iob - icms/ipi - bahia - nº27/2016 - 1ª sem julho

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Acesse a versão eletrônica deste fascículo em www.iob.com.br/boletimiobeletronico Boletim j Manual de Procedimentos Veja nos Próximos Fascículos a IPI - Bens do Ativo Imobilizado a ICMS - Substituição tributária - Produtos de papelaria a ICMS - Substituição tributária - Veículos de duas ou três rodas ICMS - IPI e Outros Fascículo N o 27/2016 Bahia / a Federal IPI Ressarcimento do imposto por decisão judicial 01 / a Estadual ICMS Substituição tributária - Veículos automotores novos 04 / a IOB Setorial Federal Terciário/Serviços - Simples Nacional - ISS - Retenção na fonte 10 / a IOB Comenta Estadual ICMS - Prorrogada a apresentação da Declaração de Substituição Tributária, Diferencial de Alíquota e Antecipação (DeSTDA) 12 / a IOB Perguntas e Respostas IPI Simples Nacional - Incentivos fiscais - Utilização - Restrição 12 Simples Nacional - Restituição de tributo indevido - Critério 12 ITD Pagamento do imposto - Momento 13 Pagamento do imposto - Transmissões por instrumento público 13 Restituição do imposto - Hipóteses 13

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IOB ICMS-IPI, Bahia,27-2016,1a Sem Julho

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Acesse a versão eletrônica deste fascículo em www.iob.com.br/boletimiobeletronico

Boletimj

Manual de Procedimentos

Veja nos Próximos Fascículos

a IPI - Bens do Ativo Imobilizado

a ICMS - Substituição tributária - Produtos de papelaria

a ICMS - Substituição tributária - Veículos de duas ou três rodas

ICMS - IPI e OutrosFascículo No 27/2016

Bahia

/a Federal

IPIRessarcimento do imposto por decisão judicial . . . . . . . . . . . . . . . . . 01

/a Estadual

ICMSSubstituição tributária - Veículos automotores novos . . . . . . . . . . . . 04

/a IOB Setorial

FederalTerciário/Serviços - Simples Nacional - ISS - Retenção na fonte . . . . 10

/a IOB Comenta

EstadualICMS - Prorrogada a apresentação da Declaração de Substituição Tributária, Diferencial de Alíquota e Antecipação (DeSTDA) . . . . . . . 12

/a IOB Perguntas e Respostas

IPISimples Nacional - Incentivos fiscais - Utilização - Restrição . . . . . . 12Simples Nacional - Restituição de tributo indevido - Critério . . . . . . 12

ITDPagamento do imposto - Momento . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 13Pagamento do imposto - Transmissões por instrumento público . . . 13Restituição do imposto - Hipóteses . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 13

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© 2016 by SAGE | IOB

Capa:Marketing SAGE | IOB

Editoração Eletrônica e Revisão: Editorial SAGE | IOB

Telefone: (11) 2188-7900 (São Paulo)0800-724-7900 (Outras Localidades)

Todos os direitos reservados. É expressamente proibida a reprodução total ou parcial desta obra, por qualquer meio ou processo, sem prévia autorização do autor (Lei no 9.610, de 19.02.1998, DOU de 20.02.1998).

Impresso no BrasilPrinted in Brazil Bo

letim

IOB

Dados Internacionais de Catalogação na Publicação (CIP) (Câmara Brasileira do Livro, SP, Brasil)

ICMS, IPI e outros : IPI : ressarcimento do imposto por decisão judicial.... -- 12. ed. -- São Paulo : Sage - IOB, 2016. -- (Coleção manual de procedimentos)

ISBN 978-85-379-2746-5

1. Imposto sobre Produtos Industrializados - Brasil 2. Tributos - Brasil I. Série.

16-04286 CDU-34:336.223(81)

Índices para catálogo sistemático:

1. Brasil : Imposto sobre Produtos Industrializados : IPI : Direito tributário 34:336.223(81)

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Manual de ProcedimentosICMS - IPI e Outros

Boletimj

27-01Boletim IOB - Manual de Procedimentos - Jul/2016 - Fascículo 27a BA

a Federal

IPI

Ressarcimento do imposto por decisão judicial SUMÁRIO 1. Introdução 2. PER/DCOMP 3. Créditos decorrentes de decisão judicial transitada em

julgado 4. Modelo do pedido de habilitação

1. INTRODUÇÃO

O ressarcimento do Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI) por decisão judicial transitada em julgado deverá ser efetuado com observância de disposições específicas sobre a matéria, em especial, as disciplinadas pela Instrução Normativa RFB nº 1.300/2012.

(Instrução Normativa RFB nº 1.300/2012)

2. PER/DCOMP

O sujeito passivo que apurar cré-dito, inclusive o decorrente de decisão judicial transitada em julgado, correspondente a tributo administrado pela Secretaria da Receita Federal do Brasil (RFB), passível de restituição ou de ressarcimento, poderá utilizá-lo na compensação de débitos próprios, vencidos ou vincendos, ressalvadas as contribuições previdenciárias em que o procedi-mento está previsto, nos arts. 56 a 60 da Instrução Normativa RFB nº 1.300/2012, e as contribuições para outras entidades ou fundos.

A compensação será efetuada mediante apresen-tação à RFB da Declaração de Compensação gerada a partir do programa Pedido Eletrônico de Resti- tuição, Ressarcimento ou Reembolso e Declaração de Compensação (PER/DCOMP) ou, na impossibi-lidade de sua utilização, mediante apresentação do

formulário Declaração de Compensação constante do Anexo VII daquela Instrução Normativa, ao qual deverão ser anexados documentos comprobatórios do direito creditório.

Nota

O Ato Declaratório Executivo Corec nº 3/2016 aprovou a versão 6.6 do programa PER/DCOMP.

O programa PER/DCOMP, de livre reprodução, está disponível na página da RFB (www.receita.fazenda.gov.br).

A pessoa jurídica poderá apresentar o PER/DCOMP com assinatura digital, inclusive em relação ao pedido de cancelamento e à sua retificação, nas

seguintes hipóteses:

a) declarações de compensação;b) pedidos de restituição, exceto para

créditos decorrentes de pagamen-tos indevidos ou a maior, ou de contribuições previdenciárias; e

c) pedidos de ressarcimento.

(Instrução Normativa RFB nº 1.300/2012, arts. 41, caput, § 1º, 56 a 60, e art. 110; Ato De-

claratório Executivo Corec nº 3/2016)

3. CRÉDITOS DECORRENTES DE DECISÃO JUDICIAL TRANSITADA EM JULGADO

No caso de crédito decorrente de decisão judicial transitada em julgado, a Declaração de Compensação será recepcionada pela RFB somente após prévia habilitação do crédito pelas Delegacia da Receita Federal (DRF), Delegacia da Receita Federal de Administração Tributária (Derat), Delegacia Especial da Receita Federal do Brasil de Maiores Contribuintes no Rio de Janeiro (Demac/RJ) ou Delegacia Especial de Instituições Financeiras (Deinf) com jurisdição sobre o domicílio tributário do sujeito passivo.

(Instrução Normativa RFB nº 1.300/2012, art. 82, caput)

O programa

PER/DCOMP, de livre reprodução, está disponível

na página da RFB (www.receita.fazenda.

gov.br)

Page 4: IOB - ICMS/IPI - Bahia - nº27/2016 - 1ª Sem Julho

27-02 BA Manual de Procedimentos - Jul/2016 - Fascículo 27 - Boletim IOB

Manual de Procedimentos

ICMS - IPI e Outros

3.1 HabilitaçãoA habilitação será obtida mediante pedido do su-

jeito passivo, formalizado em processo administrativo instruído com:

a) formulário Pedido de Habilitação de Crédito Decorrente de Decisão Judicial Transitada em Julgado, constante do Anexo VIII à Instrução Normativa RFB nº 1.300/2012 (veja modelo no item 4, devidamente preenchido);

b) certidão de inteiro teor do processo expedida pela Justiça Federal;

c) cópia da decisão que homologou a desistência da execução do título judicial, pelo Poder Judiciário, e a assunção de todas as custas e dos honorários advocatícios referentes ao processo de execução ou cópia da declaração pessoal de inexecução do título judicial protocolada na Justiça Federal e certidão judicial que ateste, na hipótese de ação de repetição de indébito, bem como nas demais hipóteses em que o crédito esteja amparado em título judicial passível de execução;

d) cópia do contrato social ou do estatuto da pes-soa jurídica acompanhada, conforme o caso, da última alteração contratual em que houve mudança da administração ou da ata da as-sembleia que elegeu a diretoria;

e) cópia dos atos correspondentes aos eventos de cisão, incorporação ou fusão, se for o caso;

f) cópia do documento comprobatório da repre-sentação legal e do documento de identidade do representante, na hipótese de pedido de habilitação do crédito formulado por represen-tante legal do sujeito passivo; e

g) procuração conferida por instrumento público ou particular e a cópia do documento de identidade do outorgado, na hipótese de pedido de habilita-ção formulado por mandatário do sujeito passivo.

Constatada irregularidade ou insuficiência de informações nos documentos, o requerente será intimado a regularizar as pendências no prazo de 30 dias, contados da data de ciência da intimação.

No prazo de 30 dias, contados da data da pro-tocolização do pedido ou da regularização de pen-dências, será proferido despacho decisório sobre o pedido de habilitação do crédito.

Cabe observar que o deferimento do pedido de habilitação do crédito não implica homologação da compensação.

(Instrução Normativa RFB nº 1.300/2012, art. 82, §§ 1º, 2º, 3º e 7º)

3.2 Prazo

A Declaração de Compensação poderá ser apresentada no prazo de 5 dias, contados da data do trânsito em julgado da decisão ou da homologação da desistência da execução do título judicial.

Esse prazo fica suspenso no período compreendido entre o protocolo do pedido de habilitação do crédito decorrente de ação judicial e a ciência do seu deferimento.

O art. 5º do Decreto nº 20.910/1932, citado no art. 82-A da Instrução Normativa RFB nº 1.300/2012, foi revogado pelo art. 1º da Lei nº 2.211/1954.

(Lei nº 2.211/1954, art. 1º; Decreto nº 20.910/1932; Instru-ção Normativa RFB nº 1.300/2012, art. 82-A)

3.3 Deferimento

O pedido de habilitação do crédito será deferido pelo titular da DRF, Derat, Demac/RJ ou Deinf, me-diante a confirmação de que:

a) o sujeito passivo figura no polo ativo da ação;b) a ação refere-se a tributo administrado pela RFB;c) a decisão judicial transitou em julgado;d) o pedido foi formalizado no prazo de 5 anos da

data do trânsito em julgado da decisão ou da homologação da desistência da execução do título judicial; e

e) na hipótese de ação de repetição de indébi-to, bem como nas demais hipóteses em que o crédito esteja amparado em título judicial pas-sível de execução, houve a homologação, pelo Poder Judiciário, da desistência da execução do título judicial e a assunção de todas as cus-tas e dos honorários advocatícios referentes ao processo de execução, ou a apresentação de declaração pessoal de inexecução do títu-lo judicial protocolada na Justiça Federal e de certidão judicial que a ateste.

(Instrução Normativa RFB nº 1.300/2012, art. 82, § 4º)

3.4 Indeferimento

Será indeferido o pedido de habilitação do crédito quando:

a) as pendências mencionadas nas letras “a” a “e” do subitem 3.1 não forem regularizadas no prazo estipulado (30 dias); ou

b) não forem atendidos os requisitos especifica-dos no subitem 3.3.

(Instrução Normativa RFB nº 1.300/2012, art. 82, § 5º)

Page 5: IOB - ICMS/IPI - Bahia - nº27/2016 - 1ª Sem Julho

27-03Boletim IOB - Manual de Procedimentos - Jul/2016 - Fascículo 27 BA

ICMS - IPI e Outros

Manual de Procedimentos

4. MODELO DO PEDIDO DE HABILITAÇÃO

Segue o formulário Pedido de Habilitação de Crédito Reconhecido por Decisão Judicial Transitada em Julgado, constante do Anexo VIII da Instrução Normativa RFB nº 1.300/2012:

FORMULÁRIO DE PEDIDO DE HABILITAÇÃO DE CRÉDITO

N

Page 6: IOB - ICMS/IPI - Bahia - nº27/2016 - 1ª Sem Julho

27-04 BA Manual de Procedimentos - Jul/2016 - Fascículo 27 - Boletim IOB

Manual de Procedimentos

ICMS - IPI e Outros

ICMS

Substituição tributária - Veículos automotores novos SUMÁRIO 1. Introdução 2. Aplicação do regime de substituição tributária em

operações internas e interestaduais 3. Inscrição do contribuinte substituto estabelecido em

outra Unidade da Federação 4. Responsável pela retenção nas operações internas 5. Hipóteses de não aplicação da substituição tributária

nas operações internas 6. Responsáveis pela retenção nas operações

interestaduais 7. Cálculo do imposto 8. Recolhimento do imposto 9. Modelo de Documento Auxiliar da Nota Fiscal

Eletrônica (Danfe) 10. Escrituração - Principais reflexos na EFD 11. Infrações e penalidades

1. INTRODUÇÃO

A legislação estadual e acordo específico entre as Unidades da Federação (UF) poderão atribuir a ter-ceiro a responsabilidade pelo pagamento do imposto, hipótese em que o contribuinte assumirá a condição de substituto tributário.

Neste procedimento, trataremos da substituição tri-butária com veículos automotores novos (automóveis de passageiros, jipes, ambulâncias, camionetas, furgões, pick-ups e outros veículos), com base na Lei Comple-mentar nº 87/1996, na Lei nº 7.014/1996, no RICMS--BA/2012 e nos Convênios ICMS nºs 132/1992 e 51/2000.

2. APLICAÇÃO DO REGIME DE SUBSTITUIÇÃO TRIBUTÁRIA EM OPERAÇÕES INTERNAS E INTERESTADUAIS

A aplicação da substituição tributária do ICMS nas operações internas pode ser instituída por lei estadual, a exemplo do que ocorre com veículos auto-motores novos mencionados anteriormente.

Esse regime de tributação em operações interes-taduais é utilizado somente se houver a celebração de acordo específico, ou seja, convênio ou protocolo, entre os Estados envolvidos conforme se refiram a todos os Estados ou somente a alguns. No caso dos veículos automotores novos, foram celebrados os convênios referidos entre todas as UF.

Com efeito, segundo o RICMS-BA/2012, nas operações interestaduais entre Estados signatários de convênio ou protocolo que preveja a retenção do imposto pelo regime de substituição tributária, é atribuída ao remetente a responsabilidade pela retenção e pelo recolhimento do imposto em favor da UF destinatária, na condição de sujeito passivo por substituição.

A legislação baiana incorporou as regras sobre a retenção antecipada do imposto, em relação às referidas mercadorias, ao RICMS-BA/2012.

(Lei Complementar nº 87/1996, arts. 6º e 9º; RICMS--BA/2012, art. 295, Anexo 1, subitem 17)

3. INSCRIÇÃO DO CONTRIBUINTE SUBSTITUTO ESTABELECIDO EM OUTRA UNIDADE DA FEDERAÇÃO

Deverão se inscrever no cadastro de contribuintes do Estado da Bahia, na condição de Substituto/Res-ponsável ICMS Destino as pessoas jurídicas de outra UF que efetuarem remessas de mercadorias:

a) sujeitas ao regime de substituição tributária para contribuintes estabelecidos neste Esta-do, observado o disposto em convênios e pro-tocolos dos quais a Bahia seja signatária;

b) destinadas a consumidor final localizado neste Estado, não contribuinte do imposto.

O contribuinte que solicitar inscrição no cadastro deste Estado como substituto tributário deverá reme-ter os seguintes documentos à Gerência de Substi-tuição Tributária (Gersu), da Secretaria da Fazenda do Estado da Bahia:

a) estimativa anual das vendas para o Estado da Bahia;

b) registro ou autorização de funcionamento ex-pedido por órgão competente pela regulação do respectivo setor de atividade econômica;

c) comprovante de capacidade financeira, quan-do solicitado pela Gersu.

Salienta-se que o número da inscrição em questão deverá constar em todos os documentos dirigidos ao Estado da Bahia, inclusive naqueles de arrecadação.

(RICMS-BA/2012, art. 2º, III, e art. 5º)

a Estadual

Page 7: IOB - ICMS/IPI - Bahia - nº27/2016 - 1ª Sem Julho

27-05Boletim IOB - Manual de Procedimentos - Jul/2016 - Fascículo 27 BA

ICMS - IPI e Outros

Manual de Procedimentos

3.1 Inexistência de inscrição no Estado destinatário

Se não for concedida a inscrição ao sujeito passivo por substituição ou esse não providenciá-la, deverá ele efetuar o recolhimento do imposto devido ao Estado destinatário, em relação a cada operação, por ocasião da saída da mercadoria de seu estabele-cimento por meio de Guia Nacional de Recolhimento de Tributos Estaduais (GNRE), devendo uma via acompanhar o transporte da mercadoria.

Deverá ser emitida uma GNRE distinta para cada um dos destinatários, constando, no campo “Informa-ções Complementares”, o número da nota fiscal a que se refere o respectivo recolhimento.

(Convênio ICMS nº 81/1997, cláusula sétima, §§ 2º e 3º)

4. RESPONSÁVEL PELA RETENÇÃO NAS OPERAÇÕES INTERNAS

São responsáveis pelo lançamento e recolhimento do ICMS, na condição de sujeitos passivos por subs-tituição, devendo fazer a retenção do imposto nas operações de saídas internas que efetuarem, para fins de antecipação do tributo relativo à operação ou às operações subsequentes a serem realizadas pelos adquirentes neste Estado, os contribuintes alienantes de cervejas, chopes, refrigerantes, bebidas energé-ticas e isotônicas, exceto na hipótese de já terem recebido as mercadorias com o imposto antecipado.

(Lei nº 7.014/1996, art. 8º; RICMS-BA/2012, art. 289, Anexo 1, item 3)

5. HIPÓTESES DE NÃO APLICAÇÃO DA SUBSTITUIÇÃO TRIBUTÁRIA NAS OPERAÇÕES INTERNAS

Salvo disposição em contrário prevista em Regu-lamento, não será feita a retenção ou antecipação do imposto quando a mercadoria se destinar:

a) a estabelecimento filial atacadista situado nes-te Estado, no caso de transferência de esta-belecimento industrial ou de suas outras filiais atacadistas, localizado nesta ou em outra UF, ficando o destinatário responsável pela reten-ção do imposto referente às operações inter-nas subsequentes, hipótese em que aplicará a margem de valor adicionado (MVA) prevista para a retenção por estabelecimento indus-trial;

b) a outro contribuinte ao qual a legislação atri-bua a condição de responsável pelo paga-mento do imposto por sujeição passiva por substituição, em relação à mesma mercadoria,

ficando o destinatário responsável pela reten-ção do imposto nas operações internas subse-quentes;

c) a estabelecimento industrial, inclusive micro-empresa (ME) e empresa de pequeno porte (EPP), que se dediquem à atividade industrial, para utilização como matéria-prima, produto intermediário ou material de embalagem;

d) a estabelecimento prestador de serviço de qualquer natureza definido em lei comple-mentar como de competência tributária dos municípios, sendo a mercadoria destinada a emprego na prestação de tal serviço, a menos que haja indicação expressa de lei comple-mentar acerca da incidência do ICMS nos for-necimentos a serem efetuados pelo prestador.

(Lei nº 7.014/1996, art. 8º, § 8º)

6. RESPONSÁVEIS PELA RETENÇÃO NAS OPERAÇÕES INTERESTADUAIS

São responsáveis pelo lançamento e pelo reco-lhimento do ICMS, na qualidade de contribuintes por substituição, o estabelecimento importador e o estabelecimento industrial fabricante, localizado em todos os Estados, em relação às saídas das merca-dorias mencionadas neste procedimento (incluindo os acessórios colocados no veículo pelo estabeleci-mento responsável pelo pagamento do imposto) com destino ao Estado da Bahia para comercialização ou Ativo Imobilizado.

É também contribuinte substituto o estabeleci-mento remetente, localizado neste Estado, em relação às saídas interestaduais das citadas mercadorias, quando destinadas a todas as UF.

(RICMS-BA/2012, art. 295; Convênio ICMS nº 52/1993, cláusula primeira, caput, e cláusula segunda)

6.1 Hipóteses de não aplicação da substituição tributária nas operações interestaduais

Não será feita a retenção ou antecipação do imposto em relação:

a) à transferência de veículo entre estabeleci-mentos da empresa fabricante ou do importa-dor, hipótese em que a responsabilidade pelo pagamento do imposto retido recairá sobre o estabelecimento que realizar a operação inte-restadual;

b) às saídas com destino à industrialização;c) às remessas em que as mercadorias devam

retornar ao estabelecimento remetente;

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27-06 BA Manual de Procedimentos - Jul/2016 - Fascículo 27 - Boletim IOB

Manual de Procedimentos

ICMS - IPI e Outros

d) aos acessórios colocados pelo revendedor do veículo;

e) aos veículos faturados anteriormente ao termo inicial dos feitos do regime de substituição tri-butária.

(Convênio ICMS nº 132/1993, cláusula primeira, § 3º)

6.2 Veículos automotores novos e MVAOs veículos automotores novos são os relacio-

nados nos subitens 17.01 a 17.21 do Anexo 1 do RICMS-BA/2012 (automóveis de passageiros, jipes, ambulâncias, camionetas, furgões, pick-ups e outros veículos, classificados nos Códigos da Nomencla-tura Comum do Mercosul (NCM) 8702.1; 8702.90.9; 8703.21; 8703.22.1; 8703.22.9; 8703.23.1; 8703.23.9; 8703.24.1; 8703.24.9; 8703.32.1; 8703.32.9; 8703.33.1; 8703.33.9; 8704.21.1; 8704.21.2; 8704.21.3; 8704.21.9; 8704.31.1; 8704.31.2; 8704.31.3; 8704.31.9.

A MVA, de modo geral, observado o Convênio ICMS nº 51/2000, nas operações interestaduais é, de acordo com a alíquota de origem:

a) 4%, MVA de 41,82%;b) 7%, MVA de 37,39;c) 12%, MVA de 30%.

Por outro lado, nas operações internas, a MVA é 30%, observado o Convênio ICMS nº 51/2000.

6.3 Operações subsequentes à antecipação ou substituição tributáriaOcorrido o pagamento do ICMS por antecipação

ou substituição tributária, ficam desoneradas de tributação as operações internas subsequentes com as mesmas mercadorias, sendo, por conseguinte, vedada, salvo exceções expressas, a utilização do crédito fiscal pelo adquirente, extensiva essa vedação ao crédito relativo ao imposto incidente sobre os servi-ços de transporte das mercadorias objeto do mesmo regime de tributação.

Os documentos fiscais relativos às operações subsequentes serão emitidos sem destaque do imposto e conterão, além dos demais requisitos exi-gidos, a seguinte declaração, ainda que por meio de carimbo: “ICMS pago por substituição tributária”.

(RICMS-BA/2012, arts. 290 e 292)

7. CÁLCULO DO IMPOSTO

7.1 Base de cálculo nas operações internas

A legislação determina que a base de cálculo do ICMS a ser retido seja a obtida pelo somatório das parcelas seguintes:

a) o valor da operação ou prestação própria rea-lizada pelo substituto tributário ou substituído intermediário;

b) o montante dos valores de seguro, frete, IPI e outros encargos cobrados ou transferíveis aos adquirentes ou tomadores de serviço;

c) a MVA, inclusive lucro, relativa às operações ou prestações subsequentes.

(Lei nº 7.014/1996, art. 23, II, Anexo 1, item 17)

7.2 Base de cálculo nas operações interestaduais

A base de cálculo do imposto, para fins de subs-tituição tributária, será:

a) em relação aos veículos saídos, real ou sim-bolicamente, das montadoras ou de suas con-cessionárias, com destino a outra UF, o valor correspondente ao preço de venda a consumi-dor constante em tabela estabelecida por ór-gão competente (ou sugerido ao público), ou, na falta desta, a tabela sugerida pelo fabrican-te, acrescido do valor do frete e dos acessó-rios colocados no veículo pelo estabelecimen-to responsável pelo pagamento do imposto;

b) em relação às demais situações, o preço má-ximo ou único de venda utilizado pelo con-tribuinte substituído, fixado pela autoridade competente, ou, na falta desse preço, o valor da operação praticado pelo substituto, incluí-dos os valores correspondentes a frete, carre-to, seguro, impostos e outros encargos trans-feríveis ao varejista, acrescido do valor resul-tante da aplicação do percentual de 30% de margem de lucro;

c) em se tratando de veículo importado, o valor da operação praticado pelo substituto a que se refere a letra “b”, anterior, para efeito de apuração da base de cálculo, não podendo ser inferior ao que serviu de base de cálculo para pagamento dos impostos de importação e sobre produtos industrializados.

Na impossibilidade de inclusão do valor do frete na composição da base de cálculo, o recolhimento do imposto correspondente será efetuado pelo estabele-cimento destinatário.

Será aplicada a alíquota vigente nas operações internas do Estado destinatário sobre o resultado obtido, e do valor encontrado será deduzido o imposto devido pela operação do próprio remetente.

(Convênio ICMS nº 132/1992, cláusulas terceira, sexta e sétima)

Page 9: IOB - ICMS/IPI - Bahia - nº27/2016 - 1ª Sem Julho

27-07Boletim IOB - Manual de Procedimentos - Jul/2016 - Fascículo 27 BA

ICMS - IPI e Outros

Manual de Procedimentos

7.3 Alíquota do ICMS

A alíquota do ICMS para as operações internas com veículos automotores novos, no Estado da Bahia, é 12%. Nas operações interestaduais, a alíquota é também 12%.

No cálculo do ICMS retido nas operações interes-taduais, deverá ser observada a alíquota interna da mercadoria no Estado destinatário.

(Lei nº 7.014/1996, art. 16, III, “c”)

7.4 Cálculo do ICMS retido

Para o cálculo do ICMS retido, o contribuinte substituto, responsável pela retenção, deverá aplicar a alíquota do imposto (conforme subtópico 7.3) sobre o valor da base de cálculo do ICMS retido (de acordo com o subtópico 7.1 ou 7.2) e subtrair desse valor o imposto devido sobre a sua própria operação.

Dessa forma, o valor do ICMS retido correspon-derá à diferença entre o imposto calculado conforme o tópico 8 e o devido pela própria operação do contri-buinte substituto.

(Lei nº 7.014/1996, art. 23, § 5º)

7.5 Exemplo de cálculo

Para exemplificar, simulamos a venda interesta-dual de veículo de origem nacional, sujeito ao regime de substituição tributária, com destino ao Estado de Pernambuco, pelo estabelecimento industrial respon-sável pela retenção do imposto destinado a posterior comercialização. Os valores e as alíquotas são fictí-cios. Não foram considerados dados do IPI.

Dados da operação: - Preço do veículo: R$ 30.000,00; - MVA: 30%; - Alíquota interna do veículo no Estado de des-

tino (hipotética): 18%; - Alíquota interestadual: 12%;Assim sendo, temos:Base de cálculo do ICMS incidente sobre a pró-pria operação:BC operação própria: preço do veículo = R$ 30.000,00;ICMS operação própria:BC x alíquota interestadual = 30.000,00 x 12% = R$ 3.600,00;Base de cálculo do ICMS retido:

Base de cálculo ST: preço do veículo + MVA (30%) = R$ 39.000,00;Valor do ICMS retido:Base de cálculo ST x alíquota interna do Estado de destino = R$ 39.000,00 x 18% = R$ 7.072,00; ICMS retido: R$ 7.020,00 - R$ 3.600,00 (ICMS operação pró-pria) = R$ 3.420,00.

8. RECOLHIMENTO DO IMPOSTO

O imposto devido por antecipação ou substituição tributária deverá ser recolhido:

a) até o dia 9 do mês seguinte ao período de apuração, em relação ao imposto retido e de-vido a outra UF, ou antes de iniciada a saída da mercadoria, se o contribuinte não for inscrito no Estado destinatário;

b) até o dia 15 do mês seguinte ao período de apuração, em relação ao imposto retido decor-rente de saída da mercadoria do estabeleci-mento sujeita à substituição tributária;

c) antes de iniciada a saída da mercadoria de ou-tro Estado, se o sujeito passivo não for inscrito na Secretaria da Fazenda do Estado da Bahia (Sefaz);

d) por ocasião da entrada da mercadoria no Es-tado da Bahia, se o contribuinte não preencher os requisitos do RICMS-BA/2012, art. 332, § 2º.

Nota

O § 2º do art. 332 do RICMS-BA/2012 estabelece que poderá ser efe-tuado o recolhimento do imposto por antecipação até o dia 25 do mês subse-quente ao da entrada da mercadoria no estabelecimento, desde que o con-tribuinte esteja regularmente inscrito no Cadastro de Contribuinte do ICMS do Estado da Bahia e preencha, cumulativamente, os seguintes requisitos:

a) possua estabelecimento em atividade no Estado da Bahia há mais de 6 meses e já tenha adquirido mercadoria de outra UF;

b) não possua débito inscrito em dívida ativa, a menos que a sua exigi-bilidade esteja suspensa;

c) esteja adimplente com o recolhimento do ICMS;

d) esteja em dia com as obrigações acessórias e atenda regularmente às intimações fiscais.

O recolhimento deve ser efetuado por meio do Documento de Arrecadação Estadual (DAE).

Nas operações interestaduais, o recolhimento será feito através da GNRE.

Será utilizada GNRE distinta para cada hipótese de substituição tributária disciplinada em convênio ou protocolo específico.

(RICMS-BA/2012, arts. 295, 330, 331 e 332)

Page 10: IOB - ICMS/IPI - Bahia - nº27/2016 - 1ª Sem Julho

27-08 BA Manual de Procedimentos - Jul/2016 - Fascículo 27 - Boletim IOB

Manual de Procedimentos

ICMS - IPI e Outros

9. MODELO DE DOCUMENTO AUXILIAR DA NOTA FISCAL ELETRÔNICA (DANFE)Apresentamos, a seguir, o modelo do Danfe de Nota Fiscal Eletrônica (NF-e) em uma operação interestadual

com veículo novo, considerando-se a MVA de 30%. Esclarecemos que o exemplo é apenas ilustrativo. Não foi considerado o IPI. O contribuinte deve acompanhar as atualizações da legislação.

MODELO DE DANFE

Page 11: IOB - ICMS/IPI - Bahia - nº27/2016 - 1ª Sem Julho

27-09Boletim IOB - Manual de Procedimentos - Jul/2016 - Fascículo 27 BA

ICMS - IPI e Outros

Manual de Procedimentos

10. ESCRITURAÇÃO - PRINCIPAIS REFLEXOS NA EFD

Ao contribuinte que estiver obrigado à apre-sentação da EFD, para o lançamento fiscal da NF-e apresentada no tópico anterior, a título exemplificativo, apresentamos, a seguir, o preenchimento dos princi-pais registros/campos.

Salientamos que, para a efetiva geração da EFD, outros registros deverão ser apresentados, devendo o contribuinte observar as disposições do Ato Cotepe/ICMS nº 09/2008 e posteriores alterações, bem como o Guia Prático da Escrituração Fiscal Digital (EFD--ICMS/IPI).

10.1 Registro C100

Este registro destina-se ao lançamento dos totais de valores apresentados na nota fiscal. Para a NF-e exemplificada no tópico 11, teríamos o preenchimento da seguinte forma:

Registro C100

Nº Campo Valor Obrigatoriedade

1 REG C100 O2 IND_OPER 1 O3 IND_EMIT 0 O4 COD_PART *Código interno declarante O5 COD_MOD 55 O6 COD_SIT 00 O7 SER 1 OC8 NUM_DOC 1000 O

9 CHV_NFE 29160556276587000110550010000010001639240506 O

10 DT_DOC 130520XX O11 DT_E_S 130520XX O12 VL_DOC 33420,00 O13 IND_PGTO 0 O14 VL_DESC OC15 VL_ABAT_NT OC16 VL_MERC 30000,00 OC17 IND_FRT 9 O18 VL_FRT OC19 VL_SEG OC20 VL_OUT_DA OC21 VL_BC_ICMS 30000,00 OC22 VL_ICMS 3600,00 OC23 VL_BC_ICMS_ST 39000,00 OC24 VL_ICMS_ST 3420,00 OC25 VL_IPI OC26 VL_PIS OC27 VL_COFINS OC28 VL_PIS_ST OC29 VL_COFINS_ST OC

NotaConsiderando que os valores referentes ao PIS e à Cofins dependem do

tipo de apuração adotada pelo contribuinte, optamos, preventivamente, por não apresentá-los nesta matéria.

A representação deste registro no arquivo TXT da EFD, considerando as informações deste exemplo, será:

|C100|1|0|*Código interno declarante|55|00|1|1000|29160556276587000110550010000010001639240506|130520XX |130520XX|33420,00|0|||30000,00|9||||30000,00|3600,00|39000,00|3420,00|||||

10.2 Registro C110Este registro destina-se ao lançamento da infor-

mação apresentada no campo “Informações Comple-mentares”, na nota fiscal. Para a NF-e exemplificada, teríamos o preenchimento da seguinte forma:

Registro C110Nº Campo Valor Obrigatoriedade1 REG C110 O2 COD_INF *Código interno declarante O

3 TXT_COMPL

Imposto retido por substi-tuição tributária, conforme art. 295 do RICMS-BA/2012 - Decreto nº 13.780/2012.

OC

A representação deste registro no arquivo TXT da EFD, considerando as informações deste exemplo, será:

|C110|*Código interno declarante|Imposto retido por substituição tributária, conforme art. 295 do RICMS-BA/2012 - Decreto nº 13.780/2012|

10.3 Registro C190Este registro tem por objetivo representar a

escrituração dos documentos fiscais totalizados por CST, CFOP e alíquota de ICMS. Para o exemplo em questão, teríamos o seguinte preenchimento:

Registro C190Nº Campo Valor Obrigatoriedade1 REG C190 O2 CST_ICMS 010 O3 CFOP 6401 O4 ALIQ_ICMS 18,00 OC5 VL_OPR 33420,00 O6 VL_BC_ICMS 30000,00 O7 VL_ICMS 3600,00 O

8 VL_BC_ICMS_ST 39000,00 O

9 VL_ICMS_ST 3420,00 O10 VL_RED_BC O11 VL_IPI O12 COD_OBS *Código interno declarante OC

A representação deste registro no arquivo TXT da EFD, considerando as informações deste exemplo, será:

|C190|10|6401|18|33420,00|30000,00|3600,00|39000,00|3420,00|||*Código interno declarante|

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27-10 BA Manual de Procedimentos - Jul/2016 - Fascículo 27 - Boletim IOB

Manual de Procedimentos

ICMS - IPI e Outros

11. INFRAÇÕES E PENALIDADESApresentamos, a seguir, quadro prático, contendo algumas penalidades aplicáveis relacionadas à falta de

recolhimento do imposto, de documento fiscal e de obrigações acessórias.

Deixar de recolher imposto, nos prazos regulamentares, se o valor apurado tiver sido informado em declaração eletrônica estabelecida na legislação tributária;

50% do valor do imposto

Lei nº 7.014/1996, art. 42, I

Deixar de efetuar o recolhimento no prazo em razão de registro de operação ou prestação tributada como não tributada, em caso de erro na aplicação da alíquota, na determinação da base de cálculo ou na apura-ção dos valores do imposto, desde que os documentos tenham sido emitidos e escriturados regularmente;

60% do valor do imposto

Lei nº 7.014/1996, art. 42, II, “a”

Deixar de recolher o imposto em decorrência de desencontro entre o valor do imposto recolhido pelo contribuinte e o escriturado no livro fiscal de apuração do imposto;

60% do valor do imposto

Lei nº 7.014/1996, art. 42, II, “b”

Destacar, no documento fiscal, imposto em operação ou prestação não tributada, que possibilite ao adquirente a utilização do crédito fiscal;

60% do valor do imposto

Lei nº 7.014/1996, art. 42, II, “c”

Deixar de recolher o imposto por antecipação nas hipóteses regulamentares; 60% do valor do imposto

Lei nº 7.014/1996, art. 42, II, “d”

Deixar de reter o imposto pelo sujeito passivo por substituição; 60% do valor do imposto

Lei nº 7.014/1996, art. 42, II, “e”

Encontrar mercadoria ou bem em qualquer estabelecimento sem documentação fiscal ou com do-cumentação fiscal inidônea;

100% do valor imposto

Lei nº 7.014/1996, art. 42, IV, “a“

Realizar operação ou prestação sem documentação fiscal ou com documentação fiscal inidônea; 100% do valor imposto

Lei nº 7.014/1996, art. 42, IV, “b”

Entregar mercadoria a destinatário ou usuário diverso do indicado no documento fiscal; 100% do valor imposto

Lei nº 7.014/1996, art. 42, IV, “c”

Acobertar com o mesmo documento fiscal, mais de uma vez, operação ou prestação; 100% do valor do imposto

Lei nº 7.014/1996, art. 42, IV, “d”

Colocar quantia diversa do valor da operação ou prestação no documento fiscal; 100% do valor do imposto

Lei nº 7.014/1996, art. 42, IV, “f”

Rasurar, adulterar ou falsificar documentos e livros fiscais ou contábeis; 100% do valor do imposto

Lei nº 7.014/1996, art. 42, IV, “g”

Deixar de emitir documento fiscal ou emitir documento fiscal inidôneo; 100% do valor do imposto

Lei nº 7.014/1996, art. 42, “h”

Reter e não recolher o imposto no prazo legal; 150% do valor do imposto

Lei nº 7.014/1996, art. 42, V, “a”

Deixar de efetuar a escrituração fiscal ou fazê-lo com atraso. R$ 460,00 Lei nº 7.014/1996, art. 42, XV, “d”

N

FEDERAL

Terciário/Serviços - Simples Nacional - ISS - Retenção na fonte

A Lei Complementar nº 123/2006 trata em seu art. 21 do recolhimento dos tributos devidos pelas micro-empresas (ME) e empresas de pequeno porte (EPP) optantes pelo Simples Nacional.

Esse dispositivo estabelece, em seu § 4º, que a retenção na fonte do Imposto Sobre Serviços (ISS) das ME e EPP somente será permitida se observados o disposto no art. 3º da Lei Complementar nº 116/2003 e, ainda, as seguintes normas:

a) a alíquota aplicável na retenção na fonte deverá ser informada no documento fiscal e correspon-derá ao percentual do ISS previsto nos Anexos

III, IV, V ou VI da Lei Complementar nº 123/2006 para a faixa de receita bruta a que a ME ou a EPP estiver sujeita no mês anterior ao da prestação;

b) na hipótese de o serviço sujeito à retenção ser prestado no mês de início de atividades, deverá ser aplicada pelo tomador do serviço a alíquota correspondente ao percentual do ISS referente à menor alíquota prevista nos referidos anexos;

c) na hipótese da letra “b”, constatando-se que houve diferença entre a alíquota utilizada e a efetivamente apurada, caberá à ME ou EPP prestadora dos serviços efetuar o recolhimento dessa diferença no mês subsequente ao do iní-cio de atividade em guia própria do município;

d) quando a ME ou a EPP estiver sujeita à tributa-ção do ISS pelo Simples Nacional por valores fixos mensais, não caberá a retenção do ISS;

a IOB Setorial

Page 13: IOB - ICMS/IPI - Bahia - nº27/2016 - 1ª Sem Julho

27-11Boletim IOB - Manual de Procedimentos - Jul/2016 - Fascículo 27 BA

ICMS - IPI e Outros

Manual de Procedimentos

e) se a ME ou a EPP não informar a alíquota do ISS a que se referem as letras “a” e “b” no do-cumento fiscal, será aplicada a alíquota cor-respondente ao percentual do ISS referente à maior alíquota prevista nos Anexos III, IV, V ou VI da Lei Complementar nº 123/2006;

f) não será eximida a responsabilidade do presta-dor de serviços quando a alíquota do ISS infor-mada no documento fiscal for inferior à devida, hipótese em que o recolhimento dessa diferen-ça será realizado em guia própria do município;

g) o valor retido, devidamente recolhido, será defi-nitivo, não sendo objeto de partilha com os mu-nicípios, e sobre a receita da prestação de servi-ços que sofreu a retenção não haverá incidência do ISS a ser recolhido pelo Simples Nacional.

O caput do art. 3º da Lei Complementar nº 116/2003 dispõe que o serviço considera-se prestado e o imposto devido no local do estabelecimento prestador ou, na falta do estabelecimento, no local do domicílio do prestador, exceto nas hipóteses previstas em seus incisos I a XXII, quando o imposto for devido nos locais indicados nesses incisos.

Nas hipóteses citadas nas letras “a” e “b”, a falsidade na prestação das informações sujeitará o responsável, o titular, os sócios ou os administradores da ME ou da EPP, juntamente com as demais pessoas que para ela concorrerem, às penalidades previstas na legislação criminal e tributária.

Os Anexos III, IV, V e VI da Lei Complementar nº 123/2006 fixam as alíquotas e a partilha do Simples Nacional das receitas:

a) Anexo III - de locação de bens móveis e de prestação de serviços não relacionados nos §§ 5º-C e 5º-D do art. 18 da Lei Complementar nº 123/2006;

b) Anexo IV - da prestação de serviços relaciona-dos no § 5º-C do art. 18 da Lei Complementar nº 123/2006;

c) Anexo V - da prestação de serviços relaciona-dos no § 5º-D do art. 18 da Lei Complementar nº 123/2006; e

d) Anexo VI - da prestação de serviços relaciona-dos no § 5º-I do art. 18 da Lei Complementar nº 123/2006.

Os serviços relacionados no § 5º-C do art. 18 da Lei Complementar nº 123/2006 são os seguintes:

a) construção de imóveis e obras de engenharia em geral, inclusive sob a forma de subemprei-tada, execução de projetos e serviços de pai-sagismo, bem como decorações interiores;

b) serviço de vigilância, limpeza ou conservação; ec) serviços advocatícios.Os serviços relacionados no § 5º-D do art. 18 da

Lei Complementar nº 123/2006 são os seguintes:

a) administração e locação de imóveis de tercei-ros;

b) academias de dança, de capoeira, de ioga e de artes marciais;

c) academias de atividades físicas, desportivas, de natação e escolas de esportes;

d) elaboração de programas de computadores, inclusive jogos eletrônicos, desde que desen-volvidos em estabelecimento do optante;

e) licenciamento ou cessão de direito de uso de programas de computação;

f) planejamento, confecção, manutenção e atua-lização de páginas eletrônicas, desde que realizados em estabelecimento do optante;

g) empresas montadoras de estandes para feiras;h) laboratórios de análises clínicas ou de patolo-

gia clínica; i) serviços de tomografia, diagnósticos médicos

por imagem, registros gráficos e métodos óti-cos, bem como ressonância magnética; e

j) serviços de próteses em geral.

Os serviços relacionados no § 5º-I do art. 18 da Lei Complementar nº 123/2006 são os seguintes:

a) medicina, inclusive laboratorial e enfermagem; b) medicina veterinária; c) odontologia; d) psicologia, psicanálise, terapia ocupacional,

acupuntura, podologia, fonoaudiologia, clíni-cas de nutrição e de vacinação e bancos de leite;

e) serviços de comissária, de despachantes, de tradução e de interpretação;

f) arquitetura, engenharia, medição, cartografia, topografia, geologia, geodésia, testes, suporte e análises técnicas e tecnológicas, pesquisa, design, desenho e agronomia;

g) representação comercial e demais atividades de intermediação de negócios e serviços de terceiros;

h) perícia, leilão e avaliação; i) auditoria, economia, consultoria, gestão, orga-

nização, controle e administração; j) jornalismo e publicidade; k) agenciamento, exceto de mão de obra; el) outras atividades do setor de serviços que te-

nham por finalidade a prestação de serviços de-correntes do exercício de atividade intelectual, de natureza técnica, científica, desportiva, artís-tica ou cultural, que constitua profissão regula-mentada ou não, desde que não sujeitas à tribu-tação na forma dos Anexos III, IV ou V já citados.

(Lei Complementar nº 116/2003, art. 3º, caput; Lei Comple-mentar nº 123/2006, art. 18, §§ 5º-C, 5º-D e 5º-I, e art. 21, §§ 4º e 4º-A, Anexos III, IV, V e VI)

N

Page 14: IOB - ICMS/IPI - Bahia - nº27/2016 - 1ª Sem Julho

27-12 BA Manual de Procedimentos - Jul/2016 - Fascículo 27 - Boletim IOB

Manual de Procedimentos

ICMS - IPI e Outros

a IOB Comenta

ESTADUAL

ICMS - Prorrogada a apresentação da Declaração de Substituição Tributária, Diferencial de Alíquota e Antecipação (DeSTDA)

A DeSTDA foi instituída pelo Ajuste Sinief nº 12/2015 e incluída entre as declarações econômico--fiscais previstas no art. 254 do RICMS-BA/2012.

De acordo com o mencionado ajuste, deve ser apresentada tal declaração mensalmente pelos con-tribuintes optantes pelo Simples Nacional, exceto:

a) os microempreendedores individuais (MEI);b) os estabelecimentos impedidos de recolher o

ICMS pelo Simples Nacional em virtude de a empresa ter ultrapassado o sublimite estadual, nos termos do § 1º do art. 20 da Lei Comple-mentar nº 123/2006.

Consoante dispõe o RICMS-BA/2012, os contri-buintes optantes pelo Simples Nacional deverão apre-

sentar, relativamente aos fatos geradores ocorridos a partir de 1º.01.2016, a DeSTDA.

A obrigatoriedade estabelecida aplica-se a todos os estabelecimentos do contribuinte, inclusive àqueles que estejam inscritos em outra Unidade da Federação como substitutos tributários ou inscritos na forma da cláusula quinta do Convênio ICMS nº 93/2015.

O aplicativo para geração e transmissão da DeSTDA estará disponível para download, gratuitamente, em sistema específico, no portal do Simples Nacional.

A transmissão dos arquivos da DeSTDA será realizada pelo próprio aplicativo de geração da declaração e será recepcionado pelo Programa de Transmissão Eletrônica de Documentos (TED).

A DeSTDA, relativamente aos fatos geradores ocorridos nos meses de janeiro a junho de 2016, deverá ser entregue em 20.08.2016.

(Ajuste Sinief nº 12/2015; Convênio ICMS nº 93/2015; RICMS-BA/2012, art. 263-B; Decreto nº 16.738/2016, art. 15)

N

IPI

Simples Nacional - Incentivos fiscais - Utilização - Restrição

1) As empresas optantes pelo Simples Nacional poderão utilizar ou destinar qualquer valor a título de incentivo fiscal?

As microempresas (ME) e as empresas de pequeno porte (EPP) optantes pelo Simples Nacional não poderão utilizar ou destinar qualquer valor a título de incentivo fiscal.

Sob esse aspecto, não serão consideradas quaisquer alterações em bases de cálculo, alíquotas e percentuais ou outros fatores que alterem o valor

do imposto ou de contribuição apurado na forma do Simples Nacional, estabelecidas pela União, Estado, Distrito Federal ou Município, exceto as previstas ou autorizadas pela Lei Complementar nº 123/2006.

(Lei Complementar nº 123/2006, art. 24)

Simples Nacional - Restituição de tributo indevido - Critério

2) Empresa optante pelo Simples Nacional, que recolhe indevidamente o IPI, poderá compensar o res-pectivo valor com outros débitos administrados pela Secretaria da Receita Federal do Brasil (RFB)?

A empresa optante pelo Simples Nacional não poderá utilizar o crédito relativo ao valor indevido para

a IOB Perguntas e Respostas

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27-13Boletim IOB - Manual de Procedimentos - Jul/2016 - Fascículo 27 BA

ICMS - IPI e Outros

Manual de Procedimentos

compensação de outros débitos, pois só será permi-tida a compensação tão somente de créditos para extinção de débitos junto ao mesmo ente federado e relativos ao mesmo tributo.

Nessa situação, a empresa irá solicitar a resti-tuição de tributos abrangidos pelo Simples Nacional diretamente ao respectivo ente federado, observada sua competência tributária.

O processo de restituição deverá observar as normas estabelecidas na legislação de cada ente federado, observando-se os prazos de decadência e de prescrição previstos no Código Tributário Nacional (CTN).

(CTN - Lei nº 5.172/1966; Resolução CGSN nº 94/2011, arts. 117, 118, caput, § 2º, e 119, § 1º, I)

ITD

Pagamento do imposto - Momento

3) Em que momento deve ser pago o Imposto so-bre a Transmissão Causa Mortis e Doação de Quais-quer Bens ou Direitos (ITD)?

O prazo para o pagamento do ITD será de 30 dias contados:

a) da lavratura do instrumento particular da trans-missão sujeita ao ITD;

b) nos casos de arrecadação do imposto em pro-cesso judicial, da publicação da sentença que julgue os cálculos, ou da publicação de deci-são judicial que determine o recolhimento do imposto em arrolamentos, separações judi-ciais, divórcios, partilhas, e demais processos;

c) da data em que se tornar imutável, na via ad-ministrativa, a decisão que julgar a impugna-ção ou recurso;

d) antes da tradição nas transmissões verbais por ato entre vivos sujeitas ao imposto.

Esses prazos vencerão sempre antes da tradição ou do registro no cartório de imóveis competente, ainda que isso ocorra antes de expirado os referidos prazos.

A norma prevista nesta resposta não se aplica às transmissões por instrumento público.

(RITD-BA/1989, art. 40)

Pagamento do imposto - Transmissões por instrumento público

4) Nas transmissões por instrumento público, em que momento será pago o Imposto sobre a Transmis-são Causa Mortis e Doação de Quaisquer Bens ou Di-reitos (ITD)?

Nas transmissões por instrumento público entre vivos sujeitas ao ITD, o imposto será pago antes da lavratura do ato ou contrato.

(RITD-BA/1989, art. 39)

Restituição do imposto - Hipóteses

5) Em que hipóteses será restituído o imposto?

O imposto será restituído, no todo ou em parte, nas seguintes hipóteses:

a) quando não se realizar o ato ou contrato em virtude do qual houver sido pago o tributo;

b) quando declarada a nulidade do ato ou con-trato em virtude do qual o tributo houver sido pago em decisão judicial passada em julgado;

c) quando for reconhecido, posteriormente ao pagamento do tributo, a não incidência ou di-reito à isenção;

d) quando o tributo houver sido pago a maior.(RITD-BA/1989, art. 42)