história da educação
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EDF 120 – História da Educação II
Seminário IIA alfabetização como problema
Integrantes do grupo
Ana Carolina Anna KarinaFernanda GersoniMaria Fernanda MartaMax MirnaNathália G. Natalia M.Raíssa
A alfabetização comoproblema
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Contexto
Contexto histórico Situação
Durante o Império, pela Constituição de 1824 Participação política por meio de eleições
indiretas Base eleitoral selecionada pela renda Grande parte da população excluída do pleito Não havia restrição em relação à instrução
Em 1880, projeto Saraiva Eleição direta Admitia elegibilidade dos católicos, ingênuos,
libertos e naturalizados Restrição do voto analfabeto
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Contexto histórico Situação
Rui Barbosa acreditava que a restrição do voto analfabeto seria um estímulo para instrução das classes populares, para que estas pudessem participar das decisões políticas
A Lei Saraiva, entretanto, não garantiu um maior interesse público pela difusão da instrução. Houve uma ampliação restrita das bases eleitorais e o preconceito em relação ao analfabeto foi difundido
A Lei Saraiva tornou a instrução um mecanismo complementar de exclusão para escravos libertos e elementos das classes trabalhadoras que conseguissem acumular alguma renda
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Contexto histórico Situação
Até o final do Império a instrução não era condição para que o indivíduo participasse da classe dominante ou das principais atividades do país
Neste tempo, 'o não saber ler não afetava o bom senso, a dignidade, o conhecimento, a perspicácia, a inteligência do indivíduo; não o impedia de ganhar dinheiro, ser chefe de família. Exercer o pátrio poder, ser tutor'
Somente quando a instrução se converte em instrumento de identificação das classes dominantes e quando se torna preciso justificar a medida de seleção é que o analfabetismo passa a ser associado à incompetência
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Contexto histórico Situação
A implantação do regime republicano não eliminou os clãs rurais e os grandes latifúndios
Pelo contrário, o novo regime contou com a força dos coronéis, o que fortaleceu a formação das oligarquias regionais
O voto era um instrumento sem compromisso ideológico: o número de eleitores era reduzido, uma vez que poucos habitantes tinham condições de participar das eleições
O voto era aberto e estava preso ao coronelismo
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Contexto histórico Situação
O mecanismo de exclusão para participação política modificam-se na passagem do Império para a República
O critério para a participação passa a ser instrucional
O interesse republicano em constituir uma mentalidade de democracia e progresso vincula-se à instrução
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Contexto histórico Situação
A economia da Primeira República é marcada pela passagem do sistema econômico colonial para a formação do capitalismo brasileiro nos anos 20
Em um primeiro momento, a produção e comercialização do café marcaram o domínio da classe agrária sobre a máquina do estado e as lavouras receberam cuidados dos órgãos públicos
No momento de crise da produção cafeeira, as perdas afetaram toda a economia nacional. A industrialização passa a se consolidar entre os anos 10 e 20, graças, principalmente à concentração de renda gerada pela economia cafeeira
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Contexto histórico Situação
Nos anos 20, a economia brasileira modifica sua dinâmica, voltando-se ao atendimento do mercado interno
As transformações urbano-industriais provocaram alterações profundas na estrutura social republicana e a imigração foi um importante fator nestas transformações
Com a substituição da produção escravista pela mão-de-obra livre, o imigrante traz novos sentimentos, idéias e valores à sociedade republicana brasileira
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Contexto histórico
ANO TOTAL SÃO PAULO %
1820 a 1874 304.780 11.174 3,7
1875 a 1879 122.049 10.055 8,2
1880 a 1884 129.049 15.841 12,3
1885 a 1889 319.360 167.664 52,5
Tabela 1. Fluxo imigratório
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Contexto histórico Situação
Dos anos 1890 até pelo menos 1920, os imigrantes estrangeiros e seus filhos, nascidos no Brasil, constituíam a maioria da classe operária urbana em São Paulo e Santos, e a maior parte do proletariado no Rio de Janeiro
O excesso de mão-de-obra mantinha os salários baixos e poucos operários ganhavam o suficiente para prover o sustento de suas famílias
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Contexto histórico Situação
Baixos saláriosDificuldade de sobrevivência
Ausência de legislação trabalhista
Necessidade de nacionalização dos estrangeiros
Movimentosanarquistas e sindicais
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Organização do sistema Instrução pública
Ensino primário Ensino médio Ensino complementar Ensino secundário especial Ensino profissional Ensino superior Escolas Maternais Jardim de infância Prevista a criação da Faculdade de Educação
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Organização do sistema Instrução pública
Pais ou tutores são responsáveis pela freqüência da criança à escola
Em caso de não cumprimento, multa ou prisão
O patrão terá a mesma pena se impedir ou dificultar que os menores a seu serviço freqüentem a escola
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Organização do sistema Instrução particular
Necessidade de registro prévio, gratuito, na Diretoria Geral da Instrução Pública
Aprovação do Diretor Geral Local da aula (para inspeção médica) Disciplinas Número máximo de alunos O horário da aula As condições de alimentação Feriados nacionais Apresentar atestados médicos de que não há
nenhum funcionário ou professor que sofre de moléstia contagiosa ou repugnante
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Organização do sistema Inspeção
Criadas 15 delegacias regionais do ensino Delegados devem residir nas sedes das
respectivas regiões Secretário nomeado pelo Governo, escolhido
entre os professores em exercício
Elevado a 35 o número de inspetores escolares Residência definida pelo Diretor Geral da
Instrução Pública
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Alunos Escola: meninos, meninas e mistas
Origens sociais diversas
Acesso à escola Obrigatório
nove a 10 anos
Tabela 2. Estimativas do número de alunos matriculados de 7 a 12 anos
ANO PORCENTAGEM DE ALUNOS
1919 48,9%
1920 64,9%
1921 84,4%
1922 91,4%
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Alunos Acesso à escola
Não obrigatório Para maiores de 12 anos Para os que residem a mais de 2km Portadores de incapacidade ou doença Caso não haja vagas Para Alunos indigentes Para alunos com instrução particular
Escolas noturnas Maiores de 12 anos 7.715 alunos (1918)
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Alunos População adolescente e adulta
Alunos dos cursos preliminares das escolas profissionais
Alunos dos cursos noturnos para alfabetização
Metade das vagas da Escola Normal era destinada aos alunos de escolas complementares
Faculdade de Educação Conclusão na Escola Normal, Ginásio ou
aprovação nos exames de admissão
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Alunos
Tabela 3. Matrículas e unidades escolares na Capital e no interior do estado
ANOUNID. ESCOLARES MATRÍCULAS
CAPITAL INTERIOR CAPITAL INTERIOR
1920 790 3.740 38.898 154.913
1921 806 4.083 40.342 189.516
1922 824 4.354 40.023 202.612
1923 789 4.352 44.694 218.504
1924 779 4.523 42.890 225.390
1925 1.076 4.919 50.997 224.016
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Professores Professor nomeado para reger
qualquer cadeira tem o prazo de 30 dias para entrar em exercício
Professor pode ausentar-se por oito dias, sendo obrigado a requerer licença dentro desse prazo
Cortes nos salários dos professores e retirada das vantagens e garantias
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Professores Escola primária
Os professores aprovados nos concursos para a Capital poderão ser aproveitados durante o ano nas vagas que ocorrerem, uma vez tenham neles obtido nota ótima na prova prática e média geral não inferior a oito
Remoções e permutas: férias de dezembro
Preferencialmente, professores cujas famílias residirem no lugar onde tiver de funcionar a escola ou a classe
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Professores Gratificação
Por número de alunos alfabetizados
Escola isolada Estimava-se que com a medida 12 crianças
fossem alfabetizadas por professor por ano (de uma média de 40)
Grupo escolar Estimava-se que com a medida 6 alunos
fossem alfabetizados por professor (de uma média de 30)
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Espaço escolar Ensino primário e ensino médio
Escolas Isoladas Escolas Reunidas Grupos Escolares
Ensino complementar Escolas Complementares
Ensino secundário especial Ginásios Escolas Normais
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Espaço escolar Ensino profissional
Escolas Profissionais
Ensino noturno 143 escolas alfabetizadoras
Ensino superior Academias Faculdades Superiores
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Espaço escolar Escolas Maternais
Em caso de necessidade (para mães operárias)
Jardim de Infância Preferência para a matrícula os menores
órfãos de mãe e os filhos das professoras públicas
Matrícula para os lugares restantes mediante os sorteios
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Espaço escolar
Tabela 4. Classes de curso médio nos grupos escolares e escolas reunidas
ANOGRUPOS ESCOLAS REUNIDAS
CAPITAL INTERIOR CAPITAL INTERIOR
1921 209 564 2 46
1922 184 530 2 76
1923 117 209
1924 146 321
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Tabela 5. Escolas Reunidas em todo o estado
ANOESCOLAS CLASSES
CAPITAL INTERIOR CAPITAL INTERIOR
1920 52 249
1921 6 133 36 637
1922 13 209 116 962
1923 33 325 165 1.262
1924 28 329 151 1.334
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Tabela 6. Escolas Isoladas em todo o estado
ANO CAPITAL INTERIOR TOTAL1920 130 1.453 1.583
1921 120 1.477 1.597
1922 74 1.447 1.521
1923 61 1.502 1.563
1924 54 1.451 1.505
1925 77 1.251 1.328
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Tempo escolar Ensino primário
2 anos
Ensino médio 2 anos
Ensino complementar 3 anos
Escola isolada Dois períodos de 3h cada
Aprendizado da leitura, escrita e cálculo Aperfeiçoamento
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Currículo Princípios
Governo está autorizado a reorganizar o período de aulas e os programas da instrução pública
Máximo de autonomia didática, compatível com a unidade e eficiência do ensino
Reorganizados o escotismo e as linhas de tiro
Férias das escolas rurais Marcados de acordo com as condições locais
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Currículo Escolas Primárias
Tipo único de dois anos
Localizadas de acordo com os núcleos de analfabetos
Nos lugares em que for excessiva a matrícula de analfabetos, o governo poderá desdobrar em dois períodos as escolas isoladas e as classes de escolas reunidas e grupos escolares, dando-lhes duas sedes onde a população escolar for escassa
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Currículo Escolas Complementares: 3 anos
Metade dos lugares, no primeiro ano, para os melhores alunos do grupo modelo e preenchendo-se a outra metade mediante exame de suficiência
Professores para as seguintes cadeiras e aulas, distribuídas pelo curso
Língua vernácula e calliphasia: 11 aulas/semana Francês e noção de latim: 11 aulas/semana Geografia e história: 9 aulas/semana Matemática e lógica: 8 aulas/semana Ciências físicas e naturais: 7 aulas/semana Música: 6 aulas/sem Desenho: 6 aulas/sem Trabalho: 6 aulas/sem Ginástica: 8 aulas/sem
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Currículo Escolas Normais
Suprime-se nas atuais secundárias a cadeira de inglês, instalando-se cursos livres desta matéria, enquanto não forem os respectivos professores aproveitados em outros lugares
Eliminam-se as aulas de escrituração mercantil, datilografia e taquigrafia, e passam para complementares às de trabalhos manuais
Estabelecido o número de aulas por semana tanto para homens quanto para mulheres em várias disciplinas
Na 13ª cadeira predominará a prática pedagógica sistemática, desde o 2º ano
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Currículo Escolas Normais
Disciplinas de matemática, psicologia e pedagogia: fundem-se numa só cadeira
Português, latim e literatura: cadeiras autônomas
Escolas de classes simples: física e química; história com geografia; português com francês; latim com literatura: cadeira única
Mantêm-se os exames de admissão à matrícula ao 1º ano até metade dos lugares, reservando-se a outra metade aos diplomas pelas escolas complementares, mediante o concurso
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Método Padronização do ensino
Unificação das escolas normais Criação das delegacias de ensino Ênfase na inspeção escolar
Autonomia didática Proposta por Dória Professor poderia escolher livros dentre os
aprovados pelo governo Cada professor escolhia a maneira de dar
aula (crítica: despreparo dos professores)
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Contexto
Comentários Aspectos positivos
Recenseamento escolar Unificação das escolas normais Criação das delegacias de ensino Medidas nacionalizadoras Aumento do número de matriculados Desdobramento e o aumento de novas
escolas isoladas (ainda que em escala diminuta)
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Comentários Aspectos negativos
As delegacias agiam sem orientação de um regulamento e a solução dos múltiplos problemas era retardada, com prejuízo para o ensino e as partes
A taxação não arrecadou o valor esperado A ineficiência do ensino causada pelo curso
bienal Baixo índice de promoção O biênio era insuficiente para alfabetizar
A procrastinação da idade escolar obrigatória para 9-10 anos