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C&D-Revista Eletrônica da FAINOR, Vitória da Conquista, v.10, n.2 p.221-234, jun./ago. 2017 221 IMPLEMENTAÇÃO E AVALIAÇÃO DE UM PRONTUÁRIO ELETRÔNICO PARA FISI- OTERAPIA INTENSIVA Cláudia Thais Pereira Pinto * Maíra dos Santos Carvalho** Yan Silva dos Santos*** Alex Ferreira **** Luciano Magno de Almeida Faria ***** Rodrigo Santos de Queiroz ****** RESUMO Os objetivos desse estudo foram implementar e avaliar o mó- dulo de fisioterapia do Prontuário Eletrônico do Pacientes PEP desenvolvido para a Unidade de Terapia Intensiva UTI de um hospital do interior do nordeste. O módulo de fisioterapia denominado Sistema de Avaliação Fisioterapêutica SAF, se- guiu os métodos e processos determinados por padrões de en- genharia de software. O processo de entrada de dados mos- trou-se satisfatório quanto às informações de preenchimento do formulário, com boa adesão dos profissionais. Realiza cál- culos matemáticos como índices ventilatórios e está sendo aprimorado para adaptação em dispositivos móveis e implan- tação no hospital. Com as conclusões a partir dos resultados obtidos neste trabalho é possível perceber que o SAF pode ser usado como importante ferramenta para a melhoria das práti- cas nesta unidade de tratamento intensivo. * Fisioterapeuta graduada pela Uni- versidade Estadual do Sudoeste da Bahia, Jequié-BA, Brasil. E-mail: [email protected] ** Fisioterapeuta graduada pela Uni- versidade Estadual do Sudoeste da Bahia, Jequié-BA, Brasil. E-mail: [email protected] *** Analista de Sistemas graduado pela Universidade Estadual do Su- doeste da Bahia, Jequié-BA, Brasil. E-mail: [email protected] **** Doutor em Engenharia Elétrica; docente do Curso de Bacharelado Interdisciplinar em Energia e Sus- tentabilidade da Universidade Fede- ral do Recôncavo da Bahia, Feira de Santana-BA, Brasil. E-mail: alexfer- [email protected] ***** Mestre em Ciências da Saúde; docente do Curso de Fisioterapia da Universidade Estadual do Sudoeste da Bahia, Jequié-BA, Brasil. E-mail: [email protected] ****** Mestre em Ciências da Saúde; docente do Curso de Fisioterapia da Universidade Estadual do Sudoeste da Bahia, Jequié-BA, Brasil. E-mail: [email protected] Palavras-chave: Registros Eletrônicos de Saúde, Força Muscular, Unidade de Terapia Intensiva.

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C&D-Revista Eletrônica da FAINOR, Vitória da Conquista, v.10, n.2 p.221-234, jun./ago. 2017 221

IMPLEMENTAÇÃO E AVALIAÇÃO DE UM

PRONTUÁRIO ELETRÔNICO PARA FISI-

OTERAPIA INTENSIVA

Cláudia Thais Pereira Pinto *

Maíra dos Santos Carvalho**

Yan Silva dos Santos***

Alex Ferreira****

Luciano Magno de Almeida Faria*****

Rodrigo Santos de Queiroz******

RESUMO Os objetivos desse estudo foram implementar e avaliar o mó-

dulo de fisioterapia do Prontuário Eletrônico do Pacientes –

PEP desenvolvido para a Unidade de Terapia Intensiva – UTI

de um hospital do interior do nordeste. O módulo de fisioterapia

denominado Sistema de Avaliação Fisioterapêutica – SAF, se-

guiu os métodos e processos determinados por padrões de en-

genharia de software. O processo de entrada de dados mos-

trou-se satisfatório quanto às informações de preenchimento

do formulário, com boa adesão dos profissionais. Realiza cál-

culos matemáticos como índices ventilatórios e está sendo

aprimorado para adaptação em dispositivos móveis e implan-

tação no hospital. Com as conclusões a partir dos resultados

obtidos neste trabalho é possível perceber que o SAF pode ser

usado como importante ferramenta para a melhoria das práti-

cas nesta unidade de tratamento intensivo.

*Fisioterapeuta graduada pela Uni-versidade Estadual do Sudoeste da Bahia, Jequié-BA, Brasil. E-mail: [email protected] **Fisioterapeuta graduada pela Uni-versidade Estadual do Sudoeste da Bahia, Jequié-BA, Brasil. E-mail: [email protected] ***Analista de Sistemas graduado pela Universidade Estadual do Su-doeste da Bahia, Jequié-BA, Brasil. E-mail: [email protected] ****Doutor em Engenharia Elétrica; docente do Curso de Bacharelado Interdisciplinar em Energia e Sus-tentabilidade da Universidade Fede-ral do Recôncavo da Bahia, Feira de Santana-BA, Brasil. E-mail: [email protected] *****Mestre em Ciências da Saúde; docente do Curso de Fisioterapia da Universidade Estadual do Sudoeste da Bahia, Jequié-BA, Brasil. E-mail: [email protected] ******Mestre em Ciências da Saúde; docente do Curso de Fisioterapia da Universidade Estadual do Sudoeste da Bahia, Jequié-BA, Brasil. E-mail: [email protected]

Palavras-chave: Registros Eletrônicos de Saúde, Força Muscular, Unidade de Terapia

Intensiva.

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IMPLEMENTAÇÃO E AVALIAÇÃO DE UM PRONTUÁRIO ELETRÔNICO PARA FISIOTERAPIA INTENSIVA

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1 INTRODUÇÃO

A Unidade de Terapia Intensiva –

UTI é um setor de alta complexidade no

ambiente hospitalar. A monitoração da

qualidade dos serviços prestados dentro

da UTI torna-se fundamental para segu-

rança do paciente crítico (TOMAZONI et

al., 2017), tendo no Prontuário Eletrônico

do Paciente – PEP uma opção de monito-

ramento do serviço prestado através do

armazenamento e recuperação de dados

na área da saúde (RONCHI; SPIGOLON;

GARCIA; CICOGNA; BULEGON; MORO,

2012).

A informatização na saúde encon-

tra-se em desenvolvimento acelerado, co-

laborando para mudanças nas estruturas

organizacionais dos hospitais (FERNAN-

DES; QUEIROZ; JESUS; VASCONCE-

LOS, 2012), como por exemplo, os siste-

mas de registros eletrônicos. Estes lidam

com arquivamento, tornando ágeis as re-

cuperações dos dados armazenados para

a resolução de problemas e tomada

de decisão, melhorando a qualidade da

assistência em saúde (RIBEIRO et al.,

2017).

Historicamente o principal desfe-

cho considerado em UTI era associado a

índices de mortalidade, gravidade, infec-

ção, dentre outros (HERRIDGE et al.,

2011). Atualmente uma atenção especial

vem sendo voltada à imobilidade do paci-

ente crítico, visto que proporciona prejuí-

zos na função muscular, os quais variam

em um declínio diário de força muscular

de 1,3 a 3% à 10% no período de uma se-

mana de inatividade (HODGIN; NOR-

DON-CRAFT; MCFANN; MEALER;

MOSS, 2009), resultando em incapaci-

dade funcional persistente e diminuição

da qualidade de vida por anos após a alta

hospitalar (HERRIDGE et al., 2011).

Apesar das repercussões que a fra-

queza muscular pode ocasionar existe

uma carência de estratégias de registro

que permitam agilidade de introdução e

recuperação dos dados relativos ao paci-

ente (ROBINSON et al., 2017). Neste sen-

tido, pesquisas recentes em cuidados in

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Rodrigo Santos de Queiroz

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tensivos apontam a escala Medical Rese-

arch Council – MRC como um marcador

utilizado para o diagnóstico da fraqueza

muscular adquirida na UTI (ELLIOTT;

DENEHY; BERNEY; ALISON, 2011;

MATURANA et al., 2011).

A dificuldade na adesão dos profis-

sionais em realizar medidas seriadas,

principalmente que envolvam cálculos

como no MRC, pode ser um fator adju-

vante no processo de fraqueza muscular

na UTI. No entanto, a utilização de pron-

tuários eletrônicos pelos fisioterapeutas

intensivistas pode melhorar o acompa-

nhamento da evolução do paciente, bem

como agilizar o processo de documenta-

ção e de consulta às informações (M’KU-

MBUZI; AMOSUN; STEWART, 2004).

Assim, é importante o uso da infor-

mática no gerenciamento dessas ações,

pois a informação é cada vez mais ágil,

exigindo que os profissionais do setor de

saúde se adaptem a esta tendência de

mercado (CATALAN; SILVEIRA; NEU-

TZLING; MARTINATO; BORGES, 2011).

Diante disso, os objetivos deste estudo fo-

ram implementar e avaliar o módulo de fi-

sioterapia do Prontuário Eletrônico do Pa-

ciente desenvolvido para a Unidade de

Terapia Intensiva de um hospital do inte-

rior do nordeste.

2 METODOLOGIA

Trata-se de uma pesquisa aplicada

na modalidade de produção tecnológica

envolvendo os Cursos de Sistemas de In-

formação e Fisioterapia da Universidade

Estadual do Sudoeste da Bahia – UESB e

o Grupo de Pesquisas em Informática na

Educação e Saúde – GPIES.

O processo de desenvolvimento do

Sistema Inteligente de Soluções em Uni-

dades de Terapia Intensiva – SISUTI des-

tinado à UTI do Hospital Geral Prado Va-

ladares – HGPV, vem seguindo todas as

etapas do processo de engenharia de sof-

tware (PRESSMAN, 1995). Sua primeira

versão foi desenvolvida em 2010 e apro-

vada pelo comitê de ética da UESB (pro-

tocolo nº. 202/2011) contendo módulos de

enfermagem, fisioterapia e medicina.

O sistema inicial foi desenvolvido

em linguagem de programação JAVA

para ambiente desktop, restringindo o

acesso ao local onde o sistema estivesse

instalado. Para levantamento de requisi-

tos foram utilizados os formulários em pa-

pel da UTI do HGPV (JUNIOR, 2012).

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Na primeira etapa de avaliação ex-

terna houve sugestões dos fisioterapeu-

tas intensivistas para implementar o mó-

dulo de fisioterapia com a inclusão da es-

cala MRC que avalia a Força Muscular

Periférica – FMP, facilitando visualizar o

processo de progressão e regressão do

paciente, e a inclusão do mapa ventilató-

rio. Esta escala consiste em seis movi-

mentos para cada dimídio, tendo escores

de zero (paralisia total), e cinco (normal)

para cada movimento. A pontuação total

varia de zero (tetraplegia) a 60 (força

muscular normal) (LIMA et al., 2011).

Desde então o módulo de fisiotera-

pia vem sendo implementado para aten-

der as sugestões dos profissionais do

serviço, sendo migrado para o ambiente

web facilitando o acesso. Este módulo

passou ainda por uma alteração com-

pleta da sua interface, tornando-o mais

amigável, funcional, padronizado, rece-

bendo o nome de Sistema de Avaliação

Fisioterapêutica – SAF (SANTOS, 2012).

Para tal, utilizou-se de imagens e textos,

estruturados em tópicos, e conectados

por hipertextos (links), tornando seu pre-

enchimento sem sobrecarga cognitiva e

mais organizado para facilitar o uso, pos-

sibilitando uma maior agilidade na inser-

ção e obtenção dos dados.

Na versão atual do sistema, o SAF

foi implementado utilizando a linguagem

de programação PHP (Hypertext Prepro-

cessor), muito utilizada para o desenvol-

vimento de aplicações Web inserido den-

tro do HTML, Actionscript e Adobe Flex.

O Adobe Flex é uma linguagem alta-

mente produtiva, que possui uma série de

componentes orientados ao desenvolvi-

mento de sistemas voltado a internet, e é

apresentado como uma solução para o

incremento de interfaces para aplicações

corporativas (HELLMANN, 2010).

Para o armazenamento dos da-

dos, foi utilizado o banco de dados

MySQL, que é um Sistema de Gerencia-

mento de Banco de Dados – SGBD, que

utiliza a linguagem Structured Query Lan-

guage – SQL como interface. Portanto o

SAF web de fisioterapia seguiu os méto-

dos e processos determinados por pa-

drões de engenharia de software que

ajuda no desenvolvimento do sistema,

além de garantir a qualidade, a eficiência

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e a segurança do sistema que foi desen-

volvido (SANTOS, 2012).

A avaliação do sistema como parte

da criação do software utilizou-se dos tes-

tes determinados pelas normas da Ex-

treme Programming – EP, além de seguir

o documento General Principles of Sof-

tware Validation U.S. Este documento é

um guia que demonstra os princípios de

validação aplicável a software de saúde e

foi desenvolvido pela Food and Drug Ad-

ministration – FDA (FOOD AND DRUG

ADMINISTRATION, 2002).

O processo de avaliação foi reali-

zado com os integrantes do GPIES junta-

mente com os fisioterapeutas intensivistas

da UTI do HGPV, onde foram analisadas

as funcionalidades básicas do sistema.

Desta forma, foram inseridos os dados de

um suposto paciente e os mesmos simu-

laram um atendimento para saber se o sis-

tema estava de acordo com suas necessi-

dades.

Os dados de entrada (input) forne-

cidos ao software na sua utilização foram

os movimentos avaliados e os seus possí-

veis graus de força muscular pontuados

de zero a cinco para cada movimento (Ta-

bela 1). Já os dados de saída (output) fo-

ram o somatório da pontuação.

Tabela 1. Medical Research Council. Movi-

mentos avaliados em cada hemicorpo e

grau de força muscular para cada movimento.

Fonte: Adaptado de De Jonghe et al. (2005).

3 RESULTADOS E DISCUSSÃO

Foi implementado e avaliado um

software denominado Sistema de Avalia-

ção Fisioterapêutica capaz de armazenar

os prontuários dos pacientes tanto local-

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mente, em seu sistema de gerencia-

mento, como na Web. A arquitetura base-

ada na Web é, sem dúvida, a tendência

mundial para o sistema de informação em

qualquer área (LIMA, 2008).

O SAF possibilita calcular, analisar

e armazenar informações que são essen-

ciais às práticas nas UTI’s, além de acom-

panhar a evolução do paciente e arquivar

permanentemente seus registros de

forma eletrônica. Seu processo de en-

trada de dados mostrou-se bastante satis-

fatório, com facilidade de acesso e rápida

recuperação ás informações necessárias

para a abordagem ao paciente.

O sistema possui uma tela de login, que

controla o acesso ao usuário restringindo a

entrada ao sistema apenas aos usuários

que forem cadastrados. Ao efetuar o login

no sistema, aparece a Tela Principal.

(Figura 1). Através dela os usuários têm

acesso aos seguintes formulários: cadastro,

alteração e pesquisa de paciente; cadastro e

pesquisa de formulários do paciente; cadastro

e pesquisa do mapa ventilatório do paciente.

A tela principal foi desenvolvida de

forma a facilitar a utilização do sistema,

onde o usuário encontrará botões que o

direcionam para o formulário ao qual pre-

tende trabalhar. Desta maneira espera-se

que o usuário consiga associar as ima-

gens dos botões com suas funcionalida-

des, buscando minimizar sua carga cogni-

tiva. Assim, as telas devem ser claras e

objetivas, já que é através da interface

gráfica que o usuário irá interagir com as

funcionalidades do sistema (SOMMER-

VILLE, 2003).

O administrador tem acesso a to-

das as funcionalidades do sistema, sendo

o responsável pelo cadastro dos leitos e

dos usuários. Estes usuários são os pro-

fissionais da UTI responsáveis pela ali-

mentação do sistema.

A tela de cadastro do paciente

apresenta como um dos itens de preen-

chimento informações da estatura e

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idade. Através destas variáveis obtêm-se

automaticamente os valores ideais para

as Pressões Inspiratórias Máximas – PI-

máx, Pressões Expiratórias Máximas – PE-

máx, Volume Corrente – Vt, Pressão Par-

cial de Oxigênio – PaO2 e peso ideal, ob-

tidos, respectivamente, por meio das se-

guintes fórmulas: PImáx: 0,8 x (idade) +

155,3; e PEmáx: 0,81 x (idade) + 165,3

para homens; PImáx: 0,49 x (idade) +

110,3; e PEmáx: 0,61

x (idade) + 115,6 para mulheres (NEDER;

ANDREONI; LERARIO; NERY, 1999); Vt:

peso ideal x 6 (ml/kg) (BARBAS; ISOLA;

FARIAS, 2013); PaO2: 104,4 – (0,27 x

idade) (MACHADO, 2007); peso ideal:

[estatura (cm) – 152,4] x 0,91 + (52,5, para

homens, e, 45,5, para mulheres) (BRO-

WER, 2000). Nas UTI’s essas medidas só

são realizadas no momento da retirada da

ventilação mecânica, sendo que poderiam

ser feitas rotineiramente, deste a entrada

do paciente em ventilação espontânea,

para uma melhor avaliação do grau de

comprometimento do sistema respiratório

(MANARA, 2009).

O formulário de avaliação foi orga-

nizado em diferentes telas para as seguin-

tes avaliações: exame físico do sistema

respiratório, dos sistemas motor/senso-

rial; teste de força muscular manual den-

tre outros. Nesta última tela se encontra a

evolução fisioterapêutica e informações

sobre os exames complementares, diag-

nóstico fisioterapêutico, plano e metas de

tratamento. Na tela de exame físico são

exemplificados todos os itens que avaliam

o nível de consciência, como por exemplo,

a Escala de Coma de Glasgow, obtendo-

se o resultado da somatória dos itens da

escala.

Na tela de avaliação de força muscular foi

implementada a escala MRC, um diferen-

cial para a rotina da UTI (Figura 3). Através

deste método de avaliação é possível tra-

çar um plano de condutas visando prevenir

ou até mesmo reverter possíveis prognós-

ticos indesejáveis decorrentes de uma fra-

queza muscular, que é trazida na literatura

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por um MRC menor que 48 considerando

um total de 60 pontos (MRC < 4 em todos

os grupos musculares testáveis) (ELLIOTT;

DANEHY; BERNEY; ALISON, 2011).

O método de diagnóstico pela pon-

tuação do escore MRC baseia as reco-

mendações de mobilização precoce do

Departamento de Fisioterapia da Associa-

ção de Medicina Intensiva Brasileira

(FRANÇA, 2012). Assim, mostra-se a im-

portância da monitorização dessa variá-

vel, já que através dela pode-se obter um

plano de mobilização. Este plano promove

indicadores positivos como a melhora no

estado funcional com saída do leito e de-

ambulação precoce, e a diminuição do

tempo de permanência hospitalar (PI-

NHEIRO; CHRISTOFOLETTI, 2012).

Estudos revelam que a atividade

muscular tem uma ação anti-inflamatória

importante, e está sendo apontado positi-

vamente em doenças graves, como por

exemplo, na Síndrome da Angústia Respi-

ratória Aguda – SARA e a na Sepse (DAN-

TAS, 2012). Alguns autores também

apontam que a perda de FMP, avaliada

pelo escore de MRC, correlaciona-se com

a queda de força muscular respiratória e

falha no desmame da ventilação mecâ-

nica – VM, ao qual apresenta-se como ín-

dice preditivo de sucesso um MRC > 41

(CHAMBERS; MOYLAN, 2009).

Apesar de existir uma taxa pe-

quena de pacientes críticos capazes de

executar este teste devido aos efeitos da

sedação e da presença de delirium, a ava-

liação da força muscular utilizando o

MRC, continua a ser a ferramenta padrão

sugerida para diagnosticar fraqueza ad-

quirida na UTI (ELLIOTT; DENEHY;

BERNEY; ALISON, 2011). Sua pontuação

foi implementada com sucesso na UTI em

vários estudos que mostram sua relação

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com a força muscular respiratória, des-

mame e mortalidade (HERMANS; GOS-

SELINK, 2011).

Na tela referente ao mapa ventila-

tório do paciente serão feitas avaliações

diárias pelos usuários do sistema. A

mesma está dividida da seguinte forma: a

esquerda estão as informações referentes

aos dados da VM, dentro de um TabNavi-

gator, que é um componente do Adobe

Flex, e à direita consta a área de pesquisa

com um ComoBox, onde ficarão os nomes

dos pacientes que estão internados (Fi-

gura 4).

Uma nova fase de testes e avalia-

ções foi necessária pois, foram identifica-

dos erros, necessidades de ajustes e re-

construção de alguns passos, caracteri-

zando essencialmente a verificação da

função do software. Essa etapa teve como

objetivo principal confirmar os cumprimen-

tos de todos os requisitos da produção de

um sistema. Após essa fase, o sistema

forneceu as informações do formulário de

forma precisa, incluindo os cálculos mate-

máticos solicitados.

Destacam-se como pontos essen-

ciais à continuidade desta pesquisa o de-

senvolvimento de uma versão do SAF

adaptada para dispositivos de tecnologia

móvel como os smartphones para o uso à

beira-leito, permitindo assim a aproxima-

ção entre os fisioterapeutas e a tecnologia

móvel. Assim como a inclusão de outros

formulários, como a Classificação Interna-

cional de Funcionalidade, incapacidade e

saúde – CIF e cálculos gasométricos.

Considera-se que este estudo seja

propulsor para novos investimentos em

sistemas de alerta para iniciar a mobiliza-

ção precoce nas UTI’s. Essas abordagens

poderão ser sugeridas através de sinais

captados a partir dos pacientes e inseri-

dos a sistemas informatizados, pré-pro-

gramados para sinalizar essas interven-

ções terapêuticas.

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Dados recentes mostram que é se-

guro, viável e benéfico engajar pacientes

criticamente enfermos em atividades de

reabilitação no início de sua enfermidade

(GODDARD; CUTHBERTSON, 2012),

mediante protocolo para a realização da

mesma que poderá estar codificada em

sistemas de informatização.

4 CONCLUSÃO

Conclui-se que o PEP módulo de

fisioterapia foi um recurso facilmente apli-

cável, reprodutível para a UTI do HGPV

pois possui uma interface amigável, ge-

rencia, recupera e armazena os dados

contidos no prontuário, disponibilizando-

os de forma padronizada realizando cál-

culos precisos e acompanhamento da

evolução dos pacientes e obedeceu as

recomendações internacionais de melho-

ria da assistência ao paciente crítico.

IMPLEMENTATION AND EVALUATION OF AN ELECTRONIC RECORDS TO

INTENSIVE PHYSIOTHERAPY

ABSTRACT

The objectives of this study were to implement and to evaluate the physiotherapy module of Electronic

Medical Records – EMR under development for the Intensive Care Unit – ICU of a hospital in the

northeast region. The physiotherapy module, called Physiotherapeutic Evaluation System – PES fol-

lowed the methods and processes determined by software engineering standards. The process of

data entry was satisfactory as far as the form filling information is concerned, with good adherence of

the professionals. It performs mathematical calculations as ventilatory indices and is being improved

for mobile adaptation and deployment in the hospital. With the conclusions from the results obtained

in this work it is possible to perceive that the PES could be used as an important tool to improve the

practices in this intensive treatment unit.

Keywords: Electronic Health Records; Muscle strength; Intensive Care Unit.

Artigo recebido em 22/06/2017 e aceito para publicação em 26/06/2017.

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