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MINISTÉRIO DA SAÚDE FLORIANÓPOLIS - SC EDIÇÃO 3 - 2015/1 Módulo 1 Introdução ao Curso EM SAÚDE MENTAL EM SAÚDE MENTAL CRISE E URGÊNCIA

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Modulo crise

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  • MINISTRIO DA SADE

    FLORIANPOLIS - SCEDIO 3 - 2015/1

    Mdulo 1Introduo ao Curso

    EM SADE MENTALEM SADE MENTAL

    CRISE E URGNCIA

  • GOVERNO FEDERALPresidncia da RepblicaMinistrio da SadeSecretaria de Gesto do Trabalho e da Educao na Sade (SGTES)Departamento de Gesto da Educao na Sade (DEGES)Coordenao Geral de Sade Mental, lcool e outras Drogas Universidade Aberta do Sistema nico de sade (UNA-SUS)

    UNIVERSIDADE FEDERAL DE SANTA CATARINAReitora Roselane NeckelPr-Reitor de Extenso Edison da RosaDiretor do Centro de Cincias da Sade Srgio Fernando Torres de FreitasChefe do Departamento de Enfermagem Maria Itayra Padilha

    EQUIPE DO CURSO NA UFSCCoordenao Geral do Projeto e do Curso Maria Terezinha ZeferinoAssessoria Pedaggica Maria do Horto Fontoura CartanaSupervisor de Tutoria e conteudista de referncia Marcelo Brandt FialhoApoio ao AVEA Jader Darney EspndolaSecretaria Viviane dos SantosApoio Manoela Ziegler Huber

    EQUIPE TCNICA DO MINISTRIO DA SADEAlexandre Medeiros de FigueiredoCristoph Boteri SurjusDaniel Mrcio Pinheiro de LimaFelipe Farias da SilvaJaqueline Tavares de AssisKarine Dutra Ferreira da CruzKeyla KikushiLuciana Togni de Lima e Silva SurjusMauro Pioli RehbeinMnica Diniz DuresRoberto Tykanori KinoshitaThais Soboslai

    ORGANIZADORES DO MDULOMaria Terezinha Zeferino - UFSCJeferson Rodrigues - UFSCJaqueline Tavares de Assis - MS

    REVISORESKarine Dutra Ferreira da Cruz - MSKtia Cilene Godinho Bertoncello - UFSCMaria Gabriela Curubeto Godoy - MS

    AUTORES DO MDULOUnidade 1: Maria Terezinha Zeferino, Jeferson Rodrigues, Maria do Horto Fontoura CartanaUnidade 2: Eleonora Milano Falco Vieira, Marialice de Moraes, Giovana Schuelter

    EQUIPE DE PRODUO DE MATERIALCoordenao Geral Eleonora Milano Falco VieiraCoordenao de Produo Giovana SchuelterDesign Instrucional Mrcia Melo BortolatoReviso Textual e ABNT Ktia Cristina dos Santos, Marisa Monticelli, Wemylinn AndradeDesign Grfico Fabrcio SawczenDesign de Capa Rafaella Volkmann PaschoalProjeto Editorial Fabrcio SawczenAjustes edio 3 - Francielli Schuelter

  • Mdulo 1Introduo ao Curso

    FLORIANPOLIS - SCLORIANPOLLORIANPOLORIANPOLORIANPOLOOOO IIIIAAAA OOOOPOO OPO OFFLLLLLLLFFFFFFFFFFFFUFSC

    EDIO 3 - 2015/1

    MINISTRIO DA SADE

    EM SADE MENTALEM SADE MENTAL

    CRISE E URGNCIA

  • Impresso no Brasil / Printed in Brazil

    Z44c Zeferino, Maria Terezinha. Crise e Urgncia em Sade Mental: introduo ao curso / Maria Terezinha Zeferino, Jeferson Rodrigues, Jaqueline Tavares de Assis (orgs.). 3 Edio Florianpolis (SC): Universidade Federal de Santa Catarina, 2015. 52 p.

    ISBN: 978-85-8328-019-4

    1. Sade Mental Educao. 2. Sade Mental Crise e Urgncia. I. Rodrigues, Jeferson. II. Assis, Jaqueline Tavares de. III. Ttulo.

    CDD 362.204

  • Carta ao EstudanteBem-vindo ao Curso Crise e Urgncia em Sade Mental.

    Este Curso provm de uma parceria entre o Ministrio da Sade (MS)Universidade Aberta do Sistema nico de Sade (UNA-SUS)Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC). dirigido aos trabalhadores da Rede de Ateno Sade (RAS) visando qualificar o trabalho na ateno sade mental. O Curso abordar situaes de crises mais prevalentes e urgncia em sade mental e suas principais possibilidades de cuidado, incluindo aquelas relacionadas ao uso/abuso de lcool e outras drogas, bem como os desafios para o atendimento nas RAS. As disciplinas, os contedos e os exerccios que compem o material didtico foram desenvolvidos por professores nacionalmente renomados na rea.

    Este mdulo introdutrio visa fornecer informaes sobre o Curso e seu desenvolvimento. A primeira unidade tratar dos aspectos formais do Curso, como carga horria, abordagem pedaggica, contedos, exerccios e avaliao. A segunda unidade tratar da modalidade de educao a distncia, eleita para desenvolver e materializar o Curso. Na unidade 2, voc far alguns exerccios para auxiliar sua ambientao com a plataforma utilizada.

    Como o Curso foi projetado especialmente para voc, trabalhador dos diferentes pontos da Rede de Ateno Psicossocial (RAPS), as reflexes sobre sua prtica profissional interdisciplinar so essenciais para o alcance dos objetivos. Por isto, desde j, contamos com seu comprometimento com o Curso para a construo do conhecimento e, principalmente, a qualificao da prtica de cuidado no campo da ateno psicossocial.

    Desejamos que voc aprecie o tempo em que estaremos juntos e que este Curso lhe proporcione uma melhor qualificao em sua prtica profissional para a efetivao do Sistema nico de Sade (SUS).

    Prof Dra. Maria Terezinha Zeferino Coordenadora do Curso

    Crise e Urgncia em Sade Mental

  • Objetivo GeralConhecer o Curso Crise e Urgncia em Sade Mental em sua organizao, contedos curriculares, abordagem pedaggica e avaliao. Conhecer as bases da educao a distncia e familiarizar-se com o Ambiente Virtual de Ensino e Aprendizagem.

    Carga Horria10 horas.

  • Sumrio

    Unidade 1 Organizao do Curso Crise e Urgncia em Sade Mental .......................... 11

    1.1 Formao e educao permanente na Rede de Ateno Psicossocial ..............................................................................................11

    1.2 Curso Crise e Urgncia em Sade Mental .................................... 151.2.1 Equipe ................................................................................................................. 161.2.2 Pblico-Alvo .....................................................................................................171.2.3 Competncias esperadas do egresso ......................................................171.2.4 Modalidades educacionais previstas .......................................................17

    1.3 Contedos e organizao ...................................................................181.4 Orientao pedaggica ........................................................................191.5 Avaliao do aluno ...............................................................................211.6 Certificao do aluno ......................................................................... 22Resumo da Unidade ................................................................................. 23Leitura complementar .............................................................................. 24Referncias .................................................................................................. 25

    Unidade 2 educao a distncia (EaD) e ambiente virtual de ensino e aprendizagem (AVEA) ........................................................................... 27

    2.1 EaD: conceitos, caractersticas e princpios ..................................................272.2 EaD no Curso Crise e Urgncia em Sade Mental ................... 292.3 Estudo na modalidade EaD ............................................................. 302.4 AVEA: conceitos, caractersticas e principais ferramentas -

    Moodle .....................................................................................................312.4.1 Caractersticas do AVEA no Curso ..........................................................322.4.2 Ferramentas usadas no Curso ..................................................................33

    Resumo da Unidade .................................................................................. 35Leitura complementar .............................................................................. 35Referncias .................................................................................................. 36

    Encerramento do Mdulo ............................... 37

  • Anexo I Plano do Curso Crise e Urgncia em Sade Mental ..................................................39

    Mdulo 1 - Introduo ao Curso ........................................................... 39Mdulo 2 - Fundamentos da ateno crise e urgncia

    em sade mental .................................................................................. 42Mdulo 3 - Organizao da ateno psicossocial crise

    em rede de cuidado ............................................................................ 46Mdulo 4 - O cuidado s pessoas em situaes de crise e

    urgncia na perspectiva da ateno psicossocial ...................... 49

  • 01

    Organizao do CursoCrise e Urgncia

    em Sade Mental

    Autores:Maria Terezinha Zeferino

    Jeferson RodriguesMaria do Horto Fontoura Cartana

  • Organizao do Curso Crise e Urgncia em Sade Mental

    Introduo ao Curso 11

    Unidade 1 Organizao do curso crise e urgncia em sade mental Objetivo: Conhecer as caractersticas gerais do Curso.

    Carga horria: 5 horas.

    1.1 Formao e educao permanente na Rede de Ateno PsicossocialAs pessoas vivem em contextos de relaes e, em algumas situaes, elas vivenciam estados de angstia associados a eventos que ameaam suas integridades. O territrio sanitrio deve estar preparado para responder s necessidades e demandas dessas pessoas (CASSELL, 2004). No momento atual, o contexto brasileiro, que envolve a ampliao das respostas ao processo sade-sofrimento-doena, tem sido pauta de diversas polticas estratgicas.

    No Brasil, a Reforma Psiquitrica e Sanitria, a Constituio da Repblica Federativa, a criao do Sistema nico de Sade, a descentralizao e distritalizao dos servios, a regionalizao da sade e a constituio dos pactos pela sade esto, de certo modo, sintetizadas no Decreto n 7.508, que regulamenta o SUS (BRASIL, 2011a).

  • Unidade 1

    Zeferino, Rodrigues, Cartana12

    Esta normativa conceitua:

    Regio de Sade - espao geogrfico contnuo constitudo por agrupamentos de Municpios limtrofes, delimitado a partir de identidades culturais, econmicas e sociais e de redes de comunicao e infraestrutura de transportes compartilhados, com a finalidade de integrar a organizao, o planejamento e a execuo de aes e servios de sade. Rede de Ateno Sade - conjunto de aes e servios de sade articulados em nveis de complexidade crescente, com a finalidade de garantir a integralidade da assistncia sade (BRASIL, 2011a, p. 1-2).

    De acordo com o Ministrio da Sade, para ser instituda a regio de sade, esta deve conter, dentre suas aes e servios mnimos, a ateno psicossocial. O acesso universal aos servios de sade se inicia pelas Portas de Entrada do SUS e se completa na rede regionalizada e hierarquizada, de acordo com a demanda e a complexidade de cada servio. Dentre as portas de entrada esto as aes e os servios de sade contemplados nas Redes de Ateno Sade, quais sejam: I - de ateno primria; II - de ateno de urgncia e emergncia; III - de ateno psicossocial; e IV - especiais de acesso aberto (BRASIL, 2010; BRASIL, 2011a, p. 9-10).

    O modus operandi da organizao do sistema de sade realizado atualmente atravs de Redes de Ateno (BRASIL, 2010). Redes de Ateno Sade (RASs) so arranjos organizativos de aes e servios de sade, de diferentes densidades tecnolgicas que, integradas por meio de sistemas de apoio tcnico, logstico e de gesto, buscam garantir a integralidade do cuidado (BRASIL, 2010). O conceito de RAS serviu de base para a constituio da RAPS, que visa ampliao de acesso e qualidade das aes de sade, de maneira a consolidar um modelo de ateno psicossocial de incluso das pessoas com sofrimento psquico e/ou transtornos mentais, uso/abuso de lcool, crack e outras drogas (BRASIL, 2011b).

  • Organizao do Curso Crise e Urgncia em Sade Mental

    Introduo ao Curso 13

    A proposta da RAPS visa garantir o acesso universal, ofertando cuidado integral com qualidade e baseado na interdisciplinaridade. Deste modo, a RAPS contm diferentes pontos de ateno para atender as pessoas em sofrimento psquico e com necessidades decorrentes do uso abusivo de lcool, crack e outras drogas (BRASIL, 2011b), sintetizadas no quadro abaixo:

    Quadro 1 - Componentes e pontos de ateno da RAPS

    Ateno Bsica Unidade Bsica de Sade, Equipes de Ateno Bsica para Populaes em Situaes Especficas

    Ateno Psicossocial Especializada/Estratgica Centros de Ateno Psicossocial

    Ateno de Urgncia e Emergncia

    SAMU 192, Sala de Estabilizao, Unidade de Pronto Atendimento, Pronto-Socorro, Unidades

    Bsicas de Sade, Centros de Ateno Psicossocial

    Ateno Residencial de Carter Transitrio

    Unidade de Acolhimento, Servios de Ateno em Regime Residencial

    Ateno Hospitalar Enfermaria Especializada, Servio Hospitalar de Referncia

    Estratgias de Desinstitucionalizao

    Residncias Teraputicas, Programa de Volta para Casa

    Reabilitao Psicossocial Empreendimentos solidrios e cooperativas sociais

    Fonte: adaptado de Ministrio da Sade (BRASIL, 2011b).

    Concomitante consolidao da RAPS, demanda-se a atualizao e qualificao dos trabalhadores em sade para atender sob esta nova perspectiva de rede, pois novas formas de cuidado em sade requerem que os profissionais que as concretizem recebam formao para desenvolv-las. A atualizao dos profissionais no campo da ateno psicossocial desafiadora, particularmente, neste momento, quando as transformaes das formas de cuidar em sade mental necessitam reflexes crticas sobre o contexto do cuidado, garantam os direitos

  • Unidade 1

    Zeferino, Rodrigues, Cartana14

    dos usurios e familiares e concretizem em seu mbito de atuao o SUS universal, equitativo e integral.

    A consolidao da RAPS pressupe ampliar o cuidado e acesso s pessoas em situao de crise e urgncia em sade mental, constituindo um lugar para suas demandas. Este Curso parte do pressuposto que a pessoa em suas necessidades e desejos que indicam o cuidado singular a ser prestado. A partir das diretrizes da poltica de sade mental o processo de constituio da RAPS foi orientado por objetivos que devem estar refletidos na prtica dos servios da rede. Entre os objetivos especficos definidos destacamos a promoo de mecanismos de formao permanente aos profissionais de sade (BRASIL, 2011b, p. 2) e, para alcanar esta nova formao profissional, ela se d a partir da troca, da reciprocidade e da integrao entre diferentes reas de conhecimento e servios.

    Nesse contexto, o Ministrio da Sade, rea Tcnica de Sade Mental, lcool e outras drogas, junto com a UNA-SUS e a Secretaria de Gesto do Trabalho e da Educao na Sade (SGTES) firmaram parceria para a execuo deste Curso com a UFSC.

    No campo da formao, a UFSC tem participado ativamente nas experincias de projetos de educao permanente, em parceria com o Ministrio da Sade, atravs da UNA-SUS, como a Especializao em Sade da Famlia (2009), a Gesto da Assistncia Farmacutica (2011) e o Curso de Especializao em Linhas de Cuidado (2011-2014). Esses Cursos desenvolvem-se na modalidade de educao a distncia e seus coordenadores, professores, tutores e outros envolvidos trabalham integradamente para potencializar o investimento pblico em cursos de qualidade e abrangncia necessrios ao nosso pas.

  • Organizao do Curso Crise e Urgncia em Sade Mental

    Introduo ao Curso 15

    Saiba Mais

    Para conhecer a pgina dessas especializaes acesse: http://unasus.ufsc.br/saudedafamiliahttp://unasus.ufsc.br/gestaofarmaceuticahttp://unasus.ufsc.br/lcenfermagem

    Dessa forma, colocamos sua disposio nossa experincia para, juntos, compartilharmos essa oportunidade em prol de transformaes profissionais e institucionais promotoras da qualidade em sade da populao.

    Lembramos que, no Mdulo 3, voc se debruar com maior profundidade sobre a RAPS, explorando suas diferentes formas de organizao e funcionamento para responder s demandas das pessoas em situao de crise e urgncia em sade mental.

    1.2 Curso Crise e Urgncia em Sade MentalO Curso Crise e Urgncia em Sade Mental uma estratgia de educao permanente necessria ao contexto atual da RAPS, pois a pessoa em crise evidencia uma situao complexa, que desafia a reestruturao da sade mental no Brasil a encontrar respostas tcnicas, polticas e afetivas para esta demanda.

    Os desafios emanados das transformaes do cuidado em ateno psicossocial tambm recaem nas universidades como espaos singulares e coletivos de trocas. Tem em sua gama de atribuies a formao do profissional, em especial cursos que desenvolvam conhecimento e competncias na ateno crise e urgncia no campo da sade mental. Diante disso, esse Curso foi planejado para responder aos profissionais que atuam na rea frente questo de como cuidar das pessoas em situao de crise e urgncia na perspectiva da RAPS. Pretende-se com isso atualizar os trabalhadores da RAS, em especial da RAPS, em relao ao cuidado em situaes de crise e urgncia em sade mental.

  • Unidade 1

    Zeferino, Rodrigues, Cartana16

    1.2.1 EquipeCoordenadora Geral: Dra. Maria Terezinha Zeferino a responsvel pelo Curso. Coordena, acompanha e avalia o processo de planejamento, organizao e execuo e representa o Curso na relao com os rgos de fomento.

    Assessora Pedaggica: Dra. Maria do Horto Fontoura Cartana responsvel pela orientao didtico-pedaggica do Curso, acompanha e assessora a discentes e docentes e contribui na elaborao de materiais didticos.

    Supervisor de Tutoria: Marcelo Brandt Fialho responsvel pelo acompanhamento do processo de seleo, capacitao, atualizao, organizao do trabalho, apoio e superviso tcnica dos professores tutores.

    Apoio ao AVEA: Jader Darney Espndola responsvel por gerenciar o AVEA e oferecer suporte tcnico.

    Secretaria: Viviane dos Santos tem em seu encargo as atividades administrativas referentes a matrcula, acompanhamento e certificao dos alunos. responsvel pela guarda e expedio da documentao escolar, mantendo atualizados os registros no sistema informatizado.

    Apoio: Manoela Ziegler Huber acompanha o curso, auxiliando em todas as suas etapas.

    Professores Conteudistas: Ana Marta Lobosque, Antnio Lancetti, Eleonora Milano Falco Vieira, Giovana Schuelter, Jeferson Rodrigues, Marialice de Moraes, Marcelo Brandt Fialho, Maria do Horto Fontoura Cartana, Maria Terezinha Zeferino, Polbio Jos de Campos e Sabrina Stefanello so os responsveis pela escrita das unidades dos mdulos do Curso.

  • Organizao do Curso Crise e Urgncia em Sade Mental

    Introduo ao Curso 17

    Professores Tutores: so profissionais capacitados para acompanhar o processo ensino-aprendizagem dos alunos do Curso.

    Equipe de Elaborao de Materiais Instrucionais: so profissionais editores, designers instrucionais e grficos, especialistas em comunicao e meios tcnicos.

    1.2.2 Pblico-AlvoProfissionais com formao em nvel universitrio que atuam no cuidado em sade mental na RAS, em especial na RAPS e na Rede de Urgncia e Emergncia (RUE)

    1.2.3 Competncias esperadas do egresso Ao final do Curso, os participantes devero estar aptos para: cuidar das pessoas em situaes de crise e urgncia em sade mental, considerando situaes mais prevalentes, principais abordagens e possibilidades de manejo/cuidado, incluindo aquelas relacionadas ao uso e abuso de lcool, crack e outras drogas, bem como os desafios para o atendimento nas Redes de Ateno Sade.

    1.2.4 Modalidades educacionais previstasTrata-se de um Curso de atualizao profissional com 100 horas de durao e 90 dias de execuo, todo realizado a distncia. Ser desenvolvido em quatro mdulos e suas respectivas unidades de ensino. Cada mdulo ter como referncia para estudo um texto em PDF e online e vdeos.

    A dinmica da modalidade de Educao a Distncia proporcional organizao do estudo e ao desempenho do aluno.

  • Unidade 1

    Zeferino, Rodrigues, Cartana18

    1.3 Contedos e organizao O Curso est organizado com os contedos divididos em quatro mdulos, sendo cada um deles escrito por especialista da rea e cuidadosamente preparado para aplicao na modalidade a distncia. Veja no quadro a seguir:

    Quadro 2 - Estrutura do Curso Crise e Urgncia em Sade Mental

    Nome e Ementa do Mdulo Carga Horria

    Mdulo 1 - Introduo ao Curso.Ementa: Organizao geral do Curso. Ensino a Distncia e Ambiente Virtual de Ensino e Aprendizagem.

    10 h/a

    Mdulo 2 - Fundamentos da ateno crise e urgncia em sade mental.Ementa: Aspectos histricos e conceituais da ateno crise e urgncia em sade mental.

    30 h/a

    Mdulo 3 - Organizao da ateno psicossocial crise em rede de cuidado.Ementa: Organizao em rede para ateno integral s pessoas em situaes de crise e urgncia em sade mental e espectros clnicos da crise.

    30 h/a

    Mdulo 4 - O cuidado s pessoas em situaes de crise e urgncia na perspectiva da ateno psicossocial.Ementa: O cuidado das pessoas nas situaes mais frequentes de crise e urgncia em sade mental.

    30 h/a

    Fonte: elaborado pelos autores.

    Voc pode ver mais detalhadamente, o que vai ocorrer em cada mdulo no Anexo I (pgina 38).

  • Organizao do Curso Crise e Urgncia em Sade Mental

    Introduo ao Curso 19

    1.4 Orientao pedaggicaEste um Curso de atualizao, como voc j sabe. O que isto significa? Em termos prticos significa que com este Curso voc ir aumentar seus conhecimentos sobre o tema. Mas tambm significa que com esses novos conhecimentos voc poder situar-se melhor no seu trabalho, analisando-o de novas formas e, principalmente, poder construir alternativas para melhorar o atendimento populao.

    Voc far este movimento de construo de alternativas para a prtica, fundamentado em uma abordagem pedaggica denominada problematizao, cuja base est em Paulo Freire. Esta abordagem pedaggica composta das etapas: observao da realidade, reflexo sobre ela, construo de alternativas fundamentadas na teoria e a aplicao destas na realidade (BORDENAVE, PEREIRA, 2006; FREIRE, 1997).

    A problematizao se desenvolver a partir dos materiais que os professores planejaram e do processo de avaliao, seguindo a lgica descrita acima que, por sua vez, coerente com a proposta na Poltica Nacional de Educao Permanente em Sade. Contamos com voc para que, de fato, a orientao pedaggica se concretize, ou seja, que voc participe ativamente de sua formao, deseje transformar sua prtica profissional, reflita sobre seu processo de trabalho, estude os contedos, construa alternativas relevantes para a soluo dos problemas e aplique as alternativas na prtica.

    Como um curso na modalidade a distncia, esto disponibilizados vrias ferramentas e materiais para seu aprendizado. Vamos explicar o que esperado de voc em cada um:

    Contedo em PDF: Acessvel para voc salvar em seu computador e imprimir, caso deseje. Voc dever ler e estudar este contedo.

  • Unidade 1

    Zeferino, Rodrigues, Cartana20

    Contedo online: O contedo igual ao anterior, porm disposto de maneira mais interativa e dinmica. Voc dever ler e estudar este contedo.

    Frum: uma atividade de aprendizagem e avaliativa. Ferramenta para comunicao entre os alunos de um mesmo grupo e seu tutor. Para esta ferramenta as discusses sero orientadas pelos casos clnicos. Voc dever participar ativamente de cada frum, colocando suas reflexes, contribuies, dvidas e crticas. Pois essa atividade permitir a voc desenvolver competncias clnicas relacionadas ao atendimento de pessoas em situaes de crise.

    Chat: Ferramenta para comunicao sncrona (em tempo real) entre alunos do mesmo grupo de trabalho. O chat ser aberto ao incio do curso e ficar disponvel at o final. Sendo utilizado para que os participantes se conheam melhor, troquem experincias, dvidas, sugestes.

    Narrativa: Espao para que voc possa relatar sua trajetria profissional enquanto trabalhador da RAPS/RUE.

    Exerccio Avaliativo Interativo (EAI): uma atividade de aprendizagem e avaliativa. Ao final de cada mdulo voc dever responder s perguntas de mltipla escolha, com apenas uma alternativa correta. Cada vez que voc escolher uma opo receber automaticamente uma resposta comentada, sendo que poder fazer quantas tentativas quiser at obter a nota de aprovao.

    Como voc pode perceber, este Curso no somente para adquirir novos conhecimentos, mas tambm para que voc reflita, transforme a realidade e a (re)construa, em seu mbito de atuao.

  • Organizao do Curso Crise e Urgncia em Sade Mental

    Introduo ao Curso 21

    Saiba Mais

    Consulte o texto indicado para ampliar o seu conhecimento.BRASIL. Portaria MS n 1.996, de 20 de agosto de 2007. Dispe sobre as diretrizes para a implementao da Poltica Nacional de Educao Permanente em Sade. Dirio Oficial da Unio. Braslia, DF, 22 ago. 2007. Disponvel em:

    1.5 Avaliao do alunoA avaliao neste Curso coerente com a proposta pedaggica da problematizao e com a modalidade de educao a distncia. Por isto, vamos acompanhar tanto a aquisio dos novos contedos quanto as leituras da realidade, construo de alternativas e aplicao que voc far em seu ambiente de trabalho.

    A avaliao de sua aprendizagem ser atravs de exerccios avaliativos interativos. E para avaliar a competncia de aplicao realidade dos contedos desenvolvidos, sero utilizadas as discusses e resolues dos casos clnicos elaboradas nos fruns, sob a orientao e avaliao do tutor.

    Seu desenvolvimento no Curso ter o acompanhamento do professor tutor e da equipe coordenadora do Curso, de maneira que todos possam participar de seus xitos e auxiliar nas dificuldades que porventura se apresentarem.

  • Unidade 1

    Zeferino, Rodrigues, Cartana22

    1.6 Certificao do alunoSeu certificado ser registrado na UFSC Pr-Reitoria de Extenso. A mdia para aprovao e certificao 6 (seis). As atividades que compem essa mdia so os EAI com peso de 60% da nota e os fruns com peso de 40%. Portanto indispensvel que voc participe de todas as atividades.

    Cumprido este critrio e tendo sido enviada a documentao necessria, o certificado ser encaminhado para seu e-mail, 30 dias aps o encerramento da edio do Curso.

  • Organizao do Curso Crise e Urgncia em Sade Mental

    Introduo ao Curso 23

    Resumo da Unidade Voc conheceu nesta primeira unidade as caractersticas gerais do Curso Crise e Urgncia em Sade Mental. Teve uma primeira aproximao com as RAS, especialmente com a RAPS e compreendeu o necessrio investimento em educao permanente para que esta Rede avance no SUS. Continue conosco, pois temos vrias informaes para compartilharmos com voc!

  • Unidade 1

    Zeferino, Rodrigues, Cartana24

    Leitura complementarMENDES, E. V. As redes de ateno sade. Braslia: Organizao Pan-Americana da Sade. Disponvel em:

  • Organizao do Curso Crise e Urgncia em Sade Mental

    Introduo ao Curso 25

    RefernciasBORDENAVE, J. D.; PEREIRA, A. M. Estratgias de ensino-aprendizagem. 27. ed. Petrpolis: Vozes, 2006.

    BRASIL. Ministrio da Sade. Portaria n 4.279, de 30 de dezembro de 2010. Estabelece diretrizes para a organizao da Rede de Ateno Sade no mbito do sistema nico de sade (SUS). Dirio Oficial da Unio, Braslia, DF, 31 dez. 2010.

    BRASIL. Ministrio da Sade. Decreto n 7.508, de 28 de junho de 2011. Regulamenta a Lei n 8.080, de 19 de setembro de 1990, para dispor sobre a organizao do Sistema nico de Sade, o planejamento da sade, a assistncia sade e a articulao interfederativa. Dirio Oficial da Unio, Braslia, DF, 29 jun. 2011a. Seo 1, p. 1.

    BRASIL. Ministrio da Sade. Portaria n 3.088, de 23 de dezembro de 2011. Institui a Rede de Ateno Psicossocial para pessoas com sofrimento ou transtorno mental e com necessidades decorrentes do uso de crack, lcool e outras drogas, no mbito do Sistema nico de Sade. Dirio Oficial da Unio, Braslia, DF, 26 dez. 2011b. Seo 1, p. 230-232.

    CASSELL, E. J. The nature of suffering and the goals of medicine. 2. ed. Oxford, UK: Oxford University Press, 2004.

    FREIRE, P. Pedagogia da autonomia: saberes necessrios prtica educativa. So Paulo: Paz e Terra, 1997.

  • 02

    Educao a Distncia(EaD) e Ambiente Virtual de Ensino e

    Aprendizagem (AVEA)

    Autores:Eleonora Milano Falco Vieira

    Marialice de MoraesGiovana Schuelter

  • Educao a Distncia (EaD) e Ambiente Virtual de Ensino e Aprendizagem (AVEA)

    Introduo ao Curso 27

    Unidade 2 - educao a distncia (EaD) e ambiente virtual de ensino e aprendizagem (AVEA)Objetivo: Conhecer a modalidade de EaD e familiarizar-se com o AVEA do seu Curso.

    Carga horria: 5 horas.

    2.1 EaD: conceitos, caractersticas e princpiosA Educao a Distncia uma modalidade de ensino com caractersticas especiais, que a diferenciam das prticas tradicionais com as quais estamos mais familiarizados. Estudar a distncia traz desafios associados s particularidades desta modalidade e, por isso, importante que voc compreenda esta forma de estudar.

    Como ponto de partida, adotamos o conceito de EaD proposto pelo Ministrio da Educao (MEC), por meio do Decreto 5.622, de 19 de dezembro de 2005:

    [...] para os fins deste Decreto, caracteriza-se a Educao a Distncia como modalidade educacional na qual a mediao didtico-pedaggica nos processos de ensino e aprendizagem ocorre com a utilizao de meios e tecnologias de informao e comunicao, com estudantes e professores desenvolvendo atividades educativas em lugares ou tempos diversos (BRASIL, 2005, p. 1).

  • Unidade 2

    Vieira, Moraes, Schuelter28

    O conceito formal de Educao a Distncia comeou a ser construdo em funo de pesquisas realizadas nos anos 1970 e 1980. Desde ento, esta modalidade de educao passou a ser vista a partir das caractersticas que a determinam ou por seus elementos constitutivos.

    Vrias definies surgiram ao longo dos anos, onde os autores colocam as principais caractersticas da EaD. Preti (1996) comenta a definio de Garcia Aretio, destacando os seguintes elementos:

    distncia fsica professor-aluno: a presena fsica do professor ou do tutor, isto , do interlocutor, da pessoa com quem o estudante vai dialogar, no obrigatria para que se d a aprendizagem. Ela se d de outra maneira, mediada por tecnologia de comunicao virtualmente;

    estudo individualizado e independente: reconhece-se a capacidade do estudante de construir seu caminho, seu conhecimento por ele mesmo, de se tornar autodidata, ator e autor de suas prticas e reflexes;

    processo de ensino-aprendizagem mediatizado: a EaD deve oferecer suporte e estruturar um sistema que viabilize e incentive a autonomia dos estudantes nos processos de aprendizagem;

    uso de novas tecnologias: os recursos tcnicos de comunicao, que hoje tm alcanado um avano espetacular correio, rdio, TV, hipermdia interativa, internet , permitem romper as barreiras das distncias, das dificuldades de acesso educao e dos problemas de aprendizagem por parte dos alunos que estudam individualmente, muito embora no isolados e sozinhos. So essas tecnologias que oferecem possibilidades de estmulo e motivao ao estudante, de armazenamento e divulgao de dados, de acesso s informaes mais distantes e com uma rapidez incrvel;

    comunicao bidirecional: o estudante no mero receptor de informaes, de mensagens. Apesar da distncia, busca-se estabelecer relaes dialgicas, criativas, crticas e participativas.

  • Educao a Distncia (EaD) e Ambiente Virtual de Ensino e Aprendizagem (AVEA)

    Introduo ao Curso 29

    2.2 EAD no Curso Crise e Urgncia em Sade MentalA EaD vem sendo amplamente utilizada nas mais diversas reas de formao possibilitando capacitaes nos espaos onde as pessoas atuam profissionalmente (MORAES; VIEIRA, 2011). Na rea da sade, e aqui, especificamente, no caso dos profissionais que atuam nas redes de sade em geral, ou tratando dos casos de crise, os participantes tm a oportunidade de manterem-se atualizados, levando melhorias aos espaos de atuao profissional.

    A Universidade Aberta do SUS (UnA-SUS) se configura como uma iniciativa do Ministrio da Sade, uma rede colaborativa de instituies acadmicas entre elas a UFSC, servios de sade e gesto do SUS, destina-se a atender s necessidades de formao e educao permanente dos profissionais do SUS.

    Saiba Mais

    O Sistema Universidade Aberta do SUS (UNA-SUS) foi criado pelo Ministrio da Sade em 2010 para atender s necessidades de capacitao e educao permanente dos profissionais de sade que atuam no SUS. Um dos objetivos da UNA-SUS a educao permanente, visando resoluo de problemas presentes no dia a dia dos profissionais de sade que atuam no SUS. Disponvel em:

    A EaD possibilita o aumento da oferta de cursos com caractersticas diferenciadas, permitindo maior abrangncia geogrfica, uma modalidade positiva que vem como opo para alcanar os objetivos almejados em termos de necessidades do Ministrio da Sade na realizao da capacitao de profissionais da Rede de Ateno Psicossocial.

  • Unidade 2

    Vieira, Moraes, Schuelter30

    Para possibilitar maior acesso s informaes, o Curso Crise e Urgncia em Sade Mental, disponibilizar materiais em diferentes formatos, como: livro em PDF, contedo online, vdeos e casos animados, alm de ambiente de estudo para realizao de interaes, pesquisas e atividades de aprendizagem.

    2.3 Estudo na modalidade EaDPara estudar na modalidade a distncia fundamental um planejamento do estudo e, para isto, algumas dicas e estratgias para aprender a estudar a distncia tm suma importncia.

    Definir o seu tempo e o seu espao para estudar fundamental para garantir o seu sucesso em qualquer curso. Ento, vejamos algumas dicas e estratgias que podem ajud-lo a estudar a distncia. Leia com ateno as questes do autodiagnstico (NORTHEDGE, 1998) apresentadas a seguir e anote as suas respostas. Procure refletir sobre essas questes, identificando o seu modus operandi em relao ao seu tempo.

    Diferencio com clareza as atividades urgentes das importantes? Dedico parte significativa de meu tempo para as atividades

    importantes?

    Reviso continuamente minha escala de valores para usar melhor meu tempo?

    Tenho clareza do valor do tempo em minha vida? Utilizo bem cada momento disponvel? Adiciono valor ao tempo que tenho minha disposio?

    Como voc planeja organizar seus estudos para este curso?Vamos tratar do modo como voc dispe e prioriza seuTEMPO DE ESTUDO.

  • Educao a Distncia (EaD) e Ambiente Virtual de Ensino e Aprendizagem (AVEA)

    Introduo ao Curso 31

    Reflita com cuidado sobre suas respostas e conscientize-se de que o tempo o nico recurso no reciclvel que recebemos. Podemos us-lo apenas uma nica vez. Por isso, de extrema importncia que voc saiba utilizar o tempo que tem sua disposio, de forma consciente e proveitosa.

    2.4 AVEA: conceitos, caractersticas e principais ferramentas - MoodleEste Curso tem o seu desenho educacional focado no uso de tecnologias de informaes e comunicao. Mais especificadamente, usar da Internet como mdia principal, o que significa que voc ir acessar os materiais didticos, interagir com seus colegas e tutores, realizar as suas atividades, enfim, estudar e aprender no Ambiente Virtual de Ensino e Aprendizagem - AVEA do Curso. Por isto se faz necessria uma apresentao de significado e caractersticas do espao em que voc realizar seu estudo.

    O termo AVEA, abordado por inmeros autores, relaciona-se, na perspectiva por ns adotada, a:

    sistemas que possibilitam a implantao de cursos via internet. Os mesmos foram elaborados para auxiliar os professores na organizao de contedos para os alunos e na ministrao de um curso permitindo acompanhar constantemente os estudantes (HAHN; PASSERINO, 2011, p. 24).

    Schuelter (2010) sintetiza AVEA como espao onde as interaes e a facilitao da aprendizagem acontecem de forma organizada. Nesse espao virtual, alunos, tutores e demais agentes envolvidos no curso tm acesso a um conjunto variado de ferramentas tecnolgicas de informao e comunicao. Cabe ressaltar, ainda, a colocao de Raaij e Schepern (2008), para os quais o AVEA parte integrante do processo de ensino-aprendizagem, oferecendo uma srie de oportunidades, alm de acesso a diferentes ferramentas de aprendizagem, sem limitao de tempo e lugar.

  • Unidade 2

    Vieira, Moraes, Schuelter32

    Atualmente, existem diversos tipos de Ambiente Virtual de Ensino-Aprendizagem. Nesse Curso, optamos por usar o Moodle - Modular Objetc Oriented Distance Learning. Sistema este que vem sendo amplamente utilizado por instituies de ensino, dentro e fora do Brasil.

    Para ter mais visualizao da importncia do AVEA dentro do Curso, conhea algumas caratersticas destes ambientes.

    2.4.1 Caractersticas do AVEA no CursoO Moodle, Ambiente Virtual de Ensino e Aprendizagem que voc ir utilizar no estudo deste Curso, foi especialmente adaptado para oferecer o mximo de potencialidades e, assim, tornar seu estudo mais tranquilo, produtivo e organizado. Para isto, o ambiente apresenta caractersticas, permitindo que voc possa:

    estudar em diferentes locais em momentos mais convenientes; interagir com colegas e equipe do Curso, estabelecendo

    comunicao e trocas colaborativas;

    ver seu desempenho no Curso, permitindo que avalie se est atingindo as metas propostas;

    pesquisar fontes extras, enriquecendo o processo de aprendizagem; estabelecer o ritmo pessoal de estudo e organizar o prprio

    cronograma de estudo; e

    por fim, gerenciar seu estudo dentro da proposta do Curso.

    Saiba Mais

    HAHN, R. U.; PASSERINO, L. Anlise da ao pedaggica em AVAs: um estudo de caso no MOODLE. Cincia em Movimento, Porto Alegre, ano 8, n. 26, 2011. Disponvel em: . Acesso em: 10 ago. 2013.

  • Educao a Distncia (EaD) e Ambiente Virtual de Ensino e Aprendizagem (AVEA)

    Introduo ao Curso 33

    2.4.2 Ferramentas usadas no CursoNo AVEA preparado para a aplicao deste Curso, tem-se a possibilidade de utilizar diversas ferramentas com objetos distintos, entre eles: disponibilizao de contedos, interaes e avaliao de aprendizado. Sendo este Curso de capacitao, optamos pelo uso de algumas das possibilidades, conforme quadro abaixo:

    Quadro 3 - Objetivos e ferramentas do AVEA

    Objetivos das ferramentas Detalhamento das ferramentas

    Disponibilizaode materiais

    Arquivo nico Contedo em verso PDF.

    Arquivos agrupados Contedo em verso online e casos clnicos interativos.

    Links Links extras ao contedo que permitem direcionar a contedos extras indicados no Curso.

  • Unidade 2

    Vieira, Moraes, Schuelter34

    Interao e Avaliao

    Chat Espao para conversas sncronas (em tempo real) entre os alunos do mesmo grupo de trabalho.

    Mural Espao destinado a avisos relacionados ao andamento do Curso, aqui sero colocadas informaes importantes referentes ao planejamento do Curso, importante que esteja sempre atento.

    Mensagem Espao reservado ao envio de mensagens dentro do prprio AVEA, nesta ferramenta possvel fazer contato com o tutor que estar disponvel para atend-lo durante todo o andamento do Curso.

    Enquete Espao para levantamento de opinies a respeito de assuntos pertinentes ao Curso.

    Exerccio avaliativo interativo Espao onde sero disponibilizadas as questes de avaliao de aprendizado do contedo.

    Frum Espao para discusso e resoluo de casos clnicos relacionados ao contedo de cada mdulo, entre alunos e seu tutor.

    Fonte: elaborado pelos autores.

    Neste mdulo, estamos apenas listando as ferramentas que voc encontrar no AVEA durante o Curso. Para ver o detalhamento e o

    passo a passo de como utilizar cada uma das possibilidades est disponibilizado na sesso Bem Vindos, um guia do ambiente.

    Importante fundamental que voc abra e leia este guia para no ficar com dificuldades de navegao e utilizao dos recursos do curso.

  • Educao a Distncia (EaD) e Ambiente Virtual de Ensino e Aprendizagem (AVEA)

    Introduo ao Curso 35

    Sempre que voc tiver alguma dvida poder recorrer ao guia ou entrar em contato com o seu tutor.

    Resumo da UnidadeNesta unidade voc conheceu o conceito e as caractersticas da educao a distncia, reforando o papel importante do aluno para a conquista das competncias estabelecidas no Curso. Tambm ficaram mais evidentes os desafios que voc precisa superar para utilizar as ferramentas do Ambiente Virtual de Ensino e Aprendizagem.

    Leitura complementarALVES, L. R. G.; NOVA, C. C. Tempo, espao e sujeitos da educao a distncia. In: ______. Internet e educao a distncia. Salvador: Edufba, 2002, v. 1, p. 41-55. Disponvel em: . Acesso em: 10 mar. 2012.

    SCHUELTERN, G.; COELHO, C. C. S. R. Trabalho conjunto entre UFSC e UNA-SUS: inovao no desenvolvimento do curso de especializao em sade da famlia. Florianpolis, 2010. Disponvel em: .

  • Unidade 2

    Vieira, Moraes, Schuelter36

    Acesso em: 10 mar. 2012.

    RefernciasBRASIL. Decreto n 5.622, de 19 de dezembro de 2005. Regulamenta o art. 80 da Lei n 9.394, de 20 de dezembro de 1996, que estabelece as diretrizes e bases da educao nacional. Dirio Oficial da Unio. Braslia, DF, 20 dez. 2005. Disponvel em: . Acesso em: 3 nov. 2013.

    HAHN, R. U.; PASSERINO, L. Anlise da ao pedaggica em AVAs: um estudo de caso no MOODLE. Cincia em Movimento, Porto Alegre, ano 8, n. 26, 2011. Disponvel em: . Acesso em: 10 ago. 2013.

    MORAES, M.; VIEIRA, E. M. F. Introduo EaD. Florianpolis, SC: Departamento de Cincias Contbeis; UFSC, 2011.

    NORTHEDGE, A. Tcnicas para estudar com sucesso. Florianpolis: EdUFSC, 1998.

    PRETI, O. Educao a distncia: uma prtica educativa mediadora e mediatizada. In: ______. Educao a distncia: incios e indcios de um percurso. Cuiab: NEAD/IE-UFNT, 1996.

    RAAIJ, E. M.; SCHEPERS, J. J. L. The acceptanceand use of a virtual learning environment in China. Computers & Education, v. 50, n. 3, p. 838-852, abr. 2008. Disponvel em: . Acesso em: 10 ago. 2013.

    SCHUELTER, G. Modelo de educao a distncia empregando ferramentas e tcnicas de gesto do conhecimento. 210 f. Tese (Doutorado em Engenharia e Gesto do Conhecimento) Universidade Federal de

  • Educao a Distncia (EaD) e Ambiente Virtual de Ensino e Aprendizagem (AVEA)

    Introduo ao Curso 37

    Santa Catarina, Centro Tecnolgico. Programa de Ps-Graduao em Engenharia e Gesto do Conhecimento. Florianpolis, SC, 2010.

    Encerramento do MduloCom este Mdulo foi dada a largada ao seu Curso.

    Na primeira unidade, voc tomou conhecimento da origem, trajetria e concepo da proposta do Curso Crise e Urgncia em Sade Mental, suas bases tericas e metodolgicas. Em seguida, na segunda unidade, foi apresentada a modalidade escolhida para sua realizao a EAD, sua estrutura e dinmica, de forma a integr-lo na caminhada a ser desenvolvida.

    Agora que voc j conhece o porqu do Curso e como ele foi organizado, voc pode definir seu ritmo de estudo para melhor aproveit-lo. O seu protagonismo precisa ser exercido para o alcance de suas metas e, para tanto, requer sua dedicao!

    Saiba que, de nossa parte, o esforo no menor, e estamos certos de que o Curso far diferena na sua atuao profissional! Por isso, apostamos nessa formao permanente de qualidade!

    Na sequncia, voc ir explorar o Ambiente Virtual de Ensino e Aprendizagem, que ser a ferramenta tecnolgica imprescindvel para seu progresso no Curso!

    Sucesso e bom trabalho!

  • Unidade 2

    Vieira, Moraes, Schuelter38

  • Anexo

    Plano do CursoCrise e Urgncia

    em Sade Mental

  • Plano do Curso Crise e Urgncia em Sade Mental

    Introduo ao Curso 39

    Anexo

    Plano do CursoCrise e Urgncia

    em Sade Mental

    Anexo I Plano do Curso Crise e Urgncia em Sade Mental

    Mdulo 1 - Introduo ao CursoCoordenadora do Curso Maria Terezinha Zeferino

    Organizadores do mdulo Maria Terezinha Zeferino - UFSCJeferson Rodrigues - UFSCJaqueline Tavares de Assis - MS

    Conteudista unidade 1Maria Terezinha ZeferinoJeferson RodriguesMaria do Horto Fontoura Cartana

    Conteudista unidade 2Eleonora Milano Falco VieiraMarialice de MoraesGiovana Schuelter

    Carga horria 10 h/a

    Ementa Organizao geral do Curso. Ensino a Distncia (EaD) e Ambiente Virtual de Ensino e Aprendizagem.

    Objetivo

    Conhecer o Curso Crise e Urgncia em Sade Mental em sua organizao, contedos curriculares, abordagem pedaggica e avaliao. Conhecer as bases da educao a distncia e familiarizar-se com o Ambiente Virtual de Ensino e Aprendizagem.

  • Anexo I

    40

    Unidade 1 (5 h/a) Organizao do Curso Crise e Urgncia em Sade Mental

    Objetivo: Conhecer as caractersticas gerais do Curso Crise e Urgncia em Sade Mental

    Contedos:1.1 Formao e educao permanente na Rede de Ateno Psicossocial. 1.2 Curso Crise e Urgncia em Sade Mental.1.3 Contedos e organizao. 1.4 Orientao pedaggica.1.5 Avaliao do aluno.1.6 Certificao do aluno.

    Unidade 2 (5 h/a) Educao a Distncia (EaD) e Ambiente Virtual de Ensino e Aprendizagem (AVEA)

    Objetivos: Conhecer a modalidade de EaD e familiarizar-se com o AVEA do seu Curso

    Contedos:2.1 EaD: conceitos, caractersticas e princpios.2.2 EaD no Curso Crise e Urgncia em Sade Mental. 2.3 Estudo na modalidade EaD.2.4 AVEA: conceitos, caractersticas e principais ferramentas Moodle.

    Recursos educacionais

    Livro Texto (pdf/online)Casos clnicos interativosGuia do Ambiente Virtual de Ensino AprendizagemVdeo de Boas Vindas Vdeo Institucional da UFSC

    Avaliao

    Demonstrar conhecimento sobre os princpios do curso e AVEA respondendo aos exerccios propostos na plataforma moodle: - construo e publicao do perfil do aluno;- participao no chat;- participao efetiva nos fruns de acordo com os casos clnicos propostos.

  • Plano do Curso Crise e Urgncia em Sade Mental

    Introduo ao Curso 41

    Avaliao

    - Elaborao e publicao de uma narrativa em forma de sntese reflexivade acordo com a seguinte questo: hoje voc um trabalhador da RAPS/RUE. Explique sua trajetria profissional at este momento.- Exerccio interativo para fixao daaprendizagem composto por cinco questesobjetivas.

    Bibliografia Bsica:

    ARIETO, L. G. La educacin a distancia: de la teora a la prctica. 2. ed. Barcelona: Ariel S.A, 2002.

    BORDENAVE, J. D.; PEREIRA, A. M. Estratgias de ensino-aprendizagem. 27. ed. Petrpolis: Vozes, 2006.

    BRASIL. Portaria MS n 1.996, de 20 de agosto de 2007. Dispe sobre as diretrizes para a implementao da Poltica Nacional de Educao Permanente em Sade. Braslia, DF: Ministrio da Sade, 2007.

    BRASIL. Decreto n 5.622, de 19 de dezembro de 2005. Regulamenta o art. 8 da Lei n 9.394, de 20 de dezembro de 1996, que estabelece as diretrizes e bases da educao nacional. Disponvel em: . Acesso em: 3 nov. 2009.

    BRASIL. Ministrio da Sade. BrasilSUS. Disponvel em: . Acesso em: 14 maio 2012.

    CRISTO, C. S. As prioridades da Secretaria de Ateno Sade e as Redes de Ateno Sade (RAS). In: SEMINRIO DE ALINHAMENTO TERICO E METODOLGICO DAS REDES DE ATENO SADE, 2011, Braslia, DF. Anais... Braslia, DF: Ministrio da Sade, 2011.

    FREIRE, P. Pedagogia da autonomia: saberes necessrios prtica educativa. So Paulo: Paz e Terra, 1997.

    HADDAD, A. E. et al. Poltica Nacional de Educao na Sade. Rev. Baiana de Sade Pblica. Salvador, v. 32, supl. 1, p. 98-114, out., 2008.

    CORDENONSI, A. Z.; BERNARDI, G. Ambientes virtuais de ensino-aprendizagem e objetos educacionais: o dilogo mediado por tecnologias na educao superior. INTER-AO. Gois, v. 35, n. 2, p. 257-258, 2010.

    UNIVERSIDADE FEDERAL DE SANTA CATARINA. Portal Ead. Disponvel em: . Acesso em: 17 abr. 2013.

  • Anexo I

    42

    Mdulo 2 - Fundamentos da Ateno crise e urgncia em sade mental

    Coordenadora do Curso Maria Terezinha Zeferino

    Organizadores do mdulo Maria Terezinha Zeferino - UFSCJeferson Rodrigues - UFSCJaqueline Tavares de Assis - MS

    Conteudista Marcelo Brandt Fialho

    Carga horria 30 h/a

    Ementa Aspectos histricos e conceituais da ateno crise e urgncia em sade mental.

    ObjetivoCompreender o contexto histrico, epistemolgico e social da ateno crise e urgncia em Sade Mental, fazendo a diferenciao entre elas.

    Unidade 1 (30 h/a) - Contextos histricos e concepes tericas da crise e urgncia em sade mental.

    Objetivo: Compreender o contexto histrico, epistemolgico e social da ateno crise e urgncia em sade mental, fazendo a diferenciao entre elas.

    Contedos: 1.1 Contextos histricos e concepes tericas da crise e urgncia em sade mental.1.2 O que crise e o que urgncia.1.3 Ampliando o conceito de crise e urgncia em sade mental.1.4 Conceito de crise focado no contexto do sujeito.1.5 Crise, urgncia e relaes de poder.1.6 Os trabalhadores e o manejo/cuidado nas situaes de crise e urgncia em sade mental.

    Recursos educacionais Livro Texto (pdf/online)Casos clnicos interativos

  • Plano do Curso Crise e Urgncia em Sade Mental

    Introduo ao Curso 43

    Avaliao

    - Participao efetiva nos fruns para discusso e resoluo de dois casos clnicos. O primeiro caso ficar disponvel para discusso no frum 1 durante 10 dias, aps este perodo, ser encerrado e iniciada as discusses do frum 2 com o segundo caso.- Exerccio interativo para fixao daaprendizagem composto por 10 questesobjetivas.

    Bibliografia Bsica:

    AMARANTE, P. (Coord.). Loucos pela vida: a trajetria da Reforma Psiquitrica no Brasil. 2. ed. Rio de Janeiro: FIOCRUZ, 1998.

    AMARANTE, P. Sade mental, desinstitucionalizao e novas estratgias de cuidado. In: GIOVANELLA, L.; ESCOREL, S.; LOBATO, L. V. C. (Org.). Polticas e sistemas de sade no Brasil. Rio de Janeiro: FIOCRUZ - CEBES, 2008. p. 735-759.

    BRASIL. Ministrio da Sade. Diretrizes para a ateno integral s situaes de crise e urgncia em sade mental. CNSM/MS, 2013. (prelo).

    BRASIL. Ministrio da Sade. Lei n 10.216, de 06 de abril de 2001. Dispe sobre a proteo e os direitos das pessoas portadoras de transtornos mentais e redireciona o modelo assistencial em sade mental. Dirio Oficial da Unio, Braslia, DF, 2001.

    COSTA, M. S. Construes em torno da crise. Saberes e prticas na ateno em sade mental e produo de subjetividades. Arquivos Brasileiros de Psicologia, Rio de Janeiro, v. 59, n. 1, 2007. Disponvel em: . Acesso em: 7 fev. 2013.

    DELLACQUA, G.; MEZZINA, R. Resposta crise: estratgia e intencionalidade da interveno no servio psiquitrico territorial. In: AMARANTE, P. (Org.). Archivos de sade mental e ateno psicossocial. Rio de Janeiro: Nau, 2003. p. 161-194.

  • Anexo I

    44

    Bibliografia Complementar:

    BARRETO, J. O umbigo da Reforma Psiquitrica. Juiz de Fora: UFJF, 2005. v. 1.

    BEZERRA JUNIOR, B. C. Desafios da Reforma Psiquitrica no Brasil. Physis: Revista de Sade Coletiva, Rio de Janeiro, v. 17, p. 243-250, 2007.

    BORGES, C. F; BAPTISTA, T. W. F. O modelo assistencial em sade mental: a trajetria da construo poltica de 1990 a 2004. Cadernos de Sade Pblica (FIOCRUZ), Rio de Janeiro, v. 24, p. 456-468, 2008.

    COSTA-ROSA, A. O modo psicossocial: um paradigma das prticas substitutivas ao modo asilar. In: AMARANTE, P. (Org.). Ensaios: subjetividade, sade mental, sociedade. Rio de Janeiro: FIOCRUZ, p. 141-168, 2000.

    DESVIAT, M.; MORENO, A. (Ed.). Acciones de salud mental en la comunidad. Madrid: Asociacin Espaola de Neuropsiquiatria, 2012. (Coleccin Estudios 47).

    DEVERA, D.; COSTA-ROSA, A. Marcos histricos da reforma psiquitrica brasileira: transformaes na legislao, na ideologia e na prxis. Revista de Psicologia da UNESP, So Paulo, v. 6, p. 60-79, 2007.

    FERIGATO, S. H; CAMPOS, R. T. O.; BALLARIN, M. L. G. S. Atendimento crise em sade mental: ampliando conceitos. Revista de Psicologia da UNESP, v. 6, So Paulo, n. 1, p. 35, 2007.

    HIRDES, A. A Reforma Psiquitrica no Brasil: uma (re)viso. Cincia e Sade Coletiva, Rio de Janeiro, v. 14, p. 297-305, 2009.

    JARDIM, K.; DIMENSTEIN, M. Risco e crise: pensando os pilares da urgncia psiquitrica. Psicologia em Revista, Belo Horizonte, v. 13, n. 1, p. 169-190, jun. 2007.

    JARDIM, K. F. S. B. O Servio Ambulatorial Mvel de Urgncia (SAMU) no contexto da reforma psiquitrica: em anlise a experincia de Aracaju/SE. 2008. 165f. Dissertao (Mestrado em Psicologia) Programa de Ps-graduao em Psicologia, Universidade Federal do Rio Grande do Norte, Natal, 2008.

    LUZIO, C. A; YASUI, S. Alm das portarias: desafios da poltica de sade mental. Psicologia em Estudo, Maring, v. 15, p. 17-26, 2010.

    OLIVEIRA, A. G. B.; CONCIANI, M. E. Participao social e reforma psiquitrica: um estudo de caso. Cincia & Sade Coletiva, Rio de Janeiro, v. 14, p. 319-331, 2009.

  • Plano do Curso Crise e Urgncia em Sade Mental

    Introduo ao Curso 45

    TENRIO, F. R. Questes para uma atualizao da agenda da Reforma Psiquitrica. In: COUTO, M. C. V.; MARTINEZ, R. G. (Org.). Sade mental e sade pblica: questes para a agenda da Reforma Psiquitrica. Rio de Janeiro: IPUB/UFRJ - NUPPSAM, 2007, p. 11-25.

    VASCONCELOS, E. M. Desafios polticos no campo da sade mental na atual conjuntura: uma contribuio ao debate da IV Conferncia Nacional de Sade. In: VASCONCELOS, E. M. (Org.). Desafios polticos da Reforma Psiquitrica brasileira. So Paulo: Hucitec, 2010. p. 17-75.

    VASCONCELOS, E. M. Reforma Psiquitrica no Brasil: periodizao histrica e principais desafios na conjuntura atual. In: VASCONCELOS, E. M. (Org.). Abordagens psicossociais. Volume II: Reforma Psiquitrica e sade mental na tica da cultura e das lutas populares. So Paulo: Hucitec, 2008. p. 27-55.

    YASUI, S.; ROSA, A. C.; LUZIO, C. A. As conferncias nacionais de sade mental e as premissas do modo psicossocial. Sade em Debate, Rio de Janeiro, v. 58, p. 12-25, 2001.

    YASUI, S. Rupturas e encontros: desafios da Reforma Psiquitrica brasileira. Rio de Janeiro: FIOCRUZ, 2010. v. 1.

  • Anexo I

    46

    Mdulo 3 - Organizao da ateno psicossocial crise em rede de cuidado

    Coordenadora do Curso Maria Terezinha Zeferino

    Organizadores do mduloMaria Terezinha Zeferino - UFSCJeferson Rodrigues - UFSCJaqueline Tavares de Assis - MS

    Conteudista Polbio Jos de Campos

    Carga horria 30 h/a

    EmentaOrganizao em rede para ateno integral s pessoas em situaes de crise e urgncia em sade mental e espectros clnicos da crise.

    ObjetivoCompreender os componentes da RAPS para garantir a integralidade do cuidado nas diversas apresentaes clnicas da crise e urgncia em sade mental.

    Unidade 1 (20h/a): A Rede de Ateno Psicossocial (RAPS) e os pontos estratgicos na ateno crise e urgncia.

    Objetivo: Reconhecer a necessidade da articulao e integrao entre os pontos de ateno da RAPS e RUE para garantir a integralidade do cuidado na ateno pessoa em situao de crise e urgncia.

    Contedo:1.1 A Rede de Ateno Psicossocial RAPS.1.2 Diretrizes e estratgias de cuidado da crise/urgncia na RAPS.

    Unidade 2 (10h/a): Os espectros clnicos da crise.

    Objetivo: Compreender as diversas apresentaes clnicas da crise no cotidiano dos servios de sade.

    Contedos: 2.1 As apresentaes clnicas da crise no campo da sade mental.

    Recursos educacionais

    Livro Texto (pdf/online)Casos clnicos interativosVdeo-aula sobre RAPS Dr. Roberto Tykanori Kinoshita

  • Plano do Curso Crise e Urgncia em Sade Mental

    Introduo ao Curso 47

    Avaliao

    - Participao efetiva nos fruns para discusso e resoluo de dois casos clnicos. O primeiro caso ficar disponvel para discusso no frum 1 durante 10 dias, aps este perodo, ser encerrado e iniciada as discusses do frum 2 com o segundo caso.- Exerccio interativo para fixao daaprendizagem composto por 10 questesobjetivas.

    Bibliografia Bsica:

    BRASIL. Ministrio da Sade. Diretrizes para a ateno integral s situaes de crise e urgncia em sade mental. CNSM/MS, 2013. (prelo).

    BRASIL. Ministrio da Sade. Portaria 3088 de 23 de dezembro de 2011. Institui a Rede de Ateno Psicossocial para pessoas com sofrimento ou transtorno mental e com necessidades decorrentes do uso de crack, lcool e outras drogas, no mbito do Sistema nico de Sade. Braslia, DF: Ministrio da Sade, 2011.

    BRASIL. Ministrio da Sade. Portaria MS/GM n 1.600, de 7 de julho de 2011. Reformula a Poltica Nacional de Ateno s Urgncias e institui a Rede de Ateno s Urgncias no Sistema nico de Sade (SUS). Braslia, DF: Ministrio da Sade, 2011.

    BRASIL. Ministrio da Sade. Portaria n 148, de 31 de Janeiro de 2012. Define as normas de funcionamento e habilitao do Servio Hospitalar de Referncia para ateno a pessoas com sofrimento ou transtorno mental e com necessidades de sade decorrentes do uso de lcool, crack e outras drogas, do Componente Hospitalar da Rede de Ateno Psicossocial, e institui incentivos financeiros de investimento e de custeio. Braslia, DF: Ministrio da Sade, 2012.

    BRASIL. Ministrio da Sade. Secretaria Executiva. Ncleo Tcnico da Poltica Nacional de Humanizao. Humaniza SUS: Poltica Nacional de Humanizao. A humanizao como eixo norteador das prticas de ateno e gesto em todas as instncias do SUS. Braslia, DF: Ministrio da Sade, 2004.

    JARDIM, K. F. S. B. O Servio Ambulatorial Mvel de Urgncia (SAMU) no contexto da Reforma Psiquitrica: em anlise a experincia de Aracaju/SE. 2008. 165f. Dissertao (Mestrado em Psicologia) Programa de Ps-Graduao em Psicologia, Universidade Federal do Rio Grande do Norte, Natal, 2008.

  • Anexo I

    48

    Bibliografia Complementar:

    BORGES, L. R. et al. Atendimento crise psquica no pronto-socorro: viso de profissionais de enfermagem. Rev. Gacha Enferm., Porto Alegre, v. 33, n. 3, p. 27-33, 2012.

    BRASIL. Ministrio da Sade. Lei n 10.216, de 06 de abril de 2001. Dispe sobre a proteo e os direitos das pessoas portadoras de transtornos mentais e redireciona o modelo assistencial em sade mental. Braslia, DF: Ministrio da Sade, 2001.

    JARDIM, K.; DIMENSTEIN, M. A crise na rede: O SAMU no contexto da Reforma Psiquitrica. Sade em Debate, Rio de Janeiro, v. 32, p. 150-160, 2008.

    SCHMIDT, M. B.; FIGUEIREDO, A. C. Acesso, acolhimento e acompanhamento: trs desafios para o cotidiano da clnica em sade mental. Rev. latinoam. psicopatol. fundam., So Paulo, v. 12, n. 1, p. 130-140, 2009.

  • Plano do Curso Crise e Urgncia em Sade Mental

    Introduo ao Curso 49

    Mdulo 4 - O cuidado s pessoas em situaes de crise e urgncia na perspectiva da ateno psicossocial

    Coordenadora do Curso Maria Terezinha Zeferino

    Organizadores do mduloMaria Terezinha Zeferino - UFSCJeferson Rodrigues - UFSCJaqueline Tavares de Assis - MS

    Conteudista unidade 1 Ana Marta Lobosque

    Conteudista unidade 2 Sabrina StefanelloPolbio Jos de Campos

    Carga horria 30 h/a

    Ementa O cuidado das pessoas nas situaes mais frequentes de crise e urgncia em sade mental.

    ObjetivoCompreender e aplicar as principais diretrizes estratgicas para o cuidado s pessoas em situaes de crise e urgncia, incluindo aquelas relacionadas ao consumo de lcool e outras drogas.

    Unidade 1 (10 h/a): Preparao para o cuidado/manejo das pessoas em situaes de crise e urgncia em sade mental.

    Objetivo: Refletir e relacionar os princpios norteadores do cuidado s pessoas em situaes de crise e urgncia e sua implicao com o processo de trabalho individual e em equipe.

    Contedos:1.1 Recursos internos para ateno ao sofrimento psquico: cuidando de si.1.2 Avaliao do contexto, identificando condies clnicas e psquicas do indivduo e das vulnerabilidades, potencialidades e situaes de risco.1.3 Abordagem de situaes de crise em diferentes espaos considerando os princpios norteadores: acolhimento, autonomia, garantias de direitos, cuidado pactuado, mediao de conflitos e medidas involuntrias como exceo.1.4 Processo de trabalho individual e em equipe em situao de crise e urgncia.

  • Anexo I

    50

    Unidade 2 (20 h/a): Cuidado/manejo da pessoa em crise em situaes especficas.

    Objetivo: Compreender e aplicar o cuidado e o manejo das condies frequentes de crise e urgncia em sade mental.

    Contedos:2.1 Agitao psicomotora, comportamento desorganizado e risco de agressividade.2.2 Quadros confusionais, psico-orgnicos e complicaes clinicas.2.3 Crises e urgncias relacionadas ao uso de substncias psicoativas.2.4 Depresso, crise de ansiedade e angstia.2.5 Risco de suicdio.

    Recursos educacionais Livro Texto (pdf)Casos clnicos interativos

    Avaliao

    - Participao efetiva nos fruns para discusso e resoluo de dois casos clnicos. O primeiro caso ficar disponvel para discusso no frum 1 durante 10 dias, aps este perodo, ser encerrado e iniciada as discusses do frum 2 com o segundo caso.- Exerccio interativo para fixao daaprendizagem composto por 10 questesobjetivas.

  • Plano do Curso Crise e Urgncia em Sade Mental

    Introduo ao Curso 51

    Bibliografia Bsica:

    BRASIL. Ministrio da Sade. Diretrizes para a ateno integral s situaes de crise e urgncia em sade mental. CNSM/MS, 2013. (prelo).

    BOTEGA, N. J. Prtica psiquitrica no hospital geral: interconsulta e emergncia. 3. ed. Porto Alegre: Artmed, 2012.

    DOLIVEIRA, C. F. et al. Preveno do suicdio: manual dirigido a profissionais da equipes de sade mental. Braslia, DF: Ministrio da Sade/OPAS/UNICAMP, 2006.

    KAPCZINSKI, F. et al. Emergncias psiquitricas. Porto Alegre: Artmed, 2001.

    NICACIO, F.; CAMPOS, G. W. S. A complexidade da ateno s situaes de crise - contribuies da desinstitucionalizao para a inveno de prticas inovadoras em sade mental. Rev. Ter. Ocup., So Paulo, v. 15, n. 2, p. 71-81, 2004.

    LIMA, M. et al. Signos, significados e prticas de manejo da crise em Centros de Ateno Psicossocial. Interface-Comunicao, Sade, Educao, Botucatu, v. 16, n. 41, p. 423-434, 2012.

    Bibliografia Complementar:

    FREITAS, C. A participao e preparao prvia do usurio para situaes de crise mental: a experincia holandesa do plano/carto de crise e desafios para sua apropriao no contexto brasileiro. In: VASCONCELOS, E. M. (Org.) Reforma Psiquitrica e sade mental na tica da cultura e das lutas populares. Rio de Janeiro: HUCITEC, 2008. v. II: Abordagens psicossociais.

    LOBOSQUE, A. M. Atender crise: descentrando espaos. In:______. Experincias da loucura. Rio de Janeiro: Garamond, 2001.

    RODRIGUES, J. et al. Uso da criatividade e da tecnologia no ensino da crise em enfermagem psiquitrica e sade mental. SMAD, So Paulo, v. 6, n. 1, p. 10, 2010.

    SARACENO, B. A; ASIOLI, F.; TOGNONI, G. Manual de sade mental. So Paulo: HUCITEC, 1997.

    STERIAN, A. Emergncias psiquitricas: uma abordagem psicanaltica. So Paulo: Casa do Psiclogo, 2001.

    SOUZA, M. E (Org.). Minas Gerais. Secretaria de Estado de Sade. Linha-guia: ateno em sade mental. Belo Horizonte, 2006.

  • GovernoFederal