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INSTITUTO A VEZ DO MESTRE FERNANDO LELIS XAVIER AVALIAÇÃO DA GESTÃO DE RESÍDUOS SÓLIDOS DE EMPRESA DE REFLORESTAMENTO EM DOM ELISEU NO ESTADO DO PARÁ Imperatriz 2012

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INSTITUTO A VEZ DO MESTRE

FERNANDO LELIS XAVIER

AVALIAÇÃO DA GESTÃO DE RESÍDUOS SÓLIDOS DE EMPRESA DE REFLORESTAMENTO EM DOM ELISEU NO ESTADO DO PARÁ

Imperatriz 2012

ii

FERNANDO LELIS XAVIER

AVALIAÇÃO DA GESTÃO DE RESÍDUOS SÓLIDOS EM EMPRESA DE REFLORESTAMENTO EM DOM ELISEU NO ESTADO DO PARÁ

Monografia apresentada a POSEAD/FGF como requisito parcial para obtenção do título de especialista em Curso de Gestão Ambiental de Empresas, do Instituto A Vez do Mestre grau de Especialista em Gestão Ambiental de Empresas.

_________________________________ Orientador: Eng. Agrônoma e Mestre pela Universidade de Brasília. Ana Cristina Karl

Imperatriz, MA 2012

Imperatriz 2012

iii

FERNANDO LELIS XAVIER

AVALIAÇÃO DA GESTÃO DE RESÍDUOS SÓLIDOS EM EMPRESA DE REFLORESTAMENTO EM DOM ELISEU NO ESTADO DO PARÁ

Monografia apresentada a POSEAD/FGF como requisito parcial para obtenção do título de especialista em Curso de Gestão Ambiental de Empresas, do Instituto A Vez do Mestre grau de Especialista em Gestão Ambiental de Empresas.

_________________________________ Orientador: Eng. Agrônoma e Mestre pela Universidade de Brasília. Ana Cristina Karl

Imperatriz, MA 2012

Aprovado em 25 / 08 / 2012

BANCA EXAMINADORA

______________________________________________________________ Eng. Agrônoma e Mestre pela Universidade de Brasília.

Ana Cristina Karl (Orientador) - IAVM

iv

Dedico este trabalho primeiramente a Deus pela saúde e

perseverança e força extra necessária, pois, somente Deus

para nos entender por completo.

A minha mãe Maria Ladislau Ribeiro “in memoriam” pelos seus

ensinamentos, ao meu Pai Geraldo Zeferino Xavier “in

memoriam” que por todas as suas dificuldades, principalmente

no final de sua vida na Terra, me ensinou que podemos vencer

todas as barreiras que a vida nos impõe.

Em especial a minha esposa Jane Maria Moura Xavier e minha

filha Leslie Moura Xavier por entender os motivos de minha

ausência e pelo amor compartilhado.

Aos todos os meus irmãos e amigos que acreditaram no meu

potencial e pela força nos momentos difíceis.

Fernando Lelis Xavier

v

AGRADECIMENTOS

Inicialmente agradeço a Deus pela perseverança que me tem fornecido por

ter alcançado os meus objetivos. A minha mãe Maria Ladislau Ribeiro “in memoriam”

pelos seus ensinamentos, ao meu Pai Geraldo Zeferino Xavier “in memoriam” que

por todas as suas dificuldades, principalmente no final de sua vida na Terra, me

ensinou que podemos vencer todas as barreiras que a vida nos impõe. A minha

esposa Jane pelo seu amor e pelo amor e cuidados com a nossa filha, a Leslie pelo

carinho e amor compartilhado, e pela compreensão de minha ausência, a todos os

meus irmãos que conhecem a minha caminhada em especial ao meu irmão Luis

Faustino Xavier que sempre acreditou em mim e pelas dificuldades que passamos

juntos, a minha irmã Maria Beralda Xavier pelo exemplo de vida, ao meu irmão

Geraldo Nério Xavier pela minha carreira profissional, a minha irmã Rita de Cassia

Xavier Garcia e família por todo o cuidado que tiveram nestes últimos anos com

nosso Pai, aos colegas do trabalho, em especial ao Carlos Garcia pelo apoio diário

no alcance de meus objetivos profissionais, ao Salim Jordy por tudo que tem feito

pelos profissionais da empresa e pelo seu amor para com as pessoas e ao Adriano

Soares pela amizade e orientações durante este tempo, a todos os professores das

disciplinas do curso de pós-graduação, pelos direcionamentos e ensinamentos

durante o curso, em especial a minha professora orientadora Ana Cristina Karl que

proporcionou as ferramentas adequadas para a construção desta Monografia e para

que eu alcançasse mais uma vitória.

Fernando Lelis Xavier

vi

RESUMO

A gestão dos resíduos gerados pelas empresas de reflorestamentos

precisa de efetivo acompanhamento e adequações, pois, estas empresas são

potencialmente poluidoras e trabalham diretamente como os recursos naturais,

sendo assim, quaisquer desvios na gestão de suas atividades, podem ocasionar

impactos significantes para o meio ambiente e comprometer a biodiversidade local.

Os resíduos gerados em todas as fases de produção da empresa precisam se

acondicionados em recipientes adequados, evitando contatos com o solo e

protegidos das intempéries e posteriormente serem destinado de forma correta,

desta forma evitando a degradação e poluição ambiental. A gestão adequada dos

resíduos traz bons resultados na medida em que evita o acúmulo de passivos

ambientais, sendo que os resíduos segregados adequadamente proporcionam a

venda de materiais recicláveis e geração de renda, que pode ser aplicada em

melhorias para o processo de gestão de resíduos. A atenção ás leis ambientais e

seu cumprimento, favorecem não somente ao meio ambiente, mas tudo que cerca a

atividade, além de resultar em benefícios diversos para a empresa como,

principalmente em relação á imagem da empresa na sociedade. O objetivo deste

trabalho foi realizar um levantamento das falhas na gestão dos resíduos gerados

pela empresa de reflorestamento, assim, pode-se perceber diversas falhas no

programa de gestão de resíduos que resultam em falhas na disposição destes

resíduos nas frentes de trabalho, podendo ocasionar contaminação do meio

ambiente. Os objetivos foram alcançados na medida em no momento da

identificação das falhas, foram sugeridos adequações com base na legislação atual,

lembrando que o levantamento das falhas na gestão de resíduos não contemplou

todos os resíduos gerados em uma empresa de reflorestamento, apenas alguns

itens o que poderá ser realizado em outro levantamento mais específico.

Palavras Chave: Resíduos, meio ambiente, poluição, impacto ambiental.

vii

ABSTRACT

The management of wastes generated from reforestation companies need effective

monitoring and adjustments, because these companies are potentially polluting and

work directly as natural resources, so any deviations in the management of their

activities, can cause significant impacts to the environment and compromise local

biodiversity. The waste generated at all stages of production company must be

packed in suitable containers, avoiding contact with the ground and protected from

the weather and then be designed correctly, thus avoiding degradation and

environmental pollution. The appropriate waste management brings good results as it

avoids the accumulation of environmental liabilities, and the waste segregated

adequately provide for the sale of recyclable materials and income generation, which

can be applied to improvements to the process of waste management. The attention

to the environmental laws and their enforcement, favoring not only the environment,

but everything about the activity, and result in many benefits for the company as,

especially in relationship to the company's image in society. The aim of this study

was a survey of failures in the management of waste generated by reforestation

company, so we can see several flaws in the program of waste management that

result in gaps in provision of these residues in the working, which may cause

contamination environment. The objectives were achieved as the time of

identification of gaps, adequacies were suggested based on current laws, noting that

the lifting of failure in waste management has not taken all the waste generated in a

reforestation company, just a few items which may be made in another study specific.

Key word: waste, environment, pollution, environmental impact.

viii

LISTA DE ILUSTRAÇÕES

Figura 1 - Foto 1: Tubetes Reutilizáveis 13

Figura 2 - Foto 2: Embalagens de Fertilizantes em Campo 15

Figura 3 - Tabela 1: Taxa de crescimento de Dom Eliseu, Pa 27

Figura 4 – Figura 1: Gráfico: Demonstrativo do crescimento da população de 1998 a 2006

27

Figura 5: Figura 2: Mapa: Municípios do Estado do Pará especializados na atividade florestal e de madeira e mobiliário, simultaneamente: 2003 e 2004.

28

Figura 6: Figura 3: Mapa: Localização Geográfica de Dom Eliseu, Pa. 29

Figura 7: Figura 4: Localização Geográfica de plantios de eucalipto e soja em Dom Eliseu, Pa.

30

Figura 8: Figura 5: Listagem dos principais resíduos gerados no processo de silvicultura

33

Figura 9: Figura 6: Fluxograma do Programa de Gestão de Resíduos da Empresa

36

Figura 10: Foto 3: Sacos plásticos de ráfia de fertilizantes dispostos no solo 38

Figura 11: Figura 7: Evolução do Consumo de Plásticos Reciclados 39

Figura 12: Foto 4: Adequação no envio dos resíduos plásticos para empresa de reciclagem

41

Figura 13: Foto 5: Adequação de resíduos diversos 41

Figura 14: Foto 6: Adequação de resíduos diversos 41

Figura 15: Foto 7: Falha no acondicionamento de resíduos 41

Figura 16: Foto 8: Adequação no acondicionamento de resíduos, para destinação correta.

41

Figura 17: Tabela 2: Parte da Tabela do Anexo II da Resolução CONAMA nº 313 de 2002

43

Figura 18: Figura 8: Quantidades de Município por tipo de Destinação Final de RSU

44

ix

SUMÁRIO

INTRODUÇÃO 10

CAPÍTULO I 12

1. GERAÇÃO DE RESÍDUOS NO REFLORESTAMENTO 12

1.1. Produção de Mudas 12

1.2 SILVICULTURA 12

1.3 Preparo de Solo e Plantio 13

CAPITULO II 16

2. LEGISLAÇÃO AMBIENTAL 16

2.1 Política Nacional de Resíduos Sólidos 18

2.1.1 Plano Estadual de Resíduos Sólidos do Estado do Pará 20

2.1.1.1 Política Estadual de Meio Ambiente 20

2.1.1.2 Plano Estadual de Resíduos Sólidos do Estado do Pará 23

2.1.1.3 Plano Diretor de Desenvolvimento Urbano Sustentável do Município de Dom Eliseu

25

CAPITULO III 26

3. GESTÃO AMBIENTAL DE RESÍDUOS 26

3.1 Avaliação da Gestão de Resíduos em Empresa Florestal 26

3.1.1 Localização da Área de Estudo 26

3.1.1.1 Localização Geográfica 29

3.1.2 Gestão de Resíduos Sólidos 30

3.1.2.1 Inventário de Resíduos 30

3.1.2.2 Inventário de Resíduos de Silvicultura 32

3.1.2.3 Classificação dos resíduos 35

3.1.2.4 Segregação de resíduos de Silvicultura 35

3.1.2.4 Avaliação da Destinação final de resíduos 37

4. Considerações Finais 41

4.1 Análises Programa de Gestão de Resíduos Sólidos 42

REFÊRENCIAS 46

10

1. INTRODUÇÃO:

Empresas do ramo florestal estão plena expansão de suas áreas pelos

Estados do Norte e Nordeste do Brasil.

Segundo Brasil (2008, apud SANTANA, et al., 2010), o Estado do Pará é

um dos maiores produtores e exportadores de madeira em toras no País, tendo esta

atividade considerável peso na economia estadual.

De acordo com Brasil (2008, apud SANTANA, et al., 2010), o consumo de

madeira paraense, em 2007, foi de US$ 4.48 bilhões, cirando 12.590 empregos

diretos e exportando US$ 991.76 milhões, equivalente a 11,28% do total exportado.

Segundo Consulfor (2012), atualmente a silvicultura com utilização de

plantios florestais, responde por cerca de 90% da produção nacional, em

comparação com o ano de 1993, em que na ocasião apenas um terço da produção

de madeira era oriunda de plantios florestais.

Ainda segundo Consulfor (2012), apesar do crescimento das florestas

plantadas o Estado do Pará, responde por 46% das florestas oriundas de manejo

florestas sustentável.

O desenvolvimento de uma região deve ser caracterizado pelo aumento

da qualidade de vida das populações urbanas e rurais, bem como um expressivo

incremento da economia regional, contudo, este desenvolvimento deverá estar

alinhado às premissas do desenvolvimento sustentável, ou seja, utilizar de forma

consciente os recursos naturais da região de forma que, estes recursos estejam

disponíveis para as futuras gerações.

O sequestro do carbono é um fator a considerar na implantação de

florestas plantadas. Segundo Prado (1995), apud Ruivo (2007), o setor florestal

brasileiro, fornece excelentes oportunidades de projetos florestais que conduzam ao

sequestro e sumidouro de carbono.

Na cidade de Dom Eliseu, situada na região leste do estado do Pará, esta

localizada a sede da Empresa objeto do estudo, que tem como objetivo de fornecer

madeira renovável para abastecimento de empresa de celulose que será implantada

na cidade de Imperatriz, no Estado do Maranhão, entre outros fins econômicos.

A produção de florestas renováveis de espécies de rápido crescimento,

como por exemplo, o eucalipto é excelente alternativa econômica para o

atendimento ás indústrias de produção de ferro gusa e celulose e papel, além de

11

contribuir com o incremento da economia local através da contratação de empresas

prestadoras de serviços e mão de obra para a implantação e manutenção das

florestas, desta forma, gerando renda e desenvolvimento para população regional,

contudo.

As empresas estão cada vez mais preocupadas com as questões

relativas ambientais, buscando melhorar rendimento em seus processos além de

reduzir os diversos impactos ambientais que são enumerados para esses tipos de

empreendimentos, desde a fase de produção de mudas e implantação das florestas,

até a fase de colheita e transporte da matéria prima para as usinas e fábricas de

celulose.

Dentre os diversos impactos ambientais levantados para este tipo de

empreendimento, falhas na gestão de resíduos, podem ocasionar contaminação do

solo e posterior contaminação do lençol freático, além de emissão de poluentes

atmosféricos entre outros, desta forma, este trabalho, tem como objetivo, identificar

as falhas na gestão de resíduos sólidos da empresa e seus impactos ambientais e

propor melhorias no processo.

OBJETIVO GERAL: Este trabalho tem como objetivo geral, identificar as falhas na

gestão de resíduos sólidos da empresa e propor melhorias no processo.

OBJETIVO ESPECÍFICO:

Identificar falhas na gestão de resíduos sólidos;

Identificar os impactos ambientais provenientes;

Propor melhorias do processo.

12

CAPITULO I

2. GERAÇÃO DE RESÍDUOS NO REFLORESTAMENTO

2.1 SILVICULTURA

2.1.1. Produção de Mudas

A produção de mudas é uma das fases que compõe o reflorestamento,

sendo esta fundamental para que se obtenha êxito nas outras fases seguintes.

Segundo Simões (1989), a qualidade das mudas reflete no crescimento futuro das

árvores e, portanto, pode interferir na produtividade da floresta.

O gerenciamento de um viveiro clonal é uma das tarefas mais árduas e ao

mesmo tempo, mais gratificantes de um empreendimento florestal (ALFENAS, et al.,

2004).

O mercado competitivo e o desenvolvimento da silvicultura clonal no

Brasil possibilitaram ganhos ambientais, pois, com o uso de tubete e bandejas na

produção de mudas, reduziu o consumo de diversos tipos de materiais, entre eles os

sacos plásticos utilizados e que possibilitavam a contaminação do solo, na ocasião

do plantio, onde os sacos plásticos eram retirados das mudas e devido falhas de

gestão destes resíduos ficam expostos no solo.

Simões (1989) apud Aguiar (1989) cita a vantagem dos sacos plásticos

que na ocasião era muito utilizado no Brasil, como sistema de acondicionamento de

mudas ao qual apresentavam uma série de vantagens em relação a outros tipos de

recipientes.

Até pouco tempo, o saco plástico foi o recipiente mais utilizado no Brasil

para a produção de mudas florestais (FERNANDES et al., 1986), apud (AGUIAR, et

al., 1989).

Consequentemente, novos recipientes têm sido testados em nosso país

nos últimos anos. Entre eles têm se destacado a bandeja de isopor, introduzida por

MATTEI & STOH (1980) e o tubete (tubo cônico de plástico rígido), introduzido por

(CAMPINHOS JR. & IKEMORI, 1983) apud (AGUIAR, et al, 1989).

Banzatto et al, (1989), cita fatores favoráveis a meio ambiente na

mudança do uso de sãos plásticos e para uso de tubete por serem reaproveitáveis.

13

Foto 1: Tubetes Reutilizáveis

A foto 1, monstra mostra certa quantidade de tubetes, utilizados a ser

reutilizado após desinfecção, o que não acontecia no passado onde os sacos

plásticos provenientes da produção de mudas favorecia a reciclagem, desta forma,

gerando maiores quantidades de resíduos no campo.

2.1.2 Preparo de Solo e Plantio

Anteriormente a realização do plantio, é feito o preparo do solo para o

recebimento das mudas. O conhecimento do solo é de fundamental importância,

para que o plantio tenha sucesso.

O preparo do solo é uma operação simples, que é indispensável ao bom

desenvolvimento das culturas e compreende um conjunto de técnicas que,

se utilizadas racionalmente, proporcionam alta produtividade, mas, se mal

utilizadas, podem levar à destruição dos solos a curto prazo, podendo

chegar à desertificação de áreas extensas. (FREITAS, 2007)

No reflorestamento, bem como em outras atividades agrícolas, tem-se

optado pelo uso mínimo do solo, visando minimizar o impacto ambiental.

14

Sanches et. al., (1993), cita que o cultivo mínimo é uma técnica de

manejo que visa obter produtividade florestal com racionalização operacional no

ciclo total da reforma, em equilíbrio com o ambiente.

Segundo Freitas (2007), o cultivo mínimo é um sistema de preparo do

solo intermediário, que consiste no uso de implementos sobre resíduos da cultura

anterior com o mínimo de revolvimento do solo.

O cultivo mínimo, por exemplo, que visa fazer o plantio com o mínimo de

perturbação da superfície do solo, é uma prática mais conservativa de preparo do

solo (LIMA & MENDES, 2007).

Para a implantação dos povoamentos são adotadas práticas de “cultivo

mínimo”, que consistem na realização de operações mínimas para o manejo

do solo, visando propiciar o melhor desenvolvimento das plantas, a maior

produtividade dos povoamentos florestais e a redução de impactos

ambientais. Ao adotar estas práticas nas atividades de implantação, o

cultivo para o plantio de novas mudas é realizado apenas nos sulcos,

reduzindo-se desta forma as práticas convencionais de revolvimento

intensivo, o que reduz de forma extremamente significativa à exposição do

solo a intempéries. (ABREU et. al., 2011.)

Uma das condições para o bom desenvolvimento das plantas no solo, é

que este solo esteja em boas condições físicas e nutricionais. Após favorecer

condições físicas através do cultivo mínimo do solo, é necessário realizar a correção

química deste solo, através do uso de fertilizantes, que devem ser recomendados de

acordo com análises químicas do solo.

Segundo Junior & Xavier (2010), o manejo correto dos solos, esta aliado a

práticas de conservação e conhecimento das exigências nutricionais das culturas.

Raij (1983) cita a importância do uso correto de fertilizantes e corretivos

em quantidade adequadas, de forma a atender a critérios econômicos e, ao mesmo

tempo, conservar a fertilidade do solo para manter ou elevar a produtividade das

culturas.

Uma agricultura moderna exige o uso de fertilizantes e corretivos em

quantidades adequadas, de forma a atender a critérios econômicos e, ao

mesmo tempo, conservar a fertilidade do solo para manter ou elevar a

produtividade das culturas. (RAIJ, 1983) apud (JUNUIOR & XAVIER, 2010).

15

Uma das grandes preocupações nos dias atuais é a busca por uma

agricultura sustentável, visando alta produtividade, baixo custo de produção, bem

como evitar a degradação do solo (SANTOS, 2006) apud (JUNIOR & XAVIER,

2010).

O uso de sustentável de fertilizantes é essencial para o bom rendimento

de plantios florestais, porém, um grande volume de resíduos de embalagens destes

fertilizantes é gerando durante as operações de adubação.

Foto 2: Embalagens de Fertilizantes em Campo

A foto 2 mostra sacos plásticos de fertilizantes, armazenados de forma

inadequada em campo após utilização. Indústrias de reciclagens reutilizam esse tipo

de material. É fundamental que as empresas busquem alternativas para a

reutilização bem como reciclagem dos resíduos gerados.

Segundo Santos (2004) apud Kipper et. al., (2009), no gerenciamento do

resíduo sólido urbano a reciclagem surge como uma das vias para reduzir os

resíduos aterrados.

De acordo com Kipper et. al., (2009), no Brasil, os plásticos constituem

uma das classes de materiais com menor índice de reciclagem, mesmo apresentado

características interessantes para sua reintrodução nas cadeias produtivas.

As empresas do ramo florestal estão em constantes buscas de

alternativas para a resolução dos resíduos gerados durante as fases de produção,

16

com o objetivo de atenderem as exigências do mercado em serem empresas

sustentáveis e estarem inseridas no contexto do desenvolvimento sustentável.

A reutilização de embalagens plásticas de sacos de fertilizantes por

empresas de reciclagens eliminam passivos ambientais gerados pelo intenso uso de

sacos de adubos em campo, ao passo que colaboram com a redução do uso de

recurso não renovável proveniente do petróleo.

O reconhecimento do resíduo sólido reutilizável e reciclável como um bem

econômico e de valor social, gerador de trabalho e renda e promotor de cidadania;

O petróleo é um recurso mineral não renovável em curto prazo, formado

por uma gama de compostos (Kipper et. al., 2009). O conhecimento da geração de

resíduos em uma empresa é evidenciado através do inventário de resíduos da

cadeia produtiva, que neste caso será tratado posteriormente.

CAPITULO II

2. LEGISLAÇÃO AMBIENTAL

O cumprimento das normas ambientais e seus requisitos básicos devem

atendidos por todos. Quanto maior o tamanho do empreendimento, maior devem ser

os cuidados ambientais em relação aos impactos que esses podem causar ao meio

ambiente.

A Conformidade com a legislação ambiental significa observar as normas

ambientais postas, que objetivam o desenvolvimento econômico e o meio

ambiente equilibrado com qualidade de vida a todas as formas de vida do

Planeta (TOCCHETTO, 2005).

De acordo com a Lei nº 6.938, de 31 de agosto de 1938, a Política

Nacional do Meio Ambiente, seus fins e mecanismos de formulação e aplicação, e

dá outras providências, os consumidores estão mais conscientes em relação às

questões ambientais e aos cuidados que estas devem ter com o meio ambiente.

Constituição Federal previu, em seu art. 225, que “todos têm direito ao meio

ambiente ecologicamente equilibrado, bem de uso comum do povo e

essencial à sadia qualidade de vida, impondo-se ao Poder Público e à

coletividade o dever de defendê-lo e preservá-lo para as presentes e futuras

17

gerações.” (UNIÃO, 2007).

De acordo com Souza (1993) apud Guéron (2003), as empresas

passaram a agir proativamente e de forma antecipada á legislação, adotando

estratégias de marketing de forma a criar novos produtos e ações que sejam

voltadas para a proteção ambiental.

Ainda segundo Guéron (2003), o setor florestal, tem demostrado maior

preocupação em comparação com outros setores com as implicações ambientais.

As empresas que decidem realizar as suas atividades de forma

sustentável, encontram na legislação ambiental, os critérios e procedimentos para a

instalação e operação. O licenciamento ambiental é o primeiro passo para o que

uma empresa inicie suas atividades com sustentabilidade.

A Resolução Conama 237/97, traz o seguinte conceito do licenciamento

ambiental:

Procedimento administrativo pelo qual o órgão ambiental competente

licencia a localização, instalação, ampliação e a operação de

empreendimentos e atividades utilizadoras de recursos ambientais,

consideradas efetiva ou potencialmente poluidoras; ou aquelas que, sob

qualquer forma, possam causar degradação ambiental, considerando as

disposições legais e regulamentares e as normas técnicas aplicáveis ao

caso (CONAMA, 237/97).

Contudo, não são todos empreendimentos que necessitam de

licenciamento ambiental.

De acordo com a Lei 6.938/81 empreendimentos que necessitam de

licenciamento, são as atividades utilizadoras de recursos ambientais, consideradas

efetiva e potencialmente poluidoras, bem como as capazes, sob qualquer forma, de

causar degradação ambiental.

Conforme a Lei 6.938/81, em seu anexo VIII, redação dada pela Lei

10.165/00, a silvicultura, esta inserida como atividade potencialmente poluidora e

utilizadoras de recursos ambientais, no que se refere à exploração econômica de

madeira ou lenha e subprodutos florestais.

18

A geração de resíduos industriais resultantes das operações dos

empreendimentos florestais podem causar impactos ambientais que devem ser

previamente identificados anteriormente á instalação do empreendimento.

Para as atividades consideradas efetiva ou potencialmente causadoras de

significativa degradação ambiental, a concessão da licença prévia

dependerá de aprovação de estudo prévio de impacto ambiental e

respectivo relatório de impacto sobre o meio ambiente (EIA/Rima). Esses

instrumentos também são essenciais para solicitação de financiamentos e

obtenção de incentivos fiscais. (UNIÃO, 2007)

A identificação dos aspectos ambientais significativos é tarefa das

empresas e consiste em reconhecer os impactos que causados ou que podem vir a

causar, nos quais devem atuar de forma a minimizá-los ou evitá-los e assim, elevar o

bem estar da sociedade (DAROIT, 2000, apud TOCCHETTO, 2005).

O gerenciamento de resíduos industriais deve ser prática constante, de

forma a evitar a poluição do meio ambiente.

De acordo com Frondizi (1996), apud Tocchetto (2005), a poluição é

sinônimo de desperdício e ineficiência produtiva.

Valle (1995), apud Tocchetto (2005) diz que os resíduos industriais

representam na maioria dos casos, perda de matérias-primas e insumos.

2.1 Política Nacional de Resíduos Sólidos

De acordo com a União (2010) Política Nacional de Resíduos, institui a

Lei nº 12.305, de agosto de 2010, que altera a Lei nº 9.605, de 12 de fevereiro, de

1998, e da outras providências.

Art. 1o Esta Lei institui a Política Nacional de Resíduos Sólidos, dispondo

sobre seus princípios, objetivos e instrumentos, bem como sobre as

diretrizes relativas à gestão integrada e ao gerenciamento de resíduos

sólidos, incluídos os perigosos, às responsabilidades dos geradores e do

poder público e aos instrumentos econômicos aplicáveis (UNIÃO, 2010).

19

Segundo União (2010), no capítulo I do título I, em disposições gerais e

em relação ao objeto e do campo de aplicação, § 1º do art. 1º, estão sujeitas à

observância desta Lei as pessoas físicas ou jurídicas, de direito público ou privado,

responsáveis, direta ou indiretamente, pela geração de resíduos sólidos e as que

desenvolvam ações relacionadas à gestão integrada ou ao gerenciamento de

resíduos sólidos.

As empresas florestais representam grande parcela das atividades

industriais no Brasil, assim, os que resultam em grandes quantidades de resíduos

nas suas atividades, desta forma, devem gerenciar esta geração, para atendimento

às normas ambientais, a fim de minimizar os impactos ambientais.

De acordo Magossi (2007), no Brasil existem segmentos industriais

florestais, altamente competitivos, função do rápido crescimento das plantações que

atingem produtividade cerca de 10 vezes superior à observada em países líderes do

mercado internacional.

A base florestal brasileira contempla florestas naturais e plantadas. Da área

total do território nacional, cerca de 66% são cobertos por florestas naturais,

0,5% por florestas plantadas e o restante (33,5%) por outros usos, tais

como: agricultura, pecuária, áreas urbanas e infra-estrutura, dentre outros.

A composição da floresta natural é dada pelas florestas densas, florestas

abertas e outras formas de vegetação natural (HOEFLICH, 1998, apud

MAGOSSI, 2007).

De acordo União (2010), que trata da Política Nacional dos Resíduos

Sólidos, os resíduos de silvicultura, provenientes das indústrias do ramo florestal,

são caracterizados conforme o Art. 13, do Capítulo 1, conforme o item I) resíduos

agrossilvopastoris: os gerados nas atividades agropecuárias e silviculturais,

incluídos os relacionados a insumos utilizados nessas atividades.

Ainda conforme a União (2010), no que se refere à classificação de

resíduo no item II, que classifica os resíduos conforme a periculosidade, as

atividades de silvicultura, geram resíduos perigosos, que são aqueles que em razão

de suas características de inflamabilidade, corrosividade, reatividade, toxicidade,

patogenicidade, carcinogenicidade, teratogenicidade e mutagenicidade, apresentam

significativo risco à saúde pública ou à qualidade ambiental.

20

A Política Nacional de Resíduos Sólidos, no capítulo II, seção I, em

disposições gerais, dispõe sobre os planos de resíduos sólidos, com a seguinte

descrição:

Art. 14. São planos de resíduos sólidos:

I - o Plano Nacional de Resíduos Sólidos;

II - os planos estaduais de resíduos sólidos;

III - os planos microrregionais de resíduos sólidos e os planos de resíduos

sólidos de regiões metropolitanas ou aglomerações urbanas;

IV - os planos intermunicipais de resíduos sólidos;

V - os planos municipais de gestão integrada de resíduos sólidos;

VI - os planos de gerenciamento de resíduos sólidos.

Parágrafo único. É assegurada ampla publicidade ao conteúdo dos planos

de resíduos sólidos, bem como controle social em sua formulação,

implementação e operacionalização, observado o disposto na Lei no

10.650, de 16 de abril de 2003, e no art. 47 da Lei nº 11.445, de 2007.

De acordo com o Plano Nacional de Resíduos Sólidos, as empresas,

devem elaborar e implementar os planos de gestão dos resíduos sólidos gerados em

todas as fases da cadeia produtiva com os objetivos de redução na fonte geradora.

2.1.1 Plano Estadual de Resíduos Sólidos do Estado do Pará

2.1.1.1 Política Estadual de Meio Ambiente

No estado do Pará até o presente momento, não foi implementado o

Plano Estadual de Resíduos. Desta forma, o os empreendimentos instalados e

operando no Estado, devem seguir as diretrizes do Plano Nacional de Resíduos. No

entanto, a LEI No 5.887, de 09 de maio de 1995 (Publicada no Diário Oficial do

Estado do Pará em 11 de maio de 1995), dispõe sobre a Política Estadual do Meio

Ambiente e dá outras providências, tendo como objetivos no art. 3º:

I. promover e alcançar o desenvolvimento econômico-social,

compatibilizando-o, respeitadas as peculiaridades, limitações e carências

locais, com a conservação da qualidade do meio ambiente e do equilíbrio

ecológico, com vistas ao efetivo alcance de condições de vida satisfatórias e

o bem-estar da coletividade;

II. definir as áreas prioritárias da ação governamental relativas à questão

ambiental, atendendo aos interesses da coletividade;

21

III. estabelecer critérios e padrões de qualidade para o uso e manejo dos

recursos ambientais, adequando-os continuamente às inovações

tecnológicas e às alterações decorrentes de ação antrópica ou natural;

IV. garantir a preservação da biodiversidade do patrimônio natural e

contribuir para o seu conhecimento científico;

V. criar e implementar instrumentos e meios de preservação e controle

do meio ambiente;

VI. fixar, na forma e nos limites da lei, a contribuição dos usuários pela

utilização dos recursos naturais públicos, com finalidades econômicas;

VII. promover o desenvolvimento de pesquisas e a geração e difusão de

tecnologias regionais orientadas para o uso racional de recursos

ambientais;

VIII. estabelecer os meios indispensáveis à efetiva imposição ao degradador

público ou privado da obrigação de recuperar e indenizar os danos

causados ao meio ambiente, sem prejuízo das sanções penais e

administrativas cabíveis.

No Art. 7º do Título III, do Sistema Estadual de Meio Ambiente, cria o

Sistema Estadual de Meio Ambiente, o SISECTAM, com finalidade de implementar a

Política Estatual do Meio Ambiente, bem como controlar sua execução.

O Art. 8º descreve a estrutura do SISSECTAM, da seguinte forma:

I. como órgão normativo, consultivo e deliberativo, o Conselho Estadual do

Meio Ambiente - COEMA; II. como órgão central executor, a Secretaria de

Estado de Ciência, Tecnologia e Meio Ambiente - SECTAM, com a função

de planejar, coordenar, executar, supervisionar e controlar a Política

Estadual do Meio Ambiente;

III. como órgãos setoriais, os órgãos ou entidades da Administração Pública

Estadual, direta e indireta, bem como as Fundações instituídas pelo Poder

Público que atuam na elaboração e execução de programas e projetos

relativos à proteção da qualidade ambiental ou que tenham por finalidade

disciplinar o uso dos recursos ambientais;

IV. como órgãos locais, os organismos ou entidades municipais

responsáveis pela estão ambiental nas suas respectivas jurisdições.

De acordo com a Política Estatual do Meio Ambiente do Estado do Pará,

no Art. 11, os resíduos sólidos, no Título IV, relativo ao controle ambiental dentro das

normas gerais, é tratado a questão dos resíduos sólidos, que descreve:

22

Art. 11 - Os resíduos líquidos, sólidos, gasosos ou em qualquer estado de

agregação da matéria, provenientes de fontes poluidoras, somente poderão

ser lançados ou liberados, direta ou indiretamente, nos recursos ambientais

situados no território do Estado, desde que obedecidas as normas e

padrões estabelecidos nesta Lei e em legislação complementar.

Ainda em relação a resíduos, no Capítulo II, com relação à Poluição, na

seção I, da poluição do solo, a Política Estadual de Meio Ambiente descreve os

seguintes artigos:

Art. 13 - O Poder Público manterá, sob sua responsabilidade, áreas

especificamente destinadas para disposição final de resíduos de qualquer

natureza, cabendo-lhe a elaboração e aprovação dos projetos necessários e

específicos relativos a essa utilização do solo.

§ 1o - No caso de utilização de solo de propriedade privada para disposição

final de resíduos de qualquer natureza, deve ser observado projeto

específico licenciado pelo órgão ambiental competente.

§ 2o - Quando o destino final do resíduo exigir a execução de aterros

deverão ser asseguradas medidas adequadas para a proteção das águas

superficiais e subterrâneas.

§ 3o - Os resíduos portadores de microorganismos patogênicos ou de alta

toxicidade, bem como inflamáveis, explosivos, radioativos e outros

classificados como perigosos, antes de sua disposição final no solo,

deverão ser submetidos a tratamento e acondicionamento adequados.

Art. 14 - Fica vedado o transporte e a disposição final no solo do território

estadual, de quaisquer resíduos tóxicos, radioativos e nucleares, quando

provenientes de outros Estados ou Países.

Art. 15 - A acumulação de resíduos que ofereçam comprovados riscos de

poluição ambiental, na área de propriedade da fonte geradora do risco ou

em outros locais, somente será permitida mediante observância das

cautelas necessárias, com aquiescência do órgão ambiental.

Art. 16 - O transporte, a disposição e o tratamento de resíduos de qualquer

natureza deverão ser feitos pelos responsáveis da fonte geradora.

Parágrafo Único - O disposto neste artigo aplica-se também aos lodos,

digeridos ou não, do sistema de tratamento de resíduos ou de outros

materiais.

Art. 17 - O reaproveitamento, a reciclagem e a venda de resíduos perigosos

dependerão de prévio licenciamento do órgão ambiental.

23

Apesar de ainda não ter sido implementado a Política Estadual de

Resíduos no Estado do Pará, a Politica de Meio Ambiente deste referido Estado, de

acordo com o estudo, aqui apresentados, têm condições de direcionar a gestão de

resíduos no Estado.

Ainda em relação à Política Ambiental do Estado do Pará, no Capítulo III,

em relação ás substâncias e produtos perigosos, no Art. 28, encontra-se a definição

para substâncias e produtos perigosos, bem como os agrotóxicos, seus

componentes e afins, o mercúrio, o ácido cianídrico e sais derivados e as

substâncias que destroem a camada de ozônio, bem como as que possam causar

riscos á vida e ao meio ambiente.

2.1.1.2 Plano Estadual de Resíduos Sólidos do Estado do Pará

No Município de Dom Eliseu no Estado do Pará, a Lei Municipal N.º 313 de

02 de julho de 2009, que se encontra em vigor e cria a Secretaria de Municipal de

Meio Ambiente, no âmbito da Estrutura Administrativa da Prefeitura Municipal de

Dom Eliseu, deste município e altera a Lei Municipal nº 313, de 22/01/2009 da forma

que especifica e dá Outras Providências.

Conforme a Lei Municipal nº 313, no Art. 66-A, a Secretaria Municipal de

Meio Ambiente (SEMMA) tem por objetivos planejar, coordenar, executar,

supervisionar e controlar as atividades relativas à Política Municipal do Meio

Ambiente, à preservação, conservação, uso racional dos recursos naturais e

promover a integração dos órgãos da administração pública e privada na busca do

Equilíbrio ambiental e da melhoria da qualidade ambiental do município.

Das competências da Secretaria Municipal citada no Art. 66B, em relação à

gestão de resíduos, os itens abaixo, são os que melhor têm referência com o

assunto:

V – Exercer o poder de polícia ambiental, através da aplicação das leis

federal, estadual e municipal, padrões e instrumentos ambientais, e do

licenciamento e da ação fiscalizadora de projetos ou atividades que possam

colocar em risco o equilíbrio ecológico ou provocar significativa degradação

do Meio ambiente;

VIII – Promover a Educação Ambiental e estimular a participação da

comunidade, no processo de preservação e recuperação do Meio Ambiente;

24

IX – Implantar e manter atualizado o Sistema de Informações Ambientais de

Dom Eliseu - SISAMDE;

X – Zelar pela observância das normas de controle ambiental, em

articulação com órgãos federais e estaduais;

XIII – Promover o licenciamento ambiental de atividades produtivas cujo

impacto seja Local conforme previsto na Resolução 237 - CONAMA

XIV – Participar do Sistema Estadual e Nacional de Meio Ambiente (SIEMA

e SISNAMA);

A Política Ambiental do Município de Dom Eliseu, é citada no Art. 66-E da

Lei Municipal, em relação à Gerência de Monitoramento Ambiental e Fiscalização,

que, compete:

I – coordenar, executar as atividades de monitoramento e

fiscalização ambientais cargo do Governo Municipal de Dom

Eliseu que visem a proteção, a conservação do Meio Ambiente

nos limites territoriais de dom Eliseu; bem como das atividades

produtivas licenciadas ou não pelo órgão ambiental municipal.

II – realizar fiscalização e autuação junto a pessoas fiscais e/ou

jurídicas que exerçam atividades potencial ou efetivamente

agressivas ao meio ambiente;

§ 1º. No ato da fiscalização, ao servidor investido do Poder de

Polícia Ambiental, será livre o acesso a todos os lugares onde

julgar necessário exercer as ações que lhe são atribuídas nos

preceitos da Política Ambiental.

§ 2º. O servidor investido do Poder de polícia Ambiental portará

credencial distintiva devidamente sancionada pelo Prefeito e o

Secretário de Meio Ambiente de Dom Eliseu.

No Art. 66-F, da Lei Municipal, compete a Gerência de

Licenciamento Ambiental:

I – Promover a instrumentalização e Instrução dos processos

de licenciamento que competem ao município de dom Eliseu;

II - Executar as normas e padrões de Qualidade Ambiental,

relativo ao controle de poluição em suas diferentes formas, a

25

ocupação ordenada e racional do solo, analisar e instruir os

pedidos de Licenciamento Ambiental;

III – No tocante às atividades potencialmente poluidoras ou

agressivas ao Meio ambiente, acompanhar e integrar os

Organismos Empreendedores do Desenvolvimento

Sustentável, salvaguardando uma correta aplicação da Política

Ambiental;

IV – O Controle Ambiental relativo ao uso e ocupação do solo a

óptica legal afim;

2.1.1.3 Plano Diretor de Desenvolvimento Urbano Sustentável do Município

de Dom Eliseu

O Plano Diretor foi criado através da Lei Complementar Nº. 001, de 06 DE

OUTUBRO DE 2006, que instituir Institui o Plano Diretor de Desenvolvimento

Urbano Sustentável do Município de Dom Eliseu – Estado do Pará, bem com outras

providências.

No Capítulo I em relação às finalidades e abrangência do Plano Diretor

Participativo, no Art.1º, institui a Política de Desenvolvimento Territorial Urbano

Sustentável e o Sistema de Planejamento e Gestão Participativa do Município do

Município de Dom Eliseu, em concordância com a Lei Orgânica e o Estatuto da

Cidade.

No Art. 2º, item III, é tratado a questão de resíduos sólidos, através de

mecanismos para atuação conjunta dos setores públicos e privados em

empreendimentos de interesse público que promovam transformações urbanísticas

na cidade, entre outras, coleta e disposição final de resíduos sólidos.

Conforme o item XIV do Plano Diretor é um dos objetivos, garantir a

implantação da Política Ambiental do Município, visando preservar e proteger o meio

ambiente natural dentro do território do município, priorizando a implantação da

Agenda 21 local, com ênfase, no desenvolvimento sustentável, considerando-o

como bem e uso comum do povo.

No Capítulo II, da Seção I, da Sustentabilidade Ambiental, em relação aos

objetivos, diretrizes e ações estratégicas da Política de Meio Ambiente do Município,

26

conforme Art. 5º, a Política do Meio Ambiente tem por objetivo garantir e disciplinar

as ações necessárias à recuperação, preservação e conservação do ambiente

mediante a execução dos objetivos estabelecidos nesta Lei.

Em resumo o Município de Município de Dom Eliseu, não possui um Plano

Municipal de Gestão de Resíduos, conforme Art. 10 da Lei nº 12.305, que instituiu o

Plano Nacional de Resíduos Sólidos onde descreve que:

Incumbe ao Distrito Federal e aos Municípios a gestão integrada dos

resíduos sólidos gerados nos respectivos territórios, sem prejuízo das

competências de controle e fiscalização dos órgãos federais e estaduais do

Sisnama, do SNVS e do Suasa, bem como da responsabilidade do gerador

pelo gerenciamento de resíduos, consoante o estabelecido nesta Lei.

CAPITULO III

3. GESTÃO AMBIENTAL DE RESÍDUOS

3.1 Avaliação da Gestão de Resíduos em Empresa Florestal

3.1.1 Localização da Área de Estudo

O Empreendimento florestal em questão possui sua Sede localizada no

município de Dom Eliseu no Estado do Pará e plantios florestais em outros três

municípios no mesmo estado.

O município de Dom Eliseu, instituído em 1988, com o desmembramento de

Paragominas, é constituído apenas pelo distrito-sede. Dentre os núcleos

urbanos, são destacados: a localidade de Bela Vista - popularmente

conhecida como Itinga do Pará, na divisa com o estado do Maranhão, vila

Ligação do Pará, na divisa com o município de Paragominas, vila Palestina,

no Km 70 da BR 222 e vila Nazaré que fica localizada em uma estrada

vicinal à altura de km 25 da BR 222 (PARÁ. Secretaria de Estado de

Planejamento, Orçamento e Finanças, 2008 apud, MERCÊS, 2009).

Mercês (2009) descreveu a localização de Dom Eliseu, situado na região

Sudeste paraense, na Microrregião de Paragominas, com área de 5.297,4km2,

sendo a ocupação da área do município foi iniciada na década de 60, a partir da

abertura da rodovia BR 222 (antiga PA 70).

27

A população de Dom Eliseu, segundo o IBGE (2010) era de 51.319

habitantes. Em 2011, segundo o IBGE, a estimativa foi de 52.224, habitantes, em

uma área total de 5.278,794 (Km²), com densidade demográfica de 9,74 (hab/Km²).

Taxa de crescimento Dom Eliseu – 2001 a 2007

1991 1996 2000 2007 2010

4.362 35.904 39.529 38.150 51.319

Tabela 1: Taxa de crescimento de Dom Eliseu, Pa

Fonte: IBGE, 2011.

De acordo com a Tabela 1, a cidade de Dom Eliseu vem crescendo a uma

taxa considerável nos últimos anos.

Figura 1: Demonstrativo do crescimento da população de 1998 a 2006

Fonte: http://www.guiadoeleitor.com.br/cidades/5975.htm

Conforme o do site Guia do Leitor Cidades Brasileiras, Figura 1, a população

eleitora do município do ano de instalação, 1989, até o ano de 2006, obteve um

crescimento populacional de 46%, ou seja, aproximadamente a metade da

população se encontra em condições de contribuir com a força produtiva e por

consequência de exigir que o município se desenvolva de forma sustentável.

Segundo o IBGE (2012), a origem de Dom Eliseu, está numa área do

município de Paragominas que começou a ser ocupada na década de 60, durante a

abertura da Rodovia BR 222, antiga PA 70. Em 1970, começou a funcionar a

28

primeira indústria, a Serraria Alves Marques Ltda. A exploração de madeira foi

crescendo rapidamente, e logo outras madeireiras já haviam se instalado na área. O

constante crescimento populacional e econômico da Vila levou os habitantes de

Dom Eliseu a reivindicarem o desmembramento de Paragominas.

De acordo com as informações do IBGE (2012), a quantidade de madeira-

lenha produzida foi de 7.460 metros cúbicos, gerando valor comercial de 275 mil

reais, valor esse superior quando comparado com outas culturas como a soja (em

grão) por exemplo que produziu a quantidade de 16.000 toneladas gerando valor

comercial de 16.500.

Figura 2: Municípios do Estado do Pará especializados na atividade florestal e de

madeira e mobiliário, simultaneamente: 2003 e 2004.

Fonte: dados da pesquisa.

29

Visualizam-se as interligações dos municípios do Sudeste

Paraense, formando uma área de exploração de madeira

contínua (Abel Figueiredo, Rondon do Pará, Dom Eliseu,

Ulianópolis, Paragominas). Novo Progresso (Sudoeste), Porto

de Moz (Marajó) e Moju (Nordeste Paraense), em termos de

distância espacial, se deslocam de uma produção concentrada

de produtos madeireiros ou não do Sudeste Paraense

(SANTANA et al., 2008).

3.1.1.1 Localização Geográfica

O mapa da Figura 3 mostra a localização geográfica do município do de Dom

Eliseu, no Estado do Pará, com a localização de portos, aeroportos, bem como rios

e rodovias pavimentadas, sendo que a Rodovia BR 010 é a principal ligação com as

outras regiões do Pais.

30

Figura 3: Localização Geográfica de Dom Eliseu, Pa.

Fonte: http://www.ibge.com.br/cidadesat/ufs/download/pa_mapa_e_municipios.pdf -15 -07

A figura 4 mostra atividade da agricultura do município, sendo os plantio de

eucaliptos e sojas as mais representativas.

Figura 4: Localização Geográfica de plantios de eucalipto e soja em Dom Eliseu, Pa.

Fonte: http://maps.google.com.br/

3.1.2 Gestão de Resíduos Sólidos

3.1.2.1 Inventário de Resíduos

De acordo com o Anexo I do CONAMA Nº 313 de 2002, que trata do

inventário nacional de resíduos sólidos industriais, com a finalidade de obter

informações corretamente quanto a geração de resíduos sólidos nas atividades

industriais dos Estados, foram orientados através no conhecimento e preenchimento

do formulário de inventário de resíduos. Segue abaixo as orientações:

1. Preencha os espaços previstos para as respostas de acordo com o

critério de cada pergunta.

31

2. As questões que apresentarem a opção “outros” deverão ser

especificadas.

3. Caso os espaços não sejam suficientes, utilize folhas em anexo, em caso

de preenchimento em papel, ou insira linhas em caso de digitação em

computador.

4. Nos anexos deste formulário, você encontrará listagens com códigos

necessários ao preenchimento.

5. Caso não esteja apto a responder, procure o profissional da indústria

capacitado para esta atividade. O responsável pelo processo industrial é a

pessoa mais indicada.

6. Não deixe de informar nenhum resíduo gerado pela atividade industrial,

independentemente deste ser reutilizado ou re-processado. Deve ser

incluído todo e qualquer refugo gerado pelo processo industrial, inclusive

sub-produtos.

7. O período correspondente às informações deve ser retroativo a um ano.

8. Caso sua atividade não seja indústria, remeta ao órgão ambiental, por

meio do envelope carta-resposta, uma declaração do tipo de atividade

desenvolvida no local.

9. Caso a atividade esteja desativada, remeta ao órgão ambiental, por meio

do envelope carta-resposta, uma declaração de desativação com sua

respectiva data.

10. Consulte o anexo II e confira quais os resíduos que sua indústria gera, e

selecione os códigos e os tipos de resíduos correspondentes. O

preenchimento do código do resíduo deve ser feito com base na norma da

ABNT NBR-10.004 - Resíduos Sólidos – Classificação e nesta Resolução.

Caso a descrição do resíduo no anexo II não seja suficiente para

caracterizar o resíduo gerado, utilize o campo “Descrição do Resíduo” da

tabela para especificá-lo, de acordo com sua origem, ou utilize a Norma da

ABNT NBR-10004. Ao utilizar os códigos A011, A099, D001, D002, D003,

D004, D099 e D199, descreva de que material é composto o resíduo.

11. O código a ser utilizado para o tipo de armazenamento encontra-se no

anexo III (Sistema - Armazenamento), utilizando “S” para resíduos

atualmente gerados e “Z” para os resíduos não mais gerados. 12. O código

a ser utilizado para o tipo de destino encontra-se no anexo III. Qualquer

dúvida no preenchimento, não deixe de contatar com a Central de

Atendimento do Inventário de Resíduos.

Conforme a Lei 10.165/2000, as atividades de silvicultura, são consideradas

potencialmente poluidoras e utilizadoras de recursos ambientais, desta forma, estão

sujeitos à fiscalização, pagamentos de taxas de controles ambientais e apresentar

32

anualmente o Relatório Anual de Controle e Fiscalização ambiental. O inventário de

geração de resíduos é um dos itens a ser apresentado no Relatório Anual do

IBAMA, conforme a Lei 10.165/2000.

"Art. 17-C. É sujeito passivo da TCFA todo aquele que exerça as atividades

constantes do Anexo VIII desta Lei." (NR).

"§ 1o O sujeito passivo da TCFA é obrigado a entregar até o dia 31 de

março de cada ano relatório das atividades exercidas no ano anterior, cujo

modelo será definido pelo IBAMA, para o fim de colaborar com os

procedimentos de controle e fiscalização." (NR) ( Lei 10.165/2000).

Apesar de ser considerada uma atividade potencialmente poluidora, a

atividade de reflorestamento como um todo, colabora com o desenvolvimento

sustentável, na medida em que reduz a pressão do uso em florestas nativas.

Para atingir esse fim, o manejo florestal é regulado por meio de leis ou

estimulado por incentivos econômicos para internalizar o custo ambiental da

produção madeireira (SCHOLZ, 2000).

Serra et al., (2006), cita que a produção madeireira no Pará, passa por um

momento de transição, e adequação a um novo ambiente, desta forma, as

mudanças no mercado e na legislação, forçam as empresas a se preocuparem com

as questões ambientais antes delegadas a segundo plano.

3.1.2.2 Inventário de Resíduos de Silvicultura

O primeiro passo para o correto gerenciamento dos resíduos gerados nas

atividades florestais, bem como em todas as indústrias é o levantamento dos

resíduos gerados, durante as fases de produção.

De acordo com Andrade et. al., (1998), a geração de resíduos tem sido

significativa no setor florestal.

A Norma Regulamentadora trata da questão dos resíduos industriais

descreve, sobre as medidas preventivas que as empresas precisam estabelecer

para o gerenciamento dos resíduos industriais.

33

NR -25 – Resíduos Industriais: Estabelece as medidas preventivas a serem

observadas, pelas empresas, no destino final a ser dado aos resíduos

industriais resultantes dos ambientes de trabalho de modo a proteger a

saúde e a integridade física dos trabalhadores. A fundamentação legal,

ordinária e específica, que dá embasamento jurídico à existência desta NR

é o artigo 200 inciso VII da CLT (NR25, apud HOEPPNER, 2012).

No levantamento dos resíduos industriais gerados na atividade de

reflorestamento especificamente a silvicultura, no município de Dom Eliseu, no

Estado do Pará, não foi considerado os resíduos orgânicos, cascas de madeira,

pois, a empresa em estudo, realiza apenas o plantio e manutenção de florestas de

eucalipto, sendo as outras atividades como, por exemplo, colheita florestal, ainda

não ter sido realizada, e ainda considerando que o assunto de reaproveitamento

deste tipo de resíduos, demandar estudos específicos.

A empresa de reflorestamento possui o PGRS, programa de gestão de

resíduos sólidos implementados, porém, necessita de adaptações para que atenda

aos critérios ambientais de forma minimizar os impactos ambientais.

Os empreendimentos passíveis de licenciamento ambiental, de

instrumentos que possibilitem elaborar o Plano de Gerenciamento de

Resíduos de Resíduos – PGRS, conforme exigido no Art. 138 do

Regulamento da Lei Estadual nº 7.799, de 07/02/2001, aprovado pelo

Decreto Estadual nº 7.967, de 05/06/2001.

O PGRS busca minimizar a geração de resíduos na fonte, adequar a

segregação na origem, controlar e reduzir riscos ao meio ambiente e

assegurar o correto manuseio e disposição final, em conformidade com a

legislação vigente (CARDOSO, et. al., 2002).

A figura 5 representa a lista dos principais resíduos gerados nas atividades

de silvicultura da empresa em questão.

ITEM CÓDIGO DESCRIÇÃO DO RESÍDUO UNIDADE

DE MEDIDA

1 02-005 Pneus veículos diversos (pneus de veículos, caminhões Kg

2 04-003 Lodo de Fossa Séptica Kg

3 06-001 Sucata de Ferro Kg

34

4 06-022 Embalagens metálicas contendo borras de resíduos perigosos. Kg

5 07-001 Areia contaminada com substâncias não perigosas Kg

6 07-023 Resíduos de areia contaminada com substâncias perigosas Kg

7 08-001 Areia ou solo contaminado com óleos e/ou graxas Kg

8 08-004 Filtro de óleo Kg

9 08-005 Graxa (usada, vencida, imprópria para uso) Kg

10 08-010 Óleo lubrificante usado contaminado com minério e outros Litros

11 08-013 Serragem, materiais absorventes e resíduos de madeira contaminados com óleo e graxa

Kg

12 08-014 Trapo e estopa contaminados com óleo e graxa Kg

13 08-019 Embalagens plásticas, papel e papelão, borrachas contaminados com óleos

Kg

14 08-020 EPI contaminados com óleo (capacetes, luvas, máscaras, óculos) Obs.: Fardamentos não estão inclusos neste código.

Kg

15 09-003 Papel com mistura de cores Kg

16 09- 005 Mistura de diferentes tipos de papéis e papelões Kg

17 10-004 Polietileno (sacaria industrial: sacolas para supermercados e lojas, sacos de lixo; recipientes: garrafas e baldes, brinquedos).

Kg

18 10-007 Plástico rígido, PEAD (engradados, vasilhames e embalagens para detergentes e óleos automotivos, tampas, potes, utensílios domésticos).

Kg

19 10-013 Poliestireno – PS (copos descartáveis, parte interna da porta da geladeira, placas isolantes, alguns tipos de material escolar)

Kg

20 10-014 Polietileno Tereftalato (PET): (garrafas pet de refrigerantes) Kg

21 11-001 Lâmpadas Fluorescentes Unidades

22 12-001 Misturas com alimentos, papéis e plásticos não contaminados com produtos perigosos (guloseimas, bandejas de isopor engorduradas, palito de picolé, guardanapos)

Kg

23 12-003 Resíduo de alimentação (resto de preparação de alimentos, cascas, ossos e resto ingesta).

Kg

24 12-005 Resíduos sanitários (papel higiênico, papel toalha, absorventes higiênicos).

Kg

25 12-009 Misturas de embalagens, plásticos, papéis, papelão e borrachas não contaminadas com produtos perigosos (marmitex, embalagens diversas)

Kg

26 13-022 Resíduos de agroquímicos em geral Kg

27 14-001 Sucata de componentes eletroeletrônicos (placas eletrônicas, componentes de computadores, nobreak, estabilizadores, telefones, desde que sem nº patrimônio)

Kg

28 14-004 EPI diversos não contaminados (obs: fardamentos não estão inclusos)

Kg

29 14-010 Resíduos Comuns Kg

30 14-009 Cartuchos de tinta para impressora Und

31 14-010 Tonner de impressora/copiadora Und

32 15-001 Big Bag não contaminados com substâncias perigosas Und

33 15-005 Trapos e panos não contaminados Kg

34 16-002 Placas e pedaços de vidro Kg

Figura 5: Listagem dos principais resíduos gerados no processo de silvicultura

Fonte: Arquivo Empresa de Silvicultura

35

A listagem acima da figura 5 tem como base a Norma

Nº 313 de 2002, quanto a informações sobre os resíduos sólidos.

3.1.2.3 Classificação dos resíduos

De acordo com a Norma NBR 10.0004, 2004, em definições, define resíduos

sólidos:

Resíduos nos estados sólido e semi-sólido, que resultam de atividades de

origem industrial, doméstica, hospitalar, comercial, agrícola, de serviços e

de varrição. Ficam incluídos nesta definição os lodos provenientes de

sistemas de tratamento de água, aqueles gerados em equipamentos e

instalações de controle de poluição, bem como determinados líquidos cujas

particularidades tornem inviável o seu lançamento na rede pública de

esgotos ou corpos de água, ou exijam para isso soluções técnica

eeconomicamente inviáveis em face à melhor tecnologia disponível.

De acordo com a norma da ABNT NBR-10.004, os resíduos sólidos são

classificados em três categorias:

Resíduo Classe I - Perigoso: são aqueles que apresentam periculosidade

para a saúde pública e o meio ambiente em função de suas características

de inflamabilidade, corrosividade, reatividade, toxicidade e patogenicidade.

Resíduos Classe II A - Não Inertes: são aqueles que não se enquadram na

Classe I perigosos ou na Classe II B - Inertes. Apresentam propriedades de

combustibilidade, biodegradabilidade ou solubilidade em água (NBR 10004).

Resíduos Classe II B - Inertes: são aqueles que submetidos a um contato

estático ou dinâmico com a água destilada ou deionizada, conforme o teste

de solubilização preconizado na NBR 10006, não tiverem nenhum de seus

constituintes solubilizados a concentrações superiores aos padrões da

listagem 8 (NBR 10004).

3.1.2.4 Segregação de resíduos de Silvicultura

36

De acordo com a classificação dos resíduos pela norma NBR 10.0004, 2004,

os resíduos gerados devem ser segregados, para que os mesmos possam ser

classificados e serem enviados para a destinação final.

A figura 6 mostra o fluxograma do programa de gestão de resíduos da

empresa.

Figura 6: Fluxograma do Programa de Gestão de Resíduos da Empresa

Fonte: Arquivo Empresa de Silvicultura

Geração de resíduos

Segregação dos resíduos

Acondicionamento

Coleta do resíduo

A

A

Reaproveitamento

interno

Estocagem dos resíduos

no DIR

Destinação Final

Verificar se o resíduo

está corretamente

segregado

Recebimento no DIR

B

37

3.1.2.4 Avaliação da Destinação final de resíduos

A empresa em estudo possui regras internas em relação à destinação de

resíduos e no cadastramento de empresas para destinação de resíduos.

Segundo normas internas, para que uma empresa possa participar de

processos de cotação para destinação de resíduos, a mesma precisa passar por um

processo de homologação.

As empresas de destinação final de resíduos, bem como empresas de

reciclagem, passam por um processo de levantamento de documentação de

conformidade e inspeções locais, para avaliar cumprimento das regras ambientais

na destinação de resíduos, porém com a nova reestruturação da empresa, esses

critérios foram modificados, comprometendo a gestão de resíduos da empresa.

No entanto, conforme Capítulo III, das responsabilidades dos geradores e do

poder público, as empresas responsáveis mesmo que venha a contratar empresa

para destinação.

§ 1o A contratação de serviços de coleta, armazenamento, transporte,

transbordo, tratamento ou destinação final de resíduos sólidos, ou de

disposição final de rejeitos, não isenta as pessoas físicas ou jurídicas

referidas no art.20 da responsabilidade por danos que vierem a ser

provocados pelo gerenciamento inadequado dos respectivos resíduos ou

rejeitos (UNIÃO, 2010).

Conforme o fluxograma apresentado, na figura 6, posteriormente ao processo

de geração dos resíduos, os mesmos, deve ser acondicionado em locais adequados

para serem segregados conforme a característica individual de cada resíduo.

38

Foto 3: Sacos plásticos de ráfia de fertilizantes dispostos no solo

De acordo com a foto 3, os sacos de plásticos e de ráfia, dispostos no solo,

sem a segregação e tratamento adequado.

De acordo a figura 7, com o Instituto Sócio Ambiental dos Plásticos citado

pelo Panorama dos Resíduos Sólidos no Brasil, 2010, PEBD/PELBD – Poliestireno

de Baixa Densidade/Polietileno Linear de Baixa Densidade houve crescimento deste

tipo de resíduo, desta forma, não é economicamente e ambientalmente viável que

este tipo de resíduos tenha tratamento inadequado na empresa.

39

Figura 7: Evolução do Consumo de Plásticos Reciclados

Fonte: Plastivida – Instituto Sócio Ambiental dos Plásticos

A foto 4, demostra a segregação e envio de saco plásticos de fertilizantes a

serem enviado para empresa de reciclagem que transformam estes plásticos em

mangueiras, de acordo com informação repassada pela recicladora.

40

Foto 4: Adequação no envio dos resíduos plásticos para empresa de reciclagem

De acordo com Lei Nº 12.305, 2010, Política Nacional de Resíduos Sólidos,

os resíduos devem ser segregados e armazenados corretamente, a fim de evitar a

poluição ambiental.

Art. 9o Na gestão e gerenciamento de resíduos sólidos, deve ser observada

a seguinte ordem de prioridade: não geração, redução, reutilização,

reciclagem, tratamento dos resíduos sólidos e disposição final

ambientalmente adequada dos rejeitos (Lei Nº 12.305, 2010).

A foto 5 e 6, 7 e 8, mostra a falha no armazenamento de diversos tipos de

resíduos com potencial de reciclagem e com potencial de poluição ambiental e

posterior adequação dos mesmos para serem destinados para reciclagem e

reaproveitamento na própria empresa.

41

Foto 5: Adequação de resíduos diversos Foto 6: Adequação de resíduos diversos

Foto 7: Falha no acondicionamento de resíduos

Foto 8: Adequação no acondicionamento de

resíduos, para destinação correta.

4. CONSIDERAÇÕES FINAIS

De acordo com o proposto neste estudo, verificaram-se diversas falhas no

processo de gestão de resíduos na empresa do ramo de reflorestamento em

questão, evidenciando impactos ambientais com riscos de contaminação ambiental,

desperdício de recursos não renováveis, bem como o não aproveitamento de

materiais com potencial de reciclagem e até retorno financeiro.

42

4.1 Análises Programa de Gestão de Resíduos Sólidos

De acordo com a União (2010) Política Nacional de Resíduos, institui a Lei nº

12.305, de agosto de 2010, alterada pela Lei nº 9.605, de 12 de fevereiro, de 1998, e

da outras providências, já citada neste estudo, as empresas, devem elaborar e

implementar os planos de gestão dos resíduos sólidos gerados em todas as fases

da cadeia produtiva com os objetivos de redução na fonte geradora.

Conforme pode ser verificado, a empresa em questão possui um Plano de

Gerenciamento de Resíduos Sólidos, que esta fase de revisão.

Na avaliação do plano em questão verificou-se a falha no procedimento, pois,

na tabela de inventário de resíduos, não segue a norma ABNT, para descrição dos

resíduos, portanto, deve ser revisada afim de atender á legislação pertinente.

ABNT NBR-10.004 - Resíduos Sólidos – Classificação e nesta Resolução.

Caso a descrição do resíduo no anexo II não seja suficiente para

caracterizar o resíduo gerado, utilize o campo “Descrição do Resíduo” da

tabela para especificá-lo, de acordo com sua origem, ou utilize a Norma da

ABNT NBR-10004. Ao utilizar os códigos A011, A099, D001, D002, D003,

D004, D099 e D199, descreva de que material é composto o resíduo

(RESOLUÇÃO CONAMA nº 313 de 2002).

De acordo com a Tabela 2, parte da Tabela da Resolução CONAMA Nº 313

de 2002, a identificação dos resíduos apresentados no fluxograma do Programa de

Gestão de Resíduos a empresa de reflorestamento em questão se encontra não

conforme, necessitando ser revisada para atendimento á legislação.

.

43

CÓDIGO DO RESÍDUO

DESCRIÇÃO DO RESÍDUO

CLASSE II OU CLASSE III

A001 Resíduos de restaurante (restos de alimentos)

A002 Resíduos gerados fora do processo industrial

(escritório, embalagens, etc.)

A003 Resíduos de varrição de fábrica

A004 Sucata de metais ferrosos

A104 Embalagens metálicas (latas vazias)

Tabela 2: Parte da Tabela do Anexo II da Resolução CONAMA nº 313 de 2002

De acordo com o fluxograma do Programa de Gestão de Resíduos

apresentado, no que se refere à estocagem de resíduos, há necessidade de

construção de um DIR – Depósito Intermediário de Resíduos, para que os resíduos

gerados nas atividades sejam segregados e armazenados de acordo com cada

classe de resíduos inclusive perigosos para posteriormente serem destinados para

empresas de reciclagem ou incineração.

Conforme pode ser observado no estudo, as embalagens de fertilizantes, não

são armazenadas no campo de forma adequada.

Os resíduos precisam ser armazenados de forma adequada após utilização

nas atividades da empresa. O tratamento correto destes resíduos tem como objetivo,

reduzir o acúmulo de passivos ambientais, assim, aumentam as chances de

reaproveitamento destes resíduos em empresas de reciclagens.

A segregação adequada de diferentes tipos de resíduos evita misturas e

facilitam os trabalhos de triagem nas empresas de reciclagem, desta forma, reduzem

os custos destas empresas que terão mais condições de continuar os trabalhos de

forma sustentável e contribuindo com a redução da poluição ambiental.

O município de Dom Eliseu não possuir aterro sanitário como a maioria dos

municípios do Brasil.

De acordo figura 8, do relatório da ABRELPE, Associação Brasileira de

Empresas de Limpeza Pública e Resíduos Especiais, em seus estudos realizados

em 2010, como o título: Panorama dos Resíduos Sólidos no Brasil, em 2010, 36,9%

44

dos resíduos sólidos urbanos, gerados no Estado do Pará, foram destinados no

lixão, 26,9% em aterro sanitário e 36,2% em aterro controlado.

A empresa do ramo de silvicultura não possui aterro sanitário, desta forma,

encontra-se com dificuldade em destinar os seus resíduos sólidos comuns, ou seja,

resíduos Classe II ou III, código A001, de acordo com a tabela do Anexo II da

Resolução CONAMA, Nº 313, bem como outros resíduos.

As inadequações na disposição dos resíduos praticados pela empresa geram

impactos sociais e ambientais e precisam ser corrigidos.

De acordo com os objetivos deste trabalho foram levantadas as diversas

situações na geração e disposição de resíduos da empresa, bem como as formas de

adequações, porém, entende-se que ainda há muitas outras situações que ainda

não foram levantadas e que precisam ser estudadas para adequação, o que pode

ser relatados em outros trabalhos.

O setor de reflorestamento esta em amplo crescimento no País, sendo assim,

a empresa avaliada representa apenas uma pequena parcela de um grande número

de empresas atuantes. Pelo presente estudo, percebeu-se que pela falta de

literatura diretamente relacionada ao assunto, ainda há muito que se estudar neste

Destinação Final de RSU no Estado do Pará (t/dia)

Figura 8: Quantidades de Município por tipo de Destinação Final de RSU

Fonte: Pesquisas ABRELPE 2009 e 2010

45

ramo do conhecimento. Esperamos de esta forma contribuir para a adequação e, por

conseguinte a manutenção da conformidade ambiental resultando em um ambiente

mais saudável e um desenvolvimento plenamente sustentável na região, bem como

em todo o Estado onde foi realizado o estudo.

46

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