indicadores epidemiológicos [v.2]

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INDICADORES EPIDEMIOLÓGICOS Prof. M.Sc. Hugo D. Hoffmann Santos MEDICINA

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Health & Medicine


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Page 1: Indicadores Epidemiológicos [v.2]

INDICADORES EPIDEMIOLÓGICOS

Prof. M.Sc. Hugo D. Hoffmann Santos

MEDICINA

Page 2: Indicadores Epidemiológicos [v.2]

EPIDEMIOLOGIA

“Estudo da distribuição e determinantes de estados relacionados com a saúde ou eventos em populações específicas e a aplicação desse estudo para o controle dos problemas de saúde.”

Gordis L. Epidemiologia. Revinter, 2010.

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OBJETIVOS DA EPIDEMIOLOGIA

1. Identificar a causa da doença e os fatores de risco relevantes.

2. Determinar a extensão da doença encontrada na comunidade.

3. Estudar a história natural da doença quantitativamente para desenvolvermos modelos de intervenção.

4. Avaliar as medidas preventivas e terapêuticas.5. Proporcionar bases para o desenvolvimento de

políticas públicas.

Gordis L. Epidemiologia. Revinter, 2010.

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INDICADORES

“São medidas-síntese que contêm informação relevante sobre determinados atributos e dimensões do estado de saúde, bem como do desempenho do sistema de saúde. Vistos em conjunto, devem refletir a situação sanitária de uma população e servir para a vigilância das condições de saúde.”

Indicadores básicos para a saúde no Brasil, 2º ed., 349 p. (RIPSA – OPAS, 2008)

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INDICADORES

“A construção de um indicador é um processo cuja complexidade pode variar desde a simples contagem direta de casos de determinada doença, até o cálculo de proporções, razões, taxas ou índices mais sofisticados, como a esperança de vida ao nascer.”

Indicadores básicos para a saúde no Brasil, 2º ed., 349 p. (RIPSA – OPAS, 2008)

DADO INFORMAÇÃO INDICADOR

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CARACTERÍSTICAS DOS INDICADORES

◦ SIMPLICIDADE: fácil de ser calculado◦ VALIDADE: representar o fenômeno em estudo◦ DISPONIBILIDADE: usar dados de fácil obtenção◦ COBERTURA: deve ter representatividade◦ DISCRIMINATORIEDADE: mostrar alterações no

tempo◦ OPERACIONAL: custo compatível

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INDICADORES

“Espera-se que os indicadores possam ser analisados e interpretados com facilidade, e que sejam compreensíveis pelos usuários da informação, especialmente gerentes, gestores e os que atuam no controle social do sistema de saúde.”

Indicadores básicos para a saúde no Brasil, 2º ed., 349 p. (RIPSA – OPAS, 2008)

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TIPOS DE INDICADORES

Possuem caráter multidimensional e integram, numa medida, vários aspectos de uma situação.

Divisão que representa a relação entre entidades de distinta natureza, isto é, numerador e denominador expressam distintas dimensões. Pode também ser um escore formado pela soma de unidades de magnitudes diversas.

IMC = Peso (Kg)

Altura2 (m)

ÍNDICES

Informe Epidemiológico do SUS 2000; 9: 276-284

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TIPOS DE INDICADORES

Medida matemática em que todas as unidades do numerador estão contidas em um denominador mais amplo, isto é, o numerador é um subconjunto do denominador.

PROPORÇÃO DE ÓBITOS POR SUICÍDIO EM

CUIABÁ EM 2016

Óbitos por suicídio (Cuiabá, 2016)

Total de óbitos por todas as causas (Cuiabá, 2016)

PROPORÇÕES

Informe Epidemiológico do SUS 2000; 9: 276-284

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TIPOS DE INDICADORES

São medidas do tipo proporção em que os eventos do numerador representam um risco de ocorrência em relação ao denominador.

COEFICIENTES

Informe Epidemiológico do SUS 2000; 9: 276-284

EVENTOS DETECTADOS SOB DUAS PERSPECTIVAS DIFERENTES

UMA AFERIÇÃO NUM MOMENTO NO TEMPO

ACOMPANHAMENTO DA MUDANÇA DE STATUS AO LONGO

DO TEMPO

PREVALÊNCIA INCIDÊNCIA

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TIPOS DE INDICADORES

Expressa a proporção que, em determinado momento, é portadora do evento de interesse em relação ao total.

O numerador corresponde à contagem de portadores do evento de interesse e o denominador é compreendido como o número que, nesse mesmo momento, foi investigado mediante uma única avaliação e sem haver acompanhamento para detecção de novos eventos.

PREVALÊNCIA

Informe Epidemiológico do SUS 2000; 9: 276-284

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TIPOS DE INDICADORES

PREVALÊNCIA DE DESNUTRIÇÃO

PROTEICO-CALÓRICA

Pessoas diagnosticadas com a ocorrência do evento

Total de pessoas examinadas

PREVALÊNCIA

Informe Epidemiológico do SUS 2000; 9: 276-284

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TIPOS DE INDICADORES

Dimensiona a ocorrência de eventos novos de interesse num período de tempo. Neste caso, o coeficiente calculado representa a proporção de indivíduos que, no começo do acompanhamento, não tinham desenvolvido o evento de interesse e que, ao longo dele, mudaram de status ao desenvolvê-lo.

O numerador compreende o número de "casos novos" diagnosticados ou detectados que serão divididos pelo total exposto ou suscetível (população em risco de desenvolver o evento).

INCIDÊNCIA

Informe Epidemiológico do SUS 2000; 9: 276-284

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TIPOS DE INDICADORES

INCIDÊNCIA DE AIDS NA TERCEIRA IDADE x 100.000

hab

Casos novos de AIDS em pacientes idosos

Total de pacientes idosos sob o risco de contrair AIDS

INCIDÊNCIA

Informe Epidemiológico do SUS 2000; 9: 276-284

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Probabilidade condicional, isto é, a probabilidade de que indivíduos sem o evento de interesse (por exemplo, pessoas sadias), desenvolvam tal evento, em um período de tempo, com a condição de que não venham a morrer devido a uma outra causa durante o mesmo período.

O QUE É “RISCO”?

Informe Epidemiológico do SUS 2000; 9: 276-284

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RELAÇÃO ENTRE PREVALÊNCIA E INCIDÊNCIA

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Quando a insulina se tornou disponível o que aconteceu com a prevalência do diabetes?

INSULINA E DIABETES

Gordis L. Epidemiologia. Revinter, 2010.

A prevalência aumentou, não porque o diabetes tenha sido curado, mas apenas controlado. Muitas pessoas com diabetes, que antes morriam, agora sobrevivem e a prevalência, então, aumentou. Esse efeito paradoxal ocorre sempre que a morte é prevenida e a doença não é curada.

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TIPOS DE INDICADORES

Medida matemática em que todas as unidades do numerador estão contidas em um denominador mais amplo, isto é, o numerador é um subconjunto do denominador.

LETALIDADE DE SEPSE x 1.000

admissões hospitalares

Óbitos por sepse

Total de pacientes que desenvolveram sepse

LETALIDADE

Informe Epidemiológico do SUS 2000; 9: 276-284

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TIPOS DE INDICADORES

Expressa a relação entre duas magnitudes da mesma dimensão e natureza, em que o numerador corresponde a uma categoria que exclui o denominador, que pode ser expresso dessa forma 9:1.

RAZÃO DE SEXOS PARA

DESENVOLVIMENTO DE

PARACOCCIDIOIDOMICOSE (PCM)

Número de homens com PCM

Número de mulheres com PCM

RAZÃO

Informe Epidemiológico do SUS 2000; 9: 276-284

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INDICADORES EPIDEMIOLÓGICOS

1. Demográficos2. Socioeconômicos3. Mortalidade4. Morbidade5. Fatores de risco e proteção6. Recursos7. Cobertura

http://tabnet.datasus.gov.br/cgi/idb2012/matriz.htm

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http://tabnet.datasus.gov.br/cgi/idb2012/matriz.htm

A distribuição desse indicador ao longo

do tempo demonstra aumento ou

diminuição? O que isso significa?

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http://tabnet.datasus.gov.br/cgi/idb2012/matriz.htm

Qual conclusão podemos chegar ao comparar este indicador em Cuiabá e Curitiba para o mesmo ano (2010)?

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INDICADORES SOCIOECONÔMICOS

PERCENTUAL DA POPULAÇÃO 18-24 ANOS SEGUNDO ESCOLARIDADE

http://tabnet.datasus.gov.br/cgi/idb2012/matriz.htm

NÍVEL DE ESCOLARIDADE

2004 2008 2012

% IC95% % IC95% % IC95%

11 e mais anos de estudo 36,08

31,90-

40,2648,01

43,90-

52,1355,41

50,29-

60,53

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PERCENTUAL DA POPULAÇÃO 18-24 ANOS SEGUNDO ESCOLARIDADE

http://tabnet.datasus.gov.br/cgi/idb2012/matriz.htm

2004 2008 201230

60

50

40

Houve sobreposição de IC95%, portanto, grupos não são estatisticamente

diferentes

Medida de Dispersão (IC95%)Medida de Tendência (Percentual)

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http://tabnet.datasus.gov.br/cgi/idb2012/matriz.htm

Em qual capital do Centro-Oeste a taxa de mortalidade por doenças transmissíveis foi

maior em todos os anos?

Page 26: Indicadores Epidemiológicos [v.2]

http://tabnet.datasus.gov.br/cgi/idb2012/matriz.htm

Qual foi o maior motivo de internação hospitalar na rede SUS para a faixa

etária 20-29 anos em 2012 no Brasil?

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MORBIDADE MORTALIDADE

Evento Múltiplo Evento Único

Definição Imprecisa Definição Precisa

Múltiplas fontes de dados sem padrão

Fonte de dados única e padronizada (SIM)

Exprime extensão dos problemas de saúde

Exprime gravidade dos problemas de saúde

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MORBIDADE: DEFINIÇÃO IMPRECISA

POPULAÇÃO

PESSOAS COM PROBLEMAS DE SAÚDEPESSOAS QUE PROCURAM O MÉDICO

PESSOAS DIAGNOSTICADAS

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POPULAÇÃO (P)

EXPOSTOS (E)

INFECTADOS (I)

DOENTES (D)

GRAVES (G)

ÓBITO (O)

MORTALIDADE = O / P

PREV. DOENÇA = D / P

PREV. INFECÇÃO = I / P

PATOGENICIDADE = D / I

VIRULÊNCIA = G / D

LETALIDADE = O / D

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http://tabnet.datasus.gov.br/cgi/idb2012/matriz.htm

Qual capital do Centro-Oeste apresentou menor prevalência de sobrepeso para o

sexo feminino em 2012?

Page 31: Indicadores Epidemiológicos [v.2]

http://tabnet.datasus.gov.br/cgi/idb2012/matriz.htm

Em 2012, Recife (PE) apresentou 3,98 e Vitória (ES) 3,85. A capital com menor indicador foi Palmas (TO) com 1,31. Esse indicador mede o que ele pretende

(validade)?

Page 32: Indicadores Epidemiológicos [v.2]

http://tabnet.datasus.gov.br/cgi/idb2012/matriz.htm

Qual estado do Centro-Oeste apresentou maior crescimento neste indicador ao comparar 1991 e 2010?