascículo 49 - Boletim IOB

Manual de Procedimentos

ICMS - IPI e Outros

8.2 Modelo de nota fiscal de retorno de mostruárioNota fiscal de eNtrada

NotaTodos os demais campos da nota fiscal deverão ser preenchidos de acordo com a legislação em vigor, haja vista que o modelo anteriormente apresentado

é ilustrativo.

N

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49-11Boletim IOB - Manual de Procedimentos - Dez/2013 - Fascículo 49 PE

ICMS - IPI e Outros

Manual de Procedimentos

FEdERal

Comunicação - Política postal internacional - Diretrizes e procedimentos

A política postal internacional brasileira e as respectivas diretrizes e os procedimentos a serem aplicados no âmbito das organizações intergoverna-mentais e das relações entre o governo brasileiro e os governos dos demais países, no que se refere a temas postais, foram disciplinados pela Portaria MC nº 276/2013.

A condução dos assuntos postais internacionais observará as diretrizes a seguir especificadas:

a) estar alinhada à política externa brasileira;b) contribuir para o desenvolvimento do País, em

especial do setor postal brasileiro;c) zelar pelo cumprimento dos compromissos in-

ternacionais assumidos pelo Brasil no âmbito postal;

d) aprimorar as relações junto a países e orga-nizações intergovernamentais em que o tema postal seja tratado, consolidando a presença brasileira no cenário internacional;

e) zelar para que o serviço postal internacional seja prestado à sociedade brasileira em níveis adequados de qualidade, regularidade e pre-ço;

f) promover a internalização do conhecimento e da experiência internacionais em temas pos-tais; e

g) favorecer o diálogo e a cooperação perma-nentes, incluindo o compartilhamento de in-formações e o apoio técnico recíproco entre o Ministério das Comunicações (MC) e a Empre-sa Brasileira de Correios e Telégrafos (ECT), visando assegurar às delegações brasileiras as condições propícias para a adequada re-presentação do País junto às organizações in-tergovernamentais.

No cumprimento das diretrizes mencionadas, o MC envidará esforços junto aos demais órgãos do Poder Executivo e ao Poder Legislativo para, de forma célere, incorporar ao ordenamento jurídico nacional

os acordos e tratados postais internacionais firmados pelo Brasil.

Compete ao MC a condução da política postal internacional, especialmente:

a) a interlocução com o Ministério das Relações Exteriores (MRE), visando à atualização da po-lítica postal internacional e seu alinhamento com a política externa brasileira;

b) a comunicação oficial com países e organiza-ções intergovernamentais sobre temas pos-tais;

c) a definição do interesse brasileiro na partici-pação dos trabalhos dos organismos postais intergovernamentais, por meio da composição dos seus órgãos permanentes;

d) a indicação de representantes para compor os órgãos permanentes de organismos postais intergovernamentais e de candidaturas para ocupar postos eletivos, permanentes ou tem-porários nestes organismos;

e) a formalização ou indicação, conforme o caso, da composição das delegações brasileiras junto a organizações intergovernamentais em que o tema postal seja tratado;

f) a consolidação das análises de proposições e documentos para congressos, conselhos, co-missões ou órgãos assemelhados de organis-mos postais intergovernamentais;

g) as orientações para as delegações brasileiras que representarão o País nas organizações in-tergovernamentais em que o tema postal seja tratado;

h) a definição da posição oficial do País; i) a apresentação de eventuais propostas de

modificação dos atos dos organismos postais intergovernamentais;

j) a colaboração com demais órgãos de governo em temas postais; e

k) a coordenação de iniciativas de cooperação técnica na área postal desenvolvidas com paí-ses e organizações intergovernamentais, res-salvadas as competências da Agência Brasi-leira de Cooperação (ABC) e do MRE.

A ECT compartilhará com o MC as informações necessárias, especialmente aquelas relativas a:

a IOB Setorial

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49-12 PE Manual de Procedimentos - Dez/2013 - Fascículo 49 - Boletim IOB

Manual de Procedimentos

ICMS - IPI e Outros

a) instrumentos celebrados em âmbito interna-cional, excluídos os acordos de natureza co-mercial; e

b) iniciativas dos organismos postais intergover-namentais financiadas pelos operadores pos-tais das quais a ECT participe.

As informações ora descritas deverão ser encami-nhadas ao MC no prazo de até 30 dias, contados da data de formalização do ato.

A posição oficial brasileira será definida pela ECT, sempre que o MC concluir que as matérias do Conselho de Operações Postais (COP) da União Postal Universal (UPU) tenham caráter operacional e sejam do interesse exclusivo de operadores postais designados.

Respeitadas as competências do MRE, a repre-sentação do Brasil como país-membro de organiza-ções intergovernamentais, em que o tema postal seja tratado, será exercida pelo MC, com a cooperação permanente da ECT.

No âmbito do COP da UPU, a representação será exercida pela ECT, observadas as competências do MC.

A ECT encaminhará ao MC relatório informativo de sua atuação nos trabalhos do COP da UPU, quando solicitado.

Compete à ECT cooperar para a formulação e a execução da política postal internacional, e especial-mente:

a) promover a inserção internacional da empre-sa, prevista no marco regulatório vigente, de forma compatível com a política postal interna-cional;

b) representar o Brasil no COP da UPU, observa-das as competências do MC;

c) definir a posição oficial brasileira nas matérias do COP da UPU, que tenham caráter opera-cional e sejam do interesse exclusivo de ope-radores postais designados;

d) cumprir as obrigações decorrentes dos atos da UPU, na qualidade de operador postal de-signado;

e) corresponder-se diretamente com os organis-mos postais intergovernamentais em questões técnicas de responsabilidade exclusiva dos

operadores designados, bem como em inicia-tivas financiadas pelos operadores postais;

f) propor ao MC a indicação de representantes para compor os órgãos permanentes de orga-nismos postais intergovernamentais e de can-didaturas para ocupar postos eletivos, postos permanentes ou temporários nestes organis-mos;

g) indicar ao MC representantes para compor a delegação brasileira junto a organizações in-tergovernamentais em que o tema postal seja tratado;

h) realizar as análises de proposições e docu-mentos de assuntos de sua competência rela-tivos a congressos, conselhos, comissões ou órgãos assemelhados de organismos postais intergovernamentais, compartilhando-as com o MC; e

i) apresentar ao MC eventuais propostas de mo-dificação dos atos dos organismos postais in-tergovernamentais.

A cooperação técnica internacional em matéria postal será apoiada pelo MC e pela ECT com vistas a aprimorar as relações do Brasil com parceiros que apresentem boas perspectivas para a colaboração política, social, econômica e comercial, e observará o seguinte:

a) no âmbito da cooperação recebida, deverão ser priorizadas iniciativas que garantam maior alcance dos resultados econômicos e sociais, em conformidade com as diretrizes definidas no art. 2º da Portaria MC nº 276/2013, dando preferência àquelas que possibilitem inovação e transferência de conhecimentos; e

b) no âmbito da cooperação prestada, deverão ser priorizadas iniciativas de maior impacto e abrangência, que promovam desenvolvimen-to sustentável, ensejem maior efeito multipli-cador e, sempre que possível, apresentem contrapartida efetiva das instituições envolvi-das na implementação dos trabalhos previs-tos.

A ECT participará da decisão quanto à viabilidade técnica e financeira de atendimento às iniciativas de cooperação que impliquem o uso de recursos da empresa ou que tenham impacto sobre aspectos estratégicos do negócio postal.

(Portaria MC nº 276/2013)

N

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49-13Boletim IOB - Manual de Procedimentos - Dez/2013 - Fascículo 49 PE

ICMS - IPI e Outros

Manual de Procedimentos

EStadual

Prorrogados os benefícios fiscais concedidos por convênios ICMS para produtos da indústria química e petroquímica

Foi publicado em 18.10.2013 o Decreto nº 39.952/2013, pelo qual o Fisco estadual alterou as disposições constantes no art. 14 do RICMS-PE/1991, relativas à redução da base de cálculo concedidos pelos Convênios ICMS nºs 159/2008 e 118/2010.

A mencionada redução da base de cálculo corres-ponde a 100% do valor da operação ou do valor pago nos insumos, nas saídas interestaduais dos seguintes produtos: etilenoglicol (MEG), classificado no código da Nomenclatura Brasileira de Mercadoria/Sistema Harmonizado (NBM/SH) 2905.31.00; polietileno teref-talato (resina PET), NBM/SH 3907.60.00; paraxileno (PX), NBM/SH 2902.43.00; e ácido tereftálico purifi-cado (PTA), NBM/SH 2917.36.00, sendo que a fruição do benefício fica condicionada ao cumprimento das condições a seguir descritas.

O etilenoglicol (MEG) é insumo na fabricação da resina PET, que é posteriormente utilizada na produ-ção do recipiente PET (garrafa PET). Sendo assim, observamos na operação as seguintes etapas:

a) nas saídas interestaduais de etilenoglicol (MEG), que se destine à fabricação de resinas poliéster a serem utilizadas na produção de re-cipientes de polietileno tereftalato (resina PET), filmes, fibras e filamentos. A redução da base de cálculo aplica-se ao valor da operação, aplicáveis desde 1º.12.2009 a 31.12.2014;

b) nas saídas interestaduais de polietileno teref-talato (resina PET), que se destine à fabrica-ção de recipientes PET. Neste caso, aos con-tribuintes localizados em Unidade da Federa-ção signatária do Convênio ICMS nº 159/2008, o benefício da redução da base de cálculo limita-se ao valor pago na aquisição de etile-noglicol (MEG), pelo remetente, a contribuinte localizado na mesma Unidade da Federação, aplicáveis desde 1º.11.2013 a 31.12.2014.

Nas saídas interestaduais de paraxileno (PX) e de ácido tereftálico purificado (PTA), que se destinem exclusivamente à fabricação de resinas poliéster a serem utilizadas na produção de ácido tereftálico purifi-cado (PTA), recipientes polietileno tereftalato (PET), fios de poliéster (POY), filmes, fibras e filamentos. A base de cálculo é reduzida em 100% do valor da operação, aplicáveis desde 1º.10.2010 a 31.12.2014, observada a destinação do produto para fruição do benefício.

(Decreto nº 39.952/2013)

N

a IOB Comenta

a IOB Perguntas e Respostas

ICMS

sped - efd - serviços de transporte

1) Os tomadores de serviços de transporte obriga-dos à Escrituração Fiscal Digital (EFD) precisam apre-sentar algum registro específico na EFD?

Sim. Os tomadores de serviços de transporte estão obrigados à apresentação de registros espe-cíficos, quais sejam, os registros D100 (informações gerais sobre os documentos fiscais) e D190 (infor-mações sobre o registro analítico dos documentos lançados no registro D100) sempre que receberem os seguintes documentos fiscais:

a) Nota Fiscal de Serviço de Transporte, modelo 7;b) Conhecimento de Transporte Rodoviário de

Cargas, modelo 8;c) Conhecimento de Transporte de Cargas Avulso;d) Conhecimento de Transporte Aquaviário de

Cargas, modelo 9;e) Conhecimento Aéreo, modelo 10;f) Conhecimento de Transporte Ferroviário de

Cargas, modelo 11;g) Conhecimento de Transporte Multimodal de

Cargas, modelo 26;h) Nota Fiscal de Serviço de Transporte Ferroviá-

rio de Cargas;

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49-14 PE Manual de Procedimentos - Dez/2013 - Fascículo 49 - Boletim IOB

Manual de Procedimentos

ICMS - IPI e Outros

i) Conhecimento de Transporte Eletrônico de Cargas, modelo 57.

(Ato Cotepe/ICMS nº 9/2008; Ato Cotepe/ICMS nº 14/2013; Guia Prático da EFD, versão 2.0.13)

sped - efd - tabela de informação complementar

2) As informações prestadas no quadro “Dados Adicionais” do campo “Informações Complementares” das Notas Fiscais, modelo 1 ou 1-A, Avulsa, de Pro-dutor e NF-e, deverão também constar na Tabela de Informação Complementar do Documento Fiscal?

Sim. As informações prestadas no quadro “Dados Adicionais” do campo “Informações Complementares” das Notas Fiscais, modelo 1 ou 1-A, Avulsa, de Produtor e NF-e, deverão também constar na Tabela de Informação Complementar do Documento Fiscal.

Na Escrituração Fiscal Digital (EFD), essas infor-mações serão prestadas no campo 02 do registro C110 e no campo 02 do registro 0450.

O registro C110 dispõe sobre informação comple-mentar da nota fiscal (código 01, 1B, 04 e 55) e tem por objetivo identificar os dados contidos no campo “Informações Complementares” da nota fiscal, que sejam de interesse do Fisco, conforme dispõe a legis-lação. Essas informações devem constar no registro 0450 - Tabela de Informação Complementar.

O registro 0450 dispõe sobre a Tabela de Infor-mação Complementar do Documento Fiscal e tem por objetivo codificar todas as informações complementa-res dos documentos fiscais, exigidas pela legislação fiscal. Essas informações constam no quadro “Dados Adicionais” dos documentos fiscais.

(Ajuste Sinief nº 2/2009; Ato Cotepe/ICMS nº 14/2013; Guia Prático da EFD, versão 2.0.13)

sped - efd - Vendas com cartão de crédito e de débito

3) As operações de vendas em que o recebimen-to tenha ocorrido com cartão de crédito e/ou de dé-bito, no caso de contribuinte obrigado à Escrituração Fiscal Digital (EFD), devem ser informadas em algum registro?

Sim. O contribuinte obrigado à EFD deve informar as suas operações de vendas, em que o recebimento tenha ocorrido com cartão de crédito e/ou de débito, no registro 1600 - Total das operações com cartão de crédito e/ou débito.

O registro 1600 tem por objetivo identificar o valor total das operações de vendas realizadas pelo decla-rante cujo recebimento pelo estabelecimento tenha ocorrido por cartão de débito ou de crédito, discri-minado por administradora, devendo ser informado o valor total dos recebimentos em cartões, excluídos os estornos, cancelamentos e outros recebimentos não vinculados à sua atividade operacional.

A obrigatoriedade desse registro deve ser verifi-cada junto a cada uma das Unidades da Federação.

(Ajuste Sinief nº 2/2009; Ato Cotepe/ICMS nº 14/2013; Guia Prático da EFD - Versão 2.0.13)

ICMS/PE

Base de cálculo - acréscimos financeiros - inclusão

4) Os acréscimos financeiros integram a base de cálculo do ICMS?

Os acréscimos financeiros relativos à venda a prazo, exclusive os decorrentes de inadimplemento do contrato, integram a base de cálculo do imposto, desde que:

a) sejam cobrados pelo próprio vendedor;

b) tenham por causa a venda a prazo.

(RICMS-PE/1991, art. 14, § 3º)

documentos fiscais - demonstração - cfoP

5) Qual o Código Fiscal de Operações e Presta-ções (CFOP) a ser utilizado na remessa em demons-tração?

Conforme dispõe o Anexo 9 do RICMS/PE, o CFOP a ser utilizado na operação de demonstração é o 5.912 (operação interna) ou 6.912 (operação interestadual), conforme o caso.

(RICMS-PE/1991, Anexo 9)

sef - sped - Permanência

6) Com a instituição do Sped Fiscal o Sistema de Escrituração Fiscal (SEF) foi revogado?

Não. Mesmo depois da instituição do Sistema Público de Escrituração Digital (Sped), o Estado de Pernambuco continua a utilizar o SEF implantado desde 2003.

(Portarias SF nºs 73/2003 e 190/2011)