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III Jornadas de Contabilidade do ISVOUGA A Contabilidade e Perspetivas Futuras 01/12/2014 Método de Equivalência Patrimonial Paulo Jorge Naia Professor-Adjunto (Eq.) do ISCA-UA e TOC n.º 56034 ([email protected])

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Page 1: III Jornadas de Contabilidade do ISVOUGA A Contabilidade e Perspetivas Futuras 01/12/2014 Método de Equivalência Patrimonial Paulo Jorge Naia Professor-Adjunto

III Jornadas de Contabilidade do ISVOUGA

A Contabilidade e Perspetivas Futuras

01/12/2014

Método de Equivalência Patrimonial

Paulo Jorge NaiaProfessor-Adjunto (Eq.) do ISCA-UA e TOC n.º 56034([email protected])

Page 2: III Jornadas de Contabilidade do ISVOUGA A Contabilidade e Perspetivas Futuras 01/12/2014 Método de Equivalência Patrimonial Paulo Jorge Naia Professor-Adjunto

Definições

Empresa-mãe: é uma entidade que detém uma ou mais subsidiárias.

Grupo: é constituído por uma empresa-mãe e todas as suas subsidiárias.

Subsidiária: é uma entidade (aqui se incluindo entidades não

constituídas em forma de sociedade, como, p. ex., as parcerias) que é

controlada por uma outra entidade (designada por empresa-mãe).

Controlo: é o poder de gerir as políticas financeiras e operacionais de

uma entidade ou de uma atividade económica a fim de obter benefícios

da mesma.

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Definição de controlo

Deve presumir-se que uma entidade concentrada obteve o controlo de outra

entidade concentrada quando adquire mais de metade dos direitos de voto da

outra entidade, a menos que seja possível demonstrar que essa propriedade não

constitui controlo. Mesmo que uma das entidades concentradas não adquira mais

de metade dos direitos de voto de outra entidade concentrada, ela pode ter obtido

o controlo da outra entidade se, como resultado da concentração, ela obtiver:

(a)  Poder sobre mais de metade dos direitos de voto da outra entidade em

virtude de um acordo com outros investidores; ou

(b)  Poder para gerir as políticas financeiras e operacionais da outra entidade

segundo uma cláusula estatutária ou um acordo; ou

(c)  Poder para nomear ou demitir a maioria dos membros do órgão de

gestão da outra entidade; ou

(d)  Poder de agrupar a maioria de votos nas reuniões do órgão de gestão da

outra entidade.

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Definições

Associada: é uma entidade (aqui se incluindo as entidades que não

sejam constituídas em forma de sociedade, como, p. ex., as parcerias)

sobre a qual o investidor tenha influência significativa e que não seja

nem uma subsidiária nem um interesse num empreendimento conjunto.

Influência significativa: é o poder de participar nas decisões das políticas

financeira e operacional da investida ou de uma atividade económica

mas que não é controlo nem controlo conjunto sobre essas políticas. A

influência significativa pode ser obtida por posse de ações, estatuto ou

acordo.

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Definição de influência significativa

Se o investidor detiver, direta ou indiretamente (por exemplo, através de

subsidiárias), 20% ou mais do poder de voto na investida, presume-se

que tem influência significativa, a menos que o contrário possa ser

claramente demonstrado.

Se o investidor detiver, direta, ou indiretamente (por exemplo, através de

subsidiárias), menos de 20% do poder de voto na investida, presume-se

que não tem influência significativa, a menos que o contrário possa ser

claramente demonstrado.

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Definição de influência significativa

A existência de influência significativa por parte de um investidor é

geralmente evidenciada por uma ou mais das seguintes formas:

(a)  Representação no órgão de direção ou órgão de gestão

equivalente da investida;

(b)  Participação em processos de decisão de políticas, incluindo a

participação em decisões sobre dividendos e outras distribuições;

(c)  Transações materiais entre o investidor e a investida;

(d)  Intercambio de pessoal de gestão; ou

(e)  Fornecimento de informação técnica essencial.

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Definição de influência significativa

Ao avaliar se uma entidade tem influência significativa, deverá ser tida

em conta a existência e o efeito de potenciais direitos de voto.

Uma entidade perde influência significativa sobre uma investida quando

perde o poder de participar nas decisões de política financeira e

operacional da investida.

A perda de influência significativa pode ocorrer com ou sem alteração

nos níveis absolutos ou relativos de propriedade. Pode ocorrer, por

exemplo, quando uma associada passa a estar sujeita ao controlo de um

governo, tribunal, administrador ou regulador. Pode também ocorrer

como resultado de um acordo contratual.7

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Definições

Método da equivalência patrimonial: é um método de contabilização pelo qual o

investimento ou interesse é inicialmente reconhecido pelo custo e posteriormente

ajustado em função das alterações verificadas, após a aquisição, na quota-parte

do investidor ou do empreendedor nos ativos líquidos da investida ou da entidade

conjuntamente controlada. Os resultados do investidor ou empreendedor incluem

a parte que lhe corresponda nos resultados da investida ou da entidade

conjuntamente controlada.

Controlo conjunto: é a partilha de controlo, acordada contratualmente, de uma

atividade económica, e existe apenas quando as decisões estratégicas

financeiras e operacionais relacionadas com a atividade exigem o consentimento

unânime das partes que partilham o controlo (os empreendedores).

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O controlo

Para avaliar se uma entidade tem o controlo, é necessário avaliar se a entidade

tem potenciais direitos de voto.

Estes potenciais direitos de voto existem se uma entidade for proprietária

de warrants de ações, opções call de ações, instrumentos de dívida ou de capital

próprio que sejam convertíveis em ações ordinárias, ou de outros instrumentos

semelhantes que tenham a capacidade, se exercidos ou convertidos, de

conceder à entidade o poder de voto ou de reduzir o poder de voto de uma

terceira entidade relativamente às políticas financeiras e operacionais da

entidade relativamente à qual podem ser exercidos ou convertidos os potenciais

direitos de voto.

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Método da equivalência patrimonial

Pelo MEP, o investimento numa entidade é inicialmente reconhecido

pelo custo e a quantia escriturada é aumentada ou diminuída para

reconhecer a parte do investidor nos resultados da investida depois da

data da aquisição.

A parte do investidor nos resultados da investida é reconhecida nos

resultados do investidor.

As distribuições recebidas de uma investida reduzem a quantia

escriturada do investimento.

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Page 11: III Jornadas de Contabilidade do ISVOUGA A Contabilidade e Perspetivas Futuras 01/12/2014 Método de Equivalência Patrimonial Paulo Jorge Naia Professor-Adjunto

Método da equivalência patrimonial

Podem também ser necessários ajustamentos na quantia escriturada,

para alterações no interesse proporcional do investidor na investida

resultantes de alterações no capital próprio da investida que não tenham

sido reconhecidas nos resultados da investida.

Tais alterações incluem as resultantes da revalorização de ativos fixos

tangíveis e das diferenças de transposição de moeda estrangeira.

A parte do investidor nessas alterações é reconhecida diretamente no

seu capital próprio.

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Page 12: III Jornadas de Contabilidade do ISVOUGA A Contabilidade e Perspetivas Futuras 01/12/2014 Método de Equivalência Patrimonial Paulo Jorge Naia Professor-Adjunto

Método da equivalência patrimonial

O investimento evidenciado nas demonstrações financeiras da investida

corresponde à quota-parte do investidor nos capitais próprios da

investida.

Esquematicamente os registos a efetuar nas principais alterações ao

capital próprio das participadas são:

Natureza da alteração Débito Crédito

Lucro do período Participações Financeiras Rendimentos e Ganhos

Prejuízo do período Gastos e Perdas Participações Financeiras

Revalorizações Participações Financeiras Capital Próprio

Distribuição de dividendos Depósitos à Ordem Participações Financeiras

Aumento de capital por

incorporação de reservas---- ----

Aumento de capital realizado em

dinheiroParticipações Financeiras Depósitos à Ordem

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Método da equivalência patrimonial

Quando existirem potenciais direitos de voto, a parte do investidor

nos resultados da investida e nas alterações no capital próprio da

investida é determinada na base dos interesses de propriedade

então existentes e não reflete o possível exercício ou conversão de

potenciais direitos de voto.

As demonstrações financeiras disponíveis mais recentes da investida

são usadas pelo investidor na aplicação do MEP. Quando as datas de

relato do investidor e da investida forem diferentes, esta prepara, para

uso do investidor, demonstrações financeiras na mesma data das

demonstrações financeiras do investidor a não ser que isso se torne

impraticável.13

Page 14: III Jornadas de Contabilidade do ISVOUGA A Contabilidade e Perspetivas Futuras 01/12/2014 Método de Equivalência Patrimonial Paulo Jorge Naia Professor-Adjunto

Método da equivalência patrimonial

As demonstrações financeiras do investidor devem ser preparadas

usando políticas contabilísticas uniformes para transações e

acontecimentos idênticos em circunstâncias semelhantes.

Se uma investida usar políticas contabilísticas diferentes das do

investidor para transações e acontecimentos idênticos em circunstancias

semelhantes, devem ser feitos ajustamentos para conformar as políticas

contabilísticas da investida às do investidor quando as demonstrações

financeiras da investida forem usadas pelo investidor na aplicação do

MEP.

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Investimentos em associadas

Um investimento numa associada deve ser contabilizado usando o MEP,

exceto se existirem restrições severas e duradouras que prejudiquem

significativamente a capacidade de transferência de fundos para a

empresa detentora, caso em que deve ser usado o método do custo.

Um investidor deve descontinuar o uso do MEP a partir da data em que

perder a influência significativa sobre uma associada. Nessa

circunstância, o custo a considerar para efeitos de mensuração inicial

como ativo financeiro deve corresponder ao da quantia escriturada

desse investimento à data em que deixou de ser uma associada.

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Investimentos em associadas

Os resultados provenientes de transações “ascendentes” e

“descendentes” entre um investidor (incluindo as suas subsidiárias

consolidadas) e uma associada são reconhecidos nas demonstrações

financeiras do investidor somente na medida em que correspondam aos

interesses de outros investidores na associada, não relacionados com o

investidor. Transações “ascendentes” são, por exemplo, vendas de

ativos de uma associada ao investidor. Transações “descendentes” são,

por exemplo, vendas de ativos do investidor a uma associada. Assim, a

parte do investidor nos resultados da associada resultantes destas

transações é eliminada.

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Investimentos em associadas

Um investimento numa associada é contabilizado usando o MEP a partir

da data em que se torne uma associada. Na aquisição do investimento,

qualquer diferença entre o custo do investimento e a parte do investidor

no justo valor líquido dos ativos, passivos e passivos contingentes

identificáveis da associada é contabilizada de acordo com a  NCRF 14 -

Concentrações de Atividades Empresariais. Portanto:

(a)  O goodwill relacionado com uma associada é incluído na quantia

escriturada do investimento. Contudo, a amortização

desse goodwill não é permitida e não é portanto incluída na

determinação da parte do investidor nos resultados da associada;

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Investimentos em associadas

Um investimento numa associada é contabilizado usando o MEP a partir da data

em que se torne uma associada. Na aquisição do investimento, qualquer

diferença entre o custo do investimento e a parte do investidor no justo valor

líquido dos ativos, passivos e passivos contingentes identificáveis da associada é

contabilizada de acordo com a  NCRF 14 - Concentrações de Atividades

Empresariais. Portanto:

(b)  Qualquer excesso da parte do investidor no justo valor líquido dos ativos,

passivos e passivos contingentes identificáveis da associada acima do custo

do investimento é excluído da quantia escriturada do investimento e é

incluído como rendimento na determinação da parte do investidor nos

resultados da associada do período em que o investimento é adquirido.

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Page 19: III Jornadas de Contabilidade do ISVOUGA A Contabilidade e Perspetivas Futuras 01/12/2014 Método de Equivalência Patrimonial Paulo Jorge Naia Professor-Adjunto

Investimentos em associadas

Serão feitos ajustamentos apropriados na parte do investidor nos

resultados da associada, após a aquisição, para contabilizar, por

exemplo, a depreciação dos ativos depreciáveis baseada nos seus

justos valores à data da aquisição.

De forma semelhante, serão feitos ajustamentos apropriados na parte do

investidor nos resultados da associada, após a aquisição, para ter em

conta perdas por imparidade reconhecidas pela associada em itens tais

como o goodwill ou ativos fixos tangíveis.

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Investimentos em associadas

Se a parte de um investidor nas perdas de uma associada igualar ou

exceder o seu interesse na associada, o investidor descontinua o

reconhecimento da sua parte de perdas adicionais.

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Investimentos em subsidiárias

Nas demonstrações financeiras individuais de uma empresa-mãe, a

valorização dos investimentos em subsidiárias deve ser efetuada de

acordo com o MEP. Nos casos em que se verifiquem restrições severas

e duradouras que prejudiquem significativamente a capacidade de

transferência de fundos para a empresa detentora, deve ser usado o

método do custo.

 A valorização dos investimentos em entidades conjuntamente

controladas e em associadas nas demonstrações financeiras individuais

é efetuada nos termos da NCRF 13 - Interesses em Empreendimentos

Conjuntos e Investimentos em Associadas.

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Perdas por imparidade

Tendo aplicado o MEP e reconhecido as perdas da associada, o

investidor deve determinar se é necessário reconhecer qualquer perda

por imparidade adicional com respeito ao conjunto de interesses na

associada.

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Método do custo

Pelo método do custo, uma investidora regista o seu investimento na

investida ao custo.

A investidora somente reconhece rendimentos até ao ponto em que

receba distribuições, a partir dos lucros líquidos acumulados da

investida, de proveniência subsequente à data da aquisição pela

investidora.

As distribuições recebidas em excesso de tais lucros, são consideradas

uma recuperação do investimento, sendo registadas como uma redução

do custo do investimento.

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Transição entre o MEP e o método do custo e transição entre o método do custo e o MEP

Um investidor deve descontinuar o uso do MEP a partir da data em que perder a

influência significativa sobre uma associada. Nessa circunstância, o custo a

considerar para efeitos de mensuração inicial como ativo financeiro deve

corresponder ao da quantia escriturada desse investimento à data em que deixou

de ser uma associada.

Aquando da primeira aplicação do MEP, devem ser atribuídas às partes de capital

as quantias correspondentes à fração dos capitais próprios que elas

representavam no início do período, por contrapartida da conta 5711 -

Ajustamentos em ativos financeiros - Relacionados com o método da

equivalência patrimonial - Ajustamentos de transição (Nota de enquadramento à

conta 41 - Investimentos financeiros ).

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Page 25: III Jornadas de Contabilidade do ISVOUGA A Contabilidade e Perspetivas Futuras 01/12/2014 Método de Equivalência Patrimonial Paulo Jorge Naia Professor-Adjunto

Transição entre o MEP e o método do custo e transição entre o método do custo e o MEP

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A compra 80% de B por 100.000 no início de X1D IF/Sub/MEP 100.000,00C DO 100.000,00

RLP de B em X1 = 60.000D IF/Sub/MEP 48.000,00C ORG 48.000,00

Lucros atribuídos a A = 48.000 x 75% = 36.000D Contas a receber 36.000,00C IF/Sub/MEP 36.000,00

Lucros não atribuídos a AD RT 12.000,00C AAF/MEP/LNA 12.000,00 Sc 12.000,00

Doação obtida por B = 40.000Contabilização do efeito da doação líquida de IRC (25%) em AD IF/Sub/MEP 24.000,00 Sd 136.000,00C AAF/MEP/OVCP 24.000,00 Sc 24.000,00

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Transição entre o MEP e o método do custo e transição entre o método do custo e o MEP

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A aliena 7/8 da part financeira por 140.000,00Saldo IF correspondente 119.000,00Ganho 21.000,00

D DO 140.000,00C IF/Sub/MEP 119.000,00C ORG 21.000,00

Reclassificação de 7/8 dos saldos credores de AAF para RTD AAF/MEP/LNA 10.500,00D AAF/MEP/OVCP 21.000,00C RT 31.500,00

Reclassificação do IFD IF/Outras/PartCap 17.000,00C IF/Sub/MEP 17.000,00

Reclassificação de 1/8 dos saldos credores de AAF para OVCPD AAF/MEP/LNA 1.500,00D AAF/MEP/OVCP 3.000,00C OVCP 4.500,00

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A nota de enquadramento à conta 41 - Investimentos financeiros

Os investimentos financeiros que representem participações de capital

são mensurados de acordo com os métodos indicados no quadro

seguinte, conforme NCRF 13 - Interesses em empreendimentos

conjuntos e investimentos em associadas, NCRF 15 - Investimentos em

subsidiárias e consolidação e NCRF 27 - Instrumentos financeiros:

27

Participações Nas contas individuais Nas contas consolidadas

Em subsidiárias Por regra método da equivalência patrimonial.

Método da consolidação integral.

Em associadas Por regra método da equivalência patrimonial.

Método da equivalência patrimonial.

Em empreendimentos conjuntos (entidades conjuntamente controladas).

Método da consolidação proporcional ou método da equivalência patrimonial.

Método da consolidação proporcional.

Noutras entidades Método do custo ou método do justo valor (conta 14).

Método do custo ou método do justo valor.

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A nota de enquadramento à conta 41 - Investimentos financeiros

O uso do método da equivalência patrimonial nas contas

individuais de uma empresa-mãe que elabore contas consolidadas

deve ser complementado com a eliminação, por inteiro dos saldos e

transações intragrupo, incluindo rendimentos e ganhos, gastos e

perdas e dividendos.

Os resultados provenientes de transações intragrupo que sejam

reconhecidos nos ativos, tais como inventários e ativos fixos, são

eliminados por inteiro. As perdas intragrupo podem indicar uma

imparidade que exija reconhecimento nas demonstrações financeiras

consolidadas.

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Page 29: III Jornadas de Contabilidade do ISVOUGA A Contabilidade e Perspetivas Futuras 01/12/2014 Método de Equivalência Patrimonial Paulo Jorge Naia Professor-Adjunto

A nota de enquadramento à conta 41 - Investimentos financeiros

Operações descendentes com subsidiárias: adaptado de José Rodrigues de Jesus e Susana

Rodrigues de Jesus, “Alguns Aspetos da Aplicação do Método da Equivalência Patrimonial – II”,

Revista Revisores e Auditores, n.º 55

A detém 70% do capital de B e no ano X1 vende mercadorias a B, por 4.000 u.m. e com o CMV de

3.200 u.m., tendo B conservado no termo daquele ano a totalidade das mercadorias adquiridas a A e

vendido integralmente as mesmas em X2. O lucro é de 800 u.m. a eliminar totalmente.

Em X1

Em X2

29

D Gastos e perdas por diferimentos de ganhos em operações com subsidiárias

800

C Diferimentos - Ganhos e perdas em operações com subsidiárias diferidos 800

D Diferimentos - Ganhos e perdas em operações com subsidiárias diferidos 800

C Reversões de gastos e perdas por diferimentos de ganhos em operações com subsidiárias

800

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A nota de enquadramento à conta 41 - Investimentos financeiros

Operações descendentes com associadas

A detém 20% do capital de B e no ano X1 vende mercadorias a B, por 4.000 u.m. e com

o CMV de 3.200 u.m., tendo B conservado no termo daquele ano a totalidade das

mercadorias adquiridas a A e vendido integralmente as mesmas em X2. O lucro é de

800 u.m. a eliminar proporcionalmente, ou seja, 160 u.m..

Em X1

Em X2

30

D Gastos e perdas por diferimentos de ganhos em operações com associadas

160

C Diferimentos - Ganhos e perdas em operações com associadas diferidos

160

D Diferimentos - Ganhos e perdas em operações com associadas diferidos

160

C Reversões de gastos e perdas por diferimentos de ganhos em operações com associadas

160

Page 31: III Jornadas de Contabilidade do ISVOUGA A Contabilidade e Perspetivas Futuras 01/12/2014 Método de Equivalência Patrimonial Paulo Jorge Naia Professor-Adjunto

A nota de enquadramento à conta 41 - Investimentos financeiros

Operações ascendentes com subsidiárias

A detém 70% do capital de B e no ano X1, B vende mercadorias a A, por 4.000 u.m. e

com o CMV de 3.200 u.m., tendo A conservado no termo daquele ano a totalidade das

mercadorias adquiridas a B e vendido integralmente as mesmas em X2. O lucro é de

800 u.m. a eliminar proporcionalmente, ou seja, 560 u.m..

Em X1

Em X2

31

D Investimentos financeiros 560

C Diferimentos - Ganhos e perdas em operações com subsidiárias diferidos

560

D Diferimentos - Ganhos e perdas em operações com subsidiárias diferidos

560

C Reversões de gastos e perdas por diferimentos de ganhos em operações com subsidiárias

560

Page 32: III Jornadas de Contabilidade do ISVOUGA A Contabilidade e Perspetivas Futuras 01/12/2014 Método de Equivalência Patrimonial Paulo Jorge Naia Professor-Adjunto

A nota de enquadramento à conta 41 - Investimentos financeiros

Operações ascendentes com associadas

A detém 20% do capital de B e no ano X1, B vende mercadorias a A, por 4.000 u.m. e

com o CMV de 3.200 u.m., tendo A conservado no termo daquele ano a totalidade das

mercadorias adquiridas a B e vendido integralmente as mesmas em X2. O lucro é de

800 u.m. a eliminar proporcionalmente, ou seja, 160 u.m..

Em X1

Em X2

32

D Investimentos financeiros 160

C Diferimentos - Ganhos e perdas em operações com associadas diferidos

160

D Diferimentos - Ganhos e perdas em operações com associadas diferidos

160

C Reversões de gastos e perdas por diferimentos de ganhos em operações com subsidiárias

160

Page 33: III Jornadas de Contabilidade do ISVOUGA A Contabilidade e Perspetivas Futuras 01/12/2014 Método de Equivalência Patrimonial Paulo Jorge Naia Professor-Adjunto

A nota de enquadramento à conta 419 - Perdas por imparidade acumuladas

Esta conta regista as diferenças acumuladas entre as quantias registadas e as

que resultem da aplicação dos critérios de mensuração dos correspondentes

ativos, podendo ser subdividida a fim de facilitar o controlo e possibilitar a

apresentação em balanço das quantias líquidas.

As perdas por imparidade anuais serão registadas na subconta da conta 65, e as

suas reversões (quando deixarem de existir as situações que originaram as

perdas) são registadas na subconta da conta 762.

Quando se verificar o desreconhecimento dos ativos a que respeitem as

imparidades, a conta em epígrafe será debitada por contrapartida da

correspondente conta da classe 4.

33

Page 34: III Jornadas de Contabilidade do ISVOUGA A Contabilidade e Perspetivas Futuras 01/12/2014 Método de Equivalência Patrimonial Paulo Jorge Naia Professor-Adjunto

A nota de enquadramento à conta 57 – Ajustamentos em ativos financeiros

57 - Ajustamentos em ativos financeiros

Evidencia os ajustamentos decorrentes, designadamente, da

utilização do método da equivalência patrimonial em subsidiárias,

associadas e entidades conjuntamente controladas.

5711 - Ajustamentos em ativos financeiros - Relacionados com o

método da equivalência patrimonial - Ajustamentos de transição

Quando da transição para a aplicação do método da equivalência

patrimonial, esta conta regista a diferença entre as quantias

atribuídas às partes de capital, correspondentes à fração dos

capitais próprios que representavam no início do período, e as

quantias por que se encontravam expressas.

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Page 35: III Jornadas de Contabilidade do ISVOUGA A Contabilidade e Perspetivas Futuras 01/12/2014 Método de Equivalência Patrimonial Paulo Jorge Naia Professor-Adjunto

A nota de enquadramento à conta 57 – Ajustamentos em ativos financeiros

5712 - Ajustamentos em ativos financeiros - Relacionados com o

método da equivalência patrimonial - Lucros não atribuídos

Esta conta será creditada pela diferença entre os lucros imputáveis

às participações e os lucros que lhes forem atribuídos (dividendos),

movimentando-se em contrapartida a conta 56 - Resultados

transitados.

5713 - Ajustamentos em ativos financeiros - Relacionados com o

método da equivalência patrimonial Decorrentes de outras

variações nos capitais próprios

Esta conta acolherá, por contrapartida das contas 411 a 413 os

valores imputáveis à participante na variação dos capitais próprios

das participadas, que não respeitem a resultados.35

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As notas de enquadramento às contas 6852 e 7851

6852 - Gastos e perdas em subsidiárias, associadas e empreendimentos

conjuntos - Aplicação do método da equivalência patrimonial

Esta conta regista os gastos e perdas relativos às participações de capital,

derivados da aplicação do método da equivalência patrimonial, sendo

considerados para o efeito apenas os resultados dessas entidades.

7851 - Rendimentos e ganhos em subsidiárias, associadas e

empreendimentos conjuntos - Aplicação do método da equivalência

patrimonial

Esta conta regista os rendimentos e ganhos relativos às participações de

capital derivados da aplicação do método da equivalência patrimonial, sendo

considerados para o efeito apenas os resultados dessas entidades.

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Procedimentos contabilísticos na adoção do MEP

De acordo com o MEP, o custo de aquisição de uma participação

será ACRESCIDO:

da quantia correspondente à proporção nos resultados líquidos

positivos (lucros) da entidade participada;

da quantia correspondente à proporção em outras variações positivas

nos capitais próprios da entidade participada;

da quantia da cobertura de prejuízos que tenha sido

deliberada.

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Procedimentos contabilísticos na adoção do MEP

De acordo com o MEP, o custo de aquisição de uma participação será

REDUZIDO*:

da quantia correspondente à proporção nos resultados líquidos

negativos (prejuízos) da entidade participada;

da quantia correspondente à proporção noutras variações negativas

nos capitais próprios da entidade participada;

da quantia dos lucros distribuídos à participação.

38* Até à concorrência do saldo devedor da conta 41x9

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Procedimentos contabilísticos na adoção do Método do Custo

De acordo com o Método do Custo, a investidora regista o seu

investimento na investida ao custo.

A investidora somente reconhece rendimentos até ao ponto em que

receba distribuições, a partir dos lucros líquidos acumulados da

investida, de proveniência subsequente à data da aquisição pela

investidora.

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Procedimentos contabilísticos na adoção do Método do Custo

Nalgumas circunstâncias, a investidora pode ter pago à ex-investidora,

aquando da aquisição do investimento financeiro, os dividendos

declarados e ainda não pagos pela investida.

Neste caso, tais dividendos são acrescentados ao preço do investimento

financeiro, devendo, aquando do recebimento, serem tratados como

recuperação de pagamentos (fluxo de caixa) e não como rendimentos.

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Divulgações

Um investidor deve fazer as seguintes divulgações:

(a)  O justo valor de investimentos em associadas para os quais

sejam publicadas cotações de preços;

(b)  Informação financeira resumida das associadas, incluindo as

quantias agregadas de ativos, passivos, rendimentos e resultados;

(c)  As razões pelas quais se concluiu existir influência significativa

quando o contrário era presumível pelo facto de um investidor deter,

direta ou indiretamente através de subsidiárias, menos de 20% dos

votos ou do potencial poder de voto da investida;

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Divulgações

Um investidor deve fazer as seguintes divulgações:

(d)  As razões pelas quais se concluiu não existir influência

significativa quando o contrário era presumível pelo facto de um

investidor deter, direta ou indiretamente através de subsidiárias, 20%

ou mais dos votos ou do potencial poder de voto da investida;

(e)  A data de relato das demonstrações financeiras de uma

associada, quando essas demonstrações financeiras forem usadas

na aplicação do MEP e forem de uma data de relato ou de um

período que seja diferente da data de relato ou período do investidor,

e forem a razão para o uso de uma data de relato ou de um período

diferente;42

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Divulgações

Um investidor deve fazer as seguintes divulgações:

(f)   A natureza e a extensão de quaisquer restrições significativas

(por exemplo, resultantes de acordos de empréstimo ou requisitos

regulamentares) sobre a capacidade das associadas para transferir

fundos para o investidor sob a forma de dividendos em dinheiro ou

de reembolsos de empréstimos ou adiantamentos;

(g)  A parte não reconhecida nas perdas de uma associada, tanto

para o período como cumulativamente, se um investidor

descontinuou o reconhecimento da sua parte nas perdas de uma

associada;

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Divulgações

Um investidor deve fazer as seguintes divulgações:

(h)  O facto de uma associada não ter sido contabilizada usando o

MEP; e

(i)   Informação financeira resumida das associadas, quer

individualmente, quer em grupo, que não tenham sido contabilizadas

usando o MEP, incluindo as quantias dos ativos totais, passivos

totais, rendimentos e resultados.

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Divulgações

Os investimentos em associadas contabilizados usando o MEP devem ser

classificados como ativos não correntes. A parte do investidor nos resultados

dessas associadas, e a quantia escriturada desses investimentos, devem ser

divulgadas separadamente. A parte do investidor em quaisquer unidades

operacionais descontinuadas dessas associadas também deve ser divulgada

separadamente.

De acordo com a NCRF 21 - Provisões, Passivos Contingentes e Ativos

Contingentes, o investidor divulgará:

(a)  A sua parte nos passivos contingentes de uma associada incorridos

juntamente com outros investidores; e

(b)  Os passivos contingentes que surjam pelo facto de o investidor ser

solidariamente responsável pela totalidade ou parte dos passivos da

associada. 45

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O MEP nas PE e nas ME

No que diz respeito ao MEP, quer a NCRF-PE quer a NC-ME são

omissas.

Assim, caso uma entidade que adote a NCRF-PE ou a NC-ME e tenha

empreendimentos conjuntos ou investimentos em associadas terá que

adotar a NCRF 13.

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Muito Obrigado.

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