guia sabores de minas 65
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Guia Sabores de Minas 65TRANSCRIPT
capital mundial da cachaça é a estrela desta edição doSabores de Minas.
A gentileza do salinense logo se apresentou à nossa equipe. O primeirocolaborador foi o próprio prefeito, José Prates, apreciador da boa mesa, es-critor e poeta. Ele abriu o cofre dos tesouros culinários da cidade. Fomos àluta e, entre visitas ao Mercado Municipal e às propriedades rurais, acha-mos saborosas receitas e produtos ícones da gastronomia de Minas. O re-queijão escuro e a cachaça já são patrimônios de Salinas e dos mineiros,mas as farinhas, os doces e as quitandas não ficam nada a dever nos que-sitos qualidade e importância como referências regionais.
O calor é outra característica marcante de Salinas e de seus habitantes,principalmente quando medido pelo carinho e afetividade. A cidade estásempre pronta a receber visitantes nas cozinhas e nos eventos, mas o pontoalto do turismo local é o Festival Mundial da Cachaça, realizado há mais de10 anos, no mês de julho. Uma grande festa, com culinária típica, degusta-ções e exposição das centenas de cachaças produzidas no solo abençoado,entre elas as famosas Havana e Canarinha, além de outras agradáveis novi-dades que estão surgindo e envelhecendo no bálsamo, seguindo os ensina-mentos de antigos mestres, como Anísio Santiago e Joãozinho.
Importantes obras de infraestrutura, novos hotéis e um gigantesco mu-seu da cachaça são empreendimentos que vão consolidar a vocação domunicípio e da região para o turismo gastronômico. Não deixe de viajarpor esses caminhos e degustar os sabores e a hospitalidade que Salinas vailhe proporcionar.
Viva o sertão!Bom apetite!
Eduardo AvelarChefe de cozinha
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TERRA ABENÇOADA
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COZINHA DE CRIATIVIDADE
espirar fundo, tomar fôlego e seguir via-gem! Passadas as festas de fim de ano, o Sa-bores de Minas põe mais uma vez o pé naestrada para ir longe. O destino é Salinas, noNorte de Minas, a 631 quilômetros de BeloHorizonte. Conhecida como a capital mun-
dial da cachaça, a cidade abriga muito mais do que a fa-mosa branquinha. É também lugar de gente simples ereceptiva. Palco de manifestações gastronômicas dasmais diversas e criativas. E a primeira descoberta já nosdá mostras do que se pode esperar desta aventura. Aiguaria vem logo no almoço e é um prato cheio paraquem adora se entregar à tentação de beliscar. É real-mente difícil resistir à travessa de bolinhos de abobri-nha, que chegam estalando à mesa. Dá vontade de co-mer, sem culpa, um, dois, três bolinhos, seja antes oudurante o almoço. Quem dá a dica do preparo dessa ma-ravilha é Maria Helena Alves Trindade. Há 18 anos, elatrabalha na casa de uma família onde é tratada comouma verdadeira mãe de todos. Foi lá que criou a receita.“Já fazia o bolinho de arroz e, então, tive a ideia de expe-rimentar o de abobrinha para que as crianças comes-sem.” A artimanha deu certo e as crianças, hoje cresci-das, não dispensam a iguaria no cardápio. Como prova,basta olhar a travessa já vazia.
Maria Helena esbanja talento para criar maravilhas
No ranking das
melhores
cachaças do
país, elas estão
ocupando os
primeiros
lugares. Havana
(ou Anísio
Santiago) e
Canarinha são
verdadeiras
estrelas de
Salinas. Não
deixe de
experimentar.
Contatos:
● Eílton Santiago
(Canarinha)
(38) 9191-0332
● Oswaldo
Santiago
(Havana e
Anísio Santiago
- foto)
(38) 9969-4802
Especiais
RR
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Bolinho de abobrinha
INGREDIENTES
● 1 abobrinha média● 1 xícara (chá) de cheiro-verde● 1 cebola picada● 1 pimentão picado● 1 xícara (chá) de queijo de minas ralado, mais meia xícara, picado● 1 ovo● 2 tabletes de caldo de galinha● 2 xícaras (chá) de farinha de trigo● Óleo para fritar● 1 colher (sopa) de óleo● 1 dente de alho picado
COMO FAZER
Lavar a abobrinha e passar no ralo grosso. Refogar no óleo com o alho eum tablete do caldo de galinha. Bater no liquidificador o ovo, o cheiro-ver-de, a cebola, o queijo ralado, o pimentão e o outro tablete de caldo de ga-linha. Despejar a mistura em uma tigela e pôr a abobrinha refogada, como cuidado de escorrer a água que ficar na panela. Pôr a farinha de trigo,mexendo bem, para não embolar, e o queijo em cubos. Misturar e fritar àscolheradas em óleo quente, suficiente para cobrir. Virar os bolinhos paradourar os dois lados.
Receita fornecida por Maria Helena Alves, de Salinas: (38) 9945-4025 (Falar com Mistânia)
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DOCE FAMA
ara quem visita Salinas, um conselho dospróprios moradores: prepare-se para almo-çar e tomar café várias vezes ao dia. A sensa-ção é de que as casas estão sempre com asportas abertas e as cozinhas prontas para
oferecer algo apetitoso. “E se você recusa, todos dizemque está fazendo desfeita”, avisa Lucíola Bonifácio Gue-des, famosa doceira da cidade. Ela é da turma dos quealiam boa conversa à fartura de iguarias para encantaros que adentram sua porta. Mestre na arte dos docescristalizados, Lucíola faz qualquer um salivar ao pôr so-bre a mesa os exemplares de sua criação. As cores e aro-mas compõem uma verdadeira obra de arte com saborde abacaxi, mexerica, abóbora, goiaba, tomate e outrostantos que a criatividade permite. Os de goiaba e toma-te aguçam a curiosidade e deixam o paladar em estadode pura satisfação. A fama de Lucíola é conhecida mui-to além dos limites de Salinas. Contudo, ela conta quenunca ofereceu um doce sequer a alguém. Toda a suapropaganda é por meio do infalível boca a boca. “Todosconhecem a Lucíola do doce. Sempre vem alguém com-prar ou me liga fazendo pedidos. Já mandei 4 mil docespara Salvador”, conta. Se a primeira impressão é a quefica, é certo que a fama dos doces cristalizados chegaráainda mais longe.
PPDoceira reconhecida, Lucíola tem o dom da simpatia
Tempero
Anote essa
preciosa dica
aprendida nas
cozinhas de
Salinas: para
dar um toque a
mais ao arroz
do dia a dia
ponha, na
segunda água
do cozimento,
pimentas de
cheiro roxas
inteiras. O
resultado é
surpreendente!
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Tomate cristalizado
Receitas fornecidas por Lucíola Bonifácio Guedes, de Salinas: (38) 3841-1886
INGREDIENTES
● 1,5 dúzia de tomates tipo italiano
● 1,3 kg de açúcar cristal● Água● 1 colher (sopa, rasa) de cal virgem (para deixar o tomate firme)● Açúcar refinado para finalizar
COMO FAZER
Ferver água suficiente para cobriros tomates. Pôr os frutos em umabacia e despejar a água quente. Re-tirar as peles. Dissolver o cal emágua, também o bastante para co-brir os tomates. Pôr os frutos e dei-xar por 10 minutos. Escorrer e lavarbem os tomates. Cortar em quatro,
no sentido do comprimento, e tiraras sementes. Levar ao fogo, em umtacho, meio litro de água e um qui-lo de açúcar. Quando o açúcar der-reter, pôr os tomates e deixar ferverpor 10 minutos. Deixar de um diapara o outro coberto com um pa-no. Levar de volta ao fogo, com orestante do açúcar, e balançar o ta-cho pelas alças, sem usar colher. Re-tirar assim que a calda ficar emponto de espelho (um pouco maisgrossa que a de fio, que é obtidaquando a mistura forma um fio aoescorrer da colher). Retirar os peda-ços e passar no açúcar refinado. Acalda não será usada.
Goiaba cristalizada
INGREDIENTES
● 1 dúzia de goiabas maduras● Água● 2 kg de açúcar cristal● Açúcar refinado para finalizar
COMO FAZER
Descascar as goiabas, parti-las emquatro pedaços, no sentido do com-primento, e tirar o miolo. Ferverágua suficiente para cobrir e despe-jar sobre as frutas em uma bacia.Deixar por 10 minutos e escorrer. Le-
var ao fogo 2 xícaras (chá) de águae metade do açúcar. Quando come-çar a derreter, pôr as goiabas. Quan-do começar a ferver, sacudir o ta-cho, segurando nas alças. Após 10minutos, retirar do fogo. Pôr os pe-daços de goiaba em um recipienteseparado e deixar de um dia para ooutro. Levar a calda ao fogo com orestante do açúcar e duas xícaras(chá) de água. Pôr as goiabas e dei-xar no fogo por 20 minutos. Retirare passar no açúcar refinado.
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DOS RIOS PARA A MESA
Mara, Victor e Nena mostram a especialidade da casa
Foguinho
o chegar a Salinas, têm-se a sensação deque, por lá, o verão é a estação dominante,não importa qual seja o mês. O sol escal-dante não dá trégua. Para os adeptos, aboa cerveja gelada é uma aliada e tantonessas horas. E na cidade bares não faltam
para quem quer se refrescar e, é claro, se deliciar combons tira-gostos. Um dos mais prestigiados e tradicio-nais endereços da boemia é o Bar Toninho do Peixe. Co-mo o próprio nome sugere, a especialidade da casa é opescado, da própria região. Traíra sem espinha, filés em-panados e caldos figuram entre as delícias do cardápio,que exigem, por semana, cerca de 80 quilos de matéria-prima para o preparo. Uns garantem até que o peixe dobar faz mais sucesso que a tradicional carne de sol da re-gião. No comando da casa, se revezam membros da fa-mília de Toninho, pescador que há nove anos inaugu-rou o lugar. Suas irmãs, Mara e Nena Alves, e o filho, Vic-tor Vinícius de Oliveira, são alguns dos que cuidam doespaço, dividindo-se entre servir as mesas, comprar ospeixes e ajudar na cozinha. Quando o bar era menor, ojovem Victor ajudava o pai a pescar e a fritar os peixes.Hoje, o produto é comprado de pescadores, devido à al-ta demanda do negócio. “A maioria compramos dos pes-cadores da barragem de Salinas. O peixe é que dá o sus-tento para muita gente da região”, explica. E assim, brin-damos a mais um dia de preciosas descobertas!
AA
Nos
restaurantes e
bares de Salinas
há sempre à
mesa um
delicioso molho
de pimenta
para realçar o
sabor. O molho
Foguinho, bem
picante, é
produzido pela
marca Arruda,
que tem sede
na vizinha
Taiobeiras. Não
deixe de
experimentar.
Contato:
(38) 3845-1801.
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Caldo de peixe
INGREDIENTES
● 500 g de filé de tilápia● Tempero caseiro a gosto● 2 colheres (sopa) de óleo● Meio pimentão picado● 1 cebola● Água● Meia xícara de farinha de trigo dissolvida em meio
copo (americano) de água● Cheiro-verde a gosto● 1 colher (sobremesa) de colorau
COMO FAZER
Temperar o peixe. Refogar, no óleo, a cebola, o pimentão e o colorau. Pôro filé e cobrir com água. Deixar cozinhar por 20 minutos. Retirar o peixee desfiar. Pôr mais um litro de água na panela do cozimento do peixe. Le-var ao fogo com a farinha dissolvida. Deixar ferver por 10 minutos e pôro peixe. Misturar e retirar do fogo. Salpicar cheiro-verde e servir.
Receita fornecida por Nena e Mara Alves, de Salinas: (38) 3841-5114
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SABOROSA CONFUSÃO
ente transitando por todas as direções. Ven-dedores tentando atrair fregueses pelo grito epela simpatia. Nos estreitos corredores, fusãode aromas de temperos, frituras, frutas e le-gumes. Prateleiras de bananas e frutas regio-
nais constituindo espetáculo de cores para os olhos. Es-se é o Mercado Municipal de Salinas, ponto obrigatóriopara quem quer experimentar iguarias típicas da cida-de. Aos sábados pela manhã é que o movimento ficamaior e a riqueza dos produtos se mostra mais expres-siva. Apesar do espaço não muito grande e a aparentedesordem, tudo é bem organizado. As barracas são divi-didas em setores para facilitar a vida de quem não tro-ca o local por nenhum supermercado. Para os que que-rem comprar quitandas, uma fileira de barracas fica dis-posta na parte central do mercado. Bolos dos mais va-riados, biscoitos de polvilho e pães caseiros encantam àprimeira vista. Uma das vendedoras é Tiana Moreira deSouza, que herdou da mãe o ofício de quitandeira. Dia-riamente, das 6h às 13h, ela vende, no mercado, produ-tos dos mais diversos, responsáveis por toda sua rendamensal. Mas atenção: para conseguir levar um saquinhode uma das iguarias é preciso chegar cedo, tamanha aconcorrência.
GGQuitandeira de fama, Tiana preserva dom de família
Branquinho
Da goma da
mandioca se
faz o beiju de
lenço, iguaria
que vai bem a
qualquer hora
e de qualquer
maneira. O
produto é
encontrado aos
montes no
Mercado
Municipal de
Salinas e,
segundo os
vendedores, é
uma delícia se
servido com
manteiga.
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Pão caseiro
INGREDIENTES
● 1 kg de farinha de trigo● 2 colheres (sopa) de fermento biológico seco● 1 colher (sopa, rasa) de sal● 1 colher (sopa, rasa) de açúcar cristal● 1 copo (americano) de óleo, mais o suficiente para
untar o tabuleiro● 500 ml de água morna
COMO FAZER
Em uma vasilha, pôr todos os ingredientes, sendo primeiro a água mor-na e por último e aos poucos a farinha de trigo. Amassar bem e deixardescansar por 30 minutos. Enrolar da maneira e do tamanho desejado edeixar crescer por mais 20 minutos. Levar para assar em tabuleiro unta-do com óleo por 20 minutos.
Receita fornecida por Tiana Moreira de Souza, de Salinas: (38) 9127-6291
Sábado é dia de
feira em Salinas.
Dia, portanto,
de ir ao
Mercado
Municipal e
encontrar
artigos curiosos
e saborosos,
como doce de
requeijão, além
de temperos
dos mais
variados,
frango caipira
e muito mais.
Variado
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ADORADO VERDINHO
Tilde é uma das guardiãs do autêntico sabor da terra
s temperos são itens da cozinha que po-dem descrever bem os costumes de deter-minada região. Em certas localidades, pre-fere-se o vermelho do colorau. Em outras,é a cor amarela do açafrão que dá o tom da
comida. Assim também é com o cheiro-verde. Basta vero caso da salsinha e do coentro. De Norte a Sul, os doistemperinhos verdes se revezam, ora agradando uns,ora outros. Em Salinas, o coentro predomina. Seja emfolha, em pó, em buquê ou misturado ao tempero ca-seiro, é o sabor marcante da iguaria que se faz presen-te na maioria das cozinhas. No Mercado Municipal,compra-se coentro de todas as qualidades. Ele fica nasbarracas do setor de hortaliças e temperos, onde o fre-guês se guia pelo aroma. Na forma de tempero pronto,pode ser comprado na barraca de Cleotildes dos SantosDurães, ou Tilde, como é chamada pela freguesia. Hásete anos no mercado, ela produz e comercializa diver-sos tipos de tempero caseiro, além de frutas e legumes.Cada saquinho de tempero de coentro, segundo ela ocarro-chefe da banca, custa R$ 1. “Tem época em que fi-ca mais caro, mas o povo compra a qualquer preço. Elesgostam mesmo.” Como dica de uso do tempero, Tildeindica o preparo de carnes e aves, ou o que mais vier àcabeça. Na hora de ir para a cozinha, o que manda mes-mo é a sensibilidade.
OO
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Tempero com coentro fresco
Receitas fornecidas por Cleotildes dos Santos Durães, de Salinas: (38) 9908-6882
Tempero com coentro seco
INGREDIENTES
● 3 cabeças de alho descascadas● 1 cebola picada● 1 pimenta-de-cheiro roxa● 1 molho de coentro verde● Meio pimentão verde picado
● 500 g de sal● 2 ramos de salsinha● Meio copo (americano)
de água
COMO FAZER
Bater os ingredientes, exceto o sal, no liquidificador. Pôr o sal em uma va-silha e despejar a mistura, mexendo bem, até ficar homogêneo. Arma-zenar em vidros ou saquinhos.
INGREDIENTES
Semelhantes aos da receita anterior. Basta substituir o molho de coen-tro por 3 colheres (sopa) de coentro seco e o pimentão verde por verme-lho. Não pôr salsa.
COMO FAZER
O modo de preparo é o mesmo da receita anterior.
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REFRESCANTE TENTAÇÃO
ara refrescar o corpo nas altas temperaturas,nada melhor que uma sobremesa gelada ecremosa, com sabor de frutas tropicais. E nãoé de sorvete que estamos falando. A iguariaem questão é a musse preparada em Salinas
por Isabel Marcolino dos Santos, que combina versatilida-de e sabor para fazer essa maravilha de receita. Tradicionaldoceira, Bel, como é chamada, faz a musse apenas paraconsumo da casa e não precisa nem dizer que é um suces-so. Além de saborosa, a receita é de fácil preparo. Até mes-mo aqueles sem muita intimidade com a cozinha podemse arriscar. A receita base é bem simples e, para dar o sabor,basta usar a imaginação. Maracujá e manga são as frutasfavoritas de Bel, que tem sempre alguma dessas matérias-primas à mão. “Conheço muita gente que tem pé de man-ga e, se quiser achar maracujá, é só ir ao mercado”, conta.Ela ensina que uma boa variação é fazer com o maracujádo mato, fruta típica da região e de paladar marcante. Mo-radora de uma casa simples, mas aconchegante, Bel nãodispensa a cozinha que tem nos fundos do imóvel. É lá quefica o fogão a lenha, que ela não substitui por nenhumamodernidade. “Todos os dias faço comida lá. O gosto é di-ferente.”A conversa boa segue regada a colheradas de mus-se, uma tentação. Mas o fim de tarde anuncia que é horade partir. Pique renovado para seguir a jornada.
PPFogão a lenha é companheiro inseparável de Isabel
Petisco
No intervalo
das compras,
pausa para
recuperar as
energias com
um saboroso
pastel frito. A
melhor pedida
é o pastel da
Lúcia, vendido
há 10 anos no
Mercado
Municipal de
Salinas. Por
sábado, Lúcia
Magalhães
chega a
preparar 2 mil
unidades do
salgado,
vendido a
R$ 0,75 cada.
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Musse de maracujá
INGREDIENTES
● 4 maracujás● 2 latas de creme
de leite● 2 latas de leite
condensado.
COMO FAZER
Bater a polpa dos mara-cujás no liquidificador na velocidade baixa, para não triturar as se-mentes totalmente e não formar um pó. Passar em uma peneira. Pe-neirar o caldo e batê-lo com o creme de leite e o leite condensado.Despejar em uma travessa e levar para gelar até ficar firme. Despejaras sementes por cima.
Musse de manga
INGREDIENTES
● 4 mangas maduras● 2 latas de creme
de leite● 2 latas de leite
condensado
COMO FAZER
Bater a polpa das mangasno liquidificador. Passarem uma peneira e bater aparte peneirada com ocreme de leite e o leite condensado. Pôr em uma travessa e deixar nageladeira até ficar firme. Se preferir uma consistência mais dura, dei-xar no freezer.
Receitas fornecidas por Maria Isabel Marcolino dos Santos, de Salinas: (38) 9141-3687
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APETITOSAS COLHERADAS
Tradicional
Duas
quitandas
locais não
podem deixar
de ser
experimentadas
em Salinas.
Um é o
biscoito
“escrivido”,
que ganhou
esse nome
popular
justamente
por ser
“escrito” no
tabuleiro, para
ganhar
formato. O
outro é o
voador, um
delicado
biscoitinho de
sabor
adocicado.
Ambos são
feitos de
polvilho.
ngredientes frescos, naturais e de boa proce-dência. Tais requisitos dão tempero especiala qualquer prato. Por isso, quem tem à dis-posição um lugar para comprar produtoscom esses atributos não pode deixar de
aproveitar. É o que faz a cozinheira salinense Mora Al-ves, que não abre mão de ir ao mercado buscar os itensde sua cozinha. De lá, além de pimentas de cheiro e ou-tros temperos, ela traz o feijão verde, com o qual faz umprato apetitoso e tradicional. A farofa de feijão verde seassemelha ao feijão-de-tropeiro, diferente por ser maissimples, mas nem por isso menos saborosa. Muito pelocontrário. Com uma travessa da farofa à frente e umacolher à mão, raramente a boca ficará por muito temposem se movimentar. A receita é apenas uma das váriasque Mora prepara no bar de um clube da cidade, ondetrabalha há quatro anos. Segundo ela, nos fins de sema-na a farofa é o tira-gosto mais pedido para acompanhara cerveja gelada. Não fica difícil de entender o porquê.Basta ler a receita para imaginar. A isso, adicione a delí-cia de pôr as colheradas na mão e levá-la a boca. O ritualparece ter o estranho poder de dar mais sabor a certascomidas. Se ao combinar tudo isso você encontrou o re-sultado, não perca tempo. Corra para o fogão!
IIMora é especialista em tira-gosto líder de pedidos
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Farofa de feijão-verde
INGREDIENTES
● 1 kg de feijão-verde● 400 g de linguiça calabresa frita, em rodelas ● 3 ovos fritos mexidos● 300 g de bacon ou toucinho● Tempero a gosto● 1 cebola picada● 1 pimentão picado● Cheiro-verde a gosto● 1 colher (sobremesa) de colorau● 5 colheres (sopa) de farinha de mandioca
COMO FAZER
Cozinhar o feijão em panela comum, com água suficiente para cobrir,por 20 ou 30 minutos. Escorrer e reservar os grãos. Fritar o bacon ou otoucinho e reservar. Com a gordura que sobrar na panela, refogar a ce-bola, o pimentão, o tempero e o colorau. Pôr o feijão e misturar. Pôr alinguiça, os ovos e o cheiro-verde e mexer. Retirar do fogo, pôr a fari-nha e misturar.
Receita fornecida por Mora Alves, de Salinas: (38) 8822-7447
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DELÍCIAS DA TERRA
ssim como em outras localidades, a sabe-doria culinária de Salinas encontra na roçapalco fértil para sua riqueza. Em cada can-to, sobra criatividade na arte de preparardoces, quitandas, queijos e, como não po-
deria deixar de ser, boas cachaças. Em visita ao distritode Jacurutu, a 17 quilômetros da cidade, não faltamexemplares de tais iguarias. Para começar, doce de li-mão-cravo (ou limão-capeta) com abacaxi. A receita épreparada por um grupo de oito mulheres da comuni-dade, que se organizaram para gerar renda com a culi-nária, arte com a qual são bem familiarizadas. Além dosdoces, elas processam polpas das mais variadas frutas,que são vendidas no Mercado Municipal de Salinasduas vezes por semana. Além da renda, o trabalho trou-xe valorização e conhecimento dos frutos da região. “Olimão-cravo ninguém usava. Hoje, estamos até plan-tando. Há ainda muita fruta para conhecermos”, dizMarly Rosa de Jesus Costa, uma das integrantes do gru-po. Entre os frutos da terra aproveitados na cozinha co-munitária estão acerola, maracujá-do-mato, cajá, coco,mamão, laranja e muitas outras. Para seguir pela estra-da com ainda mais ânimo, os visitantes se revigoramcom algumas dessas iguarias e brindam, uma vez mais,a essa cidade de descobertas.
AADoceiras produzem maravilhas com frutos da região
Cachaça
Na loja da
Associação dos
Produtores
Artesanais de
Cachaça de
Salinas (Apacs),
o visitante vai
encontrar 47
marcas
produzidas na
cidade. O grupo,
formado há
nove anos,
reúne 25
produtores.
Contato:
(38) 3841-3431.
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Doce de limão-cravo com abacaxi
INGREDIENTES
● 3 kg de limão-cravo (limão-capeta)● 1,5 kg de polpa de abacaxi picada● 3 kg de açúcar cristal
Material● Forma de rapadura● Papel celofane
COMO FAZER
Passar os limões em um ralo, para que a parte externa fique lisa. Partir aomeio e retirar a polpa (somente a casca será usada). Cobrir com água elevar ao fogo para cozinhar, até a casca ficar bem macia. Deixar esfriarna própria água, coberto com um pano. Escorrer, lavar e deixar de mo-lho por mais três horas. Repetir o processo seis vezes. Escorrer e picar o li-mão em pedaços bem pequenos. Levar os limões e a polpa de abacaxiao fogo com o açúcar por cerca de três horas ou até dar o ponto, que po-de ser testado pegando uma pequena porção de doce com uma colher.Se, ao virar a colher, o doce não cair, é porque está bom. Despejar o docena forma forrada com papel celofane. Retirar quando estiver firme.
Receita fornecida por Marly Rosa de Jesus: (38) 9955-2553
22
ESTRELA DO NORTE
alar em requeijão de Salinas é muito maisque atribuir procedência a um produto. Adenominação vai além. É como falar emdeterminada categoria de requeijão, alémde dar uma espécie de certificado de ori-
Jorge e Júlia: esforço que dá origem a iguaria refinada
gem à iguaria. Tal qual a cachaça, as barras de requeijãoescuro fazem a fama da cidade nos quatro cantos do es-tado e até do país. Assim como a bebida, a iguaria é frutode um processo de longa data, herdado de várias gera-ções. Um dos requeijões mais celebrados no mercado deSalinas é feito no distrito de Jacurutu. O sabor é tão en-cantador que muitos o apelidaram de “requeijão havana”,em referência à emblemática cachaça artesanal da cida-de. Produzida pelo casal Jorge dos Santos e Júlia MarquesSantos, a iguaria é fruto de trabalho cuidadoso e de mui-ta persistência. “Fazer requeijão é uma luta”, conta Jorge,enquanto mostra como ocorre o demorado processo defabricação. O ofício foi ensinado ao casal pelo pai de Júlia,de quem eles herdaram também uma forma interessan-te de consumir a iguaria. A farofa de requeijão, como fi-cou apelidado o prato improvisado, combina o produto,rapadura e farinha. O resultado é um aliado do corpoquando força e disposição se fazem necessárias. “Meu pailevava para a roça e ficava o dia inteiro sem comer maisnada”, conta Júlia. A receita simples dá aos visitantes ener-gia para descobrir novos sabores.
FF
Da roça
No distrito de
Jacurutu,
experientes
quitandeiras e
doceiras
preparam, em
seus tachos e
fornos a lenha,
o que a
culinária local
tem de melhor.
Não faltam
rapaduras,
cocadas,
biscoitos e
broas
apetitosas.
Contato:
Noêmia Ferreira
(38) 9955-0832
23
Farofa de requeijão
INGREDIENTES
● 3 colheres (sopa) de farinha de mandioca● 30 g de rapadura ● 100 g de requeijão escuro
COMO FAZER
Picar o requeijão e a rapadura em lascas. Misturar todos os ingredientesem um prato e servir.
24
DELICADO E PICANTE
oxinha de frango, empadinha, espetinho de lom-bo, enroladinhos de presunto, croquete. Que atirea primeira pedra quem não saliva em pensar emuma travessa de salgadinhos quentinhos. Se osquitutes são preparados por salgadeiras capricho-
sas, com a massa e recheio na proporção certa, não há comoresistir. Em Salinas, além de pratos tradicionais como doces equitandas, há espaço para mãos habilidosas na arte dos salga-dos. Basta perguntar a um, sondar com outro e logo apare-cem nomes que fazem fama quando se toca no assunto. Umadessas artistas é Maria Amorosa Cardoso Silva Oliveira, a Mo-ra, que há 15 anos se dedica ao saboroso trabalho. Os ensina-mentos lhe foram passados pela mãe, uma salgadeira quetambém fez história na cidade e hoje repete o sucesso em BH.Além dos salgadinhos clássicos, Mora inova com alguma ex-perimentação na cozinha. A última experiência resultou nodelicado e apetitoso bolinho de mandioca com carne, que osfregueses apelidaram de pimentinha. O motivo do nome nãoé difícil de imaginar. Mora é amante das pimentas e não pou-pa o ingrediente em alguns de seus salgados, a não ser que ofreguês não goste. Há pimenta com fartura na casa da salga-deira, que cultiva vasinhos das mais variadas qualidades. Como apetite e a gula saciados, os viajantes se despedem com a pi-mentinha guardada no paladar.
CCInovação de Maria Amorosa ganhou aprovação geral
Escuro
O processo de
fritar a nata da
coalhada
confere ao
genuíno
requeijão do
Norte de Minas
sua cor
bronzeada. A
sabedoria no
preparo é algo
que vem
atravessando
gerações. O
produto é
encontrado no
mercado ou
diretamente
com os
produtores. Um
deles é Jorge
dos Santos.
Contato:
(38) 9103-0637.
25
Bolinho de mandioca com carne moída
INGREDIENTES
Para a massa● 2 colheres (sopa) de
manteiga● 2 tabletes de caldo de carne● 1 litro de leite● 1 kg de mandioca cozida e
batida com a água docozimento
● 1 colheres (sopa) desalsinha picada
● Sal a gosto● 700 g de farinha de trigo
Para o recheio● 1 kg de carne bovina
(patinho) moída● 4 dentes de alho picados● 4 colheres (sopa) de
pimentão vermelho picado● 4 colheres (sopa) de cheiro-
verde picado● 1 colher (sopa) de tempero
caseiro● 10 pimentas-malagueta
amassadas (pode-se usarmenor quantidade,segundo o gostoindividual)
● 1 copo de requeijão● 3 colheres (sopa) de óleo● 1 colher (sopa) de colorau● 1 cebola picada
Para finalizar● Leite● Farinha de rosca● Óleo para fritar
COMO FAZER
Para o recheio, refogar, no óleo, acebola, o alho, o tempero, o colo-rau, o pimentão, as pimentas e acarne. Quando a carne estiverpronta, pôr o requeijão e assimque misturar por completo, retirardo fogo. Para a massa, misturar amandioca batida com os demaisingredientes, exceto a farinha, e le-var ao fogo. Quando começar aferver, pôr, aos poucos, a farinha emexer. Retirar do fogo quando co-meçar a desgrudar da panela.Quando a massa estiver morna,retirar com uma colher (sopa) eabrir na mão. Pôr o recheio e fe-char as extremidades, como umquibe, porém mais achatado. Re-petir o processo com toda a mas-sa. Passar os bolinhos no leite e,em seguida, na farinha de rosca.Fritar em óleo quente, suficientepara cobrir.
Receita fornecida por Maria Amorosa Cardoso Silva Oliveira, de Salinas: (38) 3841-1436
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RECEITA DA CURIOSIDADE
eu uso mais comum é em saladas. Háquem não o dispense no cardápio do diaa dia. Ele é também a base de molhos, derecheios de pratos salgados, de petiscose refogados. Mesmo com a versatilidade
do tomate, quem poderia crer que ele viraria doce emcalda? Depois da experiência do fruto cristalizado, osviajantes conferem outra forma de consumir o pro-duto na sobremesa. Quem apresenta a peculiar igua-ria é a doceira Maria das Graças, que teve o primeirocontato com a cozinha aos 8 anos. “Foi tanta emoção!Lembro até hoje de quando fiz minha primeira comi-da.” A experiência com os doces começou em casa,quando Maria preparava o de figo para os três filhos.Os amigos começaram a pedir e não teve jeito. Quan-do percebeu, estava atendendo encomendas e, pou-co a pouco, os doces se tornaram sua principal fontede renda. Da receita do de figo, Maria passou para ou-tras criações e, assim, surgiu a do doce de tomate. Elese diverte ao servir a iguaria, não só por arrancar sus-piros e elogios, mas por aguçar a curiosidade. “Nin-guém sabe dizer de que é feito. Nem depois de co-mer.” Realmente, degustar o prato é uma saborosabrincadeira. Mãos à massa?
SSEstrela da salada vira doce graças às mãos de Maria
Curso
Em Salinas,
cachaça virou
até curso
superior.
Oferecido pelo
Instituto Federal
de Educação,
Ciência e
Tecnologia, o
curso de
tecnologia em
produção de
cachaça é único
no país e tem
duração de três
anos, com
vestibulares
uma vez ao ano.
Informações
pelo site www.ifnmg.edu.br.
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Doce de tomate em calda
INGREDIENTES
● 3 kg de tomates do tipo italiano ou outro de formato mais comprido
● 1 colher (sopa, rasa) de cal (para deixar o tomate firme)● 1 kg de açúcar cristal● Água● Cravo a gosto
COMO FAZER
Levar ao fogo água suficiente para cobrir os tomates. Quando começara ferver, pôr os frutos. Retirar assim que começarem a soltar as peles. Sefor necessário, usar um garfo para retirar as peles que restarem. Deixar ostomates esfriarem na água. Escorrer e cortar em cruz. Retirar a sementee pôr os pedaços em uma vasilha com o cal dissolvido em água suficien-te para cobrir. O cal vai deixar os tomates firmes. Deixar por 20 minutos.Escorrer e lavar os pedaços de tomate um a um. Levar ao fogo, em umtacho, o açúcar com meio litro de água. Quando a calda engrossar, pôr ostomates e o cravo. Assim que levantar fervura, retirar do fogo. Servir coma calda.
Receita fornecida por Maria das Graças, de Salinas: (38) 3841-3129
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TABULEIRO DE HISTÓRIAS
arinha de trigo, leite, ovos, polvilho, queijo emuita história. As receitas de quitandas emMinas Gerais contam muito mais do queaquilo que se pode ver, tocar e experimen-tar. Elas são a materialização da trajetória de
nossas cozinhas, desde a época da colonização. Por isso,não é de se surpreender que não haja lugar neste estadoque não abrigue quitandeiras de mão cheia. Em Salinas,um nome conhecido é Iracema Antunes dos Santos, quecarrega na bagagem 32 anos no ofício de sovar, amassar,modelar e assar. Natural da de Japonvar, cidade do Nortede Minas, ela trouxe de sua terra parte da sabedoria naconfecção de quitandas. Em Salinas, onde mora há 36anos, nasceram outras receitas da tradição popular, co-mo o famoso biscoito “escrivido”. Uma das iguarias maispedidas pela clientela é o biscoito de queijo, uma receitade família. Por semana, numa jornada de trabalho quechega a 12 horas diárias, são feitas mais de 2,5 mil unida-des, entregues em hotéis, vendidas no mercado, em suacasa e por dois vendedores nas ruas. “Quando comecei,10 meninos vendiam para mim na rua, para divulgar. Ho-je são só duas pessoas. Uma delas é uma senhora de 76anos”, conta. Os nove tipos de biscoitos, além de bolos ebroas, são assados em grandes fornos a lenha, o que con-fere sabor ainda mais especial aos produtos. E, com certe-za, muitas boas histórias para se recordar.
F
Chocolate
A trufa de
cachaça é a que
mais faz
sucesso, mas as
delícias caseiras
de maracujá,
coco e chocolate
também têm
sabor todo
especial. As
iguarias são
preparadas sob
encomenda por
Juliana
Miranda.
Contato:
(38) 9938-3729.
Iracema se desdobra para produzir milhares de delícias
F
29
Biscoito de queijo
INGREDIENTES
● 2,5 kg de polvilho doce● 2,5 kg de queijo de minas curado, ralado● 500 g de margarina● 12 gemas de ovos (de preferência caipira)● 2 copos de óleo● 1 colher (sopa, rasa) de sal● 1 copo (americano) de leite● Óleo para untar
COMO FAZER
Pôr o polvilho em uma vasilha e despejar o óleo e a margarina. Misturar.Pôr o queijo, o leite, as gemas, o sal e amassar bem, até a massa ficar ho-mogênea e se soltar da mãos. Enrolar os biscoitos no formato desejado(rodelas, rosquinhas etc). Levar para assar em tabuleiro untado com óleo,em temperatura média, até que fiquem dourados.
Receita fornecida por Iracema Antunes dos Santos, de Salinas: (38) 3841-1835
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GARFADAS DE SUSPIRO
s fogões de Salinas reservam outras boassurpresas, para sorte dos viajantes. O jan-tar vem em grande estilo, com um ingre-diente responsável pela fama da região emqualquer canto do Brasil. Ela está lá, escon-
didinha entre camadas de purê de mandioca, envoltaem um molho cremoso, capaz de fazer salivar no mo-mento em que sai do forno. Adivinhou o que é? Nãopoderia ser outra coisa senão a carne de sol. No Nortedo estado, reduto dessa iguaria, receita é o que não fal-ta para contemplar a delícia. O escondidinho de man-dioca com carne de sol é caprichosamente preparadopor Jacinta Magalhães Barbosa, uma experiente cozi-nheira. Dona de um bufê em Salinas, Jacinta começoua trabalhar de maneira despretensiosa. “Já mexia comcozinha, mas parei quando me casei. Vieram os filhos ecomecei a fazer bolos e salgados, mas em pouca quan-tidade. Os clientes começaram a chegar e não pareimais”, conta. Os 25 anos de ofício são motivo de orgu-lho, já que, graças a eles, Jacinta pôde pagar os estudosdos três filhos e comprar um apartamento na capital.O sucesso da cozinheira se explica pelo tempero. O es-condidinho reserva, a cada mordida, momentos de pu-ra contemplação. Chegado o suspiro final, é hora departir para desvendar os últimos sabores da jornada.
OOEm 25 anos de trabalho, Jacinta reuniu uma legião de fãs
RESTAURANTES
● Volpi
(38) 38413765
● Bakaninha
(38) 3841-1604
● Sabor e Arte
(38) 38414687
● Sabor de
Minas (foto)(38) 3841-2234
● Restaurante
Familiar
(38) 3841-1206
● Aluá
(38) 3841-3199
● Fofocas
(38) 3841-4712
● Sun Flash
(38) 3841-3430
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Escondidinho de carne de sol
INGREDIENTES
Para o purê● 1,5 kg de mandioca cozida
e amassada● 1 colher (sopa) de manteiga● 1 colher (sopa) de alho
picado● 4 copos (tipo americano)
de leite
Para o recheio● 800 g de carne de sol● Meio pimentão picado● 2 tomates picados● 1 cebola picada● Duas colheres (sopa) de óleo● 1 colher (sopa) de alho● 1 caixa de creme de leite
Para finalizar● Meia xícara (chá) de
queijo ralado
COMO FAZER
Para o purê, refogar o alho namanteiga. Pôr a mandioca e mis-turar. Pôr o leite e mexer até ficarcremoso, com consistência nãomuito dura. Deixar a carne de solde molho por duas horas. Escorrer.Cortar em cubos. Em uma panelade pressão, refogar o alho e a car-ne no óleo. Cobrir com água e dei-xar cozinhar por 30 minutos de-pois que der pressão. Retirar a car-ne e desfiar. Levar o caldo ao fogocom o tomate, a cebola e o pimen-tão. Quando tudo estiver bem co-zido, retirar do fogo, pôr a carnedesfiada e o creme de leite e mistu-rar. Em uma travessa, pôr poucomais da metade do purê, o recheioe, por cima, o restante do purê. Sal-picar queijo ralado e levar ao for-no para gratinar.
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DELICIOSA DESCOBERTA
passeio por Salinas, repleto de boas receitase personagens, chega ao fim. Pelo caminho,iguarias deram a prova de que a cidade doNorte reserva não apenas a sabedoria nopreparo de cachaça e requeijão, mas tam-
bém um mosaico de cores, aromas e paladares para bomapreciador nenhum botar defeito. A riqueza culináriadesta viagem é fechada com uma receita para adoçar aboca e o coração. São as balas delícia de Amorosa Pereirados Santos, uma salinense que não mede simpatia paradeixar suas iguarias inesquecíveis. A confecção de balascomeçou há 26 anos, impulsionada por um desejo parti-cular. “Eu adorava a bala. A gente morava na roça e todavez que a minha mãe vinha à cidade eu pedia para trazera balinha. Ficava na estrada esperando”, conta Mora, co-mo é conhecida. Do gosto pela bala que derrete no céu daboca, ela iniciou uma verdadeira luta para achar o pontodo doce, algo que só mesmo a prática pode ensinar. “Achoque tentei umas 20 vezes”, recorda. As balas de Mora sãofeitas nos sabores maracujá, coco, chocolate, abacaxi,amendoim e cachaça, que não poderia faltar na terra dabranquinha. As iguarias são vendidas em toda a cidadepor ajudantes de Mora, que produz cerca de oito quilosde balas por semana. Detalhes anotados, paladares e co-rações adoçados, os viajantes se preparam para pôr os pésna estrada. Até a próxima!
OO
Preparo da doçura exige doses de delicadeza e paciência
● Brasil Palace
(38) 3841-1064
● Eldorado
(38) 3841-3451
● Fá
(38) 3841-4726
● Minas Brasil
(38) 3841-1363
● JK
(38) 3841-1355
● Panorama
(38) 3841-1574
● Shelton Palace
(38) 3841-2573
● Renascer
(38) 3841-4160
ONDE FICAR
JACK
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Bala delícia
INGREDIENTES
PARA A RECEITA BASE● 1 kg de açúcar refinado● 1,5 colher (sopa) de suco de limão● 1 coco grande picado● 1,5 copo (americano) de água morna● Óleo para untar
COMO FAZER
Bater o coco no liquidificador com a água. Pôr a mistura em um panopara coar e espremer bem. Levar o caldo ao fogo, em uma panela gran-de, com o açúcar e o suco de limão. Deixar ferver sem mexer por cerca de15 minutos ou até dar ponto de bala (que pode ser medido colocandouma pequena porção da mistura em um copo de água. Se formar umagoma, está no ponto). Despejar a mistura em uma superfície lisa untadacom óleo. Com as duas mãos (se preferir, fazer essa parte com a ajuda deoutra pessoa), puxar a massa, segurando nas duas extremidades, até quefique com a cor branca. Pôr novamente na pedra e cortar a massa em cor-dões de aproximadamente 3 cm de largura. Com uma tesoura, cortar oscordões em quadradinhos. Caso queira fazer no sabor de maracujá, des-pejar as polpas coadas e fervidas de 4 maracujás por cima da massa aber-ta na pedra, com o caroço. No sabor de cachaça, pôr meio copo (america-no), da bebida por cima da massa aberta. Para o de amendoim, pôr doiscopos (americanos) de amendoim torrado e triturado por cima da mas-sa. O restante do processo é o mesmo.
Receita fornecida por Amorosa Pereira dos Santos, de Salinas: (38) 9958-2483
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Roteiro do guia
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EditorArnaldo Viana
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IInnffoorrmmaaççõõeess ssoobbrree ddiissttâânncciiaass ee llooccaalliizzaaççããoo ddooss mmuunniiccííppiiooss bbaasseeaaddaass eemm ddaaddooss ddoo IInnssttiittuuttoo ddee GGeeoocciiêênncciiaass AApplliiccaaddaass ((IIGGAA))
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