homologia entre as enzimas catecol 1,2- dioxigenases

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HOMOLOGIA ENTRE AS ENZIMAS CATECOL 1,2- DIOXIGENASES PRESENTES EM ROTAS DE DEGRADAÇÃO DE PESTICIDAS Vanessa Monteiro Santana Rio de Janeiro 2011

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Page 1: HOMOLOGIA ENTRE AS ENZIMAS CATECOL 1,2- DIOXIGENASES

HOMOLOGIA ENTRE AS ENZIMAS CATECOL 1,2-DIOXIGENASES PRESENTES EM ROTAS DE

DEGRADAÇÃO DE PESTICIDAS

Vanessa Monteiro Santana

Rio de Janeiro 2011

Page 2: HOMOLOGIA ENTRE AS ENZIMAS CATECOL 1,2- DIOXIGENASES

VANESSA MONTEIRO SANTANA Aluna do curso de Biotecnologia

Matrícula: 0713800344

HOMOLOGIA ENTRE AS CATECOL 1,2-DIOXIGENASES PRESENTES EM ROTAS DE DEGRADAÇÃO DE

PESTICIDAS

Trabalho de Conclusão de Curso, TCC,

apresentado ao curso de graduação em

Biotecnologia, da UEZO como parte dos

requisitos para a obtenção do grau de

Tecnólogo em Biotecnologia, sob a orientação

da Profª Ida Carolina Neves Direito.

Rio de Janeiro

Dezembro 2011

Page 3: HOMOLOGIA ENTRE AS ENZIMAS CATECOL 1,2- DIOXIGENASES

S232 Santana, Vanessa Monteiro.

Homologia entre as enzimas catecol 1,2-

Dioxigenases presentes em rotas de degradação de

pesticidas / Vanessa Monteira Santana. — 2011.

49 f.; 30 cm.

Trabalho de Conclusão de Curso (Graduação

Tecnológica em Biotecnologia) — Centro Universitário

Estadual da Zona oeste, Rio de Janeiro, 2012.

Bibliografia: f. 37-39.

1. pesticida. 2. biodegradação. 3.microorganismo.

4. genes. 5. catecol. 6. dioxigenases I. Título.

CDD 572.7

Page 4: HOMOLOGIA ENTRE AS ENZIMAS CATECOL 1,2- DIOXIGENASES

ii

HOMOLOGIA DE CATECOL 1,2-DIOXIGENASES PRESENTES EM ROTAS DE DEGRADAÇÃO DE PESTICIDAS

Elaborado por Vanessa Monteiro Santana Aluna do Curso de Biotecnologia da UEZO

Este trabalho de Graduação foi analisado e aprovado com Grau: 9 (nove)

Rio de Janeiro, 15 de dezembro de 2011.

Judith Liliana Solórzano Lemos (Doutorado em Tecnologia de Processos Químicos e Bioquímicos)

Vânia Lúcia Muniz de Pádua (Doutorado em Ciências Biológicas (Genética))

Ida Carolina Neves Direito (Doutorado em Biotecnologia Vegetal)

Rio de Janeiro, RJ – Brasil

Page 5: HOMOLOGIA ENTRE AS ENZIMAS CATECOL 1,2- DIOXIGENASES

iii

AGRADECIMENTOS

Em primeiro lugar, a Deus por ter me dado força para concluir este

trabalho.

À minha orientadora Ida Carolina Neves Direito, por todos os

conhecimentos adquiridos e também pelo apoio, paciência, compreensão...

Ao meu esposo Vitor, por todas as vezes que precisei, sempre estar à

disposição para me trazer, me buscar, cozinhar nos dias de prova, enfim, por todo

o apoio, carinho e compreensão.

À minha mãe e minhas irmãs, por sempre me dar uma palavra de apoio e

força nos momentos de fraqueza.

À Vanessa Frazão pelo companheirismo nos trabalhos em grupo, caronas,

passeios e também, por me dar força para não desistir.

Às minhas colegas do trabalho, Taiana, Elis, Marilene e Izabella por

sempre, que eu quis, pararem o que estavam fazendo e escutavam o meu treino

para apresentação do TCC.

E, mais uma vez, a Deus por me abençoar com o melhor presente do

mundo neste fim de curso, ano, enfim, de etapa na minha vida...

Page 6: HOMOLOGIA ENTRE AS ENZIMAS CATECOL 1,2- DIOXIGENASES

iv

Resumo Os pesticidas são substâncias que agem quimicamente com diferentes ingredientes ativos e estruturas, combatendo pragas, doenças e ervas daninhas. A aplicação inadequada pode afetar o ambiente contaminando o solo e as águas subterrâneas e outras fontes de água. Sabe-se que os pesticidas podem ser degradados em formas diferentes, mas, recentemente, a investigação tem sido focada na biodegradação. A biodegradação é um processo realizado principalmente por microorganismos que degradam em compostos orgânicos e inorgânicos. Processo de biodegradação pode ter como um intermediário comum a molécula catecol a qual pode degradar-se a partir da clivagem realizada por enzimas presentes nestes microorganismos: as catecol dioxigenases. O objetivo deste trabalho foi estudar a homologia entre as catecol dioxigenases de diferentes microrganismos. Para isso, foi realizada uma busca por seqüências dessas proteínas no banco de dados, alinhamento e construção de uma árvore evolutiva. Observou-se que as enzimas foram agrupadas de acordo com o seu substrato e também pelas suas subunidades. Com base nestes resultados, considera-se que há mais de dois genes que codificam para a mesma enzima em diversos microrganismos e que microrganismos podem ter mais do que um gene para codificar uma mesma enzima.

Palavras – chave: pesticida, biodegradação, microorganismo, genes, catecol

dioxigenases.

Page 7: HOMOLOGIA ENTRE AS ENZIMAS CATECOL 1,2- DIOXIGENASES

v

Abstract

Pesticides are substances that act chemically with different active ingredients and structures, battling pests, diseases and weeds. The improperly application of them can affect the environment contaminating the soil and the groundwater and other water sources. It is known that pesticides may be degraded in different ways, but recently, research has been focused on biodegradation. Biodegradation is a process performed mainly by microorganisms in which they degrade organic and inorganic compounds. Biodegradation process can have as a common intermediate the molecule catechol which can be degraded from the cleavage performed by enzymes present in these microorganisms: the catechol dioxygenases. The aim of this work was to study the homology between the catechol dioxygenases from different microorganisms. For this, we performed a search for sequences of these proteins in the database, alignment and construction of an evolutionary tree. It was observed that the enzymes were grouped according to their substrate and also by the enzyme subunits. Based on these results, we consider that there are genes that encode the same enzyme in various microorganisms and that there are microorganisms which have more than one gene encoding the same enzyme.

Keywords: pesticide, biodegradation, microorganisms, genes, catechol

dioxygenases.

Page 8: HOMOLOGIA ENTRE AS ENZIMAS CATECOL 1,2- DIOXIGENASES

vi

SUMÁRIO

1. Introdução.................................................................................................................. 1

1.1. Biodegradação................................................................................................... 6

1.2.Bioinformática..................................................................................................... 9

1.2.1. Bancos de dados........................................................................................ 9

1.2.2. BLAST (Basic Local Alignment Search Tool)..................................... 10

1.2.3. Alinhamento de sequências................................................................... 12

1.2.4. Árvore evolucionária ............................................................................... 13

1.3. Justificativa ...................................................................................................... 14

1.4. Objetivo ............................................................................................................. 14

1.4.1. Objetivos específicos ......................................................................... 15

2. Material e Métodos ............................................................................................. 16

2.1. Análises preliminares..................................................................................... 16

2.2. BLAST................................................................................................................ 16

2.3. Árvore evolucionária ...................................................................................... 17

3. Resultados e discussão........................................................................................ 18

3.1. Resultados preliminares................................................................................ 18

3.2. Homologia entre catecol 1,2-dioxigenases................................................ 24

4. Conclusões.............................................................................................................. 36

5. Referências Bibliográficas ................................................................................... 37

ANEXO I ........................................................................................................................ 40

Page 9: HOMOLOGIA ENTRE AS ENZIMAS CATECOL 1,2- DIOXIGENASES

vii

LISTA DE FIGURAS

Figura 1.1. Estrutura química do 2,4-D (ácido 2,4-diclorofenoxiacético) (ANVISA/SIA, 2004).................................................................................................1

Figura 1.2. Principais formas de dispersão de pesticidas no ambiente (RIBEIRO et al., 2010)..................................................................................................................3

Figura 1.3. Transformação de compostos aromáticos em catecol (WETLER, 2006)........................................................................................................................4

Figura 1.4. Clivagem extradiol proximal e distal, e intradiol do anel do catecol por dioxigenases (WETLER, 2006)................................................................................7

Figura 1.5. Rota de degradação do 2,4-D por Ralstonia eutropha JMP134 (DIREITO, 2009)......................................................................................................8

Figura 1.6. Página de resultados do BLAST..........................................................11

Figura 1.7. Alinhamento de sequências no programa MEGA 4.0..........................12

Figura 3.1.1. Árvore evolucionária das enzimas catecol 1,2-dioxigenases...........19

Figura 3.1.2. Apresentação da estrutura química dos substratos das enzimas dioxigenases..........................................................................................................20

Figura 3.1.3. Ramo em que o estudo foi detalhado devido as enzimas catecol 1,2-dioxigenases e clorocatecol 1,2-dioxigenases ficarem agrupadas em grande ramo.......................................................................................................................21

Figura 3.1.4. Árvores evolucionárias com as enzimas catecol 1,2-dioxigenases e clorocatecol 1,2-dioxigenases................................................................................23

Figura 3.2.1. Árvore evolucionária do primeiro segmento da árvore do anexo I..............................................................................................................................25

Figura 3.2.2. Árvore evolucionária do segundo segmento da árvore do anexo I..............................................................................................................................27

Figura 3.2.3. Árvore evolucionária do terceiro segmento da árvore do anexo I..............................................................................................................................29

Figura 3.2.4. Árvore evolucionária do quarto segmento da árvore do anexo I..............................................................................................................................31

Figura 3.2.5. Árvore evolucionária do quinto segmento da árvore do anexo I..............................................................................................................................32

Figura 3.2.6. Árvore evolucionária do sexto segmento da árvore do anexo I..............................................................................................................................33

Figura 3.2.7. Árvore evolucionária do sétimo segmento da árvore do anexo I..............................................................................................................................35

Page 10: HOMOLOGIA ENTRE AS ENZIMAS CATECOL 1,2- DIOXIGENASES

1

1. Introdução

A qualidade da produção agrícola é intensamente afetada pelo

aparecimento de pragas, doenças e ervas daninhas (COUTINHO et al., 2005;

DAMALAS et al., 2011). Na agricultura, os pesticidas são utilizados para proteger

as culturas contra esses organismos (BJORLING-POULSEN et al., 2008). Os

pesticidas são divididos em diferentes classes, dentre as quais podemos citar

herbicidas, fungicidas, acaricidas, larvicidas e inseticidas (DIREITO, 2005). De

acordo com dados da SINDAG (2011), as vendas de pesticidas atingiram a cifra

de R$ 12,706 bilhões entre janeiro e dezembro de 2008, com alta de 24% em

relação ao mesmo período de 2007 que foi de R$ 10,213 bilhões.

A toxidez do pesticida varia de acordo com o grupo químico em que se

enquadra (COUTINHO et al., 2005). Os pesticidas podem ser classificados de

acordo com a sua composição química em organoclorados, organofosforados,

carbamatos, piretróides, ditiocarbamatos, fentalamidas, dinitrofenóis,

pentaclorofenol, fenoxiacéticos e dipiridilos (GIL, 2010; RIBAS et al., 2009).

Dentre estes compostos, aproximadamente 70% dos pesticidas apresentam anéis

aromáticos em sua estrutura (DIREITO, 2005). Por exemplo, os herbicidas

clorofenoxi consistem de uma simples molécula de ácido carboxílico alifático

(BJORLING-POULSEN et al., 2008) (Figura 1.1). Devido à presença do anel

aromático, a degradação do pesticida pode ser dificultada (DIREITO, 2009).

Figura 1.1. Estrutura química do 2,4-D (ácido 2,4-diclorofenoxiacético) (ANVISA/SIA, 2004).

Page 11: HOMOLOGIA ENTRE AS ENZIMAS CATECOL 1,2- DIOXIGENASES

2

O que devemos considerar é que o uso indiscriminado de pesticidas pode

acarretar danos para o ambiente e a saúde humana (COUTINHO et al., 2005).

Estes podem se dispersar na natureza através de diferentes processos como

lixiviação e volatilização, dentre outros (GEBLER, 2004) (Figura 1.2). Conforme

Bjorling-Poulsen et al. (2008), mais de 25% de frutas, verduras e cereais contêm

resíduos detectáveis de pesticidas. Além disso, outras fontes, tais como água

contaminada, poeira e pulverizações também contribuem para a exposição

humana a pesticidas (BJORLING-POULSEN et al., 2008). Foi publicado que 45%

das substâncias que causam neurotoxicidade são pesticidas (BJORLING-

POULSEN et al., 2008). Os principais sintomas de intoxicação envolvem dores

de cabeça, tremores, náuseas, câimbras abdominais, diarréias e suores

(COUTINHO et al., 2005; BJORLING-POULSEN et al., 2008).

A degradação pode acontecer por meio de processos físicos, químicos e

biológicos (GEBLER, 2004). Na degradação física pode ocorrer adsorção,

lixiviação e volatilização (RIBAS et al., 2009). Na adsorção ocorre a adesão das

moléculas do pesticida com as partículas do solo (ROMAN et al., 2007; RIBAS et

al., 2009). A volatilização do pesticida se dá pela sua mudança de estado físico, o

que o torna mais vulnerável à degradação (GEBLER, 2004). A lixiviação ocorre

devido à movimentação lateral e vertical do herbicida através do solo (RIBAS et

al., 2009).

A degradação química pode ocorrer por meio da fotólise, oxi-redução e

hidrólise (GEBLER, 2004). Na fotólise ou fotodecomposição as moléculas do

pesticida são degradadas pela ação da luz solar (ROMAN et al., 2007). A oxi-

redução é o processo que atua nas trocas químicas que o pesticida realiza com

os componentes do solo, principalmente com a matéria orgânica (GEBLER et al.,

2007). Na hidrólise ocorre a reação do pesticida com a água, onde uma ou mais

ligações são rompidas e os produtos da reação incorporam os elementos da

molécula de água (ROMAN et al., 2007). A hidrólise facilita a absorção e

transformação do produto pelos micro-organismos (GEBLER, 2004).

Page 12: HOMOLOGIA ENTRE AS ENZIMAS CATECOL 1,2- DIOXIGENASES

3

Figura 1.2. Principais formas de dispersão de pesticidas no ambiente (RIBEIRO et

al., 2010).

A degradação biológica, também conhecida como biodegradação, é um

processo realizado pelos micro-organismos, no qual eles degradam compostos

orgânicos e inorgânicos (CARVALHO, 2010). Os micro-organismos podem fazer a

degradação de pesticidas utilizando-os como única fonte de carbono (DIREITO,

2009). São exemplos de famílias de bactérias biodegradadoras de pesticidas:

Coccaceae, Mycobacteriaceae, Bacteriaceae, Pseudomonadaceae, Spirillaceae e

Bacillaceae. Fungos dos gêneros Aspergillus, Penicillium, Oospora e Neurospora,

dentre outros, também são relatados como biodegradadores de pesticidas

(DIREITO, 2005). Quando esta degradação é utilizada para a eliminação de

elementos contaminantes do ambiente, este processo chama-se biorremediação

(DIREITO, 2009).

O processo de biodegradação tem como intermediário comum o catecol

(Figura 1.3) (WETLER, 2006). A degradação do catecol é originada a partir da

clivagem realizada pelas enzimas presentes nestes micro-organismos: as catecol

dioxigenases (WETLER, 2006). As enzimas catecol dioxigenases estão presentes

na maioria das rotas de degradação de compostos aromáticos (SILVA et al.,

2011). Primeiramente, ocorre a inserção de um átomo de oxigênio no anel

Page 13: HOMOLOGIA ENTRE AS ENZIMAS CATECOL 1,2- DIOXIGENASES

4

formando um grupamento hidroxila pelas mono-oxigenases, originando o catecol

(WETLER, 2006; SILVA et al., 2011). Em seguida, as dioxigenases inserem dois

átomos de oxigênio ao catecol, o que resulta na ruptura deste anel (DIREITO,

2009; WETLER, 2006). As catecol dioxigenases se dividem em dois grandes

grupos: catecol 1,2-dioxigenases e catecol 2,3-dioxigenases (WETLER, 2006).

Figura 1.3. Transformação de compostos aromáticos em catecol (WETLER,

2006).

Em bancos de dados como o NCBI (National Center for Biotechonology

Information) e Swiss-prot verifica-se que as enzimas catecol 1,2-dioxigenases são

codificadas por diferentes genes presentes em vários organismos (NCBI, 2011;

Swiss-prot, 2011). A partir desta observação, foi levantado o questionamento

sobre a evolução destas enzimas nos diferentes organismos em que elas se

encontram. Para buscar a compreensão da distribuição destas enzimas, pode-se

recorrer a análises de homologia.

Page 14: HOMOLOGIA ENTRE AS ENZIMAS CATECOL 1,2- DIOXIGENASES

5

Homologia é a similaridade atribuída a descendentes de um ancestral

comum (MESQUITA, 2011). Dois genes são homólogos se eles descendem de

um mesmo ancestral (RUSSO, 2011). Os genes podem ser classificados em

ortólogos e parálogos (CRUZ-COKE, 2001; SÓLIS-CALERO, 2008). Os genes

ortólogos descendem de um ancestral comum das espécies e, portanto, exercem

a mesma função em organismos diferentes (SÓLIS-CALERO, 2008). Ainda

conforme este autor, genes parálogos são aqueles que aparecem em uma ou

mais cópias em um organismo por um processo de duplicação.

O mecanismo evolutivo da duplicação gênica, que está associado a

mutações, permite certas divergências ao longo do tempo e, consequentemente,

à formação de famílias de proteínas correlacionadas, que apresentam algumas

diferenças com relação às suas sequências de aminoácidos, mas conservam alto

grau de similaridade estrutural (SILVA, 2007 apud DIREITO, 2009). As proteínas

que evoluem a partir de um ancestral comum são conhecidas como homólogas

(SANTOS FILHO, 2002). De acordo com Silva (2007), duas sequências

homólogas podem ser praticamente idênticas, similares em vários aspectos ou

até muito diferentes devido a várias mutações. Uma das maneiras mais eficientes

para se realizar uma busca de proteínas homólogas é através de similaridade

sequencial, lançando-se mão de técnicas de bioinformática (SILVA, 2007). Uma

vez que genes codificam proteínas que podem ser evolutivamente conservadas

(CRUZ-COKE, 2001), é possível realizar análises de homologia pela análise de

sequências de aminoácidos.

Na análise de homologia, podemos observar a nomenclatura de genes e

proteínas. Os problemas mais freqüentes relacionados à nomenclatura de genes

em trabalhos científicos são autores que se referem ao mesmo gene usando

nomes diferentes e autores que não deixam claro se estão se referindo ao gene

ou à proteína (SPLENDORE, 2005). Ainda de acordo com SPLENDORE, a

existência de problemas na nomenclatura de genes foi percebida já na década de

1960, quando ainda existiam poucos genes humanos identificados, e as primeiras

normas de nomenclatura foram apresentadas em 1979.

Page 15: HOMOLOGIA ENTRE AS ENZIMAS CATECOL 1,2- DIOXIGENASES

6

A seguir, serão introduzidas algumas informações adicionais, relacionadas

à biodegradação e bioinformática necessárias para o melhor entendimento deste

estudo.

1.1. Biodegradação

Biodegradação é a transformação de compostos orgânicos pela atividade

metabólica dos organismos (MORAIS, 2005). Um exemplo destes organismos são

as plantas, mas poucas espécies realizam biodegradação, sendo mais comum a

bioacumulação (LASAT, 2000; SINGER et al., 2003). Os micro-organismos são os

principais seres vivos a realizarem a biodegradação.

Micro-organismos degradam compostos orgânicos e inorgânicos por meio

da biodegradação (DIREITO, 2009). Através da biodegradação, os pesticidas

podem ser eliminados da natureza, já que os micro-organismos podem utilizá-los

como fonte de carbono (FLORES, 2010). Para que a biodegradação aconteça, os

micro-organismos utilizam um “maquinário enzimático” (DIREITO, 2009). Em

geral, as vias metabólicas de degradação microbiana consistem em uma série de

reações que originam uma molécula intermediária comum: o catecol (WETLER,

2006; SILVA, 2007). O catecol é formado a partir da introdução de um átomo de

oxigênio no anel aromático pelas enzimas mono-oxigenases (AVANZI et al., 2009;

DIREITO, 2009). As catecol dioxigenases inserem dois átomos de oxigênio ao

catecol, realizando a cisão do anel aromático (SILVA, 2007). A quebra do anel

pode ocorrer entre os grupos hidroxila (clivagem intradiol ou orto) ou adjacente a

um dos grupos hidroxila (clivagem extradiol ou meta) (WETLER, 2006; SILVA,

2011; CUNHA 2008) (Figura 1.4). As enzimas catecol 1,2 dioxigenases fazem a

orto-clivagem do catecol, enquanto as enzimas catecol 2,3 dioxigenases atuam na

meta-clivagem do catecol (CUNHA, 2008).

Page 16: HOMOLOGIA ENTRE AS ENZIMAS CATECOL 1,2- DIOXIGENASES

7

Figura 1.4. Clivagem extradiol proximal e distal, e intradiol do anel do catecol por

dioxigenases (WETLER, 2006).

As catecol dioxigenases fazem parte do grupo de enzimas que catalizam

as rotas de degradação em micro-organismos (DIREITO, 2009), resultando na

eliminação do pesticida do meio ambiente (FLORES, 2010). Um modelo de

estudo em que a rota de degradação do herbicida 2,4-D foi totalmente elucidada é

a de Ralstonia eutropha JMP134 (HOFFMANN et al., 2003). Nesta rota, há várias

enzimas que são codificadas por diversos genes (Figura 1.5). Dentre eles,

podemos destacar o gene tfdC, que codifica a enzima clorocatecol 1,2-

dioxigenase. Em bancos de dados como o NCBI e Swiss-Prot, observa-se que as

enzimas catecol dioxigenases são codificadas por diferentes genes em diferentes

micro- organismos. A partir desta observação, foi levantado o questionamento

sobre a evolução dessas enzimas nos diferentes organismos em que elas se

encontram. Para buscar a compreensão da distribuição destas enzimas, pode-se

recorrer a análises de homologia. Essas análises são realizadas utilizando-se

ferramentas de bioinformática.

Page 17: HOMOLOGIA ENTRE AS ENZIMAS CATECOL 1,2- DIOXIGENASES

8

Figura 1.5. Rota de degradação do 2,4-D por Ralstonia eutropha JMP134

(DIREITO, 2009).

Page 18: HOMOLOGIA ENTRE AS ENZIMAS CATECOL 1,2- DIOXIGENASES

9

1.2.Bioinformática

Bioinformática é uma ciência multidisciplinar, que envolve a união de

diversas linhas de conhecimento – a engenharia de softwares, a matemática, a

estatística, a ciência da computação e a biologia molecular (PROSDOCIMI, 2011).

Ela é a aplicação de ciência da computação à resolução de problemas da área

biológica (FORMIGHIERI, 2011). Formighieri (2011) diz que a bioinformática

suporta e potencializa muitas das tecnologias mais modernas na fronteira do

conhecimento, como sequenciamento e fenotipagem de alta quantidade de

dados. Outros exemplos do uso da bioinformática incluem os alinhamentos de

sequências (tanto de nucleotídeos quanto de aminoácidos), inferência

filogenética, buscas por similaridade de sequências em bancos de dados e a

classificação e predição de estruturas tridimensionais de proteínas (VIANEZ JR,

2007).

Para análises de homologia podemos utilizar as seguintes ferramentas da

bioinformática: busca em bancos de dados, alinhamento de sequências, BLAST e

construção de árvores evolucionárias.

1.2.1. Bancos de dados

Tem importância na bioinformática, devido à grande quantidade de

informações de sequências de nucleotídeos e aminoácidos que são produzidas

atualmente (PROSDOCIMI, 2011). Devido à magnitude do conjunto de dados

produzidos torna-se fundamental a organização desses dados em bancos que

permitam acesso on-line (VIANEZ JR, 2007). Os principais bancos de dados são

o NCBI (National Center for Biotechnology Information), GenBank, PDB (Protein

Data Bank) e Swiss-Prot. O NCBI foi criado para armazenagem e análise do

conhecimento sobre biologia molecular, bioquímica e genética (NCBI, 2004). Mais

especificamente, segundo o mesmo autor, o NCBI criou sistemas automatizados

para armazenar e analisar o conhecimento sobre a biologia molecular, bioquímica

e genética, facilitando o uso desses bancos de dados e softwares. O GenBank foi

criado e distribuído pelo NCBI (NCBI, 2004). É um completo banco de dados que

Page 19: HOMOLOGIA ENTRE AS ENZIMAS CATECOL 1,2- DIOXIGENASES

10

contém sequências de nucleotídeos, disponíveis ao público, de mais 380.000

organismos (NCBI, 2004). Estas sequências são conseguidas principalmente de

submissões de laboratórios individuais ou em lotes, de projetos de

sequenciamento de larga escala, incluindo projeto genoma e amostras de projetos

ambientais (BENSON et al., 2010). O PDB (Banco de Dados de Proteína) é o

único repositório mundial de informações sobre as estruturas 3D de grandes

moléculas biológicas, incluindo proteínas e ácidos nucléicos (PDB, 2011). O

Swiss-Prot é um banco de dados onde as informações sobre sequências de

proteínas foram anotadas e associadas a informações sobre função, domínios

funcionais, proteínas homólogas e outros (PROSDOCIMI, 2011).

1.2.2. BLAST (Basic Local Alignment Search Tool)

Busca sequências homólogas em bancos de dados de proteínas e ácidos

nucléicos (PROSDOCIMI, 2011). Utilizado para encontrar similaridades entre

sequências de nucleotídeos e proteínas contra bancos de dados com grande

número de seqüências dos mais diversos organismos (PROSDOCIMI, 2011). É

um dos principais programas utilizados na identificação dos genes

(PROSDOCIMI, 2011).

No BLAST, estão disponíveis várias sequências referências de diferentes

tipos de genomas para pesquisa, como por exemplo de humano, rato, Arabidopsis

thaliana, Drosophila melanogaster e micro-organismos. O programa BLAST

possui os recursos blastp, blastn, blastx, tblastn e tblastx, que realizam a busca

em bancos de dados específicos de proteínas ou nucleotídeos. O blastp realiza a

busca em bancos de dados de proteínas utilizando sequências de aminoácidos na

consulta (BLAST, 2011). Blastn busca sequências de nucleotídeos em bancos de

dados de nucleotídeos (BLAST, 2011). Blastx realiza busca em bancos de dados

de proteínas utilizando sequências de nucleotídeos traduzidos na consulta

(BLAST, 2011). O tblastn busca nucleotídeos traduzidos utilizando sequências de

proteínas na consulta (BLAST, 2011). O tblastx busca nucleotídeos traduzidos

utilizando sequências de nucleotídeos traduzidos na consulta (BLAST, 2011).

Page 20: HOMOLOGIA ENTRE AS ENZIMAS CATECOL 1,2- DIOXIGENASES

11

Como resultado, o BLAST mostra um quadro com os hits encontrados e os

alinhamentos realizados (Figura 1.6). Observa-se os parâmetros max scores de

alinhamento, que indicam a pontuação do alinhamento, query coverage, que

indica a porcentagem de cobertura da sequência pela sequência-molde e o valor

esperado (e-value), que representa a probabilidade desse evento ocorrer ao

acaso (VERLI, 2011; LBSBM, 2011). Quanto menor o valor do e-value, melhor o

resultado (LBSBM, 2011).

Figura 1.6. Página de resultados do BLAST.

Page 21: HOMOLOGIA ENTRE AS ENZIMAS CATECOL 1,2- DIOXIGENASES

12

1.2.3. Alinhamento de sequências

É usado para descobertas funcionais, estruturais e nos oferece informações

de sequências biológicas evolutivas. É um método que compara duas ou mais

sequências (alinhamento múltiplo) determinando o grau de similaridade entre elas

(PROSDOCIMI, 2011; VIANEZ JR, 2007) (Figura 1.7). No alinhamento múltiplo

procura-se uma série de caracteres individuais ou padrões de caracteres que

estão na mesma ordem nas seqüências (VIANEZ JR, 2007). Segundo este autor,

é uma matriz de dados onde as colunas representam caracteres homólogos. Com

esta técnica é possível identificar regiões conservadas na estrutura primária de

proteínas (VIANEZ JR, 2007). Um dos programas utilizados para alinhamento é o

CLUSTAL, que é um software que realiza alinhamentos múltiplos. Ele pode estar

disponível como software em versão individual ou inserido em programas como o

BLAST e MEGA 4.0.

No alinhamento há introdução de espaços (gaps), entre os monômeros de

uma ou mais sequências afim de se obter o melhor alinhamento possível (PINTO,

2011). Os gaps representam os eventos evolutivos de inserção ou deleção -

indels (VIANEZ JR, 2007), que dificultariam o alinhamento.

Figura 1.7. Alinhamento de sequências no programa MEGA 4.0.

Page 22: HOMOLOGIA ENTRE AS ENZIMAS CATECOL 1,2- DIOXIGENASES

13

1.2.4. Árvore evolucionária

Uma vez selecionadas as sequências homólogas dos organismos de

interesse e realizado o alinhamento destas, pode ser construída a árvore

evolucionária, que mostra graficamente como as sequências estão relacionadas

entre si (PROSDOCIMI, 2011). Para esse mesmo autor, essas árvores são

usadas para marcar as mudanças de aminoácidos que ocorrem durante a

evolução dos genes. É possível inferir que aminoácidos tenham sido derivados de

um gene ancestral em comum durante a evolução empregando esta ferramenta

de análise (PROSDOCIMI, 2011).

Os parâmetros observados para se construir a árvore evolucionária são

Teste Bootstrap de filogenia e Neighbor-joining (melhor vizinho). Bootstrap é um

método de construção de árvore onde ocorrem testes estatísticos para medir o

grau de suporte dos nós nas árvores filogenéticas pelo alinhamento das

seqüências (MELO JORGE, 2011). De acordo com MELO JORGE, 2011, o valor

de bootstrap representa o número de vezes que o agrupamento ocorreu nas

replicações. O método Neighbor-joining é baseado no princípio de evolução

mínima e identifica os vizinhos que sequencialmente minimizam o tamanho total

da árvore. É um dos algoritmos mais usados, eficiente e rápido (MELO JORGE,

2011).

Muitas enzimas já foram identificadas no genoma de bactérias com

capacidade de degradação de xenobióticos, dentre elas, fenol-monooxigenases e

catecol-dioxigenases (AVANZI et al., 2009). Há na literatura estudos que relatam

homologia entre organismos que degradam compostos aromáticos. Um exemplo

disso é o estudo realizado por AVANZI et al., 2009 onde sequências obtidas de

micro-organismos presentes em ambientes contaminados por fenóis foram

comparadas com outras sequências em bancos de dados como BLAST e

GenBank e apresentaram 95% de homologia com Pseudomonas aeruginosa.

Conforme este autor, diversas bactérias têm sido identificadas com ampla

capacidade de degradação de compostos aromáticos. Estas adquirem

rapidamente a capacidade de degradar compostos xenobióticos quando expostas

a estes compostos e na ausência de nutrientes mais facilmente degradáveis

Page 23: HOMOLOGIA ENTRE AS ENZIMAS CATECOL 1,2- DIOXIGENASES

14

(AVANZI et al., 2009). Por isso, encontram-se frequentemente envolvidas em

diversos processos de biorremediação (AVANZI et al., 2009).

1.3. Justificativa

O meio ambiente está cada vez mais contaminado por compostos de difícil

degradação, como os pesticidas. A partir daí, pensa-se em estudar uma forma de

melhorar estas condições. Uma delas é a Biorremediação, onde micro-

organismos utilizam os compostos contaminantes como alimento e, assim,

deixam o ambiente livre de contaminação. Esses micro-organismos apresentam

enzimas que fazem este serviço de “limpeza” do ambiente contaminado. Essas

enzimas estão presentes em diferentes gêneros e famílias de micro-organismos

que se encontram no solo. Para realizar a Biorremediação, é necessário o

conhecimento das espécies degradadoras presentes no solo, ou pelo menos,

requer o conhecimento da estrutura primária das enzimas encontradas nestes

micro-organismos. Para começar este estudo, é necessário uma busca das

sequências de aminoácidos dessas enzimas e verificar quais genes as codificam.

Fazendo isso, observa-se a variedade de genes e enzimas em diferentes micro-

organismos. Estudar a homologia entre essas enzimas pode facilitar o

entendimento da distribuição destas e também questionar a nomenclatura desses

genes, já que se as sequências são homólogas, por que são codificadas por

genes diferentes? Responder a esta e outras questões facilitariam o estudo de

muitos pesquisadores na área, pois poderá reduzir a variedade de informações

diferentes que, ao se obter resultados positivos de homologia, poderemos agrupá-

las e torná-las unificadas. E, mais adiante, podemos monitorar a degradação de

pesticidas por micro-organismos para, dessa forma, promovermos a

Biorremediação.

1.4. Objetivo

Estudar a homologia entre as catecol 1,2-dioxigenases presentes em rotas

de degradação de pesticidas em micro-organismos.

Page 24: HOMOLOGIA ENTRE AS ENZIMAS CATECOL 1,2- DIOXIGENASES

15

1.4.1. Objetivos específicos

• Selecionar sequências de aminoácidos de catecol 1,2-dioxigenases de micro-

organismos em bancos de dados.

• Alinhar as sequências de aminoácidos obtidas.

• Construir árvore evolucionária das catecol-dioxigenases.

Page 25: HOMOLOGIA ENTRE AS ENZIMAS CATECOL 1,2- DIOXIGENASES

16

2. Material e Métodos

2.1. Análises preliminares

As seqüências de aminoácidos das enzimas catecol 1,2 - dioxigenases

foram selecionadas no banco de dados Swiss–Prot (Disponível em:

<http://www.ebi.ac.uk/uniprot/>). Estas sequências foram alinhadas utilizando-se o

software ClustalX, empregando alinhamentos múltiplos. As análises

evolucionárias foram realizadas utilizando-se o software MEGA 4.0 (Tamura et al.,

2007). A história evolutiva foi inferida utilizando o método Neighbor-Joining

(Saitou & Nei, 1987). Foi realizado o teste de bootstrap (Felsenstein, 1985) 1000

vezes, e as distâncias evolutivas foram computadas utilizando a distância P do

software MEGA 4.0. Todas as posições contendo indels foram eliminadas do

conjunto de dados (opção complete deletion do software MEGA 4.0).

2.2. BLAST

Foi utilizado o parâmetro BLASTRefSeq, onde foram testadas 1776

sequencias referências de genomas de micro-organismos das famílias

Crenarchaeota, Desulfurococcales, Sulfolobales, Thermoproteales,

Archaeoglobales, Halobacteriales, Methanobacteriales, Methanococcales,

Methanomicrobiales, Methanopyrales, Methanosarcinales, Thermococcales,

Thermoplasmales, Nanoarchaeota, Actinobacteria, Bacteroidetes/Chlorobi,

Chlamydiae, Cyanobacteria; Bacillales, Clostridia, Lactobacillales; Mollicutes;

Rhizobiaceae, Burkholderiaceae, Neisseriaceae, Pseudomonadaceae,

Xanthomonadaceae com a sequência de nucleotídeos de Ralstonia eutropha

JMP134 para a enzima catecol 1,2-dioxigenase. Foi utilizada a ferramenta blastx.

Foi realizado download das sequências de aminoácidos para posterior

criação da árvore evolucionária dos micro-organismos que apresentaram query

coverage igual e maior que 80%.

Page 26: HOMOLOGIA ENTRE AS ENZIMAS CATECOL 1,2- DIOXIGENASES

17

2.3. Árvore evolucionária

Análises moleculares evolucionárias foram conduzidas utilizando o

software MEGA versão 4 (TAMURA et al., 2007). A árvore evolucionária foi

construída com 267 sequências de aminoácidos dos micro-organismos que

apresentaram query coverage igual e maior que 80%. Foi construída uma árvore

evolucionária com distância P e Neighbour-joining baseada no alinhamento de

aminoácidos. Foi realizado bootstrap baseado em 1000 amostragens de dados.

Page 27: HOMOLOGIA ENTRE AS ENZIMAS CATECOL 1,2- DIOXIGENASES

18

3. Resultados e discussão

3.1. Resultados preliminares

Com base na metodologia utilizada, foi construída a árvore evolucionária

das catecol 1,2 - dioxigenases (Figura 3.1.1). Observamos que as enzimas

clorocatecol 1,2 - dioxigenases estão agrupadas em um mesmo ramo (Figura

3.1.1), sendo codificadas pelos genes clcA, tcbC e tfdC. Os genes tfdC

permanecem juntos no ramo, embora presentes em duas espécies diferentes

(Burkholderia cepacia e Ralstonia eutropha). Neste ramo, os genes clcA estão

distantes evolutivamente. Em outro ramo, estão agrupadas as enzimas catecol

1,2 - dioxigenases codificadas pelos genes catA, hqd2 e pheB (Figura 3.1.1).

Também está presente neste ramo a enzima hidroxiquinol 1,2 - dioxigenase

codificada pelo gene chqB em Candida albicans. Note que no mesmo grupo dos

genes catA está presente o gene pheB, mas ambos codificam para catecol 1,2 -

dioxigenase. Observe a presença do gene catA em Rhodococcus opacus no ramo

das enzimas clorocatecol 1,2 - dioxigenases. Os demais genes catA estão juntos

em um mesmo ramo e são oriundos de micro-organismos do gênero

Acinetobacter. As clorocatecol 1,2 - dioxigenases e as catecol 1,2 - dioxigenases

ficaram agrupadas em um ramo maior. As enzimas 2,3 dihidroxifenilpropionato /

2,3 ácido dihidroxicinâmico 1,2 – dioxigenase estão agrupadas em função do

gene mhpB em um ramo distinto (Figura 3.1.1). Esse gene está presente em

Escherichia coli, Ralstonia eutropha e Rhodococcus sp.. Os genes bphC e linE

ficaram afastados dos demais e codificam as enzimas 2,3 – dihidroxibifenil 1,2 –

dioxigenase manganês dependente e clorohidroquinona 1,2 – dioxigenase,

respectivamente.

Os resultados obtidos sugerem uma proximidade entre catecol 1,2-

dioxigenases e clorocatecol 1,2-dioxigenases, embora estas enzimas utilizem

substratos diferentes. Uma possível explicação para isto é que, embora estas

enzimas utilizem substratos diferentes, todas são agrupadas no banco de dados

NCBI como catecol 1,2-dioxigenases pela sua função.

Page 28: HOMOLOGIA ENTRE AS ENZIMAS CATECOL 1,2- DIOXIGENASES

19

Figura 3.1.1. Árvore evolucionária das enzimas catecol 1,2-dioxigenases. Ramos apresentam o nome do gene que codifica a enzima seguido pela espécie microbiana na qual este foi estudado e, entre barras verticais, o código da sequência de aminoácidos no Genebank. Os símbolos indicam as enzimas codificadas: ■, clorocatecol 1,2 – dioxigenase; ▲, catecol 1,2 – dioxigenase; ♦, hidroxiquinol 1,2 – dioxigenase; ●, 2,3 – dihidroxifenilpropionato – ácido 2,3 – dihidroxinâmico 1,2 – dioxigenase; □, 2,3 – dihidroxibifenil 1,2 – dioxigenase manganês dependente; ○, clorohidroquinona/hidroquinona 1,2 – dioxigenase. Árvore evolucionária com distância P e neighbour-joining baseada no alinhamento de aproximadamente 214 aminoácidos. A escala de distância indica 0,2 substituições por sítio, números situados nas ramificações da árvore indicam porcentagem de recuperação de bootstrap baseado em 1000 amostragens de dados.

As similaridades não são apenas entre os genes. Conforme apontado por

Kim et al. (1999) e Moon et al. (1996), é possível encontrar até 94% de

similaridade entre as seqüências de aminoácidos que codificam catecol 2,3-

dioxigenase. É provável que essa situação também exista para catecol 1,2-

dioxigenases. Nesse contexto, um gene pode codificar a mesma enzima em

micro-organismos diferentes, como observado pela presença do gene tfdC em

Burkholderia cepacea e Ralstonia eutropha. Ou diferentes genes codificam uma

mesma enzima, como observado pela presença de clcA e tcbC em

Pseudomonas. Carrington et al. (1994) sugeriram que a nomenclatura a ser

utilizada em bph fosse a mesma de xyl em função destes genes apresentarem as

mesmas funções. Talvez esse aspecto deva ser considerado para buscar uma

Page 29: HOMOLOGIA ENTRE AS ENZIMAS CATECOL 1,2- DIOXIGENASES

20

maior clareza quanto às relações de homologia entre enzimas.

Outro aspecto a ser colocado é a possibilidade da existência de mais de

um cluster para estes genes, como observado para o gene catA em Acinetobacter

lwoffii K24 (Kim et al., 1999). Nesse exemplo, um deles é uma adaptação do seu

antecessor (Kim et al., 1999). Pudemos observar que realmente uma das

sequências se afasta evolutivamente das demais sequências de catA no gênero

Acinetobacter.

A análise da árvore evolucionária sugere que as enzimas ficaram mais

próximas, ou seja, são mais homólogas, quanto mais semelhantes as estruturas

moleculares de seus substratos (Figura 3.1.2). As catecol 1,2-dioxigenases

ficaram agrupadas com as clorocatecol 1,2-dioxigenases e a hidroxiquinol 1,2-

dioxigenase que apresentam substratos com pequenas diferenças estruturais. As

demais enzimas ficaram em ramos distintos, provavelmente em função da maior

complexidade de seus substratos.

Figura 3.1.2. Apresentação da estrutura química dos substratos das enzimas

dioxigenases.

Em sequência, foi realizado um estudo para detalhar o resultado

apresentado anteriormente. Mais especificamente, para verificar a presença do

gene catA que codifica catecol 1,2-dioxigenases em Rhodococcus opacus entre o

ramo dos genes que codificam as enzimas clorocatecol 1,2-dioxigenases. Neste

caso, somente foram utilizadas as sequências das enzimas catecol 1,2-

dioxigenases e clorocatecol 1,2-dioxigenases devido a estas ficarem agrupadas

em um ramo maior (Figura 3.1.3).

Substrato / Enzima Substrato / Enzima

Page 30: HOMOLOGIA ENTRE AS ENZIMAS CATECOL 1,2- DIOXIGENASES

21

.

Figura 3.1.3. Ramo em que o estudo foi detalhado devido as enzimas catecol 1,2-dioxigenases e clorocatecol 1,2-dioxigenases ficarem agrupadas em grande ramo.

Foram realizadas duas árvores: uma com e outra sem o gene catA de

Rhodococcus opacus (Figura 3.1.4). Como resultado, foi observado na árvore

sem o gene catA de Rhodococcus opacus que as enzimas ficaram totalmente

separadas em dois ramos de acordo com o substrato (Figura 3.1.4.a). E, na

árvore com este gene, o ramo com o mesmo ficou localizado entre os ramos dos

genes que codificam as clorocatecol 1,2-dioxigenases (Figura 3.1.4.b). Isto deve

ter ocorrido porque ao retirar as outras sequências, aumentou o número de

aminoácidos das sequências das enzimas catecol 1,2-dioxigenases e clorocatecol

1,2-dioxigenases que foram reanalisadas. Quando temos várias sequências de

tamanhos diferentes e com maior distância evolutiva, aumenta o número de gaps

e, estes são deletados ao realizarmos as análises evolutivas. Talvez, nesta

deleção pode-se perder fragmentos de regiões conservadas que alterem

consideravelmente o alinhamento e as análises evolucionárias.

E também podemos observar na Figura 3.1.4 que as enzimas novamente

Page 31: HOMOLOGIA ENTRE AS ENZIMAS CATECOL 1,2- DIOXIGENASES

22

ficaram agrupadas de acordo com o substrato, repetindo a mesma distribuição

entre os ramos, com exceção da enzima catecol 1,2-dioxigenase que ficou entre o

ramo das clorocatecol 1,2-dioxigenases. Mais uma vez, pode-se explicar isto

devido à sua classificação no banco de dados, onde as enzimas possuem a

mesma função, mas utilizam substratos diferentes. E talvez, a nomenclatura deste

gene seja diferente sem nenhum motivo aparente, já que as enzimas codificadas

por ele possuem a mesma função. Pode-se sugerir que esse aspecto deva ser

considerado para buscar uma maior clareza quanto às relações de homologia

entre enzimas.

Esses resultados preliminares serviram como base para um

aprofundamento deste estudo, utilizando um número muito maior de sequências

de aminoácidos das enzimas catecol 1,2-dioxigenases para melhor compreensão

da homologia entre essas enzimas. Essas sequências foram comparadas com a

sequência de aminoácidos de catecol 1,2-dioxigenase presente em Ralstonia

eutropha JMP134, micro-organismo no qual sua rota de degradação para o

herbicida ácido 2,4-diclorofenoxiacético (2,4-D) já foi completamente elucidada.

Page 32: HOMOLOGIA ENTRE AS ENZIMAS CATECOL 1,2- DIOXIGENASES

23

Figura 3.1.4. Árvores evolucionárias com as enzimas catecol 1,2-dioxigenases e clorocatecol 1,2-dioxigenases. Ramos apresentam o nome do gene que codifica a enzima seguido pela espécie microbiana na qual este foi estudado e, entre barras verticais, o código da sequência de aminoácidos no Genebank. Neighour-joining baseado no alinhamento de 240 aminoácidos. 0,1 substituções por sítio. Ramos em vermelho identificam as clorocatecol 1,2-dioxigenases e ramos verdes identificam as catecol 1,2-dioxigenases. a, árvore evolucionária sem o gene catA de Rhodococcus opacus. b, árvore evolucionária com o gene catA de Rhodococcus opacus.

clcA Pseudomonas putida |P11451|

tcbC Pseudomonas sp. strain P51)|P27098|

tfdC Burkholderia cepacia |P0A397|

tfdC Ralstonia eutropha (strain JMP134)|P0A396|

clcA Rhodococcus opacus |O67987|

pheB Pseudomonas sp. (strain

catA Acinetobacter sp. (strain ADP1)|P07773|

catA1 Acinetobacter lwoffii |O33948|

catA2 Acinetobacter lwoffii |O33950|

catA Acinetobacter genomo sp. 11 |Q43984|

hqd2 Candida albicans |P86029|

100

86

100

94

82

51

100

46

0.1

A

clcA Pseudomonas putida |P11451|

tcbC Pseudomonas sp. (strain P51) |P27098|

tfdC Burkholderia cepacia |P0A397|

tfdC Ralstonia eutropha (strain JMP134)

catA Rhodococcus opacus

clcA Rhodococcus

catA1 Acinetobacter lwoffii

catA Acinetobacter genomo sp.

pheB Pseudomonas sp. (strain EST1001)

catA Acinetobacter sp. (strain ADP1)

hqd2 Candida albicans

100

82

100

42

49

100

54

96

0.1

B

Page 33: HOMOLOGIA ENTRE AS ENZIMAS CATECOL 1,2- DIOXIGENASES

24

3.2. Homologia entre catecol 1,2-dioxigenases

Com base na metodologia utilizada, foi construída uma árvore

evolucionária com todas as sequências de aminoácidos das enzimas catecol 1,2-

dioxigenases que apresentaram homologia (query coverage) igual ou superior à

80% com a sequência de nucleotídeos de catecol 1,2-dioxigenase de Ralstonia

eutropha JMP 134. Foram analisados 1776 genomas e encontradas 267

sequências de aminoácidos com homologia igual ou superior a 80%.

Primeiramente, foi construída uma árvore evolucionária com todas as

sequências encontradas (Anexo 1). A partir desta árvore, foram construídas sete

árvores para detalhar os resultados observados na árvore inicial. Essas árvores

foram delimitadas de acordo com a divisão dos ramos na grande árvore (Anexo

1).

Nas árvores das Figuras 3.2.1; 3.2.2; 3.2.3; 3.2.4; 3.2.5 e 3.2.6 podemos

observar em ramos na cor rosa que há a mesma enzima sendo encontrada em

diferentes micro-organismos. E também podemos observar em ramos na cor

laranja que há vários ramos onde ocorrem diferentes enzimas em micro-

organismos diferentes, sendo observado 100% de bootstrap. Possivelmente,

estes agrupamentos ocorram porque o sítio de reações das enzimas podem não

se alterar devido à pequenas mudanças entre os respectivos substratos.

Na árvore da Figura 3.2.1, há dois grandes ramos onde há micro-

organismos das famílias Burkholderiaceae e outras Proteobacterias no ramo

delineado pelo retângulo de cor vermelha. No retângulo de cor verde da Figura

3.2.1, temos micro-organismos do grupo Actinobacteria.

Page 34: HOMOLOGIA ENTRE AS ENZIMAS CATECOL 1,2- DIOXIGENASES

25

Figura 3.2.1. Árvore evolucionária do primeiro segmento da árvore do anexo I. Ramos na cor rosa demonstram mesma enzima presente em micro-organismos diferentes. Ramos na cor laranja demonstram 100% de homologia em enzimas diferentes presentes em micro-organismos diferentes. Retângulo vermelho delimita micro-organismos da família Burkholderiaceae e outras Proteobacterias. Retângulo verde delimita micro-organismos da família Actinobacteria. Neighour-joining baseado no alinhamento de 348 aminoácidos. 0,1 substituções por sítio.

intradiol ring-cleavage dioxygenase [Comamonas testosteroni KF-1]

intradiol ring-cleavage dioxygenase [Comamonas testosteroni KF-1]

intradiol ring-cleavage dioxygenase [Leptothrix cholodnii SP-6]

intradiol ring-cleavage dioxygenase [Burkholderia cenocepacia MC0-3]

intradiol ring-cleavage dioxygenase [Burkholderia sp. 383]

catechol 1,2-dioxygenase [Burkholderia ambifaria AMMD]

intradiol ring-cleavage dioxygenase [Burkholderia graminis C4D1M]

6-chlorohydroxyquinol-1,2-dioxygenase [Herbaspirillum seropedicae SmR1]

6-Chlorohydroxyquinol-1,2-dioxygenase [Cupriavidus necator N-1]

hydroxyquinol 1,2-dioxygenase [Acidovorax avenae subsp. avenae ATCC 19860]

Hydroxyquinol 1,2-dioxygenase [Variovorax paradoxus S110]

intradiol ring-cleavage dioxygenase [Burkholderia graminis C4D1M]

hydroxyquinol 1,2-dioxygenase [Burkholderia phytofirmans PsJN]

catechol 1,2-dioxygenase [Ralstonia eutropha JMP134]

catechol 1,2-dioxygenase [Verminephrobacter eiseniae EF01-2]

hydroxyquinol 1,2-dioxygenase [Burkholderia pseudomallei MSHR346]

catechol 1,2-dioxygenase [Verminephrobacter aporrectodeae subsp. tuberculatae At4]

catechol 1,2-dioxygenase [Polaromonas sp. JS666]

hydroxyquinol 1,2-dioxygenase [Variovorax paradoxus EPS]

6-chlorohydroxyquinol-1,2-dioxygenase [Cupriavidus necator N-1]

catechol 1,2-dioxygenase [Ralstonia eutropha JMP134]

intradiol ring-cleavage dioxygenase [Variovorax paradoxus S110]

hydroxyquinol 1,2-dioxygenase [Sphingobium chlorophenolicum L-1]

intradiol ring-cleavage dioxygenase [Catenulispora acidiphila DSM 44928]

intradiol ring-cleavage dioxygenase [Mycobacterium vanbaalenii PYR-1]

catechol 1,2-dioxygenase [Streptomyces scabiei 87.22]

hydroxyquinol 1,2-dioxygenase [Nocardioidaceae bacterium Broad-1]

catechol 1,2-dioxygenase [Streptomyces griseoaurantiacus M045]

hydroxyquinol 1,2-dioxygenase [Streptomyces hygroscopicus ATCC 53653]

catechol 1,2-dioxygenase [Rhodococcus jostii RHA1]

intradiol ring-cleavage dioxygenase [Arthrobacter chlorophenolicus A6]

intradiol ring-cleavage dioxygenase [Arthrobacter chlorophenolicus A6]

catechol 1,2-dioxygenase [Corynebacterium glutamicum ATCC 13032]

hydroxyquinol 1,2-dioxygenase [Rhodococcus opacus B4]

catechol 1,2-dioxygenase [Amycolatopsis mediterranei U32]

hydroxyquinol 1,2-dioxygenase [Pseudonocardia dioxanivorans CB1190] 100

100

100

68

78

85

72

91

64

52

50

99

100

100

99

100

100

100

63 74

38

66

71

78

63 94

52

61

41

39

35

10

46

0.1

Page 35: HOMOLOGIA ENTRE AS ENZIMAS CATECOL 1,2- DIOXIGENASES

26

A presença de Cupriavidus necator N-1 e Ralstonia eutropha JMP134 em

um mesmo ramo com 100% de homologia ocorreu devido à mudanças na

taxonomia e, desde então, estas bactérias são consideradas sinônimos (NCBI,

2011). Há duas enzimas 6-clorohidroxiquinol 1,2-dioxigenases presentes em

Cupriavidus necator N-1 e duas enzimas catecol 1,2-dioxigenases presentes em

Ralstonia eutropha JMP134. Considerando que estamos falando da mesma

bactéria, é curioso que uma enzima 6-clorohidroxiquinol 1,2-dioxigenase e uma

enzima catecol 1,2-dioxigenase tenham ficado juntas em um mesmo sub-ramo.

Possivelmente, a enzima 6-clorohidroxiquinol 1,2-dioxigenase é uma catecol 1,2-

dioxigenase por estarem no mesmo micro-organismo e a distância evolutiva ser

mínima. Isto sugere que a nomenclatura destas enzimas estão inadequadas,

devendo ser padronizada.

A outra enzima catecol 1,2-dioxigenase presente em Ralstonia eutropha

JMP134 está bem distante evolutivamente tanto da outra 6-clorohidroxiquinol 1,2-

dioxigenase quanto do sub-ramo que contém as enzimas 6-clorohidroxiquinol 1,2-

dioxigenase e catecol 1,2-dioxigenase juntas. Possivelmente, tenham origem

evolutivas diferentes devido estarem em ramos distintos. Como o valor de

bootstrap do sub-ramo é inferior a 90%, teríamos que detalhar o estudo deste

ramo e verificar se a nossa hipótese é fundamentada.

Chama a atenção a proximidade evolutiva de catecol 1,2-dioxigenases

entre micro-organismos patogênicos, como a Burkholderia cenocepacia e um

fixador de nitrogênio, Herbaspirillum seropedicae. Possivelmente, Herbaspirillum

seropedicae necessita de dioxigenases, não só para seu metabolismo básico,

mas principalmente para sua interação com vegetais. Isto porque utiliza

metabólitos secundários vegetais como fonte de carbono e energia (SOARES et

al., 2011)

No ramo destacado em verde estão os micro-organismos dos gêneros de

grande interesse para a indústria e para o meio ambiente em função da produção

de aminoácidos e antibióticos (SILVA et al., 2005). Seria interessante detalhar que

esses micro-organismos que produzem estas substâncias tenham em seus

genomas enzimas relacionadas com degradação de compostos aromáticos e não

com a síntese destes.

Page 36: HOMOLOGIA ENTRE AS ENZIMAS CATECOL 1,2- DIOXIGENASES

27

Figura 3.2.2. Árvore evolucionária do segundo segmento da árvore do anexo I. Ramo rosa demonstra mesma enzima presente em micro-organismos diferentes. Ramo laranja demonstra 100% de homologia entre enzimas diferentes presentes em micro-organismos diferentes. Retângulo vermelho delimita micro-organismos da família Proteobacteria. Retângulo verde delimita homologia entre micro-organismos da família Actinobacteria. Neighour-joining baseado no alinhamento de 667 aminoácidos. 0,1 substituções por sítio.

Na árvore da Figura 3.2.2, há um ramo onde aparecem os micro-

organismos dos gêneros Rhodopseudomonas e Bradyrhizobium, ambos do grupo

Proteobacteria, delimitados em vermelho. Nesta mesma árvore, podemos

observar, destacado em verde, um pequeno ramo de micro-organismos da família

catechol 1,2-dioxygenase [Rhodopseudomonas palustris BisB5]

intradiol ring-cleavage dioxygenase [Rhodopseudomonas palustris HaA2]

intradiol ring-cleavage dioxygenase [Rhodopseudomonas palustris TIE-1]

hydroxyquinol 1,2-dioxygenase [Rhodopseudomonas palustris DX-1]

catechol 1,2-dioxygenase [Rhodopseudomonas palustris BisB18]

dioxygenase [Bradyrhizobium japonicum USDA 110]

catechol 1,2-dioxygenase [Bradyrhizobium sp. BTAi1]

catechol 1,2-dioxygenase [Bradyrhizobium sp. ORS 278]

intradiol ring-cleavage dioxygenase [Methylobacterium nodulans ORS 2060]

catechol 1,2-dioxygenase [Pelagibacterium halotolerans B2]

hydroxyquinol 1,2-dioxygenase [Sphingomonas wittichii RW1]

dioxygenase [Azorhizobium caulinodans ORS 571]

dioxygenase [Bradyrhizobium japonicum USDA 110]

iron-containing alcohol dehydrogenase [Pseudonocardia sp. P1]

maleylacetate reductase 1 [Streptomyces sp. AA4]

hydroxyquinol 1,2-dioxygenase [Pseudonocardia dioxanivorans CB1190]

hydroxyquinol 1,2-dioxygenase [Roseomonas cervicalis ATCC 49957]

100

84

91

89

6568

55

100

100

94

98

80

100

76

0.1

Page 37: HOMOLOGIA ENTRE AS ENZIMAS CATECOL 1,2- DIOXIGENASES

28

Actinobacteria. Note que esse ramo aparece em uma árvore onde predominam

micro-organismos da família Proteobacteria.

Nesta árvore onde predominam Proteobacterias, ocorrem micro-

organismos do grupo Actinobacteria apresentando duas enzimas com

similaridade com catecol 1,2-dioxigenases de Ralstonia eutropha JMP134,

embora com nomenclatura toatalmente diferentes: iron-containing alcohol

dehydrogenase e maleilacetato redutase. Estudos de homologia deveriam ser

realizados antes das nomenclaturas das proteínas, facilitando o estudo.

Na árvore da Figura 3.2.3, temos um ramo onde ficaram agrupados os

micro-organismos da família Rhizobiaceae, destacado em vermelho. Neste ramo,

observa-se a presença de Rhizobium leguminosarum bv. trifolii WSM1325 e de

bactérias do gênero Agrobacterium. Destacado em verde, há um grande ramo

onde ficaram agrupadas bactérias do grupo Actinobacteria. Destacado em azul,

estão os micro-organismos da família Burkholderiaceae, exceto os micro-

organismos Pseudomonas aeruginosa PA7 e Achromobacter xylosoxidans A8.

No retângulo vermelho, a família Rhizobiaceae possui espécimes

patogênicas e outras que são fixadores de nitrogênio. É conhecido que na

identificação da planta com a espécie Rhizobium leguminosarum ocorre a

sinalização através de flavonóides (Direito, 2009). Possivelmente, a presença de

catecol 1,2-dioxigenase está relacionada com a necessidade de degradação

destes flavonóides. No caso do gênero Agrobacterium, é realizada a infecção da

célula vegetal por estas bactérias, e estas enzimas podem ser úteis tanto para

sua defesa contra os metabólitos secundários vegetais, quanto para a

degradação de estruturas celulares. Também nesta árvore observamos a

proximidade de dioxigenases em Actinobacterias. Em azul, observou-se que

evolutivamente Pseudomonas areuginosa e Achromobacter xylosidans

descendem do mesmo ancestral de Burkholderia spp.

Page 38: HOMOLOGIA ENTRE AS ENZIMAS CATECOL 1,2- DIOXIGENASES

29

Figura 3.2.3. Árvore evolucionária do terceiro segmento da árvore do anexo I. Ramo rosa demonstra mesma enzima presente em micro-organismos diferentes. Retângulo vermelho delimita micro-organismos da família Rhizobiaceae. Retângulo verde delimita micro-organismos do grupo Actinobacteria. Retângulo azul delimita micro-organismos da família Burkholderiaceae. Neighour-joining baseado no alinhamento de 296 aminoácidos. 0,05 substituções por sítio.

dioxygenase [Agrobacterium sp. ATCC 31749]

dioxygenase [Agrobacterium tumefaciens str. C58]

catechol 1,2-dioxygenase [Agrobacterium sp. H13-3]

hydroxyquinol 1,2-dioxygenase [Agrobacterium tumefaciens F2]

intradiol ring-cleavage dioxygenase [Mesorhizobium ciceri biovar biserrulae WSM1271]

dioxygenase subfamily protein [Polymorphum gilvum SL003B-26A1]

intradiol ring-cleavage dioxygenase [Rhizobium leguminosarum bv. trifolii WSM1325]

catechol 1,2-dioxygenase [Bradyrhizobium sp. ORS 278]

hydroxyquinol 1,2-dioxygenase [Sphingomonas wittichii RW1]

hydroxyquinol 1,2-dioxygenase [Sphingobium chlorophenolicum L-1]

dioxygenase [Agrobacterium radiobacter K84]

hydroxyquinol 1,2-dioxygenase [Pseudonocardia dioxanivorans CB1190]

catechol 1,2-dioxygenase [Rhodococcus jostii RHA1]

hydroxyquinol 1,2-dioxygenase [Mycobacterium smegmatis str. MC2 155]

hydroxyquinol 1,2-dioxygenase [Pseudonocardia dioxanivorans CB1190]

hydroxyquinol 1,2-dioxygenase [Rhodococcus jostii RHA1]

hydroxyquinol 1,2-dioxygenase [Mycobacterium smegmatis str. MC2 155]

catechol 1,2-dioxygenase [Streptomyces scabiei 87.22]

catechol 1,2-dioxygenase [Streptomyces scabiei 87.22]

catechol 1,2-dioxygenase [Streptomyces zinciresistens K42]

catechol 1,2-dioxygenase [Streptomyces sviceus ATCC 29083]

catechol 1,2-dioxygenase [Streptomyces viridochromogenes DSM 40736]

hydroxyquinol 1,2-dioxygenase [Azospirillum sp. B510]

dioxygenase [Stappia aggregata IAM 12614]

dioxygenase [Sagittula stellata E-37]

6-chlorohydroxyquinol-1,2-dioxygenase [Rhodococcus jostii RHA1]

dioxygenase [Agrobacterium vitis S4]

catechol 1,2-dioxygenase 1 [Pelagibacterium halotolerans B2]

hydroxyquinol 1,2-dioxygenase [Rhizobium leguminosarum bv. trifolii WSM2304]

hydroxyquinol 1,2-dioxygenase [Cupriavidus necator N-1]

hydroxyquinol 1,2-dioxygenase [Pseudomonas aeruginosa PA7]

dioxygenase family protein 2 [Achromobacter xylosoxidans A8]

hydroxyquinol 1,2-dioxygenase [Cupriavidus metallidurans CH34]

intradiol ring-cleavage dioxygenase [Burkholderia phymatum STM815]

intradiol ring-cleavage dioxygenase [Burkholderia ambifaria MC40-6]

intradiol ring-cleavage dioxygenase [Burkholderia ambifaria AMMD]

intradiol ring-cleavage dioxygenase [Burkholderia ambifaria IOP40-10]

intradiol ring-cleavage dioxygenase [Burkholderia ambifaria MEX-5]

hydroxyquinol 1,2-dioxygenase [Burkholderia multivorans CGD2M]

hydroxyquinol 1,2-dioxygenase [Burkholderia multivorans CGD1]

hydroxyquinol 1,2-dioxygenase [Burkholderia multivorans ATCC 17616]

intradiol ring-cleavage dioxygenase [Burkholderia multivorans ATCC 17616]

95

74

100

84

91

67

75

100

100

60

63

80

98

99

51

97

66

60

69

54

66

92

69

99

92

99

34

99

100

69

89

97

98

72

100

99

57

99

52

0.05

Page 39: HOMOLOGIA ENTRE AS ENZIMAS CATECOL 1,2- DIOXIGENASES

30

Na árvore da Figura 3.2.4, observa-se um ramo destacado em vermelho

onde ocorrem somente micro-organismos da família Rhizobiaceae. Em verde,

estão os micro-organismos do grupo Proteobacteria. Mais uma vez temos uma

representação em Rhizobium leguminosarum e Agrobacterium, enfatizando a

importância das catecol 1,2-dioxigenases para estas bactérias. Também ocorre

nesta árvore homologia entre hidroxiquinol 1,2-dioxigenases de Cupriavidus

taiwanenses com uma enzima identificada como uma desidrogenase presente em

Cupriavidus necator. Novamente devemos repensar a questão da nomenclatura

destas enzimas.

Na árvore da figura 3.2.5, observe que ocorre apenas um ramo, destacado

em vermelho, em que ocorre a enzima clorocatecol 1,2-dioxigenase. Em toda a

árvore é predominante a enzima catecol 1,2-dioxigenase.

Assim como nas outras árvores, a filogenia não está diretamente

relacionada com a evolução de proteínas como vimos nas enzimas catecol 1,2-

dioxigenases. Isto pode está relacionado com a transferência de material genético

entre bactérias pela troca de plasmídeos ou pela inserção de material genético ao

cromossomo.

Page 40: HOMOLOGIA ENTRE AS ENZIMAS CATECOL 1,2- DIOXIGENASES

31

Figura 3.2.4. Árvore evolucionária do quarto segmento da árvore do anexo I. Ramo rosa demonstra mesma enzima presente em micro-organismos diferentes. Ramo laranja demonstra 100% de homologia em enzimas diferentes presentes em micro-organismos diferentes. Retângulo vermelho delimita micro-organismos da família Rhizobizaceae. Retângulo verde delimita homologia entre micro-organismos da família Proteobacteria. Neighour-joining baseado no alinhamento de 363 aminoácidos. 0,1 substituções por sítio.

intradiol ring-cleavage dioxygenase [Rhizobium etli GR56]

intradiol ring-cleavage dioxygenase [Rhizobium leguminosarum bv. trifolii WSM2304]

catechol 1,2-dioxygenase [Sinorhizobium fredii NGR234]

catechol 1,2-dioxygenase [Rhizobium etli CFN 42]

intradiol ring-cleavage dioxygenase [Agrobacterium sp. H13-3]

intradiol ring-cleavage dioxygenase [Methylobacterium nodulans ORS 2060]

intradiol ring-cleavage dioxygenase [Sphingomonas wittichii RW1]

catechol 1,2-dioxygenase [Bradyrhizobium japonicum USDA 110]

catechol 1,2-dioxygenase [Bradyrhizobium sp. BTAi1]

catechol 1,2-dioxygenase [Bradyrhizobium sp. ORS 278]

catechol 1,2-dioxygenase [Polymorphum gilvum SL003B-26A1]

intradiol ring-cleavage dioxygenase [Delftia acidovorans SPH-1]

intradiol ring-cleavage dioxygenase [Xanthobacter autotrophicus Py2]

intradiol ring-cleavage dioxygenase [Variovorax paradoxus S110]

intradiol ring-cleavage dioxygenase [Polaromonas sp. JS666]...

intradiol ring-cleavage dioxygenase [Sphingomonas wittichii RW1]

short-chain dehydrogenase/reductase SDR [Cupriavidus necator N-1]

hydroxyquinol 1,2-dioxygenase [Cupriavidus taiwanensis LMG 19424]

catechol 1,2-dioxygenase [Cupriavidus taiwanensis LMG 19424]

dioxygenase family protein 1 [Achromobacter xylosoxidans A8]

Hydroxyquinol 1,2-dioxygenase [Variovorax paradoxus S110]

hydroxyquinol 1,2-dioxygenase [Variovorax paradoxus EPS]

hydroxyquinol 1,2-dioxygenase [Burkholderia gladioli BSR3]

Intradiol ring-cleavage dioxygenase [Polymorphum gilvum SL003B-26A1]

intradiol ring-cleavage dioxygenase [Rubrobacter xylanophilus DSM 9941]

chlorocatechol 1,2-dioxygenase [Rhodobacterales bacterium Y4I]

dioxygenase [Oceanicola batsensis HTCC2597]

dioxygenase [Sagittula stellata E-37]

dioxygenase [Stappia aggregata IAM 12614]

dioxygenase [Roseobacter sp. MED193]

dioxygenase [Roseovarius sp. 217]

intradiol ring-cleavage dioxygenase [Roseovarius sp. TM1035]

intradiol ring-cleavage dioxygenase [Mesorhizobium ciceri biovar biserrulae WSM1271]

catechol 1,2-dioxygenase [Bradyrhizobium sp. ORS 278]

intradiol ring-cleavage dioxygenase [Rhizobium leguminosarum bv. trifolii WSM1325]

intradiol ring-cleavage dioxygenase [Cupriavidus taiwanensis LMG 19424]

100

100

100

99

100

96

100

100

100

73

99

100

66

71

57

34

76

84 43

78

83

97

100 99

89

91

61

93

50

100

84

71

50

0.1

Page 41: HOMOLOGIA ENTRE AS ENZIMAS CATECOL 1,2- DIOXIGENASES

32

Figura 3.2.5. Árvore evolucionária do quinto segmento da árvore do anexo I. Ramo rosa demonstra mesma enzima presente em micro-organismos diferentes. Retângulo vermelho delimita enzimas clorocatecol 1,2-dioxigenases. Neighour-joining baseado no alinhamento de 362 aminoácidos. 0,1 substituções por sítio.

Na árvore da figura 3.2.6, ocorre um grande ramo, destacado em vermelho,

com todos os micro-organismos da família Pseudomonaceae que apresentaram

80% ou mais de homologia com catecol 1,2-dioxigenase de Ralstonia eutropha

JMP134. Em verde há um ramo com predominância de micro-organismos do

grupo Proteobacteria, exceto o micro-organismo Cupriavidus necator N-1, que

pertence à família Burkholderiaceae.

Nos gênero Pseudomonas a identificação de catecol 1,2-dioxigenases está

adequada porque em apenas uma espécime é observada uma enzima com

nomenclatura diferente: Pseudomonas forenses em intradiol ring-cleavage

catechol 1,2-dioxygenase [Mycobacterium sp. KMS]

catechol 1,2-dioxygenase [Mycobacterium sp. MCS]

catechol 1,2-dioxygenase [Mycobacterium sp. JLS]

catechol 1,2-dioxygenase [Mycobacterium smegmatis str. MC2 155]

catechol 1,2-dioxygenase [Mycobacterium gilvum PYR-GCK]

catechol 1,2-dioxygenase [Mycobacterium sp. Spyr1]

catechol 1,2-dioxygenase [Nocardioidaceae bacterium Broad-1]

catechol 1,2-dioxygenase [Gordonia alkanivorans NBRC 16433]

catechol 1,2-dioxygenase [Gordonia neofelifaecis NRRL B-59395]

catechol 1,2-dioxygenase [Streptomyces sp. AA4]

catechol 1,2-dioxygenase [Saccharomonospora viridis DSM 43017]

catechol 1,2-dioxygenase [Saccharopolyspora erythraea NRRL 2338]

catechol 1,2-dioxygenase [Nocardioides sp. JS614]

catechol 1,2-dioxygenase [Arthrobacter arilaitensis Re117]

catechol 1,2-dioxygenase [Arthrobacter phenanthrenivorans Sphe3]

catechol 1,2-dioxygenase [Gordonia bronchialis DSM 43247]

catechol 1,2-dioxygenase [Arthrobacter sp. FB24]

catechol 1,2-dioxygenase [Streptomyces ghanaensis ATCC 14672]

catechol 1,2-dioxygenase [Streptomyces hygroscopicus ATCC 53653]

catechol 1,2-dioxygenase [Geodermatophilus obscurus DSM 43160]

Catechol 1,2-dioxygenase [Pseudonocardia sp. P1]

catechol 1,2-dioxygenase [Corynebacterium ammoniagenes DSM 20306]

catechol 1,2-dioxygenase [Corynebacterium efficiens YS-314]

catechol 1,2-dioxygenase [Dietzia cinnamea P4]

catechol 1,2-dioxygenase [Rhodococcus erythropolis SK121]

catechol 1,2-dioxygenase [Gordonia alkanivorans NBRC 16433]

catechol 1,2-dioxygenase [Rhodococcus jostii RHA1]

catechol 1,2-dioxygenase [Rhodococcus opacus B4]

catechol 1,2-dioxygenase [Pseudonocardia dioxanivorans CB1190]

Catechol 1,2-dioxygenase [Pseudonocardia dioxanivorans CB1190]

chlorocatechol 1,2-dioxygenase [Sphingobium japonicum UT26S]

3-chlorocatechol 1,2-dioxygenase [Burkholderia xenovorans LB400]

chlorocatechol 1,2-dioxygenase [Ralstonia eutropha JMP134]

catechol 1,2-dioxygenase [Streptomyces griseoaurantiacus M045]

98 100

100

99

100

98

66

49

92 99

99 85

68 100

100

95

99

69

35

79 18

33 51

96

61

54

45

98

29

14

17

0.1

Page 42: HOMOLOGIA ENTRE AS ENZIMAS CATECOL 1,2- DIOXIGENASES

33

dioxigenase. Novamente observa-se a enzima catecol 1,2-dioxigenase de

Cupriavidus necator sinalizando a diversidade nas sequências de catecol 1,2-

dioxigenases desta bactéria. Isto se deve a várias cópias de enzimas com a

mesma função em um mesmo micro-organismo.

Figura 3.2.6. Árvore evolucionária do sexto segmento da árvore do anexo I. Ramo rosa demonstra mesma enzima presente em micro-organismos diferentes. Retângulo vermelho delimita micro-organismos da família Pseudomonaceae. Retângulo verde delimita micro-organismos da família Proteobacteria, exceto Cupriavidus necator N-1. Neighour-joining baseado no alinhamento de 325 aminoácidos. 0,05 substituções por sítio.

catechol 1,2-dioxygenase [Pseudomonas putida KT2440]

catechol 1,2-dioxygenase [Pseudomonas putida W619]

catechol 1,2-dioxygenase [Pseudomonas entomophila L48]

catechol 1,2-dioxygenase [Pseudomonas fluorescens Pf0-1]

intradiol ring-cleavage dioxygenase [Pseudomonas fluorescens Pf0-1]

catechol 1,2-dioxygenase [Pseudomonas sp. TJI-51]

catechol 1,2-dioxygenase [Pseudomonas putida GB-1]

catechol 1,2-dioxygenase [Pseudomonas putida F1]

catechol 1,2-dioxygenase [Pseudomonas putida KT2440]

catechol 1,2-dioxygenase [Pseudomonas stutzeri ATCC 17588 = LMG 11199]

catechol 1,2-dioxygenase [Pseudomonas mendocina NK-01]

catechol 1,2-dioxygenase [Pseudomonas aeruginosa PA7]

catechol 1,2-dioxygenase [Pseudomonas aeruginosa UCBPP-PA14]

catechol 1,2-dioxygenase [Pseudomonas aeruginosa LESB58]

catechol 1,2-dioxygenase [Pseudomonas aeruginosa PAO1]

catechol 1,2-dioxygenase [Pseudomonas fluorescens WH6]

catechol 1,2-dioxygenase [Pseudomonas fluorescens WH6]

catechol 1,2-dioxygenase [Pseudomonas fluorescens SBW25]

catechol 1,2-dioxygenase [Pseudomonas fluorescens Pf-5]

catechol 1,2-dioxygenase [Pseudomonas fulva 12-X]

catechol 1,2-dioxygenase [Pseudomonas syringae pv. japonica str. M301072PT]

Catechol 1,2-dioxygenase [Pseudomonas brassicacearum subsp. brassicacearum NFM421]

Catechol 1,2-dioxygenase [Pseudomonas savastanoi pv. savastanoi NCPPB 3335]

catechol 1,2-dioxygenase [Pseudomonas syringae pv. aesculi str. NCPPB3681]

catechol 1,2-dioxygenase [Pseudomonas syringae pv. actinidiae str. M302091

catechol 1,2-dioxygenase [Pseudomonas syringae pv. morsprunorum str. M302280PT]

catechol 1,2-dioxygenase [Methylobacterium nodulans ORS 2060]

catechol 1,2-dioxygenase [Methylobacterium sp. 4-46]

catechol 1,2-dioxygenase [Sphingobium japonicum UT26S]

catechol 1,2-dioxygenase [Sphingomonas wittichii RW1]

catechol 1,2-dioxygenase [Xanthobacter autotrophicus Py2]

catechol 1,2-dioxygenase [Agrobacterium radiobacter K84]

intradiol ring-cleavage dioxygenase [Delftia acidovorans SPH-1]

intradiol ring-cleavage dioxygenase [Polaromonas naphthalenivorans CJ2]

catechol 1,2-dioxygenase [Cupriavidus necator N-1]

catechol 1,2-dioxygenase [Achromobacter xylosoxidans A8]

intradiol ring-cleavage dioxygenase [Acidovorax ebreus TPSY]

intradiol ring-cleavage dioxygenase [Acidovorax sp. JS42]100

90

78

68

100

100

89

42

67

55

100

98

59

100

88

93

82

78

48

99

92

84

100

100

86

99

100

99

70

59

98 93

89

78

94

0.05

Page 43: HOMOLOGIA ENTRE AS ENZIMAS CATECOL 1,2- DIOXIGENASES

34

Na árvore da figura 3.2.7, só ocorreram as enzimas catecol 1,2-

dioxigenases presentes predominantemente em organismos da família

Burkholderiaceae. Note que, em vermelho, estão os micro-organismos da família

Neisseriaceae em um pequeno ramo. Nesta árvore ocorre a presença de catecol

1,2-dioxigenase em Ralstonia solanacearum, uma bactéria que é responsável

podridão em raízes de solanáceas. É possível que assim como em

Agrobacterium, esta enzima seja empregada para degradação de estruturas

celulares e para a sobrevivência da bactéria frente à ação de metabólitos

secundários.

Devemos considerar que todos os organismos possuem substâncias

aromáticas que podem dar origem ao catecol na sua degradação. Um exemplo

destas substâncias aromáticas é o aminoácido triptofano, onde em seu

catabolismo, pode chegar a catecol (URCAMP, 2011). É curioso não observar

estas enzimas em muitos micro-organismos devido a presença do triptofano.

Talvez, estas enzimas não tenham apresentado homologia por ter sido

selecionado somente um micro-organismo e uma enzima como referência.

Page 44: HOMOLOGIA ENTRE AS ENZIMAS CATECOL 1,2- DIOXIGENASES

35

Figura 3.2.7. Árvore evolucionária do sétimo segmento da árvore do anexo I.Retângulo vermelho delimita micro-organismos da família Neisseriaceae. Neighour-joining baseado no alinhamento de 321 aminoácidos. 0,05 substituções por sítio.

catechol 1,2-dioxygenase [Burkholderia cenocepacia HI2424] catechol 1,2-dioxygenase [Burkholderia cenocepacia AU 1054]

catechol 1,2-dioxygenase [Burkholderia cenocepacia HI2424] catechol 1,2-dioxygenase 1 [Burkholderia cenocepacia J2315]

catechol dioxygenase [Burkholderia sp. 383] catechol 1,2-dioxygenase [Burkholderia ambifaria MC40-6] catechol 1,2-dioxygenase [Burkholderia ambifaria AMMD]

catechol 1,2-dioxygenase [Burkholderia ambifaria IOP40-10] catechol 1,2-dioxygenase [Burkholderia ambifaria MEX-5]

catechol 1,2-dioxygenase [Burkholderia ubonensis Bu] catechol 1,2-dioxygenase [Burkholderia multivorans CGD1] catechol 1,2-dioxygenase [Burkholderia multivorans ATCC 17616]

catechol 1,2-dioxygenase [Burkholderia oklahomensis EO147] catechol 1,2-dioxygenase [Burkholderia oklahomensis C6786]

catechol 1,2-dioxygenase [Burkholderia thailandensis TXDOH] catechol 1,2-dioxygenase [Burkholderia thailandensis E264]

catechol 1,2-dioxygenase [Burkholderia thailandensis MSMB43] catechol 1,2-dioxygenase [Burkholderia pseudomallei 7894] catechol 1,2-dioxygenase [Burkholderia mallei ATCC 23344] catechol 1,2-dioxygenase [Burkholderia mallei FMH] catechol 1,2-dioxygenase [Cupriavidus necator N-1]

catechol 1,2-dioxygenase [Burkholderia phytofirmans PsJN] catechol 1,2-dioxygenase [Burkholderia xenovorans LB400]

catechol 1,2-dioxygenase [Burkholderia phymatum STM815] catechol 1,2-dioxygenase [Burkholderia gladioli BSR3]

catechol 1,2-dioxygenase [Herbaspirillum seropedicae SmR1] catechol 1,2-dioxygenase [Cupriavidus metallidurans CH34]

catechol dioxygenase [Ralstonia eutropha JMP134] Catechol 1,2-dioxygenase [Oxalobacteraceae bacterium IMCC9480] catechol 1,2-dioxygenase [Ralstonia solanacearum CFBP2957] Catechol 1,2-dioxygenase [Ralstonia solanacearum UW551]

catechol 1,2-dioxygenase [Ralstonia solanacearum PSI07] Catechol 1,2-dioxygenase [Cupriavidus metallidurans CH34]

catechol 1,2-dioxygenase CatA [Cupriavidus necator N-1] catechol 1,2-dioxygenase [Lutiella nitroferrum 2002] catechol 1,2-dioxygenase [Pseudogulbenkiania sp. NH8B] catechol 1,2-dioxygenase [Pseudogulbenkiania sp. NH8B]

catechol 1,2-dioxygenase [Xanthobacter autotrophicus Py2] catechol 1,2-dioxygenase [Azospirillum sp. B510]

catechol 1,2-dioxygenase [Alicycliphilus denitrificans BC] catechol 1,2-dioxygenase [Herbaspirillum seropedicae SmR1]

catechol 1,2-dioxygenase [Paracoccus denitrificans PD1222] catechol 1,2-dioxygenase [Burkholderia multivorans CGD1]

catechol 1,2-dioxygenase [Burkholderia multivorans ATCC 17616] catechol 1,2-dioxygenase [Burkholderia multivorans CGD2M]

catechol 1,2-dioxygenase [Burkholderia graminis C4D1M] catechol 1,2-dioxygenase [Burkholderia phytofirmans PsJN]

Catechol 1,2-dioxygenase [Burkholderia glumae BGR1] catechol 1,2-dioxygenase 1 [Ralstonia sp. 5_2_56FAA] catechol 1,2-dioxygenase [Ralstonia sp. 5_7_47FAA] catechol 1,2-dioxygenase [Ralstonia pickettii 12J]

catechol 1,2-dioxygenase [Ralstonia pickettii 12D] catechol 1,2-dioxygenase [Burkholderia vietnamiensis G4]

catechol 1,2-dioxygenase [Burkholderia ambifaria AMMD] catechol 1,2-dioxygenase [Burkholderia ambifaria MC40-6]

catechol 1,2-dioxygenase [Burkholderia ambifaria IOP40-10] catechol 1,2-dioxygenase [Burkholderia ambifaria MEX-5]

catechol 1,2-dioxygenase [Burkholderia sp. 383] catechol 1,2-dioxygenase 2 [Burkholderia cenocepacia J2315]

catechol 1,2-dioxygenase [Burkholderia cenocepacia AU 1054] catechol 1,2-dioxygenase [Burkholderia cenocepacia MC0-3]

90 90

100

57

63

73

63 97

76

88 100

88

66

68

25

22

34

100

99

97 100

99

100

90

98

92

100

81

100

99

78

51

66

70

100 95

64

70 88

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100

99

99

85

55

83 100

51

64

41

89 98

73

91

99 59 56

0.05

Page 45: HOMOLOGIA ENTRE AS ENZIMAS CATECOL 1,2- DIOXIGENASES

36

4. Conclusões

• Nos estudos preliminares não foi observado um padrão entre espécies

microbianas e os genes codificadores para uma mesma enzima.

• No detalhamento deste estudo preliminar, a presença do gene catA

codificando catecol 1,2-dioxigenases em Rhodococcus opacus pode indicar

que, talvez, a nomenclatura deste gene não seja adequada, visto que, as

enzimas foram agrupadas anteriormente de acordo com o seu substrato.

• A presença de micro-organismos que codificam a mesma enzima ou

enzimas diferentes pode ocorrer devido ao sítio das enzimas não se

alterarem com pequenas mudanças em seus substratos.

• A presença de homologia entre o mesmo micro-organismo codificando

enzimas diferentes pode indicar que, talvez, a nomenclatura dessas

enzimas não estejam adequadas, devendo ser padronizadas. Estudos de

homologia deveriam ser realizados antes das nomenclaturas das proteínas,

facilitando o estudo.

• Possivelmente, a presença de catecol 1,2-dioxigenase em bactérias

patogênicas ou fixadoras de nitrogênio está relacionada com a

necessidade de degradação de estruturas celulares ou para sua defesa

contra os metabólitos secundários vegetais.

• A enzima catecol 1,2-dioxigenase em Cupriavidus necator N-1 ou Ralstonia

eutropha JMP134 sinaliza a diversidade nas sequências de catecol 1,2-

dioxigenases desta bactéria. Isto se deve a várias cópias de enzimas com

a mesma função em um mesmo micro-organismo.

• Foi observado que a filogenia não está diretamente relacionada com a

evolução de proteínas.

Page 46: HOMOLOGIA ENTRE AS ENZIMAS CATECOL 1,2- DIOXIGENASES

37

5. Referências Bibliográficas

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Page 49: HOMOLOGIA ENTRE AS ENZIMAS CATECOL 1,2- DIOXIGENASES

40

ANEXO I

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13

0.1

Figura I.1. Árvore evolucionária de enzimas dioxigenases Neighour-joining baseado no alinhamento de 321 aminoácidos. 0,05 substituções por sítio.

Primeiro segmento

Segundo segmento

Terceiro segmento

Quarto segmento

Quinto segmento

Sexto segmento

Sétimo segmento