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1 Introdução ao Turismo

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1

Introdução ao Turismo

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Instituto Politécnico de MacauEscola Superior de Administração

Pública

Curso Complementar de Licenciatura em Administração Pública

Cadeira de CULTURA E TURISMO4o ano Segundo Semestre

Ano lectivo 2012/2013 Por Luis CunhaIntrodução ao Turismo 2

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Importância do Turismo

Introdução ao Turismo3

O QUE É O TURISMO?

Um dos mais relevantes sectores da actividade económica

Contribui para a criação de riqueza e melhoria do bem estar dos cidadãos

Como?

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Importância do Turismo

Introdução ao Turismo4

criação de produção e emprego

investimento e inovação (promoção)

estimula o desenvolvimento de infra-estruturas colectivas

favorece a preservação do ambiente

favorece a recuperação do património histórico e cultural

favorece o desenvolvimento regional

satisfaz necessidades dos indivíduos

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Introdução ao Turismo5

World Travel & Tourism Council (WTTC), é o organismo que analisa o

turismo mundial.

A actual dimensão mundial do turismo, como actividade económica, é

impressionante. De acordo com o WTTC em 2011, o turismo e viagens

representaram :

Importância do Turismo

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Economic Impact Research

Introdução ao Turismo6

WTTC’s latest Economic Impact Research shows that world Travel & Tourism continues to grow in spite of continuing economic challenges.

Tourism grew by 3% (Travel & Tourism’s contribution to GDP).

Tourism’s direct contribution to GDP in 2011 was US$2 trillion

The Tourism generated 98 million jobs.

Direct, indirect and induced total contribution in 2011 was US$6.3 trillion in GDP,

255 million jobs, US$743 billion in investment and US$1.2 trillion in exports.

Contribution represented 9% of GDP,

1 in 12 jobs, 5% of investment and 5% of exports.

Growth forecasts for 2012 is 2.8% in terms contribution to GDP.

Longer-term prospects with annual growth forecast to be 4.2% over the ten years to 2022.

http://www.wttc.org/research/economic-impact-research/

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E Em Macau ?

Introdução ao Turismo7

The direct contribution to GDP in 2011 was MOP116,904.0mn (43.1% of GDP).

This is forecast to rise by 2.6% to MOP119,901.0mn in 2012.

Reflects the economic activity generated by industries such as hotels, travel agents, airlines and other passenger transportation services (excluding commuter services), restaurant and leisure industries

The direct contribution to GDP is expected to grow by 4.2% pa to MOP180,184.0mn (40.6% of GDP) by 2022.

Travel & Tourism generated 162,500 jobs directly in 2011 (47.7% of total employment) and this is forecast to grow by 0.3% in 2012 to 163,000 (46.9% of total employment).

By 2022, Travel & Tourism will account for 177,000 jobs directly, an increase of 0.9% pa over the next ten years.

http://www.wttc.org/site_media/uploads/downloads/macau2012.pdf

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Introdução ao Turismo8

.

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Contributo do Turismo para a

Economia de Macau

Introdução ao Turismo9

Fonte : WTTC 2012 report

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Introdução ao Turismo10

Fonte : WTTC 2012 report

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Introdução e conceito de Turismo

Conceito de turismo

Conceito de viagem e turismo

Classificação do turismo

Tipos de turismo

Introdução ao Turismo11

MÓDULO 1

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TURISMO

Elementos de

avaliação do

turismo

CULTURA

ESTRATÉGIAS DE TURISMO

CULTURAL

MARKETING TURISTICO

ESTRATÉGIAS DE TURISMO

CULTURAL

Procura

turística e

Oferta

turística

Conceito de

turismo

Património

cultural e

natural

Conceito de

cultura e

identidade

Turismo

Cultural

Caso de

Macau

Folclore

Gastronomi

a

Monument

os

1

3

2

4

5

7

6

Introdução ao Turismo12

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TURISMO

Elementos de

avaliação do

turismo

CULTURA

ESTRATÉGIAS DE TURISMO

CULTURAL

MARKETING TURISTICO

ESTRATÉGIAS DE TURISMO

CULTURAL

Procura

turística e

Oferta

turística

Conceito de

turismo

Património

cultural e

natural

Conceito de

cultura e

identidade

Turismo

Cultural

Caso de

Macau

Folclore

Gastronomi

a

Monument

os

1

3

2

4

5

7

6

Introdução ao Turismo13

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TURISMO

Conceito de

turismo

Evolução do conceito de turismo

1

Introdução ao Turismo14

Conceito básicos de viagem e turismo

Motivação Turística

Formas ou tipos de turismo

Sistema turístico

Fluxo turístico

4.5 horas

Com este módulo

pretende-se que os

alunos dominem os

seguintes tópicos:

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Objectivos do Módulo 1

Introdução ao Turismo15

Introdução e conceito de Turismo 4.5 horas

Com este módulo pretende-se que os alunos dominem os seguintes

tópicos:

1. Evolução do conceito de turismo

2. Conceito básicos de viagem e turismo

3. Motivação Turística

4. Formas ou tipos de turismo

5. Sistema turístico

6. Fluxo turístico

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1. Evolução do conceito de turismo

2. Conceito básicos de viagem e turismo

3. Motivação Turística

4. Formas ou tipos de turismo

5. Sistema turístico

6. Fluxo turístico

16Introdução ao Turismo

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Evolução do conceito de turismo

Introdução ao Turismo17

Definição de turismo?

A juventude da actividade económica e o carácter multidisciplinarfaz com que haja uma ausência de definições absolutas e claras de turismo.

No entanto há a necessidade e a importância de se poder dispor de estatísticas homogéneas

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Evolução do conceito de turismo

Introdução ao Turismo18

Como evoluiu a definição de turismo?“teoria e a prática de viajar por prazer”

1881 – Dicionário inglês Oxford

“conceito que compreende todos os processos, especialmente económicos, que se manifestam na afluência, permanência e regresso do turista, dentro e fora de

um determinado território”

1911 – Herman von Schullern zu Schattenhofen

“superação do espaço por pessoas que afluem a um lugar onde não possuem residência fixa”

1929 – Robert Glucksmann

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Introdução ao Turismo19

Evolução do conceito de turismoComo evoluiu a definição de turismo?

“movimento de pessoas que abandonam temporariamente o lugar da sua residência

permanente por qualquer motivo relacionado com o espírito, o seu corpo ou a sua

profissão”

1929 – Schwink

“tráfego de viajantes de luxo que visitam lugares fora de residência fixa e procuram

apenas a satisfação de uma necessidade de luxo”

1930 – Josef Stradner

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Introdução ao Turismo20

Evolução do conceito de turismo

Como evoluiu a definição de turismo?

“tráfego de pessoas que se afastam temporariamente do seu lugar fixo de residência

para outro lugar com o objectivo de satisfazer as suas necessidades vitais e de

cultura ou para levar a cabo desejos de diversa índole, unicamente como

consumidores e de bens económicos e culturais”

1930 – Morgenroth

Nota: “quem interpreta o turismo como um problema de transporte confunde-o com

o tráfego de turistas. O tráfego de viajantes conduz ao turismo, mas não é

turismo”

“soma das relações existentes entre pessoas que se encontram passageiramente num

local de estadia e os seus habitantes”

1935 – Glucksmann

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Introdução ao Turismo21

Evolução do conceito de turismo

… em 1937 o Comité de estatística da Liga das

Nações propôs a seguinte definição:“viagem durante 24 horas ou mais por qualquer país que não aquele da sua residência habitual”

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Introdução ao Turismo22

… por isso, turistas eram aqueles que:

– Efectuavam uma viagem por razões de prazer, família, saúde

– Por razões de trabalho (cientifico, religioso, desportivo, …)

– Por razões de negócios

– Os visitantes dos cruzeiros marítimos (inclusive os com

estadia < 24h)

• … não são turistas aqueles que:

– Fazem viagens no país de residência habitual

– Vão ocupar um emprego ou actividade profissional no

país

– Fixar residência

– Estudantes

– Vivem na fronteira

– Viajantes em trânsito, mesmo quando dura mais que

24h

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Introdução ao Turismo23

Evolução do conceito de turismo

1942 - “soma de fenómenos? e relações que surgem das viagens e da permanência de não

residentes, desde que não estejam ligados a uma actividade remunerada” - Krapf

… em 1945 a ONU adoptou a seguinte definição:“viagem superior a 24 horas e até 1 ano, por qualquer país que não aquele da sua residência

habitual”

Nestas primeiras definições, enquanto o turismo não é um movimento de

massas, privilegiou-se o tráfego, pela importância que se dava à

supressão das distâncias (turismo é um privilegio apenas para quem consegue

pagar os elevados custos de transporte).

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Introdução ao Turismo24

Evolução do conceito de turismo

… em 1963 a ONU e a IUOTO adoptou a seguinte definição

de turista, devido à necessidade de harmonizar a estatística

e por já ser um fenómeno de massas:

Turista é qualquer pessoa que visita um país que não o do seu local normal de

residência, por qualquer motivo desde que não seja decorrente de uma ocupação

remunerada dentro do país visitado

2 tipos visitantes:

TURISTA - visitante temporário que permanece pelos menos 24h num pais

EXCURSIONISTA - visitante temporário que permanece menos 24h e não pernoita

FALHA: não contempla os turistas domésticos

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Evolução do conceito de turismo

Introdução ao Turismo25

1994 Embora não haja uma definição única do que seja Turismo, as Recomendações da Organização Mundial de Turismo/Nações Unidas sobre Estatísticas de Turismo, definem:

Turismo - as actividades que as pessoas realizam durante as

suas viagens e permanência em lugares distintos do seu

entorno habitual, por um período consecutivo de tempo

inferior a um ano, com fins de lazer, negócios e outros,

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Evolução do conceito de turismo

Introdução ao Turismo26

Turista - é um visitante que se desloca voluntariamente por um período de tempo igual ou superior a 24 horas para local diferente da sua residência e do seu trabalho sem, este ter por motivação, a obtenção de lucro.

NOTAS: 1) inclui todas as actividades dos visitantes (turistas +excursionistas)

2) inclui o turismo doméstico

3) na definição há a motivação, duração, limite de tempo, localização

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1. Evolução do conceito de turismo

2. Conceito básicos de viagem e turismo

3. Motivação Turística

4. Formas ou tipos de turismo

5. Sistema turístico

6. Fluxo turístico

27Introdução ao Turismo

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Organização Mundial de Turismo (OMT)

Introdução ao Turismo28

A Organização Mundial de Turismo (OMT) é uma agência especializada das Nações Unidas e a principal organização internacional no campo do turismo. Funciona como um fórum global para questões de políticas turísticas e como fonte de conhecimento prático sobre o turismo.

A sua sede é em Madrid. Em 2005, a OMT conta como membros 145 países, 7 territórios e mais de 300 membros filiados, representando o sector privado, instituições educacionais, associações e autoridades locais de turismo.

A sua origem remonta à União Internacional de Organizações Oficiais de Viagens (IUOTO), e era uma organização não-governamental.

Em 1974, seguindo uma resolução da Assembleia Geral das Nações Unidas, foi transformada em um órgão intergovernamental. Em 2003, tornou-se uma agência especializada das Nações Unidas.

http://www.world-tourism.org

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Turismo, lazer e recreio

Introdução ao Turismo29

TEMPO LIVRE TEMPO DE TRABALHO

TEMPO REALMENTE LIVRE

LAZER

repouso / inactividade

hobbies

ler, tv, etc.

desporto

desenvolvimento pessoal,

cultural, profissional

Recreio/ Turismo

TEMPO SEMI-LIVRE

Necessidades vitais (obrigações

sociais, domésticas e biológicas)

habitação

trabalho

deslocações

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Introdução ao Turismo30

Lazer – corresponde ao tempo realmente livre

Recreio – conjunto de actividades exercidas

durante o tempo livre

Turismo – distingue-se do recreio porque

implica necessariamente uma deslocação

enquanto o recreio pode ou não dar origem a

uma viagem

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Turismo, lazer e recreio

Introdução ao Turismo31

Assim o turismo pode ser considerado

como uma forma particular de lazer e

recreação, distinguindo-se pela

componente da viagem e duração da

mesma

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Introdução ao Turismo32

Conceito básicos de turismo

Elementos comuns entre as diferentes definições:

• Há sempre uma deslocação

• Não implica necessariamente alojamento no destino

• A estadia no destino nunca é permanente

• Compreende tanto as viagens como todas as actividades antes e

durante a estadia

• Compreende todos os produtos e serviços criados para satisfazer as

necessidades do turista

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Conceito básicos de turismo

Introdução ao Turismo33

O turismo na sociedade moderna pode ser entendido como um conjunto

de diversas actividades económicas, englobando diferentes tipos de

equipamentos entre eles: os transportes, o alojamento, as agencias de

viagens, práticas de lazer, entre outras actividades.

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Conceito básicos de turismo

Introdução ao Turismo34

É o conjunto de relações e fenómenos originados peladeslocação e permanência de pessoas fora do seu localhabitual de residência, desde que tais deslocações epermanências não sejam utilizadas para o exercício de umaactividade lucrativa principal

Association Internationale des Experts Scientifiques du Tourisme (AIEST)

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Conceito básicos de turismo

Introdução ao Turismo35

O turismo compreende as actividades desenvolvidas pelas pessoas

ao longo de viagens e estadas em locais situados fora do seu

enquadramento habitual, por um período consecutivo que não

ultrapasse um ano, para fins recreativos, de negócios, ou outros.

Organização Mundial do Turismo / World Tourism Organization (OMT /WTO), 1991.

Definição também adoptada pela ONU.

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Conceito básicos de turismo

Introdução ao Turismo36

Características fundamentais doTurismo:

Deslocação

Permanência pouco prolongada

Deslocação e permanência não utilizadas para

actividade lucrativa principal

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Conceito básicos de turismo

Introdução ao Turismo37

Definições da Organização Mundial do Turismo (OMT)

Visitante

Turista

Excursionista

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Conceito básicos de turismo

Introdução ao Turismo38

Definições da Organização Mundial do Turismo (OMT)

VISITANTE

Todo aquele que se desloca temporariamente para

fora da sua residência habitual, quer seja no seu

próprio país ou no estrangeiro, por uma razão que

não seja a de aí exercer uma profissão

remunerada

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Conceito básicos de turismo

Introdução ao Turismo39

Definições da Organização Mundial do Turismo (OMT)

TURISTA

Visitante temporário que permanece no local

visitado mais de 24 horas

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Conceito básicos de turismo

Introdução ao Turismo40

Definições da Organização Mundial do Turismo (OMT)

EXCURSIONISTA

Visitante temporário que permanece no local visitado,

fora da residência habitual, menos de 24 horas

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Conceito básicos de turismo

Introdução ao Turismo41

Visitantes 1990 % 1995 % 2002 %

Turistas 8019 44 9705 42 12167 43.8

Excursionistas 10179 56 12925 58 15814 56.2

Total 20188 24625 28150

Visitantes estrangeiros em Portugal

X 1000

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Conceito básicos de turismo

Viajante – qualquer pessoa que viaje entre dois ou mais

países e entre duas ou mais localidade no seu país de

residência habitual

Introdução ao Turismo 42

VisitanteViajante relacionado

com turismo

Outros visitantes

Turistas Excursionistas

Trabalhadores de fronteira

Imigrantes temporários e permanentes

Nómadas

Passageiros em trânsito

Refugiados

Membros da força armada

Corpo consular

Diplomatas

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Introdução ao Turismo43

VIAJANTES

Incluídos em

estatísticas do turismo

VISITANTES

TURISTAS EXCURSIONISTAS

motivos da visita

TrabalhoRecreio Outros

- Férias

- Cultura

- Desporto

- Visita a

parentes

ou amigos

- Outros

- Reuniões

- Negócios

- Outros

- Estudos

- Saúde

- Trânsito

- Diversos

Passageiro em

cruzeiro

Visitantes diários

Tripulantes

Não incluídos em

estatísticas do turismo

- migrantes

-Passageiros em

trânsito

- Diplomatas e

membros das

forças armadas

- Nómadas

- Refugiados

Adaptado de OCDE (1989), National and International Tourism Statistiques

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Conceito básicos de turismo

Introdução ao Turismo 44

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Conceito básicos de turismo

Introdução ao Turismo45

Alojamento turístico – instalações que, regularmente ou

ocasionalmente, dispõe de vagas para que o turista possa

passar a noite. Hotéis, pousadas, pensões …

Classificação por motivo de viagem:

1. Lazer, recreação e férias

2. Visitas a parentes e amigos

3. Negócios e motivos profissionais

4. Tratamentos de saúde

5. Religião

6. Outros

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Conceito básicos de turismo

Introdução ao Turismo46

O turismo é uma actividade que inclui:

a) O comportamento dos indivíduos, com

motivações, necessidades e restrições;

b) A utilização de recursos;

c) A interacção entre indivíduos e efeitos económicos sociais e

ambientais;

d) Deslocações dos indivíduos da sua residência habitual;

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1. Evolução do conceito de turismo

2. Conceito básicos de viagem e turismo

3. Motivação Turística4. Formas ou tipos de turismo

5. Sistema turístico

6. Fluxo turístico

47Introdução ao Turismo

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Motivação Turística

Introdução ao Turismo48

O sucesso de um negócio turístico depende, em

grande parte, da capacidade de resposta, às

necessidades e preferências dos consumidores.

é fundamental conhecer os consumidores

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Motivação Turística

Introdução ao Turismo49

H.P. Gray (1970) – primeiros estudos sobre as motivações

turísticas. Identifica duas razões principais para viajar:

Wanderlust (desejo de vaguear)

Característica básica da natureza humana que leva a deixar as coisas que são familiares e procurar lugares e culturas diferentes.

Sunlust ( desejo de sol )

Depende da existência, noutro lugar, de amenidades diferentes ou melhores das que estão disponíveis na área de residência.

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Motivação Turística

Introdução ao Turismo50

Crompton (1979)

Motivação básica Quebra de rotina

Motivações específicas (sócio-psicológicas):

Escape do meio vivido

Exploração e avaliação de si próprio

Relaxamento/repouso

Prestígio

Aumento das relações sociais

Saúde

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Motivação Turística

Introdução ao Turismo51

Leiper (1984)

Lazer Recreativo (restabelece)

Restabelece descanso (recuperação da fadiga mental e física)

Restabelece relaxamento ( recuperação da tensão )

Restabelece divertimento ( recuperação do “aborrecimento”)

Lazer Criativo ( produz algo de novo)

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Motivação Turística

Introdução ao Turismo52

Organização Mundial do Turismo (OMT/WTO)

Classifica as motivações em duas categorias que estão na origem

das imagens que se fazem de um destino

Motivações de tipo racional :

confiança, segurança, poupança, tradição, conformismo

Motivações do tipo afectivo :

curiosidade, novidade, afectividade, liberdade, amizade.

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Motivação Turística

Introdução ao Turismo53

L. Cunha (1997)

Motivações constrangedoras :

negócios, reuniões, saúde, estudos

Motivações libertadoras :

férias, desportos, repouso, cultura,...

Motivações mistas

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MODELO PSICOCÊNTRICO-ALOCÊNTRICO S. PLOG

Introdução ao Turismo54

Plog classifica as pessoas em diferentes tipos psicológicos e constrói uma novatipologia do carácter dos turistas.

Alocêntricos

Curiosos, com desejo de aventura

Atracção pelo desconhecido

Preferem áreas não turísticas

Alto nível de actividade

Gostam de contactar pessoas de outras culturas

Gostam de liberdade e flexibilidade nos locais de destino

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MODELO PSICOCÊNTRICO-ALOCÊNTRICO S. PLOG

Introdução ao Turismo55

Plog classifica as pessoas em diferentes tipos psicológicos econstrói uma nova tipologia do carácter dos turistas.

Cêntricos

fraco pendor pela aventura

procura os destinos mais em voga

descontracção e prazer: simples diversão e entretenimento

Clima, sol , termas

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MODELO PSICOCÊNTRICO-ALOCÊNTRICO S. PLOG

Introdução ao Turismo56

Plog classifica as pessoas em diferentes tipos psicológicos e constrói uma nova

tipologia do carácter dos turistas.

Psicocêntricos

concentrados nos pequenos problemas pessoais

inibidos, ansiosos, passivos

pouco interesse pelo mundo exterior

quanto aos destinos turísticos preferem os que já conhecem ou os mais frequentados

preferem viagens organizadas

destinos que não perturbem o seu modo de vida

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1. Evolução do conceito de turismo

2. Conceito básicos de viagem e turismo

3. Motivação Turística

4. Formas ou tipos de turismo5. Sistema turístico

6. Fluxo turístico

57Introdução ao Turismo

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Formas ou tipos de turismo

Introdução ao Turismo58

De acordo com o local onde a despesa de consumo turístico é efectuado e com a origem do visitante surgem várias classificações de Consumo Turístico:

1. Consumo Turístico Interno ou Doméstico - corresponde ao consumo turístico realizado pelos visitantes internos, ou seja, pelos visitantes residentes que se deslocam dentro do seu país de residência;

2. Consumo Turístico Emissor - resulta do consumo turístico realizado com a visita de residentes de um país a outro, ou outros países;

3. Consumo Turístico Receptor - representa o consumo turístico resultante das visitas a um país por não residentes;

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Introdução ao Turismo59

Consumo Turístico Interior - equivale ao consumo turístico realizado dentro das fronteiras de um país, seja este efectuado por residentes ou não. Neste sentido este corresponde ao somatório do consumo turístico interno com o consumo turístico receptor (1+3);

Consumo Turístico Nacional - inclui o consumo turístico, no país ou fora destes, efectuado pelos visitantes residentes, pelo que pode ser calculado pela soma do consumo turístico interno com o consumo turístico emissor (1+2)

Consumo Turístico Internacional - representa o consumo turístico realizado sempre que existam deslocações que obriguem a atravessar fronteiras, incluindo o consumo turístico receptor e o consumo turístico emissor (2+3)

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Formas ou tipos de turismo

Introdução ao Turismo60

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Formas ou tipos de turismo

Introdução ao Turismo61

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Formas ou tipos de turismo

Introdução ao Turismo62

O turismo dentro

das fronteiras de

um dado pa ís

D eslocações que obrigam a

a travessar uma fronteira

M ovimento dos residentes de um

dado pa ís

C lassificações do T urism o segundo a O rigem dos V isitantes

N AC IO N AL

IN T E R IO R IN T E R N AC IO N AL

D oméstico ou

interno

E missor

O u tbou nd

Tou rism

R eceptor

Inbou nd

Tou rism

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Formas ou tipos de turismo

Introdução ao Turismo64

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Formas ou tipos de turismo

Introdução ao Turismo65

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Formas ou tipos de turismo

Introdução ao Turismo66

TURISMO QUANTO AO

VOLUME DA

PROCURA

- TURISMO DE MASSAS

(roteiro muito procurado)

- TURISMO DE MINORIAS

(roteiro pouco procurado)

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Formas ou tipos de turismo

Introdução ao Turismo67

TURISMO QUANTO ÀS FORMAS DE ORGANIZAÇÃO

- TURISMO INDIVIDUAL (organização da viagem feita pela própria pessoa)

- TURISMO ORGANIZADO (organização da viagem feita por Agências)

- TURISMO SOCIAL (financiado por terceiros, caso de entidades)

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Formas ou tipos de turismo

Introdução ao Turismo68

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Formas ou tipos de turismo

Introdução ao Turismo69

TURISMO QUANTO À

FAIXA ETÁRIA

- TURISMO JUVENIL

- TURISMO ADULTO

- TURISMO PARA A

TERCEIRA IDADE

- TURISMO MISTO

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1. Evolução do conceito de turismo

2. Conceito básicos de viagem e turismo

3. Motivação Turística

4. Formas ou tipos de turismo

5. Sistema turístico6. Fluxo turístico

70Introdução ao Turismo

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Sistema turístico

Introdução ao Turismo71

Teoria geral dos sistemas (1977) é uma abordagem que diz que o sistema (o todo) é o produto das partes que interageme que o compõem, cujo conhecimento e estudo deve estar relacionado com o funcionamento dessas partes com o todo.

Sistema = conjunto de elementos interligados que sofrem influência recíproca

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Sistema turístico

Introdução ao Turismo72

O Turismo também pode ser estudado como um

subsistema do sistema social.

O Turismo é considerado um ramo das ciências sociais e não

das ciências económicas. Embora razões económicas possam

motivar o movimento que constitui o Turismo, este transcende

as esferas das meras relações da balança comercial.

Segundo Susana Gastal, "antes de ser um fenómeno

económico, o turismo é uma experiência social que envolve

pessoas".

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Sistema turístico

Introdução ao Turismo73

O sistema turístico pode também ser estudado

como um sistema com várias subdivisões, … as

quantas forem necessárias ou relevantes.

Por isso, há diversas versões que explicam o

sistema turístico.

A abordagem sistémica permite compreender o

papel das partes isoladamente (abordagem

multidisciplinar)

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Sistema turístico

Introdução ao Turismo74

Sistemas de relações no turismo

Kaspar 1983

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Sistema turístico

Introdução ao Turismo75

Sistemas de relações no turismo

Gunn 1994

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Sistema turístico

Introdução ao Turismo76

Sistemas de relações no turismo

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Sistema turístico

Introdução ao Turismo77

Sistemas de relações no turismo

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Sistema turístico

Introdução ao Turismo78

O Sistema de Turismo baseado em produtos turísticos

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Sistema turístico

Introdução ao Turismo79

Sistemas de relações no turismo

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1. Evolução do conceito de turismo

2. Conceito básicos de viagem e turismo

3. Motivação Turística

4. Formas ou tipos de turismo

5. Sistema turístico

6. Fluxo turístico

80Introdução ao Turismo

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Fluxo turístico

Introdução ao Turismo81

Fluxo turístico: movimento migratório que desloca os turistas de um núcleo geográfico emissor para um núcleo receptor.

A análise dos fluxos turísticos permite saber:

1. A origem dos viajantes (principais mercados emissores e tendências …)

2. O território de destino (através das noites dormidas em cada lugar sabemos se é mono destino ou multi-destino)

3. A duração da viagem (demonstra o nível de gasto)

4. A distância entre núcleos emissores e receptores

5. O meio de transporte utilizado

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Referências Introdução ao Turismo, Verbo Editora, 2003, Licínio Cunha

Turismo e Marketing Turístico, CETOP Edições, 2005

Casos de Turismo Cultural, Ariel, 2006, Josef Font Sentíaset al.

Turismo Cidade e Cultura, Edições Sílabo, 2003, Cláudia Henriques

Acetatos (adaptados) - Principais conceitos e definições em Turismo - Introdução ao Turismo Gonçalo Lopes

Introdução ao Turismo 82

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Introdução ao Turismo83

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Introdução ao Turismo84

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Introdução ao Turismo85

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Introdução ao Turismo86

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Introdução ao Turismo87

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TURISMO DE MASSAS E TURISMO DE MINORIAS:

A QUALIDADE NO TURISMO

Introdução ao Turismo88

O turismo hoje é uma actividade popular e massificada:

- Incremento do rendimento individual / férias pagas

- Aumento da escolaridade e cultura

- Desenvolvimento das ideologias liberais

- Desenvolvimento tecnológico

- Aumento do peso da classe média

- Esbatimento das diferenças sociais e culturais

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TURISMO DE MASSAS E TURISMO DE MINORIAS:

A QUALIDADE NO TURISMO

Introdução ao Turismo89

As diferentes motivações e os diferentes comportamentos

permitem distinguir Turismo de massas e Turismo

de minorias

Turismo de minorias / turismo alternativo

Turismo realizado por pequenos grupos ou

indivíduos / famílias isoladas, caracterizado por um

princípio de selecção económica e/ou cultural.

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TURISMO DE MASSAS E TURISMO DE MINORIAS:

A QUALIDADE NO TURISMO

Introdução ao Turismo90

Turismo de massas

Turismo realizado pelas pessoas de menor nível

de rendimentos, viajando em grupos, com gastos

reduzidos e permanência de curta duração.

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Introdução ao Turismo91

Variável Turismo de Massa Convencional

Turismo Alternativo

Alojamentos

Padrões espaciais Costeiros, alta densidade Dispersos, baixa densidade

Escala Grande dimensão, integrados

Pequena escala, estilo familiar

Propriedade Estrangeira, multinacional Local, pequenas e médias empresas

Mercado

Volume Elevado Baixo

Origem Um mercado dominante Sem mercado dominante

Segmento Psicocêntrico Alocêntrico

Actividades Água/Praia/Vida nocturna Natureza/Cultura

Sazonalidade Verão –estação alta Sem estação dominante

Economia

Estatuto Sector dominante Sector suplementar

Impacto Sector muito dependente de importações/lucros não ficam no país

Sector não dependente de importações/lucros retidos no país

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TURISMO DE MASSAS E TURISMO DE MINORIAS:

A QUALIDADE NO TURISMO

Introdução ao Turismo92

Consequências e impactos do crescente grau de

massificação do turismo :

intensificação da utilização das infra-estruturas e equipamentos

turísticos

excessiva utilização dos espaços destruição

perversão da calma e repouso

degradação dos monumentos e centros históricos

destruição do património natural mais sensível

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TURISMO DE MASSAS E TURISMO DE MINORIAS:

A QUALIDADE NO TURISMO

Introdução ao Turismo93

Outras características do turismo de massas:

- os motivos prendem-se com a necessidade de evasão e com o

efeito de imitação

- época de férias em Julho e Agosto

- alojamento em estabelecimentos hoteleiros de menor categoria e

em meios complementares de alojamento : parques de

campismo, quartos particulares ...

- orientado para os centros de maior concentração turística

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TURISMO DE QUALIDADE VERSUS QUALIDADE

DO TURISMO

Introdução ao Turismo94

QUALIDADE DOTURISMO

Condição essencial para o desenvolvimento do turismo

- qualidade dos alojamentos

- qualidade dos transportes

- qualidade da utilização dos espaços

- qualidade do enquadramento natural

- qualidade dos equipamentos complementares

- qualidade dos recursos humanos

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TURISMO DE QUALIDADE VERSUS QUALIDADE

DO TURISMO

Introdução ao Turismo95

CONCEITO DE QUALIDADE

qualidade é um conceito relativo, cada segmento de

mercado tem os seus padrões ( p.ex. um parque de campismo

pode oferecer tanta qualidade como um hotel de 5 estrelas )

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TURISMO DE QUALIDADE VERSUS QUALIDADE

DO TURISMO

Introdução ao Turismo96

QUALIDADE

“ é o ajustamento dos produtos e serviços às exigências da clientela “

“é atender às necessidades dos clientes fazendo bem as coisas à primeira “

“ o produto melhor é o que a maioria dos clientes quer comprar”

“ é a aptidão de um produto ou serviço para satisfazer as necessidades do cliente, dando-lhe satisfação “

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TURISMO DE QUALIDADE VERSUS QUALIDADE

DO TURISMO

Introdução ao Turismo97

Qualidade é igual à satisfação das

necessidades e exigências dos consumidores

É um conceito dinâmico -> tem de acompanhar a evolução das

preferências dos consumidores

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Introdução ao Turismo98

EVOLUÇÃO DO CONCEITO DE QUALIDADE

Anos 50/60

LUXO

Hoje

Factor

estratégico

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Introdução ao Turismo99

PORQUÊ ?

Globalização dos mercados, produtos e processos maior permeabilidade à concorrência externa;

Factor determinante das escolhas dos consumidores: já não é o preço mas a relação qualidade/preço;

O consumidor é mais consciente, selectivo e exigente – agora são os produtos que se adaptam aos gostos e preferências dos consumidores

A qualidade não se limita ao produto em si. Estende-se a todo o processo desde a concepção até à assistência após venda.

A relação com o cliente não se inicia nem se esgota no acto de consumo, todo o ciclo exige qualidade.

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MEDIDAS E INDICADORES ESTATÍSTICOS NO

TURISMO

Introdução ao Turismo100

A actividade turística não se limita ás deslocações de

pessoas entre vários países e regiões.

É necessário avaliar os efeitos múltiplos produzidos pelo

turismo.

COMO?

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MEDIDAS E INDICADORES ESTATÍSTICOS NO

TURISMO

Introdução ao Turismo101

INFORMAÇÃO

RELATIVAMENTE À PROCURA:

nº visitantes/turistas

nº hóspedes

nº dormidas

origem dos visitantes

meios de transporte utilizados

motivos da viagem

características pessoais e

profissionais

receitas e despesas

...

RELATIVAMENTE À OFERTA:

nº de estabelecimentos e categoria dos alojamentos

nº de quartos, camas

recursos turísticos

infra-estruturas básicas

animação e ocupação de tempos

livres

empresas de comercialização

turística

investimentos realizados

...

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MEDIDAS E INDICADORES ESTATÍSTICOS NO TURISMO

Introdução ao Turismo102

1. ENTRADAS

Considera-se como entrada cada chegada à fronteira de um visitante que não

resida nesse país. É um indicador bastante limitado e insuficiente para, por si

só, sustentar qualquer tipo de análise, visto revelar os seguintes inconvenientes:

•contagem feita por estimativa ( apenas são registados os visitantes

fora da EU )

•contagem múltipla

•engloba turistas e excursionistas

•a análise baseada apenas nas entradas não considera os efeitos do

turismo: a procura de bens e serviços prestados

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MEDIDAS E INDICADORES ESTATÍSTICOS NO TURISMO

Introdução ao Turismo103

2. DORMIDAS

não engloba dormidas em estabelecimentos não licenciados,

quartos particulares, casas de amigos e parentes, casa própria,etc.

ENTRADAS E DORMIDAS, 2002

em milhões

Entradas Dormidas

Portugal 28 24

Irlanda 3 38

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MEDIDAS E INDICADORES ESTATÍSTICOS NO TURISMO

Introdução ao Turismo104

Entradas de estrangeiros em Portugal ( milhões)

1996 1997 1998 2002

Turistas 9,730 10,172 11,295 12167

Excursionistas 13,300 13,841 15,030 15814

Total 23,030 24,013 26,325 28150

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MEDIDAS E INDICADORES ESTATÍSTICOS NO TURISMO

Introdução ao Turismo105

3. DESPESAS TURÍSTICAS

As despesas turísticas são, de acordo com as estatísticas de

turismo da OMT, “as despesas de consumo totais feitas por um

visitante, incluindo as despesas para, e durante, a sua viagem e

estadia no destino”

Viagens

Alojamento

Refeições e bebidas

Animação, cultura e actividades desportivas

Compras

Outras despesas

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MEDIDAS E INDICADORES ESTATÍSTICOS NO TURISMO

Introdução ao Turismo106

4. PERMANÊNCIA MÉDIA (ESTADIA MÉDIA)

É o nº de dias que cada turista permanece, em média, no

território nacional.

-em Portugal a Pm variou, entre 1985 e 1995, de 10,4 para 7,7

-um turista espanhol permanece em média 2,8 dias, um canadiano

15,9 dias e um alemão 12,5 dias

turistasde nº

dormidas de nºPm

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MEDIDAS E INDICADORES ESTATÍSTICOS NO TURISMO

Introdução ao Turismo107

4. PERMANÊNCIA MÉDIA (ESTADIA MÉDIA)

É o nº de dias que cada turista permanece, em média, no

território nacional.

A permanência média varia com a nacionalidade do

turista, idade, rendimento, capacidade do país receptor.

A tendência de diminuição da permanência média devem-se

fundamentalmente

o ao aumento das viagens de longa distância e

o à fragmentação dos períodos de férias.

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MEDIDAS E INDICADORES ESTATÍSTICOS NO TURISMO

Introdução ao Turismo108

5. CAPACIDADE DE ALOJAMENTO

É o potencial turístico existente num país ou região, que permite

avaliar o número de dormidas que os meios de alojamento

oferecem num determinado momento ou período. É um

indicador importante por constituir a base da oferta turística.

obtém-se multiplicando o nº de camas, quartos ou lugares existentes

pelo número de dias do período considerado.

Mede o potencial da oferta e não o seu número efectivamente

disponível.

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MEDIDAS E INDICADORES ESTATÍSTICOS NO TURISMO

Introdução ao Turismo109

6. TAXA DE OCUPAÇÃO HOTELEIRA

Permite determinar o grau de utilização da capacidade de

alojamento e avaliar em que medida haverá excesso ou

necessidade de novos alojamentos.

Taxas de ocupação (total de hotéis)

Regiões 1996

%

1997

%

1998

%

2000

%

Algarve 55.4 55.7 57.6 59.3

Lisboa 44.9 45.7 48.4 51.5

Costa do Estoril 43.5 44.3 49.1 52.2

Madeira 64.8 62.3 64.8 66.1

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MEDIDAS E INDICADORES ESTATÍSTICOS NO TURISMO

Introdução ao Turismo110

6. TAXA DE OCUPAÇÃO HOTELEIRA

100 x 365 x camas de nº

dormidas denºTOLTaxa de Ocupação Líquida (TOL)

Taxa de Ocupação Quarto (TOQ)100 x

365 x quartos de total

ocupados quartos denºTOQ

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MEDIDAS E INDICADORES ESTATÍSTICOS NO TURISMO

Introdução ao Turismo111

6. TAXA DE OCUPAÇÃO HOTELEIRA

100 x 365 x P x C

VTOR

Taxa de Ocupação Rendimento (TOQ)

V - volume de vendas/ano

C- capacidade(quartos/camas)

P – preço diário da unidade de

alojamento (quarto/cama)

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MEDIDAS E INDICADORES ESTATÍSTICOS NO TURISMO

Introdução ao Turismo112

6. TAXA DE OCUPAÇÃO HOTELEIRA

100 x 365 x camas de nº

dormidas denºTOLTaxa de Ocupação Líquida (TOL)

Taxa de Ocupação Quarto (TOQ)

Taxa de Ocupação Rendimento (TOQ) 100 x 365 x P x C

VTOR

Nota: conforme o período considerado seja anual, mensal, semanal ou diário o valor a introduzir em denominador deverá ser 365, 31(variável no caso mensal), 7

ou 1 respectivamente.

100 x 365 x quartos de total

ocupados quartos denºTOQ

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MEDIDAS E INDICADORES ESTATÍSTICOS NO TURISMO

Introdução ao Turismo113

6. TAXA DE OCUPAÇÃO HOTELEIRA

80% 100 x 100x2

20x1 30x2 40x2TOL

90% 100 x 100

20 30 40TOQ

73% 100 x 100x50

20x30 30x35 40x50TOR

Exemplo 1:

Um hotel com 100 quartos duplos, ao preço de 50 € diários

por quarto, numa noite teve a seguinte ocupação:

40 quartos ocupados por casal ao preço normal

30 quartos ocupados com desconto de 30%

20 quartos ocupados por pessoa só ao preço de 30 €

10 quartos não ocupados

De acordo com os dados indicados as várias taxas de

ocupação diárias verificadas foram:

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MEDIDAS E INDICADORES ESTATÍSTICOS NO TURISMO

Introdução ao Turismo114

6. TAXA DE OCUPAÇÃO HOTELEIRA

Exemplo 2:

Um hotel com 60 quartos duplos : 40 quartos vista cidade ao preço de 80 € , 20 quartos vista mar ao

preço de 100 €. A ocupação numa noite foi a seguinte:

10 quartos vista terra ocupados por casal ao preço normal

5 quartos vista mar ocupados por casal ao preço normal

15 quartos vista terra ocupados por casal com desconto de 25%

12 quartos vista mar ocupados por casal com desconto de 25%

8 quartos vista terra ocupados por pessoa só com desconto de 50%

De acordo com os dados indicados as várias taxas de ocupação diárias verificadas foram:

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MEDIDAS E INDICADORES ESTATÍSTICOS NO TURISMO

Introdução ao Turismo115

6. TAXA DE OCUPAÇÃO HOTELEIRA

76.7% 100 x 60x2

8 12x2 15x2 5x2 10x2TOL

83.3% 100 x 60

8 12 15 5 10TOQ

%. x x x

x x x x xTOR 765100

100208040

4087512601510058010

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MEDIDAS E INDICADORES ESTATÍSTICOS NO TURISMO

Introdução ao Turismo116

7. GRAU DE SAZONALIDADE

x100Et

EvGS

Ev – nº de entradas/dormidas no Verão

(Jul/Ago/Set)

Et – nº de entradas/dormidas no ano

quando se consideram apenas as entradas estes indicadores reflectem o turismo externo excluindo os

fluxos turísticos internos.

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MEDIDAS E INDICADORES ESTATÍSTICOS NO TURISMO

Introdução ao Turismo117

7. GRAU DE SAZONALIDADE

Meses Entradas(x 1000)

Dormidas(x 1000)

Janeiro 1046 2370

Fevereiro 941 2345

Março 1260 2379

Abril 1845 4629

Maio 1617 5080

Junho 1558 7612

Julho 2257 9666

Agosto 3465 11231

Setembro 1935 7798

Outubro 1700 5087

Novembro 1325 3223

Dezembro 1628 3072

Total 21580 65244

Entradas de Visitantes e Dormidas (1993)

Portugal

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MEDIDAS E INDICADORES ESTATÍSTICOS NO TURISMO

Introdução ao Turismo118

8. TAXA DE PARTIDA

Permite determinar a % de população de um determinado país ou

região que goza férias fora da sua residência habitual por um período superior a 4 dias.

100 x Pt

VTP(b)

V – nº de viagens efectuadas no período em

estudo

Pt – população total do país com mais de 15

anos

Taxa de Partida Bruta

100 x Pt

PfTP(l)

Taxa de Partida Líquida

Pf – nº de pessoas que partem para férias fora

da área de residência habitual pelo menos uma

vez

Pt – população total do país com mais de 15

anos

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MEDIDAS E INDICADORES ESTATÍSTICOS NO TURISMO

Introdução ao Turismo119

8. TAXA DE PARTIDA

Permite determinar a % de população de um determinado país ou

região que goza férias fora da sua residência habitual por um período superior a 4 dias.

100 x Pt

PfeTP(e)

Pfe – nº de pessoas que partem para férias no

estrangeiro

Pt – população total do país com mais de 15

anos

Taxa de Partida para o Estrangeiro

Países %

Alemanha 68

Reino Unido 65

Suécia 65

França 17

Espanha 12

Portugal 9

Taxa de Partida para o Estrangeiro

1999

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CASO

Introdução ao Turismo120

Analise, comente e critique o seguinte extracto de texto:

“Na sociedade global e Mcdonaldizada, as pessoas confiam nos meios óptimos previamente descobertos e institucionalizados nos vários domínios, os quais podem ser parte da tecnologia, escritos nas regras da organização, ou ensinado aos empregados no processo de socialização ocupacional.

Porém, a eficiência encerra em si algumas irracionalidades resultantes das próprias ineficiências imprevistas, e da desumanização a que trabalhadores e consumidores são vitimas.

No domínio do turismo, a eficiência tem o seu exemplo máximo nos pacotes de viagem, que por um preço razoável oferecem a possibilidade de visitar locais longínquos, e o que de mais interessante se pode ver nesses locais. A eficiência neste tipo de experiência implica contudo que a apreensão por parte do turista da totalidade do local de visita, seja feita no menor espaço de tempo”.

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CASO

Introdução ao Turismo121

Conclusões:

O conceito de turismo desde que surgiu sofreu algumas alterações, a visão do passado em relação a uma actividade turística em que as pessoas viajavam para experimentar algo de novo e diferente, sofreu uma profunda alteração com a emergência de uma perspectiva moderna em relação ao turismo.

O turismo, tal como outros aspectos da sociedade, sofreu um processo de McDonaldização, onde as relações são dominadas por um carácter eficiente, calculável e previsíveis. Os indivíduos viajam para outros locais de forma a experimentarem muito daquilo que experimentam na sua vida diária. Por isso as pessoas procuram nas suas viagens:

- Férias previsíveis: o turista nas suas deslocações espera ser confrontado com poucas ou mesmo nenhumas situações imprevistas. Esperando encontrar no local de destino, o conjunto de facilidades presentes no seu dia a dia.

- Férias eficientes: Daqui advém o sucesso dos pacotes de viagem, que por pouco dinheiro pretendem oferecer a totalidade de um destino turístico.

- Férias altamente calculáveis: O turista antes de viajar, pretende saber quanto vai custar a viagem, ter acesso a itinerários que definam aonde ele vai estar a determinada altura e quanto tempo vai lá estar.

- Férias controladas: A situação de controlo está presente, no caso dos parques temáticos, ao conjunto de diversões tecnológicas e mecânicas que se impõe aos indivíduos controlando a sua acção e vontade.

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CASO

Introdução ao Turismo122

O turismo virtual, o qual iria preparar o turista não só para as suas viagens, como no caso dos destinos mais longínquos irá mesmo substituir a própria viagem. Sucede porém que estas novas formas de turismo, seguem ainda os princípios básicos da sociedade “Mcdonalizada”:

- Eficiência: Através da realidade virtual, o indivíduo pode visitar um local longínquo e exótico, no conforto da sua sala, sem ter que se deslocar realmente a esse destino.

- Previsibilidade: A visita virtual e mais previsível do que a real, não existe qualquer tipo de surpresa.

- Calculabilidade: O tempo da viagem e o seu custo são definidos à partida- Controlo da tecnologia não humana: Exerce grande influência no domínio das

viagens virtuais, e em consequência sobre a acção do turista virtual.

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Conceito básicos de turismo

Introdução ao Turismo123

A industria turística insere-se sector dos serviços. Tal como qualquer outro serviço tem as seguintes características:

1. Intangíveis - Ao contrário dos outros produtos, não podem ser vistos, sentidos, ouvidos ou cheirados antes da compra.

2. Inseparáveis - Os serviços são produzidos e consumidos em simultâneo.

3. Heterogéneos - Os serviços são muito variáveis. Dependem de quem os presta, onde são prestados.

4. Perecíveis - Os serviços não podem ser armazenados.

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Conceito básicos de turismo

Introdução ao Turismo124