hpp e no slide aula
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Hipertensão Pulmonar Persistente e Óxido
Nítrico
HPP Definição
• Síndrome de insuficiência respiratória aguda comum em recém-nascidos a termo ou próximo do termo, caracterizada por:
1- Aumento da resistência vascular pulmonar;2- Aumento da pressão na artéria pulmonar;3- Shunt D- E através do canal arterial ou forame oval;4- Hipoxemia Sistêmica Grave.
• Ocorrendo sempre que a transição da circulação pulmonar fetal não se instala normalmente ao nascimento.
HPPFisiopatologia
• Após o nascimento esse canal arterial tem que fechar pra pressão do pulmão cair e é isso que não acontece, por isso que a pressão da artéria pulmonar fica elevada.
A pressão na artéria pulmonar do feto está em torno de 60-80 mmHg caindo para 18-20 mmHg (começa a cair a partir da 6ª a 8ª hora de via) ao final do 1º dia de vida e continua caindo por um certo período de tempo. No RN com HPP, a pressão na artéria pulmonar está ao redor de 70-80 mmHg, superior a pressão sistêmica, que está ao redor de 50-55mmHg.
HPPFisiopatologia
• A elevação da pressão na artéria pulmonar mantém a passagem de fluxo sanguíneo pobre em O2 gerando uma mistura de sangue venoso com arterial ( através do FO e do CA), fornecendo à circulação sistêmica uma menor quantidade de sangue oxigenado. A baixa oferta de O2 predispõe a persistência do CA em fluxo D- E, assim como hiperresistência pulmonar.
HPP Causas
Disfunções de origem cardíaca ou respiratória:
• Sepse, pneumonia bacteriana, síndrome de aspiração de mecônio (SAM), asfixia perinatal, membrana hialina (SDRA), hérnia diafragmática congênita (HDC) e hipoplasia pulmonar primária e secundária à sequência do oligohidrâmnio.
• Anti-inflamatórios não-esteroidais como a indometacina ou aspirina e cigarro são fatores pré-natais de risco.
HPP Quadro Clínico
• Cianose generalizada ou de distribuição pós- ductal (se o shunt direito-esquerdo for a nível do canal arterial);
• Flutuação na PaO2 (40 mmHg e depois 100-120 mmHg) ;
• Sinais de desconforto respiratório (cianose, taquipnéia, retração costal, gemência, assincronismo toracoabdominal);
• Extrema labilidade ao oxigênio.
HPP Diagnóstico
• Rx de tórax: Não se observam anormalidades características. Nos casos graves, podemos observar hipofluxo pulmonar, secundário a vasoconstricção arteriolar pulmonar;
• Ecocardiograma bidimensional com Doppler colorido: É o padrão ouro no diagnóstico. Permite a visualização direta do shunt, bem como avalia a magnitude da hipertensão;
• Diferencial Pré e Pós-ductal da PaO2: Se o valor da PaO2 pré-ductal é pelo menos 10 mmHg superior à pós-ductal, considera-se essa diferença significativa, indicativa da presença de shunt ductal D - E importante;
HPP Diagnóstico
• Gasometria: Diferença de PaO2 20mmHg entre a pré-ductal (mão direita - sangue sem mistura, rico em O2) e pós- ductal (região pés e mão esquerda- não é rico em O2 ) sugere shunt Direita- Esquerda pelo canal arterial patente;
• Teste da Hiperoxia: Oferecer 5 – 10’ de FiO2 100% e colher gasometria. Se PaO2 tiver alteração menor que 20mmHg em relação a gaso anterior shunt D-E;
• Teste Hiperoxia-hiperventilação: Hiperventilar paciente, monitorando gases arteriais -> aumento PaO2 e pH.
HPP Tratamento
• Tratar a doença de base;• Corrigir as anormalidades metabólicas;• Terapia de suporte inotrópico cárdio-circulatório,
utilizando-se drogas vasoativas como a dobutamina e dopamina;
• Ventilação Mecânica Conservadora;• Ventilação de Alta Frequência;• Óxido Nítrico;• Curarização e/ ou sedação.
HPP Fisioterapia
• MHB e MRP são contra- indicadas;• Posicionamento;• Aspiração em sistema fechado;• Suporte ventilatório adequado ( Manter boa
oxigenação, evitando hipoxemia);• Evitar níveis elevados de PaCO2;• Preconizar desmame ventilatório;• Evitar agitação do RN.
Óxido Nítrico(NO)
NODefinição
• O óxido nítrico é um gás incolor, extremamente difusível, de densidade similar à do ar. Quando inalado é rapidamente inativado, formando metahemoglobina (tem uma afinidade com a hemoglobina muito elevada, combinando-se com ela 5 a 20 vezes mais depressa que o O2).O seu produto de oxidação (NO2- Dióxido de Nitrogênio) é tóxico.
NOFontes
• Exógeno: Na natureza por meio de relâmpagos, queima de combustíveis fósseis e florestas. Também é liberado na combustão de cigarros.
• Endógeno: É produzido naturalmente pelas células endoteliais e age localmente sobre a musculatura lisa vascular levando ao seu relaxamento e à vasodilatação.
NOAção
NOi ativa a proteína Guanilato Ciclase catalisa GMPc
Dilatação dos Vasos PulmonaresDevido a diminuição dos depósitos de Ca++ intra celular
NOAtuação
• Vasodilatador pulmonar;• ↓ Raw pulmonar; (trabalho pulmonar)• ↓ Pressão da artéria pulmonar;• ↓ Sobrecarga VD;• Melhora PA Sistêmica;• Melhora oxigenação;• Melhora a relação Ventilação / Perfusão• Melhora Hemodinâmica.
NOIndicação
• Hipertensão Pulmonar;
• Síndrome de Aspiração Meconial;
• Pneumonia por streptococus ou congênita;
• Pneumotórax;
• Hérnia diafragmática ;
• Cardiopatia congênita.
NOContra Indicações
• Déficit de coagulação;
• Hipertensão intracraniana;
• Cardiopatias congênitas dependentes de shunt;
• Falência cardíaca grave.
NOModo de usar
• 5 à 40 ppm (partículas por milhão). Não passar de 40 porque a melhora é muito pouca;
• Iniciar a administração de NO com a concentração de 20 ppm;
• Resposta positiva: priorizar a redução da FiO2 até 50% e inicia o desmame do NO.
NOEstratégia de Desmame
• Diminuir 5 ppm a cada 6 horas até atingir a concentração de 5 ppm e mantê la por ‐24horas.
Após a estabilização, reduzir gradativamente a concentração de NO em 1ppm a cada 6 horas.
NO Cálculo da Concentração
NO = Fluxo O2 x Dose Desejada x 1000 Concentração torpedo
• Sempre que se instala o NO na criança ela tem que ser monitorada:
• Oxigenação;• Saturação;• Metahemoglobina.
NODióxido de Nitrogênio ( NO2)
• Quando em contato com o O2 o NO gera um gás avermelhado muito tóxico chamado dióxido de nitrogênio ( NO2). A taxa de NO2 é proporcional as concentrações de NO e de oxigênio e ao tempo de contato dos gases. Aceitável 3 a 5ppm;
• Provoca aumento da permeabilidade da membrana alvéolo capilar, reatividade brônquica, dano ‐pulmonar oxidativo e suscetibilidade à infecções virais.
Referências Bibliográficas• Suguihara, Cleide. TRATAMENTO DA HIPERTENSÃO PULMONAR PERSISTENTE DO
RECÉM-NASCIDO. Jornal de Pediatria - Vol. 77, Supl.1, 2001.
• Fioretto, José R. USO DO ÓXIDO NÍTRICO EM PEDIATRIA. Jornal de Pediatria - Vol.79, Supl.2, 2003.
• Botelho, Deyse Alves. EFICÁCIA DO ÓXIDO NÍTRICO EM NEONATOLOGIA. I Jornada de Fisioterapia das Unidades Gerenciadas pelo CECONCI-SP.
• Camelo Jr, José Simon. HIPERTENSÃO PULMONAR PERSISTENTE DO RECÉM-NASCIDO.
• Margotto, Paulo R. HIPERTENSÃO PULMONAR PERSISTENTE.
• Gonçalves, Graça; Birne, Álvaro; Chaves, Fernando. HIPERTENSÃO PULMONAR E TERAPÊUTICA COM ÓXIDO NÍTRICO. Consensos em Neonatologia.
Obrigado !