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TRIBUNAL DE CONTAS DA UNIÃO Gabinete do Ministro Guilherme Palmeira GRUPO I – CLASSE II – 1ª Câmara TC-016.161/2006-1 (com 5 volumes e 4 anexos) Natureza: Prestação de Contas Simplificada, exercício de 2005 Entidade: Fundação Universidade Federal do Acre - FUFAC Responsáveis: Jonas Pereira de Souza Filho (Reitor, CPF n.º 058.733.712-53), Francisco Antônio Saraiva de Farias (Pró-Reitor de Administração, CPF n.º 045.644.802-00), Gilberto Castro Ossami (CPF n.º 011.292.952- 49), Euvaldo Gonçalves da Silva (CPF n.º 767.180.268-91), Ronaldo Martins Freire (CPF n.º 045.689.072-68), Felismino Rocha Mendonça (CPF n.º 028.218.342-68), Maria Almira Cruz do Nascimento (CPF n.º 138.334.482-53), José Porfiro da Silva (CPF n.º 216.701.532-15), Joaquim Gomes de Farias Neto (CPF n.º 164.758.012-91), Manoel Rodrigues Sobrinho (CPF n.º 045.641.202-63), Ismar Bernardo de Araújo (CPF n.º 188.818.902-91), Jesus Galvão de Freitas Lima (CPF n.º 339.301.202-91), Vera Lúcia Carvalho de Oliveira (CPF n.º 138.120.092-34), Antônio Freire Nobre (CPF n.º 028.128.942-53), José Elieser de Oliveira Júnior (CPF n.º 824.757.258-34), Rosemir Santana de Andrade Lima (CPF n.º 308.631.712-49), João Petrolitano Gonçalves de Assis (CPF n.º 037.104.832-04), Plácido Teixeira Figueiredo Leite (CPF n.º 095.960.382-49), Antônio José Mendes (CPF n.º 040.666.502-87), Ivo Araújo Soares dos Santos (CPF n.º 005.640.792-00), Eugênio Pinheiro Mansour (CPF n.º 000.830.112-34), Iris Célia Cabanellas Zannini (CPF n.º 005.682.282-00), Margarida Lima Carvalho (CPF n.º 083.266.492-87), Valda Inês Fontenele Pessoa (CPF n.º 091.045.852-91), João Silva Lima (CPF n.º 164.665.192-87), João Oliveira de Albuquerque (CPF n.º 321.862.827- 04) e Antônio Leônidas de Araújo Neto (CPF n.º 579.334.998-72) Advogado constituído nos autos: não há /home/website/convert/temp/convert_html/5c4261ca93f3c338cd7b037a/document.doc 1

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TRIBUNAL DE CONTAS DA UNIÃOGabinete do Ministro Guilherme Palmeira

GRUPO I – CLASSE II – 1ª Câmara

TC-016.161/2006-1 (com 5 volumes e 4 anexos)Natureza: Prestação de Contas Simplificada, exercício de 2005Entidade: Fundação Universidade Federal do Acre - FUFACResponsáveis: Jonas Pereira de Souza Filho (Reitor, CPF n.º 058.733.712-53), Francisco Antônio Saraiva de Farias (Pró-Reitor de Administração, CPF n.º 045.644.802-00), Gilberto Castro Ossami (CPF n.º 011.292.952-49), Euvaldo Gonçalves da Silva (CPF n.º 767.180.268-91), Ronaldo Martins Freire (CPF n.º 045.689.072-68), Felismino Rocha Mendonça (CPF n.º 028.218.342-68), Maria Almira Cruz do Nascimento (CPF n.º 138.334.482-53), José Porfiro da Silva (CPF n.º 216.701.532-15), Joaquim Gomes de Farias Neto (CPF n.º 164.758.012-91), Manoel Rodrigues Sobrinho (CPF n.º 045.641.202-63), Ismar Bernardo de Araújo (CPF n.º 188.818.902-91), Jesus Galvão de Freitas Lima (CPF n.º 339.301.202-91), Vera Lúcia Carvalho de Oliveira (CPF n.º 138.120.092-34), Antônio Freire Nobre (CPF n.º 028.128.942-53), José Elieser de Oliveira Júnior (CPF n.º 824.757.258-34), Rosemir Santana de Andrade Lima (CPF n.º 308.631.712-49), João Petrolitano Gonçalves de Assis (CPF n.º 037.104.832-04), Plácido Teixeira Figueiredo Leite (CPF n.º 095.960.382-49), Antônio José Mendes (CPF n.º 040.666.502-87), Ivo Araújo Soares dos Santos (CPF n.º 005.640.792-00), Eugênio Pinheiro Mansour (CPF n.º 000.830.112-34), Iris Célia Cabanellas Zannini (CPF n.º 005.682.282-00), Margarida Lima Carvalho (CPF n.º 083.266.492-87), Valda Inês Fontenele Pessoa (CPF n.º 091.045.852-91), João Silva Lima (CPF n.º 164.665.192-87), João Oliveira de Albuquerque (CPF n.º 321.862.827-04) e Antônio Leônidas de Araújo Neto (CPF n.º 579.334.998-72)Advogado constituído nos autos: não há

Sumário: PRESTAÇÃO DE CONTAS. FUNDAÇÃO UNIVERSIDADE FEDERAL DO ACRE. AUSÊNCIA DE REGISTROS DE PROCESSOS NO SISTEMA DE APRECIAÇÃO E REGISTROS DE ATOS DE ADMISSÃO E CONCESSÕES-SISAC. CESSÃO DE SERVIDORES SEM OBSERVÂNCIA DE DISPOSITIVOS LEGAIS. IRREGULARIDADES EM LICITAÇÕES. CONTAS IRREGULARES DE ALGUNS RESPONSÁVEIS. APLICAÇÃO DE MULTA. CONTAS REGULARES COM RESSALVA DOS DEMAIS GESTORES. DETERMINAÇÕES.

Trata-se da Prestação de Contas Simplificada da Fundação Universidade Federal do Acre – FUFAC, relativa ao exercício de 2005.

Ao instruir o feito, a Secretaria de Controle Externo no Estado do Acre – Secex/AC, preliminarmente, ante indícios de irregularidades na gestão dos recursos federais sob responsabilidade da entidade, promoveu a audiência dos respectivos responsáveis. As questões objeto de audiência, as razões de justificativa apresentadas, bem como a análise empreendida pela Analista encarregada dos trabalhos, estão contidas na instrução de fls. 1235/1286 do volume 5, a qual transcrevo abaixo:

“EXAME DA AUDIÊNCIA

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TRIBUNAL DE CONTAS DA UNIÃO TC-016.161/2006-1

Tendo em vista a delegação de competência do Exmo. Sr. Ministro-Relator, Guilherme Palmeira, exarada na Portaria n.º 1, de 16 de abril de 2003 (art. 1º, incisos I e IX), foi promovida, por meio dos Ofícios n.º s 1.115 a 1.126/2007 – TCU/Secex-AC (fls. 1070/1140 – vol. 5), a audiência dos responsáveis abaixo arrolados:

- Jonas Pereira de Souza Filho, CPF n.º 058.733.712-53, Reitor, período de 01/01/2005 a 31/10/2005, por todas as ocorrências.

- Francisco Antonio Saraiva de Farias, CPF n.º 045.644.802-00, Pró-Reitor de Administração e Ordenador de despesa por delegação de competência, período de 01/01/2005 a 31/10/2005, por todas as ocorrências.

- Felismino Rocha Mendonça, Encarregado do Setor Financeiro, CPF n.º 028.218.342-68, período de 01/01/2005 a 31/10/2005, pelas ocorrências dos itens 2, 3, 4, 5, 6, 7, 8, 9, 10, 11, 12, 19, 22, 24, 25, 26 e 32;

- Gilberto Castro Ossami, CPF n.º 011.292.952-49, Diretor de Contabilidade e Finanças, período de 01/01/2005 a 31/10/2005, pelas ocorrências dos itens 2, 3, 4, 5, 6, 7, 8, 9, 10, 11, 12, 13, 14, 19, 22, 24, 25, 26 e 32;

- Maria Almira Cruz do Nascimento, CPF n.º 138.334.482-53, Chefe do Serviço Contábil, período de 01/01/2005 a 31/10/2005, pelas ocorrências dos itens 4, 5, 6, 8, 9, 10, 11, 12, 13, 14, 19, 22, 24, 25, 26 e 32;

- José Porfiro da Silva, CPF n.º 216.701.532-15, Pró-Reitor de Planejamento, período de 01/01/2005 a 31/10/2005, pelas ocorrências dos itens 1 e 3;

- Ismar Bernardo de Araújo, CPF n.º 188.818.902-91, Presidente da Comissão Permanente de Licitação e Gestor de Licitação, período de 01/01/2005 a 31/10/2005, pelas ocorrências dos itens 23 e 31;

- Jesus Galvão de Freitas Lima, CPF n.º 339.301.202-91, Chefe do Serviço de Patrimônio, período de 01/01/2005 a 31/10/2005, pela ocorrência do item 13;

- Vera Lúcia Carvalho de Oliveira, CPF n.º 138.120.092-34, responsável pela execução orçamentária, período de 01/01/2005 a 31/10/2005, pelas ocorrências dos itens 1, 3, 4 e 5;

- Rosemir Santana de Andrade Lima, CPF n.º 308.631.712-49, Diretora de Pessoal, período de 01/01/2005 a 31/10/2005, pelas ocorrências dos itens 16, 17, 18, 19, 20, 21, 22, 24, 25, 26, 27, 28, 29 e 30;

- Maria do Perpétuo Socorro Nepomuceno Peixoto da Silva, CPF n.º 065.781.442-34, Presidente da Comissão Permanente de Sindicância (Portaria n.º 930/2003 – fls. 764), período de 01/01/2005 a 31/10/2005, pela ocorrência do item 28; e,

- Plácido Teixeira Figueiredo Leite, CPF n.º 095.960.382-49, Diretor de Material e Patrimônio, período de 01/01/2005 a 31/10/2005, pela ocorrência do item 13.

2. Os responsáveis tomaram ciência dos aludidos ofícios, conforme docs. às fls. 1145 e 1147/1157. Caracterizada a revelia dos Srs. Plácido Teixeira Figueiredo Leite, José Porfiro da Silva, Jesus Galvão de Freitas Lima, Rosemir Santana de Andrade Lima e Vera Lúcia Carvalho de Oliveira, passaremos a analisar as razões de justificativa apresentadas, tempestivamente, pelos demais responsáveis:

2.1. Das razões de justificativa apresentadas pela Sra. Maria do Perpétuo Socorro Nepomuceno Peixoto da Silva (fls. 02/26 – Anexo 1):

Ocorrência: Inobservância do artigo 143 e seguintes, da Lei n.º 8.112/1990, quanto à abertura de sindicância e instauração de processo administrativo disciplinar, considerando a existência de acumulações de cargos, relatada pela CGU nas contas do exercício anterior, e o encaminhamento, à Comissão Permanente de Sindicância, de ocorrências de furtos/roubos ocorridos no exercício (item 7.5.1.1 do Relatório de Auditoria/CGU)

Justificativas apresentadas: Não foram desenvolvidos trabalhos na Comissão de Sindicância em razão da falta de estrutura. A CPS não tinha sala própria, pois ‘própria’ significaria apropriada para o trabalho e isto não acontecia. O fato de existir uma sala com placa na porta ‘Comissão Permanente de Sindicância’, não basta para se afirmar que esta fora constituída, quando não

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haviam sido dadas condições para que os servidores, nomeados por meio da Portaria n.º 930, de 06/10/1993, desempenhassem trabalhos dessa natureza. Na referida sala havia nada além de cadeiras inadequadas, computadores quebrados ou sucateados e um ventilador, que, quando ligado, fazia tanto barulho que atrapalhava os trabalhos. ‘As pessoas que eram notificadas para depor ficavam o tempo todo reclamando do calor infernal que assolava o ambiente’. Uma situação, enfim, que desacreditava a autoridade dos agentes responsáveis pela condução dos processos.

As comissões de sindicância precisam do apoio da autoridade que as constitui e da colaboração do órgão como um todo. No contexto da eficiência, que é um imperativo constitucional, não é admissível que a autoridade limite seu empenho a assinar uma portaria, como se isso fosse suficiente para esgotar sua obrigação. A estrutura colocada à disposição da Comissão não dava condições para a execução de nossos trabalhos, ‘mesmo que quiséssemos não conseguiríamos, acho que tudo aquilo não passava de uma brincadeira’.

Análise: Da análise dos documentos acostados às fls. 14/23 – anexo 1, constatamos que não foram dadas, pela administração da UFAC, durante o exercício de 2005, condições mínimas para o funcionamento da Comissão de Sindicância, eis que sequer foi atendido o pleito da Presidente da Comissão no sentido de que fosse remanejado, para a Comissão, um computador de outro setor. Assim, acatamos as razões de justificativa apresentadas para afastar a responsabilidade da Sra. Maria do Perpétuo Socorro Nepomuceno Peixoto da Silva pela inobservância ao disposto no artigo 143 e seguintes, da Lei n.º 8.112/1990.

2.2. Considerando que as razões de justificativa apresentadas pelos Srs. Jonas Pereira de Souza Filho e Francisco Antônio Saraiva de Farias (fls. 3/379 – anexo 3) englobaram as apresentadas pelo Sr. Ismar Bernardo de Araújo (fls. 27/29 – anexo 1) e pelos Srs. Felismino Rocha Mendonça, Gilberto Castro Ossami e Maria Almira Cruz do Nascimento (fls. 51/58 – Anexo 1), analisaremos todas as peças de forma conjunta, identificando, a cada ocorrência, os responsáveis notificados (incluindo os revéis):

Ocorrência n.º 01: Déficit orçamentário no valor de R$ 9.392.321,50 (nove milhões, trezentos e noventa e dois mil, trezentos e vinte e um reais e cinqüenta centavos), em desacordo com o princípio do equilíbrio orçamentário preconizado pelo § 1.º do art. 1.º da Lei de Responsabilidade Fiscal – Lei Complementar n.º 101/2000, c/c os artigos 48, ‘b’, e 110 da Lei n.º 4.320/1964;

Responsáveis: Jonas Pereira de Souza Filho; Francisco Antônio Saraiva de Farias; José Porfiro da Silva e Vera Lúcia Carvalho de Oliveira.

Justificativa: Em atenção a esse questionamento, cabe primeiramente esclarecer que a Lei Complementar n.º 101/2000, ao tratar do equilíbrio das contas públicas, mediante o cumprimento de metas de resultados entre receitas e despesas, refere-se a cada Ente da Federação, ou seja, União, Estados e Municípios. No que concerne à Administração Indireta Federal, o equilíbrio entre receitas e despesas aplica-se tão-somente às receitas diretamente arrecadadas, ou seja, às receitas próprias (fontes 0250, 0280, e outras), tendo em vista que embora a unidade execute a maior parte de suas despesas com recursos da fonte Tesouro, a execução dessas receitas ocorre no próprio Tesouro.

A correta apuração do déficit orçamentário da FUFAC deve ser feita por meio da transação ‘BALANORC’ que permite a consulta do balanço orçamentário por órgão. A transação ‘CONBALANUG’ só permite a consulta por UG, o que não demonstra adequadamente a real situação do órgão. O balanço orçamentário demonstra as receitas e despesas previstas em confronto com as realizadas, conforme previsto no art. 102 da Lei n.º 4320/1964, evidenciando os créditos recebidos por meio de sub-repasse e/ou repasse financeiro, bem como a execução de tais créditos e recursos disponibilizados à unidade. A movimentação financeira executada constante do balanço orçamentário refere-se ao total dos repasses financeiros efetivamente recebidos pela unidade, já a execução da despesa/movimentação de créditos equivale ao montante dos créditos empenhados, portanto, a diferença existente configurada como déficit ou superávit não configura irregularidade, nem mesmo impropriedade, pois a própria LRF, no art. 8º, determina que o Poder Executivo estabelecerá a programação financeira e o cronograma mensal de desembolso, ou seja, a unidade poderá receber um limite para empenho superior ao limite para pagamento.

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O déficit real constante do balanço orçamentário do órgão representa a quantidade de recursos necessários para o pagamento de compromissos inscritos em restos a pagar processados e não processados.

Ressaltamos, ainda, que o registro da previsão da receita (cota autorizada) de todas as unidades vinculadas ao Ministério da Educação é feito pelo órgão superior de programação financeira (Secretaria do Tesouro Nacional) na UG 150014 (Setorial Financeira do MEC), o que justifica possível superávit e/ou déficit no órgão 26000 e nos demais órgãos vinculados ao MEC.

Considerando, ainda, o que dispõe o Manual SIAFI, na macrofunção 02.03.18, quadro IV, quanto aos principais itens de verificação para análise do balanço orçamentário, destacamos que:

- há igualdade entre previsão da receita (R$ 96.689.278,45) e despesa fixada (R$ 96.689.278,45);

- a execução da despesa (R$ 86.628.902,35) ficou dentro dos limites da despesa fixada (R$ 96.689.278,45);

- o saldo da conta ‘receita realizada’ – receita própria (R$ 106.140,12), no balancete, é igual ao total da receita executada (R$ 106.140,12);

- o saldo da conta crédito liquidado (R$ 86.628.902,35), na transação balancete, é igual ao total da execução da despesa do balanço orçamentário;

- no balanço orçamentário não há registros em ‘outras’, cabendo, ainda, esclarecer que em atendimento ao art. 48, alínea ‘b’, da Lei n.º 4.320/1964, o Presidente da República baixa no início de cada ano um decreto disciplinando a execução orçamentária do Poder Executivo Federal e conseqüentemente da Administração Direta/Indireta;

- quanto ao art. 110 da Lei n.º 4.320/1964, o balanço orçamentário da FUFAC obedece aos padrões e normas instituídos pela legislação, bem como é incorporado ao Balanço Geral da União (BGU), que consolida os resultados entre receitas e despesas.

Análise: Rejeitamos, no ponto, as justificativas apresentadas, propondo que seja expedida determinação à UFAC para que se abstenha de realizar despesas que excedam o valor das receitas efetivamente realizadas, mantendo-se o equilíbrio orçamentário preconizado pelo § 1º do art. 1º da Lei de Responsabilidade Fiscal – Lei Complementar n.º 101/2000, c/c o art. 48, ‘b’, e 110 da Lei n.º 4.320/1964, haja vista o déficit orçamentário verificado no exercício, no valor de R$ 9.392.321,50 (nove milhões, trezentos e noventa e dois mil, trezentos e vinte e um reais e cinqüenta centavos).

Ocorrência n.º 02: Violação ao princípio da Unidade de Tesouraria, art. 56 da Lei n.º 4.320/1964, em razão do recolhimento da receita de vestibulares realizadas no exercício, em favor da Fundação de Apoio e Desenvolvimento da Pesquisa e Ensino – FUNDAPE (item 4.1.1.1).

Responsáveis: Jonas Pereira de Souza Filho; Francisco Antônio Saraiva de Farias; Felismino Rocha Mendonça e Gilberto Castro Ossami.

Justificativa: No exercício de 2005 não houve a previsão de arrecadação de receita de serviços educacionais (receitas do concurso vestibular) solicitada ao MEC pela COC/PROPLAN, já que essa receita nos últimos anos não estava sendo realizada pela FUFAC e sim pela FUNDAPE, mediante convênio. Um dos parâmetros para a previsão da receita do ano seguinte leva em conta a arrecadação dos últimos cinco anos.

Análise: Ainda que a FUNDAPE seja contratada para a execução do vestibular, e que, em decorrência do contrato firmado, seja autorizada a recolher os valores pagos a título de inscrição no certame em seu nome, para cobertura das despesas - ressaltando que, neste caso, deve ser estabelecida no contrato a forma como se dará a cobertura das despesas com a realização do certame, caso não seja alcançada a previsão de candidatos, bem como a destinação dos recursos obtidos com as taxas de inscrição que eventualmente extrapolarem o total das despesas realizadas (na forma da jurisprudência desta Corte – Acórdão 2.149/2006 e 2.493/2007 – ambos da 2ª Câmara) por se tratar de obrigação legal, insculpida no art. 165, § 5º, da CF/88 e no art. 3º da Lei n.º 4.320/1964, a Entidade é obrigada a incluir na previsão da receita as oriundas dos concursos vestibulares (e na fixação das despesas os valores necessários à execução dos certames). Justificativa rejeitada. Determinação.

Ocorrência n.º 03: Ausência de critérios objetivos na previsão orçamentária das despesas correntes e de capital, bem como na definição da distribuição desses créditos (itens 4.1.2.1 e 4.1.3.1).

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Responsáveis: Jonas Pereira de Souza Filho; Francisco Antônio Saraiva de Farias; Felismino Rocha Mendonça; Gilberto Castro Ossami; José Porfiro da Silva e Vera Lúcia Carvalho de Oliveira.

Justificativa: Os valores do orçamento OCC são definidos de acordo com a matriz MEC. Definido esse valor, a FUFAC estima os valores para gastos com despesas fixas (água, telefones, energia) e, em reunião com os diversos setores, define a alocação do saldo dos recursos (docs. às fls. 58/67 – anexo 3).

Análise: Em que pese a justificativa e os documentos apresentados, deve ser determinado à UFAC, por meio da Coordenação de Orçamento e Custos, que:

- elabore mecanismo efetivo de acompanhamento das atividades de seus departamentos, a fim de que seja aprimorado o controle e o planejamento das despesas da entidade;

- mantenha adequado arquivo da documentação utilizada na elaboração de seu orçamento, com informações da metodologia utilizada e memórias de cálculo.

Ocorrência n.º 04: Falta de comprovantes de arrecadação de receitas de serviços, consistente nos seguintes fatos (item 4.2.1.1):

a) No processo 23107.008767/2005-15, faltou comprovar o recolhimento, mediante GRU, do valor de R$ 1.150,00;

Justificativa: O comprovante no valor de R$ 1.150,00, folhas 06 do processo 23107.008767/2005-15, refere-se a depósito em conta da FUNDAPE, anexado indevidamente neste processo (anexo cópia do processo 23107.006803/2007-60 – fls. 68/78 do anexo 3;

Análise: A origem e a destinação do valor, supostamente, depositado, em dinheiro, na conta do convênio FUNDAPE/UFAC/UTAL permanecem não esclarecidos.

b) No processo 23107.009821/2005-31, faltou comprovar os recolhimentos feitos pelo Laboratório Carlos Chagas e José Pacheco, mediante as GRU´s de n.º 30 e 49, respectivamente, no valores de R$ 400,00 e R$ 30,00;

Justificativa: Seguem cópias das 2005RA000221 e 000222 que comprovam o recolhimento dos valores (fls. 80/81 – anexo 3);

Análise: Os documentos atestam o recolhimento dos valores.

c) No processo 23107.009034/2005-90, faltou comprovar o recolhimento feito por Oswaldo D’Albuquerque Lima Neto, mediante a GRU de n.º 26, do valor de R$ 201,64;

Justificativa: Segue cópia da 2005RA000130 (fl. 82 – anexo 3);Análise: O documento atesta o recolhimento do valor.

d) No processo 23107.010640/2005-58, faltou comprovar o recolhimento feito pela Prefeitura Municipal de Acrelândia/AC, mediante a GRU de n.º 59, do valor de R$ 480,22;

Justificativa: Segue cópia da 2005RA000260 (fl. 83 – anexo 3);Análise: O documento atesta o recolhimento do valor.

e) Não foi comprovada a integralidade dos gastos feitos, a título de ‘serviços tecnológicos’ – código de arrecadação n.º 28829-2, pois do valor contabilizado (R$ 23.443,04), não foram encontrados os documentos pertinentes ao valor de R$ 4.852,23;

f) Não foi comprovada a integralidade dos gastos feitos, a título de ‘receita da produção vegetal’ – código de arrecadação n.º 28811-0, pois do valor contabilizado (R$ 8.481,00), não foram encontrados os documentos pertinentes ao valor de R$ 1.404,00;

Responsáveis: Jonas Pereira de Souza Filho; Francisco Antônio Saraiva de Farias; Felismino Rocha Mendonça; Gilberto Castro Ossami; Maria Almira Cruz do Nascimento e Vera Lúcia Carvalho de Oliveira.

Justificativa: Quanto à comprovação dos gastos feitos a título de serviços tecnológicos e receita de produção vegetal, informamos que o setor competente estará cobrando do parque Zoobotânico e UTAL a documentação para completar o período.

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TRIBUNAL DE CONTAS DA UNIÃO TC-016.161/2006-1

Análise: Resta caracterizada a fragilidade dos controles exercidos sobre o recolhimento das receitas da entidade. Justificativa rejeitada.

Ocorrência n.º 05: Transferências de receitas realizadas no exercício para receitas a realizar no valor de R$ 204.177,68 (duzentos e quatro mil, cento e setenta e sete reais e sessenta e oito centavos), em desacordo com o art. 35 da Lei n.º 4.320/1964, que estabelece o princípio do regime de caixa (item 4.2.1.1).

Responsáveis: Jonas Pereira de Souza Filho; Francisco Antônio Saraiva de Farias; Felismino Rocha Mendonça; Gilberto Castro Ossami; Maria Almira Cruz do Nascimento e Vera Lúcia Carvalho de Oliveira.

Justificativa: A transferência da receita se deu em função da despesa vinculada a mesma estar prevista para ser executada no exercício seguinte (transação SIAFI CONMANMF 02.03.06 item 2.2.2)

Análise: A transferência de receitas para o exercício seguinte fere o disposto no art 35 da Lei n.º 4.320/1964, que estabelece que, no exercício financeiro, devem ser reconhecidas todas as receitas arrecadadas (regime de caixa) e as despesas legalmente empenhadas (‘regime de competência’). Justificativa rejeitada. Determinação.

Ocorrência n.º 06: Ausência de cobrança de juros e multa de mora da empresa COPIBRASA (CNPJ n.º 05.398.037/0001-33), quando do pagamento de 08 (oito) meses que estavam em atraso, referente ao exercício de 2004 (quatro mil, trezentos e vinte reais) – item 4.2.1.1.

Responsáveis: Jonas Pereira de Souza Filho; Francisco Antônio Saraiva de Farias; Felismino Rocha Mendonça; Gilberto Castro Ossami e Maria Almira Cruz do Nascimento.

Justificativa: Não foram cobrados multa e juros já que não havia no Contrato n.º 006/2001 cláusula prevendo essa condição (fls. 85/96 – anexo 3) .

Análise: A celebração de contrato de aluguel de espaço público sem cláusula que estabeleça as penalidades e multas a serem aplicadas, em caso de inadimplemento da obrigação pactuada entre as partes, fere o disposto no art. 55 da Lei n.º 8.666/1993. Destarte, a justificativa apresentada apenas confirma a mácula sobre as contas da entidade, em face da infração ao dispositivo legal referido. Proposta de aplicação de multa aos responsáveis.

Ocorrência n.º 07: Não atualização do sistema Siafi, quanto aos convênios de n.º 399204 e 364045, entre outros.

Responsáveis: Jonas Pereira de Souza Filho; Francisco Antônio Saraiva de Farias; Felismino Rocha Mendonça e Gilberto Castro Ossami.

Justificativa: A Diretoria de Contabilidade e Finanças fará levantamento da situação para posterior atualização dos registros no Siafi dos convênios.

Análise: A promessa de adoção de medidas tendentes à regularização da ocorrência apontada, a qual retrata a ausência de acompanhamento sobre a execução dos convênios firmados pela entidade, não retira a mácula sobre as contas. Justificativa rejeitada. Determinação.

Ocorrência n.º 08: Ausência de prestação de contas dos suprimentos de fundos concedidos por meio das NE´s 900393/2005 e 900714/2005, até a data de realização da auditoria do Controle Interno (28/04/2006), sem que a Entidade demonstrasse qualquer providência adotada (item 4.3.2.1).

Responsáveis: Jonas Pereira de Souza Filho; Francisco Antônio Saraiva de Farias; Felismino Rocha Mendonça; Gilberto Castro Ossami e Maria Almira Cruz do Nascimento.

Justificativa: Pelo processo 23107.005572/2006-96 foram apresentadas as prestações de contas dos suprimentos de fundos. As notas fiscais foram devolvidas para correções (docs. às fls. 98/122 – anexo 3).

Análise: Assim dispõe o art. 45 do Decreto n.º 93.872/1986, in verbis:

‘Excepcionalmente, a critério do ordenador de despesa e sob sua inteira responsabilidade, poderá ser concedido suprimento de fundos a servidor, sempre precedido do empenho na dotação própria às

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despesas a realizar, e que não possam subordinar-se ao processo normal de aplicação, nos seguintes casos (Lei n.º 4.320/1964, art. 68, e Decreto-lei n.º 200/1967, § 3º do art. 74):

I - para atender despesas eventuais, inclusive em viagem e com serviços especiais, que exijam pronto pagamento em espécie. (Redação dada pelo Decreto n.º 2.289, de 04/08/1997);

Il - quando a despesa deva ser feita em caráter sigiloso, conforme se classificar em regulamento; e

III - para atender despesas de pequeno vulto, assim entendidas aquelas cujo valor, em cada caso, não ultrapassar limite estabelecido em Portaria do Ministro da Fazenda.

(...)2º O servidor que receber suprimento de fundos, na forma deste artigo, é obrigado a prestar

contas de sua aplicação, procedendo-se, automaticamente, à tomada de contas se não o fizer no prazo assinalado pelo ordenador da despesa, sem prejuízo das providências administrativas para a apuração das responsabilidades e imposição, das penalidades cabíveis (Decreto-lei n.º 200/1967, parágrafo único do art. 81 e § 3º do art. 80).

§ 3º Não se concederá suprimento de fundos: a) a responsável por dois suprimentos; b) a servidor que tenha a seu cargo e guarda ou a utilização do material a adquirir, salvo quando

não houver na repartição outro servidor; c) a responsável por suprimento de fundos que, esgotado o prazo, não tenha prestado contas de

sua aplicação; e d) a servidor declarado em alcance’.

In casu, resta caracterizado o descumprimento ao disposto no art. 45, § 3º, alínea ‘c’, do Decreto n.º 93.872/1986, pela concessão, em 27/09/2005, de novo suprimento de fundos, no valor de R$ 900,00, ao servidor José Mauro Souza Uchoa, eis que o mesmo não havia prestado contas do valor recebido em 19/05/2005.

Cumpre, ainda, ressaltar, que embora o prazo para a comprovação das despesas realizadas por meio dos suprimentos de fundos referidos, nos valores de R$ 200,00 e R$ 900,00, houvesse findado, respectivamente, em 04/07/2005 e 21/11/2005, a Administração da UFAC não havia adotado, até 01/06/2006 (fl. 117), qualquer medida com vistas ao cumprimento do disposto no art. 45, § 2º do Decreto 93.872/1986, demonstrando negligência na condução administrativa da entidade.

Nesse sentido, rejeitamos as razões de justificativa apresentadas, propondo a aplicação de multa aos responsáveis além da expedição, à entidade, das seguintes determinações:

a) Não conceda suprimento de fundos a responsável que, esgotado o prazo, não tenha prestado contas de sua aplicação, conforme mandamento insculpido no art. 45, § 3º, alínea ‘c’, do Decreto n.º 93.872/1986, sob pena de o ordenador de despesa ser responsabilizado pela restituição do valor relativo à concessão indevida; e

b) Proceda à tomada de contas quando, exaurido o prazo assinalado pelo ordenador de despesa, o suprido não houver apresentado a prestação de contas da aplicação dos recursos, sem prejuízo das providências administrativas para a apuração das responsabilidades e imposição, das penalidades cabíveis (Decreto-lei n.º 200/1967, parágrafo único do art. 81 e § 3º do art. 80).

Ocorrência n.º 09 (irregularidades encontradas em processos de suprimento de fundos): Responsáveis: Jonas Pereira de Souza Filho; Francisco Antônio Saraiva de Farias;

Felismino Rocha Mendonça; Gilberto Castro Ossami e Maria Almira Cruz do Nascimento.

Processo n.º 23107.001927/2005-97 – inclusão da NF n.º 14.229, de 30 de março de 2005, emitida por M. M. Yunes Ltda., embora o prazo de aplicação fosse até o dia 23/03/2005, e apresentação da prestação de contas fora do prazo legal;

Justificativa: Houve pedido de prorrogação do prazo de aplicação por quinze dias, conforme CI/UTAL 034/2005 (fls. 124/125- anexo 3).

Análise: Ocorrência sanada.

Processo n.º 23107.005188/2005-11 – inclusão fora do prazo legal das NF´s n.ºs 14970, 4623, 4618 e 00209, emitidas respectivamente em 11/06 e 14/06, esta data em relação às 03 últimas notas fiscais;

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Justificativa: Também houve pedido de prorrogação do prazo de aplicação por quinze dias, conforme CI/UTAL 056/2005 (fl. 126 – anexo 3)

Análise: Ocorrência sanada.

Processo n.º 23107.006316/2005-35 – inclusão de nota fiscal vencida, em especial, a NF n.º 3379, de 10/06/2005, enquanto o prazo de emissão expirou em 26/05/2005, emitida por Tornearia TIP e Comércio Ltda.;

Justificativa: A nota fiscal foi substituída pela de n.º 003613 (notas fiscais anexas às fls. 128/129)

Análise: Ocorrência sanada.

Processo n.º 23107.008874/2005-35:a) inclusão de nota fiscal de serviços vencida, no valor de R$ 852,30, emitida por empresa

em situação cadastral ‘inapta’ no sistema CNPJ, da Receita Federal, para a aquisição de mercadorias (30 pastas fichário – collor zip – com ficha branca), em especial, da NF n.º 0112, de 04/08/2005, emitida por Terra Assessoria de Comunicação Ltda., sediado em Brasília/DF; e

b) inclusão da Nota Fiscal n.º 106060, emitida pelo Auto Posto Santo Antônio Ltda., sediado em Rio Branco/AC, para o fornecimento de combustível, embora esse produto não seja de natureza excepcional, em razão do fornecimento ter sido efetuado na localidade em que se encontra a unidade, oportunidade em que deveria ter sido abastecido por eventual contrato de fornecimento mantido pela UFAC;

Justificativa: Estamos aguardando resposta da suprida ao processo 23107.007772/2007-64. A suprida alega que o material foi recebido e utilizado em prol da UFAC; que esteve em Brasília e a empresa não existe mais; que ao se efetuar uma compra no comércio ninguém se preocupa em verificar se a empresa está devidamente legalizada ou se a nota fiscal emitida é válida. Entendemos que a suprida foi enganada em sua boa-fé. Por outro lado, o servidor da Diretoria de Contabilidade e Finanças que analisou a prestação de contas errou quando emitiu parecer favorável. Assim, dependendo da resposta da suprida, serão tomadas as providências para apuração de responsabilidade e indenização ao Erário, se for o caso (anexo processo 23107.007772/2007-64 – fls. 130/157 – anexo 3).

Análise: No ponto, propomos que seja determinado à UFAC que adote medidas no sentido de obter, junto aos responsáveis, o ressarcimento da importância liberada por meio do processo n.º 23107.008874/2005-35, eis que:

a) não pode ser aceita como comprovação da aquisição de 30 pastas fichário, a título de despesas de custeio para organização de evento na entidade (fl. 138 – anexo 3), nota fiscal de serviços vencida, no valor de R$ 852,30, emitida por empresa sediada em Brasília, em situação cadastral ‘inapta’ no sistema CNPJ, da Receita Federal; e

b) é irregular a utilização de suprimento de fundos para aquisição de 58,8 litros de gasolina no valor total de R$ 148,00, eis que esse tipo de aquisição não atende ao preceituado na legislação por se tratar de bem não excepcional adquirido na localidade onde se encontra a unidade.

Processo n.º 23107.0011550/2005-84 – inclusão de notas fiscais com prazo de validade vencido, em especial, das NF´s n.ºs 0557 e 13618, emitidas respectivamente em 19/11/2005 e 21/11/2005, por M.H.E – Maia ME e Martins Brasil ME.

Justificativa: A nota fiscal n.º 0557 foi substituída pela de n.º 0229 e a de n.º 13618 pela de n.º 0691 (notas fiscais anexadas às fls. 159/162)

Análise: Ocorrência sanada.

Ocorrência n.º 10: Realização de saques para pagamentos em estabelecimentos comerciais que aceitam o cartão de pagamento do Governo Federal, pelos servidores de CPF n.º 000.832.402-68 e 824.757.258-34, nos correspondentes valores de R$ 1.900,00 e 3.900,00, não observando a norma que rege a concessão de suprimento de fundos e o § 2.º do artigo 2.º do Decreto n.º 5.355, de 25 de janeiro de 2005.

Responsáveis: Jonas Pereira de Souza Filho; Francisco Antônio Saraiva de Farias; Felismino Rocha Mendonça; Gilberto Castro Ossami e Maria Almira Cruz do Nascimento.

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Justificativa: Reconhecemos a falha. Não tínhamos atentado para o disposto no § 2º do art. 2º do Decreto n.º 5.355/2005. Os supridos serão orientados (transação SIAFI CONMANMF 02.11.21 item 6)

Análise: Não foi apresentada justificativa para a ocorrência. Os responsáveis reconhecem a falha e informam que darão orientações aos supridos, afastando, no ponto, a necessidade de determinações.

Ocorrência n.º 11: Ausência de comprovação da regularidade fiscal nos processos de pagamento, referente à compra de bens e objeto de uso corrente, em desacordo com o artigo 195, § 3º, da Constituição Federal de 1988.

Responsáveis: Jonas Pereira de Souza Filho; Francisco Antônio Saraiva de Farias; Felismino Rocha Mendonça; Gilberto Castro Ossami e Maria Almira Cruz do Nascimento.

Justificativa: Entendemos que a proibição prevista no § 3º do art. 195 da CF/88 é para contratar. Nos processos de licitação ou dispensa de licitação – quando se dá a contratação – essa exigência é obedecida. Feita a contratação, não vemos porque exigir novamente a regularidade. Nos processos de pagamentos contratuais parcelados (serviços, obras e outros), aí sim, verificamos a regularidade fiscal dos fornecedores de acordo com a legislação e várias decisões desta Corte. Assim mesmo, determinamos aos servidores responsáveis pelos pagamentos que seja feita consulta ao SICAF em todos os processos de pagamentos a fornecedores.

Análise: Acatamos, no ponto, as razões de justificativa apresentadas.

Ocorrência n.º 12: Uso de Nota Fiscal com prazo de validade vencido no processo n.º 23107.012192/2005-27 (item 5.2.2.1, alínea ‘b’), em especial, a NF n.º 070, emitida pela empresa Concreta Engenharia e Construção Ltda., no valor de R$ 24.151,33 (vinte e quatro mil, cento e cinqüenta e um reais e trinta e três centavos).

Responsáveis: Jonas Pereira de Souza Filho; Francisco Antônio Saraiva de Farias; Felismino Rocha Mendonça; Gilberto Castro Ossami e Maria Almira Cruz do Nascimento.

Justificativa: Segue cópia do Parecer n.º 007/2005, que foi confirmado pela Sra. Jael Bini Jaccoud Machado, atual coordenadora do setor de ISSQN, da Prefeitura Municipal de Rio Branco (fl.164)

Análise: Ocorrência sanada.

Ocorrências de n.º s 13.1 a 13.8: Falhas nos controles patrimoniais da Entidade: Responsáveis: Jonas Pereira de Souza Filho; Francisco Antônio Saraiva de Farias;

Gilberto Castro Ossami; Jesus Galvão de Freitas Lima; Maria Almira Cruz do Nascimento e Plácido Teixeira Figueiredo Leite.

a) Não-atualização dos valores constantes do Sistema de Gerenciamento dos Imóveis de Uso Especial da União – SPIUnet, quanto à forma de aquisição, as benfeitorias, como reforma e ampliação, atualização do valor venal de cada imóvel e cadastramento de bens imóveis (itens 6.1.1.1 e 6.1.2.1).

Justificativa: Com relação à atualização do SPIUnet, foi expedido, em 29/08/2006, ofício à Gerência Regional do Patrimônio no Acre – GRPU/AC, solicitando o treinamento de funcionários desta IFES para operação do sistema. Entretanto, diante das dificuldades enfrentadas pela GRPU/AC, o pleito formulado só pôde ser atendido em junho de 2007, quando, seguindo orientação daquela gerência, foi solicitada a indicação de um Engenheiro Civil para viabilizar a atualização do valor venal dos imóveis da FUFAC (fls. 166/170 – anexo 3).

Análise: A atualização dos valores constantes do SPIUnet deverá ser verificada pela CGU/AC por ocasião dos exames acerca da gestão do exercício de 2007. Determinação.

b) Inexistência de inventário físico anual, em desacordo com o artigo 94 da Lei n.º 4.320/1964, c/c o subitem 8.1.1 da IN/SEDAP n.º 205, de 08/04/1988.

Justificativa: Neste exercício foi realizado um inventário geral dos bens patrimoniais da instituição, que se encontra em fase de conclusão.

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Análise: Resta caracterizado o descumprimento, durante o exercício de 2005, ao disposto no art. 94 da Lei n.º 4.320/1964, c/c o subitem 8.1.1 da IN/SEDAP n.º 205, de 08/04/1988. Determinação.

c) Não-atualização do Sistema de Informação para o Ensino – SIE, em comparação com os termos de responsabilidade.

Justificativa: Estamos realizando, desde julho/2006, a atualização dos termos de responsabilidade, faltando apenas realizar este serviço nos núcleos dos municípios do interior, exceto Cruzeiro do Sul.

Análise: A ocorrência apontada pela equipe de auditoria da CGU, no item 6.1.1.1 do Relatório de Auditoria de Gestão n.º 175120, faz referência à necessidade de atualização do Sistema de Informação para o Ensino (SIE) quanto aos termos de responsabilidade e não apenas à necessidade de atualização dos próprios termos. Determinação.

d) Ausência de identificação das carteiras e mesas escolares. Justificativa: a ausência de identificação das carteiras e mesas escolares é um problema

que foi herdado de gestões passadas, já que todos os bens móveis adquiridos nesta gestão foram registrados. Estamos realizando um levantamento detalhado de todo o patrimônio desta IFES e neste semestre de 2007 pretendemos concluir a identificação das carteiras e mesas escolares que estão em situação irregular.

Análise: A regularização desta ocorrência deverá ser verificada por ocasião das próximas contas e será objeto de determinação.

e) Exaustão da capacidade de armazenamento do depósito da Entidade. Justificativa: Foi formada uma comissão (Portaria n.º 1556, de 29/08/2006) para realizar

o levantamento dos equipamentos recolhidos ao depósito desta IFES com vistas à alienação e apreciação do Conselho Diretor (fls. 178/9 – anexo 3)

Análise: A regularização desta ocorrência deverá ser verificada por ocasião das próximas contas e será objeto de determinação.

f) Ausência de controle dos bens furtados, pelo setor de patrimônio, pois as ocorrências de furto são arquivadas somente no setor de sindicância.

Justificativa: O Departamento de Material e Patrimônio realiza periodicamente a troca de informações com o serviço de vigilância e com a Comissão Permanente de Sindicância sobre as ocorrências de furto e roubo na instituição, contando com um arquivo exclusivo em suas dependências.

Análise: Conforme se depreende dos documentos acostados às fls. 183/4 – anexo 3, não havia, até agosto de 2006, qualquer controle dos bens furtados da IFES no setor de patrimônio. Assim, as medidas adotadas pelo setor, em decorrência da auditoria da CGU, não retiram a mácula impingida sobre as contas, mas afastam, no ponto, a necessidade de determinação.

g) Existência de requisições de veículos sem assinatura do responsável pelo setor e existência de requisições de combustível, com valores ilegíveis do consumo por Km rodado do veículo.

Justificativa: Tomaremos as providências para que o fato não mais ocorra.Análise: O exercício adequado do controle do uso dos veículos da entidade deverá ser

verificado, pela CGU, por ocasião do exame da gestão do exercício de 2007.

h) Registro contábil das despesas referentes às obras em andamento em conta genérica, não permitindo aferir o custo individual de cada obra.

Justificativa: Em virtude de não haver servidor capacitado para operação do SPIUnet, não há possibilidade de aferir o custo individual de cada obra.

Análise: Trata-se, a constatação, da impropriedade do registro contábil, em conta genérica, das despesas correspondentes às obras em andamento, que enseja a inconsistência dos valores constantes das demonstrações contábeis da entidade. A justificativa apresentada não guarda relação com a ocorrência, que será objeto de determinação.

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Ocorrência n.º 13.9: Inexistência de contrato formal de locação do espaço destinado à cantina.

Responsáveis: Jonas Pereira de Souza Filho; Francisco Antônio Saraiva de Farias; Gilberto Castro Ossami; Jesus Galvão de Freitas Lima; Maria Almira Cruz do Nascimento e Plácido Teixeira Figueiredo Leite.

Justificativa: A situação foi regularizada por meio dos Contratos n.º s 11/2006, 12/2006 e 06/2007 (fls. 186/213)

Análise: A formalização, em meados de 2006 e meados de 2007 respectivamente, dos Contratos de Concessão de Uso n.º 11/2006 e 12/2006 e 06/2007, não retira a mácula impingida sobre as contas pelo descumprimento, no exercício de 2005, ao disposto no art 60 da Lei n.º 8.666/1993.

Na lição de Maria Sylvia Zanella di Pietro, os bens das fundações públicas são bens públicos de uso especial, cabendo, para a outorga de seu uso, a utilização de uma das formas previstas em lei para uso de bem público por particular. Tal utilização tem por características essenciais, conforme lição da mencionada autora, a exclusividade na utilização da parcela dominial, para a finalidade consentida, a exigência de um título jurídico individual, público ou privado, pelo qual a administração outorga o uso e estabelece as condições em que será exercido e a precariedade.

A modalidade de outorga aplicável a restaurantes e lanchonetes é ‘concessão administrativa de uso de bem público’, ato bilateral, de natureza contratual, pelo qual a Administração Pública ‘atribui a utilização exclusiva de um bem de seu domínio ao particular, para que o explore segundo sua destinação específica’, devendo ser precedida de licitação, conforme entendimento deste Tribunal, proferido na Decisão 585/1997-TCU-Plenário. Justificativa rejeitada. Proposta de multa aos responsáveis.

Ocorrência n.º 14: Ausência de providências quanto às dividas existentes (item 6.2.1.1), em favor da Entidade, de Amadeus Batista (R$ 980,00), F. de F. Cardoso (R$ 7.185,00), H. Abreu Lopes (R$ 15.157,50) e W.R. Lemos (R$ 2.550,00);

Responsáveis: Jonas Pereira de Souza Filho; Francisco Antônio Saraiva de Farias; Gilberto Castro Ossami; e Maria Almira Cruz do Nascimento.

Justificativa: Os débitos de Amadeus Batista e W.R. Lemos foram quitados. Quanto ao débito de F. de F. Cardoso, a UFAC está de posse dos cheques n.º s 850032 a 850048 – Banco do Brasil como garantia de pagamento do débito. Nos outros casos, a Diretoria de Contabilidade e Finanças informou que irá reiterar junto à Pró-Reitoria de Administração o pedido de cobrança administrativa ou judicial dos débitos.

Análise: As alegações apresentadas não têm o condão de afastar a mácula impingida sobre a gestão em face da morosidade e negligência da Administração na adoção de providências para cobrança judicial das dívidas, eis que, embora as dívidas mencionadas tenham sido apuradas, pela CGU, por ocasião do exame das contas do exercício de 2004, não foram até a presente data objeto ações de cobrança. Proposta de multa aos responsáveis.

Ocorrência n.º 15: Falhas no arquivamento de portarias de localização e de nomeação de cargos comissionados e funções gratificadas, considerando que, em relação àquela, a Entidade não atendeu à solicitação do Controle Interno, quanto a 106 servidores de um total de 392 servidores beneficiados com adicional de insalubridade, no mês de março de 2006, e, em relação aos ocupantes de cargos e funções, a UFAC não disponibilizou as portarias dos servidores Antônio Rui Vieira Brandão, Carlos Alberto Franco da Costa, Ethiene Maria Gouveia Viana, Falbernandes Mendes de Farias, Felismino Rocha Mendoça, Hisaac Alves de Oliveira, Isla Maria Amorim de Souza Mansour, Ismar Bernardo de Araújo, Lenilson Moreira de Almeida, Lucineide Frota Bessa, Margarida Maria de Oliveira Reis, Maria Darlene Vale Leal, Maria do Socorro Muniz Ribeiro Pereira, Maria Justino de Matos, Ricardo Yamasaki Sassagawa, Robson Antônio da Rocha Braga, Solange Firmino Marinheiro e Valmir Freitas de Araújo;

Responsáveis: Jonas Pereira de Souza Filho e Francisco Antônio Saraiva de Farias.Justificativa: Encaminhamos cópia das portarias de nomeação dos servidores

mencionados (fls.215/236 – anexo 3)

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Análise: O atendimento parcial e intempestivo da solicitação feita, anteriormente, pelo Controle Interno apenas ratifica a constatação da equipe da CGU. Justificativa rejeitada. Determinação.

Ocorrência n.º 16: Ausência de registros de processos de provimento no Sistema de Apreciação e Registros de Atos de Admissão e Concessões (SISAC) e não encaminhamento dos processos ao Órgão de Controle Interno no prazo constante da IN/TCU n.º 44/2002 (item 7.1.2.1);

Responsáveis: Jonas Pereira de Souza Filho; Francisco Antônio Saraiva de Farias e Rosemir Santana de Andrade Lima.

Justificativa: As ocorrências não estão sendo inseridas no SISAC uma vez que, de acordo com o Diretor de Pessoal, não há servidor capacitado para operar o sistema.

Análise: Compete à Administração da UFAC adotar as medidas administrativas necessárias e suficientes ao pleno atendimento ao disposto na IN/TCU n.º 44/2002. Considerando que o normativo data de 02/10/2002 e que, conforme verificado em inspeção (registro fiscalis n.º 698/2007), até 19/11/2007 não haviam sido adotadas providências efetivas para o cumprimento ao referido normativo, resta caracterizada a desídia dos responsáveis. Justificativa rejeitada. Proposta de multa.

Ocorrência n.º 17: Descumprimento do artigo 5.º da Lei n.º 8.112/1990, no que concerne aos requisitos básicos para investidura em cargos públicos (item 7.1.1.2), considerando que:

Responsáveis: Jonas Pereira de Souza Filho; Francisco Antônio Saraiva de Farias e Rosemir Santana de Andrade Lima.

a) nos processos 23107.011853/2005, 23107.011907-24 e 23107.011839-01 – não consta a cópia da publicação do edital de nomeação no DOU, não permitindo aferir se a posse ocorreu no prazo legal de 30 (trinta) dias;

Justificativa: Não foi possível identificar os servidores através dos números de processos informados.

Análise: A justificativa apresentada demonstra, apenas, a desorganização administrativa da entidade. Justificativa rejeitada. Determinação.

b) no processo 23107.013282-35 – não consta cópia da quitação com as obrigações militares e eleitorais, em desconformidade com o artigo 5.º da Lei n.º 8.112/1990;

Justificativa: Foi verificado que na carteira profissional do servidor constam os dados do certificado de reservista e que foi expedida certidão de quitação eleitoral pelo TSE (fl. 238).

Análise: A Diretoria de Pessoal da FUFAC deixou de exigir, como condição para a posse, a comprovação de quitação de obrigações eleitorais do servidor, em desacordo ao disposto no art. 5º da Lei n.º 8.112/1990.

c) falta a comprovação de quitação das obrigações eleitorais nos seguintes processos: 23107.011854-41, 23107.011862-98, 23107.013297-01, 23107.013158-70, 23107.013292-71, 23107.013302-78, 23107.013290-81, 23107.013280-46, 23107.011886-47, 23107.011840-28, 23107.011879-45, 23107.011846-03, 23107.011864-87, 23107.011901-57, 23107.011843-61, 23107.011890-13, 23107.011836-60, 23107.011880-70 e 23107.011857-85;

Justificativa: foram arquivados nas pastas dos servidores certidão de quitação eleitoral expedida pelo TSE referentes aos processos 23107.013297-01, 23107.013292-71, 23107. 013302-78, 23107.013280-46 e 23107.013290-81. Quanto aos demais processos, será feito levantamento em todas as pastas funcionais dos servidores admitidos no período com o intuito de localizar o processo, tendo em vista que não foi possível a localização pelo número informado. (fls. 238/243)

Análise: Enquanto as certidões referidas, emitidas em 24/08/2007, apenas confirmam o descumprimento ao disposto no art. 5º da Lei n.º 8.112/1990, a não-localização dos demais processos administrativos demonstra a desorganização administrativa da entidade. Justificativa rejeitada. Determinação.

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d) no processo 23107.011888-36 – o termo de posse da servidora Heidi Soraia Berg não estava assinado, e os documentos haviam sido trocados pelos documentos da servidora Karina Furini da Ponte (Processo n.º 23170.011879-45); e,

Justificativa: Anexamos cópia do termo de posse devidamente assinado e informamos que foi corrigido o equívoco quanto à troca de documentos.

e) os servidores Wagner Corsino Enedino (Processo n.º 23170.011900-11), Selmo Azevedo Apontes (Processo n.º 23170.011866-76), Gelson Peres da Silva (Processo n.º 23170.011890-13) e Paula Tatianne Carrera Szundy (Processo n.º 23170.011837-12) não apresentaram a declaração de bens e valores, no ato da posse, conforme prevê o § 5.º do artigo 13.º da Lei n.º 8.112/1990.

Justificativa: O servidor Wagner Corsino Enedidno não faz mais parte do quadro de servidores desta IFES; estamos aguardando o envio da declaração do servidor Gelson Peres da Silva, uma vez que o mesmo encontra-se fora do Estado para tratamento de saúde e na pasta da servidora Paula Tatiane Carrera Szundy consta declaração de isento junto a SRF.

Análise: Depreende-se das inúmeras ocorrências relatadas que a Administração da UFAC vem descumprindo o disposto no art. 5.º da Lei n.º 8.112/1990, no que concerne aos requisitos básicos para investidura em cargos públicos. Assim, rejeitamos, no ponto, as razões de justificativa apresentadas, eis que a juntada parcial e intempestiva de documentos que deveriam ter sido exigidos, pela Administração da UFAC, como condição para a posse dos servidores, não demonstra o cumprimento à disposição legal referida. Proposta de multa aos responsáveis.

Ocorrência n.º 18: Cessão e movimentação irregular de servidores, não observando ao Decreto n.º 4.050/2001, Lei n.º 10.470/2002, Lei n.º 8.112/1990, Lei n.º 6.999/1982 e IN/SAF N.º 10/1993 (item 7.1.3.1), pois:

18.1) Servidor Mâncio Lima Cordeiro (SIAPE n.º 414283) – Processo n.º 23107.004583/2004–76 – a) embora cedido, sem ônus, desde agosto de 1990 (Portaria n.º 951/1990) até 13/05/2004 (Portaria n.º 534/2004), o servidor permaneceu ministrando aulas, mediante remuneração paga pela Entidade; b) o referido servidor permaneceu no regime de dedicação exclusiva, até outubro de 1995, fato este incompatível com a cessão realizada que era de 40 horas; c) a alteração para ‘com ônus’, por meio da Portaria n.º 534/2004, não guarda conformidade com o § 3.º da Lei n.º 10.470/2002, c/c o artigo 4.º do Decreto n.º 4.050/2001; d) não foi encontrada a anuência por parte do Ministro de Estado ou autoridade competente no referido processo, em conformidade com o inciso II do art. 3.º do Decreto n.º 4.050/2001; – Processo n.º 23107.007602/2004 – 34 – e) foi autorizada nova cessão do servidor, por meio da Portaria n.º 751/2004, sem que fosse revogada a cessão anterior; e, f) também não houve a anuência por parte do Ministro de Estado ou autoridade competente no referido processo, em conformidade com o inciso II do artigo 3.º do Decreto n.º 4.050/2001;

18.2) Servidor Mauro Jorge Ribeiro (SIAPE n.º 2150460) – cessão do servidor, sem que haja solicitação, em razão da nomeação do mesmo para o cargo de Secretário de Estado de Produção do Acre, bem como pagamento referente aos meses de abril, maio e junho de 2005, embora o servidor tenha sido afastado do cargo por motivo particular por meio da Portaria n.º 920, de 20 de junho de 2005, com efeitos de 01 de abril de 2005 a 31 de março de 2006;

18.3) Servidor Francisco José Gomes de Oliveira (SIAPE n.º 414774) – foi cedido para o Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, por meio da Portaria n.º 1162 (DOU 22/05/2003), para ocupar cargo comissionado, entretanto recebeu o pagamento do adicional de insalubridade até o mês de fevereiro de 2005;

18.4) Servidora Suely de Souza Melo da Costa (SIAPE n.º 414652) – foi cedida para a Secretaria de Saúde do Governo do Estado do Acre, por meio da Portaria n.º 1926 (DOU 09/12/2003), embora tenha sido nomeada, por meio do Decreto n.º 7.946, de 30 de maio de 2003, e tenha recebido a remuneração integral da UFAC, no período de junho a dezembro de 2003;

18.5) Servidora Eliana Cavalcante de Almeida (SIAPE n.º 1086481) – não disponibilização dos documentos pertinentes a prorrogação da cessão (Portaria n.º 1151 – DOU 07/05/2003), referente ao período de 08 de junho de 2005 a 07 de junho de 2006; 18.5) Servidor Francisco Carlos Nogueira Brilhante (SIAPE n.º 310504) – foi cedido à Prefeitura Municipal de Rio Branco/AC, conforme a Portaria n.º 3/2001, de 27 de fevereiro de 2001, tendo sua cessão expirado em 18/09/2004, todavia somente retornou em janeiro de 2005;

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18.6) Servidor José Amsterdam de Miranda Sandres Sobrinho (SIAPE n.º 414667) – Processo n.º 23107.004235/2002-80 – não consta a anuência do Ministro da Educação, nos termos do inciso II do art. 3.º do Decreto n.º 4.050/2001 – Processo n.º 23170.004050/2001 – 94 – consta que o referido servidor recebeu a remuneração entre os meses de agosto de 1998 a maio de 1999, época em que estaria afastado por motivo de interesses particulares, conforme a Portaria de n.º 739, de 13 de agosto de 1996, que foi alterada pela Portaria n.º 745, de 07 de dezembro de 1998, que concedeu licença por motivo de interesses particulares, desde a publicação da primeira até 31 de maio de 1999;

18.7) Servidora Eva Evangelista de Araújo Souza (SIAPE n.º 414508) – Processo n.º 23107.003395/2004-20 – foi cedida para a Justiça Eleitoral, por meio da Portaria n.º 413, de 26 de abril de 2004, com ônus para UFAC, sem que houvesse qualquer solicitação por parte do órgão cessionário e sem anuência do Ministro da Educação, em desacordo com o inciso II do art. 3.º do Decreto n.º 4.050/2001, os arts. 2.º, §1.º, e 8.º da Lei n.º 6.999/1982 e a Resolução TSE n.º 20.753, de 07 de dezembro de 2000;

18.8) Servidora Rejane Marcelina Ribeiro Pascoal (SIAPE n.º 1192925) – Processo n.º 23107.002267/2003-08 e 23107.007138/2003-21 – a servidora foi cedida ao Senado Federal, conforme Portaria 623 (DOU de 29/04/2003) e informou opção pela remuneração integral do cargo comissionado, este por meio do Ofício n.º 117/SECAPA/SSPAT, de 18 de julho de 2003, no entanto recebeu a remuneração, pela UFAC, durante todo exercício de 2003, inclusive recebeu função comissionada até o mês de maio de 2003;

18.9) Servidora Filomena Maria Oliveira da Cruz (SIAPE n.º 1126472) – Processo n.º 23107.007382/2003-20 – foi cedida ao TRE/AC, com ônus, por meio da Portaria n.º 788 (DOU de 28/08/2003), com base na Lei n.º 6.999/1982 e Resolução TSE n.º 20.753/2000, sem que fossem preenchidos os seguintes requisitos: a) não foi encontrada a requisição do servidor, na forma do anexo I, da Resolução TSE n.º 20.753/2000; b) ausência de anuência do Ministro da Educação, em desacordo com o do inciso II do art. 3.º do Decreto n.º 4.050/2001; e, c) cessão por mais de 01 (um) ano, isto é no período de 2003 a 2006, conforme Portarias FUFAC n.º 735/2004, 102/2005 e 79/2006, em desacordo com o § 1.º do art. 2.º, e 4.º, da Lei n.º 6.999/1982, c/c os arts. 10 e 11 da Resolução TSE n.º 20.753/2000; e,

18.10) Servidor Francisco Afonso Nepomuceno (SIAPE n.º 2212048) – Processo n.º 23107.005885/2004-80 – recebeu a remuneração integral do cargo que ocupa nos meses de maio a julho de 2004, embora estivesse em gozo de licença para assuntos particulares, desde 21 de maio de 2004, conforme Portaria FUFAC n.º 761, de 20 de julho de 2004.

Responsáveis: Jonas Pereira de Souza Filho; Francisco Antônio Saraiva de Farias e Rosemir Santana de Andrade Lima.

Justificativa: Quanto à cessão e movimentação de servidores, alguns casos fogem ao controle da Gestão. Isso acontece quando servidores da Instituição são nomeados para exercer cargos na esfera municipal e estadual, e a Universidade Federal do Acre não é oficializada da cessão, nem pelo Órgão solicitante e tão pouco pelo servidor, o que em alguns casos nos levou a regularizar a ação pretendida. No entanto, ao optar por essa medida, não foi desejo incorrer em atos inidôneos para corrigir caminhos. Destaca-se que a UFAC não tem o controle de saber data que são nomeados esses servidores, mas quando a Instituição é oficializada os passos a serem percorridos em consonância com a Legislação que trata do assunto são rigorosamente obedecidos. Por este motivo, foi determinado ao Pró-Reitor de Administração que encaminhe expediente circular a todas as unidades esclarecendo e dando ciência da legislação aplicável à cessão de servidores com o objetivo de evitar, que os servidores da UFAC sejam cedidos antes da anuência do Ministro da Educação, como se extrai do processo administrativo n.º 23107.008100/2007-76 (anexo cópia do processo). No caso daqueles servidores que causaram algum prejuízo ao erário público, a Diretoria de Pessoal da UFAC estará fazendo o levantamento e se constatado algum prejuízo ao erário, serão os servidores convocados para a devolução dos valores indevidamente recebidos. Passamos a pontuar os casos referenciados no Ofício dessa SECEX:

Item 18.1: consoante o expendido no processo administrativo n.º 23107.008100/2007-76 (anexo cópia do processo), no qual consta determinação dirigida ao Pró-Reitor de Administração para que instaure processos administrativos no âmbito da Pró-Reitoria para apurar o ato de cessão do servidor Mâncio Lima Cordeiro (SIAPE n.º 414774), com a finalidade de avaliar o recebimento ilícito

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vencimentos, o que sendo confirmado, acarretará a imediata notificação do aludido servidor para que realize a devolução do valor indevidamente percebido, de maneira atualizada, procedimento que, vale registrar, será comunicado a este Colendo Tribunal (fl. 249 – anexo 3).

Item 18.2: foi instaurado processo administrativo para a realização do ressarcimento ao Erário das parcelas pecuniárias erroneamente recebidas pelo servidor Mauro Jorge Ribeiro (SIAPE n.º 2150460), estando o processo na fase de atualização monetária do valor a restituir.

Item 18.3: em conformidade com o disposto no processo administrativo n.º 23107.008100/2007-76 (anexo cópia do processo), foi emanada determinação ao Pró-Reitor de Administração para que fossem iniciados processos administrativos no sentido de apurar o ato de cessão do servidor Francisco Gomes de Oliveira (SIAPE n.º 414774), com a finalidade de avaliar o recebimento ilícito do adicional de insalubridade até o mês de fevereiro de 2005, o que, sendo confirmado, ocasionará na imediata notificação do aludido servidor para que esse realize a devolução do valor indevidamente percebido, de maneira atualizada, procedimento que, cabe salientar, será comunicado a este Colendo Tribunal (fl. 249 – anexo 3).

Item 18.4: de acordo com o disposto no processo administrativo n.º 23107.008100/2007-76 (anexo cópia do processo), foi emanada determinação ao Pró-Reitor de Administração para que fossem iniciados processos administrativos no sentido de apurar o ato de cessão da servidora Suely de Souza Melo da Costa (SIAPE n.º 414652), com a finalidade de avaliar o recebimento ilícito da remuneração integral no período de junho a dezembro de 2003, o que, sendo constatado, resultará na imediata notificação do aludido servidor para que esse realize a devolução do valor indevidamente percebido, de maneira atualizada, procedimento que, cabe anotar, será informado a este Colendo Tribunal (fl. 249 – anexo 3)

Item 18.5: de acordo com o constante no processo administrativo n.º 23107.008100/2007-76 (anexo cópia do processo), serão apuradas as irregularidades existentes nas cessões dos servidores Eliana Cavalcante Almeida (SIAPE n.º 1086481) e Francisco Carlos Nogueira Brilhante (SIAPE n.º 310504) (fl. 249 – anexo 3).

Item 18.6: conforme disposição contida no processo administrativo n.º 23107.008100/2007-76 (anexo cópia do processo), pois foi emanada determinação ao Pró-Reitor de Administração para que iniciasse processos administrativos no sentido de apurar o ato de cessão do servidor José Amsterdam de Miranda Sandres Sobrinho (SIAPE n.º 414667), com a finalidade de avaliar o recebimento ilícito da remuneração integral no período de agosto de 1998 a maio de 1999, o que sendo corroborado, trará como conseqüência a imediata notificação do aludido servidor para que esse realize a devolução do valor indevidamente percebido, de maneira atualizada, procedimento que, cabe salientar, será comunicado a este Colendo Tribunal (fl. 249 – anexo 3).

Item 18.7: consoante o expendido no processo administrativo n.º 23107.008100/2007-76 (anexo cópia do processo), será avaliado o ato de cessão da servidora Eva Evangelista de Araújo Souza - SIAPE n.º 414508- (fl. 249 – anexo 3).

Item 18.8: de acordo com o disposto no processo administrativo n.º 23107.008100/2007-76 (anexo cópia do processo), foi emanada determinação ao Pró-Reitor de Administração para que inicie processos administrativos no sentido de apurar o ato de cessão da servidora Rejane Marcelina Ribeiro Pascoal (SIAPE n.º 414652), com a finalidade de avaliar o recebimento ilícito da remuneração integral em todo o período de 2003, bem como da função comissionada até o mês de maio de 2003, e, sendo constatado, será a servidora imediatamente notificada para realizar a devolução do valor erroneamente recebido de forma devidamente atualizada, procedimento que será comunicado a este Colendo Tribunal (fl. 249 – anexo 3).

Item 18.9: de acordo com o constante no processo administrativo n.º 23107.008100/2007-76 (anexo cópia do processo), serão apuradas as irregularidades existentes na cessão da servidora Filomena Maria Oliveira da Cruz -SIAPE n.º 310504- (fl. 249 – anexo 3).

Item 18.10: em consonância ao disposto no processo administrativo n.º 23107.008100/2007-76 (fl. 249 – anexo 3), no qual determinou-se ao Pró-Reitor de Administração o abertura de processos administrativos para apuração do ato de cessão do servidor Francisco Afonso Nepomuceno (SIAPE n.º 2212048), com a finalidade de avaliar o recebimento ilícito da remuneração integral no período compreendido entre maio e julho de 2004, o que, sendo confirmado, acarretará na imediata notificação do aludido servidor para que esse realize a devolução do valor indevidamente

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percebido, de maneira atualizada, procedimento que, cabe salientar, será comunicado a este Colendo Tribunal.

Análise: Embora a Administração da UFAC tenha sido alertada, em 03/05/2006, pela Controladoria Geral da União, acerca das irregularidades ora apontadas (fl.73- vol. principal) e que, em 10/05/2006, por meio do OF PRAD n.º 21/2006, informara acerca da determinação expedida ao Departamento de Pessoal da Entidade no sentido de fossem adotadas ‘de imediato às providências devidas para o fiel cumprimento das recomendações emanadas pelos auditores da CGU’ (fl. 109 – V.P), considerando que o documento anexado à fl. 249 se consubstancia, meramente, em nova promessa de adoção de providências que já deveriam ter sido adotadas, entendemos que o mesmo não tem o condão de afastar a mácula impingida sobre as contas em face do descumprimento ao disposto no Decreto n.º 4.050/2001, na Lei n.º 10.470/2002, na Lei n.º 8.112/1990, na Lei n.º 6.999/1982 e na IN/SAF N.º 10/93 (item 7.1.3.1). Proposta de multa aos responsáveis.

Ocorrência n.º 19: Pagamento de auxílio-alimentação e compensação de CPMF por pagamento deste, além da VPNI do art. 62-A da Lei n.º 8.112/1990, no mês de março de 2006, ao servidor Mauro Jorge Ribeiro (SIAPE n.º 2150460), que se encontrava afastado por motivos particulares, conforme Portaria n.º 920, de 20 de junho de 2005.

Responsáveis: Jonas Pereira de Souza Filho; Francisco Antônio Saraiva de Farias; Felismino Rocha Mendonça; Gilberto Castro Ossami; Maria Almira Cruz do Nascimento e Rosemir Santana de Andrade Lima.

Justificativa: Foi instaurado processo administrativo para a efetuação do ressarcimento ao Erário das parcelas pecuniárias erroneamente recebidas pelo servidor Mauro Jorge Ribeiro (SIAPE n.º 2150460), estando o processo na fase de atualização monetária do valor a restituir.

Análise: A justificativa apresentada não afasta a mácula impingida sobre as contas pelo descumprimento ao disposto no art. 91 da Lei n.º 8.112/1990 pelo setor de pessoal da Entidade. Proposta de aplicação de multa aos responsáveis.

Ocorrência n.º 20: Não entrega da declaração de bens e rendas, na forma da Lei n.º 8.730/1993, pelos servidores Antônio Rui Vieira Brandão, Antônio Leônidas de Araújo Neto, Carlos Alberto Franco da Costa, Daniel Faria Esteves, Eugênio Pinheiro Mansour, Elza de Fátima Dias, Felismino Rocha Mendonça, Hélio Moreira da Costa Júnior, Iris Célia Cabanellas Zannini, Isla Maria Amorim de Souza Mansour, Ivo Araújo Soares dos Santos, João Oliveira de Albuquerque, Joaquim Gomes de Farias Neto, José Railton Ferreira Monteiro, Manuel Alves Ribeiro Neto, Maria Justino de Matos, Maria Risolene da Silva Paiva, Pablo Melo Ferreira, Ricardo Yamasaki Sassagawa, Robson Antônio da Rocha Braga, Solange Firmino Marinheiro e Wilker Luiz Gadelha Maia.

Responsáveis: Jonas Pereira de Souza Filho; Francisco Antônio Saraiva de Farias e Rosemir Santana de Andrade Lima.

Justificativa: A servidora Rosemir Santana de Andrade Lima, a qual na época da prestação de contas ocupava o cargo de Diretora de Pessoal, ao ter afirmado que os ocupantes de funções de confiança, inclusive aqueles listados no item 20, tinham apresentado, no prazo devido, as declarações de bens e rendas, levou este gestor a incorrer em falha quando da apreciação da matéria, todavia, a mesma se equivocou quando da afirmação em tela, pois em verdade queria expressar que os servidores estavam em fase de entrega das últimas declarações.

Análise: A irregularidade - que demonstra, mais uma vez, o descaso da Administração da FUFAC diante de normas e regulamentos que regem a Administração Pública, deve ser imputada à Diretora de Pessoal, Senhora Rosemir Santana de Andrade Lima, a qual, regularmente notificada, não apresentou razões de justificativa.

Ocorrência n.º 21: Emissão de declaração falsa, pela Diretora de Pessoal, Senhora Rosemir Santana de Andrade Lima, quanto ao pleno cumprimento da Lei n.º 8.730/1993, que determina a apresentação anual da declaração de bens e rendas dos servidores ocupantes de cargos e funções públicas (fls. 58 e 807/825).

Responsáveis: Jonas Pereira de Souza Filho; Francisco Antônio Saraiva de Farias e Rosemir Santana de Andrade Lima.

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Justificativa: A servidora Rosemir Santana de Andrade Lima, a qual na época da prestação de contas ocupava o cargo de Diretora de Pessoal, ao ter afirmado que os ocupantes de funções de confiança, inclusive aqueles listados no item 20, tinham apresentado, no prazo devido, as declarações de bens e rendas, levou este gestor a incorrer em falha quando da apreciação da matéria, todavia, a mesma se equivocou quando da afirmação em tela, pois em verdade queria expressar que os servidores estavam em fase de entrega das últimas declarações.

Análise: A ocorrência deve ser imputada à própria servidora, a qual, regularmente notificada, não apresentou razões de justificativa.

Ocorrência n.º 22: Pagamento de adicional de insalubridade e de periculosidade em desacordo com o Decreto n.º 97.458/1989 e a IN/SRH/SEPLAN n.º 02/1989, consistentes nas seguintes ocorrências:

a) sem que haja laudo pericial do Ministério do Trabalho, não atendendo à IN/SEPLAN n.º 2, de 12 de julho de 1989;

b) sem a portaria de localização dos servidores beneficiados, vez que, de um total de 392 servidores, não foram disponibilizadas as portarias de 106 servidores;

c) mediante laudos de avaliação ambiental, com a assinatura de somente um profissional, conforme consta dos processos n.º 23107.013193/2005-99 e 23107.012860/2005-16, inobservando a orientação normativa SRH/MP n.º 4, de 13 de julho de 2005;

d) não-comprovação do encaminhamento dos laudos de avaliação ambiental à Secretaria de Recursos Humanos do Ministério do Planejamento, para supervisão e acompanhamento dos mesmos, em desacordo com a orientação normativa SRH/MP n.º 4, de 13 de julho de 2005;

e) concessão do adicional a diversos setores, que a priori não se justificaria o pagamento, tais como a Pró-Reitoria de Graduação, Coordenadoria e Departamentos dos cursos de Letras, Economia, Sistemas de Informação, História Diurno, Geografia e Educação, Procuradoria Jurídica, dentre outros setores da Entidade não sujeitos ao pagamento dos aludidos adicionais; e,

f) pagamento ao servidor Marcel da Costa Rocha (SIAPE n.º 58193), em exercício na Universidade Federal de Goiás, sem que haja o respectivo laudo pericial válido (item 7.2.2.1).

Responsáveis: Jonas Pereira de Souza Filho; Francisco Antônio Saraiva de Farias; Felismino Rocha Mendonça; Gilberto Castro Ossami; Maria Almira Cruz do Nascimento e Rosemir Santana de Andrade Lima.

Justificativa: Os laudos da FUFAC sempre foram confeccionados por uma Comissão de Medicina e Segurança do Trabalho – COSMET, devidamente constituída, de conformidade com a legislação vigente. No entanto, alguns auditores da CGU entendiam e continuam reproduzindo o entendimento de que esses laudos deveriam ser expedidos pela Delegacia Regional do Ministério do Trabalho. Ratificamos que esse entendimento da CGU é equivocado, e que a Orientação Normativa n.° 04, de 13 de julho de 2005, do Ministério do Planejamento, que reconhece a competência das IFES para elaboração dos referidos laudos, somente corroborou o entendimento adotado por esta Universidade. Vale ressaltar, que os pagamentos somente são realizados após a existência de pedido da chefia do servidor beneficiário, portaria de localização e o laudo pericial atestando a existência de insalubridade no ambiente de trabalho, ou seja, todo o procedimento de concessão atende a legislação pertinente. Outrossim, todos os setores, cujos servidores foram contemplados com o recebimento do aludido adicional, foram previamente analisados pela Comissão de Medicina e Segurança do Trabalho – COSMET, não cabendo ao gestor questionar os laudos técnicos produzidos.

Quanto ao recebimento de adicional de insalubridade pelo servidor Marcel da Costa Rocha (SIAPE n.º 58193), esta IFES estará tomando providências no sentido de compeli-lo ao ressarcimento da quantia recebida irregularmente, desde que o laudo pericial tenha perdido sua vigência.

Análise: Os laudos periciais apresentados, em meio magnético (fl. 15 – anexo II), para justificar a concessão do adicional de insalubridade, de grau médio, a servidores que teriam contato com fungos em razão do manuseio de processos, documentos e equipamentos, a exemplo dos servidores lotados no Serviço de Apoio Administrativo da Diretoria de Contabilidade e Finanças, na Diretoria de Pessoal, nas cantinas e na Assessoria dos Colegiados Superiores, foram fundamentados nos seguintes dispositivos legais e regulamentares:

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- Decreto n.º 97.458, de 15 de janeiro de 1989: que estabeleceu, em seu art. 1º, que: ‘a caracterização e a classificação da insalubridade ou periculosidade para os servidores da administração federal direta, autárquica e fundacional será feita nas condições disciplinadas na legislação trabalhista’. (grifamos).

- Lei n.º 8.270, de 19 de dezembro de 1991: que dispôs sobre reajuste da remuneração de servidores públicos e reestruturou tabelas de vencimento;

- Orientação Normativa n.º 4, de 13/07/2005: que estabeleceu orientação a respeito da concessão dos adicionais de insalubridade e periculosidade, alcançados pela Lei n.º 8.112/1990 e determinados pela Lei n.º 8.270/1991;

- Lei n.º 6514, de 22/12/1977: que deu ao Capítulo V, do Título II, da CLT, a seguinte redação, in verbis:

‘Art . 189 - Serão consideradas atividades ou operações insalubres aquelas que, por sua natureza, condições ou métodos de trabalho, exponham os empregados a agentes nocivos à saúde, acima dos limites de tolerância fixados em razão da natureza e da intensidade do agente e do tempo de exposição aos seus efeitos.

Art . 190 - O Ministério do Trabalho aprovará o quadro das atividades e operações insalubres e adotará normas sobre os critérios de caracterização da insalubridade, os limites de tolerância aos agentes agressivos, meios de proteção e o tempo máximo de exposição do empregado a esses agentes.

Parágrafo único - As normas referidas neste artigo incluirão medidas de proteção do organismo do trabalhador nas operações que produzem aerodispersóides tóxicos, irritantes, alérgicos ou incômodos.

Art . 191 - A eliminação ou a neutralização da insalubridade ocorrerá:  I - com a adoção de medidas que conservem o ambiente de trabalho dentro dos limites de

tolerância; II - com a utilização de equipamentos de proteção individual ao trabalhador, que diminuam a

intensidade do agente agressivo a limites de tolerância. Parágrafo único - Caberá às Delegacias Regionais do Trabalho, comprovada a insalubridade,

notificar as empresas, estipulando prazos para sua eliminação ou neutralização, na forma deste artigo’.

- Portaria n.º 3.214, de 08/06/1978: que aprovou a Norma Regulamentadora – NR – do capítulo V, do Título II, da CLT; e

- Norma Regulamentadora NR – 15: que estabeleceu, in verbis:

‘15.1 São consideradas atividades ou operações insalubres as que se desenvolvem:15.1.1 Acima dos limites de tolerância previstos nos Anexos n.ºs 1, 2, 3, 5, 11 e 12;15.1.2 Revogado pela Portaria n.º 3.751, de 23/11/1990 (DOU 26/11/1990)15.1.3 Nas atividades mencionadas nos Anexos n.ºs 6, 13 e 14;15.1.4 Comprovadas através de laudo de inspeção do local de trabalho, constantes dos Anexos

n.º s 7, 8, 9 e 10.15.1.5 Entende-se por ‘Limite de Tolerância’, para os fins desta Norma, a concentração ou

intensidade máxima ou mínima, relacionada com a natureza e o tempo de exposição ao agente, que não causará dano à saúde do trabalhador, durante a sua vida laboral.

15.2 O exercício de trabalho em condições de insalubridade, de acordo com os subitens do item anterior, assegura ao trabalhador a percepção de adicional, incidente sobre o salário mínimo da região, equivalente a: (115.001-4/ I1)

15.2.1 40% (quarenta por cento), para insalubridade de grau máximo;15.2.2 20% (vinte por cento), para insalubridade de grau médio;15.2.3 10% (dez por cento), para insalubridade de grau mínimo;15.3 No caso de incidência de mais de um fator de insalubridade, será apenas considerado o de

grau mais elevado, para efeito de acréscimo salarial, sendo vedada a percepção cumulativa.15.4 A eliminação ou neutralização da insalubridade determinará a cessação do pagamento do

adicional respectivo.15.4.1 A eliminação ou neutralização da insalubridade deverá ocorrer:a) com a adoção de medidas de ordem geral que conservem o ambiente de trabalho dentro dos

limites de tolerância; (115.002-2 / I4)b) com a utilização de equipamento de proteção individual.15.4.1.1 Cabe à autoridade regional competente em matéria de segurança e saúde do trabalhador,

comprovada a insalubridade por laudo técnico de engenheiro de segurança do trabalho ou médico do trabalho,

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devidamente habilitado, fixar adicional devido aos empregados expostos à insalubridade quando impraticável sua eliminação ou neutralização.

15.4.1.2 A eliminação ou neutralização da insalubridade ficará caracterizada através de avaliação pericial por órgão competente, que comprove a inexistência de risco à saúde do trabalhador.

15.5 É facultado às empresas e aos sindicatos das categorias profissionais interessadas requererem ao Ministério do Trabalho, através das DRTs, a realização de perícia em estabelecimento ou setor deste, com o objetivo de caracterizar e classificar ou determinar atividade insalubre.

15.5.1 Nas perícias requeridas às Delegacias Regionais do Trabalho, desde que comprovada a insalubridade, o perito do Ministério do Trabalho indicará o adicional devido’.

Referida norma regulamentadora, ao discriminar as atividades e condições insalubres envolvendo agentes biológicos, relacionou as atividades que ensejariam a concessão do adicional, in verbis:

‘ANEXO Nº 14AGENTES BIOLÓGICOS (115.047-2 / I4)Relação das atividades que envolvem agentes biológicos, cuja insalubridade é caracterizada pela

avaliação qualitativa.Insalubridade de grau máximoTrabalho ou operações, em contato permanente com:- pacientes em isolamento por doenças infectocontagiosas, bem como objetos de seu uso, não

previamente esterilizados;- carnes, glândulas, vísceras, sangue, ossos, couros, pêlos e dejeções de animais portadores de

doenças infectocontagiosas (carbunculose, brucelose, tuberculose);- esgotos (galerias e tanques);- lixo urbano (coleta e industrialização).Insalubridade de grau médioTrabalhos e operações em contato permanente com pacientes, animais ou com material

infectocontagiante, em:- hospitais, serviços de emergência, enfermarias, ambulatórios, postos de vacinação e outros

estabelecimentos destinados aos cuidados da saúde humana (aplica-se unicamente ao pessoal que tenha contato com os pacientes, bem como aos que manuseiam objetos de uso desses pacientes, não previamente esterilizados);

- hospitais, ambulatórios, postos de vacinação e outros estabelecimentos destinados ao atendimento e tratamento de animais (aplica-se apenas ao pessoal que tenha contato com tais animais);

- contato em laboratórios, com animais destinados ao preparo de soro, vacinas e outros produtos;- laboratórios de análise clínica e histopatologia (aplica-se tão-só ao pessoal técnico);- gabinetes de autópsias, de anatomia e histoanatomopatologia (aplica-se somente ao pessoal

técnico);- cemitérios (exumação de corpos);- estábulos e cavalariças;- resíduos de animais deteriorados’.

O Tribunal Superior do Trabalho, por meio da Orientação Jurisprudencial n.º 4, I e II, da SBDI-I, consagrou entendimento no sentido de que não basta a constatação da insalubridade por meio de laudo pericial para que o empregado tenha direito ao respectivo adicional, sendo necessária a classificação da atividade insalubre na relação oficial elaborada pelo Ministério do Trabalho

Assim, considerando a ausência de previsão legal para a concessão de adicional de insalubridade àqueles que trabalhem em contato, direto ou indireto, com processos, documentos ou equipamentos que possam conter fungos, propomos, no ponto, com fulcro no art. 71, inciso IX, da Constituição Federal, c/c o art. 45 da Lei n.° 8.443/1992, fixar prazo para que a FUFAC cesse o pagamento a todos os servidores lotados nos Departamentos abaixo relacionados, uma vez ausente o necessário amparo legal, dispensando a reposição das importâncias indevidamente percebidas, tendo em vista o disposto na Súmula/TCU n.º 249.

Por fim, propomos a aplicação de multa aos responsáveis pelo pagamento de adicional de insalubridade sem amparo legal, mediante laudos de avaliação ambiental irregulares, emitidos em desacordo ao disposto no Decreto n.º 97.45/1989, no art. 190 da CLT (com a redação dada pela Lei n.º 6514/1977), na Norma Regulamentadora NR – 15 e, por fim, na orientação normativa SRH/MP n.º 4, de 13 de julho de 2005, que exige que os laudos sejam assinados por dois profissionais, à vista de

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portaria de localização dos servidores beneficiados, e encaminhados à Secretaria de Recursos Humanos do Ministério do Planejamento, para supervisão e acompanhamento.

Ressaltamos que a responsabilidade do Sr. Arnaldo Thomaz Cordeiro Barbos, Presidente da Comissão de Segurança e Medicina do Trabalho da UFAC, pelo emissão dos mencionados laudos irregulares, poderá ser apurada nos autos do TC n.º 020.140/2007-6, que trata das contas da Entidade referentes ao exercício de 2006, ano em foram assinados os laudos acostados às fls. 1287/1300.

Ocorrência n.º 23: Contratação dos serviços do profissional Djalma Aparecido dos Santos (CPF n.º 357.062.369-68), para a elaboração de laudos periciais, por meio da modalidade convite, sem que fosse comprovado o número mínimo de 3 (três) licitantes, em desacordo com a Súmula TCU n.º 248 (item 7.2.2.1), cumulado ao fato de que os laudos elaborados, antes de 14 de julho de 2005, não possuíam efeito legal, pois a prerrogativa de elaboração era restrita ao Ministério do Trabalho, conforme o Decreto n.º 97.458/1989, c/c a IN/SRH/SEPLAN n.º 02/1989 (item 8.1.1.2).

Responsáveis: Jonas Pereira de Souza Filho; Francisco Antônio Saraiva de Farias e Ismar Bernardo de Araújo.

Justificativa: Revendo os autos constatou-se o equívoco praticado, uma vez que não atingiu o número mínimo de convidados. Ressaltamos que falhas dessa natureza podem acontecer por dois motivos: falta de orientação uma vez que a Instituição tem limites orçamentários anuais insuficientes para investir de forma satisfatória em capacitação de recursos humanos na área e ausência de oportunidades de treinamento local, o que se reflete até mesmo na falta de conhecimento da legislação. Informamos ainda que o edital foi tornado público a nível nacional no SIASG módulo SIDEC – Sistema de Divulgação de Compras e Comprasnet (site de compras do Governo Federal), mostrando dessa forma a busca de licitantes interessados em participar do certame licitatório, o que não foi possível por falta de interesse de licitantes. Vale destacar que o processo teve toda lisura possível para que se pudesse realizar a contratação do profissional pretendido. Em momento algum tivemos a intenção de realizar procedimentos contrariando as normas vigentes.

Análise: A justificativa apresentada não afasta a irregularidade apontada, eis que, conforme jurisprudência pacífica desta corte (Súmula 248), não se obtendo o número legal mínimo de três propostas aptas à seleção, impõe-se a repetição do ato, com a convocação de outros possíveis interessados. Quando, no entanto, for impossível a obtenção de três propostas válidas, por limitações de mercado ou manifesto desinteresse dos convidados, essas circunstâncias deverão ser devidamente motivadas e justificadas no processo, sob pena de repetição do convite. Determinação.

Ocorrência n.º 24: Pagamento indevido a título de auxílio transporte, em desacordo com o Decreto n.º 2.880/1998, c/c a MP 2165/2001, sem que fossem apresentados os comprovantes de endereço e sem constar o ato de autorização da concessão do benefício, bem como consistente nas seguintes ocorrências:

a) servidores cujo requerimento não constava o endereço de residência/domicílio – Barbara Cristina Gallardo, Ednacelí Abreu Damasceno e Sandra Márcia Carvalho de Oliveira;

b) servidores cujo requerimento não constava o preenchimento do campo linha/empresa de ônibus – Andréia Maria Favilla Lobo e Selmo Azevedo Apontes;

c) servidores cujos requerimentos não apresentavam preenchimento dos campos ‘linha/empresa’ e ‘valor unitário da passagem’ e/ou ‘custo diário de passagens’ – Cristiano Coelho, Ednei Nunes de Oliveira, Kelly Cebelia das Chagas Amaral, Leandro Nery de Oliveira, Mariana Ciavatta Pantoja Franco e Marileizei França;

d) servidores cujos requerimentos não apresentavam preenchimento dos campos ‘endereço’ e ‘valor unitário da passagem’ e/ou ‘custo diário de passagens’ – Maria Dolores de Oliveira Soares Pinto e Milton Francisco da Silva;

e) servidores cujos requerimentos não apresentavam preenchimento dos campos ‘endereço’ e ‘linha/empresa’ – Luciana Marino do Nascimento, Luís Carlos de Morais e Wagner de Jesus Pinto;

f) servidores cujos requerimentos não apresentavam preenchimento dos campos ‘endereço’, ‘linha/empresa’ e ‘valor unitário da passagem’ e/ou ‘custo diário de passagens’ – Eliana Campos Pojo, Gelson Peres da Silva, Joçamar Aldenora dos Santos, Maristela Rosso Walker, Ney Sebastião Braga Gomes e Silvane da Cruz Chaves;

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g) servidores cujos requerimentos não apresentavam preenchimento dos campos ‘endereço’, ‘linha/empresa’, ‘meio de transporte’ e ‘valor unitário da passagem’ e/ou ‘custo diário de passagens’ – Rafael de Azevedo Calderon e Wagner Corsino Enedino;

h) servidores cujos requerimentos não apresentavam preenchimento dos campos ‘linha/empresa’ e que apresentavam preenchimento do campo ‘valor unitário da passagem’ e/ou ‘custo diário de passagens’ com o valor de R$ 6,40, tendo sido considerado ressarcimento de 4 passagens como base de cálculo – Eurenice Oliveira de Lima, Guenice Oliveira Lima, Isabela Nogueira Pessoa e Márcia da Silva Damázio;

i) servidores que não apresentaram requerimento, com deferimento automático por parte da administração da UFAC – Alessandra Reis Garcia, Ary Vieira de Paiva, Claudene Menezes Atayde, Ermício Sena de Oliveira, Falberni de Souza Costa, Francisco Pinheiro de Assis, Jeane Maria Moura Costa, João Barbosa de Souza Neto, José Alves, Karina Furini da Ponte, Luís Carlos de Morais, Marcus Vinícius de Athaydes Liesenfeld, Marta Aparecida Garcia Gonçalves, Marta Dias de Moraes, Maurício Pimentel Homem de Bittencourt, Paula Tatiane Carrera Szundy, Paulo Sérgio Bernade, Reginaldo Assêncio Machado e Zenóbio Abel Gouvêa Perelli da Gama e Silva;

j) pagamento de 04 (quatro) passagens diárias, não considerando se o servidor reside próximo à Entidade, assim como a existência do Terminal Rodoviário Urbano, que minimizam os gastos com transporte regular urbano, cuja consideração desses fatores importaram em redução da rubrica ‘auxílio transporte’ para R$ 17.665,96, em novembro de 2005, e R$ 11.825,23, em dezembro de 2005, enquanto que, no mês de outubro de 2005, foram gastos R$ 64.818,93, na mesma rubrica;

k) desconto a menor sobre as diárias concedidas, até outubro de 2005, pois era considerado o valor de 2 (duas) passagens – R$ 3,20, embora a Entidade concedesse o valor de 4 (quatro) passagens – R$ 6,40.

Responsáveis: Jonas Pereira de Souza Filho; Francisco Antônio Saraiva de Farias; Felismino Rocha Mendonça; Gilberto Castro Ossami; Maria Almira Cruz do Nascimento e Rosemir Santana de Andrade Lima.

Justificativa: As inconsistências verificadas estarão sendo corrigidas pela Diretoria Pessoal, conforme se depreende do processo administrativo n.º 23107.008100/2007-76 (fl. 249 – anexo 3), de forma que se o servidor não apresentar a documentação completa para a percepção do auxílio-transporte terá imediatamente suspendido o pagamento da referida verba.

Análise: O documento anexado à fl. 249 - determinação feita, em 27/08/2007, pela Reitoria, ao Pró-Reitor de Administração em exercício, para que fossem adotadas as providências devidas, não retira a mácula impingida sobre as contas. Mais uma vez, verifica-se, em face das inúmeras ocorrências de pagamentos indevidos a título de indenização de transporte, inclusive, a servidores que sequer haviam pleiteado sua concessão, a incúria da Administração da UFAC na gestão dos recursos públicos e o descaso com as normas e regulamentos que regem a Administração Pública. Determinação e multa.

Ocorrência n.º 25: Pagamento indevido de diárias e ausência de comprovação de deslocamento do servidor beneficiário, considerando as seguintes ocorrências:

a) não constam os cartões de embarque nos processos 2005AV000019, 2005AV000042, 2005AV000044, 2005AV000058 e 2005AV000059;

Justificativas: - 2005AV000019 E 2005AV000042 – Realmente faltou a comprovação de alguns trechos,

estamos solicitando à empresa aérea os demais trechos (Anexo OF/GAB. 293/07 – fl. 251 – anexo 3). - 2005AV000044 - Segue cópia do bilhete de passagem e declaração. (fls. 252/253 –

anexo 3)- 2005AV000058 e 2005AV000059 – Trata-se de servidores do Ministério do

Planejamento que vieram a Rio Branco ministrar treinamento a servidores da DIPE, de atualização na operacionalização do SIAPE, SIAPECAD e SIAPENET, na vinda entregaram o cartão de embarque do trecho Brasília - RioBranco, faltou o trecho Rio Branco-Brasília. Estamos solicitando dos referidos servidores o trecho faltante

Análise: Tendo em vista que a não-comprovação dos deslocamentos enseja o ressarcimento dos valores despendidos pela Entidade a título de diárias e passagens, entendemos necessário determinar a CGU que verifique, por ocasião do exame da gestão do exercício de 2007, a

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efetiva comprovação dos deslocamentos nos processos 2005AV000019 e 2005AV000042 ou as medidas adotadas pela Administração para o ressarcimento das despesas não comprovadas.

b) houve desconto de valor fixo, mas não proporcional, nos processos 2005AV000043/48/51/52/56/58/59/62/63/64/65/66/67 e 2005AV000068;

Justificativa: A Diretoria de Pessoal estará efetuando levantamento dos valores para posterior ressarcimento ao servidor ou ao Erário.

Análise: O efetivo ressarcimento dos valores deverá ser verificado por ocasião dos exames acerca da gestão do exercício de 2007.

c) utilização de valores incorretos para o cálculo da diária no processo 2005AV000046; Justificativa: Valor calculado com base na Portaria n.º 406 de 02 de outubro de 2002, do

Ministério de Estado do Planejamento, Orçamento e Gestão (Anexo 20)Análise: Ocorrência sanada.

d) pagamento de diárias indevidas ao Senhor Djalma Santos, por meio do processo 2005AV000050, uma vez que o contrato não previa tal pagamento;

Justificativa: Como o contrato não previa o pagamento de diárias, o Sr. Djalma Santos será notificado para efetuar o ressarcimento dos valores recebidos.

Análise: O efetivo ressarcimento deverá ser verificado pela CGU por ocasião dos exames acerca da gestão do exercício de 2007.

e) o modelo do formulário de concessão de diárias e passagens adotado pela Entidade, não guarda conformidade com o anexo I da Portaria n.º 098, de 16 de julho de 2003; e,

Justificativa: Esta IFES, após as orientações feitas pela Controladoria-Geral da União-CGU, passou a adotar a Portaria n.º 98, de 16 de julho de 2003, do Ministério de Estado de Planejamento, Orçamento e Gestão, que dispõe sobre viagens a serviço, concessão de diárias e emissão de bilhetes de passagens aéreas no âmbito da Administração Pública Federal Direta, Autárquica e Fundacional.

Análise: Ocorrência sanada.

f) concessão de diárias a servidora de matrícula SIAPE n.º 2166759, por meio do processo n.º 23107.012584/2004-94, para prestar seleção de doutorado na Universidade Federal do Rio de Janeiro.

Justificativa: Não aceitas as justificativas, a servidora efetuou a devolução do valor recebido conforme 2006RA005032 -Anexo RA 5032- (Anexo 21).

Análise: Ocorrência sanada.

Ocorrência n.º 26: Pagamento irregular de benefício de Incentivo a Pós-Graduação (item 7.3.2.1), sem o devido amparo legal, aos servidores Margarete Edul Prado de Souza Lopes (Processo n.º 23107.003224/2005-01, no valor de R$ 3.762,21), Andréa Alechandre da Rocha (Processo n.º 23107.001265/2005-55, no valor de R$ 3.554,10), Edson dos Santos Farias (Processo n.º 23107.001305/2005-69, no valor de R$ 3.373,49), Atabyrio Bayma de Azevedo (Processo n.º 23107.000582/2005-54, no valor de R$ 5.799,67), José Sávio da Costa Maia (Processo n.º 23107.000830/2005-67, no valor de R$ 3.630,50), Sílvio Simione da Silva (Processo n.º 23107.001244/2005-30, no valor de R$ 5.193,76 – benefício recebido em concomitância com o Auxílio Retorno da CAPES), Orivaldo Florêncio de Souza (Processo n.º 23107.000733/2005-74, no valor de R$ 3.373,49), Maria do Socorro Craveiro de Albuquerque (Processo n.º 23107.002596/2005-11, no valor de R$ 3.617,08) e Margarida Maria de Oliveira Reis (Processo n.º 23107.002632/2005-38, no valor de R$ 2.500,83).

Responsáveis: Jonas Pereira de Souza Filho; Francisco Antônio Saraiva de Farias; Felismino Rocha Mendonça; Gilberto Castro Ossami; Maria Almira Cruz do Nascimento e Rosemir Santana de Andrade Lima.

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Justificativa: Com a extinção do Programa PICDT/CAPES, em 2004, os servidores da UFAC que se afastavam para cursar pós-graduação fora da sede deixaram de receber o auxílio deslocamento (recursos pagos para que pós-graduando pudesse se instalar provisoriamente em outra cidade, para cursar pós-graduação em nível de mestrado e/ou doutorado).

A Resolução n.º 01, de 19 de janeiro de 1999, que regulamenta o afastamento de servidores docentes e técnico-administrativos para curso de qualificação em nível de pós-graduação Lato e Stricto Sensu, em seu art. 23, assim se manifesta, in verbis: ‘Ao candidato habilitado, a Universidade assegurará passagem aérea para ele e para o cônjuge ou companheiro, e ajuda de custo no valor de uma remuneração mensal percebida pelo docente/técnico-administrativo à época do deslocamento, para fazer face às despesas de mudança e residência’. No parágrafo único do mesmo artigo, encontramos a seguinte passagem, in fine: ‘Os mesmos benefícios previstos no caput deste artigo serão garantidos por ocasião do retorno do servidor, desde que esteja concluída integralmente toda a exigência do curso dentro dos prazos especificados nos incisos I e IV do caput do artigo 13’ (Redação dada pela Resolução n.º 08, de 28 de janeiro de 2003, do CEPEX).

O Conselho Universitário, entendendo que os servidores afastados faziam jus a ajuda de custo, na saída e no retorno, aprovou no âmbito interno a Resolução n.º 11, de 19 de maio de 2004, que cria na UFAC o Benefício de Incentivo a Pós-Graduação – BIP, no valor equivalente a uma remuneração mensal do servidor (destaque).

A citada resolução em seu artigo 2º prevê o pagamento do BIP aos servidores afastados para cursar pós-graduação fora da sede, conforme podemos observar, in verbis: ‘O Benefício de Incentivo a Pós-Graduação – BIP será concedido ao servidor em dois momentos: no primeiro, a sua saída; no segundo, por ocasião de seu retorno, e desde que tenha concluído o curso dentro dos prazos regimentais’.

A partir do Relatório de Auditoria n.º 175120 da Controladoria Geral da União – CGU, concernente a tomada de contas da UFAC, para o exercício de 2005, que no item 7.3.2.1. constatou a concessão de benefício sem o devido amparo legal e, por determinação da Administração Superior, a PROPEG não mais solicitou o pagamento de tal benefício (fls. 260/261).

Análise: A criação de benefícios e de vantagens aos servidores públicos exige, em face do princípio da legalidade estrita, expressamente previsto no art. 37 da Constituição Federal, prévia lei autorizadora. Assim, com fulcro no art. 71, inciso IX, da Constituição Federal, c/c o art. 45 da Lei n.° 8.443/1992, propomos que seja fixado prazo para que a FUFAC cesse, se ainda não o fez, o pagamento do Benefício de Incentivo a Pós-Graduação – BIP a seus servidores, uma vez ausente o necessário amparo legal, dispensando a reposição das importâncias indevidamente percebidas, tendo em vista a presunção de legitimidade do ato administrativo e o disposto na Súmula/TCU n.º 249.

Ocorrência n.º 27: Descumprimento do artigo 8.º da IN/TCU n.º 44/2002, quanto ao registro de processos de concessão de aposentadoria no SISAC, referente aos exercícios de 2004 e 2005 (item 7.4.1.1).

Responsáveis: Jonas Pereira de Souza Filho; Francisco Antônio Saraiva de Farias e Rosemir Santana de Andrade Lima.

Justificativa: Informamos que as ocorrências não estão sendo inseridas no Sistema de Apreciação e Registros de Atos de Admissão e Concessões - SISAC, uma vez que, de acordo com o Diretor de Pessoal, não há servidor capacitado para operar o sistema. Todavia, foi determinado ao Pró-Reitor de Administração que tome providências no sentido de promover a capacitação dos servidores do setor competente para a alimentação do SISAC, realizando a inclusão no sistema de todos os atos de admissão e concessão operacionalizados nos exercícios de 2004, 2005, 2006 e 2007, a fim de regularizar os atos administrativos efetivados, encaminhando, em seguida, os processos para esta Colenda Corte de Contas apreciar.

Análise: Compete à Administração da UFAC adotar as medidas administrativas necessárias e suficientes ao pleno atendimento ao disposto na IN/TCU n.º 44/2002. Considerando que o normativo data de 02/10/2002 e que, conforme verificado em inspeção (registro fiscalis n.º 698/2007), até 19/11/2007 não haviam sido adotadas providências efetivas para o cumprimento ao referido normativo, resta caracterizada a desídia dos responsáveis. Justificativa rejeitada. Proposta de multa

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Ocorrência n.º 28: Inobservância do artigo 143, e seguintes, da Lei n.º 8.112/1990, quanto à abertura de sindicância e instauração de processo administrativo disciplinar, considerando a existência de acumulação de cargos relatada pela CGU nas contas do exercício anterior, furtos/roubos ocorridos no exercício (item 7.5.1.1).

Responsáveis: Jonas Pereira de Souza Filho; Francisco Antônio Saraiva de Farias; Maria do Perpétuo Socorro Nepomuceno Peixoto da Silva e Rosemir Santana de Andrade Lima.

Justificativa: A Universidade Federal do Acre abriu procedimento administrativo n.º 23107.006236-79/1999 no ano de 1999 para apurar possíveis acumulações de cargos públicos de seus servidores. No decorrer da tramitação foi constatada a acumulação referida. Destaca-se que alguns servidores regularizaram sua situação. No entanto, apesar do lapso temporal em que se deu a abertura do procedimento, é importante ressaltar que foram detectadas algumas inconsistências no procedimento que poderia torná-lo nulo, o que obrigou a administração superior da UFAC a solicitar algumas orientações jurídicas para novamente dar prosseguimento ao feito. O processo encontra-se na Diretoria de Pessoal da UFAC para atualização dos casos de acumulação constantes nos autos com fito de concluirmos os procedimentos legais cabíveis em estrita observância à legislação que trata do assunto. Quanto a ocorrências de furtos/roubos dentro dos limites do Campus Universitário é importante destacar que quando as mesmas são comunicadas a este Gestor, imediatamente são oficializadas ao Departamento de Polícia Federal e aberto o procedimento administrativo interno.

Análise: Considerando que, conforme documentos acostados às fls. 14/23 – anexo 1, não foram dadas, pela administração da UFAC, durante o exercício de 2005, condições mínimas para o funcionamento da Comissão de Sindicância, eis que sequer foi atendido o pleito da Presidente da Comissão no sentido de que fosse remanejado, para a Comissão, um computador de outro setor, rejeitamos, no ponto, as razões apresentadas, propondo a aplicação de multa aos Srs. Jonas Pereira de Souza Filho e Francisco Antônio Saraiva de Farias.

Ocorrência n.º 29: Ausência de providências quanto à inassiduidade da Presidenta da Comissão Permanente de Sindicância, Senhora Maria do Perpétuo Socorro Nepumuceno Peixoto da Silva, que embora procurada no horário comercial, em seu setor, por diversas vezes, não foi encontrada pela equipe da CGU (item 7.5.2.1), tendo por conseqüência a ocorrência descrita no subitem anterior, que é a falta de atuação da referida comissão.

Responsáveis: Jonas Pereira de Souza Filho; Francisco Antônio Saraiva de Farias e Rosemir Santana de Andrade Lima.

Justificativa: Com o firme propósito de darmos solução ao problema em comento, determinamos que a freqüência da presidenta da CPS fosse recolhida à Secretaria da PRAD, aonde a mesma deveria assiná-la doravante. Ato contínuo, providenciamos espaço físico devidamente equipado, contíguo à sala de apoio da Chefia de Gabinete da Reitoria, quase frontal à porta de acesso da PRAD, destinado ao uso compartilhado da Auditoria Interna e da Comissão Permanente de Sindicância, espaço esse que poderá ser constatado in loco. Por fim, determinamos a retificação da Portaria de lotação da presidenta da CPS, fazendo contar a expressão: ‘... Resolve lotar a servidora... na Pró-Reitoria de Administração, com exercício na Unidade de Auditoria Interna’.

Análise: Ocorrência sanada. Ocorrência n.º 30: Acumulação irregular de cargos de professor, em regime de dedicação

exclusiva, com vínculos com outras entidades (item 7.5.3.1), a exemplo dos servidores Arnaldo Thomaz Cordeiro Barbosa (SIAPE n.º 4148444), Francisco das Chagas, Grace Gotelip Cabral (SIAPE n.º 12266329), Wlademir Sena Araújo (SIAPE n.º 13589695), respectivamente, com carga horária semanal de 128, 105, 128 e 114 horas, em desacordo com o artigo 14, I, do Decreto n.º 94.664/1987.

Responsáveis: Jonas Pereira de Souza Filho; Francisco Antônio Saraiva de Farias e Rosemir Santana de Andrade Lima.

Justificativa: Os casos apontados nesse item serão juntados ao procedimento n.º 23107.006236-79/1999 e terão o mesmo tratamento.

Análise: A justificativa apresentada pelo responsável não afasta a irregularidade apontada. Considerando, no entanto, as determinações dirigidas à Entidade (itens 9.4.14, 9.4.15 e 9.4.16 do Acórdão 2.913/2006 – TCU – 2ª Câmara) e à CGU (item 2.3 do Acórdão 1.069/2006 – TCU – 1ª Câmara), entendemos conveniente determinar à CGU que verifique, por ocasião dos exames sobre a

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gestão do exercício de 2007, a observância, pela Administração da UFAC, aos prazos previstos no art. 133 da Lei n.º 8.112/1990.

Ocorrência n.º 31: Descumprimento da Lei n.º 8.666/1993, em relação aos seguintes aspectos:

31.1) Memorial descritivo e planilhas orçamentárias com valores totais superiores ao SINAPI, a exemplo dos itens placa da obra – m2 (vr. orçado = R$ 441,75 e vr. SINAPI=R$ 329,58), raspagem e limpeza do terreno m2 (vr. orçado = R$ 1.201,94 e vr. SINAPI=R$ 512,41), alvenaria com tijolo de 8 furos – m2 (vr. orçado = R$ 9.923,30 e vr. SINAPI=R$ 5.404,37), porta interna ou externa de madeira regional completa – m2 (vr. orçado = R$ 21.442,31 e vr. SINAPI=R$ 6.570,78), chapisco com argamassa de cimento e areia 1:3 – e=5mm – m2 (vr. orçado = R$ 7.793,61 e vr. SINAPI=R$ 2.830,31), emboço e reboco com cimento e areia sem peneirar 1:4, e=25mm – m2 (vr. orçado = R$ 30.078,02 e vr. SINAPI=R$ 9.938,92), emassamento sobre parede interna, 2 demãos de massa PVA – m2 (vr. orçado = R$ 8.912,79 e vr. SINAPI=R$ 4.836,40), disjuntor termomagnético tripolar de 100A – unidade (vr. orçado = R$ 864,50 e vr. SINAPI=R$ 247,70), eletroduto PVC rígido, d=13mm (1/2) – m – 400 (vr. orçado = R$ 4.084,00 e vr. SINAPI=R$ 996,00), luminária de sobrepor, refletor brilhante, com duas lâmpadas fluorescentes de 32W – unidade (vr. orçado = R$ 43.000,00 e vr. SINAPI=R$ 12.398,00), torneira de pressão cromada para lavatório – unidade (vr. orçado = R$ 1.828,80 e vr. SINAPI=R$ 504,80) e bacia sifonada de louça branca – unidade (vr. orçado = R$ 6.042,00 e vr. SINAPI=R$  2.655,36), tudo referente à concorrência n.º 02/2005, objeto do empenho 900938/2005 (item 8.1.1.3);

Responsáveis: Jonas Pereira de Souza Filho; Francisco Antônio Saraiva de Farias e Ismar Bernardo de Araújo.

Justificativa: Informações técnicas elaboradas pela Superintendência do Campus a qual acompanhamos (fls. 262/268 – anexo 3): ‘Na elaboração do orçamento base, efetuamos pesquisa de preços dos insumos e mão de obra local, onde ficamos cientes de que a maioria dos estabelecimentos comerciais devido às péssimas condições do ramal que dá acesso ao Campus em implantação, se recusavam a fazer entregas, ficando esse serviço a cargo de terceiros, onerando ainda mais os preços dos materiais. Tivemos que alterar o coeficiente de produtividade em função do clima, insalubridade, dificuldade de acesso para abastecimento do canteiro de obras. O custo do metro quadrado do bloco de salas de aula foi de R$ 911,66. Os preços obtidos nas composições unitárias estão muito próximos dos valores constantes do relatório da SEOP. Em função do isolamento por via terrestre de nove meses por ano, temos em Cruzeiro do Sul uma diferença de preço de materiais de construção bastante elevada, com a brita tendo o seu preço médio de R$ 680,0 o metro cúbico, o valor da saca de cimento com 42Kg é de R$ 30,00, valores que oneram a construção de estruturas em concreto armado. Abaixo apresentamos as composições analíticas dos serviços citados, onde demonstramos como chegamos no custo dos serviços:

1.1 PLACA DA OBRAUnidade: M²

Discriminação Unid. Coeficiente Preço Material Mão-de-Obra

CARPINTEIROSERVENTEPREGO (TIPO DE PREGO 17 x 27)

VIGA (LARGURA: 2”/ALTURA: 4’’) (PERNAMANCA) PLACA DA OBRA

HHKg

M

0,2500000,2500000,078000

3,450000

1,000000

2,361,775,50

5,16

96,50

0,43

17,80

96,50

0,590,44

TOTAIS PARCIAIS 114,73 1,03

Leis Sociais 127,09% 1,31B.D.I 25,77% 30,17

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TOTAL DO SERVIÇO 147,25

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RASPAGEM E LIMPEZA DO TERRENO Unidade: M²

Discriminação Unid Coeficiente Preço Material Mão-de-ObraSERVENTE H 0,376000 1,77 0,67

TOTAIS PARCIAIS 0,00 0,67Leis Sociais 127,09% 0,85

B.D.I 25,77% 0,39TOTAL DO SERVIÇO 1,90

ALVENARIA COM TIJOLOS DE 8 FUROS E=10 cm Unidade: M²

Discriminação Unid. Coeficiente Preço Material Mão-de-ObraPEDREIROSERVENTETIJOLO CERÂMICO DE 8 FUROSAREIA LAVADACIMENTO PORTLAND CP – II – E – 32

HH

Unid.M³Kg

1,1000001,150000

25,0000000,0220004,360000

2,361,770,42

30,000,75

10,500,663,27

14,43

2,602,04

4,36Leis Sociais 127,09% 5,89

B.D.I 25,77% 6,43TOTAL DO SERVIÇO 31,38

PORTA INTERNA OU EXTERNA DE MADEIRA REGIONAL COMPLETAUnidade: M²

Descriminação Unid. Coeficiente Preço Material Mão-de-Obra

CARPINTEIROAJUDANTE DE CARPINTEIROPEDREIROSERVENTEAREIA LAVADA TIPO MÉDIACIMENTO PORTLAND CP – II – E – 32CAIXILHO DE MADEIRA L=0,13mDOBRAÇA DE FERRO DE 3”

FECHADURA COMPLETA PARA PORTA EXTERNA EM LATÃOVISTA EM MADEIRA PARA ESQUADRIAS PREGO DE 2.1/2” A 4”PORTA EXTERNA DE MADEIRA

HHHHM³KgM

Unid.

Unid.

MKgM²

2,2500002,2500001,2000001,2000000,0210003,1200002,9800001,790000

0,596000

5,9600000,1800001,000000

2,361,772,361,77

30,000,759,00

11,00

28,00

5,175,50

92,50

0,632,34

26,8219,69

16,69

30,810,99

92,50190,47

5,313,982,832,12

14,25Leis Sociais 127,09

%18,11

B.D.I 25,77% 57,42TOTAL DO SERVIÇO 280,25

CHAPISCO COM ARGAMASSA DE CIMENTO E AREIA 1:3, e=5 mmUnidade: M²

Discriminação Unid. Coeficiente Preço Material Mão-de-Obra

PEDREIROSERVENTEAREIA LAVADACIMENTO PORTLAND CP – II – E – 32

HHM³Kg

0,2000000,2500000,0193002,500000

2,361,77

30,000,75

0,581,882,45

0,470,44

0,91Leis Sociais 127,09% 1,16

B.D.I 25,77% 1,17TOTAL DO SERVIÇO 5,70

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EMBOÇO E REBOCO COM CIMENTO E AREIA SEM PENEIRAR 1:4, e =25mmUnidade: M²

Discriminação Unid. Coeficiente Preço Material Mão-de-Obra

PEDREIROSERVENTEAREIA LAVADACIMENTO PORTLAND CP – II – E – 32BETONEIRA 5 HP

HHM³KgH

1,2000001,2500000,1000009,7500000,021000

2,361,77

30,000,759,69

3,007,310,20

10,52

2,832,21

5,04Leis Sociais 127,09

%6,41

B.D.I 25,77% 5,66TOTAL DO SERVIÇO 27,63

EMASSAMENTO DE PAREDES INTERNAS 2 DEMÃOSUnidade: M²

Discriminação Unid. Coeficiente Preço Material Mão-de-Obra

PINTORAJUDANTE DE PINTORLIXA PARA MADEIRA/MASSA GRANA 100MASSA CORRIDA À BASE PVA

HHM³kg

0,3500000,2500000,4000000,750000

2,361,770,605,41

0,244,064,30

0,830,44

1,27Leis Sociais 127,09

%1,61

B.D.I 25,77% 1,85TOTAL DO SERVIÇO 9,03

DISJUNTOR TERMOMAGNÉTICO TRIPOLAR DE 100 AUnidade: UNID

Discriminação Unid. Coeficiente Preço Material Mão-de-Obra

ELETRICISTAAJUDANTE DE ELETRICISTADISJUNTOR TIPO COMPACTO 3x100 A

HH

Unid.

2,0000002,0000001,000000

2,361,77

324,93 324,93324,93

4,723,54

8,26Leis Sociais 127,09

%10,50

B.D.I 25,77% 88,57TOTAL DO SERVIÇO 432,25

ELETRODUTO PVC, INCLUINDO CONEXÕES, D = 13 mm(1/2”)Unidade: M

Discriminação Unid. Coeficiente Preço Material Mão-de-Obra

ELETRICISTAAJUDANTE DE ELETRICISTAELETRODUTO PVC, D=13 mm (1/2”)

HHM

0,4000000,6000001,100000

2,361,773,24 3,56

3,56

0,941,06

2,01Leis Sociais 127,09

%2,55

B.D.I 25,77% 2,09TOTAL DO SERVIÇO 10,21

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LUMINÁRIA DE SOBREPOR COM REATOR ELETRÔNICO, REFLETOR BRILHANTE COM 2 LÂMPADAS FLUORESCENTES 32 W

Unidade: UNIDDiscriminação Unid. Coeficiente Preço Material Mão-de-

ObraELETRICISTAAJUDANTE DE ELETRICISTALUMINÁRIA DE SOBREPOR, REFLETOR BRILHANTE, COM 2 LÂMPADAS FLUORESCNTES 32 W

HH

Unid.

1,1800001,1500001,000000

2,361,77

160,00 160,00160,00

2,782,04

4,82Leis Sociais 127,09

%6,13

B.D.I 25,77% 44,05TOTAL DO SERVIÇO 215,00

TORNEIRA DE PRESSÃO CROMADA PARA LAVATÓRIOUnidade: UNID

Discriminação Unid. Coeficiente Preço Material Mão-de-Obra

ENCANADORAJUDANTE DE ENCANADORTORNEIRA DE PRESSÃO CROMADA PARA LAVATÓRIO FITA DE VEDAÇÃO

HH

Unid.M

0,6000000,6000001,0000000,840000

2,361,77

67,000,09

67,000,08

67,08

1,421,06

2,48Leis Sociais 127,09

%3,15

B.D.I 25,77% 18,74TOTAL DO SERVIÇO 91,44

BACIA SIFONADA DE LOUÇA BRANCAUnidade: UNID

Discriminação Unid. Coeficiente Preço Material Mão-de-ObraENCANADORAJUDANTE DE ENCANADOR

ANEL DE VEDAÇÃO PARA SAÍDA DE VASO SANITÁRIOBOLSA DE LIGAÇÃO DE BORRACHA PARA VASO SANITÁRIO

ASSENTO PLÁSTICO PARA BACIA-PADRÃO POPULARBACIA SIFONADA DE LOUÇA BRANCABUCHA PLÁSTICA 8 mmPARAFUSO CROMADO P/ FIXAÇÃO DE SANITÁRIOS

HH

Unid.

Unid.

Unid.

Unid.Unid.

M

3,6000003,600000

1,000000

1,000000

1,000000

1,0000002,0000002,000000

2,361,77

15,00

7,80

20,00

115,000,304,00

15,00

7,80

20,00

115,000,608,00

166,40

8,506,37

14,87Leis Sociais 127,09

%18,90

B.D.I 25,77% 51,58TOTAL DO SERVIÇO 251,75

Análise: Diante da baixa materialidade dos valores tratados, propomos que seja determinado à UFAC que adote como referência para a contratação de obras/serviços os preços unitários indicados no Sistema Nacional de Pesquisa de Custos e Índices da Construção Civil - SINAPI, justificando tecnicamente, ao tempo da licitação/execução dos serviços, os ajustes porventura realizados nas composições de serviço para adequação às condições locais da obra.

31.2) Exigência de comprovação de capital social mínimo ou patrimônio líquido mínimo de 20% do valor licitado, quando qualquer dos índices de liquidez geral, solvência geral e liquidez correntes fosse menor do 1,5 (um e meio), em desacordo com a IN/MARE N.º 05/1995, na Concorrência n.º 02/2005, objeto do empenho 900938/2005 (item 8.1.1.3);

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Justificativa: Em virtude da contratação pretendida dos serviços de construção dos blocos serem executados no município de Cruzeiro do Sul, distante da Capital 682 quilômetros, onde o meio de transporte é por via terrestre apenas nos meses de julho a setembro e no restante do período por meio aéreo e fluvial, entendeu a comissão que a UFAC não poderia correr o risco de contratar com empresa que não pudesse executar o objeto a ser contratado em virtude da dificuldade de transportar os insumos, em face de localização da obra, fazendo constar no edital tal exigência, com o objetivo de selecionar uma empresa com capital social que atingisse no mínimo 20% (vinte por cento) do objeto licitado, exigência essa no entendimento da comissão que não frustraria o processo licitatório e sim de obter uma segurança maior na execução do contrato.

Análise: Rejeitamos, no ponto, a justificativa apresentada. As prerrogativas facultadas pelo art. 31 da Lei n.º 8.666/1993, em seus parágrafos 2°, 3° e 4°, relacionadas com a capacidade da empresa em arcar com as despesas financeiras relacionadas com a execução do pactuado, visam às contratações de grande vulto, nas quais tornam-se necessárias garantias mais sólidas de que as contratadas poderão arcar com os compromissos assumidos. In casu, a exigência de capital social mínimo de 20%, configura descumprimento a disposição legal. Proposta de multa aos responsáveis.

31.3) Exigência de que os atestados ou declarações de capacitação técnica tenham sido emitidos, no máximo, a 180 dias do certame, também em relação à Concorrência n.º 02/2005, objeto do empenho 900938/2005 (item 8.1.1.3);

Justificativa: Naquele momento da elaboração da minuta do edital a comissão entendeu que em face da localização da Obra a ser construída ser no Município de Cruzeiro do Sul, localizado a 682 quilômetros da Capital, onde se tem acesso por via terrestre apenas de julho a setembro e no restante do período por meio aéreo e fluvial para transportar material já que no Município não se dispõe de todos os insumos da Obra, onde uma viagem se faz em aproximadamente entre 30 e 38 dias partindo do porto de Manaus-AM, entendeu a Comissão que a Instituição não poderia correr o risco de contratar empresa que não estivesse em plena atividade, com essas dificuldades todas para construir uma obra, a Comissão resolveu constar no edital a exigência de declaração comprobatória de que o licitante tivesse executado obras com metragem similar nos últimos 180 dias. Ressaltamos que essa exigência não teve a intenção de frustrar e tampouco preterir nenhum licitante no processo licitatório e sim de se contratar uma empresa que tivesse realmente condições de executar os serviços até o final, obtendo assim uma segurança na execução do contrato.

Análise: Novamente constata-se que a Administração da UFAC agiu ao arrepio da Lei n.º 8.666/1993, que veda expressamente, em seu art. 30, § 5º, a exigência de comprovação de capacitação técnica com limitações de tempo, época ou locais específicos, eis que tais exigências inibem a competitividade. Justificativa rejeitada. Proposta de multa aos responsáveis.

31.4) Ausência de menção no edital da Concorrência n.º 02/2005, objeto do empenho 900938/2005, quanto à exigência de projeto executivo, em conformidade com o artigo 7, inciso II, da Lei de licitações e contratos (item 8.1.1.3);

Justificativa: não entendemos a inconsistência citada, uma vez que o processo em tela está devidamente instruído com os projetos para execução da obra e devidamente anexados os projetos Arquitetônicos, os complementares: Hidráulico, Elétrico, Sanitário, Incêndio, Telefônico, Climatização e Lógico, Estrutural em CD, Projeto Básico e Memorial Descritivo, a Planilha de Quantitativo e Custo e Especificações Técnicas. Entende a Comissão juntamente com a Superintendência do Campus que o projeto executivo consiste em Projetos Arquitetônicos e Complementares, os quais se encontram em anexo ao processo em comento, às folhas 96/127.

Análise: No ponto, propomos que seja determinado à UFAC que inclua, no edital de abertura de seus processos licitatórios, informações acerca da existência de projeto executivo disponível na data da publicação e o local onde possa ser examinado e adquirido.

31.5) Recebimento, sem amparo legal, de garantia da licitante vencedora, mediante título da dívida pública prescrito, referente à Concorrência n.º 02/2005, objeto do empenho 900938/2005 (item 8.1.1.3).

Justificativa: verificada a prescrição do título, a empresa apresentou a Apólice n.º 2001/0745/000009744 – Seguro Garantia (fls. 274/276 – anexo 3 – vol. 1).

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Análise: Ocorrência sanada.

31.6) Publicação de minuta de edital de concorrência em prazo inferior ao estabelecido no artigo 21, § 2.º, inciso I, alínea ‘b’, referente à Concorrência n.º 02/2005, objeto do empenho 900938/2005 (item 8.1.1.3).

Justificativa: Convicta estava à comissão na época de que o aviso de publicidade da Concorrência n.º 02/2005 estava dentro da legalidade, ou seja, de acordo com a Lei n.º 8.666/1993. Posteriormente a comissão tomou conhecimento que a Lei n.° 9.648/1998 tinha alterado esse dispositivo conseqüentemente os prazos de publicidade tinham sido alterados e a comissão não tinha conhecimento da nova legislação, cometendo esse equivoco, mas sem intenção alguma de praticar atos em desacordo com a legislação. Informamos que após termos conhecimento da referida alteração a comissão passou a proceder de acordo com a nova legislação vigente.

Análise: A alegação de desconhecimento da legislação não tem o condão de justificar seu descumprimento. Justificativa rejeitada. Multa.

31.7) Ausência de estimativa de valor a ser contratado e inexistência de 03 (três) propostas válidas, conforme observado no Convite n.º 01/2005 (item 8.1.1.4).

Justificativa: No que se refere à ausência de estimativa de valor a ser contratado a comissão tomou como parâmetro uma licitação realizada anteriormente, a qual foi cancelada, cujo valor de cada laudo pericial era de R$ 270,00 e no Convite n.° 01/2005 foi contratado pelo valor de R$ 265,00.

Análise: A justificativa apresentada não afasta a irregularidade consubstanciada no descumprimento ao disposto no art. 22, §§ 3º e 7º, da Lei n.º 8.666/1993. Determinação proposta no item 23 desta instrução.

31.8) Incompatibilidade entre o objeto licitado e os recibos pertinentes aos serviços prestados, referente ao convite 01/2005 (item 8.1.1.4), pois o primeiro visava a contratação de um técnico de segurança no trabalho, para elaboração de laudo pericial de insalubridade e periculosidade nos ambientes da entidade, enquanto nos recibos constam a informação de que a remuneração decorreu de serviços na função de assistente técnico para elaboração e revalidação de laudos periciais técnicos de insalubridade e periculosidade.

Justificativa: Após a prestação do serviço, o técnico de segurança do trabalho foi orientado pela Diretoria de Contabilidade e Finanças-DCF de que deveria dirigir-se à Prefeitura de Rio Branco para tirar a nota referente ao pagamento do Imposto Sobre Serviços-ISS, momento em que cometeu o equívoco de informar que os serviços tinham sido prestados por assistente técnico, diante disso, a Universidade, partindo da premissa de que os serviços já haviam sido devidamente prestados, não entendeu que o erro de nomenclatura pudesse acarretar problemas, razão pela qual procedeu ao pagamento do profissional.

Análise: Acatamos, no ponto, as razões apresentadas.

31.9) Ausência de projeto básico, no que diz respeito ao processo licitatório pertinente à nota de empenho n.º 900824/2005 (item 8.1.1.5).

Justificativa: Em relação a este item, informamos que o processo trata-se de dispensa de licitação, conforme cópia em anexo, que é de competência da Diretoria de Material e Patrimônio. (Anexo 26).

Análise: Acatamos, no ponto as justificativas apresentadas eis que, por economia processual, em razão da dispensa por valor, as contratações relativas a obras e serviços desobrigam o agente público da elaboração do projeto básico.

31.10) Deficiências no planejamento de aquisições de combustível e de material de expediente, por meio da nota de empenho n.º 900499/2005, eis que a adoção de dispensa de licitação implica na aquisição de bens em quantidade inferior ao utilizado no exercício (item 8.1.1.6).

Justificativa: Os chefes dos setores responsáveis pela execução dos serviços apontados foram orientados no sentido de que realizem ações para respeitarem as determinações legais.

Análise: A justificativa apresentada não afasta a irregularidade apontada, que já foi objeto de determinação desta Corte (Item 9.2.1 do Acórdão 2.563/2006 – 2ª Câmara).

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31.11) Ausência de nota fiscal e do correspondente atesto de recebimento, pelo servidor responsável, na aquisição pertinente à nota de empenho 900499/05 (item 8.1.1.6).

Justificativa: Segue cópia do processo de pagamento n.º 23107.009116/2005-34 referente à Dispensa de Licitação n.º 2005DI00322, processo 23107.007498/2005-61 (item 31.10), com a Nota Fiscal devidamente atestada. (fls. 296/301 – anexo 3 – vol. 1)

Análise: Ocorrência sanada.

31.12) Uso inadequado de programa informatizado, comprometendo o processo licitatório referente ao pregão presencial objeto do processo n.º 23107.001550/2005-76, vez que não foi atendido o inciso IX do artigo 11 do Decreto n.º 3.555/2000 (item 8.1.1.7).

Justificativa: O sistema Comprasnet (Site de Compras do Governo Federal), possui além do sistema de pregão eletrônico um sistema de pregão presencial, no qual realizamos o pregão presencial 01/2005, ocorre que o sistema só aceitava na época lances para baixo dentro da sua normalidade. Como a UFAC não tinha e não tem até hoje um sistema próprio para realização de pregão presencial, informamos que o objeto licitado foi o fornecimento de bilhetes de passagens aéreas cuja adjudicação recairia sobre a proposta da empresa que oferecesse maior desconto à UFAC dentro do valor da comissão que lhe cabia. Ocorre que o sistema oferecido pelo Comprasnet na época não tinha os recursos de lance por desconto na comissão da agência, ou seja, o processo licitatório era da forma de maior desconto e não de menor lance, mesmo assim realizamos o processo e fizemos constar todas as fases dos lances. Diante do ora exposto, não concordamos com o questionamento que cita que não foi atendido o inciso IX do Art. 11 do Decreto n.º 3.555/2000. Informamos que na ata e no pedido de homologação constam todas as fases de lances efetuados pelos licitantes, bem como as informações citadas pelo pregoeiro da falta de recursos do sistema. Informamos ainda que em momento algum a comissão teve a intenção de praticar atos em desacordo com a legislação pertinente à matéria em comento. (Anexo 28).

Análise: Acatamos, no ponto, as justificativas apresentadas.31.13) Inexistência de documentação exigida para habilitação em processo licitatório,

referente aos processos 23107.006029/2005-25 – PE 04/2005, (item 8.1.1.8); Justificativa: A grande demanda de trabalho e a insuficiência de recursos humanos

capacitados para desenvolver as atividades pertinentes, fez com que o Presidente da Comissão, desenvolvesse as funções de pregoeiro, secretário, digitador, contínuo, assistente e todas as demandas que envolvem um processo licitatório, tanto nas modalidades de Pregão Eletrônico, Presencial, Convite, Tomada de Preços e Concorrência, com todas essas atribuições a falha é uma conseqüência quase que inevitável, mas, não obstante todas as deficiências, estamos envidando esforços para que fatos dessa natureza não voltem a ocorrer.

Análise: As justificativas apresentadas não afastam, no ponto, a irregularidade consubstanciada no descumprimento ao disposto nos arts. 27 e 38 da Lei n.º 8.666/1993. Multa.

31.14) Emissão de ordem bancária sem que fosse comprovada a execução do objeto contratado, conforme verificado na liquidação da despesa pertinente à OB 902018/2005 (item 8.1.1.9).

Justificativa: Emissão da 2005OB902018 em favor da FUNDAPE, para execução do Contrato n.º 37/2005, conforme processo 23107.013084/2005-71 (fls. 326/358 – anexo 3 – vol. 3)

Análise: A justificativa apresentada não afasta a irregularidade consubstanciada no descumprimento ao disposto nos arts. 62 e 63 da Lei n.º 4.320/1964, em face do pagamento antecipado de serviços que só serão executados posteriormente quando da subcontratação de terceiros pela FUNDAPE. Determinação.

31.15) Contratação da FUNDAPE como alternativa ao exíguo prazo para abertura de processo licitatório, em desacordo com o artigo 37, inciso XXI, da Constituição Federal e 3º da Lei 8.666/1993, conforme os processos n.º 23107.012740/2005-19, 23107.012731/2005-28 e 23107.0130084/2005-71, além de ser incompatível com a Lei n.º 8.958/1994, regulamentada pelo Decreto n.º 5.205/2004 (item 8.1.1.9).

Justificativa: Quanto ao questionamento da contratação da Fundação de Apoio ao Desenvolvimento ao Ensino, Pesquisa e Extensão Universitária no Acre – FUNDAPE para abertura de procedimento licitatório, essa ação se fundamenta na legislação citada por esta Corte, visto que não se

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trata de uma contratação somente fundamentada pelo ‘exíguo tempo para licitação’. Este motivo está contextualizado em uma situação mais ampla como passamos a explicar:

Na UFAC os recursos quando liberados no ano em curso para serem executados dependem de uma série de procedimentos administrativos, planejamentos e outros, o que com o reduzido quadro de funcionários nem sempre todos eles são providenciados a tempo. Quando estes procedimentos não são concluídos de forma que possibilite o procedimento licitatório pela UFAC, não temos outra alternativa se não a da contratação da Fundação como forma de executar uma ação anteriormente planejada pela UFAC a custo de perder o recurso se assim não o fizer. Soma-se a isto os repasses dos recursos que ocorrem no final do ano pelo Ministério da Educação que é o caso em tela o que tem quase sempre nos obrigado a repassá-los para a Fundação. Destaca-se que todo o procedimento a ser adotado pela UFAC para a realização da licitação também o é pela Fundação, que tem rigorosamente obedecido à legislação, sendo que os referidos recursos são licitados pela FUNDAPE inclusive utilizando a Comissão Permanente de Licitação da UFAC.

Análise: A justificativa apresentada pelos responsáveis, que consiste na exigüidade do prazo para utilização dos recursos liberados pelo Tesouro em época próxima ao encerramento do exercício financeiro, é perfeitamente compreensível sob o ponto de vista operacional da instituição. Obviamente é do interesse da instituição, a todo custo, promover a utilização de tais recursos até o encerramento do exercício, pois caso isso não ocorra, há o cancelamento dos respectivos créditos.

Todavia, entendemos que tal circunstância não deve servir de justificativa para o descumprimento ao disposto nos arts. 30, § 1º, 31, 33, § 2º do Decreto n.º s 93.872/1986; no art. 1º da Lei n.º 8.958/1994; nos arts. 62 e 63 da Lei n.º 4.320/1964, em face do pagamento antecipado de serviços que só serão executados posteriormente quando da subcontratação de terceiros pela FUNDAPE; e nos arts. 24, inciso XIII, 57 e 61, parágrafo único, da Lei n.º 8.666/1993. Destarte, deve ser determinado à UFAC que caso não seja viável a utilização desses recursos no prazo legal previsto sem que isso acarrete infração à legislação que rege a matéria, a Universidade deve abster-se de utilizá-los.

No ponto, deve ser ressaltado, que embora os administradores da UFAC justifiquem a contratação irregular da FUNDAPE em face da necessidade dos recursos transferidos para a execução de ações anteriormente planejadas pela Universidade, constatamos que, dos recursos transferidos à FUNDAPE em dezembro de 2005, por meio de contratações que ensejaram o descumprimento às disposições legais referidas no parágrafo anterior (Contratos n.º s 29/2005, 33/2005, 45/2005, 37/2005, 35/2005, 38/2005, 36/2005, 34/2005, 20/2005, 25/2005, 26/2005, 27/2005, 31/2005, 46/2005, 23/2005, 21/2005, 32/2005, 30/2005, 42/2005, 41/2005, 22/2005, 39/2005, 43/2005 e 44/2005 – Anexo 4), não haviam sido utilizados na consecução dos objetos supostamente pretendidos, estando depositados em contas correntes de titularidade da FUNDAPE, conforme extratos atualizados acostados às fls. 870/889 - anexo 4 - vol. 4, os seguintes valores, que somam a quantia de R$ 5.351.826,62 (cinco milhões, trezentos e cinqüenta e um mil, oitocentos e vinte e seis reais e sessenta e dois centavos):

- Conta 5783-5, recursos repassados em razão do Contrato n.º 46/2005 (objeto: apoio a interiorização dos cursos da UFAC) : R$ 3.470.428,08 (CDB DI) + 1.491,84 (em conta);

- Conta 5764-9, recursos repassados à FUNDAPE por meio do Contrato n.º 20/2005: R$ 107.317,04 (BB renda fixa) + 35,04 (em conta);

- Conta 5769-x, recursos referentes ao Contrato n.º 21/2005 (objeto: construção de espaço físico destinado a salas de aula e salas de prancheta): R$ 127.422,96 (CDB DI)+ R$ 26.987,77 (BB renda fixa) + R$ 351,82 (em conta);

- Conta 5770-3, recursos transferidos em decorrência do Contrato n.º 22/2005 (objeto: serviço de manutenção e reforma nas estruturas físicas do campus): R$ 8.579,06 (BB renda fixa) + R$ 48,06;

- Conta 5771-1, recursos do Contrato n.º 23/2005 (objeto: aquisição de mobiliários e equipamentos destinados à biblioteca central da UFAC): R$ 97.167,28 (BB CDB DI) + R$ 1.138,53;

- Conta 5773-8, recursos transferidos para a consecução do objeto do Contrato n.º25/2005 (aquisição de equipamentos para o curso de medicina): R$ 222.252,12 (BB renda fixa) + R$ 3.594,82 (em conta);

- Conta 5761-4, recursos referentes ao Contrato n.º 26/2005 (aquisição de livros para a biblioteca da UFAC): R$ 46.223,80 (BB renda fixa) + R$ 1,56 (em conta);

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- Conta 5760-6, vinculada ao Contrato n.º 27/2005 (objeto: aquisição de material de consumo para o almoxarifado central da UFAC): R$ 318,22 (BB renda fixa);

- Conta 5775-4, vinculada ao Contrato n.º 29/2005 (objeto: construção de espaço físico para o arquivo geral da UFAC): R$ 361.476,76 (BB renda fixa) + R$ 677,60 (em conta);

- Conta 5776-2, vinculada ao Contrato n.º 30/2005 (objeto: construção de espaço físico destinado ao curso de artes): R$ 546.371,28 (CDB DI) + R$ 221,60 (em conta);

- Conta 5763-0, vinculada ao Contrato n.º 33/2005 (objeto: manutenção e conservação da infra-estrutura física do campus): R$ 165.174,59 (BB renda fixa) + R$ 2,13 (em conta);

- Conta 5779-7, referente ao Contrato n.º 35/2005 (objeto: aquisição de material de consumo destinado a suprir o almoxarifado): R$ 277,97 (BB renda fixa) + R$ 48,75 (em conta);

- Conta 5749-5, referente ao Contrato n.º 37/2005 (objeto: contratação de serviço de vigilância): R$ 58.323,19 (CDB DI) + 783,35 (em conta);

- Conta 5781-9, referente ao Contrato n.º 38/2005: R$ 70.402,64 (CDB DI) + 849,36 (em conta);

- Conta 5765-7, referente ao Contrato n.º 39/2005: R$ 1.082,55 (BB renda fixa) + R$ 45,44 (em conta);

- Conta 5768-1, referente ao Contrato n.º 43/2005: R$ 1.043,13 (BB renda fixa) + R$ 48,65 (em conta);

- Conta 5782-7, referente ao Contrato n.º 44/2005: R$ 28.450,86 (BB CDB DI) + R$ 1.356,29 (em conta);

- Conta 5762-2, referente ao Contrato n.º 34/2005: R$ 8.790,65 (BB renda fica) e R$ 34,61 (em conta);

- Conta 5778-9, referente ao Contrato n.º 32/2005: R$ 7,22 (em conta);

Assim, em face do exposto, propomos que seja determinado à UFAC que se abstenha de prorrogar a vigência de contratos firmados com a FUNDAPE, quando estes estiverem em desacordo ao disposto nos arts. 30, § 1º, 31, 33, § 2º, do Decreto n.º 93.872/1986; no art. 1º da Lei n.º 8.958/1994; nos arts. 62 e 63 da Lei n.º 4.320/1964; e nos arts. 24, inciso XIII, e 57, da Lei n.º 8.666/1993.

Propomos, ainda, que seja expedida recomendação ao Ministério da Educação que, quando da realização de transferências de recursos orçamentários para as IFES, promova a respectiva movimentação de crédito em tempo hábil para a adoção, pelo agente executor, de todas as medidas necessárias ao regular processamento das despesas, inclusive - quando for o caso - a realização dos competentes certames licitatórios.

31.16) Prorrogação injustificada de contratos, com restrição ao caráter competitivo, a exemplo dos contratos firmados com as empresas Nilces Tur – Nilce Agência de Viagens e Turismo Ltda. – contrato n.º 01/2002 – aditivo n.º 02/2005, REMED – Representação, Mídia e Empreendimentos – contratos n.º 11/2000 – aditivos n.º 03,11 e 19/2005, Copibrasa Fotografia Indústria e Comércio – contrato n.º 06/2001 – aditivo n.º 07/2005, Água Mineral Monte Mário Ltda. – contrato n.º 09/2003 – aditivos n.º 08, 14 e 15/2005, J.F.S. ar condicionado – contrato n.º 05/2004 – aditivo n.º 10/2005, e Inácios Turismo Ltda. – contrato n.º 26/2002 – aditivo n.º 12/2005 (item 8.1.3.1);

Justificativa: Estamos regularizando a situação através de novas licitações, a exemplo da contratação de empresas para prestar serviços de xerox, bem como para o agenciamento de passagens aéreas e transportes de cargas, conforme Contratos n.°s 14/2006 e 002/2007, cópias em anexo. (Anexo 30).

Análise: A promessa de regularização de irregularidades apontadas não tem o condão de afastar a mácula impingida sobre as presentes contas. Multa.

31.17) Utilização da modalidade indevida de licitação, a exemplo: r.1) as dispensas de licitação de n.º 351/2005 e 402/2005, que possuíam objeto comum, portanto poderiam ter sido objeto de convite ou pregão (item 8.1.2.1), r.2) contratação de serviços de fornecimento de energia (DL 02/2005) e da imprensa nacional (DL 03/2005), mediante dispensa de licitação (item 8.2.1.1), e r.3) dispensa irregular, para a contratação dos serviços prestados por Djalma Aparecido (Processos 23107.002104/2005-89 e 23107.003361/2005-38), em razão de a licitação anterior, o Convite n.º 07/2004, que o contratara ter sido revogada.

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Justificativa: Os chefes dos setores responsáveis pela execução dos serviços apontados foram orientados no sentido de que realizem ações para respeitarem as determinações legais.

Análise: A justificativa apresentada não afasta a irregularidade apontada. Multa.

31.18) Deficiência na fiscalização de contratos, considerando o teor do processo n.º 23107.012192/2005-27, onde foi constatada o atraso da obra, por meio das medições tardias (1.ª medição – 15/03, 2.ª medição – 02/05 e 3.ª medição – 14/06), sem que a UFAC tenha tomado as devidas medidas contra a empresa contratada, a inexecução de serviços constantes da 4.ª medição, em relação aos 66,42m2 de brises de PVC (item 8.2.2.1).

Justificativa: As medições ‘atrasadas’ ocorreram em face da baixa produtividade da contratada, CONCRETA Engenharia e Construção Ltda., na execução dos serviços, a fim de se evitar o pagamento de valores muito baixos por parte da UFAC. Quanto ao questionamento sobre a 4ª medição, o valor pago do item 6. 1 – BRISES EM PVC, Em ESTRUTURA METÁLICA, igual a 21% do valor total do item, refere-se à instalação das estruturas metálicas destinadas à fixação dos brises de PVC, que se encontravam executadas na data em que foi feita a medição dos serviços. Salientamos que tal estrutura é parte integrante do item questionado, e que o percentual restante seria pago apenas quando os brises fossem instalados. Tal instalação dos brises não ocorreu, e o valor dos mesmos, portanto não foi pago, fazendo com que, devido a esse fato, aliada aos atrasos na entrega da obra, fosse reiterada a solicitação pela SUPCAM para a rescisão do contrato n.º 02/2005, com a CONCRETA. Acrescentamos que foi aberta nova licitação para conclusão daqueles serviços específicos, de instalação dos brises de PVC, os quais foram realizados pela empresa METAL ESQUADREX, com o saldo do contrato que deixou de ser pago à CONCRETA. Além disso, devem ser observados os processos 008865/2005-44, 011560/2005-10,014128/2006-61 e 000041/2006-15, bem como os ofícios (cópias anexas) nos 354/2005 e 262/2005, os quais demonstram que na SUPCAM foram tomadas providências para fazer com que a CONCRETA cumprisse o Contrato ou fosse penalizada por seus atrasos. (Anexo 31)

Análise: Acatamos, no ponto, as justificativas apresentadas.

31.19) Extrapolação dos prazos de execução de serviços, pelas empresas contratadas, sem que a entidade tenha adotado as medidas pactuadas no correspondente contrato, para o caso de inadimplemento contratual, por exemplo: a) a obra objeto do empenho 2005NE900938, cujo início deveria ter ocorrido em 14/12/2005, embora não tivesse sido iniciada até a realização da auditoria da CGU/AC, em meados de abril de 2006; e b) outro exemplo, consta na alínea anterior, a qual deveria ter sido realizada no prazo de 90 (noventa) dias, prorrogáveis por igual período, cuja execução ainda estava inconclusa até a realização da fiscalização da CGU/AC (item 8.2.3.1).

Justificativa: A obra em questão teve seu início prorrogado, em razão da precariedade do ramal que dava acesso ao local dos serviços, impossibilidade de execução de trabalhos de terraplanagem e à falta de energia elétrica, que deveria ter sido colocada pela concessionária local em dezembro de 2005, e só ocorreu em março de 2006, fatos esses devido a fortes chuvas do período naquela região. A Superintendência do Campus noticiou, por meio do Ofício n.° 024/2006 (cópia anexa), à contratada, MODELLE Construções e Comércio Ltda., para que prestasse as explicações pelo adiamento do início dos serviços, o que foi feito através do OF/MODELLE/DIR.TÉC/n.° 018/2006. Em 24 de janeiro de 2006, o Eng° André Anastácio de Queiroz Neto, Chefe do Serviço de Obras e Manutenção da SUPCAM, juntamente com o Técnico José Augusto Benício da Silva, Chefe do Serviço de Equipamentos da SUPCAM, estiveram em Cruzeiro do Sul, nos dias 02 e 03 de março de 2006, para vistoriar o local das obras, verificando que as condições eram precárias e que a locação dos prédios deveria ser alterada, a fim de permitir sua edificação, pois com as chuvas, o local originalmente escolhido, mostrou-se inviável, na ocasião, para suportar as obras, já que o aterro não apresentava suporte necessário, nem havia como compactá-lo então. Dessa forma, foi feita terraplenagem no final de fevereiro de 2006, em outro local (ao sul do local inicialmente previsto), ocasião em que a contratada iniciou os trabalhos, na nova locação dos dois blocos. Mesmo assim, a contratada foi notificada pela SUPCAM, através do Ofício n.° 340/2006 (cópia anexa), sobre o atraso das obras. Posteriormente, foram elaborados termos aditivos ao contrato, pactuando novo prazo para execução dos serviços. Quanto ao item ‘a’ do questionamento, onde consta que a obra ‘... não tivesse sido iniciada até a realização da auditoria da CGU/AC, em meados de abril de 2006’, informando que em 27 de abril de 2006, foi encaminhada medição de serviços, no valor de R$-

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149.070,04, referente à execução de fundações, vigas-baldrame, paredes de alvenaria, etc, serviços esses iniciados no começo de março de 2006 (conforme processo n.° 004700/2006-84, com fotografia das obras realizadas), sendo, portanto, impossível que as obras não estivessem iniciadas em meados de abril de 2006. Com relação ao item ‘b’, todos os adiamentos do citado contrato foram objeto de acompanhamento por parte da SUPCAM (processo n.° 000756/2006-60), com respectivas justificativas apresentadas pela contratada,s sendo autorizado o prosseguimento dos serviços (elaborados dois Termos Aditivos ao Contrato n.° 019/2005), objetivando sua conclusão, já que a rescisão do contrato acarretaria maiores prejuízos à Instituição, principalmente por se encontrar na fase de conclusão das obras, depois de terem sido já executadas toda a infra-estrutura, alvenaria, superestrutura e cobertura dos dois blocos. (Anexo 32).

Análise: Acatamos, no ponto, as justificativas apresentadas.

Ocorrência n.º 32: Pagamento a fornecedores, sem a comprovação da regularidade fiscal, conforme verificado nos processos 23107.003963/2005-95, 23107.003965/2005-84, 23107.004616/2005-80 e 23107.008827/2005-91, não observando o teor da Decisão 705/1994-Plenário, que está em consonância com os termos do art. 27 da Lei n.º 8.036, de 11/05/1990 e art. 47, inciso I, alínea ‘a’, da Lei n.° 8.212, de 24/07/1991 (item 8.1.1.7).

Responsáveis: Jonas Pereira de Souza Filho; Francisco Antônio Saraiva de Farias, Felismino Rocha Mendonça, Gilberto Castro Ossami e Maria Almira Cruz do Nascimento.

Justificativa: Realmente faltou anexar a estes processos a comprovação da regularidade fiscal. Vamos reiterar aos servidores responsáveis pela análise dos processos mais atenção.

Análise: Não foram apresentadas justificativas tendentes a afastar o descumprimento ao disposto na Decisão 705/1994-Plenário, que está em consonância com os termos do art. 27 da Lei n.º 8.036, de 11/05/1990 e art. 47, inciso I, alínea ‘a’, da Lei n.° 8.212, de 24/07/1991. Determinação.

Ocorrência n.º 33: Inobservância da Instrução Normativa STN n.º 01/1997 (item 8.3.1.1), em relação às irregularidade/impropriedades verificadas nos seguintes ajustes:

33.1) Não-atualização do sistema SIAFI, quanto aos Convênios de n.º 399204 (expirado, mas ainda na situação ‘a receber’) e 364045 (Prazo de prestação de contas foi até 01/03/1999, mas ainda na situação ‘a comprovar’, entre outros (item 4.3.2.1);

33.2) Convênio SIAFI n.º 454433, 460198, 478467 – ausência de homologação (§ 3.º do artigo 31), à época da realização dos trabalhos da CGU/AC;

33.3) Convênio SIAFI n.º 455146 – ausência de homologação (§ 3.º do artigo 31), inconsistência do valor empenhado (R$ 2,00) com o valor gasto no objeto do ajuste – R$ 11.997,41 (2002NE000165), e incompatibilidade da natureza da despesa (449052 – Equipamentos e Material Permanente);

33.4) Convênio SIAFI n.º 487146 (situação ‘a comprovar’, embora a prestação de contas tenha o prazo final de 29/09/2004), 487148 (já atualizado), 514694 (situação ‘a comprovar’, embora a prestação de contas tenha o prazo final de 01/03/2007), 525180 (situação ‘a comprovar’, embora a prestação de contas tenha o prazo final de 01/03/2006) e 530043 (situação ‘a comprovar’, embora a prestação de contas tenha o prazo final de 01/03/2007) – ausência de prestação de contas, conforme ausência de registro no sistema SIAFI (artigo 28 e ss.);

33.5) Convênio SIAFI n.º 472627 (situação ‘a comprovar’, embora a prestação de contas tenha o prazo final de 30/12/2003) e 498642 (situação ‘a comprovar’, embora a prestação de contas tenha o prazo final de 01/03/2005) – ausência de prestação de contas parcial, considerando que os recursos conveniados foram disponibilizados em mais de 02 parcelas (§ 2.º do artigo 21); e,

33.6) Em relação a todos os ajustes citados, não houve o acompanhamento da execução dos mesmos, não observando o artigo 23 da referida instrução normativa (item 8.3.2.1).

Responsáveis: Jonas Pereira de Souza Filho e Francisco Antônio Saraiva de Farias.Justificativa: A Diretoria de Contabilidade e Finanças reconhece a falha quanto à

atualização dos convênios no SIAFI. Será feito levantamento da atual situação para posterior atualização.

Análise: A promessa de adoção de medidas tendentes à regularização da ocorrência apontada, a qual retrata a ausência de acompanhamento sobre a execução dos convênios firmados pela

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entidade, não retira a mácula sobre as contas. Justificativa rejeitada. Determinação proposta quando da análise da ocorrência de n.º 07.

Ocorrência n.º 34: Contratação da FUNDAPE (item 8.3.1.1), por meio de convênio, em inobservância com o artigo 37, inciso XXI, da Constituição Federal, artigo 3.º da Lei n.º 8.666/1993, c/c a Lei n.º 8.958/1994, regulamentada pelo Decreto n.º 5.205/2004, por meio dos seguintes ajustes:

34.1) Convênio SIAFI n.º 487149, para a reforma e ampliação das dependências da UFAC, em Cruzeiro do Sul/AC;

34.2) Convênio SIAFI n.º 487150, para a aquisição de equipamentos de informática para modernização e ampliação da rede lógica da UFAC;

34.3) Convênio SIAFI n.º 487249, para a aquisição de equipamentos de informática e mobiliário em geral;

34.4) Convênio SIAFI n.º 487250, para a aquisição de equipamentos de informática e mobiliário para o curso de medicina;

34.5) Convênio SIAFI n.º 487251, para a aquisição de material de consumo; 34.6) Convênio SIAFI n.º 487252, para a aquisição de equipamentos para o laboratório de

sementes e meliponicultura do Parque Zoobotânico; e, 34.7) Convênio SIAFI n.º 525180, para a complementação da obra de construção do bloco

para pesquisadores.Responsáveis: Jonas Pereira de Souza Filho e Francisco Antônio Saraiva de Farias.Justificativa: Acerca da irregularidade apontada de que é imprescindível a realização de

processo licitatório para a realização de convênio com a Fundação de Apoio e Desenvolvimento da Pesquisa e Ensino-FUNDAPE para a promoção de obras, serviços, compras e alienações, após as intervenções perpetradas por esta Corte, a Universidade Federal do Acre se absteve da utilização da modalidade de ajuste susomencionada, passando a adotar a modalidade contrato, de maneira que não há qualquer óbice legislativo, demonstrado até a presente, para a formação deste tipo de acordo com a fundação de apoio.

Análise: Ao contrário do que afirmam os responsáveis, a jurisprudência desta Corte de Contas, manifestada nos Acórdãos 2563/2006 – 2ª Câmara, 545/2005 – Plenário e 006/2007 – Plenário, vem repudiando tanto a realização de ‘convênios’ quanto a contratação direta de fundações de apoio, fundada no art. 24, inciso XIII, da Lei n.º 8.666/1993, para a promoção de obras, serviços, compras e alienações que não se encontrem diretamente relacionados com o desenvolvimento de projetos de pesquisa, ensino e extensão, ou ainda, com o desenvolvimento científico e tecnológico da instituição, sendo esses últimos termos as reais acepções da expressão ‘desenvolvimento institucional’.

Assim, propomos que seja determinado à UFAC que somente transfira à FUNDAPE atribuições definidas no art. 1º da Lei n.º 8.958/1994, observando a interpretação do TCU sobre o Decreto n.º 5.205/2004 (Acórdãos 2563/2006 – 2ª Câmara e 328/05, 545/05 e 700/05, estes últimos do Plenário). Caso tais atribuições não sejam desempenhadas pela Universidade, deverão ser licitadas (Acórdãos 1.934 - Plenário, de 01/12/2004 e 328/2005; e parágrafo único do artigo 3º do Decreto n.º 5.205, de 14/09/2004).

CONCLUSÃO3. Diante do exposto, submetemos os autos à consideração superior, com as seguintes propostas:3.1 - rejeitar as razões de justificativa apresentadas para as ocorrências apontadas nos itens 1, 2, 4 a 8, 10, 13 a 19, 22, 23, 24, 26, 27, 28, 30, 31.1 a 31.8, 31.10, 31.13 a 31.17 e 32 a 34;3.2 - julgar irregulares as contas dos Srs. Jonas Pereira da Souza Filho, Francisco Antônio Saraiva de Farias, Felismino Rocha Mendonça, Gilberto Castro Ossami, Maria Almira Cruz do Nascimento, Ismar Bernardo de Araújo, Jesus Galvão de Freitas Lima, Rosemir Santana de Andrade Lima e Plácido Teixeira Figueiredo Leite, nos termos dos arts. 1º, inciso I, e 16, inciso III, alínea ‘b’, e 19, parágrafo único, da Lei n.º 8.443/1992, considerando as ocorrências relatadas nos itens 6, 8, 13.9, 14, 16, 17, 18, 19, 22, 27, 28, 31.2, 31.3, 31.6, 31.13, 31.16 e 31.17 desta instrução, e aplicar aos responsáveis, individualmente, a multa prevista no artigo 58, inciso I, da Lei n.º 8.443/1992, fixando-lhes o prazo de 15 (quinze) dias, a contar da notificação, para comprovarem, perante este

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Tribunal, o recolhimento da dívida aos cofres do Tesouro Nacional, atualizada monetariamente na data do efetivo recolhimento, se for paga após o vencimento, na forma da legislação em vigor;3.3 autorizar, desde logo, nos termos do art. 28, inciso II, da Lei n.º 8.443/1992, a cobrança judicial da dívida, caso não atendida a notificação, na forma da legislação em vigor;3.4 com fundamento nos artigos 1º, inciso I, 16, inciso II, 18 e 23, inciso II, da Lei n.º 8.443/1992, julgar regulares com ressalvas as contas dos demais responsáveis arrolados às fls. 06/07, dando-lhes quitação;3.5 com fulcro no art. 71, inciso IX, da Constituição Federal, c/c o art. 45 da Lei n.° 8.443/1992, fixar prazo para que a FUFAC cesse, se ainda não o fez, o pagamento do Benefício de Incentivo à Pós-Graduação – BIP a seus servidores, uma vez ausente o necessário amparo legal, dispensando a reposição das importâncias indevidamente percebidas, tendo em vista a presunção de legitimidade do ato administrativo e o disposto na Súmula/TCU n.º 249; 3.6 com fulcro no art. 71, inciso IX, da Constituição Federal, c/c o art. 45 da Lei n.° 8.443/1992, fixar prazo para que a FUFAC cesse o pagamento a todos os servidores lotados nos Departamentos/Setores abaixo relacionados, uma vez ausente o necessário amparo legal para a concessão de adicional de insalubridade àqueles que trabalhem em contato, direto ou indireto, com processos, documentos ou equipamentos que possam conter fungos, dispensando a reposição das importâncias indevidamente percebidas, tendo em vista a presunção de legitimidade do ato administrativo e o disposto na Súmula/TCU n.º 249: 3.6.1 Pró-Reitoria de Administração: Diretoria de Contabilidade e Finanças; Diretoria de Material e Patrimônio; Diretoria de Pessoal; Serviço de Almoxarifado; e Serviço de Apoio Administrativo;3.6.2 Pró-Reitoria de Graduação: Comissão Permanente de Vestibular; Coordenações dos Cursos de Ciências Sociais, Direito, Economia, Educação Física, Enfermagem, Engenharia, Agronomia, Eng. Civil, Física, Geografia, História, Letras, Matemática, Medicina, Química, Sistemas de Informação; Coordenadoria de Apoio ao Desenvolvimento do Ensino; Coordenadoria de Campi; Departamentos de Ciências Sociais, Educação, História, Letras, Matemática e Estatística, Economia; Diretoria de Assuntos Acadêmicos; e Secretaria do Departamento de Ciências da Natureza;3.6.3 Pró-Reitoria de Pesquisa e Pós Graduação; e3.6.4 Reitoria: Arquivo do Gabinete; Arquivo Geral; Assessoria dos Órgãos dos Colegiados Superiores; e Procuradoria Jurídica. 3.7 determinar à Fundação Universidade Federal do Acre que:3.7.1 restrinja a execução de suas despesas ao montante da receita realizada, mantendo-se o equilíbrio orçamentário preconizado pelo § 1º do artigo 1º da Lei Complementar n.º 101/2000, c/c os artigos 48, ‘b’, e 110 da Lei n.º 4.320/1964, haja vista o déficit orçamentário verificado no exercício, no valor de R$ 9.392.321,50 (nove milhões, trezentos e noventa e dois, trezentos e vinte e um reais e cinqüenta centavos) – Ocorrência n.º 1 - fl. 1237; 3.7.2 cumpra o disposto no art. 165, § 5º, da CF/88 e no art. 3º da Lei n.º 4.320/1964, incluindo, na previsão da receita, as oriundas dos concursos vestibulares e, na fixação das despesas, os valores necessários à execução dos certames – Ocorrência n.º 02 - fl. 1238;3.7.3 ao contratar instituição para a execução de concurso público, defina com clareza a forma de remuneração, em especial nas situações em que se dará mediante o recolhimento dos valores relativos às taxas de inscrição dos candidatos, explicitando, ainda, no caso de definição de outra forma que não a de compensação integral do pagamento com a arrecadação das taxas de inscrição, como se dará a cobertura das despesas com a realização do certame, caso não seja alcançada a previsão de candidatos, bem como qual a destinação dos recursos obtidos com as taxas de inscrição que eventualmente extrapolarem o total das despesas, atentando para a obrigatoriedade de recolhimento à conta da entidade promotora do concurso público do saldo positivo decorrente da extrapolação do recolhimento de taxas de inscrição em face do total das despesas ou do valor contratualmente acordado como remuneração – Ocorrência n.º 02 - fl. 1238;3.7.4 encaminhe ao MEC os estudos de previsão de receita oriunda das taxas com vestibulares – Ocorrência n.º 03 - fl. 1238;

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3.7.5 mantenha adequado arquivo da documentação utilizada na elaboração de seu orçamento, no qual constem as informações acerca da metodologia aplicada e as memórias de cálculo utilizadas, possibilitando sua análise pelo Controle Interno – Ocorrência n.º 03 - fl. 1238;3.7.6 elabore mecanismo efetivo de acompanhamento das atividades e das necessidades de seus departamentos, a fim de que seja aprimorado o controle, o planejamento e a execução das despesas de capital da entidade – Ocorrência n.º 03 - fl. 1238;3.7.7 faça constar, nos processos de prestação de contas das receitas arrecadadas, a comprovação do recolhimento de toda a receita, efetuando, tempestivamente o controle do acompanhamento da arrecadação; e cumpra o disposto no art. 35 da Lei n.º 4.320/1964, que estabelece que, no exercício financeiro, devem ser reconhecidas todas as receitas arrecadadas (regime de caixa) e despesas legalmente empenhadas (regime de competência), se abstendo, por conseguinte, de efetuar lançamentos de receitas arrecadadas no exercício em receitas a classificar do outro exercício – Ocorrências n.º 4 e 5 - fls. 1239/1240;3.7.8 acompanhe e fiscalize a execução dos convênios/contratos firmados pela entidade, procedendo às devidas atualizações no SIAFI, a fim de que este espelhe, com veracidade, a situação dos ajustes – Ocorrência n.º 7 - fls. 1240/1241; 3.7.9 se abstenha de conceder novo suprimento de fundos ao responsável que, esgotado o prazo, não tenha prestado contas da aplicação de suprimento de fundos recebido, sob pena de o ordenador de despesa ser responsabilizado pela restituição do valor relativo à concessão indevida – Ocorrência n.º 8 – fls. 1241/1242;3.7.10 proceda à Tomada de Contas quando, exaurido o prazo assinalado pelo ordenador de despesas, o suprido não houver apresentado a prestação de contas da aplicação dos recursos, sem prejuízo das providências administrativas para a apuração de responsabilidades e imposição das penalidades cabíveis, na forma do disposto no Decreto-lei n.º 200/1967, parágrafo único do art. 81 e § 3º do art. 80 – Ocorrência n.º 8 – fls. 1241/1242;3.7.11 adote medidas no sentido de obter, junto aos responsáveis, o ressarcimento da importância liberada por meio do processo n.º 23107.008874/2005-35, eis que: não pode ser aceita, como comprovação da aquisição de 30 pastas fichário, a título de despesas de custeio para organização de evento na entidade (fl. 138 – anexo 3), nota fiscal de serviços vencida, no valor de R$ 852,30, emitida por empresa sediada em Brasília, em situação cadastral ‘inapta’ no sistema CNPJ, da Receita Federal; e em razão da irregularidade na utilização de suprimento de fundos para aquisição de 58,8 litros de gasolina no valor total de R$ 148,00, eis que esse tipo de aquisição não atende ao preceituado na legislação por se tratar de bem não excepcional, adquirido na localidade onde se encontra a Unidade – Ocorrência n.º 09 – fls. 1242/1243. 3.7.12 glose, quando da análise dos processos de prestação de contas de suprimento de fundos concedidos, as despesas realizadas antes e após o período de aplicação, bem como as que excedam o limite máximo de cada despesa (R$ 200,00 – correspondente ao percentual de 0,25% do valor constante da alínea ‘a’, inciso II, art. 23 da Lei n.º 8.666/1993), que deverão ser restituídas pelos supridos por aplicação indevida – Ocorrência n.º 9 – fls. 1241/1242; 3.7.13 instrua os servidores acerca das situações em que são permitidos saques dos valores concedidos por meio de suprimento de fundo – cartão de pagamentos do governo federal, alertando acerca da necessidade de que façam constar, dos processos de prestação de contas, as devidas justificativas para sua ocorrência – Ocorrência n.º 10 – fls. 1243/1244.3.7.14 mantenha atualizadas as informações do Sistema de Patrimônio Imobiliário da União – Ocorrência n.º 13 – fls. 1245/1246;3.7.15 providencie a atualização do Sistema de informação para o Ensino (SIE) quanto aos termos de responsabilidade - Ocorrência n.º 13 – fls. 1245/1246;3.7.16 cumpra o disposto no art. 94 da Lei n.º 4.320/1964 e no subitem 8.1.1 da IN/SEDAP n.º 205, de 08/04/1988, elaborando anualmente o inventário patrimonial da entidade - Ocorrência n.º 13 – fls. 1245/1246;3.7.17 cumpra o disposto no item 11 da IN/SEDAP n.º 205, de 08/04/1988, doando ou alienando os equipamentos recolhidos ao depósito da entidade - Ocorrência n.º 13 – fls. 1245/1246;

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3.7.18 contabilize as despesas com reformas/ampliações/construções em contas que especifiquem a que obra se referem, de modo a conceder maior transparência aos registros contábeis da entidade Ocorrência n.º 13 – fls. 1245/1246; 3.7.19 adote medidas administrativas com vistas a sanar as deficiências existentes na Diretoria de Pessoal da Entidade, em face dos inúmeros problemas encontrados e dada a relevância e a materialidade das questões postas sob sua responsabilidade – Ocorrências n.º 15, 16, 17, 20;3.7.20 cumpra o disposto no art. 7º da IN/TCU n.º 16/1997, que dispõe sobre o prazo para a inserção de dados no Sistema de Apreciação e Registro dos Atos de Admissões e Concessões – SISAC – Ocorrência n.º 16 – fls. 1247/1248;3.7.21 cumpra o disposto no art. 5.º da Lei n.º 8.112/1990, no que concerne à exigência prévia de documentos que comprovem a satisfação plena dos requisitos básicos para investidura em cargos públicos - Ocorrência n.º 17 – fls. 1248/1249;3.7.22 observe as disposições constantes do art. 22, §§ 3º e 7º, da Lei n.º 8.666/1993, quanto à exigência do número mínimo de 03 (três) licitantes habilitados, nas licitações na modalidade convite, não dando seqüência aos certames com número de participantes inferior ao mínimo estabelecido em lei, sem que estejam expressamente caracterizadas as hipóteses de manifesto desinteresse ou limitação de mercado, nos termos das Decisões Plenárias 45/1999 e 96/1999 e do Acórdão 73/2003 – 2ª Câmara – TCU (Ocorrência n.º 23 – fls. 1258/1259);3.7.23 cumpra o disposto no art. 4º do Decreto n.º 2.880/1998, quanto aos requisitos para a concessão da indenização de transporte – Ocorrência n.º 24 – fls. 1259/1260;3.7.24 proceda ao levantamento e adote as medidas necessárias ao ressarcimento dos valores pagos, indevidamente, a título de indenização de transporte a servidores que não faziam jus ao benefício – Ocorrência n.º 24 – fls. 1259/1260;3.7.25 promova o desconto proporcional no valor das diárias, porventura concedidas a servidores que fazem jus ao auxílio transporte, utilizando a seguinte fórmula no cálculo dos descontos: Valor total do auxílio / 22 x quantidade de diárias a serem pagas em dias úteis – Ocorrência n.º 24 – fls. 1259/1260; 3.7.26 promova o ressarcimento dos valores despendidos a título de diárias e passagens, nos casos em que não forem anexados, às prestações de contas de viagem, os cartões de embarque ou a declaração da empresa aérea – Ocorrência n.º 25 – fls. 1260/1261;3.7.27 faça constar nos processos de prestação de contas de viagem, em observância aos princípios constitucionais da moralidade e eficiência, os seguintes elementos (Ocorrência n.º 25 – fls. 1260/1261):

a) justificativas visando a comprovar a correlação entre a participação do beneficiário nos eventos/curso/reuniões e outros com as atividades desenvolvidas na UFAC, demonstrando os benefícios que possam reverter à própria entidade;

b) comprovantes de embarque e bilhete de passagem aérea; c) relatório circunstanciado com informações adicionais a respeito do evento, contendo os

principais temas tratados e a sua relevância para as atividades desenvolvidas pela UFAC, bem como elementos comprobatórios da participação do beneficiário no evento/curso;3.7.28 adote como referência para a contratação de obras/serviços os preços unitários indicados no Sistema Nacional de Pesquisa de Custos e Índices da Construção Civil - SINAPI, justificando tecnicamente os ajustes porventura realizados nas composições de serviço para adequação às condições locais da obra – Ocorrência n.º 31.1 – fls. 1264/1270;3.7.29 inclua, no edital de abertura de seus processos licitatórios, informações acerca da existência de projeto executivo disponível na data da publicação e o local onde possa ser examinado e adquirido – Ocorrência n.º 31.4 – fl. 1271; 3.7.30 se abstenha de contratar a FUNDAPE como forma de evitar a devolução de recursos que não puderam ser utilizados no prazo legal, e, por conseguinte, de prorrogar a vigência dos contratos firmados com a referida Fundação, tendo em vista que tais contratações ensejam/ensejaram inúmeras infrações legais, especialmente em face do disposto nos arts. 30, § 1º, 31, 33, § 2º do Decreto n.º 93.872/1986; no art. 1º da Lei n.º 8.958/1994; nos arts. 62 e 63 da Lei n.º 4.320/1964; e nos arts. 24, inciso XIII, 57 e 61, parágrafo único, da Lei n.º 8.666/1993 – Ocorrências 31.14 e 31.15 – fls. 1273/1275;

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3.7.31 adote providências efetivas no sentido de otimizar a utilização de seus recursos humanos e financeiros, com vistas a desvincular a gestão financeira de seus recursos da FUNDAPE, abstendo-se, em conseqüência, de celebrar contratos com a referida fundação, cujo objeto seja a prática de atos de competência exclusiva da instituição, salvo quando vinculados a projetos específicos, dentro da finalidade de dar apoio a projetos de pesquisa, ensino e extensão e de desenvolvimento institucional, científico e tecnológico de interesse da instituição federal contratante, nos estritos termos do art. 1º da Lei n.º 8.958/1994 e de acordo com o disposto na Súmula/TCU n.º 250, observando, ainda, o entendimento desta Corte de Contas acerca da interpretação equivocada do art. 1º, § 3º, do Decreto n.º 5.205/2004, manifestado no Acórdão 2563/2006 - TCU - 2ª Câmara – Ocorrências 31.14 e 31.15 – fls. 1273/1275; 3.7.32 exija a devolução do saldo dos recursos federais repassados à FUNDAPE, no final de 2005, por meio dos Contratos n.º s 29/2005, 33/2005, 45/2005, 37/2005, 35/2005, 38/2005, 36/2005, 34/2005, 20/2005, 25/2005, 26/2005, 27/2005, 31/2005, 46/2005, 23/2005, 21/2005, 32/2005, 30/2005, 42/2005, 41/2005, 22/2005, 39/2005, 43/2005 e 44/2005, com infração ao disposto nos arts. 30, § 1º, 31, 33, § 2º, do Decreto n.º 93.872/1986; no art. 1º da Lei n.º 8.958/1994; nos arts. 62 e 63 da Lei n.º 4.320/1964; e nos arts. 24, inciso XIII, 57 e 61, parágrafo único, da Lei n.º 8.666/1993, eis que não foram utilizados, na consecução do objeto pretendido, os seguintes valores:

- Conta 5783-5, recursos repassados em razão do Contrato n.º 46/05: R$ 3.470.428,08 (CDB DI) + 1.491,84 (em conta);

- Conta 5764-9, recursos repassados a FUNDAPE por meio do Contrato n.º 20/05: R$ 107.317,04 (BB renda fixa) + 35,04 (em conta);

- Conta 5769-x, recursos referentes ao Contrato n.º 21/05: R$ 127.422,96 (CDB DI)+ R$ 26.987,77 (BB renda fixa) + R$ 351,82 (em conta);

- Conta 5770-3, recursos transferidos em decorrência do Contrato n.º 22/05: R$ 8.579,06 (BB renda fixa) + R$ 48,06;

- Conta 5771-1, recursos do Contrato n.º 23/05: R$ 97.167,28 (BB CDB DI) + R$ 1.138,53;

- Conta 5773-8, recursos transferidos para a consecução do objeto do Contrato n.º 25/05: R$ 222.252,12 (BB renda fixa) + R$ 3.594,82 (em conta);

- Conta 5761-4, recursos referentes ao Contrato n.º 26/05: R$ 46.223,80 (BB renda fixa) + R$ 1,56 (em conta);

- Conta 5760-6, vinculada ao Contrato n.º 27/05: R$ 318,22 (BB renda fixa);- Conta 5775-4, vinculada ao Contrato n.º 29/05: R$ 361.476,76 (BB renda fixa) +

R$ 677,60 (em conta);- Conta 5776-2, vinculada ao Contrato n.º 30/05: R$ 546.371,28 (CDB DI) + R$ 221,60

(em conta);- Conta 5763-0, vinculada ao Contrato n.º 33/05: R$ 165.174,59 (BB renda fixa) +

R$ 2,13 (em conta);- Conta 5779-7, referente ao Contrato n.º 35/05: R$ 277,97 (BB renda fixa) + R$ 48,75

(em conta);- Conta 5749-5, referente ao Contrato n.º 37/05: R$ 58.323,19 (CDB DI) + 783,35 (em

conta);- Conta 5781-9, referente ao Contrato n.º 38/05: R$ 70.402,64 (CDB DI) + 849,36 (em

conta);- Conta 5765-7, referente ao Contrato n.º 39/05: R$ 1.082,55 (BB renda fixa) + R$ 45,44

(em conta);- Conta 5768-1, referente ao Contrato n.º 43/05: R$ 1.043,13 (BB renda fixa) + R$ 48,65

(em conta);- Conta 5782-7, referente ao Contrato n.º 44/05: R$ 28.450,86 (BB CDB DI) +

R$ 1.356,29 (em conta);- Conta 5762-2, referente ao Contrato n.º 34/05: R$ 8.790,65 (BB renda fica) e R$ 34,61

(em conta);- Conta 5778-9, referente ao Contrato n.º 32/05: R$ 7,22 (em conta);

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3.7.33 exija a comprovação da regularidade fiscal como condição para a realização de pagamentos a fornecedores, conforme o teor da Decisão 705/1994-Plenário e o disposto no art. 27 da Lei n.º 8.036, de 11/05/1990, e art. 47, inciso I, alínea ‘a’, da Lei n.° 8.212, de 24/07/1991 (Ocorrência n.º 32 – fls. 1277/1278);3.8 determinar a Secretaria de Controle Externo no Estado do Acre que apure, nos autos do TC n.º 020.140/2007-6, a responsabilidade do Sr. Arnaldo Thomaz Cordeiro Barbos, Presidente da Comissão de Segurança e Medicina do Trabalho da UFAC, pelo pagamento de adicional de insalubridade, sem amparo legal, em decorrência dos laudos de avaliação emitidos, pelo responsável, no exercício de 2006, em desacordo ao disposto no Decreto n.º 97.45/1989, no art. 190 da CLT (com a redação dada pela Lei n.º 6514/1977) e na Norma Regulamentadora NR – 15, ressaltando que, neste caso, deverão ser anexados ao referido TC, cópia do arquivo magnético que contém os laudos referidos (fl. 15 – anexo 2); 3.9 determinar ao Ministério da Educação que:3.9.1 inclua na estimativa das receitas das IFES a previsão de arrecadação das taxas de concursos vestibulares; e3.9.2 quando da realização de transferências de recursos orçamentários para as IFES, promova a respectiva movimentação de crédito em tempo hábil para a adoção, pelo agente executor, de todas as medidas necessárias ao regular processamento das despesas, inclusive - quando for o caso - a realização dos competentes certames licitatórios;3.10 determinar à Controladoria-Geral da União no Estado do Acre que examine, por ocasião da auditoria das próximas contas anuais, os seguintes pontos, que embora não tenham sido objeto de determinação, estão pendentes de implementação:

- controle do uso de veículo;- atualização dos valores constantes do Sistema de Gerenciamento dos Imóveis de Uso

Especial da União – SPIUnet, quanto à forma de aquisição, as benfeitorias, como reforma e ampliação, atualização do valor venal de cada imóvel e cadastramento de bens imóveis;

- ressarcimento do valor pago, indevidamente, a título de diária, ao Senhor Djalma Santos, por meio do processo 2005AV000050;

- comprovação dos deslocamentos nos processos 2005AV000019 e 2005AV000042 e as medidas adotadas pela Administração para o ressarcimento das despesas não comprovadas;

- observância, pela Administração da UFAC, aos prazos previstos no art. 133 da Lei n.º 8.112/1990, por ocasião da apuração dos casos de acumulação irregular de cargos de professor, em regime de dedicação exclusiva, com vínculos com outras entidades, a exemplo dos servidores Arnaldo Thomaz Cordeiro Barbosa (SIAPE n.º 4148444), Francisco das Chagas, Grace Gotelip Cabral (SIAPE n.º 12266329) e Wlademir Sena Araújo (SIAPE n.º 13589695); 3.11 determinar ao Ministério da Fazenda e ao Ministério do Planejamento, Orçamento e Gestão que adotem as providências necessárias para viabilizar, independentemente do momento da efetiva liberação dos recursos, a adoção, pelos gestores responsáveis pela execução orçamentária e financeira de obras e programas, de todas as medidas, dentro dos preceitos legais, relativas ao processamento das despesas, inclusive a realização dos competentes certames licitatórios, a fim de não impor a devolução desses recursos como único procedimento legal disponível aos gestores”.

O Secretário pôs-se de acordo com a Analista.O Ministério Público, representado nos autos pela procuradora Cristina Machado da Costa

e Silva, manifestou-se de acordo com a unidade técnica.

É o Relatório.VOTO

Aprecia-se, nesta oportunidade, a Prestação de Contas da Fundação Universidade Federal do Acre – FUFAC, relativa ao exercício de 2005.

Como se pode depreender do Relatório precedente, propõem os pareceres a irregularidade das contas, com aplicação de multa, de alguns responsáveis ouvidos em audiência, cujas razões de

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justificativa não teriam sido capazes de elidir as seguintes irregularidades apontadas pelo Controle Interno:

a) ausência de cobrança de juros e multa de mora da empresa Copibrasa, quando do pagamento de 08 (oito) meses que estavam em atraso, referente ao exercício de 2004 (Ocorrência n.º 06);

b) ausência de prestação de contas dos suprimentos de fundos concedidos por meio das NE´s 900393/2005 e 900714/2005, até a data de realização da auditoria do Controle Interno (Ocorrência n.º 08);

c) inexistência de contrato formal de locação do espaço destinado à cantina (Ocorrência n.º 13.9);

d) ausência de providências quanto a dívidas existentes em favor da entidade (Ocorrência n.º 14);

e) ausência de registros de processos de provimento no Sistema de Apreciação e Registros de Atos de Admissão e Concessões (SISAC) e não-encaminhamento dos processos ao Órgão de Controle Interno no prazo constante de normativo do TCU (Ocorrência n.º 16);

f) ausência de assinatura de servidora em termo de posse e não-apresentação de declaração de bens e valores, no ato da posse de alguns servidores (Ocorrência n.º 17);

g) cessão e movimentação irregular de servidores (Ocorrência n.º 18);h) pagamento de auxílio-alimentação e compensação de CPMF por pagamento deste, a

servidor afastado por motivos particulares (Ocorrência n.º 19);i) pagamento de adicional de insalubridade em desacordo com dispositivos legais

(Ocorrência n.º 22);j) pagamentos indevidos de auxílio-transporte (Ocorrência n.º 24);k) descumprimento de normativo do TCU, quanto ao registro de processos de concessão

de aposentadoria no SISAC (Ocorrência n.º 27);l) inobservância do artigo 143, e seguintes, da Lei n.º 8.112/1990, quanto à abertura de

sindicância e instauração de processo administrativo disciplinar, considerando a existência de acumulação de cargos relatada pela CGU nas contas do exercício anterior, furtos/roubos ocorridos no exercício (Ocorrência n.º 28);

m)exigência de comprovação de capital social mínimo ou patrimônio líquido mínimo de 20% do valor licitado, na Concorrência n.º 02/2005, em desacordo com dispositivos legais (Ocorrência n.º 31.2);

n) exigência de que os atestados ou declarações de capacitação técnica tenham sido emitidos, no máximo, a 180 dias do certame, também em relação à Concorrência n.º 02/2005 (Ocorrência n.º 31.3);

o) publicação de minuta de edital de concorrência em prazo inferior ao estabelecido em lei (Ocorrência n.º 31.6);

p) inexistência de documentação exigida para habilitação em processo licitatório (Ocorrência n.º 31.13);

q) prorrogação injustificada de contratos (Ocorrência n.º 31.16); er) utilização da modalidade indevida de licitação (Ocorrência n.º 31.17).

Com efeito, além da patente desordem administrativa, já identificada por esta Corte em outras oportunidades, foram constatados, em diversas áreas, procedimentos que contrariaram os dispositivos legais pertinentes.

Nesse sentido, manifesto-me, desde já, favoravelmente à proposição da unidade técnica, endossada pelo Ministério Público, quanto ao mérito, nada obstante considerar necessário promover alguns ajustes em seu teor.

Primeiramente, quanto à irregularidade indicada na alínea “a”, entendo que a responsabilidade deve recair somente sobre o Pró-Reitor de Administração e o Reitor, Srs. Francisco Antônio Saraiva de Farias e Jonas Pereira de Souza Filho, respectivamente, já que a não-cobrança dos juros e multa deveu-se à ausência de previsão no contrato de item a respeito, não me parecendo correto responsabilizar os gestores afetos à área financeira.

No tocante à irregularidade mencionado na alínea “i”, consigno que a questão dos adicionais de insalubridade já foi anteriormente objeto de determinação (Acórdão 279/2008 – 2ª Câmara e

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25/2/2005 – 1ª Câmara). Especificamente sobre aqueles adicionais concedidos a servidores que trabalham em contato, direto ou indireto, com processos, documentos ou equipamentos que possam conter fungos, registra a unidade técnica que os laudos que fundamentaram tais concessões datam de 2006, razão pela qual afigura-se-me mais apropriado apurar esse fato nas contas daquele exercício.

Da mesma forma, no que se refere à ocorrência apontada na alínea “q”, considero inadequada a responsabilização do Sr. Ismar Bernardo de Araújo, Presidente da Comissão Permanente de Licitação, já que a prorrogação de contratos não está diretamente ligada a suas atribuições.

Com relação à irregularidade constante da alínea “b”, pondero que do total relatado de 47 concessões de suprimento de fundos somente duas não continham a prestação de contas, sendo que as mesmas foram efetuadas no novo núcleo da universidade em Cruzeiro do Sul, distante da Capital acreana 682 quilômetros, e que convivia com inúmeras dificuldades administrativas. Além disso, após o registro dessa ocorrência pelo Controle Interno, as prestações de contas foram apresentadas e não revelaram nenhuma irregularidade.

Igualmente, entendo que podem ser acatadas as razões de justificativa oferecidas para a ocorrência indicada na alínea “c”, porquanto pode-se depreender, dos elementos constantes dos autos, que a ausência de contrato formal deu-se por curto período de tempo e em razão de problemas nas licitações levadas a efeito pela universidade, que não foram concluídas no período previsto. Ademais, demonstraram os responsáveis que a questão já foi devidamente solucionada.

Quanto à ocorrência citada na alínea “h”, também não a considero motivadora de aplicação de multa, por tratar-se de um caso isolado, referente a um servidor, tendo a administração, quando ciente do fato, tomado as providências cabíveis. Sendo assim, considero pertinente determinar ao Controle Interno que verifique o andamento do processo administrativo instaurado para a efetuação do ressarcimento ao erário das parcelas pecuniárias erroneamente recebidas pelo Sr. Mauro Jorge Ribeiro.

Nada obstante tais observações, entendo que, pelo conjunto probatório integrante dos autos caracterizador das irregularidades na gestão inquinada, devem as contas dos Srs. Jonas Pereira de Souza Filho, Francisco Antônio Saraiva de Farias, Gilberto Castro Ossami, Felismino Rocha Mendonça, Maria Almira Cruz do Nascimento, Ismar Bernardo de Araújo e Rosemir Santana de Andrade Lima serem julgadas irregulares, com a cominação, a eles, de multas individuais.

No tocante às determinações propostas, gostaria, da mesma forma, de fazer alguns comentários.

Inicialmente, no que diz respeito ao pagamento do Benefício de Incentivo à Pós-Graduação – BIP, considerando a informação de que o benefício não está mais sendo pago, entendo apropriado tão-somente o encaminhamento de determinação ao Controle Interno para que informe sobre tal situação nas próximas contas.

Deixo de acatar as determinações à FUFAC atinentes à relação com a fundação de apoio, porquanto já foram dirigidos comandos semelhantes pelo Tribunal em outras oportunidades (.Acórdão 1.069/2006 – 1ª Câmara da Relação n. 33/2006 do Gabinete do Ministro Valmir Campelo e Acórdão 2.582/2005 – 1ª Câmara). Além disso, considerando que as contratações com a FUNDAPE visaram justamente garantir a utilização dos recursos repassados em fim de exercício (fato objeto das deliberações mencionadas), não me parece apropriada a determinação referente à devolução dos saldos, até porque esses valores estão atrelados a contratos formalmente celebrados com a fundação, cuja execução, pelo tempo decorrido, deve provavelmente estar concluída.

Relativamente às determinações aos Ministérios da Educação, da Fazenda e do Planejamento, Orçamento e Gestão, acerca da transferências de recursos orçamentários em tempo hábil, deixo também de acolhê-las, nesta oportunidade, porquanto já encaminhadas por esta Corte (Acórdão 1.253/2004 – Plenário).

Diante do exposto, VOTO por que o Tribunal adote o Acórdão que ora submeto à deliberação deste Colegiado.

Sala das Sessões Ministro Luciano Brandão Alves de Souza, em 05 de agosto de 2008.

GUILHERME PALMEIRA

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Ministro-Relator

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ACÓRDÃO Nº 2429/2008 - TCU - 1ª CÂMARA

1. Processo n.º TC-016.161/2006-1 (com 5 volumes e 4 anexos)2. Grupo I; Classe de Assunto II – Prestação de Contas, exercício de 20053. Responsáveis: Jonas Pereira de Souza Filho (Reitor, CPF n.º 058.733.712-53), Francisco Antônio Saraiva de Farias (Pró-Reitor de Administração, CPF n.º 045.644.802-00), Gilberto Castro Ossami (CPF n.º 011.292.952-49), Euvaldo Gonçalves da Silva (CPF n.º 767.180.268-91), Ronaldo Martins Freire (CPF n.º 045.689.072-68), Felismino Rocha Mendonça (CPF n.º 028.218.342-68), Maria Almira Cruz do Nascimento (CPF n.º 138.334.482-53), José Porfiro da Silva (CPF n.º 216.701.532-15), Joaquim Gomes de Farias Neto (CPF n.º 164.758.012-91), Manoel Rodrigues Sobrinho (CPF n.º 045.641.202-63), Ismar Bernardo de Araújo (CPF n.º 188.818.902-91), Jesus Galvão de Freitas Lima (CPF n.º 339.301.202-91), Vera Lúcia Carvalho de Oliveira (CPF n.º 138.120.092-34), Antônio Freire Nobre (CPF n.º 028.128.942-53), José Elieser de Oliveira Júnior (CPF n.º 824.757.258-34), Rosemir Santana de Andrade Lima (CPF n.º 308.631.712-49), João Petrolitano Gonçalves de Assis (CPF n.º 037.104.832-04), Plácido Teixeira Figueiredo Leite (CPF n.º 095.960.382-49), Antônio José Mendes (CPF n.º 040.666.502-87), Ivo Araújo Soares dos Santos (CPF n.º 005.640.792-00), Eugênio Pinheiro Mansour (CPF n.º 000.830.112-34), Iris Célia Cabanellas Zannini (CPF n.º 005.682.282-00), Margarida Lima Carvalho (CPF n.º 083.266.492-87), Valda Inês Fontenele Pessoa (CPF n.º 091.045.852-91), João Silva Lima (CPF n.º 164.665.192-87), João Oliveira de Albuquerque (CPF n.º 321.862.827-04) e Antônio Leônidas de Araújo Neto (CPF n.º 579.334.998-72)4. Entidade: Fundação Universidade Federal do Acre - FUFAC5. Relator: Ministro Guilherme Palmeira6. Representante do Ministério Público: Procuradora Cristina Machado da Costa e Silva7. Unidade Técnica: Secretaria de Controle Externo no Estado do Acre - Secex/AC8. Advogado constituído nos autos: não há

9. Acórdão:Vistos, relatados e discutidos estes autos de Prestação de Contas Simplificada da Fundação

Universidade Federal do Acre – FUFAC, relativa ao exercício de 2005.ACORDAM os Ministros do Tribunal de Contas da União, reunidos em Sessão da 1ª Câmara, ante

as razões expostas pelo Relator, em:9.1. com fulcro nos artigos 16, III, “b”, 19, parágrafo único, e 23, III, da Lei n.º 8.443/1992, julgar

irregulares as contas dos Srs. Jonas Pereira de Souza Filho, Francisco Antônio Saraiva de Farias, Gilberto Castro Ossami, Felismino Rocha Mendonça, Maria Almira Cruz do Nascimento, Ismar Bernardo de Araújo e Rosemir Santana de Andrade Lima;

9.2. com fulcro no art. 58, incisos I, da Lei n.º 8.443/1992, aplicar, individualmente, multa, no valor de R$ 8.000,00 (oito mil reais), aos Srs. Jonas Pereira de Souza Filho e Francisco Antônio Saraiva de Farias; de R$ 4.000,00 (quatro mil reais), à Sra.. Rosemir Santana de Andrade Lima; e de R$ 2.000,00 (dois mil reais), aos Srs. Gilberto Castro Ossami, Felismino Rocha Mendonça, Maria Almira Cruz do Nascimento e Ismar Bernardo de Araújo, fixando-lhes o prazo de 15 (quinze) dias, a contar das notificações, para comprovarem perante o Tribunal nos termos do art. 214, inciso III, alínea “a”, do Regimento Interno o recolhimento da dívida aos cofres do Tesouro Nacional atualizada monetariamente na forma da legislação em vigor até a data do efetivo recolhimento, caso este ocorra após o prazo fixado;

9.3. nos termos do art. 28, inciso I, da Lei n.º 8.443/1992, determinar, desde logo, o desconto parcelado da dívida correspondente à multa aplicada pessoalmente a cada um dos responsáveis listados no item 9.2 supra, caso não sejam atendidas as notificações;

9.4. nos termos do art. 28, inciso II, da Lei n.º 8.443/1992, autorizar, desde logo, a cobrança judicial das dívidas, caso a medida constante do item 9.3 acima mostre-se ineficaz;

9.5. com fundamento nos arts. 1º, inciso I, 16, inciso II, 18 e 23, inciso II, da Lei n.º 8.443/1992, julgar regulares com ressalva as contas dos demais responsáveis indicados no item 3 acima, dando-lhes quitação;

9.6. determinar à Fundação Universidade Federal do Acre - FUFAC que:9.6.1. restrinja a execução de suas despesas ao montante da receita realizada, mantendo-se o

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equilíbrio orçamentário preconizado pelo § 1º do artigo 1º da Lei Complementar n.º 101/2000, c/c os artigos 48, “b”, e 110 da Lei n.º 4.320/1964;

9.6.2. cumpra o disposto no art. 3º da Lei n.º 4.320/1964, incluindo, na previsão da receita, as oriundas dos concursos vestibulares e, na fixação das despesas, os valores necessários à execução dos certames;

9.6.3. ao contratar instituição para a execução de concurso público, defina com clareza a forma de remuneração, em especial nas situações em que se dará mediante o recolhimento dos valores relativos às taxas de inscrição dos candidatos, explicitando, ainda, no caso de definição de outra forma que não a de compensação integral do pagamento com a arrecadação das taxas de inscrição, como se dará a cobertura das despesas com a realização do certame, caso não seja alcançada a previsão de candidatos, bem como qual a destinação dos recursos obtidos com as taxas de inscrição que eventualmente extrapolarem o total das despesas, atentando para a obrigatoriedade de recolhimento à conta da entidade promotora do concurso público do saldo positivo decorrente da extrapolação do recolhimento de taxas de inscrição em face do total das despesas ou do valor contratualmente acordado como remuneração;

9.6.4. mantenha adequado arquivo da documentação utilizada na elaboração de seu orçamento, no qual constem as informações acerca da metodologia aplicada e as memórias de cálculo utilizadas, possibilitando sua análise pelo Controle Interno;

9.6.5. elabore mecanismo efetivo de acompanhamento das atividades e das necessidades de seus departamentos, a fim de que seja aprimorado o controle, o planejamento e a execução das despesas de capital da entidade;

9.6.6. faça constar, nos processos de prestação de contas das receitas arrecadadas, a comprovação do recolhimento de toda a receita, efetuando, tempestivamente o controle do acompanhamento da arrecadação, cumprindo, outrossim, o disposto no art. 35 da Lei n.º 4.320/1964, que estabelece que, no exercício financeiro, devem ser reconhecidas todas as receitas arrecadadas e as despesas legalmente empenhadas;

9.6.7. acompanhe e fiscalize a execução dos convênios/contratos firmados pela entidade, procedendo às devidas atualizações no Sistema Integrado de Administração Financeira - SIAFI;

9.6.8. observe o disposto no art. 45 do Decreto n.º 93.872/1986, notadamente quanto à não-concessão de novo suprimento de fundos ao mesmo responsável;

9.6.9. glose, quando da análise dos processos de prestação de contas de suprimento de fundos concedidos, as despesas realizadas antes e após o período de aplicação, bem como as que excedam o limite máximo de cada despesa;

9.6.10. instrua os servidores acerca das situações em que são permitidos saques dos valores concedidos por meio de suprimentos de fundo – cartão de pagamentos do governo federal ─, alertando-os acerca da necessidade de que façam constar, dos processos de prestação de contas, as devidas justificativas para sua ocorrência;

9.6.11. mantenha atualizadas as informações do Sistema de Patrimônio Imobiliário da União (SPIU);

9.6.12. providencie a atualização do Sistema de Informação para o Ensino (SIE) quanto aos termos de responsabilidade;

9.6.13. cumpra o disposto no art. 94 da Lei n.º 4.320/1964 e no subitem 8.1.1 da IN/SEDAP n.º 205, de 08/04/1988, elaborando anualmente o inventário patrimonial da entidade;

9.6.14. cumpra o disposto no item 11 da IN/SEDAP n.º 205, de 08/04/1988, doando ou alienando os equipamentos recolhidos ao depósito da entidade;

9.6.15. contabilize as despesas com reformas/ampliações/construções em contas que especifiquem a que obra se referem, de modo a conceder maior transparência aos registros contábeis da entidade;

9.6.16. adote medidas administrativas com vistas a sanar as deficiências existentes na Diretoria de Pessoal da Entidade, em face dos inúmeros problemas encontrados e dada a relevância e a materialidade das questões postas sob sua responsabilidade;

9.6.17. cumpra o disposto no art. 7º da IN/TCU n.º 55/2007, que dispõe sobre o prazo para a inserção de dados no Sistema de Apreciação e Registro dos Atos de Admissões e Concessões – SISAC;

9.6.18. cumpra o disposto no art. 5.º da Lei n.º 8.112/1990, quanto à exigência prévia de documentos que comprovem a satisfação plena dos requisitos para investidura em cargos públicos;

9.6.19. cumpra o disposto no art. 4º do Decreto n.º 2.880/1998, quanto aos requisitos para a

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concessão da indenização de transporte, adotando as medidas necessárias ao ressarcimento dos valores pagos, indevidamente, a título de indenização de transporte a servidores que não faziam jus ao benefício;

9.6.20. promova o desconto proporcional no valor das diárias, porventura concedidas a servidores que fazem jus ao auxílio transporte;

9.6.21. faça constar nos processos de prestação de contas de viagem, em observância aos princípios constitucionais da moralidade e eficiência: a) as justificativas visando a comprovar a correlação entre a participação do beneficiário nos eventos/curso/reuniões e outros com as atividades desenvolvidas na FUFAC, demonstrando os benefícios que possam reverter à própria entidade; b) comprovantes de embarque e bilhete de passagem aérea; c) relatório circunstanciado com informações adicionais a respeito do evento, contendo os principais temas tratados e a sua relevância para as atividades desenvolvidas pela FUFAC, bem como elementos comprobatórios da participação do beneficiário no evento/curso;

9.6.22. adote como referência para a contratação de obras/serviços os preços unitários indicados no Sistema Nacional de Pesquisa de Custos e Índices da Construção Civil - SINAPI, justificando tecnicamente os ajustes porventura realizados nas composições de serviço para adequação às condições locais da obra;

9.6.23. inclua, no edital de abertura de seus processos licitatórios, informações acerca da existência de projeto executivo disponível na data da publicação e o local onde possa ser examinado e adquirido;

9.7. determinar à Secretaria de Controle Externo no Estado do Acre - Secex/AC que apure, nas contas da entidade relativas ao exercício de 2006, a responsabilidade pela concessão e pelo pagamento de adicional de insalubridade, sem amparo legal, concedido a servidores que trabalham em contato direto ou indireto, com processos, documentos ou equipamentos que possam conter fungos;

9.8. determinar à Controladoria-Geral da União no Estado do Acre - CGU/AC que examine, por ocasião da auditoria das próximas contas anuais, os seguintes pontos, que embora não tenham sido objeto de determinação, estão pendentes de implementação:

9.8.1. controle do uso de veículos;9.8.2. atualização dos valores constantes do Sistema de Gerenciamento dos Imóveis de Uso

Especial da União – SPIUnet, quanto à forma de aquisição, as benfeitorias, como reforma e ampliação, atualização do valor venal de cada imóvel e cadastramento de bens imóveis;

9.8.3. ressarcimento do valor pago, indevidamente, a título de diária, ao Senhor Djalma Santos, por meio do processo 2005AV000050;

9.8.4. comprovação dos deslocamentos nos processos 2005AV000019 e 2005AV000042 e as medidas adotadas pela Administração para o ressarcimento das despesas não comprovadas;

9.8.5. observância, pela Administração da UFAC, aos prazos previstos no art. 133 da Lei n.º 8.112/1990, por ocasião da apuração dos casos de acumulação irregular de cargos de professor, em regime de dedicação exclusiva, com vínculos com outras entidades, a exemplo dos servidores Arnaldo Thomaz Cordeiro Barbosa (SIAPE n.º 4148444), Francisco das Chagas, Grace Gotelip Cabral (SIAPE n.º 12266329) e Wlademir Sena Araújo (SIAPE n.º 13589695);

9.8.6. suspensão do Benefício de Incentivo à Pós-Graduação – BIP;9.8.7. providências adotadas com vistas a obter, junto aos responsáveis, o ressarcimento da

importância liberada por meio do processo n.º 23107.008874/2005-35;9.8.8. ressarcimento das parcelas pecuniárias erroneamente recebidas pelo servidor Mauro Jorge

Ribeiro a título de auxílio-alimentação.

10. Ata n° 27/2008 – 1ª Câmara11. Data da Sessão: 5/8/2008 - Ordinária12. Código eletrônico para localização na página do TCU na Internet: AC-2429-27/08-113. Especificação do quórum:13.1. Ministros presentes: Marcos Vinicios Vilaça (Presidente), Valmir Campelo, Guilherme Palmeira (Relator) e Augusto Nardes.

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13.2. Auditor presente: Marcos Bemquerer Costa.

MARCOS VINICIOS VILAÇA GUILHERME PALMEIRAPresidente Relator

Fui presente:

MARINUS EDUARDO DE VRIES MARSICOProcurador