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Informação, Comunicação, Educação e Participação Social no controle das viroses Denise Pimenta Laboratório de Educação em Saúde e Meio Ambiente Fiocruz / MG SEMINÁRIO SOBRE ZIKA, CHIKUNGUNYA E DENGUE: DESAFIOS PARA O CONTROLE E A ATENÇÃO À SAÚDE Belo Horizonte, Dezembro, 2015

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Page 1: Informação, Comunicação, Educação e Participação Social no controle das viroses Denise Pimenta Laboratório de Educação em Saúde e Meio Ambiente Fiocruz

Informação, Comunicação, Educação e Participação Social no controle

das viroses

Denise Pimenta

Laboratório de Educação em Saúde e Meio AmbienteFiocruz / MG

SEMINÁRIO SOBRE ZIKA, CHIKUNGUNYA E DENGUE: DESAFIOS PARA O CONTROLE E A ATENÇÃO À SAÚDE

Belo Horizonte, Dezembro, 2015

Page 2: Informação, Comunicação, Educação e Participação Social no controle das viroses Denise Pimenta Laboratório de Educação em Saúde e Meio Ambiente Fiocruz

RELAÇÃO CIÊNCIA x SOCIEDADE RELAÇÃO CIÊNCIA x SOCIEDADE

Society

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CAMINHOS POSSÍVEIS?CAMINHOS POSSÍVEIS?

Ciências Sociais e Humanas na interação Ciência x Sociedade

-Educação em Saúde (Educação Popular, Educação Permanente, etc...)-Informação e Saúde-Comunicação e Saúde-Comunicação Científica-Estudos Sociais da Ciência-Engajamento-Letramento (health literacy)-Divulgação Científica-Percepção Pública da Ciência (‘PUS’) ou Public Engagement in Science & Technology (‘PEST’) ...

•Enfoque qualitativo e Interdisciplinar

• Teoria (pesquisa) X Prática

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REDES DE PESQUISA EM DENGUEREDES DE PESQUISA EM DENGUE

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Neoliberalismo e Educação em Saúde

-Intervenção mínima do governo-Regulação do mercado-Manejo de riscos em saúde-Responsabilidade individual-Inequidade inevitável

-Poder do estado redistribuído para os indivíduos-Comportamento de risco enquanto “falha do sujeito/self”-Fascismo da saúde “health fascism” (sociedade de risco – medo - controle) -Foucault, Deleuze e Guatarri, (facismo = “love of power”/ relações micro, no corpo)-Separação entre corpo x self – embodied self

= Escolha + ética do consumo

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TEORIA DA COMUNICAÇÃO

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Evolução da Comunicação Humana e dos Meios de Comunicação

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‘SOCIEDADE DE RISCO’ - COMUNICAÇÃO DE RISCO

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No campo da saúdeA diversificação dos riscos tem convocado a ação técnica e profissional

para lidar com estratégias de enfrentamento de riscos.

(BECK, 1998)

Profissionais de Comunicação, Informação e Educação

Risco: Desenlaces negativos. Ameaças que ainda não ocorreram, mas que

podem a qualquer momento acontecer.Futuro que pode ou deve ser evitado, pensado

como passível de controle.Conceito-chave para entender a sociedade

contemporânea. (Castiel, 2010)

SOCIEDADE DE RISCO?

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COMUNICAÇÃO DE RISCO

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QUEM DESCONFIA DA CIÊNCIA?

-- Irish Medical Research Council

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Os riscos parecem ser neutros e não intencionais e aleatórios.

Porém, há uma infinidade seletiva entre a desigualdade social e a probabilidade de se tornar uma vítima de catástrofes.

Ocupar a base da pirâmide da desigualdade e tornar-se “vítima colateral” de uma ação humana ou de um desastre natural são situações que interagem da mesma forma.

Os dados do jogo dos riscos são viciados. (BAUMAN, 2013)

DANOS COLATERAIS

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PESQUISA NAS CIÊNCIAS SOCIAIS

PRESSUPOSTOS BÁSICOS

• Relação dinâmica entre SUJEITO e OBJETO

• O sujeito (observador) é parte integrante do processo de conhecimento e interpreta os fenômenos.

• Durante o próprio ato de observação o sujeito já intervere no seu objeto.

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O QUE SÃO AS REPRESENTAÇÕES?

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Zika e Chik na mídia e redes sociais: Pânico e desinformação

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Zika e Chik na mídia e redes sociais: Pânico e desinformação

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Zika e Chik na mídia e redes sociais: Pânico e desinformação

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REPRESENTAÇÕES DE VETORES E RESERVATÓRIOS

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REPRESENTAÇÕES DOS ‘DOENTES’

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DENGUE RELIGIOSO

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DENGUE NO PAÍS DAS MARAVILHAS

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Ciência e Senso Comum: uma questão de percepção?

Outras lógicas que não somente a do pensamento científico!

Falta de conhecimento ou outras cosmologias?

Outras formas possíveis de conhecimentos...

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O que é o conhecimento?

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TOPOLOGIAS DE CONHECIMENTO

4 MainTypes of

Knowledge

Philosophical

Scientific

Religious

Theological

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“Science is nothing but perception” (Plato)

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• Data –musical notes

• Information – melody

• Knowledge – ability to play

• Wisdom – knowing when to play

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DAVENPORT e PRUSAK (1998):

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Informação (informare)= dar formaconjunto de fatos/dados, organizados e referenciados de tal forma que adquirem sentido ou utilidade para alguém.

Informação: Definição

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Classificações e Representações de ‘realidades’ das doenças negligenciadas

•doença tropical •doença infecciosa •doença endêmica •endemia •doença emergente e reemergente •doença negligenciada •doença da pobreza •doença negligenciada da pobreza•doença transmitida por vetor •doença transmissível ...

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Colonial Pós-colonial

Final da Guerra Fria

Globalização

Tropical medicine

Geographic medicine

International Health

Global Health

MEDICINA TROPICAL, SAÚDE INTERNACIONAL E SAÚDE GLOBAL: A TRANSIÇÃO PARA O NEGLIGENCIAMENTO

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Área do conhecimento Foco Classificação Período

Medicina Tropical Clima, posicionamento geográfico (linha do Equador) das doenças.

Doença tropical 

Século XIX até dias atuais

Saúde Pública

Preocupação com saúde da população, justiça social e equidade. Dados e evidências para apoiar a ação; ênfase sobre Prevenção X Cura.

Doenças infecciosas Doenças transmissíveis

Meados do século XIX (Reino Unido, Europa e

EUA) até dias atuais

Saúde Internacional

Foco em doenças e condições (guerra, catástrofes naturais) dos países de renda média e baixa. Foco no controle de epidemias que transcendem as fronteiras entre nações (intergovernamental).

Doença emergente e reemergente

Doença transmitida por vetor (vector-borne disease)

Final do século XIX

Saúde Global

Globalização e desenvolvimento. Foco na pobreza. Foco nas ações de cunho global, acima dos interesses dos estados nações. Inserção de novos atores (mídia, ONGs, empresas privadas). Requer essencialmente abordagens inter-disciplinares.

Doença negligenciada Doença negligenciada da

pobreza Doença promotora da pobreza Doença infecciosa da pobreza

(***)

Década de 1990 até a atualidade

Áreas do conhecimento e a classificação de doenças infecciosas

Fonte: adaptado de Koplan et al. (2009) e Brown, Cueto & Fee (2006).

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Fonte: Pimenta, 2014 (no prelo). Adaptado de Adaptado de Gubler (1997) e Vasilakis & Weaver (2008).

Termo Local, períodoVeneno d'água China, 992

Coup de barre Antilhas Francesas, 1635

Mal de genoux Cairo, Egito, 1779 (*); Benghazi, Tripoli (Líbia) 1856 (**)

Konckelkoorts Batavia (Jakarta), Indonésia, 1779

Escarlatina reumática Philadelpia, USA, 1780

Bilious Remitting FeverBreakbone Fever

Philadelpia, USA, 1780

Abu rocab Cairo (~1780)

La Piadosa Cadiz / Seville, Espanha 1784-1786

Dengue Espanha, 1801

Ki Dinga Pepo, Denga (*) Zanzibar, África Oriental, 1823 (*) ou ~1880 (**)

Ephemeral fever Calcutta, Índia, 1824

Febre Dandy / O Dandy, Bouquet St Thomas, Ilhas Virgens, 1827

Dunga / Dengue Cuba, 1828

Febre de polca (***) Brasil, 1845-1849

Fievre des dates Jeddah (Arábia Saudita), 1847-1856

Bonon Havaí 1847-1856

Trancazo África Oriental 1870

Baridiyabis África Oriental ~1870

Homa mguu África Oriental ~1870

Abou-ndefu África Oriental ~1870

Fievre rouge, giraffe Síria 1870-1873

Three-day or seven-day fever Índia, 1909

‘Ban-‘Sha (ou ‘ban-‘sa) Taiwan, 1916

Five-day fever Indonésia, 1960

Dengue Organização Mundial da Saúde (CIOMS), 1983

Termos utilizados para descrever doenças compatíveis com dengue

•Traçar a origem do termo (etimologia) e a origem geográfica do surgimento do vírus (epidemiologia).

•A localidade, a data e a cultura existente nas quais o vírus surge são cruciais para a forma como será nomeado e pensado.

Page 42: Informação, Comunicação, Educação e Participação Social no controle das viroses Denise Pimenta Laboratório de Educação em Saúde e Meio Ambiente Fiocruz

Fonte: Pimenta, 2014 (no prelo). Adaptado de Correia (2013).

Doenças classificadas como 'negligenciadas' e suas respectivas instituições.

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Fonte: Pimenta, 2014 (no prelo). Adaptado de Correia (2013).

Doenças classificadas como 'negligenciadas' e suas respectivas instituições.

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Necessidade de uma mudança de paradigma na Saúde

Abordagem Pesquisa determinística/ Biomédica

Participação social/Pesquisa Social

Foco Individual ComunidadeDimensão Físico / patológico Aspectos Psico-sociais,

culturais, econômicos, políticos e ecológicos

Tecnologia Drogas / vacinas Educação e processos sociais

Tipo de serviço

Prover/ Criação de dependência / Marketing Social

EmpoderamentoDesenvolvimento de autonomia

Relação com comunidade

Paciente enquanto beneficiário passive

Comunidade enquanto participante ativo

Pesquisa Biologia MolecularTerapêutica baseada em fármacosEpidemiologia Clínica

Epidemiologia SocialDeterminantes SociaisSistemas de SaúdePolíticas Públicas

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Há uma necessidade urgente de se progredir das práticas tradicionais de transferência da informação (monólogo) para uma noção mais ampla de troca da informação (diálogo) entre pessoas.

Três problemas inerentes ao modelo tradicional de transferência da informação:

1) Foco no indivíduo (“culpabilização da vítima”)2) Saber científico sobrepõe-se ao popular3) Presunção de que o fluxo linear de informação

(provedor X recipiente) funciona

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Quatro Dilemas…. (Briceño-León, 2005)

• Dimensões objetivas X Dimensões subjetivas do sujeito social

• Espaço privado X Espaço público

• Ação individual e/ou familiar X Ação Coletiva

• Responsabilidade individual X Solidariedade social

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Determinações do processo saúde-doença (Dahlgren & Whitehead, 1991).

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Determinantes sociais de iniquidade em saúde (OMS, 2007).

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O que determina a dengue???

• Urbanização?• Globalização?• Pobreza ou condições sócio-econômicas?• Condições ambientais (temperatura, umidade,

regime de chuvas)? • Densidade demográfica?• Distribuição e abastecimento de água?• Gestão de resíduos sólidos?• Iniquidade dos sistemas de saúde?• Educação (taxa de alfabetização/escolarização)?• Etc...

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Saúde e InequidadeTese central do livro: “Inequality is not an accident but rather a feature of capitalism that can be reversed only through state intervention”.

Thomas Piketty, Capital in the Twenty-First Century

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Autobiografia em cinco capítulos

I – Eu caminho pela rua. Tem um buraco fundo na calçada. Eu caio nele. Estou perdido...sozinho. Não é minha culpa. Levo muito tempo para encontrar a saída. II – Eu caminho pela mesma rua. Tem um buraco fundo na calçada. Eu finjo que não vejo. Eu caio nele. Não acredito que estou lá novamente. Mas não é minha culpa. Ainda levo muito tempo para sair.

III – Eu caminho pela mesma rua. Tem um buraco fundo na calçada. Eu vejo que ele está lá. Eu caio nele...É um hábito. Meus olhos estão bem abertos. Eu sei por onde vou. É minha culpa. Eu saio novamente.

IV - Eu caminho pela mesma rua. Tem um buraco fundo na calçada. Eu passo por ele e sigo sem cair.

V - Eu caminho por outra rua. (Autor desconhecido)

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