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IBEF EM REVISTA Informativo do Instituto Brasileiro de Executivos de Finanças - Campinas Edição n° 102 - Julho/2008 Campinas CONSTRUINDO SONHOS. EMPREENDENDO INDÚSTRIAS Luis Gonzaga Dias, diretor-presidente da Adere Osvaldo Davanço, sócio-diretor da Macro Painel Págs. 6 e 7 Motivação na Empresa - 8 Entrevista com Mara Luquet - 12 O Executivo e a Tecnologia - 9 Grupos de Sucesso (foto) - 4 Notícias do Conef - 3

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IBEF EM REVISTAInformativo do Instituto Brasileiro de Executivos de Finanças - Campinas

Edição n° 102 - Julho/2008

Campinas

CONSTRUINDO SONHOS.EMPREENDENDO INDÚSTRIAS

Luis Gonzaga Dias,diretor-presidente

da Adere

Osvaldo Davanço,sócio-diretor da

Macro Painel

Págs. 6 e 7

Motivação na Empresa - 8

Entrevista com Mara Luquet - 12O Executivo e a Tecnologia - 9

Grupos de Sucesso (foto) - 4Notícias do Conef - 3

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Expediente

IBEF EM REVISTA2

A AGENDA DO2° SEMESTRE

Editorial

Marcos Haaland - Presidente Ibef-Campinas

O Instituto Brasileiro de Executivos deFinanças – Ibef é uma entidade sem fins lucrativos,formada por profissionais de finanças, que têmcomo objetivo o desenvolvimento profissional esocial, através do intercâmbio de informaçõestécnicas, dos interesses comuns nos negócios, daefetiva participação,da representatividadeinstitucional e da formação de opinião.A entidade foi fundada no Rio de Janeiro, em 1971.Em Campinas, o Ibef foi constituído em 1986,é uma Entidade Pública Municipal (Lei n° 12.070de 10/09/2004) e conta atualmente com cerca de400 associados. No Brasil, o Ibef tem entidadestambém em São Paulo, Rio de Janeiro, EspíritoSanto, Ceará, Minas Gerais, Paraná, SantaCatarina, Rio Grande do Sul e Distrito Federal,reunindo cerca de cinco mil associados. O Ibef éfiliado a International Association of FinancialExecutives Institute (IAFEI) , organizaçãosediada em Zurique, na Suíça, que congrega maisde 25 mil associados, em 24 países.

DIRETORIA EXECUTIVA CAMPINAS – 2007/2009Presidente: Marcos Mello Mattos HaalandVice Presidente: Saulo Duarte Pinto JuniorDiretor Secretário: Antônio Horácio KleinDiretor Tesoureiro: Nildo BortolieroDiretor de Admissão e Freqüência: Antonio D. RubboDiretora Técnica: Flávia Crosara G. AndradeDiretor de Desenvolvimento: F. Edmir BertolacciniDiretor Jurídico: Arthur Pinto de Lemos Netto

DIRETORES VOGAIS

Indústria: Fernando Alves PerchesComércio: Rodrigo BenattiOrganismos Públicos: João Batista Pereira JuniorMercado de Capitais: Karina Calicchio FerreiraServiços: Valdir Augusto de AssunçãoEntidades Bancárias: Mônica de Cássia F. GondimEntidades Fin. Não Bancárias: Raimundo DanésSecuritárias: Milton FernandesEnergia e Meio Ambiente: José A.de Almeida FilippoAgronegócio: Felício Cintra do Prado Jr.Logística: Antonio Bernardes Morey

CONSELHO FISCAL EFETIVOSebastião Carlos Ribeiro,Fernando MaganoHenriques,Maurício Juni Ferreira,Carolina C.Castelnovo (suplente),Raimundo Besel N.Baptista(suplente)e Helen de Oliveira Coelho (suplente)

CONSELHO CONSULTIVOJosé Roberto Morato (Presidente),Amílcar Amarelo, Francisco José Danelon, AntoniaMaria Zogaeb e Antonio Sanches Filho

COORDENADORES DE COMISSÕES

Tributário: Octávio Teixeira Brilhante UstraEmpresas Familiares: José Luis Finocchio Jr.Controladoria: Líris C. Molena MarchioriTesouraria: Ana Maria ToffoloCrédito/Cobrança: Gislaine HeitmannTecnologia da Informação: Daniel Maçano Jr.Adm. e Freqüência: José Florêncio da CostaSocial / Ética/ Resp. Social: Antonio Sanches Fº,João Carlos Pinto e Arnaldo Rezende

IBEF EM REVISTATiragem: 1.000 exemplaresPublicação bimestral do Ibef-CampinasR. Barão de Jaguara, 1481 – 11° andar – conj. 113Campinas – SP CEP – 13.015-910Fones: (19) 3233-0902 e 3233-1851/Fax: 3232-7365Site: www.ibefcampinas.com.brE-mail: [email protected]ção Editorial: Antônio Horácio Klein eJosé Roberto MoratoJornalistas Responsáveis:Edécio Roncon (MTb 16.114) e Vera Graça (MTb17.485)Apoio: Sonia MilanProdução Editorial : Roncon & Graça ComunicaçõesSite: www.rongra.com.brE-mail: [email protected]

E ncerramos este primeirosemestre de atividades do Ibef-Campinas com um importantesaldo de eventos realizados.

Foram sete palestras e encontros dediversos temas, 11 reuniões dos gruposde trabalho e um evento social, even-tos esses abrangendo mais de 450pessoas que frequentaram o Ibef-Campinas. Esse é um importante númeroque mostra o dinamismo de nossaentidade e o envolvimento dos seusassociados. Conto com você, Ibefiano,para continuar a apoiar e participardesta entidade que é sua.

Neste número da revista temos uminteressante debate sobre comoaproveitar o momento que estamospassando para desenvolver estratégias decrescimento, na visão de duas empresasde portes e perspectivas distintas. Comcerteza um importante debate presenteem todas as empresas hoje em dia.Abordamos também nesta edição, aimportância da tecnologia para odesenvolvimento do executivo de finançase a eficiente gestão de sua área, um temacomplexo e dinâmico, dada a velocida-de da inovação tecnológica.

No campo econômico estamospassando por um momento de desafios.Enquanto o crescimento da economiavem se firmando, os sinais da inflaçãoestão presentes, fazendo o BancoCentral se posicionar com aumento dejuros que deve se prolongar por algunsmeses. O impacto do aumento dos

alimentos na inflação é bastanteforte. Enquanto o campo se beneficiade uma forte recuperação de preçosagrícolas, o reflexo disso é sentidopor todos nós. Esse aumento decusto do dinheiro, aliado a uma certaincerteza e volatilidade dosmercados, dificulta o acesso paracaptação de recursos parainvestimentos. O executivo financeirohoje precisa estar muito atento àsmudanças de mercado e sabergerenciar muito melhor os riscosassociados ao seu negócio. Semdúvida, um momento de muitademanda para esse profissional.

O Ibef irá buscar informaçõespara que o associado tenha maisconhecimento para enfrentar essesdesafios. Programe-se agora para osegundo semestre com umimportante calendário de eventos doIbef-Campinas. Em paralelo àspalestras e grupos de trabalho,teremos oportunidades de rela-cionamento e integração com otorneio de Tênis e o Sócio-Esportivo.Em outubro, teremos o grande eventodo ano para a nossa seccional, queserá o XIX Conef. Já temosconfirmada a presença de um minis-tro de estado e altos executivos definanças de grandes organizações.

Agradeço a participação e oenvolvimento de todos os Ibefianosneste primeiro semestre do ano.

Boa leitura a todos.

Antonio Horácio Klein - Coordenação Editorial

Tivemos em 26 de maio a realizaçãoda Assembléia Geral Ordinária paraaprovação do Balanço, bem como oDemonstrativo de Resultados das contasdo Ibef-Campinas. Após parecer favorá-vel do Conselho Fiscal, a assembléiaaprovou por unanimidade o Balanço e aDemonstração de Resultados do ano de2007. Nesta edição está publicado oBalanço, Demonstrativo de Resultados,bem como o parecer do Conselho Fis-cal, cumprindo-se assim o que determi-na o nosso estatuto social e dentro dapolítica de governança corporativaem que se insere o Ibef-Campinas.

O Ibef está organizando o XIX Conef,que será realizado em 27 e 28 de outubro.Para que o evento tenha excelenteêxito, contamos com a participação de

todos os associados na divulgação.Lembramos que neste segundosemestre o Ibef vai promover emagosto o 8° Torneio de Tênis e parasetembro está sendo programadoo Sócio-Esportivo Regional.

Gostaríamos de solicitar, namedida do possível, a presença denossos associados nos eventosque o Ibef promove. A sua presen-ça serve de estímulo para continuar-mos a promover todo tipo de evento.O Ibef-Campinas tem procuradopromover eventos de interessedos associados, mas tambémtem dado apoio a todas as entida-des que promovem eventos donosso interesse, junto à comuni-dade de Campinas.

PRESTAÇÃO DE CONTAS

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MINISTRO MIGUEL JORGE ELUCIANO COUTINHO NO CONEF

IBEF EM REVISTA 3

Congresso será nos dias 27 e 28 de outubro

Oministro do Desenvolvimento, Indústria eComércio, Miguel Jorge, confirmou a suapresença na solenidade de abertura do 19ºCongresso Nacional dos Executivos de

Finanças (Conef) em Campinas. Com o tema Inserçãodo Brasil no Mercado Internacional e SeusImpactos , o Conef 2008 será realizado nos dias 27 e28 de outubro, na Casa de Campo do hotel TheRoyal Palm Plaza. A comissão organizadora doevento informa que boa parte da programação dospainéis já está fechada e contará com asmais representativas personalidadesdo setor econômico-financeiro nacional.

O credenciamento dos participantesno dia 27 de outubro será das 8 às9h30, seguindo-se a abertura solene eo pronunciamento do ministro do De-senvolvimento, Miguel Jorge. Encerrada asolenidade de abertura tem início aprogramação dos painéis. Todos os pai-néis serão em formato de debates en-tre os participantes, com a coordenaçãode um moderador. Essa forma garante ummaior dinamismo para a abordagem dosdiversos temas, ao mesmo tempo quedesperta maior interesse na platéia.

GRANDES TEMAS – O Conef, por ser um grandefórum que reúne os principais interlocutores dasfinanças do País, tem como característica trazer parao centro das discussões os grandes temas financeiros,no âmbito dos cenários nacional e internacional. Édentro desse contexto, que justamente o primeiro painelaborda a Economia Regional , que pelas suas própriasraízes históricas e pelo momento atual temcomponentes que abrangem esses dois cenários. Omoderador será o empresário do Grupo Advento eex-presidente da Apex-Brasil, Juan Quirós. Um dosdebatedores, já confirmado para esse painel é oempresário Antonio Dias, do Grupo Arcel. Esse pri-meiro painel será apresentado das 10h45 às 13 horas,seguido de almoço até às 14h20.

No painel Alternativas de Financiamento , das

14h30 às 18 horas, estão confirmados o moderadorCarlos Alberto Bifulco do Ibef-SP e e os debatedoresGilberto Mifano (Nova Bolsa), Luis Felipe Schiriak(Votorantim) e o presidente do BNDES, LucianoCoutinho. Dentro desse painel será apresentado porThiago Oliveira o case Lupatech.

No dia 28 de outubro, das 9 às 10h40, o primeiropainel será focado na Internacionalização daEconomia . Esse painel terá como moderador oprofessor Nelson Carvalho da FEA-USP e como

debatedores Regina Nunes (Standard & Poor’s), Anto-nio Pizarro Manso (Embraer) e Almir Barbassa(Petrobrás) e Cecília Garcêz (Previ).

No período da tarde, está confirmado o painelResponsabilidade Corporativa-Sustentabilidade -Gestão Humana , com o moderador Arnaldo Re-zende, da Feac. Confirmados como debatedoresHélio Duarte (HSBC), Walter Machado de Barros(Ibef-SP), Ives Pereira Muller (Deloitte), RaymundoMaglia-no (Nova Bolsa) e um representante daPricewaterhouseCoopers.

O case CPFL será apresentado das 16h50 às 17h40e em seguida, o presidente da CPFL Energia,Wilson Pinto Ferreira Júnior, recebe o Prêmio Ibef 2008.O presidente do Ibef-Campinas, Marcos Haaland, às18 horas, faz o encerramento do congresso.

Reunião de organização do Congresso Nacional de Executivos de Finanças- Conef 2008. A partir da esquerda, Antonio Rubbo, Saulo Duarte Pinto Junior,Milton Fernandes, Marcos Haaland, Liê D´Ottaviano e Antonio Horacio Klein

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IBEF EM REVISTA4

Espaço comemora três anos

O SUCESSO DOS GRUPOSDE TRABALHO DO IBEF

Os associados do Ibef-Campinas realizaram uma vi-sita técnica às instalações da Usina Ester, em Cosmópolis,no dia 18 de junho (foto ao lado). Fundada em 1898 pelafamília Nogueira, liderada por José Paulino Nogueira eseu irmão Arthur Nogueira, a Usina Ester em 2008 deve-rá processar mais de 1,9 milhão de toneladas de canade açúcar e produzir cerca de 120 mil toneladas deaçúcar e 80 milhões de litros de etanol.

Na visita à Usina Ester, os associados foram re-cepcionados pelo diretor-superintendente da empresa,Felício Cintra do Prado Júnior, também diretor vogaldo setor de Agronegócio do Ibef-Campinas.

VISITA TÉCNICA

Um espaço permanente para a discussão de temasde interesse dos associados está comemorandotrês anos de atividades. A diretora Técnica do Ibef-Campinas, Flávia Crosara Andrade, fala com

entusiasmo sobre a atuação dos seis grupos de trabalho daentidade. Os grupos exibem um fôlego invejável e umaparticipação muito positiva dos associados e seusconvidados. Para ela, uma das razões desse sucesso estána interação que essa modalidade permite, já que as pessoasestão mais próximas para manifestar as suas opiniões.Criados a partir de uma pesquisa junto aos associados,atualmente os grupos estão divididos em seis temas –Controladoria, Crédito e Cobrança, Empresas Familiares,Tecnologia da Informação, Tesouraria e Tributário , cadaum com um coordenador e um vice. Uma estatísticaabrangendo fevereiro de 2006 a setembro de 2007 apontaque nesse período os grupos de trabalho realizaram 48reuniões e contaram com 397 participantes, entre associadose convidados. Flávia adianta que já está sendo preparadauma pesquisa formal, até o final deste ano, para medir o grau

de satisfação dos associados com os grupos e eventual-mente o que precisa ser alterado.

Ela avalia que os temas têm atendido a grande maioriados associados, até porque os coordenadores dos gruposestão atentos aos temas de interesse dos executivos definanças, mas é preciso uma atenção constante.

A diretora técnica do Ibef ressalta que existe por parte daentidade um cuidado para que os grupos de trabalho não setransformem em espaços para que profissionais vendamseus serviços ou façam seu comercial. “Os grupos sãoeminentemente técnicos”, explica.

PARA ENTENDERO sucesso dos grupos está na proximidade dos

participantes?Flávia – Acho que é justamente isso. Em uma palestra

você aproveita, mas não tem tantas condições de interagir ede trocar idéias e esclarecer as dúvidas. Acho que o maisimportante no grupo é o diálogo. No grupo as informaçõesvêm e vão. Lá as pessoas trocam e geram idéias novas.

Somente o associado participa dos grupos?Flávia – Estão abertos para que cada associado possa

levar um convidado. Além dos associados inscritos no grupo,têm os participantes convidados, que contribuem com oassunto que será discutido. Às vezes um assunto afeta maisde uma área da empresa, por isso aquele funcionário que éassociado opta por levar como convidado um colega daempresa, que de alguma forma possa contribuir na discussãodo tema em questão.

Como é feita a agenda dos temas?Flávia – A agenda do grupo é formada de acordo com

assuntos que vão sendo sugeridos nas reuniões anteriores. Asagendas já são preparadas de modo a não coincidir dois gruposem uma mesma data ou muito próxima, possibilitando que maispessoas participem das reuniões de vários grupos. Os assuntosnão estão definidos, pois às vezes são aqueles do momento.

Uma mensagem para os grupos.Flávia - Uma coisa importantíssima é que o sucesso e

a manutenção dos grupos devem-se ao esforço doscoordenadores, pois são eles que precisam entender anecessidade dos participantes e manter a discussãointeressante. Eles têm grande mérito pela continuidade esucesso desses grupos nesses três anos.

Os coordenadores dos grupos são Líris C. Molena Marchiori(Controladoria), Gislaine Heitmann (Crédito e Cobrança), JoséLuis Finocchio Jr. (Empresas Familiares), Daniel Maçano Jr.(Tecnologia da Informação), Ana Maria Toffolo (Tesouraria)e Octávio Teixeira Brilhante Ustra (Tributário).

Diretora Técnica do Ibef-Campinas, Flávia Crosara

Foto Divulgação

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IBEF EM REVISTA 5

Av. José de Souza Campos, 619Cep: 13025-320 • Campinas • São Paulo • Brasil

Lemos e Associados Advocacia

www.lemosassociados.com.brE-mail: [email protected]

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Palestra

A TRAJETÓRIA DOGRUPO SILVIO SANTOS

Os 50 anos do Gupo SilvioSantos, a expansão dosnegócios do homem do Baúda Felicidade e a trajetória do

banco PanAmericano foram asprincipais atrações da palestra doexecutivo Daniel Abravanel, que falouaos associados do Ibef-Campinas econvidados, no dia 5 de junho, no hotelThe Royal Palm Plaza, em Campinas.

O PanAmericano, uma dasempresas do Grupo Silvio Santos, atuacomo financeira no mercado de cré-dito direto ao consumidor há quase 40anos e há 17 como banco múltiplo.O banco é focado no financiamentoao consumo para pessoas físicas nasclasses B, C, D e E. O PanAmericanoabriu o seu capital em novembro de2007, tendo ações negociadas naBovespa. No primeiro trimestre de 2008,o banco lucrou R$ 70,3 milhões,126,1% a mais do que no primeirotrimestre de 2007 e 31,33% a maisque no último trimestre de 2007. Em31 de março de 2008, o patrimôniolíquido atingiu R$ 1.372,7 milhões,crescimento de 5,4% em relaçãoao último trimestre de 2007.

SILVIO SANTOS – Daniel Abravaneldividiu a sua apresentação sobreo desempenho do PanAmericano,com muitas informações sobre aexpansão dos negócios do Grupo SilvioSantos, nas últimas décadas. O Grupoestá comemorando 50 anos, uma vezque o primeiro negócio, o Baú daFelicidade, foi lançado em 1958. Danielfalou sobre os negócios na área decomunicação e também respon-deu perguntas sobre a forma do fun-dador Silvio Santos atuar nos negó-cios do Grupo. O executivo, mesmoreconhecendo a pressão da concor-rência, afirmou que o SBT, braçotelevisivo do Grupo, mantém a segun-da posição no País em audiência efaturamento.

Em animada confraternização pós evento, Moacir Teixeira Dias,Alaor Zacardi Filho, José Roberto Migoto, Luiz Simões e Renato Cardinalli

Vereador de Campinas Dário Saadi, Clóvis Antonio Cabrino,Armindo Dias e Sergio Calsavara

Ladeando o palestrante Daniel Abravanel, do Grupo Silvio Santos, SauloDuarte Pinto Junior, Marcos Haaland, Karina Calicchio e Antonio Horácio Klein

Fotos Divulgação

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IBEF EM REVISTA6

A ARTE DE EMPREEFórum Temático

A criação de indústrias. Nesse Fórum Temático va- mos abordar através de dois personagens, como o esforço inicial em torno de uma idéia, pode transformar-se ao longo do tempo e junto com

outras energias humanas, virar um grande empreendimento.Nas trajetórias singulares dos associados Luis Gonzaga

Dias e Osvaldo Davanço, vamos mostrar como se materia-liza no chão de uma fábrica esse sonho, que faz com que acriatura seja maior e mais perene que o seu criador, rompen-do por vezes a barreira do tempo.

DEVOÇÃONa sede da moderna planta industrial da Adere Produtos

Auto-Adesivos, em Sumaré, inaugurada em 13 de maio de

2005, dia de Nossa Senhora de Fátima, quem nos recebe sorri-dente é o fundador da empresa, Luis Gonzaga Dias, 76 anos,desde os 35 dirigindo a empresa. Ele explica de imediato que asanta é a de sua devoção. Nada mais lógico, para esse portuguêsde nascimento, mais precisamente de Aldeia de Cardigos, quefica a 60 quilômetros da cidade de Fátima e que aos 18 anosde idade, em 1950, aportou em Campinas.

Dezessete anos depois da sua chegada ao Brasil, Luis Gon-zaga fundava a Adere, que já completou 40 anos de vida. Ele naépoca era sócio de uma empresa familiar de tipografia, quefabricava sacos de papel e cadernos e comercializava tam-bém fitas adesivas. Surgiu a oportunidade de montar uma empre-sa para produzir essas fitas e Luis Gonzaga junto com um irmãofundaram a Adere. A primeira fábrica em 1967 foi montada noJardim Nova Europa, em Campinas. “Lá com máquinas muitosimples, construídas por uma oficina mecânica e montadas pornós mesmos, em um prédio alugado, começamos a produçãodas fitas adesivas”, explica o sorridente fundador.

Em 1970, a fábrica já estava em uma área muito maior, às mar-gens da rodovia Anhanguera, próxima ao bairro da Aparecidinha.

Ele conta que na época importaram uma máquina italiana parafazer fitas adesivas, então a única do Brasil. “Conseguimos umfinanciamento do Bradesco, que nos deu grande salto e pas-samos a produzir dez vezes mais”.

Luis Gonzaga conta que a máquina, moderna para a época,possibilitou que a Adere passasse a produzir fita adesiva transpa-rente. Para a produção de outros produtos foi um passo. Vieram afita crepe, as fitas de dupla face, papel auto-adesivo e a diversifica-ção foi crescendo. “Hoje fazemos mais de 100 produtos, com umagrande gama de opções, dentro de cada linha”, resume.

Em 2001, com a empresa já exportando seus produtos paraoutros países, a produção precisavaser ampliada e a empresa não tinhamais espaço físico para crescer. Foientão que começou a ser gestada anova planta industrial em Sumaré. Ofundador da Adere afirma cate-goricamente que isso só foi possível,porque os seus cinco filhos – SilviaHelena, Luis Augusto, Luis Gustavo,Luis Gonzaga e Luis Alberto, jáestavam atuando na empresa, cadaum em uma área estratégica.

A nova fábrica tem o dobro dotamanho da anterior. Está sediadaem uma área de 176 mil m² e contacom uma área construída de 13,5 milm². Luis Gonzaga conta que nessemomento, em razão da taxa cam-bial, o foco dos negócios da empre-sa está no mercado interno.

Luis Gonzaga contudo, mostra-seconfiante e afirma que não teve muitasdificuldades ao longo desses anosem expandir o seu empreendimen-to, “sempre seguindo o ditado popular– dar o passo, de acordo com aspernas”. Os percalços vieram, na sua

opinião, como para todos os brasileiros, através dos mirabolantesplanos econômicos das décadas passadas. Mesmo o Plano Collor,de triste memória, não causou estragos na empresa. “Demostanta sorte nesse período, pois investimos todo o dinheiro dispo-nível na compra de matérias-primas. Eram tantas que não ca-biam dentro da fábrica. Tivemos que deixar do lado de fora, cober-tas com encerados. Pagamos toda essa mercadoria à vista, eportanto, não devíamos nada quando foi feito o confisco, poisquase tudo estava investido em produtos. Foi muito bom paranós”. Pode-se dizer, que dos limões, a Adere fez a limonada.

Não desviar recursos da empresa para outras finalidadesque não a expansão dos negócios e utilizar recursos pró-prios é a receita do fundador da Adere. Na construção da novaunidade industrial, teve financiamento do BNDES, mas emuma proporção menor que 50%.

Sobre o mercado atual, ele não vê tanta demanda quanto sepropaga. “Crescemos um pouco, mas temos ainda de 30 a 40% deociosidade. O nosso produto não é de primeira necessidade parao consumidor em geral, portanto nosso foco foi direcionado para aindústria. Se esse crescimento for mantido por uns 10 anos, aí

DOIS BREV

ADERE - Luis Gonzaga Dias: “Sempre seguindo o ditado popular - dar o passo de acordocom as pernas. Utilizar recursos próprios e investir na empresa”.

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IBEF EM REVISTA 7

ENDER INDÚSTRIAS

MACRO PAINEL - Osvaldo Davanço: “Na verdade nada foi calculado. Fizemos tudomeio na raça. Fomos trabalhando e as coisas foram acontecendo”.

estaremos com toda a demanda comprometida e voltaremos afazer novos investimentos em maquinário”, justifica a sua estratégia.

Sobre abrir um novo negócio nos tempos atuais, Luis Gonzagaé pragmático na sua lição: “Investir no mercado de capitaisacaba dando mais lucro do que abrir uma empresa. As grandesempresas têm financiamentos subsidiados, mas para iniciar é pre-ciso uma boa dose de coragem, estar capitalizado e ter uma mar-ca forte, porque a competição é muito maior do que há 40 anos”.

DEDICAÇÃOO sócio-diretor da Macro Painel Indústria e Comércio, Osvaldo

Davanço, vem nos receber na elegante recepção da empresa,instalada no Jardim Santa Cândida,em Campinas. Davanço, 63 anos,desde os 31 anos está na empresa,que divide com os sócios PauloRoberto Sperancin e Dino Sakashita.Ele explica que a Macro Painelnasceu para atender às necessida-des de outra empresa do grupo, aMacro Técnica Instalações eComércio, que executa obras in-dustriais. “Nessas obras sempre háa necessidade de painéis elétricos eao invés de comprarmos de outrasempresas, resolvemos criar em 1976a Macro Painel, para atender a co-irmã. Hoje a Macro Painel tem o seumercado próprio, mas mantém oatendimento para a Macro Técnica,atuando em todos os setoresindustriais no território nacional”,resume objetivamente. Um casoclássico de empreendimento criadoa partir de uma demanda.

A Macro Painel, explica o seusócio-diretor, produz painéis elétricospara indústrias de diferentessegmentos, incluindo comércio e prédios comerciais. Davançoexplica que o foco atualmente está voltado para a indústria pesada.A conversa flui rápida e já estamos em plena visita à fábrica, queocupa uma área construída de 4,5 mil m². A primeira impressãoque salta aos olhos são os enormes painéis, internamente multico-loridos pelas centenas de pequenos dispositivos. Nas linhas demontagem desse espetáculo colorido, Davanço nos explica o queos 130 colaboradores, que se movem de forma sincronizada, estãotransformando e dando uma forma final. É a lógica da chapa, quepela intervenção das máquinas e de mãos humanas, vai dentrode pouco tempo ser um componente de uma usina hidrelétrica,que por sua vez vai iluminar cidades e mover outras máquinas.

Davanço de forma paciente e dedicada explica cada processo -essa sucessão de pequenos momentos transformadores.Acostumado pela própria atividade, aos avanços da tecnologia,ele credita às parcerias com os clientes a melhora dos seus pro-dutos e consequentemente a qualidade, abrindo até o mercadointernacional para a Macro Painel. “Tem uma regra nos negóciosque diz: Ou você cresce ou morre. Então evoluimos”, explica.

Dificuldades ele diz que foi mesmo a crise cambial de 1999,

porque tínhamos muitas encomendas prontas e ninguém queriarecebê-las. “Foi um ano terrível”. Mas a turbulência foi passando.Nos últimos três anos, a empresa passou a atuar em setoresonde tinha pouca presença, como açúcar e álcool, minériose siderurgia. Justamente os que têm exibido boas perspectivas.Questão de bom foco.

Investimentos não têm faltado para a projeção dos negóciosda Macro Painel, assegura o sócio-diretor, principalmente emmáquinas, software e treinamento de pessoal. “Contamos compequenas ajudas em momentos importantes, através de financia-mentos do BNDES, mas sempre com muito esforço”. Outra modali-dade que tem ajudado muito é a compra de máquinas no exte-rior com financiamento do próprio fornecedor e também de umaempresa nos Estados Unidos que os representa. Novas máqui-

nas vieram de Taiwan, Espanha e Itália.O fator preponderante para o crescimento, opina Davanço,

é que a vida da Macro Painel é simples, não têm invenções finan-ceiras e sempre procuram usar recursos próprios. “Na verdadenada foi calculado. Viemos de famílias simples e fizemos tudomeio na raça. Fomos atrás da sobrevivência e trabalhan-do sempre, as coisas foram acontecendo”

Para o futuro, a estratégia não parece ser muito diferente.A Macro Painel mira em segmentos que estão fortes como ode geração de energia, onde tem encomendas até 2010. Co-meçam a aparecer pedidos no setor de saneamento, anunciaDavanço. “Estamos nos preparando com espaço e máquinaspara aumentar o faturamento e a produtividade e para isso osrecursos virão do BNDES, mas para que tudo isso aconte-ça precisamos buscar e qualificar profissionais”.

De volta ao ponto de partida, Davanço dá o conselho final,que fala como se fosse um mantra, para nós e para si: “Acreditarno seu negócio e ser perseverante. Quem paga o seu serviço éo cliente, por isso atenda-o da melhor maneira possível,de forma eficiente e sempre com muita qualidade”.

VES RELATOS

Fórum Temático

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IBEF EM REVISTA8

Artigo do administrador Joaquim Carlos Dias*

AMBIENTE MOTIVADORÉ O SUCESSO DASORGANIZAÇÕES

*Diretor Corporativo da Mail Center Participações e diretor doConselho Regional de Administração - CRA-SP e associado do Ibef.

Imagine uma empresa onde a situação não está dasmelhores. Rondam os fantasmas pra lá de conhecidos,como a baixa lucratividade, a redução da produção e omedo do desemprego. Apesar do quadro desfavorável, é

resguardado um caráter extremamente importante: atransparência nas relações. O funcionamento dessa organizaçãonão é segredo para nenhum funcionário. E mais: no ambiente detrabalho, há espaço para uma comunicação direta e motiva-dora com os dirigentes. Após avaliar a realidade da empresa,um funcionário procura o gerente para conversar. Diz que pen-sou sobre os problemas enfrentados pela empresa e teve umaidéia que acredita poderá ser muito útil. Receptivo, o gerenteafirma que a realização de novas idéias é o que a organiza-ção está precisando. Em seguida, ele pede que o profissionalfale sobre suas propostas.

Se traduzirmos a necessidade de idéias somadas arealizações, concluiremos que o gerente refere-se à criatividade.A criatividade é a imaginação aliada à concretização, que quan-do certeira, abre novos caminhos para a humanidade. Essasituação ilustrativa apresenta três pontos vitais para oflorescimento do potencial criativo dentro das organizações: oconhecimento da empresa, o ambiente favorável e a motivaçãopor parte dos escalões superiores. Este último é o catalisa-dor no processo criativo. Esses elementos resultam datransparência, de um clima de trabalho que renda prazer e ale-gria e não somente remuneração e de uma relação funcionário-dirigente composta por interesse, comunicação e estímulo.Este tripé compõe o modo como o esforço criativo é recebido.

A relação transparente requer um contato direto entreintegrantes da equipe de trabalho. A troca de informaçõessobre a empresa pode ser feita em encontros periódicos, emque todos possam apresentar suas realizações, dúvidas eanseios. É a valorização dos grupos, tornando cada membroco-responsável pelo resultado da organização.

Esses encontros representam mais uma oportunidade paraos profissionais conhecerem a realidade da empresa — asmetas, os diferenciais e os aspectos a serem aperfeiçoados.Esse conhecimento é que dá sustentação para o início doprocesso criativo. Afinal, quanto melhores forem as informaçõesque você domina sobre um problema, maiores serão as chancesde encontrar uma solução. A importância desses momentosnão cabe em banco de idéias ou caixa de sugestões. É vital acomunicação direta, a veiculação de informações sobre osvários setores, o encontro de idéias, as respostas e os estímulos.Nas reuniões, é possível a identificação de grupos inovadores,formados por algumas pessoas com caráter criativo eoutras com potencial realizador. Nesses eventos, pode-sealcançar o chamado “QI grupal”, a soma de todos os talentosde cada integrante.

É fundamental que a cultura empresarial encoraje o hábitode expressão de novas idéias. Cultivar a formação da cooperaçãocriativa é investir em “grandes inovações”, que “vêm sendo cadavez mais obra de esforços conjuntos”.Por ser a criatividade umfato também social, ela requer a adesão dos outros, areceptividade do público-alvo. Sem acesso aos parceiros detrabalho, o processo criativo é desmoronado. Elimina-se, comisso, o aproveitamento do potencial criador do indivíduo e o ganho

de eficiência das organizações pelo uso dessa habilidade. Àdireção da organização cabe o papel de despertar a consciênciados indivíduos para a sua capacidade imaginativa, desbloqueá-los, criar um ambiente que propicie a atuação de forma criativapara que todos possam maximizar seu poder inovador.Mas, porque as diretorias assumiriam mais essa atribuição? Porque anecessidade crescente da criatividade está na competiçãoempresarial que marca o momento atual. “A criatividade temsido apontada como a habilidade de sobrevivência para o próximomilênio”. A razão é simples: a velocidade do desenvolvimentotem envelhecido o conhecimento muito rapidamente e asincertezas e complexidades inviabilizam a previsão de novidades.Nesse contexto, somente a habilidade de adaptação ao novopode sustentar a sobrevivência das organizações. Umasobrevivência que depende da capacidade de respostasimediatas às exigências mutáveis do consumidor por produtose serviços novos e melhores. A importância da criatividade temconquistado seu lugar também nos ambientes educacionais.Uma instituição de nível superior, em São Paulo, tem a matéria“Oficina de Criação” em todos os seus currículos de graduaçãoe de pós-graduação. O curso visa ao desenvolvimento dacriatividade nos alunos. Nos Estados Unidos, há mais de cemuniversidades com programas de criatividade. Lá, a cada ano,mais de 40 mil executivos participam desse tipo de projeto.Enquanto no Brasil o desenvolvimento da habilidade criativacomeça a caminhar para a valorização no aspecto educacional,a empresa deve estimular o profissional a pensar de maneiraflexível e imaginativa, somando à imaginação os instrumentosda realidade — o pensamento lógico e a avaliação crítica. Issosignifica a preparação para o futuro.

A adoção de uma perspectiva criativa causa mudanças vigoro-sas no ambiente de trabalho. A satisfação se integra não apenasaos resultados finais, mas também ao processo do trabalho, com avalorização da disposição dos funcionários em aprenderem,em avançarem por conta própria e em expressarem suas idéias.

Uma pessoa apreciada e feliz é também mais dedicada eeficiente, pois o envolvimento com o trabalho gera a motiva-ção intrínseca. A questão está em como dirigir uma organiza-ção despertando o prazer nos profissionais, valorizando a cadamembro e respeitando as diferenças. O primeiro passo podeestar em ouvir o inaudível, enxergar o invisível e compreendero que muitos consideram inadmissível.

“A cultura empresarial deve encorajara expressão de novas idéias”

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IBEF EM REVISTA 9

A TECNOLOGIAA SEU FAVOR!

Velocidade da informação

D eixar a senha debaixo do teclado docomputador ou achar que o filho é um gênioda informática somente porque ele utiliza oSkype para conversar com a namorada

são indícios que a tecnologia da informação não estátão presente no seu dia-dia. A advertência é doespecialista no assunto, Daniel Maçano Jr., 44 anos,coordenador do grupo de Tecnologia da Informa-ção do Ibef-Campinas, comformação em Análise deSistemas pela Puccamp, pós-graduação em Administraçãode Empresas pela Faap,MBA pela Fundação GetúlioVargas e especializaçãonos Estados Unidos, ondemorou por algum tempo.Ele explica que a evoluçãotecnológica incorporou parao dia-dia dos executivos,expressões como usabili-dade , vulnerabilidade eempregabilidade .

APROVAR TODAS - Ausabilidade é a maneiracomo as pessoas utilizam atecnologia nas suas tarefasprofissionais. “Antes o chefedespachava com a secre-tária. Hoje tudo isso foi parao computador. A diferençaé que ele aprova através deum sistema informatizado.No sistema tem um bo-tãozinho dizendo ‘aprovartodas’ . Se ele clicar nessebotão pode estar aprovandoalgo que não deveria. É comoassinar um monte dedocumentos sem ler”, explica Maçano. Ele acrescentaque como profissional de TI que atuou em diversascorporações, tem percebido que os executivos quechegam ao topo da carreira, em razão disso, valori-zam muito mais a sua própria experiência e oconhecimento do negócio onde atuam, em detri-mento das novas tecnologias da informação, quepodem ajudá-los nas tarefas cotidianas. Maçano citacomo exemplo o desconhecimento por parte dosexecutivos, do funcionamento de um sistema bási-co de aplicativo integrado, que controla todas asoperações de uma corporação, desde a entrada damatéria-prima até a emissão da nota fiscal do produtoacabado. Na sua visão, é um erro grave o executi-vo desconhecer como funciona esse aplicativo. Co-mo esse executivo vai entender as necessidades dacorporação e aprovar investimentos em TI, sedesconhece os seus benefícios?

Maçano reconhece que muitas vezes os própriosgestores de TI das empresas contribuem para essedesconhecimento. Ele defende que cada vez mais ogestor de tecnologia entenda os negócios da empresa enão fale somente como um tecnólogo e sim como umalguém que realmente entenda a linguagem do exe-cutivo, orientando sobre a importância estratégicadesses sistemas de informação, na evolução dos

negócios da corporação.FRAUDES DIGITAIS -

Voltando a história da senhadebaixo do teclado, a TIinegavelmente trouxe inú-meros benefícios, mastrouxe também os hackers eas fraudes digitais. “Seestamos vulneráveis an-dando na rua, com atecnologia não é diferente.O executivo precisa saber ograu de vulnerabilidadedo sistema. Precisa enten-der que o uso de e-mailstambém pode expô-lo aessa vulnerabilidade. Devesaber que uma senha podeser roubada. Como funcio-na a certificação digital?São coisas novas que vãose incorporando à rotinaprofissional e precisam sercompreendidas, princi-palmente por alguém queocupa um cargo de co-mando”, aconselha o es-pecialista.

É inegável que toda essatecnologia também sufocaas pessoas, em especial oexecutivo, que normalmente

tem uma agenda diária repleta de compromissos. “Émuita informação a todo distante”. Maçano cita umconceito na área de TI, chamado Ciclo de Vida daInformação . A informação nasce, tem o seu período devalidade e depois morre. Classificar essa informaçãonos níveis adequados que fluem dentro de umaorganização, é uma tarefa primordial da área detecnologia, ou seja, avaliar para quem deve ir ou não.Se o executivo entender em linhas gerais esse pro-cesso, já terá dado um bom salto no seu nível decompreensão das ações de TI.

Por fim e não menos importante, a empregabilidadedo executivo engloba todo esse conhecimento em TI esuas aplicações. O executivo ao entender a tecnologia,vai vislumbrar novas oportunidades, otimizar o seu tempode trabalho, ter mais segurança e aumentar a suaprodutividade. Portanto, explica Maçano, aumentar o graude empregabilidade depende de uma decisão pessoal.

Maçano: novas tecnologias incorporamexpressões como usabi l idade ,

vulnerabi l idade e empregabi l idade

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IBEF EM REVISTA10

Balanço

ATIVO 140.956,70

BALANÇO PATRIMONIAL

ATIVO CIRCULANTE 35.795,47

DISPONÍVEL 35.795,47

CAIXA 2.376,67

BANCOS 33.418,80

ATIVO REALIZÁVEL CURTO PRAZO 1.319,66

ATIVO PERMANENTE 103.841,57

BENS IMÓVEIS 81.294,62

BENS MÓVEIS 25.928,40

DEPRECIAÇÃO -3.381,45

PASSIVO 140.956,70

PASSIVO CIRCULANTE 17,99

OBRIGAÇÕES TRIBUTÁRIAS 17,99

PATRIMÔNIO LÍQUIDO 140.938,71

PATRIMÔNIO SOCIAL 131.532,96

SUPERÁVIT EXERCÍCIO 2007 9.405,75

DEMONSTRATIVO DE RESULTADO

RECEITAS DE SÓCIOS 117.220,60

RECEITAS DE EVENTOS 257.835,50

RECEITAS FINANCEIRAS 3.104,69

TOTAL DAS RECEITAS 378.160,79

DESPESAS COM PESSOAL 76.682,16

DESPESAS GERAIS 97.152,45

DESPESAS TRIBUTÁRIAS 2.071,57

DESPESAS FINANCEIRAS 5.411,89

DESPESAS COM EVENTOS 187.436,97

TOTAL DAS DESPESAS 368.755,04

SUPERÁVIT DO EXERCÍCIO 9.405,75

Tendo examinado o Balanço Patrimonial e Demonstrativo de Resultados do Exercício de 2007 e também a escrituraçãoe documentação contábil e tendo encontrado tudo em perfeita ordem , somos do parecer favorável ao encaminhamentodos mesmos à aprovação da assembléia geral . Campinas , 26 de Maio de 2008.

Conselheiros: Sebastião C. Ribeiro / MaurÍcio J. Ferreira / Fernando M. Henriques

JOSÉ FRANCISCO MARSIGLITEC.CONT. – CRC 1SP 075515/0-2 – CPF 600.814.578-04

PARECER DO CONSELHO FISCAL

INSTITUTO BRASILEIRO DE EXECUTIVOS DE FINANÇAS – CAMPINASBALANÇO PATRIMONIAL E DEMONSTRATIVO DE RESULTADO

EM 31/12/2007

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IBEF EM REVISTA 11

Julho

Agosto

Setembro

ANIVERSARIANTES

Ibef-Campinas - Entidade de Utilidade Pública Municipal

2 – José Roberto Migotto3 – Fernando Antonio M. Calaes4 – Claudia A. E. Carmona4 – Guilherme A. F. Albuquerque6 – José Roberto Correa7 – Maury de Mattos7 – Helen de Oliveira Coelho8 – Raimundo Danés9 – Daniel E. Rivas Mendez

9 – Fernando Magano Henriques10 – Magno Luciano Barcellos11 – Eduardo C. B. Fiorini11 – Walquíria Carvalho Bertho12 – Elezir J. Silva Jr.13 – Felício C. do Prado Junior13 – Daniel Maçano Junior14 – Fernando L.M. Madureira15 – Henrique R. C. Sperandio

15 – Paulo Eduardo de C. Vallim16 – Dino Giachini Filho16 – Alexandre Cruz18 – Miguel Arcângelo Ruzene19 – Élson Sampaio22 – Luciana J. Cecconello23 – José Antonio de Souza Melo24 – Aldo Mauri26 – Líris C. M. Marchiori

3 – Alberto Romanini Neto3 – Renato Luiz Cardinalli3 – Thelma Piccolo Rosalen3 – Antonio Carlos P. Fernandes5 – Rubens Monteiro8 – Regina Maria Biglia9 – Nylton Pereira10– Andréa Serpa Santos

10 – Ricardo Garcia11– Raimundo B. N. Baptista12– Norberto M. Cunha Caldeira12 – Saulo Duarte Pinto Jr.14 – João Roberto Tiol14 – Jorge Henrique de M. Barreto17 – Jarib B.Duarte Fogaça

19 – Aléxis J, da S. Fonteyne22– Rosana Soares Mariano24 – Mauri Gomes da Silva27 – João Batista Pereira Junior27 – Paulo Roberto Alves Silva29 – Elica Daniela da S. Martins30 – Paulo César Stefanini

2 – José Francisco Marsigli5 – Antonio D. Rubbo7 – Aloide Candido Lopes7 – Mateus Gaeta9 – Alessandro Russano Pinto9 – José Fortunato da Cunha11 – Carlos Eduardo N. de Souza

12 – Georg F. Schmidt16 – Adriano Gama17 – Alex Andrade Vaz da Silva19 – Maria de Jesus M. De Paoli20 – Wilson Rio Mardonado21 – Luiz Peretto Filho21 – Romualdo G. de Souza Jr.

22 – Luiz Ferreira de Menezes23 – Gentil U. de Freitas23 – Sergio Ricardo Siani26 – João Oscar de Carvalho26 – Edmilson Robles Castilla28 – Leopoldo Cielusinsky Jr.

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NOVIDADES A festa do prêmio Equilibrista 2008

já está marcada. Será no dia 12 dedezembro, uma sexta-feira, na So-ciedade Hípica de Campinas e contacom o patrocínio do Itaú-BBA.

Traga um amigo para o Ibef-Cam-

pinas. A diretoria informa aos asso-ciados que quiserem indicar algumamigo que deseje tornar-se sócioda entidade, favor entrar em contatocom a Comissão de Admissão eFrequência da entidade.

A secretaria do Ibef-Campinas([email protected])solicita aos associados que atualizemendereço e e-mail, para receber oscomunicados da entidade.

Alexandre de O. Cruz – Estática Instal. Com. Ltda.Antonio C.P. Fernandes –Invicta Viagens e Inc. Ltda.Gilson Roberto Granzier – Nutriplant Ind. Com. S/AKarina Roiuk Saran – DeloitteMarcelo Adriano Casarin – C&A Modas Ltda.Marcelo Q. B. Figueiredo – Sanasa

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Maria de Fátima B. Tolentino – SanasaPedro Cláudio da Silva – SanasaRené Betini - Mabe Camoinas Eletrod.Ltda.Ricardo Kohl – Invicta Viagens e Inc. Ltda.Rodrigo Bortolini Rezende – Fertilizantes HeringerRosemary S. Fortuna – Agrop. Princesa D’Oeste

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NOVOS SÓCIOS

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Entrevista com Mara Luquet

VIDA PROFISSIONALAPÓS OS 60 ANOS

A vida profissional pode e deve existir depois dos 60anos. Esse é o tema da entrevista com a jornalista MaraLuquet, colunista da Rádio CBN, sócia da Editora Letras &Lucros, especializada na edição de livros de finançaspessoais. Autora dos livros O Assunto é Dinheiro , em par-ceria com o jornalista Carlos Alberto Sardenberg ,Aposentada Ficava Sua Avó , em parceria com a jornalistaAndréa Assef e Tristezas Não Pagam Dívidas . Maraatuou em diversos veículos de comunicação e escreveutrês guias Valor Econômico, sendo um sobre Planejamen-to da Aposentadoria, publicado pela Editora Globo.

Ibef Em Revista - Há alguns anos, um profissionalna faixa dos 60 anos estava aposentado. Com oaumento da expectativa de vida essa realidademudou. Como o mercado de trabalho está se adequan-do a essa realidade?

Mara Luquet - Algumas empresas brasileiras já ado-taram em suas políticas de recursos humanos, progra-mas para a contratação de pessoas na terceira idade, masainda é incipiente. O trabalho depois de aposentado é umdesafio pessoal e a geração que começa a se aposentaragora é que vai ter que desbravar esse mercado.

Ibef - Recentemente na Rádio CBN, vocêcomentou que na Europa, a população acima de 60anos já representa 50% e com isso é necessáriorepensar não somente o mercado, mas tambémcomo funcionará a previdência. Como está o Brasilnesse contexto?

Mara - O debate sobre previdência no Brasil aindaestá limitado à idade mínima da aposentadoria. Arevolução da longevidade traz questões bem mais amplasà aposentadoria. Se você vai viver 100 anos ou mais,não dá para se aposentar aos 60 e passar os outros40 sem fazer nada. Não será bom para a mente, para ocorpo e para o bolso. Por isso, prepare-se você teráque trabalhar além dos 60 e isso pode ser muito bom.Mas preste atenção: não significa que você ficaráacomodado no seu cargo, com as mesmas funçõespor mais 40 anos. Será preciso se reinventar e essapode ser uma boa notícia se você se planejar para ter aliberdade de fazer o que gosta.

Ibef - Você comentou no seu programa que aflexibilização das leis trabalhistas são importantes paraabsorver a mão-de-obra com mais de 60 anos. Que as-pectos dessa legislação devem ser modificados?

Mara - Uma das principais reclamações é a dificulda-de de contratar pessoas na terceira idade ou que jáestão aposentadas por conta da legislação trabalhistaque engessa muito. Esse grupo de profissionais é muitoexperiente, comprometido e pode agregar valor a qual-quer empresa. No entanto, eles querem trabalhar ape-nas meio período ou ter horários mais flexíveis, porexemplo. A empresa tem receio de contratar esse pro-fissional e gerar alguns passivos trabalhistas. Eles te-riam os mesmos direitos do que profissionais regulares,como plano de saúde? E planos de previdência? Essesdois custos vêm pesando muito para empresas emtodo o mundo e são questões relevantes na contrata-ção desses profissionais.

Ibef - Quais são os principais dados apontadospela pesquisa do Boston College, com relação aosmitos idade x trabalho?

Mara - Os professores Alicia H. Munnell e Steven A.Sass, ambos do Center for Retirement Research doBoston College, são autores do livro Working Longer,onde falam sobre o desafio da renda na aposentado-ria. Há muitos dados interessantes no livro, mas o quemais me chamou a atenção é a necessidade de se man-ter saudável para continuar no mercado de trabalho.

Então o maior requisito para se trabalhar na terceiraidade é a saúde e muitos executivos “workaholic” sãocompletamente relapsos com sua saúde. Não fazemexercícios, comem mal, são estressados, enfim estãocomprometendo o instrumento de trabalho que osdeixará mais competitivos na terceira idade - a boasaúde física e mental.

Ibef - Quais os principais pontos que fazem com queas empresas ainda sejam refratárias em contratar pro-fissionais com mais de 60 anos e em outro caso, manteraqueles que estão se aproximando dessa faixa etária?

Mara - Tenho visto muitos estudos nessa área eacho que a questão de custos de saúde ainda é o prin-cipal ponto de entrave. Porque a verdade é que custearplanos de saúde após os 60 anos é extremamente caro.

Ibef - Que atitudes os executivos que seaproximam dessa idade devem ter para que omercado não os veja como pessoas “à beira daaposentadoria” e desconectados com as exigênciasde um mercado globalizado?

Mara - O executivo que deixar para pensar naaposentadoria às vésperas dos 60 anos terá problemasde toda a sorte. O melhor é começar a se aposentar aos40 ou até antes. Ou seja, ao longo de sua vida profissionaltente não se acomodar com o “emprego” ou seu “patrão”por melhor que ele seja. Seu ciclo de vida profissional éum problema que você tem que gerenciar, talvez este sejaseu maior desafio profissional. Por isso, tenha uma visãomais ampla, que ultrapasse as paredes de seu escritórioconfortável. Pense diariamente no que gostaria de estarfazendo em cinco ou dez anos e vá se programando paraatingir esse objetivo. O maior desafio é conseguir deixarde ser refém do sobrenome corporativo.

Foto Divulgação