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' i ' , ' I ' ~;ír' oisemquerer que tudo começou. Paula es- tavaapertando o tubo detinta para espalhar um pouco de amare- 10numa tigela. O orifício estavatão tapado que a moça apertou com muita força. Ploft! Saiu um jato forte e grudou na-parede 52 J oãozinho que estava bem perto correu e esfregou a mãozinha gorda na tinta. Fez um círculo. Depois uma onda e com a ponta do dedo indicador desenhou um coração. Todos foram chegan- do. As marcas aumentaram e a tinta secou. Tina abriu o tubo verde e espalhou maisum pouco. Liz colocouo vermelho. Mui- tas novas coresforam surgindo.O marrom, o lilás, o roxo, o Numa folha qualquer, eu desenho um sol amarelo E com cinco ou seis retas é fácil fazerum castelo Um pontinhode tinta num pedacinho azul de papel Fazuma linda gaivotavoar no céu Vai voando Numa imensa nuvem Azul. grená...

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' i ' , ' I '

~;ír' oisem querer que tudo começou. Paula es-

tava apertando o tubo de tinta para espalhar um pouco de amare-

10 numa tigela. O orifício estava tão tapado que a moça apertou

com muita força. Ploft! Saiu um jato forte e grudou na-parede

52J oãozinho que estava bem perto correu e esfregou a mãozinha

gorda na tinta. Fez um círculo. Depois uma onda e com a ponta

do dedo indicador desenhou um coração. Todos foram chegan-

do. As marcas aumentaram e a tinta secou. Tina abriu o tubo

verde e espalhou mais um pouco. Liz colocou o vermelho. Mui-

tas novas cores foram surgindo. O marrom, o lilás, o roxo, o

Numa folha qualquer, eu desenho um sol amareloE com cinco ou seis retas é fácil fazer um casteloUm pontinho de tinta num pedacinho azul de papelFaz uma linda gaivota voar no céuVai voandoNuma imensa nuvem

Azul. grená...

'"

53parede, não acreditou no que estava acontecendo. Em poucos

minutos, a parede branca ficou colorida, desenhada, cheia de

pequenas mãos sobrepostas. Tinha de tudo um pouco. Num pri-

meiro momento ficou muito zangada, mas pouco a pouco foi

relaxando com a beleza da cena. Os pequenos artistas pintavam

e cantavam tão concentrados que ela decidiu dar um nome à

Marcelo disse que gostava das cores da Bandeira do Brasil.

mas não do seu desenho. Mostrava no canto direito da parede,

resta com índios guaranis, e uma bandeira branca escrito Paz

llieu avo.marlom.~"""" Ti~iL"lii k

qiwW'q~hiq~i c aTic ',i!qTc cc

Lp,oqtps ~e luze':Liqqcq~Li " "LIik

- SãoosL;;barracos das favelas onde moram tio Zeca e Nininha,c"'" C;;!fL'"

di~le orgulhosa. Vou todos os domingos até esta casinha aqui,

bem no alto do morro, apontou.- Tem oitenta e oito degraus da rua até o alto. Beirando os

muito úmida e as casas podem desabar. Quando chove muito,

todos ficam bem atentos, com medo da erosão, concluiu a pe-54

1ico chamou as crianças até o tanque de areia e mostrou: tinha

e seguro. Pegou um pouco de água num re-

gador e começou a jogar um pequeno fio

do líquido bem no alto. Tina jogava próxi-

mo ao chão. A areia foi se movendo e pou-

co a pouco o desabamento aconteceu de-

pois da água auastar a terra para baixo.- As ruas e as plantas são importantes

meios para evitar a erosão, disse Paula.

Não adianta asfaltar ou cimentar, é pre-

ciso deixar áreas abertas, pois a terra

chupa a água como um mata-

borrão. Mas, no alto das encos-

arranca tudo o que está no caminho.

Chico ficou sério, observando com

atenção. Seu pai tinha morri do no desabamento da favela do

Jardim União quando ele ainda era um bebezinho. Nem se lem-

brava do seu rosto e sentia falta de um pai companheiro como o

de Neco. Seu desenho era um menino segurando na mão de um

- Qual a importância das cores? Perguntou Paula.

- Alegrar a vida, disse Chico. Diferenciar o dia e a noite.- Pode ser também que as cores são fontes de saúde. Mamãe

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- E a vacina? perguntou Paula.

- Isto é remédio, mas a cor vermelha reflete na doença e ela

vai embora, afirmou convicta a menina

Jurema.

ra confirmasse sobre essa crença. Pauta reSDon-

dando os efeitos das cores no estado de ânimo

nhecimento chamado cromoterapia, explicou a

ma ao ambiente.