implantação do programa 5s na empresa raio & roda cicle peças

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UNIVERSIDADE DO VALE DO ITAJAI CENTRO DE CIÊNCIAS SOCIAIS APLICADAS CURSO DE ADMINISTRAÇÃO Thiago José Wisenteiner TRABALHO DE CONCLUSÃO DE ESTÁGIO IMPLANTAÇÃO DO PROGRAMA 5S NA EMPRESA RAIO & RODA CICLE PEÇAS Organização, Sistemas e Métodos ITAJAÍ (SC) 2008

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UNIVERSIDADE DO VALE DO ITAJAI CENTRO DE CIÊNCIAS SOCIAIS APLICADAS CURSO DE ADMINISTRAÇÃO

Thiago José Wisenteiner

TRABALHO DE CONCLUSÃO DE ESTÁGIO

IMPLANTAÇÃO DO PROGRAMA 5S NA EMPRESA RAIO & RODA CICLE PEÇAS

Organização, Sistemas e Métodos

ITAJAÍ (SC) 2008

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THIAGO JOSÉ WISENTEINER

TRABALHO DE CONCLUSÃO DE

ESTÁGIO IMPLANTAÇÃO DO PROGRAMA 5S NA EMPRESA RAIO & RODA CICLE PEÇAS

Trabalho de Conclusão de Estágio desenvolvido para o Estágio Supervisionado do Curso de Administração do Centro de Ciências Sociais Aplicadas da Universidade do Vale do Itajaí.

ITAJAÍ - SC, 2008

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2

AGRADECIMENTOS

Agradeço a minha família por todo apoio e

compreensão nessa importante fase da minha

vida.

Ao meu orientador, Profº. Raulino Pedro

Gonçalves, Adm., por sua dedicação ao trabalho,

por me conduzir e orientar, e pelo conhecimento

repassado

Ao proprietário e funcionários da empresa Raio &

Roda Cicle Peças, que foram extremamente

importantes para o sucesso do trabalho.

Aos meus amigos e colegas de trabalho, que

compreenderam as minhas ausências em função

da realização do trabalho.

E a minha namorada, pelo seu apoio e

compreensão das horas que nos foram

subtraídas.

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3

EQUIPE TÉCNICA

a) Nome do Estagiário

Thiago José Wisenteiner

b) Área de Estágio

Organização, Sistemas e Métodos

c) Supervisor de campo

Edgard Luiz de Medeiros

d) Orientador do estágio

Prof. Raulino Pedro Gonçalves, Adm

e) Responsável pelos Estágios em Administração

Prof. Eduardo Krieger da Silva, Msc

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4

DADOS DE IDENTIFICAÇÃO DA EMPRESA

a) Razão Social

Benício Luiz de Medeiros ME.

b) Endereço

Rua Estefano José Vanolli, 1008. São Vicente, Itajaí /SC.

c) Setor de desenvolvimento do estágio

Administrativo

d) Duração do estágio

240 horas

e) Nome e cargo do supervisor de campo

Edgard de Luiz de Medeiros – Gerente geral

f) Carimbo e visto da empresa

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5

AUTORIZAÇÃO DA EMPRESA

Itajaí, 12 de novembro de 2008.

A empresa Benício Luiz de Medeiros – ME, pelo presente instrumento,

autoriza a Universidade do vale do Itajaí – UNIVALI, a publicar, em sua biblioteca, o

Trabalho de Conclusão de Estágio executado durante o Estágio Supervisionado,

pelo acadêmico Thiago José Wisenteiner.

____________________________________ Edgar de Luiz de Medeiros

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6

RESUMO

Este trabalho de Conclusão de Curso descreve a aplicação do programa cinco sensos em uma loja de bicicletas. Desta forma, este trabalho teve como objetivo geral implantar o programa cinco sensos na empresa Raio & Roda Cicle Peças e, para alcançá-lo foram estabelecidos os seguintes objetivos específicos: apresentar as etapas, benefícios e vantagens dos 5 sensos; elaborar e definir os passos para implantação; implantar o programa cinco sensos; acompanhar e relatar a implantação do programa. O método de pesquisa utilizado foi qualitativo. Para efetuar o levantamento dos dados, foi realizada observação participante, e também, utilizaram-se formulários para diagnosticar a situação da empresa. Foram aplicadas entrevistas semi-estruturadas com o proprietário e todos os funcionários da empresa, o que caracterizou esta pesquisa como censitária, devido envolver todos os elementos de uma população. Os dados colhidos nas entrevistas e observação participante foram tratados por meio da análise de conteúdo. Para as análises feitas durante e após a implantação dos sensos foram utilizados quadros, figuras e textos explicativos. Os resultados obtidos foram satisfatórios. Os funcionários adquiriram conhecimento sobre o programa cinco sensos, e foi despertado neles algumas práticas muito comuns que estavam passando como despercebidas no ambiente de trabalho. Consegui-se ter um ambiente mais limpo e organizado, com pessoas asseadas. Estabelecer uma nova cultura em qualquer organização é um grande desafio. Porém, foi tentado aos poucos, despertar nos funcionários pequenos ensinamentos, que com a autodisciplina e a melhoria contínua destes ensinamentos, fosse estabelecido uma nova cultura na organização, a cultura da prática dos cinco sensos.

PALAVRAS-CHAVE: Cinco Sensos, Qualidade Total, Melhoria contínua.

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LISTA DE ILUSTRAÇÕES

Quadro 01 – População ............................................................................................16 

Figura 01 – Ciclo da administração de Materiais.......................................................24 

Quadro 02 – Funções da administração Geral..........................................................28 

Figura 02 – Etapas do PDCA ....................................................................................37 

Figura 03 – Organograma .........................................................................................47 

Quadro 03 – Aspectos dos cinco sensos ..................................................................50 

Figura 04 – Avaliação em cores ................................................................................53 

Quadro 04 – Situação inicial de utilização do setor de oficina ..................................57 

Quadro 05 – Situação inicial de ordenação do setor de oficina ................................60 

Quadro 06 – Melhoria na separação de peças no setor de oficina ...........................60 

Quadro 07 – Situação inicial de limpeza do setor de oficina .....................................62 

Quadro 08 – Comparação entre antes e depois da aplicação dos sensos ...............63 

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8

LISTA DE TABELAS

Tabela 01 – Padrão atingido no 1º diagnóstico .........................................................55 

Tabela 02 – Destino dos materiais separados em cada setor...................................58 

Tabela 03 – Padrão atingido no 2º diagnóstico .........................................................65 

Tabela 04 – Comparação entre antes e depois da aplicação dos sensos utilização,

ordenação e limpeza.............................................................................66 

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SUMÁRIO

1  INTRODUÇÃO....................................................................................11 1.1  Problema de Pesquisa / Justificativa ..........................................12 1.2  Objetivos do trabalho....................................................................14 

1.3  Aspectos Metodológicos..............................................................14 1.3.1  Caracterização da Pesquisa........................................................15 

1.3.2  Participantes da Pesquisa ...........................................................16 

1.3.3  Instrumento e coleta de dados ....................................................17 

1.3.4  Tratamento e Análise de Dados ..................................................18 2  FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA..........................................................20 

2.1  Administração ...............................................................................20 2.2  Funções da administração ...........................................................21 

2.3  Áreas da Administração ...............................................................22 2.3.1  Administração de Marketing ........................................................22 

2.3.2  Administração de Materiais .........................................................23 

2.3.3  Administração da Produção.........................................................25 

2.3.4  Administração Financeira ............................................................26 

2.3.5  Administração de Recursos Humanos.........................................27 

2.3.6  Administração Geral ....................................................................28 

2.3.7  Organização, Sistemas e Métodos (OSM) ..................................29 

2.4  Programa cinco sensos (5S) ........................................................30 

2.4.1  Conceito cinco sensos.................................................................30 

2.5  Qualidade .......................................................................................34 2.5.1  Kaizen / Melhoria Contínua .........................................................36 

2.5.2  Ciclo PDCA..................................................................................37 

2.6  5W2H ..............................................................................................38 2.7  Diagnóstico ou Análise Administrativa.......................................39 

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10

2.7.1  Etapa Zero ...................................................................................41 

2.8  Auditoria Interna da Qualidade ....................................................42 3  DESENVOLVIMENTO DA PESQUISA ..............................................44 

3.1  Caracterização da organização....................................................44 

3.1.1  Histórico da organização .............................................................44 

3.1.2  Clientes........................................................................................46 

3.1.3  Fornecedores e concorrentes......................................................46 

3.1.4  Estrutura Organizacional .............................................................47 

3.1.5  Missão, Visão e Valores ..............................................................48 

3.2  Resultados da pesquisa ...............................................................49 

3.2.1  Etapas, vantagens e benefícios do programa cinco sensos........49 

3.2.2  Elaboração e definição dos passos para implantação do

programa .....................................................................................51 

3.2.3  Implantação do programa cinco sensos ......................................53 

3.2.4  Acompanhamento da implantação do programa.........................64 

3.3  Sugestões ......................................................................................67 4  CONSIDERAÇÕES FINAIS................................................................69 REFERÊNCIAS......................................................................................71 APÊNDICES...........................................................................................74 ANEXOS...............................................................................................104 ASSINATURA DOS RESPONSÁVEIS ................................................117 

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1 INTRODUÇÃO

A alta competitividade no mercado e o consumidor cada vez mais exigente

fazem as empresas buscar constantemente organização, agilidade, flexibilidade e

qualidade, para se adequarem às exigências dos clientes e do próprio mercado.

As empresas estão em constante busca de novas condições que lhe

permitam manter-se no mercado. Sendo este um mercado altamente competitivo e

exigente, há necessidade de oferecer produtos com excelência em qualidade. A

excelência em qualidade pode ser um diferencial competitivo, capaz de influenciar

na tomada de decisão por parte do cliente. Para atender as expectativas do cliente a

empresa precisa ter uma estrutura flexível, que se adéqüe as constantes mudanças

de comportamento do consumidor. Assim, ao atender as expectativas do cliente, ou

até mesmo superá-las, a empresa poderá se sustentar no mercado, inclusive,

sustentar seu crescimento.

Os administradores têm compreendido que as empresas devem ser flexíveis

diante de seus stakeholders. A flexibilidade deve ser uma das características da

organização, sem esquecer que, em todo processo de mudança, a qualidade deve

ser mantida ou melhorada. Neste contexto, a administração disponibiliza diversas

ferramentas, capazes de possibilitar a empresa, atender os seus stakeholders com

flexibilidade, e que, a alta qualidade seja mantida ou melhorada.

Modernas teorias administrativas vêm sendo praticadas em países

desenvolvidos. Dentre elas, destacam-se as que têm como foco principal a

qualidade, a qual é condição essencial para a sobrevivência e desenvolvimento das

empresas. Estas novas teorias vêm causando verdadeira revolução nos conceitos

de administração, pois, é dada a qualidade bastante ênfase, destacando-a como um

dos fatores responsáveis pelo sucesso das organizações.

O sucesso das organizações decorre não só da eficiência dos processos,

mas também, do bem-estar das pessoas. A democratização e a humanização do

ambiente de trabalho são condições essenciais para o êxito dos programas de

qualidade. Para isso, busca-se na implantação da qualidade total uma nova forma

de gerenciamento, visando melhorar continuamente os padrões que atendem às

necessidades das pessoas. Na busca pela qualidade total, várias técnicas podem

ser utilizadas, sendo que uma delas é o programa cinco sensos. Quando a alta

Page 13: implantação do programa 5s na empresa raio & roda cicle peças

12

administração decide a implantação do programa e se envolve profundamente, os

colaboradores tendem a contribuir de forma positiva, o que possibilita que o

resultado esperado pela organização seja alcançado.

Atuando na comercialização e manutenção de bicicletas há mais de 17

anos, a empresa Raio & Roda Cicle Peças, situada no bairro São Vicente em Itajaí,

busca prestar serviços e oferecer produtos com qualidade e rapidez. Para isto, vê a

necessidade de um programa que reorganize seu ambiente interno de trabalho,

possibilitando aos colaboradores novas atitudes diante dos processos rotineiros,

mantendo o bom humor.

Atualmente, Itajaí tem uma grande frota de bicicletas, e, para atender esta

demanda exigente e vencer a concorrência cada vez mais acirrada, é preciso

oferecer diferenciais. O programa cinco sensos pode vir a proporcionar a qualidade

requerida pela organização e seus stakeholders.

1.1 Problema de Pesquisa / Justificativa

O problema de pesquisa diz de forma clara e compreensível a dificuldade

com a qual se defronta e pretende resolver. É o ponto de partida pelo qual o trabalho

foi elaborado, para onde todos os estudos e análises se voltaram, em busca de uma

resolução ou resposta. Segundo Marconi e Lakatos (1999, p. 28), “problema é uma

dificuldade, teórica ou prática, no conhecimento de alguma coisa de real importância,

para a qual se deve encontrar uma solução”. Para que fosse possível encontrar uma

solução para o problema, foi preciso definir o problema de pesquisa de forma

passível de tratamento científico, ou seja, que permitiria a aplicação de um método

para encontrar as respostas para o problema.

A empresa Raio & Roda Cicle Peças, deseja atender o mercado com

qualidade. Sabe que para isto se faz necessário melhorar os seus processos

internos e influenciar no desenvolvimento de seus colaboradores através de um

programa de qualidade. Desde sua abertura, a empresa cresce continuamente. Esse

crescimento fez com que sua estrutura e seus processos internos sofressem

mudanças consideráveis. O foco principal da empresa passou a ser o atendimento a

demanda, que cresce cada vez mais. Neste contexto, aspectos como organização,

Page 14: implantação do programa 5s na empresa raio & roda cicle peças

13

asseio e limpeza foram deixados para um segundo momento, o que fez com que a

qualidade interna da empresa ficasse prejudicada. Portanto, de acordo com a

necessidade levantada pela alta administração da empresa, foi definido para este

trabalho o seguinte problema de pesquisa: Como a implantação do programa cinco

sensos contribui para a melhoria da qualidade na empresa Raio & Roda Cicle

Peças?

Definir os passos de implantação e implantar a filosofia cinco sensos foi um

grande desafio para os envolvidos, e este se justificou pelo fato de o programa

proporcionar à empresa qualidade no ambiente de trabalho. Desta forma, a

qualidade de vida dos colaboradores e a qualidade dos processos podem vir a

permitir que a empresa atinja melhores resultados financeiros, e adquira diferenciais

competitivos, tornando-a forte frente à concorrência.

A importância da elaboração deste trabalho para o acadêmico se dá pelo

fato de ter aplicado a teoria aprendida no curso em um cenário totalmente real,

tendo que quebrar alguns paradigmas da organização e dos funcionários. Para isto,

foi necessário desenvolver seu poder de convencimento para ter o resultado que a

empresa, o acadêmico e a universidade esperam. Para a universidade, este trabalho

será importante, pois, ficará disponível para outros acadêmicos do curso de

administração se embasar na elaboração de seus trabalhos de conclusão de

estágio, tanto na implantação de um programa de qualidade, como também, na

avaliação dos resultados obtidos neste trabalho. Para a empresa este trabalho foi

importante, pois o seu ambiente interno foi modificado, através da mudança de

humor, das atitudes e da forma de realizar as atividades rotineiras.

Trata-se de um estudo original para a ciência por contribuir de forma positiva

para a mesma, pois, o programa cinco sensos foi implantado em um novo ambiente,

que possibilitou identificar outros métodos de aplicação e gerou diferentes

resultados. Para a empresa Raio & Roda Cicle Peças, a implantação do programa

cinco sensos foi um desafio, já que a empresa nunca teve a elaboração de um

trabalho como este.

O desenvolvimento desse trabalho de estágio foi viável, pois o proprietário

da empresa participou integralmente da aplicação do programa, disponibilizando

todas as informações necessárias. Por ser uma empresa de pequeno porte, o

acesso às pessoas envolvidas no trabalho aconteceu a todo o momento, o que

facilitou a busca pelo envolvimento de todos. Este projeto não gerou custos elevados

Page 15: implantação do programa 5s na empresa raio & roda cicle peças

14

para a organização, já que o sucesso do projeto dependeu da iniciativa dos

funcionários. Para o acadêmico a viabilidade se deu pela proximidade entre a sua

residência e a organização, o que facilitou no seu deslocamento. A disponibilidade

de tempo do acadêmico também contribuiu, pois, foi possível ter acesso a empresa

aos sábados durante todo a dia.

1.2 Objetivos do trabalho

A determinação do objetivo geral é importante para a elaboração deste

trabalho. Segundo Marconi e Lakatos (1999), somente com os objetivos

determinados se sabe o que vai procurar e o que se pretende alcançar. Assim, este

projeto de estágio teve como objetivo geral implantar o programa cinco sensos na

empresa Raio & Roda Cicle Peças.

O objetivo geral possui certa amplitude. Portanto, para facilitar o alcance do

mesmo, foram definidos objetivos específicos. Conforme Richardson (1999, p.24),

“os objetivos específicos definem aspectos determinados que se pretenda estudar e

que contribuem para alcançar o objetivo geral”.

Portanto, os objetivos específicos são:

Apresentar as etapas, benefícios e vantagens dos 5 sensos;

Elaborar e definir os passos para a implantação;

Implantar os 5 sensos;

Acompanhar e relatar a implantação do programa.

1.3 Aspectos Metodológicos

Este item aborda o método científico que foi utilizado para a realização deste

trabalho. Segundo Mattar (1992), os objetivos de apresentar a metodologia

compreendem em sumarizar os aspectos metodológicos do trabalho de pesquisa, a

fim de torná-lo compreensivo para os leitores não técnicos, e despertar confiança na

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15

qualidade dos procedimentos adotados e dos resultados atingidos pela pesquisa.

Neste sentido, aborda-se a seguir a caracterização da pesquisa.

1.3.1 Caracterização da Pesquisa

O presente trabalho, quanto a sua tipologia, caracteriza-se como proposição

de planos, onde foi elaborado um programa que poderia ou não ser implantado na

organização. Para Roesch (2005), a proposição de planos ou sistemas busca

solucionar os problemas organizacionais e conseqüentemente reestruturar a

organização. A proposição de planos consiste em apresentar soluções para

problemas já diagnosticados, e, neste caso, as soluções foram implantadas na

organização, com métodos e estratégias de pesquisa definidos.

O método de pesquisa utilizado foi qualitativo, pois foram levantadas

informações, e seus fenômenos foram explorados. Através do método qualitativo, o

gestor e os funcionários foram entrevistados, na busca de informações e opiniões

quanto aos pontos a serem analisados na implantação do programa cinco sensos.

Para Malhotra (2001) os objetivos da pesquisa qualitativa são alcançar uma

compreensão qualitativa das razões e motivações subjacentes, amostra de

pequenos números de casos não representativos, coleta de dados não estruturada,

análise de dados não estatísticos desenvolvendo uma compreensão inicial. Para

aplicar o método de pesquisa qualitativo é necessário que a organização em estudo

possua um número reduzido de pessoas, que é o caso da organização onde o

trabalho foi elaborado. Este método também permite a melhor qualidade nas

informações necessárias para a realização do trabalho.

Como estratégia de pesquisa foi utilizada o estudo de caso, que para Gil

(1999), consiste em um estudo profundo, que permite amplo e detalhado

conhecimento do objeto, através da aplicação de entrevistas e observação

participante. O estudo de caso é a investigação de um assunto particular, onde se

procura descobrir o que há de essencial e característico nele. O estudo de caso

pode ser feito de forma exploratória, descritiva ou analítica.

Esta pesquisa se caracterizou como exploratória e descritiva. Exploratória

por visar às características de um fenômeno e suas conseqüências. Afirma Gil

Page 17: implantação do programa 5s na empresa raio & roda cicle peças

16

(1999), que a pesquisa exploratória proporciona maior familiaridade com o problema,

e visa torná-lo mais explícito. A pesquisa exploratória serve para obter informações

preliminares do objeto em pesquisa. Quanto à pesquisa descritiva, Vergara (2005),

explica que, esta expõe as características de determinado fenômeno e estabelece

correlações entre variáveis definindo sua natureza. A pesquisa descritiva tem como

propósito essencial à descrição de como é o caso em estudo. Este tipo de pesquisa

foi utilizado para fazer levantamento das opiniões dos funcionários, quanto as suas

percepções sobre a atual realidade do ambiente interno, e quanto à contribuição que

o programa cinco sensos poderá oferecer a organização.

1.3.2 Participantes da Pesquisa

Os participantes da pesquisa ou a população são todas as pessoas

envolvidas no programa a ser implantado, seja na parte de levantamento de

informações, execução de atividades, ou beneficiária direta do programa. De acordo

com Richardson (1999) população é o conjunto de elementos que possuem

determinadas características, e em termos estatísticos, o conjunto de indivíduos que

trabalham em um mesmo lugar. A população é uma parte importante para o

trabalho, pois é através dela que se consegue obter as informações necessárias

para identificar os principais pontos a serem analisados na implantação do programa

cinco sensos.

A população deste trabalho encontra-se a seguir, no Quadro 01.

Cargo Número de pessoas Proprietário 1

Gerente Geral 1

Vendedor 1

Auxiliar de vendas 1

Mecânicos 2

População Total 6 Quadro 01 – População Fonte: Elaborado pelo acadêmico

Page 18: implantação do programa 5s na empresa raio & roda cicle peças

17

No Quadro 01 têm-se a quantidade de pessoas envolvidas no trabalho,

juntamente com o cargo ocupado na organização. Pode-se destacar que este é o

número total de funcionários que a empresa possui. E, por esta pesquisa ter

envolvido todos os funcionários da organização, esta se caracteriza como pesquisa

censitária. Segundo Malhotra (2001, p.301) “um censo envolve a enumeração

completa dos elementos de uma população”. A população ou os participantes da

pesquisa são todas as pessoas envolvidas na implantação do projeto, com

sugestões e na colaboração para o bom desempenho do trabalho, e foi o que

ocorreu na elaboração deste trabalho.

1.3.3 Instrumento e coleta de dados

A coleta de dados foi detalhada, planejada e controlada para que os dados

coletados tivessem alta qualidade. Para coletar os dados necessários para a

realização do trabalho, foram utilizados instrumentos que possibilitem a coleta dos

dados com a melhor qualidade possível. Estes dados foram extraídos de fontes que

continham dados primários. A fonte de dados deste trabalho foram os funcionários e

o proprietário da empresa. Segundo Richardson (1999), as fontes que contém dados

primários são aquelas que têm uma ligação física direta com os fatos analisados, e

conforme a definição de Roesch (2005), as principais técnicas para coleta de dados

primários são as entrevistas, questionários, observação ou testes.

Os instrumentos utilizados para coletar os dados primários foram as

entrevistas semi-estruturadas, a observação participante e a aplicação de

formulários. As entrevistas semi-estruturadas foram utilizadas com o proprietário e

com os funcionários da empresa, para buscar informações e opiniões quanto aos

pontos a serem analisados na implantação do programa cinco sensos. Conforme

Roesch (2005), nas entrevistas semi-estruturadas utilizam-se questões abertas, que

permitem ao entrevistador entender e captar a perspectiva dos participantes da

pesquisa.

A utilização da observação participante se dá pelo fato de permitir uma

melhor compreensão do ambiente, pois o observador estará em meio a realidade da

organização. No que diz respeito à observação participante, Richardson (1999)

Page 19: implantação do programa 5s na empresa raio & roda cicle peças

18

enfatiza que consiste na participação real do pesquisador, se incorporando ao grupo.

Fica tão próximo do grupo que participa das atividades normais deste.

Na observação participante, o observador não é apenas um espectador do fato que está sendo estudado, ele se coloca na posição e ao nível dos outros elementos humanos que compõem o fenômeno a ser observado. O observador participante tem mais condições de compreender os hábitos, interesses, relações pessoais e características da vida diária da comunidade do que o observador não participante. (RICHARDSON, 1999, p.261).

Através da observação participante foram levantados alguns aspectos como:

costume dos funcionários quanto à organização e limpeza do ambiente de trabalho,

a facilidade ou dificuldade no acesso a ferramentas ou documentos necessários

para a execução do trabalho. Este tipo de informação foi importante para a

sensibilização dos funcionários, e dicas de algumas práticas a serem adotadas para

que fosse mantida a disciplina no ambiente de trabalho.

A utilização de formulários foi necessária para diagnosticar os locais onde foi

aplicado cada senso, avaliar a sua situação antes e após a execução dos sensos, e

para registrar não conformidades durante a auditoria. Segundo Oliveira (1997), o

formulário tem a função de determinar quais são os dados a serem registrados,

reduzindo o trabalho de transcrição de operações e funcionando como selecionador

de relevâncias, descartando os dados desnecessários. O formulário também pode

ser utilizado para armazenar dados importantes, padronizar a comunicação entre os

setores de uma empresa, controle de processos administrativos, e também pode

auxiliar na tomada de decisões. Na visão de Rocha (1987, p.199), “nenhum

formulário deve ser encarado como um documento isolado, mas como um elo na

cadeia de informações de uma empresa e, como tal, um meio eficiente de

comunicação”. Neste sentido, buscou-se elaborar os formulário de forma que

possibilitassem selecionar, registrar e armazenar todos os dados com coerência,

pois estes seriam muito úteis para dar continuidade ao programa cinco sensos.

1.3.4 Tratamento e Análise de Dados

Após ter sido feita a coleta dos dados, estes foram interpretados por meio da

análise de conteúdo. Segundo Richardson (1999), a análise de conteúdo é um

Page 20: implantação do programa 5s na empresa raio & roda cicle peças

19

conjunto de instrumentos metodológicos cada vez mais aperfeiçoados que se

aplicam a discursos diversos, devendo ser eficaz, rigorosa e precisa, pois, trata-se

de compreender melhor suas características. O objetivo do tratamento e da análise

dos dados é organizar e apresentar os dados coletados de maneira a facilitar a

verificação e a comunicação das respostas obtidas na pesquisa. Inicialmente foi

utilizada uma abordagem textual para identificar de forma minuciosa os pontos a

serem percebidos na implantação dos cinco sensos, e também para perceber a

visão dos funcionários quanto ao programa. A análise destes dados propiciou

informações que permitiram melhor compreensão do ambiente, facilitando na

sensibilização dos mesmos. Para as análises feitas durante e após a implantação

dos sensos, foram utilizados quadros, figuras e textos explicativos.

Após a descrição das informações colhidas na aplicação da observação

participante, efetuada durante toda a aplicação do trabalho, estas foram analisadas

e organizadas, para que servissem de base e auxiliassem nas tomadas de decisões.

Page 21: implantação do programa 5s na empresa raio & roda cicle peças

20

2 FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA

Neste capítulo é apresentada a fundamentação teórica que servirá como

base para a elaboração deste trabalho.

2.1 Administração

A alta competitividade e os consumidores cada vez mais exigentes fazem

com que as organizações busquem formas de fidelizar os clientes, atendendo às

suas exigências com menor custo e maior qualidade. Toda organização, seja ela

com fins lucrativos ou não, está no mercado para atender e satisfazer uma

demanda. Nos dias de hoje, oferecer o melhor preço não é questão de cliente

garantido. Outras características como bom atendimento, qualidade nos serviços e

produtos, prazo de pagamento, são necessários para que as empresas superem as

expectativas dos clientes, conseguindo assim fidelizá-los.

Para conseguir êxito na combinação de pessoas a fim de alcançar

determinado objetivo, é necessária uma interação e utilização eficaz dos recursos e

das pessoas. Para isto tem-se a administração.

A administração, segundo Chiavenato (2000, p.3) tem como tarefa:

[...] interpretar os objetivos propostos pela empresa e transformá-los em ação empresarial por meio de planejamento, organização, direção e controle de todos os esforços realizados em todas as áreas e em todos os níveis da empresa, a fim de atingir tais objetivos.

A administração atua de forma a fazer a ligação dos objetivos da empresa

para com o mercado no qual está inserida. Para Maximiano (2000) administrar é o

processo de tomar, realizar e alcançar ações que utilizam recursos para alcançar

objetivos. É a forma como são administradas que tornam as organizações mais ou

menos capazes de utilizar corretamente seus recursos para atingir os objetivos

corretos.

Page 22: implantação do programa 5s na empresa raio & roda cicle peças

21

2.2 Funções da administração

A administração é um processo de tomada de decisão e realização de

ações, no que compreende as principais funções da administração: Planejamento,

Organização, Liderança e Controle.

O planejamento tem como característica definir onde a empresa almeja estar

no futuro, e o que deve ser feito para que ela alcance esse propósito. Segundo

Rocha (1987, p.22),

[...] o Planejamento é a função administrativa de determinar antecipadamente o que deverá ser feito, qual ou quais técnicas que deverão ser utilizadas, onde, quando e por quem serão empregadas, enfatizando maiores ou menores detalhes, como o caso exigir.

O autor (op. cit) ressalta que é importante fixar os fatores tempo e recursos

para que o planejamento se realize com sucesso, e para que as outras etapas

possam ser iniciadas.

Na organização os recursos e as tarefas devem ser distribuídos de forma

correta e organizada para que possam ser bem trabalhados, e assim, atender os

objetivos propostos por ela. Para Maximiano (2000) organização é o processo de

definir o trabalho a ser realizado e as responsabilidades pela realização. É também o

processo de distribuir os recursos disponíveis seguindo algum critério. Assim, é na

organização que estão envolvidas a atribuição de tarefas, agrupamento das tarefas

em departamentos, atribuição de autoridade e a alocação de recursos pela

organização. Percebe-se então, que, a organização segue o planejamento e reflete

como a organização tenta realizar o plano.

A liderança, segundo Maximiano (2000, p.33), “permeia todas as atividades

gerenciais e não é uma atividade isolada”, e também, é a maneira como os gerentes

administram os funcionários a fim de obter credibilidade e respeito, e orientando-os

para atingir as metas da empresa. Sincronizar uma equipe de trabalho e fazer com

que estejam sempre motivadas e voltadas a atingir as metas propostas pela

empresa são responsabilidades de um líder, e isto deve ser feito com o menor nível

de conflito possível entre gerências, setores e equipes.

O controle significa monitorar as atividades que estão sendo realizadas e

verificar se as gerências, setores ou equipes estão caminhando em direção as suas

Page 23: implantação do programa 5s na empresa raio & roda cicle peças

22

metas e objetivos definidos no planejamento. Para Daft (2005) controle é a função

administrativa que envolve monitorar as atividades dos funcionários, mantendo a

organização no trilho em direção as suas metas, e fazer as correções necessárias.

Para conseguir administrar com sucesso, é necessário ter todas as funções

da administração bem alinhadas, definindo missão e visão, distribuindo os recursos

adequadamente para cada setor, liderando e controlando toda a fase de

implantação, fazendo melhorias através do feedback, proporcionando assim, os

resultados esperados pela organização.

2.3 Áreas da Administração

Um administrador deve ter conhecimentos a respeito das áreas envolvidas

no funcionamento de uma empresa: Marketing, Materiais, Produção, Finanças,

Recursos Humanos, OSM e Administração Geral. Nesse sentido, serão

apresentadas neste item as áreas da administração.

2.3.1 Administração de Marketing

Para entender o que é a administração de marketing, é importante destacar

primeiro o que é marketing. O marketing surgiu a partir de 1950. Conforme Las

Casas (1997), os empresários começaram a perceber a importância de conservar os

negócios a longo prazo, mantendo relações permanentes com os clientes, devido às

vendas não serem constantes. Desta forma, os clientes começaram a dominar o

cenário da comercialização, onde seus desejos e necessidades passaram a ter

maior valor.

O marketing é definido por Las Casas (1997, p. 26) como:

A área do conhecimento que engloba todas as atividades concernentes às relações de troca, orientadas para a satisfação dos desejos e necessidades dos consumidores, visando alcançar determinados objetivos de empresas ou indivíduos e considerando sempre o meio ambiente de atuação e o impacto que essas relações causam no bem-estar da sociedade.

Page 24: implantação do programa 5s na empresa raio & roda cicle peças

23

Conforme Kotler (1998, p. 27), o marketing é conceituado como “um

processo social e gerencial pelo qual indivíduos e grupos obtêm o que necessitam e

desejam através da criação, oferta e troca de produtos de valor com outros”.

Atender as demandas e criar produtos que despertem os desejos nos clientes são

tarefas complexas que exigem alta competência e responsabilidade das pessoas

envolvidas. É neste sentido que Dias (2006), desmembra a Administração de

Marketing em duas grandes áreas de responsabilidade, a saber:

Responsabilidade Estratégica: Entende-se como o conjunto de decisões

da estratégia de marketing, que incluem a análise e a segmentação de

mercado, a decisão de quais produtos e serviços oferecer, a que preço,

por quais canais e meios de comunicação.

Responsabilidade Operacional: Englobam as ações táticas e

operacionais de marketing, como a execução das vendas, o desenho e a

produção dos materiais de comunicação, a atração, o desenvolvimento e

o controle dos canais de venda, o gerenciamento dos estoques nos

canais de distribuição, etc.

Apesar de o processo operacional ser ligeiramente mais percebido pela

população em geral, a responsabilidade estratégica tem grande importância no

desenvolvimento do produto ou serviço final e suas formas de introdução no

mercado.

A área de marketing tem grande ligação com as áreas de materiais e

produção. A área de marketing identifica a demanda existente para cada tipo de

produto, e faz com que as áreas de materiais e produção determinem as compras de

matéria-prima, tecnologia e mão-de-obra necessária para a produção de cada

produto de acordo com a quantidade de vendas prevista. Quando esta ligação

ocorre de forma correta, a organização obtém benefícios ao atender todos os

clientes com o menor nível de desperdício de matéria-prima e produção em excesso.

2.3.2 Administração de Materiais

O objetivo fundamental da administração de materiais para Viana (2000) é

determinar quando e quanto adquirir para repor o estoque, o que determina que a

Page 25: implantação do programa 5s na empresa raio & roda cicle peças

24

estratégia do abastecimento sempre seja acionada pelo usuário. Sendo este o

objetivo da administração de materiais, Martins e Alt (2002, p.5) definem as funções

da administração.

A administração de recursos materiais engloba a seqüência de operações que tem seu início na identificação do fornecedor, na compra do bem, em seu recebimento, transporte interno e acondicionamento, em seu transporte durante o processo produtivo, em sua armazenagem como produto acabado e, finalmente em sua distribuição ao consumidor final.

A seguir, na Figura 01, tem-se o ciclo do qual a administração de materiais é

responsável.

Figura 01 – Ciclo da administração de Materiais Fonte: Martins e Alt (2002).

O ciclo, demonstrado na Figura 01, tem o seu início com o sinal da

demanda, que geralmente é passado pela a área de marketing. A partir daí a área

de materiais passa a administrar integralmente cada passo, desde a identificação do

fornecedor até a entrega do produto para o cliente. Essa administração envolve

planejamento, coordenação, direção e controle de todas as atividades, desde o

momento de sua concepção até seu consumo final, para que o equilíbrio seja

mantido.

Segundo Viana (2000) o equilíbrio ideal entre estoque e consumo é a meta

primordial. Para tanto, a gestão se inter-relaciona com as outras atividades afins, no

intuito de que as empresas e os profissionais envolvidos estejam contemplados com

Recebimento e armazenagem

Transportar

Comprar materiais

Identificar fornecedor

Movimentação interna

Armazenagem do produto acabado

Expedição

Clientes

Sinal de demanda

Transporte

Page 26: implantação do programa 5s na empresa raio & roda cicle peças

25

uma série de técnicas e rotinas. Assim, faz com que todo o gerenciamento de

materiais, incluindo gestão, compras e armazenagem, seja considerado como

atividade integrante do sistema de abastecimento.

A área de materiais constitui componente indispensável no sentido do

alcance dos fins, para proporcionar os resultados almejados pela empresa. Se pode

inserir então, a administração de materiais, na condição de atividade meio, sendo a

produção atividade fim.

2.3.3 Administração da Produção

A administração da produção trata da maneira pela qual as organizações

produzem bens ou serviços. Todos os produtos oferecidos no mercado e

consumidos pelas pessoas passaram antes pelas mãos de engenheiros de

produção.

A administração da produção, conforme Corrêa (2004) ocupa-se do

gerenciamento estratégico dos recursos escassos – humanos, tecnológicos,

informacionais e outros – de sua interação e dos processos que produzem e

entregam bens e serviços, visando atender necessidades ou desejos de qualidade,

tempo e custos de seus clientes. Portanto, a administração da produção é o termo

usado para as atividades, decisões e responsabilidades dos gerentes de produção.

De acordo com Slack (1997), os gerentes de produção são os funcionários da

organização que exercem responsabilidade particular em administrar algum ou todos

os recursos envolvidos pela função produção. Os gerentes de produção são os

profissionais responsáveis pelo controle e tomada de decisões no ambiente

produtivo, portanto sua função é extremamente importante.

A função produção é central para a empresa porque produz os bens e

serviços que são a razão de sua existência, mas não é a única, nem a mais

importante. Todas as empresas possuem funções com suas responsabilidades

específicas e, de algum modo, estão ligadas a função produção, como é o caso da

área de finanças, responsável pela disponibilização de recursos financeiros para a

aquisição de novas tecnologias, mão-de-obra

Page 27: implantação do programa 5s na empresa raio & roda cicle peças

26

2.3.4 Administração Financeira

A área de finanças é ampla e dinâmica. Afeta diretamente a vida de todas as

pessoas e todas as organizações públicas ou privadas, de todos os tamanhos e de

diversos ramos de atividade.

A administração financeira, conforme Gitman (1997), diz respeito às

responsabilidades do administrador financeiro numa empresa. Os administradores

financeiros desempenham uma variedade de tarefas, tais como: orçamentos,

previsões financeiras, administração do caixa, administração do crédito, análise de

investimentos e captação de fundos.

É sabido que o grande objetivo da existência da maioria das empresas é a

obtenção de lucros para seus proprietários, mediante a produção de bens ou

serviços para a venda no mercado. Para isso a empresa adquire os fatores de

produção, e com eles produz a venda.

Atualmente, as mudanças no ambiente econômico elevaram a importância e

a complexidade das responsabilidades do administrador financeiro. De acordo com

Flink (1999), o conjunto de responsabilidades do administrador financeiro reúne 5

funções principais:

Análise financeira em profundidade dos registros e demonstrativos

contábeis;

Estimativa do movimento (entrada e saída) de caixa, para o trimestre ou

anos seguintes, com o objetivo de determinar o provável grau de liquidez

da empresa;

Escolha do investimento mais interessante, de retorno rápido, para os

excedentes de caixa ou quase moeda da empresa;

Fornecimento à alta administração de informações relativas às

condições financeiras atuais e futuras da firma, como base para a

tomada de decisões sobre operações de compra, comercialização e

fixação de preços;

A elaboração de planos financeiros detalhados para a obtenção e

utilização de fundos pela firma, tanto a longo quanto em curto prazo.

Page 28: implantação do programa 5s na empresa raio & roda cicle peças

27

Portanto, a área financeira é de vital importância para que a empresa

administre bem os seus recursos financeiros, viabilizando assim, o crescimento e

desenvolvimento organizacional.

2.3.5 Administração de Recursos Humanos

O sucesso de um negócio ou de uma organização não depende somente da

capacidade dos administradores em gerenciar produção, finanças ou vendas.

Nenhuma dessas áreas funcionará sem o gerenciamento adequado das pessoas

responsáveis por cada setor.

Atualmente as empresas têm reconhecido que seu diferencial está

diretamente ligado às pessoas, pois elas são o seu capital humano. As pressões

exercidas pela alta competitividade, além de influenciarem nos resultados

financeiros, tem reflexo no trabalhador. Diante disto, as empresas têm buscado

formas de integrar os seus objetivos com os preceitos dos funcionários, no qual se

faz presente a administração de recursos humanos.

A administração de recursos humanos busca uma interação entre os

objetivos da organização e os objetivos dos funcionários, de forma a solucionar

conflitos. Para Dessler (2003) a administração de recursos humanos refere-se às

práticas e às políticas necessárias para conduzir os aspectos relacionados às

pessoas no trabalho de gerenciamento, especificamente à contratação, ao

treinamento, à avaliação, à remuneração e ao oferecimento de um ambiente bom e

seguro aos funcionários da empresa.

A administração de recursos humanos conforme Gil (2001, p.21), pode ser

entendida como “a administração de pessoal baseada em uma abordagem

sistêmica”, onde o funcionário interage com todo o sistema, e visa alcançar os

objetivos da empresa, sendo vistos como parceiros.

As pessoas passam grande parte de suas vidas dentro da empresa. Assim,

percebe-se a grande importância da administração de recursos humanos, bem como

dos profissionais de recursos humanos, no gerenciamento e desenvolvimento do

capital humano em busca do aumento da qualidade de vida dos colaboradores e da

qualidade dos produtos ou serviços oferecidos pela empresa.

Page 29: implantação do programa 5s na empresa raio & roda cicle peças

28

2.3.6 Administração Geral

A administração geral normalmente é praticada por micro e pequenas

empresas, com características familiares, pelo fato de concentrar todas as funções

da administração em uma pessoa, ou seja, o administrador geral. Assim, esse estilo

de administração se torna mais compatível. Segundo Drucker (1998, p. 8) a tarefa do

administrador pode ser desmembrada em “planejar, organizar, ajustar, medir, e

formar pessoas”. No item 2.2 deste trabalho as funções da administração têm as

seguintes definições: planejar, organizar, liderar e controlar. Como se pode observar

no Quadro 02, estas duas definições se complementam e deixam claras as funções

da administração geral.

Drucker (1998) Fundamentação

Função Descrição da função Função Descrição da função

Planejar

Fixar objetivos e metas, e

determinar como alcançar os

objetivos.

Planejamento

Define onde a empresa almeja

estar no futuro, e como fazer

para chegar lá.

Organizar

Analisar as atividades,

decisões e relações. Classificar

e distribuir as funções.

Organização

Distribuir recursos e tarefas

corretamente para o

atendimento dos objetivos.

Ajustar

Formar e motivar uma equipe,

através da definição de

remuneração, colocação e

promoção. Manter o bom

relacionamento e a

comunicação.

Liderança

Sincronizar a equipe de

trabalho, motivando-as a atingir

as metas propostas pela

empresa, com o menor nível de

conflito possível.

Medir

Analisa, avalia e interpreta o

desempenho da organização e

dos funcionários. Comunicar

todos sobre as mensurações e

conclusões.

Controle

Monitorar as atividades que

estão sendo realizadas, e se

estão caminhando para o

alcance das metas e objetivos.

Formar

pessoas.

Formar pessoas, inclusive o

próprio administrador.

Quadro 02 – Funções da administração Geral Fonte: Elaborado pelo acadêmico

Page 30: implantação do programa 5s na empresa raio & roda cicle peças

29

Pode-se observar no Quadro 02, Peter Drucker faz a separação das funções

ajustar e formar pessoas, enquanto na fundamentação estas duas funções estão

consolidadas na função Liderança.

2.3.7 Organização, Sistemas e Métodos (OSM)

As técnicas de organização, sistemas e métodos surgiram durante a

Revolução Industrial e se desenvolveram intensamente após a segunda guerra

mundial. A definição de Rocha (1987, p.17) para a Organização e métodos é,

[...] como sendo uma função mista das funções da Organização e Planejamento, desenvolvendo-se na construção da estrutura de recursos e de operações de uma instituição, assim como na determinação de seus planos, principalmente na definição dos procedimentos, das rotinas ou dos métodos.

Cabe ressaltar que autores como Rocha (1987) e Cury (2005) utilizam em

seus livros a expressão Organização e Métodos (O&M), mas que não difere do

assunto em que estamos tratando neste item, o qual é Organização, Sistemas e

Métodos (OSM).

Na busca pelo melhor aproveitamento das atividades, começou-se a exigir

melhor eficiência dos processos internos das empresas, ou seja, deu-se importância

para as atividades-meio, sendo que estas auxiliam nas atividades-fim. A partir daí a

necessidade de se estabelecer técnicas de organização, sistemas e métodos, e

padronizar os processos internos, tornou-se essencial para ser eficaz.

Segundo Cury (2005) a Organização e Métodos é uma das especializações

da Administração que tem como objetivo a renovação organizacional. Ela modela a

empresa, trabalhando sua estrutura (organograma), seus processos e métodos de

trabalho. Partindo desta visão se pode entender que a OSM trata da empresa como

um todo, ou seja, é necessário o entendimento dos processos de ligação das áreas

de uma empresa, para que assim seja possível a aplicação de sistemas e métodos,

organizando toda a estrutura de forma a agilizar as atividades-meio reduzindo custos

e alcançado o objetivo especificado.

Page 31: implantação do programa 5s na empresa raio & roda cicle peças

30

2.4 Programa cinco sensos (5S)

O programa cinco sensos foi desenvolvido por Kaoru Ishikawa, no início da

década de 50, após a Segunda Guerra Mundial. Segundo Oliveira (1997) este

programa foi inicialmente praticado no Japão, e serviu para iniciar o processo de

reconstrução do país, que foi arrasado durante a guerra e necessitava ao máximo

evitar o desperdício.

No Japão, os cinco sensos fazem parte da educação passada de pai para

filho, e seus princípios acompanham as crianças até a fase adulta. Por possuir

características de gestão quase domésticas, o programa é conhecido também como

housekeeping, que significa limpeza de casa.

Conforme Oliveira (1997) o programa cinco sensos é um conjunto de cinco

conceitos simples que, ao serem praticados são capazes de modificar o seu humor,

o seu ambiente de trabalho, a maneira de conduzir suas atividades rotineiras e as

suas atitudes.

No mundo empresarial, o programa cinco sensos visa, principalmente,

racionalizar o uso de documentos, materiais e equipamentos, reduzir custos e

agilizar os processos de trabalhos, promovendo a participação de todos, estimulando

o trabalho em equipe e a melhoria da qualidade de vida no trabalho. Ribeiro (1994,

p.15) afirma que “apesar do 5S ser reconhecido mundialmente como originário do

Japão, a sua essência está presente em qualquer população, nação, sociedade,

família ou pessoa que pratique bons hábitos”. A filosofia dos cinco sensos, quando

implantada, tende a gerar grande mobilização entre as pessoas e transforma o

ambiente físico das empresas em um local melhor utilizado, mais limpo e mais

organizado, possibilitando evitar desperdícios de materiais, de tempo e de energia

física dos indivíduos.

2.4.1 Conceito cinco sensos

O nome cinco sensos origina-se de palavras, em japonês, que começam

com S: Seiri, Seiton, Seiso, Seiketsu e Shitsuke. Estas foram interpretadas para o

Page 32: implantação do programa 5s na empresa raio & roda cicle peças

31

português como cinco sensos: Senso de Utilização, Senso de Ordenação, Senso de

Limpeza, Senso de Asseio e Senso de Autodisciplina. Oliveira (1997) afirma que os

cinco sensos são um conjunto de ações simples a serem praticadas em todos os

ambientes, tanto no doméstico quanto no profissional. Os cinco sensos devem

treinar e desenvolver a capacidade das pessoas de apreciar, julgar, perceber os

conceitos de utilização, ordenação, limpeza, asseio e autodisciplina. Em sua

aplicação, eles devem respeitar a ordem a seguir relacionada.

2.4.1.1 Seiri – Utilização

O senso de utilização significa identificar e separar os itens e materiais

necessários e desnecessários, ou, úteis e inúteis, no local de trabalho, em busca de

utilizá-los da melhor maneira possível. Conforme Ribeiro (1994, p. 17) Seiri significa

“separar as coisa necessárias das que são desnecessárias, dando um destino para

aquelas que deixaram de ser úteis para aquele ambiente.” Deve-se deixar no

ambiente de trabalho somente aquilo que o indivíduo necessita e usa para

desempenhar sua função.

Segundo Ballestero-Alvarez (2001, p. 296) “O conceito chave para o Seiri é

a utilidade; no entanto, ao identificar as inutilidades, devemos estar atentos às

informações e ou documentos importantes, para não serem descartados”. Esta

etapa deve ser feita com organização, para que nada seja desperdiçado, e que cada

material tenha o destino correto.

O autor (op. cit.) apresenta algumas vantagens do Seiri, que são: liberar

espaço, eliminar ferramentas, eliminar dados de controles ultrapassados, eliminar

sucata e itens fora de uso, e diminuir o risco de acidentes.

A prática desse senso estimula não só a capacidade de apreciar e perceber

a dimensão útil dos materiais pertencentes ao ambiente, mas também permite que

seja ampliada a percepção quanto à dimensão útil dos procedimentos e atitudes

adotadas no cotidiano organizacional.

Page 33: implantação do programa 5s na empresa raio & roda cicle peças

32

2.4.1.2 Seiton – Ordenação

O senso de Ordenação consiste em arrumar aquilo que se utiliza. É preciso

organizar e ordenar aquilo que ficou no ambiente de trabalho após a prática do Seiri.

Conforme Ribeiro (1994, p. 71) o Seiton “é uma atividade de estudo do ‘layout’

adequado para o ambiente e os objetos”. Após descartar os materiais

desnecessários, deve-se ordenar os necessários de forma a facilitar o acesso aos

mesmos, reduzindo o tempo e o desgaste físico dos colaboradores. De acordo com

Oliveira (1997), o senso de Ordenação significa determinar o melhor local para

guardar os materiais e objetos de forma que possam ser localizados facilmente e

rapidamente quando necessitados.

Dentre seus benefícios, o Seiton permite: “economia de tempo, diminuição

do cansaço físico por movimentação desnecessária, melhoria do fluxo de pessoas e

materiais, rapidez na movimentação e resgate de pessoas em caso de emergência e

diminuição do estresse por buscas mal sucedidas, etc”. (SILVA, 1996, p.43).

Ordenar é a conseqüência natural de arrumar aquilo que se utiliza. É preciso

organizar, ordenar aquilo que ficou no ambiente de trabalho após a prática do Seiri.

2.4.1.3 Seiso - Limpeza

O senso de Limpeza diz respeito à manutenção de tudo o que é de

responsabilidade do funcionário. Visa evitar o desperdício de materiais, a quebra de

equipamentos e todo tipo de sujeira que venha a prejudicar o bom funcionamento do

trabalho. Para Oliveira (1997), deve-se executar durante o Senso de Limpeza a

rigorosa inspeção dos locais, objetos, equipamentos e ferramentas, de forma que

seja possível detectar, antecipadamente, futuros problemas. Sendo que estes

podem ser resolvidos antes de causar transtornos e até acidentes envolvendo

pessoas. Segundo Ribeiro (1994), no Seiso, na medida em que a limpeza é feita

pelo próprio usuário do ambiente, ele assume uma postura de inspetor, visando

descobrir e eliminar as fontes de sujeira. Nas empresas, encontram-se sujeiras

Page 34: implantação do programa 5s na empresa raio & roda cicle peças

33

materializadas de diversas formas: poluição visual, poluição sonora, poluição física

(pó e lixo), mau cheiro, etc.

A prática do Seiso purifica os postos de trabalho, previne a poluição em suas

diversas formas, preservam os equipamentos proporcionando-lhes maior vida útil,

melhora a imagem interna e externa da empresa e elimina o desperdício.

2.4.1.4 Seiketsu – Asseio

O senso de asseio tem o sentido de manter as condições de trabalho, físicas

e mentais, favoráveis para a saúde dos trabalhadores. Busca através da

colaboração coletiva a melhoria do ambiente de trabalho proporcionando bem-estar

para todos os envolvidos.

Segundo Oliveira (1997) o senso de asseio significa que os três sensos

iniciais estão sendo bem implantados e praticados, com resultados favoráveis e

bem-estar harmônico para todos. Nos ambientes que atingem o senso, os

procedimentos operacionais e de segurança são observados e seguidos, existindo

boa saúde física e mental das pessoas.

No Seiketsu, por meio de ações de parceria, estimula-se a percepção da

importância da saúde física, mental e emocional para gerar um bom clima de

trabalho e melhorar a qualidade de vida dos indivíduos.

Na opinião do autor Ribeiro (1994, p. 19) são benefícios do Seiketsu:

eliminação do desperdício, racionalização do tempo, redução do ‘stress’ das

pessoas, padronização, melhoria da qualidade, incremento da eficiência, incentivo à

criatividade, dignificação do ser humano, base para a Qualidade Total.

2.4.1.5 Shitsuke - Autodisciplina

O senso da autodisciplina é a última fase do programa cinco sensos, onde é

estimulada a força de vontade. Para manter as ótimas condições do ambiente de

Page 35: implantação do programa 5s na empresa raio & roda cicle peças

34

trabalho, é imprescindível que haja uma vontade comum de todos para que esse

estado se mantenha ou melhore.

Conforme Oliveira (1997) o senso da autodisciplina significa que os sensos

de Utilização, Ordenação e Limpeza estão sendo bem praticados e que

conseguimos elevados padrões éticos e morais, refletindo mudanças

comportamentais positivas.

O autor (op. cit.), completa que o quinto senso observa o hábito de cumprir o

que foi estabelecido, com a participação de todos e com o objetivo de promover

melhorias ambientais constantes visando ao aperfeiçoamento atitudinal-humano e

operacional.

Depois de atingido o quinto senso, conforme Ribeiro (1994, p.19), se pode

constatar os seguintes resultados positivos:

altos níveis de qualidade pessoal e ambiental; manifestação espontânea de criatividade no grupo ao realizar suas atividades;

diminuição dos acidentes; redução do desperdício; conservação de energia física e mental; melhoria do Clima Organizacional; e satisfação coletiva.

Deve-se ter consciência de que a filosofia dos cinco sensos é contínua, e

deve ser constantemente revisada e incentivada. A utilização dos cinco sensos

permitirá à empresa melhor gestão de seus processos, redução de custos, maior

organização e satisfação dos colaboradores, resultando em maior qualidade no

trabalho e nos produtos e/ou serviços oferecidos.

2.5 Qualidade

O conceito de qualidade é algo conhecido e intuitivo, sendo que a maioria

das pessoas sabe o que é qualidade. Tudo aquilo que agrada ou atende a alguém é

definido como de qualidade.

A palavra qualidade é, para Moura (1997), tanto aplicada como atributo de

produtos que satisfazem a quem se destina (clientes), quanto é definida, como um

Page 36: implantação do programa 5s na empresa raio & roda cicle peças

35

modo de organização de empresas que objetiva produzir produtos com o atributo

qualidade.

Desse modo, o autor (op. cit.) apresenta o conceito de qualidade como

sendo o modo de organização e gestão de empresas, que visa garantir aos produtos

e serviços, características que os clientes percebam e estejam adequadas às suas

necessidades e expectativas. Qualidade para Araújo e Redi (1997, p.18) é definida

como “tudo o que alguém faz ao longo de um processo para garantir que um cliente,

fora ou dentro da organização, obtenha exatamente aquilo que deseja”. Em um

mercado altamente competitivo, as organizações que pretendem obter diferenciação

frente aos concorrentes devem determinar processos de qualidade e inovação.

Dessa forma, Oliveira (2004, p. 23) afirma que:

[...] os negócios atualmente estão direcionados para a competitividade, o que significa que as organizações se dirigem para técnicas e conceitos sobre a qualidade, que, voltada para as empresas como um todo, acaba não só envolvendo a produção de um serviço ou produto, como também as etapas que tratam de sua viabilização.

A qualidade deve estar inserida em todos os processos envolvidos no

funcionamento da organização e, para isso, torna-se necessário que as pessoas

envolvidas estejam qualificadas e engajadas nas mudanças constantes do ambiente.

Para Rodrigues (1997), bom padrão de qualidade representa alguma coisa bem-

feita, bem concebida, bem projetada, bem elaborada, bem organizada, bem

administrada, que atende às especificações, satisfazendo, assim, produtores,

prestadores de serviços e clientes.

A qualidade é a totalidade das características de alguma coisa, que lhe

confere a capacidade de atender as necessidades de alguém que necessite dela.

Segundo Paladini (1994) qualidade é uma questão de decisão, que se reflete em

políticas de funcionamento da organização. Seus benefícios, entretanto, são

consistentes, duradouros e permanentes. A qualidade é aquela que prioriza o

consumidor. Os consumidores atuais estão cada vez mais exigentes, procurando

produtos e serviços de melhor qualidade. Assim, as empresas precisam estar

melhorando constantemente seus processos, produtos e serviços.

Para uma organização obter qualidade, é necessário que os esforços para

alcançar tal objetivo sejam constantes, e não um esforço feito de forma esporádica.

Devem-se permanentemente analisar todas as etapas dos processos, a fim de

Page 37: implantação do programa 5s na empresa raio & roda cicle peças

36

racionalizá-los e eliminar as disfunções e os desperdícios, buscando desenvolver a

Qualidade Total na organização. Neste sentido, os japoneses desenvolveram o

Kaizen, uma ferramenta adequada para se praticar o melhoramento contínuo.

2.5.1 Kaizen / Melhoria Contínua

Kaizen é uma palavra de origem japonesa que significa kai – mudança, e

zen – melhor, ou seja, mudar para melhor. Masaaki Imai introduziu este método na

administração em 1986, afirma Martins e Laugeni (2005), e complementa dizendo

que o kaizen tem sido associado à melhoria contínua, seja no trabalho, no lar ou na

vida pessoal. Segundo Imai (1990, p.3)

KAIZEN significa contínuo melhoramento envolvendo todos, inclusive gerentes e operários. A filosofia do KAIZEN afirma que o nosso modo de vida – seja no trabalho, na sociedade ou em casa – merece ser constantemente melhorado.

Dentro da filosofia da Qualidade Total, o kaizen é definido como a melhoria

contínua dos processos, sistemas, rotinas, ambientes e pessoas. De acordo com

Martins e Laugeni (2005) os conceitos iniciais do kaizen se expandiram para uma

filosofia organizacional e comportamental, tornando-se uma cultura com o foco na

eliminação de perdas, através da mudança para melhor e da continuidade,

entendida como ações permanentes de mudança

Segundo Imai (1990) o kaizen é uma das ferramentas administrativas –

sejam elas de produção ou de qualidade – mais completa, trabalhando como uma

forma de guarda-chuva, abrangendo diversas outras técnicas, tais como:

Orientação para o consumidor;

TQC (controle da qualidade total);

Automação;

Disciplina no local de trabalho;

Kanban;

Melhoramento da qualidade;

Zero defeitos;

Relações cooperativas entre administração e mão-de-obra.

Page 38: implantação do programa 5s na empresa raio & roda cicle peças

37

O kaizen está sendo tratado como melhoramento contínuo para este

trabalho, pois esta se interligando com uma ferramenta muito importante para

manter o ambiente, os processos e os sistemas com qualidade. O PDCA.

2.5.2 Ciclo PDCA

Efetuar o controle de todos os processos é essencial para efetuar um

gerenciamento com qualidade. Segundo Campos (1992) existe um caminho para

efetuar e prática do controle que todos em uma empresa podem aprender, e este é o

método do ciclo PDCA. Para Cierco et. al. (2003) o ciclo PDCA é um método

gerencial para a promoção da melhoria continua e reflete, em suas quatro fases, a

base da filosofia do melhoramento contínuo. Praticando-as de forma cíclica e

ininterrupta, acaba-se por promover a melhoria contínua e sistemática na

organização, consolidando a padronização de práticas. Segundo Campos (1992) o ciclo PDCA é composto por quatro fases básicas

de controle: (P - Plan) planejamento, (D - Do) execução, (C - Check) verificação e (A

- Action) ação corretiva. A seguir, na Figura 02, temos uma representação gráfica do

funcionamento do ciclo PDCA.

Figura 02 – Etapas do PDCA Fonte: Elaborado pelo acadêmico

P

D C

A Atuar nos processos em busca de resultados.

Verificar os efeitos do trabalho executado. Executar o

trabalho.

Educar e treinar.

Determinar como alcançar as metas.

Estabelecer metas.

Page 39: implantação do programa 5s na empresa raio & roda cicle peças

38

Como se pode observar na Figura 02, nas etapas de planejamento e

execução há duas divisões, com o objetivo de dar ênfase a importância em cada

uma das etapas a serem seguidas em cada fase do ciclo.

Para um bom gerenciamento, é importante seguir essas atividades e,

principalmente, usá-las para disciplinar a atuação das pessoas. O envolvimento de

todos é conseguido pela atitude dos gestores de praticar as atividades apresentadas

pelo ciclo PDCA.

Uma ferramenta que pode contribuir para as duas primeiras etapas do ciclo

PDCA é a ferramenta 5W2H, a qual será tratada a seguir.

2.6 5W2H

Para gerenciar uma empresa e atingir as metas propostas pela alta

administração sugere-se que seja estabelecido um plano de ação. Um bom plano de

ação estabelece de forma detalhada todos os passos a serem dados num processo

de busca a um objetivo macro. Definir os objetivos de cada ação, delegar as

funções, determinar o período de execução da ação e também prever o custo destas

ações, são informações fundamentais para se obter sucesso em cada tomada de

decisão. Dentro deste contexto, se pode identificar a ferramenta 5W2H.

O 5W2H é um formulário de forma organizada que através de sete

perguntas possibilita detalhar as ações, e assim, serve como base nas ações a

serem tomadas. Segundo Campos (1999), o plano de ação 5W2H é uma tabela

dividida em sete partes, e cada uma contém um questionamento. O primeiro é

What? (O quê?), que significa contramedidas, o que deve ser feito, melhorado ou

arrumado. O segundo é Who? (Quem?), que define o responsável pela tarefa. O

When? (Quando?) é o terceiro questionamento, onde é estabelecido o prazo da

tarefa. Em seguida, tem-se o Where? (Onde?), onde é determinado o local de

execução da tarefa. O quinto questionamento é o Why? (Por quê?), onde é

justificado o porquê de determinada mudança. Até este momento temos os

questionamentos que completam os cinco W’s. Os dois H’s, são representados pelos

seguintes questionamentos: o How? (Como?) que significa procedimentos, ou seja,

Page 40: implantação do programa 5s na empresa raio & roda cicle peças

39

como deve ser feito, e o How Much? (Quanto custa?), que significa o quanto estas

ações vão custar.

O modelo 5W2H tem grande associação com o ciclo PDCA. Todas as

perguntas podem ser usadas na etapa Plan (Planejamento) do ciclo PDCA, pois

permitem um grande detalhamento do trabalho a ser realizado, condição essencial

para um bom planejamento. O how?, onde é detalhado os passos de execução,

contribui para a etapa Do do ciclo PDCA, onde será executado o que foi planejado.

No modelo 5W2H o líder poderá checar o andamento das ações executadas – etapa

check do ciclo PDCA – tornando o modelo como base de comparação com o que

está sendo feito. E por último, efetuar as mudanças necessárias para o contínuo

melhoramento, o que corresponde a etapa action do ciclo PDCA.

Através de um modelo como este, se torna mais fácil executar as ações e

ter o controle das mesmas, pois estas poderão ser acompanhadas e medidas de

acordo com o descrito no plano de ação. Segundo Slack (1997) através destes

questionamentos identifica-se possíveis respostas para a solução dos problemas,

sendo extensivamente usado em programas de melhoramento nas empresas. Esta

ferramenta é utilizada para garantir que a operação seja conduzida sem nenhuma

dúvida por parte da chefia ou dos subordinados.

2.7 Diagnóstico ou Análise Administrativa

Efetuar a análise administrativa é preciso para diagnosticar as causas dos

problemas que acorrem na organização. Segundo Cury (2005) a análise

administrativa, é um processo de trabalho, dinâmico e permanente, visando

diagnosticar e estudar as causas dos problemas administrativos, e com isso, torna-

se responsável em planejar as mudanças, aperfeiçoando o clima e a estrutura

organizacional, assim como os processos e os métodos de trabalho.

Os pontos fundamentais para a análise administrativa, segundo Cury (2005)

são:

Diagnóstico situacional das causas: que consiste em identificar o clima, a

estrutura, os métodos e processos da organização, através do

levantamento de dados e crítica respectiva;

Page 41: implantação do programa 5s na empresa raio & roda cicle peças

40

Intervenção planejada: que envolve o estudo para a solução dos

problemas detectados, planejar as mudanças, implementar e controlar os

resultados.

Para Oliveira (1998, p.107) “para a completa avaliação da estrutura

organizacional, podem-se desenvolver as seguintes etapas”:

Etapa A – Levantamento

Identificação dos problemas evidenciados pelos usuários; e Entrevista com os elementos-chave da empresa (com ou sem questionário). Se pode considerar como ideal a utilização de um roteiro estruturado de entrevista.

Etapa B – Análise Análise dos dados levantados anteriormente; Interligação dos dados levantados, verificando sua veracidade e considerando os vários subsistemas da empresa;

Estabelecimento dos padrões e critérios de avaliação; e Identificação do efeito de cada um dos dados levantados na situação atual da estrutura organizacional da empresa;

Etapa C – Avaliação Estabelecimento da situação dos quatro componentes da estrutura organizacional na empresa;

Verificação do envolvimento de cada um dos quatro condicionantes sobre a estrutura organizacional;

Verificação do nível de influência de cada nível da empresa – estratégico, tático e operacional – para com o delineamento da estrutura organizacional; e

Verificação do nível de abrangência da abordagem da estrutura organizacional, quer seja em nível de empresa, em nível de unidade estratégica de negócio ou em nível de corporação

Para um processo de mudança que vise a uma mais adequada gestão

organizacional, Araújo (2001) apresenta as seguintes etapas: definir o objeto de

estudo, promover a pesquisa preliminar, planejamento da ação, execução,

identificação dos principais problemas e necessidades, formular e escolher as

alternativas de ação, mudar, acompanhar e reavaliar.

Para que seja efetuada a análise administrativa com sucesso, além de estar

sendo implantada por um profissional capacitado, seja ele funcionário ou não da

empresa, outros pontos devem ser apresentados. Segundo Cury (2005) o apoio da

administração estratégica, uma equipe voltada para o resultado global da empresa

integrando as necessidades individuais e organizacionais e a consideração da

organização como um sistema aberto, são pontos fundamentais para que se tenha

êxito no diagnóstico e na implementação planejada. Araújo (2001) sugere que seja

aplicada uma etapa anterior a todas essas acima citadas, a etapa zero.

Page 42: implantação do programa 5s na empresa raio & roda cicle peças

41

2.7.1 Etapa Zero

Para efetuar as mudanças em uma organização Araújo (2001) propõe que

seja considerada uma etapa anterior, a qual ele denomina de etapa zero. Esta etapa

consiste em sensibilizar os indivíduos integrantes de um processo de mudança,

permitindo o sim e o não, a crença e a descrença, fazendo os indivíduos entender as

razões pela qual estão sendo feitas as mudanças.

Algumas sugestões de sensibilização são dadas por Ribeiro (1994, p. 29-

30).

Convidar um profissional que tenha experiência na prática dos conceitos, para apresentá-los à organização, por meio de uma palestra, depoimento ou reunião;

Sugerir a participação em eventos que abordem o tema (cursos, palestras, seminários, congressos);

Promover visitas as organizações que estejam implementando o programa;

Circular artigo com resultados (tangíveis e intangíveis) de algumas organizações na implantação do programa;

Desenvolver artigos próprios com base nos conhecimentos adquiridos e propagá-los por pessoas estratégicas;

Desenvolver o programa num local de trabalho da organização, e mostrar à direção os seus efeitos.

Araújo (2001) salienta que as melhores formas para conduzir os processos

de mudança são através de uma conversa franca, ou uma reunião não formal, mas

que seja esclarecedora, a fim de apresentar as etapas a serem conquistadas. Nesta

abordagem será feita a busca pela sensibilização, identificação de demandas, coleta

de dados e informações, e para isto é necessário que o responsável pelo estudo

esteja adequadamente preparado para se expor aos indivíduos.

Segundo Araújo (2001, p.40) “a abordagem deve conter questões sobre”:

o que cada indivíduo conhece do estudo solicitado; o que cada indivíduo pensa do estudo; o que os condutores pensam dos indivíduos envolvidos; o que os condutores pensam do estudo; o que pensam da(s) ferramenta(s) a ser(em) utilizada(s); as primeiras conclusões de cada um (incluindo os condutores) a respeito do estudo e dos indivíduos envolvidos;

a agenda da próxima reunião, ainda de sensibilização; e generalizações e exemplificações concernentes ao estudo demandado.

Page 43: implantação do programa 5s na empresa raio & roda cicle peças

42

Os indivíduos em uma organização, geralmente pretendem se envolver,

participar, criticar e concordar de qualquer processo de mudança que venham a

interferir nos seus trabalhos diários, e é com este objetivo que a etapa zero deve ser

implantada, socializando as idéias para que o objetivo final seja alcançado.

2.8 Auditoria Interna da Qualidade

Para ter a confirmação de que as atividades relacionadas com o programa

cinco sensos continuarão a ser praticada após a sua implementação, é necessário

fazer uma verificação ou avaliação interna dos ambientes envolvidos na aplicação

do programa. Segundo Mills (1994) a auditoria da qualidade é uma ferramenta

gerencial que pode ser usada para avaliar ou verificar as atividades relacionadas

com a qualidade.

O programa cinco sensos, um programa de qualidade, necessita de ser

promovido permanentemente. Segundo Ribeiro (1994) o programa cinco sensos é

uma atividade intrinsecamente ligada ao homem, e por isso, corre o risco de

retroceder ao longo do tempo. O autor comenta que esta promoção constante pode

ser efetuada através do ciclo PDCA. Para Silva (1996) a etapa de auditoria

corresponde ao C – Check – do ciclo PDCA. Algumas das finalidades deste

procedimento são:

Promover a integração e a comunicação entre as pessoas; gerar um clima de ajuda mútua; identificar possibilidades de melhoria; divulgar as realizações das pessoas; gerar um ambiente de competição sadia; dar sustentação ao sistema. (SILVA, 1996, p. 151)

As auditorias dos ambientes onde foram implantados o programa cinco

sensos poderão sofrer avaliações informais que podem ser feitas através da

circulação do auditor na área que se pretende avaliar. Para a avaliação, Ribeiro

(1994) recomenda:

Utilizar formulário para analisar a evolução do programa na empresa;

Que seja efetuado por pessoas independentes ao ambiente analisado;

Comparar através da pontuação;

Registrar imagens dos ambientes para comparação;

Page 44: implantação do programa 5s na empresa raio & roda cicle peças

43

Definir períodos de avaliação.

Segundo Silva (1996) inicialmente as avaliações devem ser feitas

semanalmente ou quinzenalmente, passando a ter uma menor freqüência com o

passar do tempo. Essa diminuição da freqüência da avaliação se dá ao fato de aos

poucos os funcionários incorporarem o programa cinco sensos, praticando-o

constantemente, e assim, tornando fato o último senso do programa cinco sensos, o

Shitsuke, que neste trabalho significa a autodisciplina.

Page 45: implantação do programa 5s na empresa raio & roda cicle peças

44

3 DESENVOLVIMENTO DA PESQUISA

Neste item serão apresentados todos os resultados obtidos com a

implantação do programa cinco sensos.

3.1 Caracterização da organização

A caracterização da organização consiste em apresentar as características

da organização. Neste caso, está sendo apresentada aos interessados neste

trabalho, a empresa que esta sendo pesquisada.

3.1.1 Histórico da organização

A empresa Raio & Roda Cicle Peças iniciou suas atividades em 03 de julho

de 1991 no município de Itajaí, tendo como razão social Benício Luiz de Medeiros –

ME. Fundada pelo atual proprietário, Benício Luiz de Medeiros, a Raio & Roda Cicle

Peças se localiza em um dos principais pontos de comércio no bairro São Vicente,

rua Estefano José Vanolli, 1008. A empresa já passou por outros dois pontos na

mesma rua, sempre com o objetivo de buscar o melhor local para a venda de seus

produtos.

O proprietário sempre teve o objetivo de ter o seu próprio negócio, e por

perceber um ramo de atividade em desenvolvimento, que atinge todas as camadas

da sociedade e todas as idades, decidiu abrir uma loja de peças e acessórios para

bicicletas. Iniciou suas atividades em uma pequena sala comercial, e, de acordo com

a demanda, aumentou a diversidade de produtos oferecidos aos clientes, e

conseqüentemente, o seu espaço físico. Atualmente, a Raio & Roda Cicle Peças

vende toda linha de peças e acessórios para bicicletas, bicicletas novas. Possui uma

oficina, que atende tanto a loja na montagem de bicicletas novas, quanto aos

clientes na manutenção e reparos em suas bicicletas.

Page 46: implantação do programa 5s na empresa raio & roda cicle peças

45

A Raio & Roda trabalha de uma forma diferenciada de seus concorrentes,

pois, não comercializa bicicletas de marcas renomadas como Monark, Caloi,

Sundown, entre outras. Ela faz a compra das peças de diversas marcas e modelos,

mantendo um estoque variado. O cliente é quem decide as peças de sua bicicleta.

Nesses 17 anos de existência, a empresa acompanhou o crescimento da

demanda e da tecnologia. Acredita ter como pontos fortes a boa linha de crédito que

oferece. Vende através de cartões de crédito e crediário próprio. O bom atendimento

que dá ao seu cliente, a qualidade dos serviços prestados e a localização da loja.

Comparando-se aos seus concorrentes, a Raio & Roda Cicle Peças tem

como pontos fracos a pouca diversidade de modelos de bicicleta que oferece a seus

clientes, não trabalhando com marcas renomadas. Sua publicidade em veículos de

propaganda também é um ponto fraco, já que não é muito utilizada pela empresa.

Atualmente a empresa não possui nenhum grande plano de expansão, mas

acredita no contínuo aumento das vendas, devido a algumas oportunidades que

surgiram nos últimos anos. Uma oportunidade considerada pela empresa é a

população, de uma maneira geral, buscar uma melhor qualidade de vida. Neste

caso, a bicicleta é considerada como um provedor de qualidade de vida através do

exercício físico de pedalar. Existem em Itajaí pistas de Freestyle e Dowm Hill.

Organizar e apoiar eventos nesses locais são vistos como uma oportunidade, pois

estará diretamente ligado aos consumidores em que a empresa tem o foco. Outra

oportunidade é a alta preocupação com o aquecimento global provocado pela

emissão de gases, e a bicicleta é muito recomendada, pois não necessita de

combustível para locomoção, apenas esforço físico. O trânsito, pelo fato de estar

cada vez mais caótico, deixa muitas pessoas sem paciência, e estas optam veículos

que dão a possibilidade de agilidade em meio ao trânsito.

O trânsito também pode ser considerado uma ameaça aos ciclistas, pois,

também é complicado andar de bicicleta nas ruas de Itajaí devido muitas ruas não

terem ciclovias. Para isto seria necessária a intervenção do governo, dando

segurança aos ciclistas através da construção de ciclovias. Outras ameaças são as

motos cada vez mais econômicas e práticas, e a facilidade no crédito para obtê-las,

fazendo com que muitas pessoas optem por esse tipo de veículo rápido.

Page 47: implantação do programa 5s na empresa raio & roda cicle peças

46

3.1.2 Clientes

Na empresa Raio & Roda o cliente opta pelas características que sua

bicicleta deve ter. Com essa forma diferenciada de vendas de bicicletas, a empresa

atraiu diversos clientes que buscam bicicletas no seu próprio estilo.

A maior parte de seus clientes está localizada no bairro São Vicente. Sendo

que, a maioria são pessoas físicas, e também, algumas empresas da região, tais

como: Atacadista Pedro Muffato, Multilog, Distribuidora O.K., Atacado Sol, Massita,

Ipê Pescados, etc. Estas empresas, geralmente compram as bicicletas para sortear

entre seus funcionários, ou para dar de brinde aos seus melhores clientes.

3.1.3 Fornecedores e concorrentes

Para atender esse nicho de mercado a empresa necessitou de fornecedores

que viessem oferecer a maior gama de produtos possíveis. Atualmente, a empresa

diversos fornecedores, separados em quatro categorias, que são: Quadros para

bicicletas, Pneus e Câmaras, Rodados, e Peças e acessórios. A seguir temos os

principais fornecedores dentro de suas respectivas categorias.

Quadros para bicicletas: Odorico M. Monteiro (fabricante de quadros das

marcas Verona e Globo). Wendy Bike (fabricante de quadros de

bicicletas simples).

Pneus e Câmaras: Pirelli, Levorin e Golden Air.

Rodados: VZAN e Eninco.

Peças e acessórios: Isapa, L.M. Comercial, e Metalúrgica Duque.

A concorrência nesse nicho de mercado é muito acirrada. Empresas que

estão há muito tempo no mercado, competem diretamente com a Raio & Roda Cicle

Peças. Atualmente, seus principais concorrentes na cidade de Itajaí são: Casa Ari,

Sócicle, Cicleturnes e Tribo das Bikes.

Page 48: implantação do programa 5s na empresa raio & roda cicle peças

47

3.1.4 Estrutura Organizacional

Atualmente a empresa possui uma única loja. Sua estrutura interna é

dividida nos seguintes setores: administrativo, estoque, vendas e oficina mecânica. A

área de contabilidade é terceirizada.

Para o funcionamento desses departamentos a empresa possui 5

funcionários e, mais o proprietário. Os funcionários têm os seus cargos definidos e

estão divididos assim: 1 gerente geral, 1 vendedora, 1auxiliar de vendas de peças e

bicicletas e 2 mecânicos. A seguir, na Figura 03, tem-se o organograma da empresa.

Figura 03 – Organograma Fonte: Raio & Roda Cicle Peças.

Cada cargo demonstrado na Figura 03 possui funções próprias. A função do

gerente geral é de efetuar as compras de todos os produtos necessários para o bom

funcionamento da empresa e de supervisionar todas as outras áreas da empresa.

Os 2 mecânicos se encarregam de prestar serviços de manutenção em bicicletas,

revisão de bicicletas semi-novas e montagem de bicicletas novas. E, a vendedora e

sua auxiliar têm a função de efetuar a venda dos produtos e aprovar o crédito dos

clientes.

Page 49: implantação do programa 5s na empresa raio & roda cicle peças

48

3.1.5 Missão, Visão e Valores

A seguir apresenta-se a Missão, Visão e Valores definidos pela empresa

Raio &Roda Cicle Peças.

Missão: “através das bicicletas baratear o transporte individual para o

trabalho, incentivar as atividades físicas e o lazer”.

Visão: “executar um bom trabalho na atualidade, preocupando-se

sempre com o futuro”.

Valores: “bom atendimento ao cliente, pois ele á a razão de ser da

empresa”.

Ter a missão definida é importante para que a empresa faça com que os

seus stakeholders saibam o porque da sua existência. Segundo Oliveira (2007, p.

50) “Missão é a determinação do motivo central da existência da empresa, ou seja, a

determinação de ‘quem a empresa atende’. Corresponde a um horizonte dentro do

qual a empresa atua ou poderá atuar”. Wrigh, Kroll e Parnell (2007) complementam

que uma declaração de missão de ser genérica, mas duradoura, identificando o

alcance das operações da organização e o que ela vai oferecer aos seus

stakeholders. Segundo Wright, Kroll e Parnell (2007), a missão da organização deve

ser definida após a análise de seus ambientes, interno e externo.

Neste sentido sugere-se para a empresa Raio e Roda Cicle Peças a

seguinte Missão: “O propósito da empresa Raio & Roda Cicle Peças é oferecer

produtos e serviços que atendam a necessidade de clientes que buscam se

locomover com baixo custo, atuando de forma saudável e socialmente responsável,

seja para o trabalho ou lazer."

A visão também será reformulada, baseada em teorias, e sugerida para a

empresa.

Definir a visão de uma empresa é determinar aonde a empresa quer chegar

a um determinado período de tempo. Segundo Oliveira (2007) visão é o limite que os

proprietários da empresa conseguem enxergar dentro de um período de tempo mais

longo. A visão serve como base para que todas as atitudes tomadas e todos os

planejamentos efetuados durante o período estejam voltados a alcançar ou

ultrapassar o limite.

Page 50: implantação do programa 5s na empresa raio & roda cicle peças

49

Através desta definição sugere-se para a empresa a seguinte visão: “atuar

de forma efetiva em seu mercado, sendo cada vez mais reconhecida como uma

empresa modelo na personalização de bicicletas”.

Os valores da empresa devem estar claros para todos em uma organização,

principalmente para a Alta administração. Segundo Oliveira (2007, p.68), “os valores

devem ter forte interação com as questões éticas e morais da empresa”. Neste

sentido, sugerem-se como complemento aos valores da empresa os seguintes

valores:

Honrar compromissos: atuar de forma a honrar os compromissos com os

clientes, funcionários, fornecedores e a sociedade.

Responsabilidade Social: atuar de forma responsável no menor dos atos

praticados.

Qualidade: manter os ambientes freqüentados sempre limpos e

organizados.

Sabe-se que valor é uma questão intrínseca ao ser humano, portanto, algo

difícil de ser adquirido. Mas, é importante para a organização que estes valores

sejam adotados, pois podem contribuir para o alcance da missão e da visão

proposta pelo acadêmico.

3.2 Resultados da pesquisa

Neste capítulo são apresentados todos os passos de implantação do

programa cinco sensos na empresa Raio & Roda Cicle Peças, bem como, os

resultados obtidos.

3.2.1 Etapas, vantagens e benefícios do programa cinco sensos

No Brasil, são encontradas denominações diferentes para cada senso. Os

autores procuram dar ao senso, o nome mais apropriado de acordo com o objetivo

de sua obra. Essas denominações não fogem do real significado originado no Japão

Page 51: implantação do programa 5s na empresa raio & roda cicle peças

50

de cada senso. Os benefícios e as vantagens encontrados nas obras pesquisadas

também são diversos. Porém, para facilitar o entendimento, é apresentada a seguir,

no Quadro 03, as definições das terminologias adotadas para cada senso,

juntamente com os seus principais benefícios e as principais vantagens.

Sensos Terminologias encontradas

Terminologia adotada Benefícios Vantagens

Seiri - Descarte; - Eliminação; - Utilidade.

Utilidade Liberação de espaço. Disponíveis apenas documentos e ferramentas úteis.

Seiton - Arrumação; - Ordenação; - Organização.

Ordenação Menos tempo desperdiçado.

Facilidade de acesso ao que se necessita.

Seiso - Inspeção; - Limpeza; - Zelo.

Limpeza

Redução de perda de documentos, ferramentas e quebras de máquinas.

Ambiente de trabalho limpo.

Seiketsu

- Asseio; - Higiene; - Saúde; - Padronização.

Asseio Aprimoramento constante de procedimentos.

Melhor entendimento de todos quanto aos processos.

Shitsuke

- Autodisciplina; - Autocontrole; - Supervisão independente.

Autodisciplina Manter o ambiente limpo e organizado. Melhoria contínua.

Quadro 03 – Aspectos dos cinco sensos Fonte: Elaborado pelo acadêmico

No Quadro 03 também podem ser observadas as etapas do programa cinco

sensos. A aplicação do programa se inicia com a execução dos sensos de utilidade,

e segue pelos sensos de ordenação, limpeza. A aplicação destas três etapas pode

ser entendida como a 1ª fase do programa. Na continuação do programa tem-se a

aplicação dos sensos asseio e autodisciplina, as quais são as etapas contemplam a

2ª fase do programa. Estas são as etapas, e para cada uma delas foram definidos

todos os passos de implantação. Estes se encontram no capítulo a seguir.

Page 52: implantação do programa 5s na empresa raio & roda cicle peças

51

3.2.2 Elaboração e definição dos passos para implantação do programa

Antes de iniciar a aplicação do programa cinco sensos na empresa, foi

elaborado um roteiro para implantação e o plano de ação no modelo 5W2H, e

também, foram reunidos todos os recursos que seriam utilizados na implantação do

programa.

O roteiro para implantação do programa foi desenvolvido para servir de base

durante toda a implantação do programa. Primeiramente foram definidas as etapas e

a ordem que deveria ser seguida para a implantação do programa. Em seguida

foram definidas, juntamente com o proprietário, as datas para realização de cada

etapa. No apêndice A tem-se o roteiro com as datas pré-definidas e as datas de

realização das etapas. O roteiro possibilitou melhor organização durante a aplicação

do programa. Para obter um melhor detalhamento nas ações tomadas na

implantação dos sensos, foi desenvolvido um plano de ação no modelo 5W2H.

O plano de ação no modelo 5W2H foi elaborado para a implantação de cada

senso. Como se pode ver no apêndice B, o 5W2H possibilita ter maior eficiência

durante a aplicação de cada senso, pois é feito de forma detalhada, possui prazos e

ações a serem cumpridos, determina quem é o responsável pela execução, e

também, faz a previsão de custos que podem surgir durante a aplicação do senso.

Os demais recursos elaborados e utilizados na implantação do programa

cinco sensos, são apresentados a seguir:

Formulário de diagnóstico dos cinco sensos e avaliação do programa: o

formulário de diagnóstico foi elaborado com base no modelo de Ribeiro

(1994). Algumas modificações foram feitas, na busca de obter o melhor

resultado no diagnóstico. Os itens a serem analisados foram definidos de

acordo com a estrutura da empresa. Foram elaborados 4 formulários, um

para cada setor, o que possibilitou a melhor análise de cada setor. O

formulário, como se pode observar no anexo A, possui notas de 1 a 5,

sendo 1 para uma situação muito ruim, e 5 para uma situação excelente.

A soma da pontuação obtida nos itens, dividida pela pontuação máxima

de cada senso, e multiplicada por 100, dará o percentual de atendimento

aos critérios de avaliação.

Page 53: implantação do programa 5s na empresa raio & roda cicle peças

52

Critérios para diagnóstico dos sensos e avaliação do programa: para

elaboração dos critérios de pontuação utilizou-se como base o modelo

de Ribeiro (1994). As adaptações foram feitas de acordo com os itens a

serem analisados para proporcionar maior coerência na aplicação da

pontuação. Os critérios encontram-se no anexo B deste trabalho.

Formulário de registro de não conformidade: este foi baseado em

diversos modelos, na procura de obter um modelo de fácil entendimento

e que contenha apenas as informações necessárias, pois facilitará a

compreensão do próximo líder do programa cinco sensos. O modelo

utilizado encontra-se no apêndice C.

Manual do programa 5S para os funcionários: o ‘Manual para os

colaboradores’ foi desenvolvido para facilitar o entendimento dos

funcionários quanto ao programa cinco sensos. Como se pode observar

no apêndice D, o manual contém um breve histórico do programa cinco

sensos, o significado de cada senso, como praticar cada senso, e as

vantagens que proporciona a prática de cada um dos sensos.

Vídeo sobre aplicação do programa cinco sensos: foi passado aos

funcionários um vídeo desenvolvido pelo SEBRAE, onde é mostrada a

aplicação de um programa cinco sensos.

Formulário de inventário de materiais: este formulário foi elaborado para

ser utilizado durante a aplicação do primeiro senso, o senso de

utilização. Este tem por objetivo registrar todos os materiais ou

ferramentas que foram descartados, vendidos ou transferidos para outro

setor. No apêndice F tem-se o modelo do formulário utilizado.

Painel de informações dos cinco sensos: no apêndice D é apresentado

o modelo de painel de informações dos cinco sensos elaborado pelo

acadêmico. O painel está atualizado com a avaliação atual e anterior

dos sensos em cada setor.

Page 54: implantação do programa 5s na empresa raio & roda cicle peças

53

A avaliação em cores é efetuada através do percentual obtido no diagnóstico

de situação dos setores. Através deste percentual, o senso recebe a cor

correspondente ao nível atingido. Na Figura 04, tem-se a pontuação, as cores e os

conceitos correspondentes.

Figura 04 – Avaliação em cores Fonte: elaborado pelo acadêmico.

Cada senso recebe a cor de acordo com o percentual atingido. Portanto, se

o percentual for de 0 a 20% receberá a cor vermelha, que significa uma situação

muito ruim. De 21 a 40% recebe a cor cinza, que representa uma situação ruim.

Para receber a cor amarela, que significa uma situação razoável deve atingir um

percentual entre 41 a 60%. Para uma pontuação boa, de cor azul, deve atingir um

percentual de 61 a 80%. E, para uma pontuação entre 81 a 100%, o senso recebe a

cor verde que significa uma situação ótima.

3.2.3 Implantação do programa cinco sensos

Depois de reunidos todos os recursos necessários para a implantação do

programa cinco sensos, deu-se início a aplicação do programa na empresa.

Page 55: implantação do programa 5s na empresa raio & roda cicle peças

54

3.2.3.1 Comprometimento do proprietário

A primeira etapa de aplicação do programa foi a reunião com o proprietário

da organização. Esta reunião foi feita com três objetivos principais: passar o

conhecimento sobre o programa cinco sensos; solicitar ao proprietário uma

mensagem sobre o programa para os funcionários; e definir as datas de elaboração

de cada etapa.

No primeiro momento foi feita uma explicação sobre o programa cinco

sensos para o proprietário. A alta administração, na pessoa do proprietário, é

responsável por dar todo o apoio na implantação do programa. Portanto, deve

conhecer profundamente sobre o trabalho realizado.

Nesta reunião também foi solicitado ao proprietário que, durante a aplicação

da etapa de sensibilização, fizesse uma comunicação oficial para os funcionários

sobre a elaboração do trabalho na organização, para que os funcionários sentissem

a importância da implantação do programa.

No último momento da reunião foi mostrado ao proprietário o roteiro para

implantação do programa na empresa, e o acadêmico juntamente com o proprietário

definiu as datas para a aplicação de cada etapa.

3.2.3.2 Etapa zero – sensibilização

Esta etapa foi efetuada em um único dia com a presença de todos os

funcionários e do proprietário. Para obter um melhor resultado, foram seguidos

alguns passos, considerados importantes para a sensibilização dos funcionários.

No primeiro momento da reunião o proprietário comunicou aos funcionários

sobre a aplicação do programa cinco sensos na empresa, e ressaltou o apoio que

ele dá a aplicação do mesmo. Mostrou com alguns exemplos as significativas

mudanças que podem ocorrer se todos contribuírem, e ressaltou que a mudança

ocorrerá na vida pessoal de cada um, e não só na vida profissional.

Foi entregue aos funcionários o manual para os colaboradores, contendo um

breve histórico sobre o programa cinco sensos, e também, como praticar cada senso

Page 56: implantação do programa 5s na empresa raio & roda cicle peças

55

e seus benefícios. Após a entrega do manual, o acadêmico fez uma apresentação

sobre os cinco sensos, baseada no manual dos colaboradores.

Após a apresentação do programa cinco sensos aos funcionários, foi

passado um vídeo elaborado pelo SEBRAE, onde é mostrado a aplicação do

programa cinco sensos. O vídeo foi importante para a etapa de sensibilização, pois,

possibilitou mostrar aos funcionários como ocorre o processo de implantação.

No último momento da reunião foram tiradas algumas dúvidas dos

funcionários sobre o programa e também da sua aplicação na empresa.

3.2.3.3 Diagnóstico da situação dos setores

O diagnóstico foi aplicado em todos os setores em um único dia, sempre

com a presença do responsável pelo setor para que acompanhasse a pontuação.

No setor de oficina foram feitos registros com fotos, para que fossem feitas

comparações da situação do setor antes e depois da aplicação dos sensos. Dos

demais setores não foi possível, devido a restrições da empresa.

A seguir, na Tabela 01, tem-se o percentual que cada setor alcançou no

diagnóstico dos sensos de utilização, ordenação e limpeza, e o padrão inicial que

cada setor atingiu. Os sensos asseio e autodisciplina não foram avaliados neste 1º

diagnóstico. Estes sensos dependem da prática dos três sensos iniciais.

Tabela 01 – Padrão atingido no 1º diagnóstico

Setor Utilização Ordenação Limpeza Padrão Inicial Oficina 27% 45% 38% 36%

Estoque 65% 55% 57% 59%

Vendas 50% 55% 64% 56%

Administrativo 53% 53% 70% 59%

Fonte: Elaborado pelo acadêmico

Como se pode observar na Tabela 01, o setor que possui o padrão mais

crítico é o setor de oficina. Os principais pontos que contribuíram para esta

pontuação foram a quantidade de peças e ferramentas sem utilização e fora de

ordem, e a limpeza da bancada de serviços.

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56

Os setores de estoque e administrativo obtiveram a melhor pontuação entre

todos os setores, porém, é possível destacar alguns pontos que podem ser

melhorados. No estoque, algumas peças, consideradas de pequeno porte, não têm

mais comercialização. Não serão mais utilizadas para vendas. Também há algumas

peças e quadros de bicicletas fora de ordem. A limpeza das prateleiras, peças e do

piso também pode ser melhorada, pois há acúmulo de pó nestes itens. No setor

administrativo há grande quantidade de documentos, que segundo o gerente geral,

não serão mais usados e não há a necessidade de estarem guardados.

O setor de vendas possui o pior aproveitamento no senso de utilização. Foi

percebida a presença de peças que não são mais comercializadas, podendo ser

transferidas para outro setor ou descartadas.

3.2.3.4 Implantação do senso utilização

A aplicação do senso de utilização requer certa organização das pessoas

envolvidas, pois, este é o momento em que é feita a separação dos itens úteis dos

inúteis em cada setor. A empresa estava em atividade, portanto a ordem deveria ser

mantida para que não fosse gerada má impressão aos clientes.

A aplicação do senso iniciou no setor administrativo. O primeiro passo foi

fazer a separação dos documentos necessários dos desnecessários. Alguns

documentos foram arquivados. Materiais de escritório, como, caneta, bloco de

pedido e régua foram transferidos de setor, após terem sido registrados no

formulário de inventário.

O segundo setor a ser aplicado o senso de utilização foi o setor de estoque.

Primeiramente foi feita a seleção das peças que não seriam mais utilizadas naquele

setor. Em seguida, estas foram descritas no formulário de balanço de materiais

separados, sendo estabelecido um destino para cada uma delas. A aplicação desta

etapa no setor de estoque demandou um pouco mais de tempo, conforme se pode

observar no cronograma, apêndice A. Este atraso ocorreu devido a grande

quantidade de itens a serem analisados.

No setor de vendas a aplicação do senso de utilização iniciou com a

identificação e separação de materiais necessários e desnecessários. A aplicação

Page 58: implantação do programa 5s na empresa raio & roda cicle peças

57

do senso utilização neste setor foi dividida em dois momentos, devido a área de

vendas possuir uma parte que pode ser considerada como administrativa, onde são

encontrados materiais de escritório e documentos, e outra de estoque, onde são

armazenados produtos para venda e demonstração.

O último setor a ser realizada a etapa de utilização foi o de oficina. Houve

um atraso considerável para dar início à aplicação do programa, pois, havia uma

grande quantidade de ferramentas e peças usadas para fazer a separação, que

podem ser observados no Quadro 04.

Foto 1 Foto 2

Foto 3

Quadro 04 – Situação inicial de utilização do setor de oficina Fonte: elaborado pelo acadêmico.

Para fazer a separação no local demonstrado no Quadro 04, foi necessário

um tempo maior, pois além de ser grande a quantidade a ser analisada, este se

encontrava mais desorganizado. Portanto, esta etapa foi efetuada fora do horário de

expediente, onde os mecânicos pudessem dar total atenção a separação dos itens.

Foram necessários dois dias para que todo o setor fosse analisado, separados os

itens desnecessários e registrados no formulário de inventário.

Page 59: implantação do programa 5s na empresa raio & roda cicle peças

58

O formulário de inventário foi utilizado em todos os setores. A seguir, na

Tabela 02, têm-se os principais itens separados de cada setor.

Tabela 02 – Destino dos materiais separados em cada setor. Destino dos materiais

Origem Destino

Setor Descrição do material Un. Transferido

para setor: Recuperação Venda Armazenado

Estoque Quadro de bicicletas 01 X Estoque Calota de aro 32 X Estoque Calotas de eixo 315 X Estoque Garfos de bicicleta 09 X Estoque Peças diversas 75 X Estoque Para lama para bicicleta 12 X Estoque Curva de guidão 17 X Vendas Adesivos para bicicletas 31 X Vendas Blocos de pedidos 02 X Vendas Canetas 02 Adm. Vendas Peças diversas 89 X Adm. Canetas 01 X Adm. Blocos de pedido 04 Vendas Adm. Caixas com documentos 03 X Oficina Ferramentas 16 X Oficina Ferramentas 07 X Oficina Peças diversas (ferro) 136 X Oficina Peças diversas 26 X Oficina Potes para peças 17 X

Fonte: Elaborado pelo acadêmico

Pode-se verificar na Tabela 02 que os materiais classificados como não úteis

para o setor de origem tiveram um destino definido. Alguns materiais como caneta e

bloco de pedido, que ainda estavam em condições de uso, foram transferidos para

outros setores. No estoque existiam peças novas com pequenos arranhões, e estas

foram separadas para serem recuperadas. Os materiais que não tinham nenhuma

utilidade foram vendidos para reciclagem. A maioria destas eram materiais ferrosos.

No setor administrativo foram encontrados muitos documentos, alguns já

encaixotados, outros em cima das mesas e dentro das gavetas. O destino destes foi

a armazenagem, pois são documentos importantes e devem ser arquivados por

questões fiscais. Ferramentas e algumas peças de pouco uso também tiveram como

destino a armazenagem.

Page 60: implantação do programa 5s na empresa raio & roda cicle peças

59

Este registro serviu para melhor organização no momento de descarte, pois,

a medida que os materiais eram encontrados já ia-se estabelecendo o seu destino,

diminuindo os impactos durante a aplicação deste senso.

3.2.3.5 Implantação do senso ordenação

Logo após o término da aplicação do senso de utilização no setor, foi dado

início a aplicação do senso de ordenação.

No setor administrativo, pequenas ações foram tomadas, que possibilitaram

um ambiente de trabalho mais agradável. O primeiro passo foi designar um local

para armazenamento das caixas com documentos, e identificação das mesmas com

etiquetas. Em seguida foram organizadas as partes internas das gavetas e do

balcão, e também as superfícies horizontais, tais como mesa e balcão.

No setor de estoques o senso de ordenação foi aplicado em todas as

prateleiras, sendo feita algumas modificações de local de armazenamento de peças.

De modo a facilitar a localização das mesmas. O próximo passo a ser dado neste

setor é a identificação de cada prateleira com o código e descrição do produto. Esta

etapa não foi iniciada devido ao curto espaço de tempo para a aplicação do

programa. Porém, a idéia foi dada a empresa, e a ação poderá ser orientada pelo

novo líder do programa cinco sensos.

No setor de vendas foram organizadas as gavetas e as prateleiras com

peças. Procurou-se ordenar as peças nas prateleiras de forma a estarem com maior

disponibilidade as peças que possuem um maior giro de estoque. Os produtos em

amostra também foram reorganizados, separando-os por tipo de produto. No balcão

de vendas foi possível realizar melhorias, principalmente na organização dos

produtos.

Na oficina, a etapa de ordenação começou com a organização das

ferramentas no painel de ferramentas, pois apesar de este já existir, não estava

sendo utilizado como deveria, ou seja, muitas ferramentas encontravam-se por cima

da bancada de serviços. A seguir, no Quadro 05, se pode perceber que há bastante

espaço disponível no painel de ferramentas, e também, que há um improviso para

suportar a quantidade de ferramentas que a empresa possui.

Page 61: implantação do programa 5s na empresa raio & roda cicle peças

60

Foto 1 Foto 2

Quadro 05 – Situação inicial de ordenação do setor de oficina Fonte: elaborado pelo acadêmico.

O primeiro painel de ferramentas, foto 1, demonstrado no Quadro 05, possui

separação para cada ferramenta, mas, sem nenhuma identificação, e também, não

possui espaço suficiente para armazenar todas as ferramentas que diariamente são

utilizadas. Para suprir esta necessidade os mecânicos improvisaram um novo painel,

demonstrado na foto 2. Neste sentido, foi sugerida a aquisição de um novo painel

para ferramentas. Tanto para o painel novo quanto para antigo deve ser feita a

identificação das chaves no painel, através da pintura do desenho da chave no

painel, ou da descrição do nome ou numeração de cada chave.

Na oficina, alguns potes eram utilizados para armazenar peças pequenas

que são constantemente usadas. Para facilitar a localização da peça, foi feita a

separação em potes por tipos de peças. Observe no Quadro 06.

Foto 1 Foto 2

Quadro 06 – Melhoria na separação de peças no setor de oficina Fonte: elaborado pelo acadêmico.

É possível observar na foto 2 do Quadro 06 que, apesar de ter sido feita a

separação das peças em potes adequados, não é feita nenhuma identificação

Page 62: implantação do programa 5s na empresa raio & roda cicle peças

61

destes. Esta pequena melhoria passou por despercebida durante a implantação. A

diversidade de peças é pouca, e cada uma delas é facilmente identificada, através

da visualização da peça, pelos funcionários. Porém, foi sugerido que a identificação

dos potes fosse efetuada para facilitar que funcionários de outro setor, ou novos

funcionários não encontrem dificuldades. A identificação também determina o que

deve ser colocado em cada pote.

Foram encontradas diversas peças usadas na parte inferior da bancada.

Muitas delas sem utilidade alguma. As peças úteis foram guardadas em caixas de

papelão.

3.2.3.6 Implantação do senso limpeza

O senso de limpeza é o que finaliza a primeira fase do programa cinco

sensos. Depois que só ficaram disponíveis os materiais úteis, e todos estão

organizados, aplica-se o senso de limpeza.

Esta etapa teve o seu início no setor administrativo. A limpeza ocorreu nas

superfícies horizontais, computadores, nas janelas e nos vidros. No diagnóstico

inicial, o senso de limpeza no setor administrativo alcançou o padrão de 70%, e se

enquadrou numa situação boa. Portanto, a limpeza ocorreu de forma rápida, pois

necessitava de pequenos ajustes.

No setor de estoque a limpeza foi feita, principalmente, nas peças, na

prateleira e no piso, pois, estes foram os que mais contribuíram para o padrão de

57% alcançado pelo setor no senso de limpeza. Havia uma quantidade considerável

de pó neste setor. Portanto, foi necessário que a limpeza fosse feita em dias após o

expediente, com a ajuda de uma pessoa de outro setor.

No setor de vendas se enquadrou em um padrão bom de limpeza no

diagnóstico inicial. As medidas tomadas para melhoria do senso neste setor foi a

limpeza dos vidros do balcão de vendas, e dos vidros da vitrina. Os itens de amostra

também estavam empoeirados, e sofreram limpeza. As prateleiras com produtos e o

piso também foram limpos.

Na oficina havia alguns pontos com uma quantidade considerável de sujeira

acumulada. Como se pode observar a seguir, no Quadro 07, estes principais pontos

Page 63: implantação do programa 5s na empresa raio & roda cicle peças

62

são as máquinas localizadas na parte superior da bancada, toda a sua parte inferior,

o compressor de ar, e a parede.

Quadro 07 – Situação inicial de limpeza do setor de oficina Fonte: elaborado pelo acadêmico.

O Quadro 07 demonstra a situação real da oficina antes que fosse aplicada

qualquer etapa do programa cinco sensos. Na oficina, a limpeza foi feita na bancada

de serviços e no piso. As duas máquinas de compressor de ar que estavam com

uma quantidade de sujeira acumulada considerável, também foram limpas. Nas

imagens, é perceptível a sujeira nas paredes. Durante a aplicação do senso limpeza,

não foi efetuado nenhum tipo de melhoria neste item. As paredes da oficina não

possuem uma superfície lisa, que possibilite uma limpeza adequada. Desta forma,

os funcionários optaram por não efetuar nenhum tipo de limpeza, tendo em vista

Page 64: implantação do programa 5s na empresa raio & roda cicle peças

63

uma possível reforma para melhoria das paredes. Ficou como sugestões para a

empresa a colocação de azulejos, ao invés de fazer a pintura, pois, facilitará na

limpeza da mesma, e reduzirá o custo, pelo fato de não ter que fazer a pintura

constantemente.

Após a implantação dos sensos foram feitos registros com fotos para que

fosse feita a comparação entre a situação antes e depois da aplicação do programa

cinco sensos. Veja o Quadro 08.

Antes Depois 1ª comparação

2ª comparação

3ª comparação

Quadro 08 – Comparação entre antes e depois da aplicação dos sensos Fonte: elaborado pelo acadêmico.

Page 65: implantação do programa 5s na empresa raio & roda cicle peças

64

Pode-se observar no Quadro 08 que aspectos como utilização, ordenação e

limpeza foram aplicados. Na primeira e segunda comparação se podem destacar os

sensos de utilização e ordenação, devido a diminuição da quantidade de itens

espalhados por todas as partes, da utilização do painel de ferramentas, da utilização

de caixas para guardar as peças e ferramentas úteis que são utilizadas raramente.

Na terceira comparação é possível perceber, principalmente, o senso de limpeza.

Apesar de serem perceptíveis as mudanças no setor, ainda há alguns

pontos a serem melhorados. A colocação de um novo painel para ferramentas, a

melhor ordenação das caixas na parte inferior da bancada, e principalmente, a

melhoria na limpeza das paredes. Todas estas melhorias, quando efetuadas, farão

com que a oficina tenha um ambiente mais adequado para se executar as atividades

diárias.

3.2.4 Acompanhamento da implantação do programa

Após a implantação dos três primeiros sensos inicia-se o processo de

acompanhamento do programa, onde são estabelecidos padrões para manter um

ambiente de trabalho saudável, e é feita a fiscalização do que foi estabelecido.

3.2.4.1 Implantação dos sensos asseio e autodisciplina

A implantação destes dois últimos sensos foi efetuada através de uma

reunião com todos os funcionários e o proprietário, com o objetivo de que todos

continuassem engajados na prática constante do programa. Sabe-se que a

participação do acadêmico como líder do programa tem uma data final. Como o

programa cinco sensos é contínuo, foi preciso fazer a transição de liderança do

programa, pois o novo líder é o responsável por fazer com que se tenha sucesso na

prática dos sensos asseio e autodisciplina.

Page 66: implantação do programa 5s na empresa raio & roda cicle peças

65

A escolha da nova líder se deu pela própria vontade da funcionária. Uma das

vendedoras, acadêmica do curso de Administração, se interessou em ser a

responsável por dar continuidade ao programa.

Para que o nível de liderança fosse mantido, e que a nova líder obtivesse um

conhecimento que lhe possibilitasse dar continuidade no programa, foi elaborado um

manual para o líder do programa cinco sensos. Este manual, como se pode observar

no apêndice G, é contido de: breve fundamentação do programa cinco sensos;

planilhas e tabelas que são utilizadas no diagnóstico, implantação e avaliação do

programa. Como também um passo-a-passo para a manutenção do programa.

Com o conhecimento de todos quanto a nova liderança, foi pedido ao

proprietário da empresa que continuasse a apoiar e participar efetivamente do

programa. Aos funcionários, foram dadas algumas dicas de como proceder na

prática contínua de melhoramento do ambiente de trabalho, tais como: cada pessoa

é responsável pela máquina, ferramenta ou material que usa; manter o ambiente

sempre limpo, pois, é melhor não sujar do que limpar; que houvesse uma cobrança

amigável para a prática dos sensos utilização, ordenação e limpeza. Todos

compartilham o mesmo local de trabalho, portanto, todos são responsáveis por

mantê-lo.

Para monitorar o funcionamento do programa foi feita uma avaliação final

dos cinco sensos. Os resultados obtidos nesta avaliação encontram-se na Tabela

03.

Tabela 03 – Padrão atingido no 2º diagnóstico

Setor Utilização Ordenação Limpeza Asseio Autodisciplina Padrão médio

Oficina 73% 70% 60% 56% 72% 66%

Estoque 85% 75% 77% 56% 72% 73%

Vendas 90% 75% 80% 56% 72% 75%

Administrativo 80% 87% 77% 56% 72% 74%

Fonte: Elaborado pelo acadêmico Na Tabela 03 são demonstrados os padrões que cada setor atingiu após a

aplicação dos sensos utilização, ordenação e limpeza. Vale destacar que neste 2º

diagnóstico também foram avaliados os sensos de asseio e autodisciplina. A análise

destes sensos foi feita de maneira geral, ou seja, única avaliação para toda a

Page 67: implantação do programa 5s na empresa raio & roda cicle peças

66

empresa. Os fatores que mais influenciaram para o baixo padrão atingido pelo senso

de asseio foram a não eliminação das fontes de sujeira e a pouca preocupação com

a saúde física e mental dos colaboradores. O senso de autodisciplina obteve uma

pontuação que o enquadrou em uma situação boa. Esta pontuação se deve a

principalmente ao cumprimento do que foi estabelecido no cronograma. Já a

pontualidade teve uma pontuação ruim. Houve um atraso na execução de algumas

atividades previstas no cronograma.

Na Tabela 04 é apresentado o comparativo do diagnóstico inicial com o 2º

diagnóstico, dos sensos utilização, ordenação e limpeza. Observe:

Tabela 04 – Comparação entre antes e depois da aplicação dos sensos utilização, ordenação e limpeza

Setor Utilização Ordenação Limpeza Padrão médio Antes Depois Antes Depois Antes Depois Antes Depois

Oficina 27% 73% 45% 70% 38% 60% 36% 68%

Estoque 65% 85% 55% 75% 57% 77% 59% 79%

Vendas 50% 90% 55% 75% 64% 80% 56% 82%

Administrativo 53% 80% 53% 87% 70% 77% 59% 81%

Fonte: Elaborado pelo acadêmico

Através da análise da Tabela 04, vale ressaltar a evolução de 89% no

padrão atingido pelo setor de oficina. Esta evolução se refere as grandes tarefas de

eliminação de materiais, ordenação e limpeza do ambiente de trabalho.

Para auxiliar no controle de todos os ambientes da empresa quanto a prática

de cada um dos sensos, foi criado um painel de informações dos cinco sensos. No

apêndice D tem-se o painel atualizado com os resultados dos dois diagnósticos

realizados. Este é um painel com cores, sendo que cada uma delas indica o nível de

desempenho do setor quanto a prática do senso. Além de ser uma nova forma de

transmitir a situação da loja, é capaz de criar uma sinergia entre os setores, haja

vista, a tabela possuir uma avaliação geral da empresa. Assim todos os setores são

responsáveis pela situação em que a empresa se encontra. Deste modo, todos

devem contribuir para que a empresa obtenha melhores resultados, criando uma

cobrança entre os setores.

Após toda a avaliação, foi efetuada a última etapa do programa, a avaliação

do programa cinco sensos. O programa obteve um percentual de 80%, sendo que,

Page 68: implantação do programa 5s na empresa raio & roda cicle peças

67

os aspectos que mais contribuíram foram o sucesso do início do programa cinco

sensos, onde todos se envolveram na execução das atividades, e o treinamento e

educação em 5S.

3.3 Sugestões

Este item apresenta algumas sugestões de melhorias com base nos

resultados obtidos na pesquisa. Tendo como objetivo a melhoria do ambiente de

trabalho em relação a continuação da prática do programa cinco sensos.

Diante dos resultados obtidos, foram apresentadas algumas sugestões de

melhorias à organização em estudo, referente aos itens:

Etiquetas de identificação: visando a facilitação dos funcionários na

procura de peças e ferramentas, sugere-se que as prateleiras do setor

de estoque e do setor de vendas sejam identificadas com etiquetas, que

o painel de ferramentas da oficina seja identificado com o desenho ou o

nome e numeração da ferramenta.

Parede do setor de oficina: para as paredes da oficina, principalmente,

a parte junto à bancada de serviços, sugere-se a colocação de azulejos

para facilitar a limpeza das mesmas.

Eliminação de fontes de sujeira: principalmente na oficina, encontram-

se máquinas e alguns trabalhos que contribuem bastante para a sujeira

do setor. O esmeril, quando utilizado, libera bastante sujeira nas paredes

da oficina, portanto, sugere-se a colocação de alguma proteção para que

a sujeira não vá para as paredes. Para lavar as peças, usa-se uma bacia

com óleo e um pincel. Para que o óleo não respingue na bancada e na

parede, fica sugerida a compra de uma bacia com as bordas mais altas,

dificultando a saída de óleo de dentro do recipiente.

Page 69: implantação do programa 5s na empresa raio & roda cicle peças

68

Criação de premiação para a promoção dos cinco sensos: sugere-se

que a empresa crie algum tipo de bonificação para o funcionário que

promover a prática constante do programa, e também para os que

desenvolverem novas idéias que venham a contribuir para um ambiente

agradável.

Auditoria do programa cinco sensos: sugere-se que a líder faça a

auditoria do programa cinco sensos a cada 20 dias, durante os próximos

dois meses, pois o programa está em fase inicial. Após os dois meses as

auditorias devem ser feitas a cada 45 dias. Em cada auditoria deve ser

feito o diagnóstico dos sensos, e os padrões atingidos devem ser

atualizados no painel do programa cinco sensos.

Reuniões: as reuniões com a presença de todos os funcionários deve

ser efetuada trimestralmente, para demonstrar os resultados das

auditorias do programa e premiar os funcionários em relação a sugestão

de melhoria de criação de premiação para a promoção dos cinco sensos.

Transferência de liderança: sugere-se que a cada 01 ano seja

transferida a liderança do programa para outro funcionário, para que haja

um conhecimento profundo de todos em relação ao programa, e que a

supervisão do mesmo não dependa de apenas uma pessoa.

Page 70: implantação do programa 5s na empresa raio & roda cicle peças

69

4 CONSIDERAÇÕES FINAIS

A aplicação de um programa de qualidade é um meio que possibilita as

empresas obterem um melhor ambiente de trabalho. É importante ressaltar que a

produtividade dos funcionários depende, principalmente, de um ambiente de

trabalho adequado.

O trabalho que teve como principal objetivo implantar o programa cinco

sensos na empresa Raio & Roda Cicle Peças, para assim contribuir na qualidade

interna da empresa e no bem estar dos funcionários.

Com o desenvolvimento da fundamentação teórica possibilitou tornar os

assuntos tratados mais claros, referentes à administração e as principais teorias da

qualidade, sendo que foram utilizadas citações em diversos momentos no trabalho

para um melhor entendimento dos temas abordados.

Relacionado à metodologia, caracterizou-se com uma abordagem

qualitativa. Com a coleta de dados foi possível levantar informações importantes

quanto à percepção dos funcionários em relação ao ambiente interno da

organização, aos pontos a serem implementados cada etapa do programa cinco

sensos, diagnosticar a situação dos setores antes e depois da aplicação dos sensos.

Houveram algumas limitações durante a implantação do programa. A

empresa não autorizou que fosse feito o registro com imagens dos setores de

estoque, vendas e administrativo. Somente o setor de oficina pode ser fotografado.

Foram encontradas dificuldades para a implantação do programa no setor de oficina,

devido a necessidade de disponibilidade de tempo dos funcionários, pois o trabalho

a ser efetuado era grande.

Os resultados obtidos com o trabalho atenderam as expectativas do

acadêmico, pois os seus objetivos foram todos alcançados. A empresa obteve uma

melhora no seu ambiente interno, pois está muito mais organizado e limpo. Os

funcionários contribuíram para a implantação do programa, o que permitiu que o

resultado fosse alcançado. Não houve, em nenhum momento, resistências em

relação a execução de alguma tarefa referente ao programa.

Neste trabalho, vale destacar o quanto é complicado a uma pessoa que não

está ligada a organização estabelecer que sejam efetuadas algumas tarefas, que

novas rotinas sejam criadas, que o hábito dos funcionários em relação a

Page 71: implantação do programa 5s na empresa raio & roda cicle peças

70

organização, limpeza e asseio sejam mudados. O que facilitou esta influência do

acadêmico na organização foi de o mesmo já ter trabalhado na empresa, e ter

convivido com a maioria dos funcionários que hoje formam o quadro de funcionários

da empresa.

A realização deste trabalho contribuiu muito para o aprendizado do

acadêmico e da organização, deixando-os mais preparados para enfrentar os

desafios que surgem vindo do ambiente externo das organizações.

Page 72: implantação do programa 5s na empresa raio & roda cicle peças

71

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Page 75: implantação do programa 5s na empresa raio & roda cicle peças

74

APÊNDICES

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75

APÊNDICE A: Roteiro para implantação do Programa Cinco Sensos.

1 PRÉ-IMPLANTAÇÃO

1.1 Preparação para implantação do programa

Ações:

Formular e reunir os materiais necessários para a etapa de sensibilização,

tais como: filme e manual para funcionários;

Elaborar formulário de diagnóstico para verificação da atual situação dos

setores;

Agendar com o proprietário as datas possíveis para a aplicação de cada

etapa.

Setor Até quando executar? Início da execução Fim da execução

Todos 26/07/2008 05/07/2008 26/07/2008

1.2 Aplicação da etapa zero (Sensibilização) Ações:

Solicitar que o proprietário faça uma comunicação oficial sobre o trabalho

que será elaborado, passando aos funcionários a importância do trabalho

para a organização;

Entregar do manual dos cinco sensos aos funcionários; Fazer apresentação sobre o programa cinco sensos;

Apresentação do vídeo sobre o programa cinco sensos; Tirar dúvidas dos funcionários, que podem surgir durante a aplicação

desta etapa.

Setor Até quando executar? Início da execução Fim da execução

Todos 28/07/2008 28/07/2008 28/07/2008

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76

1.3 Diagnóstico da atual situação dos setores.

Ações:

Aplicar o diagnóstico da situação dos setores;

Registrar (foto), de acordo com as possibilidades, a situação dos setores

durante a aplicação do formulário de diagnóstico.

Setor Até quando executar? Início da execução Fim da execução

Todos 30/07/2008 30/07/2008 30/07/2008

2 IMPLANTAÇÃO

2.1 Implantação do senso utilização

Ações:

Comunicar, antecipadamente, do início da aplicação do senso utilização;

Fazer e solicitar sugestões sobre as possíveis melhorias;

Iniciar a implantação do senso utilização;

Orientar para que seja feita a classificação dos materiais;

Registrar no balanço dos descartados e em foto, os materiais descartados;

Setor Até quando executar? Início da execução Fim da execução

Administrativo 09/08/2008 04/08/2008 09/08/2008 Estoque 09/08/2008 04/08/2008 16/08/2008 Vendas 09/08/2008 04/08/2008 09/08/2008 Oficina 09/08/2008 20/09/2008 27/09/2008

2.2 Implantação do senso ordenação

Ações:

Comunicar, antecipadamente, do início da aplicação do senso ordenação;

Fazer e solicitar sugestões sobre as possíveis melhorias;

Iniciar a implantação do senso organização;

Page 78: implantação do programa 5s na empresa raio & roda cicle peças

77

Identificação das caixas utilizadas para armazenar as peças e materiais

com pouco uso.

Acompanhar, relatar e orientar as atitudes tomadas pelos envolvidos.

Setor Até quando executar? Início da execução Fim da execução

Administrativo 23/08/2008 11/08/2008 20/08/2008 Estoque 23/08/2008 18/08/2008 05/09/2008 Vendas 23/08/2008 11/08/2008 23/08/2008 Oficina 23/08/2008 29/09/2008 03/10/2008

2.3 Implantação do senso Limpeza

Ações:

Comunicar, antecipadamente, do início da aplicação do senso limpeza;

Fazer e solicitar sugestões sobre as possíveis melhorias;

Iniciar a implantação do senso limpeza;

Acompanhar, relatar e orientar as atitudes tomadas pelos envolvidos.

Setor Até quando executar? Início da execução Fim da execução

Administrativo 06/09/2008 25/08/2008 06/09/2008 Estoque 06/09/2008 06/09/2008 16/09/2008 Vendas 06/09/2008 25/08/2008 06/09/2008 Oficina 06/09/2008 04/10/2008 11/10/2008

2.4 Implantação dos sensos Asseio e Autodisciplina Ações:

Fazer e solicitar sugestões sobre as possíveis melhorias;

Iniciar a implantação dos sensos asseio e autodisciplina;

Acompanhar, relatar e orientar as atitudes tomadas pelos envolvidos.

Setor Até quando executar? Início da execução Fim da execução

Administrativo 20/09/2008 25/10/2008 25/10/2008 Estoque 20/09/2008 25/10/2008 25/10/2008 Vendas 20/09/2008 25/10/2008 25/10/2008 Oficina 20/09/2008 25/10/2008 25/10/2008

Page 79: implantação do programa 5s na empresa raio & roda cicle peças

78

3 PÓS-IMPLANTAÇÃO

3.1 Transferência da liderança

Ações:

Escolher, se possível, de acordo com a vontade do colaborador e com o

empenho durante a aplicação do programa, o novo líder, para que

continue monitorando os setores.

Passar ao novo líder o manual utilizado durante a aplicação do programa;

Setor Até quando executar? Início da execução Fim da execução

Todos 27/09/2008 11/10/2008 11/10/2008

3.2 Auditoria Interna

Ações:

Aplicar o formulário de avaliação do programa cinco sensos, juntamente

com o novo líder;

Aplicar o formulário de não conformidade, juntamente com o novo líder;

Solicitar que o novo líder faça a aplicação do formulário de diagnóstico da

situação dos setores.

Setor Até quando executar? Início da execução Fim da execução

Administrativo 27/09/2008 25/10/2008 25/10/2008 Estoque 27/09/2008 25/10/2008 25/10/2008 Vendas 27/09/2008 25/10/2008 25/10/2008 Oficina 27/09/2008 25/10/2008 25/10/2008

3.3 Reunião final

Ações:

Apresentar os resultados obtidos com a implantação do programa;

Page 80: implantação do programa 5s na empresa raio & roda cicle peças

79

Fortalecer a importância da continuidade do programa na empresa.

Encerramento da participação do acadêmico na organização;

Setor Até quando executar? Início da execução Fim da execução

Todos 04/10/2008 25/10/2008 25/10/2008 Fonte: Elaborado pelo acadêmico

Page 81: implantação do programa 5s na empresa raio & roda cicle peças

80

APÊNDICE B: Plano de Ação - 5W2H

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Page 82: implantação do programa 5s na empresa raio & roda cicle peças

81

Que

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usão

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008

Page 83: implantação do programa 5s na empresa raio & roda cicle peças

82

Fonte: Elaborado pelo acadêmico

Que

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- Os

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ioná

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Page 84: implantação do programa 5s na empresa raio & roda cicle peças

83

APÊNDICE C – Formulário de Registro de não conformidade

Fonte: Elaborado pelo acadêmico

Ação Corretiva RELATÓRIO DE NÃO-CONFORMIDADE - RNC

Ação Preventiva

Número RNC – XXX Data:

Origem do RNC Senso Setor gerador Reclamação do cliente

Auditoria

Descrição da ocorrência / Qual a Não-Conformidade? - Análise da não-conformidade - Responsável: Data: Ações corretivas a serem implementadas Responsável Prazo de conclusão-

Verificação da eficácia da ação corretiva dentro do prazo estabelecido. - Responsável: Data:

Page 85: implantação do programa 5s na empresa raio & roda cicle peças

84

APÊNDICE D – Painel de Informações dos cinco sensos

Fonte: Elaborado pelo acadêmico

Page 86: implantação do programa 5s na empresa raio & roda cicle peças

85

APÊNDICE E – Manual para os colaboradores

PROGRAMA 5SMANUAL PARA OS COLABORADORES

O que é o Programa 5S?

É um processo de organizar o local de trabalho, mantê-lo limpo e arrumado, bem como manter condições de saúde, higiene, e autodisciplina necessária para se realizar um trabalho com qualidade.

No Japão, país onde esta técnica foi desenvolvida, os princípios do programa cinco sensos são transmitidos de pai para filho. A prática deste programa visa a criação de um ambiente que proporcione qualidade de vida.

Veja o significado de cada “S”.

1º S – Seiri - Senso de Utilização

2º S – Seiton – Senso de Ordenação

3º S – Seiso – Senso de Limpeza

4º S – Seiketsu – Senso de Saúde

5º S – Shitsuke – Senso de Auto-Disciplina

Page 87: implantação do programa 5s na empresa raio & roda cicle peças

86

1º S – SEIRI – SENSO DE UTILIZAÇÃO

Como fazer?Separar os materiais que usamos freqüentemente dos que usamos raramente e

principalmente dos que nunca usamos.

Lembre-se:Aquilo que não se utiliza, só nos atrapalha;

Praticar o senso de Utilização é ter o necessário na quantidade certa.

Benefícios:Eliminação de itens sem uso;

Liberação de espaço;

Facilidade de encontrar materiais e ferramentas.

Pense duas vezes onde colocar tudo o que é inútil, verificando a possibilidade de torná-lo novamente útil com a reciclagem.

2º S – SEITON – SENSO DE ORDENAÇÃO

Como fazer?Após separar os materiais e ferramentas, deve-se organizar todos os materiais,

inclusive os que não serão usados constantemente.

Manter o ambiente de trabalho sempre organizado e ordenado traz benefícios

para todos, tais como:

Benefícios:

Melhoria do fluxo de pessoas e materiais;

Maior facilidade para encontrar o que precisa;

Menos tempo desperdiçado.

Page 88: implantação do programa 5s na empresa raio & roda cicle peças

87

3º S – SEISO – SENSO DE LIMPEZA

Como fazer?A limpeza deve ser feita para proporcionar um ambiente de trabalho adequado

para as tarefas do dia-a-dia, e não somente para manter a boa aparência.

Todos os materiais, ferramentas, máquinas e equipamentos, devem estar

sempre limpos.

Benefícios:

Maior vida útil das máquinas e equipamentos;

Melhoria da qualidade dos produtos e serviços;

Melhor imagem interna da organização.

4º S – SEIKETSU – SENSO DE SAÚDE

Como fazer?A aplicação do senso saúde consiste em ter os três primeiros sensos aplicados

continuamente, e também, a preocupação com a saúde física e mental dosfuncionários.

Para a prática deste senso, recomenda-se:

Criar condições adequadas de iluminação, ventilação e segurança;

Evitar poluição do ar, da água, sonora e visual;

Ter produtos de primeiros socorros em condições de uso;

Manter a boa aparência. (usar roupa adequada, fazer a barba, cortar cabelo, etc.)

Manter boa alimentação;

Praticar exercícios.

Page 89: implantação do programa 5s na empresa raio & roda cicle peças

88

4º S – SEIKETSU – SENSO DE SAÚDE

Como fazer?Passamos 1/3 do nosso dia no local de trabalho, e, mantê-lo em condições

favoráveis a saúde é de grande importância para que possamos ter uma vida com qualidade.

Benefícios:

Bem estar pessoal;

Evitar danos a saúde;

Elevar o nível de satisfação e motivação dos funcionários;

Boa imagem/impressão aos clientes.

Contribuição para a Qualidade de Vida.

O objetivo deste senso é manter as condições de trabalho, físicas e mentais,

favoráveis à saúde, ou seja, manter um ambiente de trabalho limpo e organizado.

5º S – SHITSUKE – SENSO DE AUTODISCIPLINA

Como fazer?Para praticar este senso é necessário que haja uma reeducação de nossas

atitudes.

O primeiro passo foi dado com a aplicação de cada senso. Agora, o desafio é

praticar cada um dos sensos, continuamente, sempre buscando as maneiras mais

simples de praticá-los.

Praticar este senso é estar comprometido com o cumprimento de:

Padrões éticos;

Padrões técnicos;

Buscar a melhoria contínua em caráter individual e organizacional.

Os benefícios podem serdiversos, tais como:

Bem estar;

Criação de bons hábitos;

Maior eficiência na execução das atividades;

Redução do stress;

Incentivo a criatividade;

Melhoria da Qualidade de Vida .

Page 90: implantação do programa 5s na empresa raio & roda cicle peças

89

PRATIQUE A

MELHORIA CONTÍNUA!!!

Não deixe a ‘peteca cair’.

Revise as suas atitudes constantemente.

Seja auto crítico.

Faça com que a sua equipe esteja sempre envolvida com a busca da melhoria da qualidade.

Procure ter novas idéias e coloque-as em prática, pois só assim, você e sua empresa conseguirão atingir um alto nível de qualidade.

Fonte: Elaborado pelo acadêmico

Page 91: implantação do programa 5s na empresa raio & roda cicle peças

90

APÊNDICE F – Formulário de Inventário de Materiais

Formulário de Inventário de Materiais

Origem Destino

Setor Descrição do material Un. Transferido

para setor: Recuperação Venda Armazenado

Fonte: Elaborado pelo acadêmico

Page 92: implantação do programa 5s na empresa raio & roda cicle peças

91

APÊNDICE G – Manual para líder do programa cinco sensos.

MANUAL PARA LÍDER DO PROGRAMA

CINCO SENSOS.

Itajaí (SC),

Outubro de 2008.

Page 93: implantação do programa 5s na empresa raio & roda cicle peças

92

OBJETIVO

Para que o programa cinco sensos continue a ser executado e melhorado

continuamente na empresa, é preciso que o líder do programa obtenha os

conhecimentos sobre o programa cinco sensos. Do mesmo modo, deve saber utilizar

as ferramentas para acompanhar, medir e tomar as medidas necessárias para

efetuar as melhorias do programa.

Este manual foi elaborado com o objetivo de que se tenha a continuação da

prática do programa cinco sensos na empresa Raio & Roda Cicle Peças. Para isto, é

apresentada neste manual uma breve explicação sobre o programa cinco sensos,

todos os formulários necessários para avaliação, medição e registros do programa, e

algumas dicas importantes para a boa prática do programa cinco sensos.

Page 94: implantação do programa 5s na empresa raio & roda cicle peças

93

SUMÁRIO 1  PROGRAMA CINCO SENSOS ..........................................................94 2  CONTINUAÇÃO DO PROGRAMA ....................................................96 

2.1 Auditoria periódica ........................................................................96 2.1.1 Formulário de diagnóstico ............................................................96 

2.1.2 Painel de informações dos cinco sensos......................................98 

2.1.3 Registro de não-conformidades..................................................100 

Page 95: implantação do programa 5s na empresa raio & roda cicle peças

94

1 PROGRAMA CINCO SENSOS

O programa cinco sensos foi desenvolvido no Japão por Kaoru Ishikawa, no

início da década de 50, após a Segunda Guerra Mundial. No seu país de origem, os

cinco sensos fazem parte da educação passada de pai para filho, e seus princípios

acompanham as crianças até a fase adulta.

Em uma organização, o objetivo é que seja implementada a cultura da

prática dos cinco sensos, e não apenas a execução de algumas tarefas para limpar

e organizar o ambiente de trabalho. A prática tem que ser constante, sempre em

busca de melhorias que venham reduzir o esforço das pessoas para atender aos

requisitos do programa.

O nome de programa 5S origina-se de palavras, em japonês, que começam

com S: Seiri, Seiton, Seiso, Seiketsu e Shitsuke. Estas foram interpretadas para o

português como cinco sensos: Senso de Utilização, Senso de Ordenação, Senso de

Limpeza, Senso de Asseio e Senso de Autodisciplina. Veja o que significa a prática

de cada uma delas.

Seiri – Utilização: O senso de utilização significa identificar e separar os

itens e materiais necessários e desnecessários, ou, úteis e inúteis, no local de

trabalho, em busca de utilizá-los da melhor maneira possível.

Seiton – Ordenação: O senso de Ordenação consiste em arrumar

aquilo que se utiliza. É preciso organizar e ordenar aquilo que ficou no ambiente de

trabalho após a prática do Seiri.

Seiso – Limpeza: O senso de Limpeza diz respeito à manutenção de

tudo o que é de responsabilidade do funcionário. Visa evitar o desperdício de

materiais, a quebra de equipamentos e todo tipo de sujeira que venha a prejudicar o

bom funcionamento do trabalho.

Seiketsu – Asseio: O senso de asseio tem o sentido de manter as

condições de trabalho, físicas e mentais, favoráveis para a saúde dos trabalhadores.

Page 96: implantação do programa 5s na empresa raio & roda cicle peças

95

Busca através da colaboração coletiva a melhoria do ambiente de trabalho,

proporcionando bem-estar para todos os envolvidos.

Shitsuke – Autodisciplina: O senso da autodisciplina é a última fase

do programa cinco sensos, onde é estimulada a força de vontade. Para manter as

ótimas condições do ambiente de trabalho, é imprescindível que haja uma vontade

comum de todos para que esse estado se mantenha ou melhore.

No Quadro 01 são apresentados os principais benefícios que cada senso

pode proporcionar.

Benefícios Utilização Ordenação Limpeza Asseio Autodiscipli

na Eliminação de desperdício X X X X X

Otimização do espaço X X O O O

Racionalização do tempo O X O X X

Redução do stress O X O X X

Prevenção de quebras O O X O X

Aumento da vida útil O O X O X

Padronização O X O

Melhoria da qualidade O X X

Incentivo a criatividade X X X X X

Autodisciplina O O X

X – Boa contribuição O – Ótima contribuição Quadro 01: Principais benefícios dos cinco sensos

Os benefícios citados no Quadro 01 são apenas os principais. Diversos

outros podem surgir durante a prática do programa.

Page 97: implantação do programa 5s na empresa raio & roda cicle peças

96

2 CONTINUAÇÃO DO PROGRAMA

Para que o programa continue em funcionamento, são apresentados a

seguir os passos a serem seguidos pelo líder do programa cinco sensos.

2.1 Auditoria periódica

A auditora do programa cinco sensos consiste em verificar e avaliar a prática

de cada senso em cada setor.

Para que todos continuem envolvidos no programa cinco sensos, sugere-se

que sejam efetuadas auditorias a cada 20 dias durante os próximos dois meses,

devido ser a fase inicial do programa cinco sensos na empresa. Após os dois meses,

a auditoria deve ser efetuada a cada 45 dias.

Para efetuar a auditoria e demonstrar os seus resultados é necessária a

utilização do formulário de diagnóstico e avaliação do programa, dos critérios de

avaliação, do formulário de não-conformidade e do painel de informações do

programa cinco sensos.

2.1.1 Formulário de diagnóstico

Para aplicar o formulário de diagnóstico, é necessário que a pessoa tenha

conhecimento sobre o que consiste a prática de cada senso.

No anexo A deste manual, têm-se os formulários de diagnóstico utilizados

para avaliação dos sensos. Os formulários com título de ‘Formulário de diagnóstico’

são utilizados para avaliar os sensos de utilização, ordenação e limpeza de cada

setor da empresa. Os itens a serem analisados são definidos de acordo com a

necessidade de cada setor. O ‘Formulário de Avaliação do Programa Cinco Sensos’

é utilizado para avaliação dos sensos asseio e autodisciplina, e também o programa

cinco sensos, ambos em toda a empresa.

Page 98: implantação do programa 5s na empresa raio & roda cicle peças

97

Cada item analisado poderá receber uma pontuação de 1 a 5. Esta

pontuação deve ser associada aos critérios de avaliação, apresentados no anexo B.

A pontuação deve ser anotada no formulário.

Após a anotação de todas as pontuações, devem-se calcular os padrões

alcançados por senso, por setor, e o padrão geral da empresa. Observe a Figura 01,

e tenha atenção nos comentários com a explicação do significado do campo e como

calcular cada índice. A execução desta tarefa deve obedecer a seqüência

demonstrada nos quadros explicativos.

Figura 01: Explicação de utilização de formulário de diagnóstico. Fonte: Elaborado pelo acadêmico

Na figura 01 é apresentado o formulário de diagnóstico. Para o ‘Formulário

de Avaliação do Programa Cinco Sensos’ devem-se considerar os mesmos

3 - Local para anotação da pontuação obtida em cada item.

2 - Este campo demonstra a pontuação máxima que cada senso pode receber. (Quantidade de itens multiplicados por 5.) Se for alterada a quantidade de itens, deve-se atualizar este campo.

Local para anotação do padrão por senso. Para calcular o padrão deve-se somar a pontuação obtida, dividi-la pela pontuação máxima e multiplicar por 100.

A cada avaliação, deve-se atualizar este quadro com a pontuação atual, e passar a última para o quadro Padrão Anterior. Para calcular deve-se somar os padrões dos três sensos e dividir por 3.

Neste quadro é demonstrada a evolução do setor. Para calcular a evolução, deve-se subtrair a pontuação anterior da pontuação atual, dividir o resultado pela pontuação anterior e multiplicar por 100.

2º - Antes de iniciar a nova avaliação, deve-se atualizar este quadro com o percentual que consta no Padrão Atual.

1º - Atualizar nome do avaliador e data de realização do diagnóstico.

Page 99: implantação do programa 5s na empresa raio & roda cicle peças

98

comentários, tendo atenção apenas ao campo de anotação da pontuação, que deve

se anotado na coluna denominada ‘Nota (1 a 5)’.

Depois de preenchido todos os formulários se devem transcrever a

pontuação para o Painel de Auditoria do Programa Cinco Sensos.

2.1.2 Painel de informações dos cinco sensos

O Painel de informações dos cinco sensos encontra-se no anexo C deste

manual. Para sua atualização de forma correta é necessária atenção aos seguintes

itens.

1º) Atualizar a data de realização da auditoria, agendar a próxima auditoria,

e determinar os auditores;

2º) Antes de atualizar o painel com a pontuação, deve-se transcrever a

pontuação e as cores da coluna atual para a coluna anterior.

3º) Os percentuais a serem digitados em cada campo dos 5 sensos devem

ser retirados do campo ‘Padrão senso (%)’ de cada formulário de

diagnóstico.

Observação: Para os campos de Padrão do setor e Padrão geral da empresa

deve-se efetuar um novo cálculo, pois, no formulário de diagnóstico, o campo

Padrão Atual só considera os três sensos.

Como calcular? - Padrão do setor: Para efetuar o cálculo, basta fazer a soma dos padrões dos

cinco sensos que o setor atingiu e dividir o resultado por 5.

- Padrão geral da empresa: Para efetuar o cálculo, basta fazer a soma do padrão

atingido pelos setores e dividir por 4.

Page 100: implantação do programa 5s na empresa raio & roda cicle peças

99

4º) As cores para preenchimento devem estar de acordo com o padrão

atingido. Para a correta aplicação das cores, observe a Figura 02,

demonstrada a seguir.

Figura 02 – Avaliação em cores

Na Figura 02 têm-se as cores a serem utilizadas de acordo com cada padrão

atingido. Através do padrão atingido, o senso recebe uma cor

correspondente. Portanto, se o percentual for de 0 a 20% receberá a cor

vermelha, que significa uma situação muito ruim. De 21 a 40% recebe a cor

cinza, que representa uma situação ruim. Para receber a cor amarela, que

significa uma situação razoável deve atingir um percentual entre 41 a 60%.

Para uma pontuação boa, de cor azul, deve atingir um percentual de 61 a

80%. E, para uma pontuação entre 81 a 100%, o senso recebe a cor verde

que significa uma situação ótima.

Page 101: implantação do programa 5s na empresa raio & roda cicle peças

100

2.1.3 Registro de não-conformidades

Em cada auditoria realizada podem ser encontradas não-conformidades, ou

seja, algum processo não está de acordo com o que prevê a prática do programa

cinco sensos.

O formulário para registro de não-conformidade serve para que seja

estabelecida, de forma explícita, uma correção para alguma irregularidade

encontrada durante a auditoria.

No anexo D têm-se o formulário de registro de não-conformidade para ser

utilizado durante as auditorias. Para a sua correta utilização observe a Figura 03 e

associe o número de cada campo com o Quadro02.

Figura 04: Como preencher o formulário

3

10

8

7

6

1

5

4 2

14

13

12 11

15 16

9

Page 102: implantação do programa 5s na empresa raio & roda cicle peças

101

Campo Como preencher?

1 Informar o número do registro do formulário de registro de não-conformidade.

2 Informar a data de preenchimento do formulário.

3 Neste campo deve ser informado se está sendo efetuada uma ação corretiva, ou uma ação preventiva. Marcar com um X.

4 Indicar a área ou o setor em que foi detectada a não-conformidade.

5 Marcar com um X se a não-conformidade surgiu de uma reclamação de um cliente ou foi diagnosticada durante uma auditoria.

6 Informar a qual dos sensos se enquadra a não-conformidade. Exemplo: se for encontrada peças ou materiais desnecessários em um setor, se refere ao senso utilização; Se houver muitas ferramentas fora do painel de ferramentas, se refere ao senso ordenação.

7 Neste campo deve-se fazer a descrição da não-conformidade. Exemplo: Ferramentas fora do painel.

8

Neste campo deve ser feita a análise da não conformidade. Exemplo: Havia uma grande quantidade de ferramentas fora do painel de ferramentas. Algumas se encontravam no chão, outras estavam espalhadas pela bancada de serviços. Poucas ferramentas seriam utilizadas pelos funcionários no trabalho que estava sendo executado. A maioria não seria útil naquele momento.

9 Informar o nome da pessoa que registrou e analisou a não-conformidade.

10 Informar data de registro e análise da não-conformidade.

11 Neste campo devem ser descritas as ações a serem tomadas para que seja corrigida a não-conformidade. Exemplo: pendurar painel as ferramentas que se encontram espalhadas pelo setor e não serão usadas no trabalho que está senso executado.

12 Informar o(s) responsável(is) pela execução das ações descritas no campo 11.

13 Informar um prazo para que a ação seja executada.

14 Após o prazo, deve ser feita uma nova avaliação para verificar se foi tomada alguma ação. Se alguma ação foi executada, deve-se analisar a eficácia da mesma.

15 Informar o responsável pela verificação de eficácia da ação proposta.

16 Informar a data de verificação.

Quadro 02: Como preencher o formulário

Para o correto preenchimento do formulário, devem-se seguir os passos

descritos no Quadro 02. Nos casos em que a não-conformidade não for corrigida

Page 103: implantação do programa 5s na empresa raio & roda cicle peças

102

dentro do prazo, deve-se preencher o campo 14 descrevendo o que ocorreu, e um

novo formulário deve ser preenchido, com um novo prazo para os funcionários. Caso

a não-conformidade persista, deve-se levar ao conhecimento do proprietário para

que sejam tomadas as medidas necessárias para a correção da mesma.

O prazo a ser estabelecido para a correção de cada não-conformidade deve

ser avaliado individualmente, de acordo com a complexidade da não-conformidade.

O formulário não precisa ser utilizado somente em auditorias agendadas, e sim a

qualquer momento em que julgar necessário. O acompanhamento da funcionalidade

do programa cinco sensos deve ser constante, e agora, faz parte da rotina diária de

cada funcionário, e principalmente, do líder do programa.

Fonte: Elaborado pelo acadêmico

Observação: Os anexos deste manual se encontram nos anexos e apêndices do TCE. Manual Corresponde a: TCE

Anexo A Formulário de diagnóstico Anexo A

Anexo B Critérios de avaliação Anexo B

Anexo C Painel de informações dos cinco sensos Apêndice D

Anexo D Formulário de Registro de não-conformidade Apêndice C

Page 104: implantação do programa 5s na empresa raio & roda cicle peças

103

Page 105: implantação do programa 5s na empresa raio & roda cicle peças

104

ANEXOS

Page 106: implantação do programa 5s na empresa raio & roda cicle peças

105

ANEXO A: Formulário de Diagnóstico por setor.

Page 107: implantação do programa 5s na empresa raio & roda cicle peças

106

Page 108: implantação do programa 5s na empresa raio & roda cicle peças

107

Page 109: implantação do programa 5s na empresa raio & roda cicle peças

108

Page 110: implantação do programa 5s na empresa raio & roda cicle peças

109

Fonte: Adaptado de Ribeiro (1994)

Page 111: implantação do programa 5s na empresa raio & roda cicle peças

110

ANEXO B: Critérios de Avaliação dos sensos: utilização, ordenação e

limpeza.

5

Não

ferra

men

tas

e m

áqui

nas

que

não

seja

m ú

teis

nas

su

perfí

cies

ho

rizon

tais

.

Não

peça

s qu

e nã

o es

teja

m e

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utilid

ade

nas

supe

rfíci

es

horiz

onta

is.

Não

mat

eria

l que

o es

teja

em

ut

ilidad

e na

s su

perfí

cies

ho

rizon

tais

do

seto

r.

Não

itens

de

esto

que

fora

de

linha

no

est

oque

.

4

pouc

as

ferra

men

tas

e m

áqui

nas

sem

ut

ilidad

e na

s su

perfí

cies

ho

rizon

tais

.

pouc

as p

eças

se

m u

tilid

ade

nas

supe

rfíci

es

horiz

onta

is.

pouc

a qu

antid

ade

de m

ater

ial s

em

utilid

ade

nas

supe

rfíci

es

horiz

onta

is d

o se

tor.

pouc

a qu

antid

ade

de it

ens

fora

de

linha

no

dep

ósito

.

3

ferr

amen

tas

e m

áqui

nas

sem

util

idad

e so

bre

as s

uper

fície

s ho

rizon

tais

, por

ém,

sem

cau

sar m

á im

pres

são.

peça

s se

m u

tilid

ade

sobr

e as

sup

erfíc

ies

horiz

onta

is, p

orém

, se

m c

ausa

r má

impr

essã

o.

mat

eria

is s

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utilid

ade

sobr

e as

su

perfí

cies

hor

izon

tais

, po

rém

, sem

cau

sar m

á im

pres

são.

itens

de

esto

que

fora

de

linha

, por

ém,

sem

cau

sar m

á im

pres

são.

2

Bast

ante

qua

ntid

ade

de

ferra

men

tas

e m

áqui

nas

sem

util

idad

e na

s su

perfí

cies

hor

izon

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, co

m a

just

ifica

tiva

de q

ue

é te

mpo

rário

Bast

ante

qua

ntid

ade

de

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s se

m u

tilid

ade

nas

supe

rfíci

es h

oriz

onta

is,

com

a ju

stifi

cativ

a de

que

é

tem

porá

rio.

Bast

ante

qua

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ade

de

mat

eria

l sem

util

idad

e na

s su

perfí

cies

ho

rizon

tais

, com

a

just

ifica

tiva

de q

ue é

te

mpo

rário

.

Bast

ante

qua

ntid

ade

de

itens

de

esto

que

fora

de

linha

, com

a ju

stifi

cativ

a de

que

é te

mpo

rário

.

NO

TA

1

Não

evid

ênci

a de

pr

eocu

paçã

o em

não

de

ixar

acu

mul

ar

ferra

men

tas

e m

áqui

nas

nas

supe

rfíci

es h

oriz

onta

is

da o

ficin

a.

Não

evid

ênci

a de

pr

eocu

paçã

o em

não

de

ixar

acu

mul

ar p

eças

na

s su

perfí

cies

ho

rizon

tais

da

ofic

ina.

Não

evid

ênci

a de

pr

eocu

paçã

o em

não

de

ixar

acu

mul

ar

mat

eria

l nas

sup

erfíc

ies

horiz

onta

is d

o se

tor.

Não

evid

ênci

a de

pr

eocu

paçã

o em

não

de

ixar

acu

mul

ar it

ens

de e

stoq

ue q

ue e

stão

fo

ra d

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ha.

Crit

ério

s de

Ava

liaçã

o - U

tiliz

ação

ITEM

Ferr

amen

tas

e M

áqui

nas

Peça

s no

vas

e us

adas

Mat

eria

l de

escr

itório

, pr

omoc

iona

l, do

cum

ento

s e

arqu

ivos

Itens

de

esto

que

(Peç

as d

iver

sas,

pn

eus,

qua

dros

e

aros

).

Page 112: implantação do programa 5s na empresa raio & roda cicle peças

111

5

As

máq

uina

s e

ferra

men

tas

estã

o no

s se

us d

evid

os lu

gare

s, e

to

dos

os lo

cais

est

ão

devi

dam

ente

id

entif

icad

os.

Não

peça

s es

palh

adas

na

s su

perfí

cies

ho

rizon

tais

da

ofic

ina,

e

estã

o gu

arda

das

nos

loca

is id

entif

icad

os.

Os

itens

de

esto

que

não

estã

o m

istu

rado

s, e

en

cont

ra-s

e no

s se

us

devi

dos

luga

res.

Não

lixos

esp

alha

dos

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supe

rfíci

es d

a em

pres

a, e

a s

epar

ação

do

s tip

os d

e lix

o se

ndo

feita

cor

reta

men

te.

Os

mat

eria

is e

stão

nos

se

us lu

gare

s de

vida

men

te

iden

tific

ados

.

As

bici

clet

as e

stão

nos

se

us d

evid

os lu

gare

s.

4

pouc

a qu

antid

ade

de

ferra

men

tas

e m

áqui

nas

nas

supe

rfíci

es h

oriz

onta

is d

a of

icin

a, e

seu

s lo

cais

est

ão

devi

dam

ente

iden

tific

ados

.

pouc

a qu

antid

ade

de

peça

s na

s su

perfí

cies

ho

rizon

tais

da

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ina,

e s

eus

loca

is d

e ar

maz

enag

em

estã

o de

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te

iden

tific

ados

.

pouc

a qu

antid

ade

de

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de

esto

que

mis

tura

dos,

e

há u

ma

iden

tific

ação

do

loca

l de

arm

azen

agem

de

cada

peç

a.

Não

lixos

esp

alha

dos

nas

supe

rfíci

es d

a em

pres

a,

poré

m, a

sep

araç

ão n

ão e

stá

send

o fe

ita c

orre

tam

ente

.

pouc

a qu

antid

ade

de

mat

eria

is e

doc

umen

tos

nas

supe

rfíci

es h

oriz

onta

is d

a of

icin

a, e

seu

s lo

cais

est

ão

devi

dam

ente

iden

tific

ados

.

pouc

as b

icic

leta

s m

istu

rada

s, e

exi

stem

loca

is

iden

tific

ados

par

a bi

cicl

etas

aco

nser

tar e

bic

icle

tas

cons

erta

das.

3

pouc

a qu

antid

ade

de

ferra

men

tas

e m

áqui

nas

nas

supe

rfíci

es h

oriz

onta

is

da o

ficin

a.

pouc

a qu

antid

ade

de

peça

s na

s su

perfí

cies

ho

rizon

tais

da

ofic

ina.

pouc

a qu

antid

ade

de

itens

de

esto

que

mis

tura

dos

nas

prat

elei

ras.

pouc

a qu

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ade

de

lixos

nas

sup

erfíc

ies

horiz

onta

is d

a em

pres

a, e

loca

is id

entif

icad

os p

ara

a se

para

ção

dos

tipos

de

lixo.

pouc

a qu

antid

ade

de

mat

eria

is n

as s

uper

fície

s ho

rizon

tais

do

seto

r.

pouc

as b

icic

leta

s m

istu

rada

s.

2

gran

de q

uant

idad

e de

m

áqui

nas

e fe

rram

enta

s es

palh

adas

pel

as s

uper

fície

s ho

rizon

tais

da

ofic

ina,

sen

do

que

poss

uem

loca

l pró

prio

pa

ra s

erem

gua

rdad

as.

gran

de q

uant

idad

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pe

ças

espa

lhad

as p

elas

su

perfí

cies

hor

izon

tais

da

ofic

ina,

por

ém, h

á um

a se

para

ção

das

peça

s no

vas

e us

adas

.

gran

de q

uant

idad

e de

ite

ns d

e es

toqu

e m

istu

rado

s na

s pr

atel

eira

s, p

orém

, há

uma

preo

cupa

ção

em s

epar

á-l a

s.

pouc

a qu

antid

ade

de li

xos

nas

supe

rfíci

es h

oriz

onta

is d

a em

pres

a.

gran

de q

uant

idad

e de

m

ater

iais

esp

alha

dos

nas

supe

rfíci

es h

oriz

onta

is d

o se

tor,

poré

m, p

ossu

em u

m

loca

l pró

prio

par

a se

rem

gu

arda

dos.

As

bici

clet

as e

stão

m

istu

rada

s, m

as e

xist

e um

a se

para

ção

para

as

bici

clet

as

a co

nser

tar e

par

a as

co

nser

tada

s.

NO

TA

1

As

ferra

men

tas

e m

áqui

nas

es

tão

espa

lhad

as e

mis

tura

das

pela

s su

perfí

cies

hor

izon

tais

da

ofic

ina,

e n

ão p

ossu

em u

m lo

cal

próp

rio p

ara

sere

m g

uard

adas

.

As

peça

s no

vas

e us

adas

est

ão

espa

lhad

as e

mis

tura

das

pela

s su

perfí

cies

hor

izon

tais

da

ofic

ina,

e n

ão p

ossu

em u

m lo

cal

próp

rio p

ara

sere

m g

uard

adas

.

Os

itens

de

esto

que

estã

o m

istu

rado

s na

s pr

atel

eira

s do

es

toqu

e, e

não

pos

suem

um

lo

cal p

rópr

io p

ara

sere

m

guar

dada

s.

lixos

esp

alha

dos

nas

supe

rfíci

es h

oriz

onta

is d

a em

pres

a, e

não

sepa

raçã

o do

s tip

os d

e lix

os. E

x: v

idro

, pl

ástic

o, fe

rro,

etc

.

Os

mat

eria

is e

stão

esp

alha

dos

pela

s su

perfí

cies

hor

izon

tais

do

seto

r, e

não

poss

uem

um

loca

l pr

óprio

par

a se

rem

gua

rdad

os.

As

bici

clet

as p

ara

cons

erta

r es

tão

mis

tura

das

com

as

bici

clet

as já

con

serta

das.

Crit

ério

s de

Ava

liaçã

o - O

rden

ação

ITEM

Ferr

amen

tas

e M

áqui

nas

Peça

s no

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e us

adas

Itens

de

esto

que

(Peç

as d

iver

sas,

pn

eus,

qua

dros

e

aros

).

Lixo

s

Mat

eria

l de

escr

itório

, pr

omoc

iona

l e

docu

men

tos

Bic

icle

tas

para

co

nser

to

Page 113: implantação do programa 5s na empresa raio & roda cicle peças

112

5

Não

suje

ira a

cum

ulad

a em

nen

hum

a fe

rram

enta

e

máq

uina

.

Não

suje

ira a

cum

ulad

a em

nen

hum

loca

l da

supe

rfíci

e ho

rizon

tal.

As

pare

des,

por

tas

e ja

nela

s es

tão

tota

lmen

te

limpa

s.

Os

vidr

os e

stão

to

talm

ente

lim

pos.

Não

suje

ira a

cum

ulad

a em

nen

hum

loca

l do

ambi

ente

.

Não

suje

ira a

cum

ulad

a em

nen

hum

pro

duto

.

Não

suje

ira

acum

ulad

a.

4

pouc

a su

jeira

ac

umul

ada

nas

ferra

men

tas

e m

áqui

nas

que

são

utiliz

adas

com

men

os

freqü

ênci

a.

pouc

a su

jeira

ape

nas

em lo

cais

da

supe

rfíci

e ho

rizon

tal d

e di

fícil

aces

so.

pouc

os p

onto

s de

su

jeira

nas

par

edes

, por

tas

e ja

nela

s de

fáci

l ace

sso,

e

que

são

utili

zada

s co

nsta

ntem

ente

.

pouc

os p

onto

s de

su

jeira

nos

vid

ros

de fá

cil

aces

so, e

que

são

util

izad

os

cons

tant

emen

te.

pouc

a su

jeira

ape

nas

nos

loca

is d

e di

fícil

aces

so.

pouc

a su

jeira

ape

nas

em lo

cais

de

difíc

il ac

esso

e

prod

utos

com

pou

ca v

enda

.

pouc

a su

jeira

ape

nas

em lo

cais

de

difíc

il ac

esso

.

3

suje

ira a

cum

ulad

a ap

enas

nas

ferra

men

tas

e m

áqui

nas

que

são

utiliz

adas

com

men

os

freqü

ênci

a.

suje

ira a

cum

ulad

a ap

enas

em

loca

is d

a su

perfí

cie

horiz

onta

l de

difíc

il ac

esso

.

pouc

os p

onto

s de

su

jeira

s na

s pa

rede

s,

porta

s e

jane

las.

pouc

os p

onto

s de

su

jeira

nos

vid

ros.

suje

ira a

pena

s no

s lo

cais

de

difíc

il ac

esso

.

suje

ira a

cum

ulad

a ap

enas

em

pro

duto

s co

m

pouc

as v

enda

s.

suje

ira a

cum

ulad

a ap

enas

em

loca

is d

e di

fícil

aces

so.

2

As

ferra

men

tas

e m

áqui

nas

que

são

utili

zada

s co

nsta

ntem

ente

não

est

ão

send

o lim

pas

de a

cord

o co

m a

sua

util

izaç

ão.

As

supe

rfíci

es d

e po

uco

uso

estã

o co

m s

ujei

ra

acum

ulad

a.

Alg

uns

pont

os d

as

pare

des,

por

tas

e ja

nela

s en

cont

ram

-se

suja

s,

queb

rada

s e/

ou

desg

asta

das.

Algu

ns p

onto

s do

vid

ro

enco

ntra

m-s

e su

jos,

qu

ebra

dos

e/ou

de

sgas

tado

s.

Exis

te g

rand

e qu

antid

ade

de s

ujei

ra a

cum

ulad

a no

ba

nhei

ro.

Exis

te g

rand

e qu

antid

ade

de s

ujei

ra a

cum

ulad

a no

s pr

odut

os.

Exis

te g

rand

e qu

antid

ade

de s

ujei

ra a

cum

ulad

a no

s co

mpu

tado

res.

NO

TA

1

Não

preo

cupa

ção

com

a

limpe

za d

as m

áqui

nas

e fe

rram

enta

s.

Não

preo

cupa

ção

com

a

limpe

za d

as s

uper

fície

s ho

rizon

tais

do

seto

r.

As

pare

des,

por

tas

e ja

nela

s en

cont

ram

-se

suja

s,

desg

asta

das

ou q

uebr

adas

, po

dend

o pr

ovoc

ar

acid

ente

s.

Os

vidr

os e

ncon

tram

-se

sujo

s, d

esga

stad

os o

u qu

ebra

dos,

pod

endo

pr

ovoc

ar a

cide

ntes

.

Não

preo

cupa

ção

com

a

limpe

za d

o ba

nhei

ro.

Não

preo

cupa

ção

com

a

limpe

za d

os p

rodu

tos.

Ex:

po

eira

, gra

xa, ó

leo,

etc

.

Não

preo

cupa

ção

com

a

limpe

za d

os c

ompu

tado

res.

Crit

ério

s de

Ava

liaçã

o - L

impe

za

ITEM

Ferr

amen

tas

e M

áqui

nas

Supe

rfíc

ies

horiz

onta

is.

(Pis

o, b

anca

da d

e se

rviç

os, m

esas

, bal

cões

, ar

már

ios

e pr

atel

eira

s)

Pare

des,

por

tas

e ja

nela

s

Vidr

os (p

orta

s, ja

nela

s,

vitr

ine,

bal

cões

)

Ban

heiro

s

Prod

utos

de

vend

a

Com

puta

dore

s e

impr

esso

ra

Page 114: implantação do programa 5s na empresa raio & roda cicle peças

113

5

uma

sist

emát

ica

de

reco

nhec

imen

to o

ficia

l e q

ue

satis

faz

o eg

o da

equ

ipe

uma

prog

ram

ação

de

even

tos,

cam

panh

as e

re

uniõ

es re

laci

onad

as a

o 5S

. Tod

as e

stão

sen

do

cum

prid

as e

com

gan

hos

sign

ifica

tivos

As

lista

s de

loca

is d

e di

fícil

aces

so tê

m fr

eqüê

ncia

de

limpe

za e

stab

elec

ida,

com

se

us re

spon

sáve

is. H

á um

pl

ano

para

elim

inar

ess

es

loca

is o

u de

senv

olve

r di

spos

itivo

s qu

e fa

cilit

em a

lim

peza

O lo

cal d

e tra

balh

o of

erec

e co

nfor

to e

seg

uran

ça. O

s ci

ncos

sen

tidos

do

hom

em

pode

m d

esen

volv

er c

om

plen

itude

as

suas

funç

ões

cont

role

vis

ual e

m to

dos

os a

mbi

ente

s e

com

parti

men

tos.

A u

tiliz

ação

de

cor

es e

o c

ontro

le e

m

tem

po re

al já

est

ão

plen

amen

te e

m o

pera

ção

4

A s

iste

mát

ica

de

reco

nhec

imen

to n

ão é

of

icia

lizad

a. S

e fo

r, nã

o sa

tisfa

z o

ego

da e

quip

e

uma

prog

ram

ação

de

even

tos

e/ou

cam

panh

as

rela

cion

adas

ao

5S.

Algu

mas

não

est

ão s

endo

cu

mpr

idas

As

lista

s de

pen

dênc

ias

estã

o at

ualiz

adas

. Há

tam

bém

list

as d

e lo

cais

de

difíc

il ac

esso

, por

ém s

em

freqü

ênci

a es

tabe

leci

da

O lo

cal d

e tra

balh

o é

isen

to

de p

olui

ção.

Peq

ueno

s ru

ídos

ou

algu

mas

mpa

das

quei

mad

as a

inda

ex

iste

m

Mui

tas

pess

oas

dese

nvol

vem

seu

s co

ntro

les

visu

ais.

Por

ém, n

ão h

á pa

dron

izaç

ão n

em u

tiliz

ação

de

cor

es. O

con

trole

ain

da

não

é em

tem

po re

al

3

São

est

abel

ecid

as

rotin

as p

ara

toda

a

equi

pe. N

ão h

á si

stem

átic

a de

re

conh

ecim

ento

Fora

m re

aliz

adas

al

gum

as c

ampa

nhas

e/

ou e

vent

os

rela

cion

ados

ao

5S.

Alg

uns

ganh

os fo

ram

ev

iden

ciad

os

lista

s de

pe

ndên

cias

com

de

finiç

ões

de p

razo

s e

resp

onsa

bilid

ade.

P

orém

, est

ão

desa

tual

izad

as

As

cond

içõe

s do

s lo

cais

de

traba

lho

são

boas

, nec

essi

tand

o de

al

gum

as m

elho

rias

O c

ontro

le v

isua

l est

á pr

esen

te e

m b

oa p

arte

do

loca

l de

traba

lho,

em

bora

não

sej

a m

uito

op

erac

iona

l

2

Alg

umas

rotin

as s

ão

esta

bele

cida

s, m

esm

o as

sim

para

alg

umas

eq

uipe

s

Alg

uns

even

tos

de 5

S

fora

m re

aliz

ados

, mas

se

m p

rom

over

gan

hos

algu

mas

list

as d

e pe

ndên

cias

, por

em n

ão

há d

efin

içõe

s de

pra

zos

e re

spon

sabi

lidad

e

algu

mas

an

orm

alid

ades

nas

co

ndiç

ões

dos

loca

is

de tr

abal

ho q

ue

prej

udic

am u

m o

u m

ais

dos

cinc

o se

ntid

os d

o ho

mem

algu

mas

form

as d

e pr

omov

er v

isua

lmen

te

o co

ntro

le d

as c

oisa

s.

Por

ém, s

ão

espo

rádi

cas

e or

iund

as

de in

icia

tivas

isol

adas

NO

TA

1

Não

rotin

as d

o 5S

. A

prát

ica

é al

eató

ria

Após

o la

nçam

ento

do

5S, n

enhu

ma

cam

panh

a ou

eve

nto

de 5

S fo

i rea

lizad

o

Não

plan

os p

ara

elim

inaç

ão d

as

anor

mal

idad

es

As

cond

içõe

s do

s lo

cais

de

traba

lho

prov

ocam

des

gast

es

físic

os a

norm

ais,

de

grad

ando

um

ou

mai

s do

s ci

ncos

se

ntid

os d

o ho

mem

Não

evid

enci

a de

co

ntro

le v

isua

l. H

á di

ficul

dade

s pa

ra

dete

ctar

o c

ontro

le d

as

cois

as

Crit

ério

s de

Ava

liaçã

o - A

ssei

o

ITEM

Elab

oraç

ão d

e ro

tima

do 5

S, e

sis

tem

átic

a de

reco

nhec

imen

to

Rea

lizaç

ão d

e ca

mpa

nhas

, reu

niõe

s e

outr

os e

vent

os

Elab

oraç

ão d

e pl

anos

, lis

tas

de

pend

ênci

as e

de

loca

is d

e di

fícil

aces

so

Loca

is v

entil

ados

, ilu

min

ados

e s

em

polu

ição

Expl

oraç

ão d

e co

ntro

le v

isua

l

Page 115: implantação do programa 5s na empresa raio & roda cicle peças

114

5

As

pess

oas

de to

dos

os

níve

is c

umpr

em

rigor

osam

ente

as

rotin

as

esta

bele

cida

s e

parti

cipa

m

ativ

amen

te p

ara

sua

cria

ção

ou re

visã

o

Toda

s as

pes

soas

têm

um

fo

rte c

ompr

omis

so c

om a

po

ntua

lidad

e. T

odos

os

reló

gios

est

ão a

certa

dos,

e

as re

uniõ

es s

ão in

icia

das

pont

ualm

ente

Todo

s os

mat

eria

is s

ão

guar

dado

s ad

equa

dam

ente

. H

á um

a ev

idên

cia

em to

dos

os lu

gare

s, d

e qu

e os

m

ater

iais

ali

man

tidos

são

os

est

ritam

ente

nec

essá

rios

Mui

tas

açõe

s fo

ram

to

mad

as p

ara

elim

inar

a

gera

ção

suje

ira. H

á si

stem

as q

ue in

duze

m

usuá

rios

a de

scar

tar

mat

eria

is n

o lo

cal a

dequ

ado

Toda

s as

pes

soas

ap

rese

ntam

-se

limpa

s e

com

um

a po

stur

a ad

equa

da

4

Toda

s as

rotin

as d

o 5S

o cu

mpr

idas

, sem

ne

cess

itar d

e im

posi

ções

. P

orém

, alte

raçõ

es n

as

rotin

as n

ão s

ão s

uger

idas

pe

las

pess

oas

de to

dos

os

níve

is

Todo

s os

com

prom

isso

s as

sum

idos

são

cum

prid

os

pont

ualm

ente

. Pou

cas

pess

oas

cont

inua

m

impo

ntua

is

Nos

loca

is fe

chad

os n

ão

são

guar

dado

s in

adeq

uada

men

te o

s ob

jeto

s. P

orém

, são

gu

arda

das

quan

tidad

es

acim

a do

est

ritam

ente

ne

cess

ário

O lo

cal d

e tra

balh

o é

man

tido

limpo

pel

os

usuá

rios.

É n

eces

sário

po

uco

tem

po p

ara

limpe

za. O

s lo

cais

de

uso

cole

tivo

aind

a nã

o tê

m o

pa

drão

de

limpe

za

dese

jado

Toda

s as

pes

soas

en

cont

ram

-se

com

roup

as

limpa

s. A

gra

nde

mai

oria

te

m u

ma

post

ura

adeq

uada

3

As

rotin

as d

o 5S

são

cu

mpr

idas

. Por

ém, a

inda

nec

essi

dade

da

parti

cipa

ção

da li

dera

nça

ofic

ial p

ara

que

acon

teça

m

A m

aior

ia d

os

com

prom

isso

s as

sum

idos

é

cum

prid

a. A

s re

uniõ

es e

en

cont

ros

aind

a se

in

icia

m c

om u

m “t

empi

nho

de to

lerâ

ncia

A m

aior

ia d

os o

bjet

os é

gu

arda

da

adeq

uada

men

te. A

lgun

s qu

e nã

o es

tão

em b

oas

cond

içõe

s fís

icas

não

são

se

greg

ados

dos

dem

ais

A eq

uipe

de

limpe

za

rest

ringe

-se

a re

colh

er

mat

eria

is d

esca

rtado

s no

s de

pósi

tos

e fa

zer u

ma

faxi

na e

vent

ual.

Os

usuá

rios

aind

a de

dica

m

mui

to te

mpo

par

a m

ante

r o

loca

l de

traba

lho

limpo

As

roup

as e

stão

lim

pas.

Ai

nda

há p

esso

as c

om

roup

as a

pres

enta

ndo

suje

ira. V

erifi

cam

-se

pess

oas

sem

um

a po

stur

a ad

equa

da

2

Apen

as a

lgum

as

rotin

as s

ão

cum

prid

as, m

esm

o as

sim

por

algu

mas

pes

soas

ou

equ

ipes

Ape

sar d

e ha

ver

uma

preo

cupa

ção,

a

impo

ntua

lidad

e ai

nda

é al

ta

Alg

uns

obje

tivos

o gu

arda

dos

inad

equa

dam

ente

. M

uito

s nã

o sã

o re

colo

cado

s na

po

siçã

o pr

evis

ta e

em

boa

s co

ndiç

ões

físic

as

Apes

ar d

a eq

uipe

de

lim

peza

ser

re

duzi

da, o

s us

uário

s ai

nda

dedi

cam

mui

to

tem

po à

lim

peza

A m

aior

ia d

as

pess

oas

enco

ntra

-se

com

roup

as

limpa

s

NO

TA

1

Nen

hum

a ro

tina

do 5

S é

cum

prid

a

uma

acom

odaç

ão

gene

raliz

ada

com

re

laçã

o à

impo

ntua

lidad

e

Mui

tos

obje

tos

aind

a sã

o gu

arda

dos

ou

larg

ados

em

lo

cais

in

adeq

uado

s

Aind

a é

alta

a

quan

tidad

e de

pe

ssoa

s qu

e cu

idam

es

trita

men

te d

a lim

peza

As

roup

as d

as

pess

oas

estã

o su

jas

Crit

ério

s de

Ava

liaçã

o - A

utod

isci

plin

a

ITEM

Cum

prim

ento

de

rotin

as d

o 5S

Pont

ualid

ade

Gua

rda

de o

bjet

os

em lo

cais

def

inid

os

Red

ução

de

recu

rsos

pa

ra m

anut

ençã

o da

lim

peza

( pe

ssoa

s e

tem

po d

e lim

peza

)

Rou

pas

limpa

s e

pess

oas

asse

adas

Page 116: implantação do programa 5s na empresa raio & roda cicle peças

115

5

um a

com

panh

amen

to

perm

anen

te d

o pr

ogra

ma

cinc

o se

nsos

.

Entre

81

e 10

0% d

as

pess

oas

fora

m tr

eina

das

O la

nçam

ento

do

prog

ram

a fo

i um

su

cess

o. T

odos

se

envo

lver

am, e

os

mat

eria

is a

“des

carta

r” es

tão

iden

tific

ados

.

O p

lano

de

ação

é

utiliz

ado

com

o um

a fe

rram

enta

efic

az. O

s re

sulta

dos

obtid

os tê

m

sido

freq

üent

es

Toda

s as

pes

soas

se

reve

zam

na

prom

oção

do

s ci

nco

sens

os d

entro

do

s lo

cais

del

imita

dos.

S

ão e

stab

elec

idas

met

as

para

cad

a lo

cal d

e tra

balh

o.

4

disc

ussã

o fre

qüen

te d

as a

ções

to

mad

as p

elos

re

spon

sáve

is. M

uita

s aç

ões

já e

stão

sen

do

exec

utad

as

Entre

61

e 80

% d

as

pess

oas

fora

m

trein

adas

Todo

s os

mat

eria

is

clas

sific

ados

e

desc

arta

dos

até

o di

a de

lanç

amen

to.

Algu

mas

pes

soas

re

sist

iram

em

pa

rtici

par.

Ape

sar d

e di

fund

ido

e co

ntem

plar

met

as, o

pl

ano

não

é re

visa

do.

Os

loca

is s

ão

delim

itado

s e

exis

te

um re

veza

men

to p

ara

resp

onsa

biliz

ar c

ada

pess

oa n

a pr

omoç

ão

do s

cin

co s

enso

s.

Poré

m n

ão h

á m

etas

pr

a ca

da lo

cal.

3

resp

onsá

veis

pel

a pr

omoç

ão d

o pr

ogra

ma.

Alg

umas

in

icia

tivas

enc

ontra

m-

se e

m fa

se d

e im

plem

enta

ção.

Entre

41

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amen

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resp

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Fonte: Adaptado de Ribeiro (1994)

Page 117: implantação do programa 5s na empresa raio & roda cicle peças

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ASSINATURA DOS RESPONSÁVEIS

Thiago José Wisenteiner

Estagiário

Edgard Luiz de Medeiros

Supervisor de campo

Profº Raulino Pedro Gonçalves, Adm.

Orientador de estágio

Profº Eduardo Krieger da Silva, Msc.

Responsável pelos estágios em administração