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8/18/2019 Slide aula 3

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Geografia da População

Aula 3 – Teorias da População – Marxista e Neomalthusianisma


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o novo a partir do velho – a vertenteNeomalthusiana

crescimento populacional acelerado, ue pode ser considerado umdemogr!fica" #sse momento $ diferente do ue havia ocorrido antena #uropa" #ssa nova configuração se reali%a em um uadro

de desenvolvimento das forças produtivas &astante elevado, com r

nas !reas de interesse social como saneamento, sa(de, ha&itação eNeste (ltimo, verifica)se a reorgani%ação das relaç'es de tra&alho na cidade, o ue gera um contingente

populacional excedente, configurando)se como um pro&lema a ser#sse aumento populacional reanima as ideias *! h! algum tempo adde Malthus"


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+onforme amiani -.//0, p" 1.2, o neomalthusianismo constitui umideologia ue se tradu% em estrat$gias polticas reais e fundamentareaç'es imperialistas, por ve%es for*ando argumentos semelhantes em situaç'es opostas para *ustificar, por exemplo, a intervenção fa

mundo" 4s italianos fascistas procuraram legitimar sua condição de agresso

5egunda Guerra Mundial pela necessidade de 6espaço vital7, decoralta natalidade e formação de uma superpopulação em seu territ8r

4s alemães, contrariamente, *ustificaram o empenho na ampliaçã

6espaço vital7 em função da luta contra a extinção de sua populaçregistrava uma &aixa natalidade" Para a referida autora -.//0, p" 1neomalthusianismo, assim como o malthusianismo, tem um fundammas pode ter uma interpretação tão mutilante ue o&scurece oentendimento"


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No 9m&ito da corrente neomalthusiana, emergem concepç'es ue conte(do ideol8gico, dentre as uais destacam)se as de cunho raciproclamam o progresso diferenciado das raças, procurando *ustificagress'es e coloni%ação como processo civili%at8rio, al$m de su&*uexistia um pavor da proliferação de raças ditas inferiores-o 6perigo

e o 6perigo comunista72: e as ue explicam o su&desenvolvimento da ;sia, ;frica e Am$rica s possi&ilidades do desenvolvimento econ?mico"

#sse contingente populacional constituiria um o&st!culo ao desenvpor apresentar uma estrutura et!ria com maior n(mero de *ovens

o ue reuisitaria investimentos não produtivos -hospitais, escolas desviando recursos ue poderiam ser diretamente produtivos, comconstrução de f!&ricas, estradas e pontes"

Al$m disso, ao aumentar os efetivos da força de tra&alho, poderia provocado um deseuil&rio cada ve% maior entre oferta e procuraempregos, repercutindo em termos de redução de sal!rios e margi

de amplas camadas de população do mercado de tra&alho"


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A teoria neomalthusiana evidenciava o receio de ue o crescimepopulação dos pases su&desenvolvidos comprometesse os recurs

naturais mundiais e ue esse contingente passasse a ser uma fonpressão e ameaça poltica, em um perodo em ue o socialismo expansão"

Nesse contexto em ue tam&$m se discutia o custo social dessa adicional, as polticas p(&licas demogr!ficas desem&ocavam emestrat$gias precisas@ controle de natalidade, plane*amento fami


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As polticas de controle de natalidade, valendo)se doeufemismo plane*amento familiar, foram amplamentedifundidas entre os pases su&desenvolvidos,principalmente a partir dos anos de ./B"

#ssas iniciativas contaram com o apoio de organismosinternacionais como

a 4rgani%ação das Naç'es Cnidas – 4NC, o Danco Mundial,al$m de instituiç'es p(&licas e privadas de alcancemundial -especialmente a norte)americana EnternacionalPlanned Parenthood Federation, cu*a filiada &rasileira eraa 5ociedade de Dem)#star Familiar – Bemfam2

e #stados nacionais, ue criaram direta ou indiretamentepolticas de plane*amento familiar" +arta% de

promoção doplane*amento

familiar

-+ingapura, ./12


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As estrat$gias de controle da natalidade foram &astanvariadas, a&rangendo desde a

esterili%ação maciça da população po&re de pases com

ndia e +ol?m&ia, ue foi cooptada com presentes como r!dios e guarda)chuvas, at$ a

distri&uição gratuita de contraceptivos" Emplantação de ECs, ainda ativas em muitos pases, d

eles o Drasil" venda generali%ada de contraceptivos em farm!cias, o

facilita o acesso ao produto e contempla os interesses multinacionais farmac=uticas do ramo"


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Para amiani -.//0, p" 1H2, torna)se claro ue a teorianeomalthusiana negligencia as mediaç'es sociais fundam

como o desenvolvimento do capitalismo, o imperialismonature%a da empresa privada, ue tem como o&*etivo o apega)se aos argumentos da superpopulação e da escassrecursos, insistindo em manter intacto o modo de producapitalista"

Paradoxalmente, milhares de toneladas de alimentos sãdestrudos ou, em &usca da valori%ação dos preços, sãoestocados ou deslocados de um pas para outro"


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Na avaliação da autora -.//0, p" 1I2, nas (ltimas d$cadas, os passu&desenvolvidos vivem, simultaneamente, as antigas -alimento2 -ar, !gua, espaço2 formas de escasse%" A uestão central deixou dpases po&res e prolficos e a ameaça ue representavam para o p

nova ameaça di% respeito > difusão de um estilo de vida &aseado superconsumo desenfreado, no desperdcio dos pases ricos"

4 cerne da pro&lem!tica atual passa pelo em&ate entre crescimeecon?mico e desenvolvimento social, mais precisamente pela detdo desenvolvimento no 9m&ito de um crescimento sustentado pel

racionalidade economicista" Nesse processo, torna)se evidente ue o domnio da nature%a não

apropriação da nature%a pelo homem, isto $, > sua transformaçãoreali%ação como ser humano"


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+ompreender as formulaç'es e argumentosue sedimentam as Teorias Marxista, Teoria

Transição emogr!fica#ntender as continuidades e diferenças

existentes entre as proposiç'es"#xplicar a validade dessas teorias para

explicar a realidade populacional atual"


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5o&re Marx

4 economista, fil8sofo alemão nasceu em Trier, em H de Maio de .0.0

e morreu em


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#m .0I, Marx pu&licou o primeiro volume de sua o&ra mais importaCapital. L um livro principalmente econ?mico, resultado dos estudo

Dritish Museum, tratando da teoria do valor, da mais-valia, da acumdo capital, entre outros temas ue são fundamentais para se comprecomo funciona o sistema capitalista de produção"

Marx reuniu uma documentação imensa para continuar esse volumenão chegou a pu&lic!)lo" 4s volumes EE e EEE de O Capital foram editapor #ngels, em .00H e em .0/J" 4utros textos foram pu&licados por

autsO como volume EK -./BJ).B2"


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e acordo com Marx, o pensamento malthusiano estaveuivocado, visto ue não existia na realidade uma leiue pudesse servir para explicar o comportamento dapopulação em todas as sociedades"

Para ele, cada pas tinha uma lei ue revelava uma dipr8pria uanto ao crescimento populacional e >disponi&ilidade de recursos, o ue seria refletido nascondiç'es de vida do povo" Assim, a compreensão do 6estar da civili%ação7 não estava atrelada > elevação don(mero de pessoas em um pas, mas a forma como o sde produção capitalista se reali%a"


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A distri&uição mais igualit!ria da riue%a entre os indivdda sociedade seria a respons!vel pela regulação entrecrescimento populacional e disponi&ilidade de recursos"+orro&orando com Marx, Friedrich #ngels, seu companhe

de reflex'es te8ricas, argumenta ue em uma sociedadeplane*ada a fecundidade poderia ser controlada, *! uehaveria compensaç'es entre o poder produtivo ilimitado homem e o crescimento populacional" Nesse sentido, ocrescimento demogr!fico não deveria ser entendido com

uma situação alarmante"


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Nessa perspectiva, a an!lise marxista não despre%a ocrescimento a&soluto da população, mas não limita suacompreensão a uma lei a&strata, ue desconsidera a hist8

interfer=ncia do homem em seu destino" Admite ue a superpopulação $ relativa e não est! ligada

diretamente ao crescimento a&soluto da população, mas termos hist8ricos do progresso da produção social, de comdesenvolve e reprodu% o capital -AMEANE, .//0, p" .2"

A superpopulação não $ s8 resultado, mas uma condição dacumulação do capital ue serve para regular os sal!rios,material humano disponvel a ser aproveitado no processoprodutivo"


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e ue modo as ideias de Marx contri&uramcom a Geografia da População

Associada a uma interpretação mais estatstica dos fen?menospopulacionais, a an!lise crtica vai incorporar uma discussão ancontextual dos fatos e acontecimentos, inspirado em proposiç'mais poltico e econ?mico"

Assim, $ preciso articular a an!lise das vari!veis populacionais

de reprodução do modo de produção capitalista" 6A forma capitalista de propriedade, expressa na separação tra

de produção e cidadeQcampo, significa o novo patamar do cresdemogr!fico7 -M4R#ERA, 1BBI, p" /.2"


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Suest'es

#m ue se fundamenta a crtica de Marx > TeoriaMalthusiana

as duas teorias, ual a ue voc= considera mais

adeuada para analisar a din9mica populacionalue ho*e aponta para &aixas taxas decrescimento


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L possvel afirmar, > guisa de conclusão, ue as teorias da população deMalthus e Marx são diametralmente opostas" Na primeira, idealista, adin9mica da população $ determinada su&*etivamente sendo seusdeterminantes de car!ter individual e principalmente moral" ! na segunda,materialista, a din9mica depende dos elementos do processo hist8ricoo&*etivo@ a luta de classes, a produtividade do tra&alho, a composiçãoorg9nica do capital, a acumulação de capital e suas contradiç'es"


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Transição demogr!fica

transição demográfica a oscilação das taxas de crescimento e

variaç'es populacionais" #sse conceito foi ela&orado no ano de ./1/por Varren Thompson -.00)./32 para contestar matematicamente aTeoria emogr!fica Malthusiana, por definir ue não h! umcrescimento acelerado da população, mas sim oscilaç'es peri8dicas,ue alternam crescimentos e desaceleraç'es demogr!ficos, podendoenvolver, inclusive, est!gios de esta&ilidade"


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A principal refer=ncia hist8rica para a ela&oração dessa teoria foi aRevolução Endustrial e a conseuente constituição da sociedademoderna de consumo" #m tempos anteriores a esse, as taxas denatalidade e mortalidade eram continuamente elevadas, demarcandoum perodo de relativa esta&ilidade demogr!fica" Por$m, com amoderni%ação dos pases ho*e considerados desenvolvidos, houve umamelhoria significativa nos padr'es sociais de desenvolvimento,elevando a expectativa de vida e, conseuentemente, declinando astaxas de mortalidade, o ue foi respons!vel por um s(&ito aumentoda população em um curto espaço de tempo"


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ividiu)se as oscilaç'es entre mortalidade e natalidade, considerando o desenvolvimdas sociedades industriais, em uatro est!gios principais" Para melhor compreend=)o&serve o gr!fico a&aixo@


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No primeiro estágio, o&serva)se a caracterstica de crescimento dassociedades tradicionais, em ue a natalidade e a mortalidade são elevadas,

ue contri&ui para um tmido, uase nulo, crescimento demogr!fico" #ssacaracterstica $ predominante em pases essencialmente rurais, existindoatualmente apenas em algumas naç'es su&desenvolvidas"

4 segundo estágio assinala o desenvolvimento industrial, econ?mico e sociadas populaç'es" L o est!gio caracterstico da modernidade, uando h! o r!pdecrescimento das taxas de mortalidade, enuanto as taxas de natalidadedemoram a cair" Graças a isso, nesse perodo, o crescimento populacional $acelerado" #sse segundo est!gio corresponde > primeira fase da transiçãodemográfica destacada no gr!fico acima"


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! o terceiro estágio demarca o desenvolvimento ur&ano, a difusão de m$todoscontraceptivos e a ueda das taxas de natalidade, ue se relacionam, so&retudo, >inclusão da mulher no mercado de tra&alho" +om isso, a fecundidade diminui e ocrescimento demogr!fico mant$m)se em um nvel moderado" Podemos di%er ue oDrasil se encontra nesse perodo de sua evolução populacional, assinaladapela segunda fase da transição demográfica do gr!fico"

Por fim, no quarto estágio, o&serva)se um regime demogr!fico consideradomoderno, com &aixas taxas de natalidade e mortalidade, com um crescimentodemogr!fico pr8ximo a %ero" L o atual perodo da maioria dos pases desenvolvidos

da atualidade"


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