hanseniase
TRANSCRIPT
HANSENASEEtiologia, Epidemiologia, Diagnstico, Tratamento e Preveno
Aspectos epidemiolgicosDoena infecto-contagiosa; Evoluo lenta; Sinais e sintomas dermato-neurolgicos; Leses de pele e nervos perifricos; Olhos, mos e ps.
Aspectos epidemiolgicosEm 1985 11 a 12.000.000 de hansenianos no mundo; Em 1996 1.260.000 hansenianos no mundo; No Brasil tnhamos em 1990 280.000 doentes, e em 1996, este nmero reduziu-se para 98.000 pacientes.
Contexto biopsico-social
Reduo trabalho e vida social Problemas psicolgicos
Comprometimento nervo perifrico
Estigma e preconceitosDeformidades e Incapacidades fsicas
Hansenase doena curvel.O diagnstico e tratamento precoce mais rapidamente curam os doentes.
Agente etiolgico.Mycobacterium leprae ou Bacilo de Hansen; Parasita intracelular obrigatrio; Multiplicao celular lento (11 a 16 dias); Alta infectividade e baixa patogenicidade; Fonte de infeco: homem.
Modo de transmissoVia de eliminao: vias areas superiores; Perodo de incubao: longo (2 a 7 anos); Todas as idades (menos comum nas crianas); Ambos os sexos (homem>mulheres). Risco de doena influenciado por:
Condies individuais, nveis de endemia, condies socioeconmicas e condies precrias de vida (agrupamentos populacionais).
Aspectos clnicosSinais e sintomas dermatolgicos:
Manchas pigmentares ou discromias; Placa. Infiltrao. Tubrculo. Ndulo.Localizadas principalmente na face, orelhas, ndegas, braos, pernas e costas (reas frias da pele).
Slide clnico - MHD
Caso clnico - MHD
Caso clnico - MHV
As leses de hansenase sempre apresentam alterao da sensibilidade:Hipoestesia (diminuida). Anestesia (ausente). Hiperestesia (aumentada).
Hansenase - anestesia
Aspectos clnicosSinais e sintomas neurolgicos:
Neurites: processos inflamatrios dos nervos perifricos; Dor e espessamento dos nervos perifricos; Perda da sensibilidade (olhos, mos e ps); Perda da fora muscular (plpebras, membros superiores e inferiores);
Sintomas neurolgicos.Alguns casos, porm, apresentam alteraes da sensibilidade e alteraes motoras (perda da fora muscular) sem sintomas agudos de neurite. Estes casos so conhecidos como NEURITE SILENCIOSA.
DIAGNSTICOUm caso de hansenase uma pessoa que apresenta uma ou mais das seguintes caracterosticas:
Leso (es) de pele com alterao da sensibilidade; Acometimento de nervo(s) com espessamento neural; Baciloscopia positiva.
Caso clnico - MHV
DIAGNSTICO CLNICOAnamnese histria clnica e epidemiolgica;
As pessoas que tem hansenase queixam-se de manchas dormentes, cimbras, formigamento, dormncia e fraqueza das mos e ps; Investigao epidemiolgica importante para descobrir a fonte da infeco e diagnosticar novos casos entre os contatos.
DIAGNSTICO CLNICOAvaliao dermatolgica: pesquisa da sensibilidade trmica, dolorosa e tctil.
A pesquisa de sensibilidade nas leses de pele, ou em reas suspeitas, um recurso muito importante no diagnstico da hansenase e deve ser executado com pacincia e preciso.
DIAGNSTICO CLNICOCLASSIFICAO CLNICA:
Hansenase indeterminada; Hansenase tuberculide; Hansenase dimorfa ou bordeline; Hansenase virchowiana. Estados reacionais: HT reacional; MH em reao.
Caso clnico - MHI
Caso clnico - MHI
Caso clnico - MHI
Caso clnico - MHI
Caso clnico - MHI
Caso clnico - MHT
Caso clnico - MHT
Caso clnico - MHT
Caso clnico - MHD
Caso clnico - MHD
Caso clnico - MHD
Caso clnico - MHD
Caso clnico - MHV
Caso clnico - MHV
Caso clnico - MHV
DIAGNSTICO CLNICOAvaliao neurolgica: Anidrose, hipotricose/alopecia, hipoestesia/anestesia e paralisia (atrofia) muscular; Espessamento nervos perifricos; Incapacidades e deformidades.Avaliaes neurolgicas peridicas.
MH - Amiotrofias
MH Mal Perfurante Plantar
DIAGNSTICO CLNICOPrincipais nervos perifricos:
Face: trigmio e facial (olhos e nariz); Braos: radial, ulnar e mediano (mos); Pernas: fibular comum e tibial posterior (ps). Inspeo dos olhos, nariz, mos e ps; Palpao de troncos nervosos (dor e choque); Avaliao da fora muscular.
DIAGNSTICO LABORATORIALBaciloscopia: lbulos auriculares, cotovelos e leso;
Utilidade diagnstica inicial ou de recidiva; Casos negativos no afastam o diagnstico paucibacilares;
Histopatologia: recurso mais trabalhoso e honeroso, mas bastante til quando disponvel para estabelecer o diagnstico definitivo.
DIAGNSTICO DIFERENCIALPitirase versicolor: manchas brancas com fina descamao e sensibilidade normal; Eczemtide: manchas claras e speras com sensibilidade normal; Tinha do corpo: manchas claras e eritematosas com maior atividade na periferia e com sensibilidade normal; Vitiligo: manchas brancas, ntidas e com sensibilidade normal.
Diagnstico diferencialPitirase Versicolor
Diagnstico diferencial
Pitirase Versicolor
Diagnstico diferencial
Pitirase Versicolor
Diagnstico diferencialPitirase alba
Diagnstico diferencialEczemtide
Diagnstico diferencialEczemtide
Diagnstico diferencialEczemtide
Diagnstico diferencialEczemtide
Diagnstico diferencialTinea corporis
Diagnstico diferencial
Tinea Corporis
Diagnstico diferencialTinea corporis
Diagnstico diferencialVitiligo
Diagnstico diferencialVitiligo
DIAGNSTICO DIFERENCIALSndrome do tnel carpiano: Neuralgia paresttica; Neuropatia alcolica; Neuropatia diabtica; Leses por esforo repetitivo LER; Polineuropatia hipertrficas.
DIAGNSTICO DIFERENCIALA principal diferena entre a hansenase e outras doenas dermatolgicas que as leses de pele da hansenase sempre apresentam alterao da sensibilidade.
TRATAMENTOHANSENASE TEM CURA E DEVE SER TRATADA NAS UNIDADES BSICAS DE SADE. Etapas do tratamento:
Tratamento quimioterpico especfico (PQT); Acompanhamento: tratamento das intercorrncias e complicaes; Preveno e tratamento das incapacidades.
DIAGNSTICO CLNICOClassificao operacional para fins teraputicos:
Paucibacilares: casos com at 5 (cinco) leses; Multibacilares: casos com mais de 5 (cinco) leses na pele.
TRATAMENTOTratamento poliquimioterpico PQT
Esquema paucibacilar PQT-PB: Rifampicina: 600 mg/mes supervisionada; Dapsona: 100 mg/dia auto-administrata; Durao do tratamento: 6 doses supervisionadas; Critrio de alta: 6 doses supervisionadas em at 9 meses.
TRATAMENTOTratamento poliquimioterpico PQT
Esquema multibacilar PQT-MB: Rifampicina: 600 mg/mes supervisionada; Clofazemina: 300 mg/mes supervisionada e 50 mg/dia auto-administrada; Dapsona: 100mg/dia auto-administrada; Durao do tratamento: 12 doses supervisionadas; Critrio de alta: 12 doses supervisionadas em at 18 meses.
TRATAMENTOCasos multibacilares com numerosas leses e/ou extensas reas de infiltrao cutnea podero apresentar uma regresso mais lenta das leses. A maioria destes doentes continuar melhorando aps a concluso das 12 doses supervisionadas. possvel, no entanto, que alguns desses casos, necessitem doses adicionais de PQT-MB a critrio mdico.
TRATAMENTOEfeitos colaterais da PQT: Rifampicina: rash cutneo, nausea, vmito, dor abdominal, ictercia, prpuras e sangramentos, anemia hemoltica e sndrome pseudo-gripal (febre, mialgia, calafrios, nefrite e necrose tubular aguda e choque). No confundir: colorao vermelha da urina com hematria, escarro vermelho com hemoptase e pigmentao conjuntival com ictercia
TRATAMENTOEfeitos colaterais da PQT:
Clofazimina: ressecamento cutneo, ictercia, colorao da pele avermelhada e/ou acinzentada, diminuio do peristaltismo e dor abdominal. Dapsona: eritema multiforme major, eritrodermia, ictercia, anemia hemoltica e metahemoglobinemia, dispnria, cianose, cefalia, fraqueza.
TRATAMENTOSituaes especiais:
Gestao e hansenase: o tratamento pode ser realizado durante a gestao e a lactao; Tuberculose e hansenase : comum a associao e o tratamento deve usar as doses de rifampicina preconizadas para a tuberculose 300 mg/dia; Aids e hansenase: o tratamento PQT no interfere no tratamento da AIDS.
TRATAMENTOPreveno e tratamento das incapacidades:
Devem iniciar precocemente e em conjunto com as outras etapas do tratamento; Utilizao de tcnicas diversas, simples e/ou complexas, envolvendo fisioterapia, educao em sade, auto-cuidado, etc. Deve envolver toda a equipe de sade.
TRATAMENTOAcompanhamento:
Recidiva: desenvolvimento de novos sintomas e sinais da doena aps o tratamento correto baixa ocorrncia menos que 5% dos casos; Reao hansnica: estado de reao do hospedeiro com exacerbao das leses clnicas pr-existentes, ocorrendo em quase 50% dos casos tratados.
ESTADOS REACIONAISSo reaes do sistema imunolgico do
paciente frente ao M. leprae;Reaes inflamatrias agudas ou sub-agudas;
Ocorrem nos casos tanto paucibacilares quantonos multibacilares; Causam danos teciduais e incapacidades; No contra-indicam o tratamento especfico.
ESTADOS REACIONAISReao tipo 1 ou reversa: imunidade celular
Surgimento de novas leses, infiltraes e edema das leses antigas, bem como neurite;
Reao tipo 2: imunidade humoral
Eritema nodoso hansnico (ENH): ndulos vermelhos dolorosos, febre, dores articulares, mal estar geral.
MHT REACIONAL (Tipo 1)
Reao tipo 2 Eritema Nodoso
Reao tipo 2 - Eritema nodoso
ESTADOS REACIONAIS TratamentoReao tipo 1:Corticides: 1 a 2 mg/kg/dia at regresso e retirada lenta; Imobilizao e cirurgia descompressiva.
Reao tipo 2:Talidomida: 100 a 400 mg/dia at regresso do quadro; Corticides sistmicos: 1 a 2 mg/kg/dia
Referncia bibliogrficaGuia de controle da Hansenase no 10
http://www.saude.gov.br/sps/areastecnicas/at ds/home.htm www.saude.gov.brLinks teis reas tcnicas da sade rea tcnica de Dermatologia Sanitria Publicaes Guia de Controle de Hansenase no 10