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LITERATURA Introdução à Literatura PROFª ANDRIANE

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Page 1: Introdução à literatura

LITERATURA

Introdução à Literatura

PROFª ANDRIANE

Page 2: Introdução à literatura

O QUE É LITERATURA?

a. “Arte literária é mimese (imitação), é a arte que imita pela palavra” (Aristóteles)

b. É saber usar a língua artisticamente, deixando transparecer a beleza, a harmonia e o estilo próprio dentro de cada autor.

c. Escrever um texto em busca da beleza estética dentro de um contexto.

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Alguns Conceitos sobre Literatura

"A literatura é a expressão da sociedade, como a palavra é a expressão do homem."

(Louis de Bonald, pensador e crítico do Romantismo francês, início do séc. XIX)

"O poeta sente as palavras ou frases como coisas e não como sinais, e a sua obra como

um fim e não como um meio; como uma arma de combate." (Jean-Paul Sartre, filósofo

francês, séc. XX)

"A poesia existe nos fatos" (Oswald de Andrade, poeta brasileiro, séc. XX)

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O QUE É CÂNONE?

Na literatura, é um conjunto de livros considerados como referência num determinado período, estilo ou cultura. "Macunaíma", de Mário de Andrade, ou "Grande Sertão: Veredas", de Guimarães Rosa, podem ser consideradas obras cânones da literatura brasileira.

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LINGUAGEM

LITERÁRIA NÃO LITERÁRIA

Linguagem conotativa Linguagem denotativa

Linguagem pessoal Linguagem impessoal

Linguagem com sentimentos Linguagem informativa

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GÊNEROS LITERÁRIOS

Todos os gêneros, porém, partem de uma classificação padrão, adotada desde a Antiguidade: narrativo ou épico; lírico e dramático. Deste tronco principal partem as ramificações menores, ou seja, os subgêneros.

Page 7: Introdução à literatura

Gêneros líricosNa modalidade lírica o poeta exprime seus sentimentos mais íntimos, as emoções que povoam seu universo interior. E o faz através do ritmo, da melodia que embala os versos. As palavras ganham uma intensa sonoridade. A palavra “lírico” provém do latim e tem o sentido de “lira”, o instrumento mais comum na Grécia Antiga, com o qual se imprimia um tom melódico à poesia da época. O âmago deste gênero é a subjetividade do autor, melhor dizendo, do eu lírico. Ele se divide em:

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● Poesia: Sua essência é a harmonização da palavra.

● Ode: Composição calorosa e sonora.

● Sátira: Texto que escarnece de alguém ou de um determinado contexto.

● Hino: Criação que louva ou engrandece algo. Por exemplo, uma nação ou

uma divindade.

● Soneto: Poema com 14 versos: dois quartetos e dois tercetos.

● Haicai: Poemas japoneses, desprovidos de rima, compostos geralmente

por três versos.

● Acróstico: Poesia na qual as primeiras letras de cada verso, ou em alguns

casos as da posição central ou as do final, compõem, na vertical, um ou

mais nomes, uma ideia, entre outras concepções.

Page 9: Introdução à literatura

Autor x eu líricoVocê sabe o que é eu lírico? Existem outras denominações, como eu poético e sujeito lírico, mas o termo mais conhecido e divulgado é este: eu lírico. Esse termo designa uma espécie de narrador do poema, e assim seria chamado se não estivéssemos falando dos textos literários, sobretudo do gênero lírico. Quando você lê um poema e percebe a manifestação de um “eu literário”, aquela voz, aquela personagem presente nos versos, não é necessariamente o autor real do poema.Podemos concluir que o eu lírico é a voz que fala no poema e nem sempre essa voz equivale à voz do autor, que pode vivenciar outras experiências, que não as do poeta.

Page 10: Introdução à literatura

Exemplos eu líricoAutopsicografia

O poeta é um fingidor.

Finge tão completamente

Que chega a fingir que é dor

A dor que deveras sente.

E os que leem o que escreve,

Na dor lida sentem bem,

Não as duas que ele teve,

Mas só a que eles não têm.

E assim nas calhas de roda

Gira, a entreter a razão,

Esse comboio de corda

Que se chama coração.

Fernando Pessoa

“Se acaso me quiseres

Sou dessas mulheres que só dizem sim

Por uma coisa à toa

Uma noitada boa

Um cinema, um botequim

E se tiveres renda

Aceito uma prenda

Qualquer coisa assim

Como uma pedra falsa

Um sonho de valsa

Ou um corte de cetim

E eu te farei as vontades

Direi meias verdades

Sempre à meia luz

E te farei, vaidoso, supor

Que és o maior e que me possuis

Mas na manhã seguinte

Não conta até vinte, te afasta de mim

Pois já não vales nada

És página virada

Descartada do meu folhetim”.

(Folhetim – Chico Buarque)

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Gêneros narrativosNo gênero narrativo o autor estrutura uma história, quase sempre em prosa, que pode se inspirar em eventos reais ou ser apenas de natureza fictícia. Nessa modalidade as cenas se desenrolam de forma consecutiva no espaço e no tempo. Ele pode ser classificado nos subgêneros romance, conto, crônicas, novelas, entre outros. Esta modalidade se distingue, estruturalmente, por apresentar uma trama com início, um clímax e uma conclusão.

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● Romance: As produções literárias que aqui se enquadram trazem um enredo integral, com marcas temporais, cenários e personagens determinados com precisão. Ele nasceu na Era Medieval e Dom Quixote, de Cervantes, é seu modelo principal.

○ Romance Policial;○ Romance Psicológico;○ Romances Históricos;

● Fábula: Criação no estilo fantástico, comprometida apenas com a esfera imaginária. Os personagens que desfilam por estas histórias são normalmente animais ou artefatos; a intenção é difundir, por meio da história, mensagens de cunho moral.

● Novela: Narrativa mais concisa que o romance e maior que o conto, mas tão sucinta quanto o mesmo. Exemplo: O Alienista, de Machado de Assis; A Metamorfose, de Kafka.

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● Conto: Obra ficcional intensa em conteúdo e breve na forma. Normalmente é produzida a partir de eventos e figuras imaginárias.

● Crônica: Texto isento de qualquer formalidade; traduz acontecimentos do dia-a-dia com uma linguagem informal, sucinta. Apresenta pitadas de humor e de crítica. Está na fronteira entre o jornalismo e a literatura.

● Ensaio: Produção literária resumida, inserida entre o gênero lírico e a didática. Nele o autor apresenta seus conceitos, críticas e ponderações morais e filosóficas sobre um determinado tópico.

● Poesia Épica ou Epopeia: Poemas narrativos mais ou menos breves, os quais retratam quase sempre ações heroicas. Exemplo: Ilíada e Odisseia de Homero.

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Subgrupos narrativos○ Autobiografia;○ Biografia;○ Chick-Lit;○ Ficção Científica: na Literatura e

também nas Revistas e Gibis;○ Horror;○ Literatura Fantástica;○ Literatura Infantojuvenil;○ Literatura YA – Young Adult –

Jovem Adulto;○ Novelas de Cavalaria;○ Paródia;

○ Suspense;○ Literatura Gótica;○ Literatura Esotérica;○ Romances Espíritas;○ Literatura de Auto-Ajuda;○ Literatura de Negócios;○ Literatura Espiritualista;○ Literatura de Aventura;○ Literatura de Guerra;○ ... entre outros. Hoje também são

muito comuns as trilogias e sagas

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Gêneros dramáticosA modalidade dramática teve início na Grécia Antiga, possivelmente em festas realizadas em honra de Dionísio, deus do vinho. As obras que se filiam a este gênero são especialmente criadas para serem exibidas em montagens teatrais. Hoje é mais complicado distinguir um drama de outro gênero da literatura, pois se generalizou a prática de converter qualquer produção literária em roteiro para apresentação nos palcos.

● Farsa: Tende para o cômico; a ação é corriqueira e se baseia na rotina diária e no ambiente familiar.

● Tragédia: Reproduz um evento trágico e tem por fim suscitar piedade e horror.● Elegia: Louva a morte de uma pessoa; este evento é o ponto central da peça. Exemplo: Romeu

e Julieta, de Shakespeare.

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ESCOLAS/PERÍODOS LITERÁRIOS1º) Literatura do Período Colonial (1500-1836)

Período em que a cultura portuguesa se impôs.

- Literatura Informativa (séc. XVI)

- Barroco (séc. XVII)

- Arcadismo (séc. XVIII)

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ESCOLAS/PERÍODOS LITERÁRIOS2º) Literatura do Período Nacional (1836 até os nossos dias)

Marcado pelo esforço em alcançar uma autonomia cultural mais vigorosa.

- Romantismo (séc. XIX - 1ª metade)

- Realismo / Naturalismo (séc. XIX - 2ª metade)

- Parnasianismo (séc. XIX - 2ª metade)

- Simbolismo (séc. XIX - 2ª metade)

- Pré-Modernismo (1900-1922)

- Modernismo (até 1960)

- Pós-Modernismo ou Contemporâneo (atualidade)