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Identificação de objetivos por Tema – “No final deste tema deverá ser capaz de:”.

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Identificação de objetivos por Tema – “No final deste tema deverá ser capaz de:”.

18 GEOGRAFIA A 10.O ANO

Tema 1: A POPULAÇÃO UTILIZADORA DE RECURSOS E ORGANIZADORA DE ESPAÇOS

No

final

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ema

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de:

¸ Descrever e explicar a evolução da população residente em Portugal desde meados do século XXaté à atualidade.

¸ Relacionar as estruturas sociodemográficas atuais com a evolução e a mobilidade da popula-ção.

¸ Explicar as diferenças regionais na distribuição de indicadores demográficos, como as taxas denatalidade e de mortalidade, os índices de envelhecimentos e de dependência de jovens e deidosos, a estrutura etária e a densidade populacional.

¸ Reconhecer os principais problemas demográficos, as suas causas e implicações futuras.¸ Debater medidas de valorização dos recursos humanos.¸ Reconhecer o contributo do planeamento na valorização dos recursos humanos e na melhoriada qualidade de vida da população.

¸ Interpretar mapas, representações gráficas diversas, quadros e outros documentos.¸ Utilizar e interpretar informação estatística.¸ Explicar a influência dos fatores naturais e humanos na distribuição da população em Portugal.¸ Equacionar problemas decorrentes da desigual repartição da população portuguesa.¸ Sugerir possíveis soluções para a correção das assimetrias existentes.¸ Refletir sobre o papel do planeamento na promoção de medidas que conduzam ao ordenamentodo território.

A população: evolução e contrastes regionaisA distribuição da população

p_exgeo11_p18a35_Exames GEO 2014 10/15/14 4:36 PM Page 18

36 GEOGRAFIA A 10.O ANO

No fin

al deste tem

a de

verá ser cap

az de:

Os recursos do subsoloA radiação solar

¸ Enumerar os recursos do subsolo português e fazer a localização geográfica dos principais cen-tros de exploração.

¸ Relacionar a distribuição geográfica dos recursos minerais com as unidades geomorfológicasdo território português.

¸ Explicar a dependência de Portugal face aos combustíveis fósseis e suas implicações económi-cas e sociais.

¸ Compreender os principais problemas associados à indústria extrativa portuguesa e os seusimpactes ambientais.

¸ Sugerir medidas de valorização dos recursos do subsolo que permitam o seu melhor aproveita-mento.

¸ Equacionar a importância de aumentar a eficiência no consumo de energia, do ponto de vistaeconómico e ambiental.

¸ Explicitar as principais formas de valorização das fontes de energia endógenas e renováveis, noterritório nacional.

¸ Reconhecer a importância da integração de Portugal na política energética da UE.¸ Explicar a importância da radiação solar para a vida na Terra e o papel da atmosfera na varia-

ção da radiação solar. ¸ Relacionar a variação latitudinal da radiação solar com o movimento de translação da Terra.¸ Explicar a variação espacial da duração e da intensidade da radiação solar em Portugal.¸ Explicitar os fatores que influenciam a variação sazonal e espacial da temperatura em Portugal.¸ Reconhecer a existência de condições para a valorização económica da radiação solar em

Portugal.

Tema 2: OS RECURSOS NATURAIS DE QUE A POPULAÇÃO DISPÕE: USOS, LIMITES E POTENCI

ALIDADES

p_exgeo11_p36a51_Exames GEO 2014 10/15/14 4:38 PM Page 36

37Tema 2 - Os recursos naturais de que a população dispõe: usos, limites e potencialidades

No fin

al deste tem

a de

verá ser cap

az de:

Os recursos hídricosOs recursos marítimos

¸ Explicar a formação dos principais tipos de precipitação.¸ Analisar cartas sinóticas das situações meteorológicas que mais afetam o estado do tempo em

Portugal.¸ Relacionar a distribuição espacial e temporal da precipitação com os fatores que a influenciam.¸ Caracterizar o clima do território português.¸ Relacionar as disponibilidades hídricas com a irregularidade das precipitações e a variação de

caudal dos cursos de água.¸ Caracterizar a rede hidrográfica portuguesa, explicando os seus principais contrastes.¸ Relacionar a distribuição das águas subterrâneas com as unidades hidrogeológicas e respe tiva

produtividade aquífera.¸ Justificar a importância do armazenamento de águas superficiais e da proteção das águas

subterrâneas.¸ Equacionar os principais problemas associados à utilização da água.¸ Conhecer os principais instrumentos de planeamento e gestão dos recursos hídricos e os seus

principais objetivos.¸ Debater a importância da cooperação ibérica e comunitária na gestão, conservação e proteção

da água.¸ Explicar a ação do mar sobre a linha de costa e seus efeitos.¸ Relacionar a abundância de recursos piscatórios da ZEE portuguesa com os fatores que as

influenciam.¸ Localizar e caracterizar os principais portos de pesca portugueses.¸ Debater a importância do ordenamento das orlas costeiras.¸ Enumerar medidas de valorização do espaço marítimo e das áreas costeiras.

p_exgeo11_p36a51_Exames GEO 2014 10/15/14 4:38 PM Page 37

Tema 3: OS ESPAÇOS ORGANIZADOS PELAPOPULAÇÃO: ÁREAS RURAIS E URBANAS

No fin

al deste tem

a de

verá ser cap

az de:

As áreas rurais em mudançaAs áreas urbanas: organização e dinâmica internasA rede urbana e as novas relações cidade/campo

¸ Caracterizar as diferentes regiões agrárias, relacionado as diferenças dos sistemas de produ-ção com fatores físicos e humanos.

¸ Explicar os problemas estruturais da agricultura portuguesa.¸ Explicitar os reflexos da PAC e das respetivas reformas na agricultura portuguesa.¸ Sugerir formas de desenvolver e modernizar o setor agrário.¸ Enunciar os principais problemas com que se debatem as áreas rurais.¸ Sugerir medidas para o desenvolvimento sustentado das áreas rurais.¸ Mencionar as estratégias comunitárias de desenvolvimento rural com aplicação em Portugal eos seus principais objetivos.

¸ Caracterizar o espaço urbano e áreas funcionais dos centros urbanos.¸ Relacionar a localização das diferentes funções com os fatores que a condicionam.¸ Relacionar o crescimento das áreas suburbanas e periurbanas com o dinamismo demográficoe funcional dos centros urbanos.

¸ Explicar o processo de formação das áreas metropolitanas.¸ Caracterizar e comparar as áreas metropolitanas de Lisboa e do Porto.¸ Discutir o papel das áreas metropolitanas nos contextos regional e nacional.¸ Enunciar os principais problemas que afetam o espaço urbano.¸ Sugerir medidas de recuperação da qualidade de vida urbana.¸ Indicar alguns instrumentos de prevenção e resolução dos problemas urbanos.¸ Caracterizar a rede urbana portuguesa, comparando-a com outras redes europeias.¸ Discutir vantagens e desvantagens da concentração e da dispersão do povoamento.¸ Sugerir formas de atenuar os desequilíbrios da rede urbana nacional.¸ Explicar o papel das cidades médias na reorganização da rede urbana, indicando medidas paraa sua dinamização.

¸ Sugerir medidas para aumentar a visibilidade externa das cidades portuguesas.¸ Refletir sobre as novas relações entre as cidades e o mundo rural.

109Tema 3 - UNIDADE 1 - Os espaços organizados pela população: áreas rurais e urbanas

p_exgeo11_p109a145_Exames GEO 2014 10/15/14 4:51 PM Page 109

179Tema 4 - A população: como se movimenta e comunica

Tema 4: A POPULAÇÃO : COMO SE MOVIMENTA E COMUNICA

No

final

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ema

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de:

¸ Relacionar o desenvolvimento dos transportes e comunicações com a dinamização das ativi-dades económicas.

¸ Explicar a competitividade entre os diferentes modos de transporte.¸ Demonstrar a importância da complementaridade entre os diversos modos de transporte.¸ Explicar o papel do transporte intermodal e da logística no tráfego de mercadorias e de passa-geiros.

¸ Descrever a repartição modal do tráfego de mercadorias em Portugal e na União Europeia.¸ Problematizar a importância relativa do transporte rodoviário no tráfego de mercadorias, anível interno, em Portugal e na União Europeia.

¸ Sugerir medidas para equilibrar a repartição modal do tráfego de mercadorias.¸ Conhecer a distribuição espacial das redes de transporte nacionais.¸ Identificar aspetos a melhorar nas redes nacionais de transporte e na sua ligação às redestranseuropeias.

¸ Explicar a distribuição espacial das redes de telecomunicações em Portugal e a sua inserção nocontexto europeu e mundial.

¸ Relacionar as tecnologias da informação e da comunicação com o dinamismo dos espaços geo-gráficos.

¸ Reconhecer os efeitos dos transportes e das telecomunicações na qualidade de vida da popu-lação e na organização do território.

¸ Equacionar os problemas decorrentes da utilização dos transportes e das telecomunicações.

Modos de transporte: diversidade e desigualdade espacial das redesRevolução das telecomunicações e seus impactes territoriais

Os transportes e as comunicações e a qualidade de vida da população

p_exgeo11_p179a201_Exames GEO 2014 10/15/14 4:55 PM Page 179

202 GEOGRAFIA A 11.O ANO

No fin

al deste tem

a de

verá ser cap

az de:

Os desafios para Portugal do alargamento da União EuropeiaA valorização ambiental em Portugal e a Política Ambiental Comunitária

As regiões portuguesas no contexto das políticas regionais da União Europeia

¸ Identificar e localizar os países que aderiram à União Europeia em 2004, 2007 e 2013.¸ Identificar e localizar os países candidatos à adesão e os potenciais candidatos.¸ Enunciar os critérios de adesão definidos pelo Conselho Europeu de Copenhaga.¸ Explicar o papel dos principais instrumentos de apoio à adesão, dos últimos países que aderi-ram e dos países candidatos e potenciais candidatos.

¸ Indicar a principal razão que explica a necessidade da adaptação das instituições comunitáriasface ao alargamento.

¸ Explicitar os desafios e as oportunidades que o alargamento coloca para Portugal e para a própria Comunidade.

¸ Enunciar os principais objetivos e domínios prioritários da Política Comunitária do Ambiente.¸ Discutir as aplicações dessa política em Portugal e a evolução da política nacional em matériaambiental.

¸ Referir as principais ações em matéria ambiental desenvolvidas em Portugal e a nível comuni-tário.

¸ Identificar as principais desigualdades regionais, à escala nacional e comunitária.¸ Explicar o papel da Política Regional para a coesão económica e social.¸ Contextualizar as regiões portuguesas no âmbito da Política Regional da União.

Tema 5: A INTEGRAÇÃO DE PORTUGAL NA UNIÃO EUROPEIA: NOVOS DESAFIOS, NOVAS OPORTUNID

ADES

p_exgeo11_p202a220_Exames GEO 2014 10/15/14 4:57 PM Page 202

Identificação de objetivos por cada assunto, a par e passo – “ Verifique se sabe”

39Tema 2 - UNIDADE 1 - Os recursos do subsolo

A INDÚSTRIA EXTRATIVAOs recursos geológicos explorados pela indústria extrativa destinam-se, essencialmente, à produçãoindustrial, à construção civil e obras públicas, à produção de energia e, no caso das águas, ao aprovei-tamento termal e ao consumo humano.

A evolução recente da indústria extrativa (minas, pedreiras eáguas) evidenciou, em 2012, uma descida do valor de produ-ção da indústria extrativa nacional, ainda que se situe acimados valores registados em 2008 e 2009 (Fig. 1). O facto de ascotações dos metais continuarem em alta, fez crescer o inte-resse pelo investimento em novos projetos, nomeadamentede ouro, metais básicos e urânio.

Tendo em conta a conjuntura desfavorável que o setor daconstrução civil e obras públicas atravessa em Portugal, osminerais para construção apresentaram um decréscimo dosseus valores.

Na evolução do valor das exportações, tem-se verificado umaumento. Os minérios metálicos, que representam cerca de56%, contribuíram fortemente para essa variação. Para tal, foiimportante o crescimento das cotações do cobre e do tungs-ténio. A manutenção do setor dos minerais de construção,bem como o aumento da exportação de minerais metálicos ea subida das rochas industriais e das águas também deram oseu contributo (Fig. 2).

A indústria extrativa pode representar um fator importante decriação de riqueza e de emprego, sobretudo em regiões maiscarenciadas, como o Alentejo, onde se registam os valores deprodução mais elevados, no setor das minas (Quadro I).

800

600

400

200

2009 2010 20110

1000106 euros

Minérios metálicosMinerais para construção

Minerais industriaisÁguas

Energéticos

Fonte: Direção Geral de Energia e Geologia (DGEG), 2013

2012

1500106 euros

900

1200

600

300

2011 20122009 20100

Minérios metálicosMinerais para construção

Minerais industriaisÁguas

Fonte: Direção Geral de Energia e Geologia (DGEG), 2013

¸ Indicar os diferentes tipos derecursos minerais.

¸ Caracterizar as unidades ge -mor fológicas do território con-tinental português.

¸ Descrever a evolução do valorda produção e das exportaçõesda indústria extrativa portu-guesa.

VERIFIQUE SE SABENUTS II *

Valor da produção (milhares de euros)Pedreiras Minas Total

Norte 113 168 9 304 122 472

Centro 84 683 37 189 121 872

L. V. Tejo 82 001 13 098 95 099

Alentejo 51 839 3 814 90 686

Algarve 7 152 341 7 493

* Divisão anterior a 2002. Fonte: DGEG, 2013

Quadro I. Valor da produção de pedreiras e minas, por NUTS II do Continente, em 2012

FIG. 1 Evolução do valor da produção da indústriaextrativa portuguesa, por subsetores (2009 a2012).

FIG. 2 Evolução do valor das exportações da indús-tria extrativa portuguesa, por setores (2009 a2012).

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43Tema 2 - UNIDADE 1 - Os recursos do subsolo

As oficinas de engarrafamento ativas localizam-se,predominantemente, a norte do rio Tejo, o que serelaciona com a maior abundância de água nessaárea do país. O mesmo acontece com as águas ter-mais, com indicações terapêuticas oficialmentereconhecidas, cujas ocorrências se localizam, prin-cipalmente nas regiões Norte e Centro, na suamaioria, em áreas do Maciço Hespérico, verifican-do-se também uma estreita relação entre a suadistribuição geográfica e os acidentes tectónicos(Fig. 3).

Nas regiões Norte e Centro localiza-se o maiornúmero de estabelecimentos termais em atividade.Na região Centro existem vários estabelecimentostermais que oferecem uma grande diversidade detratamentos, tornando-se mais atrativos, de quesão exemplo as termas de São Pedro do Sul. Estasdestacam-se dos restantes estabelecimentos ter-mais em atividade, tanto pelo número de aquistascomo pelo valor das receitas.

As ocorrências termais podem ser também poten-cializadas do ponto de vista energético, existindo jáalguns aproveitamentos para aquecimento deestabelecimentos termais, hotéis e estufas.

¸ Caracterizar a evolução da produção e da exportação dos minerais metálicos e não-metálicos e das rochas industriaise ornamentais.

¸ Descrever a distribuição geográfica da produção de minerais metálicos e não-metálicos e das rochas industriais eornamentais.

¸ Identificar os principais recursos hidrominerais e as suas formas de aproveitamento.¸ Descrever a distribuição geográfica das ocorrências hidrominerais.¸ Relacionar a localização das ocorrências hidrominerais com as características geológicas do território.

VERIFIQUE SE SABE

0 50 km

TermasEngarrafamento

Águas denascente

Termas eengarrafamento

Ocea

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Fonte: DGEG, 2013

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engarrafamenermas eTTermas e

tenascenÁguas de

EngarrafamenermasTTermas

turaisnaÁguas minerais

te: DGEG, 2013onF

50 km

toengarrafamen

toEngarrafamen

Águas minerais

te: DGEG, 2013

FIG. 3 Oficinas de engarrafamento de águas minerais naturais e águasde nascente em atividade, em 2010.

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46 GEOGRAFIA A 10.O ANO

CONSUMO DE RECURSOS ENERGÉTICOS EM PORTUGALEm Portugal, o setor dos transportes é o maiorconsumidor de energia, seguido da indústria. Osetor doméstico registou uma quebra de consu-mo em 2010 e 2011, devido à crise económica(Fig. 1).

O consumo de energia pelos transportes refleteo crescimento do parque automóvel e a maiormobilidade, tanto urbana como de médias e lon-gas distâncias, devido ao alargamento e moder-nização das redes de transporte.

A distribuição do consumo de energia reflete asassimetrias regionais que caracterizam o territó-rio nacional (Figs. 2 e 3).

O consumo de combustíveis é maior no distrito de Lisboa seguido dos distritos do Porto, de Setúbal, eáreas do país onde existe maior concentração de população, de serviços e de indústria e, por isso, maiormovimento de mercadorias e maior número e intensidade de deslocações diárias – movimentos pendu-lares – que se efetuam a distâncias cada vez maiores.

No consumo de eletricidade por habitante, destacam-se Lisboa e Porto. No caso do Algarve, o elevadoconsumo deve-se ao grande número de casas de segunda habitação que apresentam consumos, semque os seus utilizadores sejam considerados habitantes dessa região.

FIG. 1 Evolução do consumo de energia, por setores, em Portugal (2008a 2011).

8000

7000

ktep

6000

5000

4000

3000

2000

1000

2008 2009 2010 20110

Fonte: DGEG, 2013

Doméstico

Serviços

Transportes

Indústria

FIG. 3 Consumo de energia elétrica por habitante em Portugal enas NUTS II, em 2012.

4652,2

4689,3

5912,3

4126,6

5658,4

5025,9

3134,4

3201,2

Portugal

Norte

Centro

Lisboa

Alentejo

Algarve

Açores

Madeira

0 1000 2000 3000 4000 5000 6000kWh/hab.

Fonte: INE, 2013

¸ Caracterizar/justificar a evolução da produção e do consumo de energia.¸ Descrever a distribuição geográfica da produção e do consumo energético.

VERIFIQUE SE SABE

> 250100 – 25040 – 9920 – 39< 20

R. A. Açores

R. A. Madeira

Toneladas(milhares)

Ocea

no A

tlânt

ico

N

Fonte: Anuários Estatísticos Regionais 2012, INE, 2013

0 50 km

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A

R. A. Madeira

< 2020 – 3940 – 99100 – 250> 250

(milhares)Toneladas

R. A. Açores

50 km

, INE, 2013os Regionais 2012tictístaAnuários EsFonte:

0

< 2020 – 3940 – 99100 – 250> 250

(milhares)Toneladas

, INE, 2013

FIG. 2 Consumo de gasolina IO 95, por NUTS III,em 2012.

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48 GEOGRAFIA A 10.O ANO

DISTRIBUIÇÃO E CONSUMO DE RECURSOS ENERGÉTICOSO consumo e a distribuição de energia levantam problemas relacionados, essencialmente, com a conta-minação ambiental, com a segurança e com a nossa dependência externa face aos combustíveis fosseis.

Riscos ambientais

¸ As emissões de gases poluentes para a atmos-fera que agravam o efeito de estufa, podendoconduzir a alterações climáticas irreversíveis.

¸ Os frequentes acidentes e derrames que ocor-rem durante o transporte de combustíveis,tanto marítimo como terrestre, originandodesastres ambientais, como as marés negras.

¸ Desperdícios de energia que aumentam o con-sumo e respetivo impacte ambiental.

Problemas de segurança

¸ Risco de incêndio nos postos de abasteci-mento, mais graves quando se localizam emáreas urbanizadas.

¸ Perigo de derrame ou incêndio nas refinarias,nos oleodutos e gasodutos e nos parques dearmazenamento de combustíveis.

¸ Perigo para as populações em caso de aciden-tes no transporte de energia, sobretudo rodo-viário.

Dependência externa

Portugal importa a totalidade dos combustíveisfósseis que consome, em que o petróleo repre-senta quase 3/4. O problema tende a agravar-sedevido ao aumento do consumo e, consequente-mente, das importações (Fig. 1). Assim, o país confronta-se com problemas como:¸ a vulnerabilidade de todos os setores da eco-

nomia face às oscilações dos preços dos com-bustíveis, sobretudo do petróleo, e a falhas noabastecimento que podem surgir na sequên-cia de problemas internacionais;

¸ a elevada despesa externa com a importaçãode combustíveis, o que contribui grandementepara o défice da balança comercial portugue-sa (Quadro I).

¸ Enunciar os principais problemas na exploração de recursos geológicos pela indústria extrativa.¸ Descrever os problemas associados à distribuição e consumo de energia, em Portugal.

VERIFIQUE SE SABE

Fonte: DGEG, 2013

Carvão BiomassaGás naturalEletricidadePetróleo

106 euros

0

12 000

100020003000400050006000700080009000

10 000

2004 2005 2006 2007 2008 2009 2010 2011 2012 2013

11 000

FIG. 1 Evolução das importações de energia e respetiva estrutura(2004 a 2013).

Importações(103 euros)

Exportações(103 euros)

Saldo(103 euros)

Energia 11 36120,1%

513010,8%

–623268,6%

Total 56 456 47 375 – 9081

Fonte: Fatura Energética Portuguesa – 2013, MEI, 2014

Quadro I. Peso da energia na balança comercialportuguesa, em 2013 (milhões de euros e %)

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51Tema 2 - UNIDADE 1 - Os recursos do subsolo

I. Selecione a letra da chave que corresponde a cada uma das afirmações seguintes.

Avaliação - Tema 2 - Unidade 1

Os recursos do subsolo

AFIRMAÇÕES CHAVE

1. Têm características físico-químicas que lhes dão certas propriedades terapêuticas.2. Dominam as rochas sedimentares e destacam-se algumas áreas de rochas magmáticas.3. Unidade geomorfológica mais recente onde dominam rochas sedimentares.4. Tem na sua constituição substâncias metálicas como o ferro, o cobre e o estanho.5. Tem uma grande variedade de rochas muito antigas e de grande dureza.6. O mármore e o granito são muito utilizados na decoração de edifícios.

A. Mineral metálicoB. Rochas ornamentaisC. Águas minerais naturaisD. Maciço HespéricoE. Orla OcidentalF. Bacias do Tejo e Sado

IV. Responda às questões seguintes.

1. Explique o acréscimo verificado na produção e exportação de minérios metálicos em Portugal, de 2009 a 2012.

2. Explique a evolução do consumo de energia em Portugal até 2008 e a partir desse ano.

3. Descreva e justifique a distribuição do consumo de gasolina IO 95, por distritos, em Portugal Continental.

4. Aponte dois problemas associados à produção de recursos minerais em Portugal.

5. Equacione a relação indústria extrativa/qualidade ambiental.

6. Argumente a favor do seguinte objetivo da Estratégia Nacional para a Energia: «Garantir a adequação ambien-tal de todo o processo energético.»

II. Classifique, como verdadeira ou falsa, cada uma das afirmações seguintes.

1. Nas regiões autónomas, dominam as rochas de origem vulcânica, pelo que se exploram os basaltos ornamen-tais e a pedra-pomes.

2. Os recursos geológicos explorados em Portugal destinam-se, exclusivamente, à produção industrial.

3. Em Portugal, não existe uma significativa diversidade de recursos hidrominerais, apesar da complexa e variadageologia do país.

4. Os combustíveis fósseis são importados na totalidade, representando mais de um terço do saldo negativo danossa balança comercial.

5. Em Portugal ainda não foi requalificado o espaço de nenhuma mina encerrada.

III. Selecione a opção de resposta correta para as seguintes questões.

1. A grande maioria das estâncias termais localiza-se nas regiões...A. Norte e Alentejo.B. Centro e Alentejo.C. Norte e Centro.D. Lisboa e Centro.

2. O maior consumo de gasolina IO 95verifica-se nos distritos de...A. Lisboa e Algarve.B. Porto e Algarve.C. Lisboa e Aveiro.D. Lisboa e Porto.

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Explicação objetiva e sintética dos conteúdos, por tópicos e esquemas organizadores, que facilitam a compreensão da matéria.

74 GEOGRAFIA A 10.O ANO

AS ÁGUAS SUPERFICIAISAs águas superficiais, que se encontram nos continentes, em rios, lagos, lagoas e albufeiras, consti-tuem importantes recursos hídricos, os mais acessíveis e os que proporcionam maior variedade de utilizações. Porém, as águas superficiais são também mais vulneráveis aos efeitos negativos da sua uti-lização e da ocupação humana das regiões em que se inserem.

A REDE HIDROGRÁFICAEm Portugal, a rede hidrográfica é relativamente densa, sobretudoa norte do rio Tejo, o que se explica, principalmente, pela diferençanos valores de precipitação (Fig. 1).

Os maiores rios são internacionais, Tejo, Douro e Guadiana, e, dosque nascem em território nacional, destacam-se o Mondego e oSado (Quadro I).

Fonte: INAG, 2006

N

Ocea

no A

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Mira

Guad

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Sado

Tejo

Lis

Mondego

Vouga

DouroAve

CávadoLima

Minho

0 50 km

FIG. 1 Rede hidrográfica em Portugal Con ti -nen tal.

O sentido de escoamento da rede hidrográfica portu -guesa é dominantemente de nordeste para sudoeste,com exceções como as do rio Sado, que escoa de sul paranorte, e a do rio Guadiana, de norte para sul.

Para caracterizar o percurso e o vale dos rios, cujascaracterísticas se associam ao relevo e à constituiçãogeológica do terreno, é habitual considerar-se:

• o perfil longitudinal – linha que une vários pontos dofundo do leito de um rio, desde a nascente até à foz;

• o perfil transversal – linha que resulta da interse-ção, num dado ponto do percurso, de um plano ver-tical com o vale, perpendicularmente à sua direção.Por vezes, também se designa por vale e apresenta--se diferente da nascente até à foz:– curso superior – vale mais estreito e profundo;– curso médio – o vale alarga-se e torna-se menosprofundo;

– curso final – vale aberto, geralmente em planície.

Contraste norte-sul

Norte

Sul

¸maior densidade da rede hidro-gráfica;

¸ perfil longitudinal dos rios maisirregular e com maior declive;

¸ vales mais estreitos e profun-dos;

¸maior volume de água, comme nor diferença entre o in ver -no e o verão.

¸ rede hidrográfica menos densa;¸ perfil longitudinal dos rios maisregular e com menor declive;

¸ vales mais largos e abertos;¸menor volume de água, commaior diferença entre o invernoe o verão.

Designação Local de origem Local da foz

Bacia hidrográfica

km2

Percursokm

Douro Serra de Urbião (ES) Porto 97 713 927

Tejo Serra de Albarracin (ES) Lisboa 81 000 1 100

Guadiana Lagoa da Ruidera (ES)Vila Real deSto. António

67 000 810

Minho Serra de Meira (ES) Caminha 17 080 300

Mondego Serra da Estrela Figueira da Foz 6 659 253

Fonte: Portugal em Números 2011, INE, 2013

Quadro I. Os maiores rios portugueses

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33Tema 1 - UNIDADE 2 - A distribuição da população

OS FATORES FÍSICOS E HUMANOSOs principais fatores físicos – características do relevo, do clima e dos solos – assim como os fatoreshumanos – condições de vida e desenvolvimento das atividades económicas – explicam as desigualda-des na distribuição espacial da população portuguesa.

¸ Caracterizar a distribuição da população em Portugal e explicar os seus principais contrastes.

VERIFIQUE SE SABE

Fato

res

físic

osFa

tore

s hu

man

os

O relevo¸ Na faixa litoral entre Viana do Castelo e Setúbal e na faixa litoralalgarvia predomina um relevo menos acidentado, com planíciescomo as do Mondego, do Tejo e do Sado.

¸ Nas regiões do interior, a norte do rio Tejo, o relevo é mais aci-dentado – predominam as montanhas e planaltos.

O clima¸ No litoral, sobretudo a norte do Tejo, pela influência do Atlântico,o clima é mais húmido e mais ameno, com diferenças menoresentre as temperaturas de inverno e de verão.

¸ No interior registam-se temperaturas mais baixas no inverno emais altas no verão e, sobretudo no sul, o clima caracteriza-sepor uma secura acentuada.

Os solos¸ No litoral, o relevo e o clima favorecem a formação de solos maisférteis e produtivos, sobretudo nas planícies.

¸ No interior predominam solos mais pobres.

As áreas urbanas¸ No litoral existem mais cidades e com maior dimensão.¸ No interior há menos cidades e são de menor dimensão.

As vias de comunicação¸No litoral há maior densidade e qualidade das redes de transporte.¸ No interior existem menos vias de comunicação e de menor qua-lidade.

As migrações¸ O êxodo rural deslocou grande parte da população do interior para as áreas urbanas do litoral.¸ A emigração contribuiu para o despovoamento de muitas aldeias.¸ A imigração tende a fixar-se nas áreas urbanas, sobretudo nos distritos de Lisboa, Faro e Porto.

As atividades económicas¸ No litoral localiza-se a grande maioria das empresas industriaise terciárias e também as de maior dimensão.

¸ No interior, as empresas industriais e terciárias são menosnumerosas e de menor dimensão.

A conjugação de relevo, cli -ma e solos mais favoráveisno litoral criou condiçõesatrativas pa ra a fixação hu -mana:

¸maior acessibilidade na -tural;

¸maior facilidade de cons -trução e expansão de ci -da des e de vias de comu-nicação;

¸melhores condições paraa prática da agricultura,a atividade económicamais im por tante no nos -so país até meados do sé -culo XX.

O maior dinamismo urbano,a presença de maior núme-ro de empresas e a melhoracessibilidade, no li to ral,criam condições atrativaspara a fixação humana:

¸maior oferta de habita-ção e serviços, que pro-porcionam uma boa qua-lidade de vida;

¸maior criação de riqueza;¸maior oferta de emprego;¸maior mobilidade.

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76 GEOGRAFIA A 10.O ANO

A VARIAÇÃO DO CAUDAL DOS RIOSA acentuada variação da precipitação, intra e interanual, reflete-se nasazonalidade do escoamento, o que vai influenciar o caudal dos rios que,em Portugal, apresenta grande irregularidade temporal e espacial.

A irregularidade sazonal do caudal dos rios verifica-se em todo o territó-rio, mas é mais acentuada nas bacias hidrográficas do sul do país, onde,nos meses de verão, o caudal de muitos cursos de água se torna nulo.Assim, pode afirmar-se que em Portugal o regime hidrológico é irregu-lar, com caráter torrencial (Quadro I).

Como se deduz do Quadro I e como consequência das diferenças já referidas sobre os rios portugueses,também a nível do caudal médio, no Continente, se evidencia um contraste norte-sul.

Caudal:volume de água que passanuma dada secção de um rio,por unidade de tempo (m3/s).

Regime hidrológico:variação do caudal de um rioao longo do ano.

Fonte: Plano Nacional da Água, MCOTA, 2002

Parâmetro/Sistema Minho Douro Tejo Sado GuadianaCaudal médio (m3/s) 460 710 500 40 200

Irregularidade (máx./min.) 4,1-4,8 5,1-37,7 10-104 14,8-180 16,2-179,7

Quadro I. Caudal médio e irregularidade do caudal em alguns rios portugueses

Norte

O regime dos rios caracteriza-se:¸ no inverno e início da primavera, por um caudalelevado e pela ocorrência de cheias frequentes;

¸ no verão, pela redução do caudal, mas apresen-tando sempre escoamento.

Sul

O regime dos rios caracteriza-se:¸ no inverno e início da primavera, por um caudalrelativamente elevado e pela ocorrência decheias pouco frequentes;

¸ no verão, pela redução acentuada do caudal,chegando muitos cursos de água a secar.

Nas regiões autónomas, os caudais das ribeiras, no inverno, atingem frequentemente volumes elevados,secando muitas delas no verão. Nos Açores, a irregularidade dos caudais é menos acentuada, devido àmenor variabilidade da precipitação.

A ação humana pode influenciar o regime fluvial, como acontece com a construção de barragens, quecontribuem para regularizar o caudal dos rios:

• na época de maior precipitação, retêm a água nas albufeiras, evitando muitas cheias; • na época estival, mantêm um escoamento mínimo, impedindo que os cursos de água sequem.

A influência da ação humana nas bacias hidrográficas pode ser negativa, quando provoca: • a obstrução de linhas de água; • a ocupação de leitos de cheia; • a impermeabilização dos solos, que impede a infiltração da água e aumenta a escorrência superficial;• a desflorestação, que contribui para o assoreamento dos rios, porque deixa os solos desprotegidose favorece o arrastamento de terras para os cursos de água.

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77Tema 2 - UNIDADE 3 - Os recursos hídricos

LAGOS, LAGOAS E ALBUFEIRASOs lagos e lagoas (a designação depende da dimensão – os lagos são maiores e as lagoas menores)constituem também importantes reservatórios de água doce, embora, em alguns casos, a água sejasalobra. Por exemplo, nos Açores, grande parte da água para consumo é captada em lagoas.

Em Portugal Continental, tendo em conta o processo de formação, podemos considerar três tipos delagoas.

Nos Açores, existem numerosas lagoas de origem vulcânica, em depressões resultantes do abatimentode antigas crateras. As mais conhecidas são as maiores de S. Miguel (Sete Cidades, Furnas e Fogo), mastambém se encontram lagoas noutras ilhas, como, por exemplo, nas Flores e no Corvo.

As albufeiras são reservatórios construídos para a acumulação de água que se destinam ao abasteci -mento da população e das atividades económicas, mesmo em épocas de seca.

Em Portugal Continental, a distribuição geográfica do relevo e as características da rede hidrográficaexplicam a existência de maior número de barragens nas regiões norte e centro que, além da função dearmazenamento de água, dispõem, na sua grande maioria, de centrais de produção de eletricidade.

No sul, as albufeiras têm contribuído sobretudo para melhorar a gestão da água, nomeadamente no quese refere às reservas para usos doméstico e agrícola, embora também existam importantes centrais deprodução de eletricidade, como é o caso da barragem do Alqueva. No Algarve, com uma rede hidrográficapouco extensa e constituída sobretudo por ribeiras, as albufeiras têm apenas a função de armazena-mento de água para a agricultura e para o abastecimento das populações.

Dada a necessidade de aumentar a produção de energia a partir de fontes renováveis, o Programa Nacionalde Barragens de Elevado Potencial Hidroelétrico (PNBEPH) prevê a construção de novas barragens e temcomo meta atingir uma capacidade hidroelétrica instalada, a nível nacional, superior a 7000 MW, em 2020.

Lagoas de origem marinha e fluvial

¸Localizam-se na faixa costeira.¸ São numerosas e de pequenaprofundidade.

¸ As mais importantes são asla goas de Óbidos, Pateira deFer mentelos, Santo André eAlbufeira.

Lagoas de origem glaciária

¸ Localizam-se nas áreas maiselevadas da serra da Estrela.

¸ São pouco numerosas.¸ A mais importante é a LagoaComprida, com cerca de 1 kmde comprimento.

Lagoas de origem tectónica

¸ Localizam-se no Maciço Cal -cá rio da Estremadura.

¸ São pouco numerosas.¸ As mais importantes são aslagoas de Mira, Minde e Ar -rimal.

¸ Explicar a variação intra-anual do caudal dos rios portugueses.¸ Descrever as diferenças entre o caudal médio dos rios do norte e do sul do país, relacionando-as com a variação espa-cial da precipitação e do escoamento médio anual.

¸ Explicar a contribuição das barragens para a regularização dos caudais dos rios.¸ Enunciar as principais lagoas portuguesas, de acordo com a sua origem. ¸ Indicar as funções que as albufeiras têm no nosso país.

VERIFIQUE SE SABE

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100 GEOGRAFIA A 10.O ANO

A REPARTIÇÃO REGIONAL…

… A FROTA

… A MÃO DE OBRA

¸ A região com maior número de embarcaçõesregistadas era, em 2013, o Centro, seguida doAlgarve e de Lisboa, o que se deve ao facto deserem as regiões com maior número de portos.

¸ Na arqueação bruta e na potência dos motores,surge também em primeiro lugar o Centro e emsegundo o Norte.

¸ As regiões com representatividade menor nafrota nacional são o Alentejo, com um únicoporto de pesca, e a Madeira, com dois.

NUTS II N.o GT (e) kWNorte 1375 22 733 82 439

Centro 1989 39 631 88 816

Lisboa 1648 8833 45 219

Alentejo 194 1928 9663

Algarve 1807 12 759 69 752

Açores 783 10 074 54 451

Madeira 436 399 15 939

Fonte: Estatísticas da Pesca 2013, INE, 2014

Quadro I. Embarcações por NUTS II – 2013

Fonte: Estatísticas da Pesca 2013, INE, 2014

Lisboa

Alentejo

Algarve

Açores

Madeira

Pescadores matriculados em 2013 Estrutura etária dos pescadores em 2013

Norte

Centro

16 a 34 35 a 54 Mais de 55

0% 50% 100%

Norte

Centro

Lisboa

Alentejo

Algarve

Açores

Madeira

26%

22%

11%4%

17%

18%

2%

… AS CAPTURAS

¸ O Centro, o Norte e Lisboaforam as regiões com maiorvolume de pescado descar-regado, em 2013, o que serelaciona com o facto de te -rem frotas maiores e maiornúmero de pescadores.

¸ Quanto ao valor, o Centro estáem primeiro lugar, seguido doAlgarve e do Norte.

¸ Esta diferença explica-sepelas espécies descarrega-das, que são de maior valorno Algarve.

Fonte: Estatísticas da Pesca 2013, INE, 2014

Lisboa

Alentejo

Algarve

Açores

Madeira

Valor das capturas nominais de pescado frescoou refrigerado,em valor, por NUTS II em 2013

Norte

Centro

16%

27%

15%5%

19%

13%

5%

¸ Os pescadores matricula-dos no Norte, Centro eAlgarve representavam,em 2013, mais de trêsquartos do total nacional,o que reflete o maiornúmero de embarcaçõese de portos destas re -giões.

¸ A estrutura etária mostramaior envelhecimento noAlentejo e menor no Centro.

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104 GEOGRAFIA A 10.O ANO

A GESTÃO DO LITORAL E DO ESPAÇO MARÍTIMO

PROBLEMAS E POSSÍVEIS SOLUÇÕESA intensa litoralização e o aproveitamento dos recursos marinhos têm provocado vários problemas quepõem em causa o equilíbrio natural marinho e costeiro, podendo também afetar a qualidade de vida daspopulações. É muito importante combater esses problemas, pois os espaços litorais constituem opor-tunidade de emprego e criação de riqueza, pelas atividades económicas que propor cionam. Porém, estasatividades têm de ser desenvolvidas de forma sustentável, no respeito pelo ambiente e pelas geraçõesfuturas.

NAS ÁREAS COSTEIRAS

Problemas

Pressão urbanística¸ Ocupação desordenada do litoral devido à forte litoralizaçãoque caracteriza a distribuição da população e das aglomera-ções urbanas no nosso país.

¸ A degradação da paisagem, com a construção desenfreadanas áreas envolventes, tem deixado marcas em todo o litoralportuguês, colocando em risco o seu equilíbrio. Segundo umestudo da Agência Europeia do Ambiente, na última década,Portugal foi o país europeu onde mais se construiu junto àlinha de costa, o que faz aumentar a sua vulnerabilidade.

Possíveis soluções

Ordenamento do território¸ Definição de medidas que estabele-çam limites à construção nas áreascosteiras, tendo em conta a exten-são dos projetos, a densidade deconstrução e a altura dos edifícios.

¸ Regulamentação dos estilos estéti-cos e arquitetónicas e do enquadra-mento paisagístico das constru-ções.

Degradação das áreas costeiras¸ Diminuição da quantidade de sedimentos que chegam àcosta, devido à ação das barragens e à extração de areias,que alteram a quantidade e o percurso dos sedimentos,favorecendo o avanço do mar.

¸ Pressão humana sobre as dunas, que coloca em risco a suaestabilidade e impede a fixação de vegetação, facilitando oavanço das areias e do mar.

¸ Construção sobre as arribas, estruturas em erosão, o queacelera o seu desmoronamento e recuo.

¸ Subida do nível médio das águas do mar provocada peloaquecimento global e consequente recuo da linha da costa.

¸ A grande exposição da linha de costa à ação erosiva do mar,devido à sua configuração pouco recortada, faz com queexista um progressivo avanço do mar.

¸ As obras de proteção e sustentação da costa, como espo-rões e paredões, que têm sido utilizadas para minimizar osriscos, induzem uma intensificação da erosão, a sul doslocais onde estes são construídos e uma maior acumulaçãode materiais rochosos nas áreas que se lhes situam a norte.

Ordenamento das orlas costeiras¸ Regulamentação das atividades edos usos específicos da orla costeira.

¸ Definição e implementação de me -di das de salvaguarda e de correçãodas disfunções territoriais, comosão as construções em zonas sensí-veis da orla costeira, por exemplo,sobre dunas de areia.

¸ Requalificação de áreas degrada-das, em especial as de maior valorambiental

¸ Classificação das praias e regula-mentação do uso balnear, nomea-damente dos serviços de apoio edos acessos ao areal.

¸ Construção de acessos pedonaissobrelevados para evitar o pisoteiodas dunas.

¸ Sensibilização da população parauma correta utilização e valoriza-ção dos espaços.

¸ Interdição de atividades que pos-sam degradar as áreas costeiras.

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105Tema 2 - UNIDADE 4 - Os recursos marítimos

NO ESPAÇO MARÍTIMO

Problemas

A redução dos stocks¸ A poluição marítima afeta os recursos piscató-rios das nossas águas.

¸ A sobreexploração dos recursos, pela pescaexcessiva, é a principal causa da redução dosstocks.

¸ A pesca portuguesa, ao incidir em pesqueirossituados a curta distância da costa e na explo-ração de um reduzido número de espécies,tem conduzido à progressiva diminuição dosstocks.

¸ Exploração fora do limite biológico de segu-rança de espécies tradicionais, como a sardi-nha e a pescada-branca.

¸ As redes de malha estreita, para a captura ile-gal de juvenis, continuam a ser utilizadas, oque dificulta a recuperação das espécies.

¸ Técnicas de pesca em grandes quantidades,como o cerco e o arrasto.

Poluição das águas¸ Intensa atividade portuária.¸ Efluentes constituídos por produtos químicosprovenientes da escorrência de terrenos agrí-colas.

¸ Descargas de águas residuais industriais edomésticas, por vezes, não tratadas.

¸ Intenso tráfego marítimo: ao longo dos corre-dores marítimos das nossas águas, navegam,em média, cerca de 200 navios por dia.

¸ Despejos ilegais das lavagens dos porões dosnavios no mar.

¸ Derrames de petróleo que são a principalameaça por poderem provocar marés negras.

Proteção e vigilância¸ Diminuição do uso de químicos agrícolas.¸ Construção de infraestruturas de tratamentode águas residuais e boa utilização das exis-tentes.

¸ O reforço da capacidade de vigilância da nossaextensa costa é fundamental para a otimiza-ção dos recursos marinhos e para a sua utili-zação de forma sustentável.

¸ Portugal tem procurado melhorar os seusesforços de fiscalização, utilizando satélitesem conjugação com os meios navais e aéreos.

¸ O uso de satélites tem a vantagem de reduzircustos e de cobrir, permanentemente, umaárea considerável, tendo um caráter dissuasivopara os potenciais infratores.

Possíveis soluções

¸ É fundamental desenvolver a investigação nodomínio da gestão dos recursos, avaliando oseu estado, promovendo o ordenamento dapesca, estudando os impactes das tecnolo-gias de pesca, etc.

¸ Em conjugação com a Política Comum dasPescas, o trabalho de investigação realizadoconduziu já à definição de medidas de prote-ção para as principais espécies capturadasem Portugal, como:• regras relativas à malhagem das redes eimplementação de novos tamanhos míni-mos de desembarque;

• estabelecimento de restrições nas capturas,nos períodos em que ocorre a reprodução eem áreas mais sensíveis;

• estabelecimento anual de quotas de pesca –quantidade máxima de capturas imposta àfrota dos Estados-membros que varia emfunção da espécie – aplicáveis a nível co mu -ni tário.

¸ Enumerar os principais problemas das áreas costeiras e propor possíveis soluções.¸ Indicar os principais problemas do nosso espaço marítimo e sugerir possíveis soluções.

VERIFIQUE SE SABE

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