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UNIVERSIDADE FEDERAL DA PARAÍBA - UFPB PRÓ-REITORIA DE EXTENSÃO E ASSUNTOS COMUNITÁRIOS - PRAC CENTRO DE CIÊNCIAS DA SAÚDE - CCS DEPARTAMENTO DE NUTRIÇÃO - DN PROJETO PRÁTICAS INTEGRAIS DE NUTRIÇÃO NA ATENÇÃO BÁSICA EM SAÚDE - PINAB Grupo da Escola JOÃO PESSOA 2007

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UNIVERSIDADE FEDERAL DA PARAÍBA - UFPB PRÓ-REITORIA DE EXTENSÃO E ASSUNTOS COMUNITÁRIOS - PRAC CENTRO DE CIÊNCIAS DA SAÚDE - CCS DEPARTAMENTO DE NUTRIÇÃO - DN PROJETO PRÁTICAS INTEGRAIS DE NUTRIÇÃO NA ATENÇÃO BÁSICA EM SAÚDE - PINAB JOÃO PESSOA 2007

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Page 1: GRUPO ESCOLA, 2007

UNIVERSIDADE FEDERAL DA PARAÍBA - UFPB

PRÓ-REITORIA DE EXTENSÃO E ASSUNTOS COMUNITÁRIOS - PRAC

CENTRO DE CIÊNCIAS DA SAÚDE - CCS

DEPARTAMENTO DE NUTRIÇÃO - DN

PROJETO PRÁTICAS INTEGRAIS DE NUTRIÇÃO NA ATENÇÃO BÁSICA EM

SAÚDE - PINAB

Grupo da Escola

JOÃO PESSOA

2007

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Céres Bandeira

Jessica Bezerra

Jousianny Patrício

Julyana Assis

Monique Beserra

Nayara Massa

Samara Cíntia

RELATÓRIO SOLICITADO PELA PROFESSORA ANA

CLÁUDIA CAVALCANTI PEIXOTO DE

VASCONCELOS, DO DEPARTAMENTO DE

NUTRIÇÃO DA UNIVERSIDADE FEDERAL DA

PARAIBA, COORDENADORA GERAL DO PINAB,

APRESENTADO À PRAC, CCS e DN/UFPB.

JOÃO PESSOA

2007

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SUMÁRIO

1 INTRODUÇÃO.....................................................................................................................4

2 OBJETIVOS..........................................................................................................................6

3 METODOLOGIA.................................................................................................................7

4 ATIVIDADES REALIZADAS............................................................................................9

5 DISCUSSÃO, REFLEXÕES E ENCAMINHAMENTOS..............................................11

6 CONCLUSÃO.....................................................................................................................13

7 REFERÊNCIAS..................................................................................................................14

8 ANEXOS..............................................................................................................................15

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1 INTRODUÇÃO

O projeto de extensão Práticas Integrais da Nutrição na Atenção Básica em Saúde

(PINAB), da Universidade Federal da Paraíba, tem como principais locais de atuação a Unidade

de Saúde da Família (USF) Vila Saúde e a Escola Municipal Augusto dos Anjos (EMAA) no

bairro do Cristo em João Pessoa-PB. O Projeto é desenvolvido segundo o referencial teórico da

educação popular, com práticas de ação e reflexão da Nutrição no campo da Saúde Coletiva e da

Segurança Alimentar e Nutricional.

O PINAB realiza ações de promoção da saúde na escola Augusto dos Anjos a partir da

inserção no plano de atividades da mesma e desenvolvimento de atividades específicas, a partir

do conhecimento da realidade nutricional e social dos escolares, sendo imprescindível para tanto

a participação efetiva da comunidade escolar (profissionais, alunos e suas famílias).

O eixo norteador das atividades do projeto no âmbito da EMAA, é a Portaria

Interministerial (Ministério da Saúde e Ministério da Educação) n° 1010, de 08/05/2006 que

Institui as diretrizes para a Promoção da Alimentação Saudável nas Escolas de educação infantil,

fundamental e nível médio das redes públicas e privadas, em âmbito nacional.

Na USF os extensionistas desenvolveram algumas atividades, como visitas domiciliares e

aconselhamento nutricional.

As visitas domiciliares, que foram realizadas para o reconhecimento das famílias usuárias

da USF e da EMAA possibilitaram uma interação entre os pais dos escolares e os extensionistas,

além de propiciarem que os mesmos observassem suas condições sociais e práticas alimentares.

Estas visitas foram acompanhadas pelos ACS’s (agentes comunitários de saúde), os quais

auxiliaram o reconhecimento da população e nos proporcionaram uma troca de conhecimento.

Os extensionistas do grupo da escola, também tiveram sua atuação na USF , através do

aconselhamento nutricional . Os aconselhamentos nutricionais foram feitos por alunas, que

cursam diferentes períodos na UFPB e uma nutricionista. Através destes aconselhamentos as

extensionistas puderam passar seu saber científico, como também aprender com o saber popular.

Esta atividade proporcionou uma interação com a USF e nos possibilitou um novo olhar sobre a

atuação do nutricionista.

O grupo dos escolares é formado por sete estudantes, que cursam diferentes períodos na

Universidade Federal da Paraíba. Semanalmente às terças-feiras, na UFPB, ocorre reunião geral

do PINAB, onde há o compartilhamento das atividades realizadas por todos os grupos que

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compõem o projeto, entre outros. O grupo discute a sua atuação na escola, trabalhos realizados

nesta e discussão de temas atuais como educação popular, segurança alimentar e nutricional e

direito à alimentação adequada, e também debates sobre temas relacionados ao grupo PBF

(programa bolsa família), idosos e gestantes.

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2 OBJETIVOS

O estudo e a prática da saúde no Brasil tem passado por diversas transformações reflexas

às mudanças da sociedade. Na Nutrição, diversos conceitos, como o da Segurança Alimentar e

Nutricional (SAN), são implantados na agenda pública do país.

Assim sendo, a extensão, desejosa em contribuir para a melhoria do quadro atual da

saúde no Brasil, alia o conhecimento popular ao científico, na tentativa de superar os desafios na

saúde respeitando os diferentes saberes.

A atuação do PINAB no âmbito da escola possibilita práticas de ação e reflexão da

Nutrição no campo da Saúde Coletiva e da SAN com participação dos profissionais da Nutrição

que permitem aos extensionistas do grupo construir caminhos pautados pela educação popular e

comprometidos com a promoção da saúde no sentido de construir ações coletivas que

promovam mudanças nos hábitos alimentares.

Em esfera individual, os aconselhamentos nutricionais na USF promovem o

acompanhamento dos pacientes embasado na educação popular, em detrimento dos modelos

conservadores de atendimento.

Outro objetivo do projeto PINAB é contribuir para a efetivação da intersetorialidade entre

a USF e a EMAA, desenvolvendo a promoção da saúde dos escolares e o aumento do diálogo

entre ambos, pois apesar de estarem localizados tão próximos, ainda é pouca a interação entre

estes.

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3 METODOLOGIA

A metodologia que nos norteou para a efetivação do nosso trabalho é pautada na

promoção da saúde através da educação popular; esta por sua vez faz a ponte entre o saber

popular e o saber científico, buscando um equilíbrio benéfico para a comunidade. Nesta prática

de educação popular o educador e o educando tem uma importância que se equivalem, já que

ambos realizam o ato de ensinar e aprender.

Na saúde a educação popular foi se configurando a partir das experiências de profissionais

que atuavam junto aos movimentos sociais, dinamizando sua atuação a partir dessa integração.

De fato, a educação popular não visa adequar as pessoas às normas de higiene, mas participar do

esforço junto aos subalternos para a organização do trabalho político, a fim de abrir caminho para

a conquista da liberdade e de seus direitos. (BRANDÃO apud VASCONCELOS, 1997).

Trabalhamos com os princípios da promoção da saúde. Promover saúde é um processo de

capacitação, ou seja, é um aperfeiçoamento do conhecimento da comunidade, para que esta

melhore sua saúde e conseqüentemente sua qualidade de vida, já que ao ter o conhecimento todos

somos sujeitos atuantes desse processo. Buss (1999) afirma serem cinco os campos centrais de

ação da promoção da saúde: criação de ambientes favoráveis à saúde, reforço da ação

comunitária, desenvolvimento de habilidades pessoais e reorientação do sistema de saúde.

Nosso trabalho é fundamentalmente o de educar, e por estarmos atuando em uma escola

isso é um facilitador. Estamos semeando uma educação sobre alimentação saudável e tentando

criar um ciclo com uma nova carga de conhecimentos, neste ciclo as informações são de

conhecimento de toda família e ela é agente modificadora de hábitos para que eles sejam

adequados a uma maior qualidade de vida.

O Grupo Escola planejou suas atividades na EMAA, buscando a interação entre o grupo e

os profissionais da escola acerca das atividades a serem desenvolvidas. Os professores

juntamente com os demais funcionários da escola participavam dos planejamentos juntamente

com o grupo, sugerindo e se dispondo a nos dar o suporte necessário para a realização das

atividades.

Nós como atuantes do grupo, buscamos desenvolver nossas atividades ressaltando sempre a

importância da promoção da alimentação saudável, valorizando os alimentos regionais, e dando

uma real importância ao contexto social, econômico e cultural. Nós também, ao visarmos um

melhor aprendizado por parte dos alunos e a fim de tornar essa relação mais interativa, tentamos

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realizar nossas atividades unindo a arte ao ensino, através de esquete, música, poesia, colagem e

outras atividades.

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4 ATIVIDADES REALIZADAS:

Agosto, dias 17, 24 e 31: VISITAS DOMICILIARES

Essas visitas tiveram como objetivo: o reconhecimento da área de trabalho (atuação), da

população e divulgação da implantação do projeto na USF. As visitas foram acompanhadas pelos

ACS (Agentes Comunitários de Saúde) que nos mostraram o perfil da área a qual eles cobriam,

nos levando (o grupo atuante na escola) principalmente para as casas que tinham alunos da

EMAA para que nós nos familiarizássemos com a realidade dos estudantes desta escola. Com

essas visitas observamos que a realidade e o perfil das famílias variam de acordo com as áreas

que são cobertas pela USF, por exemplo, visitamos Jardim Itabaiana 2 que apresenta padrão e

qualidade de vida médio. Já ao visitarmos Jardim Itabaiana 1 a realidade é bem diferente, com

um padrão de vida muito baixo onde as famílias vivem em situações bem precárias.

Setembro, dias 14, 21 e 28: COLETA DE DADOS PARA A AVALIAÇÃO

NUTRICIONAL

Foram coletadas as medidas antropométricas de peso e altura de 352 alunos do turno da manhã da

escola, para a análise e obtenção do perfil nutricional dos estudantes. Esse perfil nutricional será

de grande importância para nortear as atividades educativas do PINAB na escola.

Setembro, dia 28: OFICINA DE ACONSELHAMENTO DIETÉTICO INDIVIDUAL

A nossa oficina foi ministrada por Pedro e Ana Claudia que nos apresentaram e nos treinaram

para o modelo de aconselhamento dietético individual que vem sendo utilizado pelo PINAB na

Unidade de Saúde da Família.

Outubro, dia 05: PROGRAMAÇÃO DA SEMANA MUNDIAL DA ALIMENTAÇÃO

JUNTO À ESCOLA

Nos reunimos com a diretoria para programar a comemoração da Semana Mundial da

Alimentação. Conversamos com a coordenadora pedagógica Betânia e com a diretora Diane e

programamos fazer uma esquete (encenação). Ainda combinamos com a escola para que fossem

desenvolvidas atividades diárias relacionadas com alimentação durante a semana em

comemoração. O Dia Mundial da Alimentação tem como tema para 2007 “O Direito à

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Alimentação”. É um momento em que o mundo volta sua atenção para a fome e a insegurança

alimentar que afetam cerca de 800 milhões de pessoas. A data, que é comemorada há 27 anos,

lembra o surgimento da Organização das Nações Unidas para Agricultura e Alimentação (FAO),

em 16 de outubro de 1945. No Brasil comemoramos a Semana Mundial da Alimentação com

várias atividades por todo o país onde podemos trabalhar a promoção da alimentação saudável

como importante componente do Direito Humano à Alimentação Adequada.

Outubro, dia 19: ATIVIDADE COLETIVA NA SEMANA MUNDIAL DA

ALIMENTAÇÃO

Essa atividade foi desenvolvida na culminância desta semana. Houve uma bonita comemoração

na escola, com a participação de representantes da Secretaria Municipal de Educação, onde os

alunos apresentaram os trabalhos desenvolvidos sobre alimentação durante a semana. Nós

fizemos a apresentação de uma esquete (na qual encenamos uma mãe, uma merendeira e duas

alunas da escola que debateram sobre temas relacionados com essa semana, como: Direito

Humano à Alimentação, a importância e o valor nutricional do feijão na alimentação, e a

importância das merendeiras na preparação da alimentação dos alunos na escola). Após todas as

apresentações onde os alunos ficaram muito entusiasmados, houve um lanche de confraternização

entre todos, com um prato tradicional da Paraíba, o rubacão, que veio para completar a

comemoração ressaltando o feijão que tanto foi falado nas apresentações.

Outubro, dia 26: ACONSELHAMENTO DIETÉTICO INDIVIDUAL

Na USF nos dividimos em dois grupos orientados; um por Pedro e outro por Ingrid. Neste dia

assistimos a três pessoas com casos bem diferentes: uma senhora cuja avaliação nutricional

apresentou estado de magreza, uma mulher com faixa etária de 30 anos com hipotireoidismo e

uma jovem eutrófica que apenas se achava acima do peso. Foi a nossa primeira experiência com

o atendimento nutricional, foi muito agradável e de grande aprendizagem.

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5 DISCUSSÃO, REFLEXÕES E ENCAMINHAMENTOS

A prática do PINAB foi muito interessante e importante para conhecermos mais sobre

extensão, trabalho comunitário e nos serviu de subsídio, orientação para as próximas atividades.

Todas as atividades tiveram um grande significado para cada um de nós.

As visitas domiciliares foram de fundamental importância para conhecer e interagir com a

população e para mostrar o que é o PINAB e qual o seu trabalho junto á escola e a Unidade de

Saúde na Família. Os limites encontrados nessa atividade dizem respeito à disponibilidade dos

ACS como acompanhantes, pois estes foram necessários como elo por conhecerem as famílias

cadastradas naquela USF. Eles nem sempre estavam disponíveis, já que algumas vezes tinham

outras tarefas para realizar.

A coleta de dados antropométricos foi essencial, pois a avaliação nutricional será à base

do nosso trabalho na escola. Percebemos que seria impossível realizar as atividades educativas

sem ter o perfil nutricional dos estudantes em mãos para nortear as atividades. Sem contar que foi

muito bom, pois foi nosso primeiro contato com os alunos da escola, onde podemos interagir um

pouco com eles. Os limites encontrados nessa prática foram a quantidade de alunos e o pouco

tempo para fazer a coleta, o que desta forma, foram necessários três dias para que a atividade

fosse finalizada. As potencialidades dessa atividade foram a disponibilidade e acolhimento da

escola para a realização do trabalho, principalmente da pessoa de Diane a diretora da escola.

Atividade Coletiva (Semana Mundial da Alimentação) foi a nossa primeira atividade

educativa na escola onde através de uma esquete (encenação) trabalhamos de forma lúdica

assuntos relacionados com essa semana. O limite encontrado nessa atividade foi em relação ao

local que foi realizada a atividade, o pátio da escola, que não possuía lugares para todos os alunos

ficarem acomodados, desta forma, eles começaram a se dispersar o que prejudicou um pouco a

audição e o entendimento da apresentação. Por outro lado foi percebido o grande potencial de

todas as integrantes do grupo da escola que se organizaram e prepararam o evento com

antecedência, representaram e transmitiram de uma forma mais divertida e atrativa temas muito

importantes sobre alimentação. Vale ressaltar também que a divisão de tarefas foi feita

respeitando os limites e o perfil de cada pessoa e que todas independentes de qual realizou a fez

com muita dedicação.

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Aconselhamento dietético individual foi muito interessante, pois podemos aprender mais

sobre a atuação de uma nutricionista e também podemos ajudar as pessoas que vieram pra serem

assistidas. Os limites encontrados foram à disponibilidade de um local adequado para o

atendimento e a falta de pessoas para serem atendidas. É importante citar a dedicação dos nossos

orientadores em nos explicar sobre os casos e em nos estimular a contribuir com que sabíamos.

As nossas perspectivas para este grupo é que a partir do resultado da avaliação nutricional

possam ser desenvolvidas atividades direcionadas ao perfil nutricional dos alunos e que os casos

específicos tenham uma maior atenção. Dessa forma, é importante que as visitas domiciliares

sejam feitas nas casas dos alunos da escola e principalmente nas casas dos alunos que apresentem

casos de risco para que seja feito um acompanhamento sistemático com toda a família.

O principal encaminhamento para este grupo é para que este se reúna com a escola

quando esta fizer o planejamento do ano letivo de 2008, para que as atividades educativas do

projeto estejam inseridas no calendário letivo da escola.

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6 CONCLUSÃO

É notória a importância da construção de práticas alimentares saudáveis na infância e

adolescência para a promoção da qualidade de vida na idade adulta.

O debate que ocorre na atualidade no país acerca da Segurança Alimentar e Nutricional,

Direito Humano à Alimentação Adequada e Promoção da Alimentação Saudável no âmbito

escolar reforça o fato de que a escola constitui-se em um local imprescindível e estratégico para

implementação de ações e práticas educativas com a finalidade de desenvolver e disseminar

hábitos alimentares saudáveis e com isso promover a saúde da população.

As atividades realizadas na atuação na comunidade, como visitas e aconselhamento

nutricional, foram de fundamental importância, pois serviram como base para o desenvolvimento

de metas para a continuidade do projeto.

A inserção de nossas ações na escola Municipal Augusto dos Anjos com a efetiva

participação dos profissionais da escola, partindo do conhecimento da realidade nutricional e

social dos escolares será de extrema importância na execução de ações para a construção de

hábitos alimentares saudáveis e melhora no estado nutricional e, portanto, na promoção da saúde

desta população.

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REFERÊNCIAS

BRASIL. Ministério da Saúde e Ministério da Educação. Portaria n.1010 de maio de 2006.

Institui as diretrizes para a Promoção da Alimentação Saudável nas Escolas de educação infantil,

fundamental e nível médio das redes públicas e privadas, em âmbito nacional.

Vasconcelos, Ana; Cruz, Pedro; Freire, Ingrid. Práticas integrais da nutrição na atenção básica em

saúde: reflexões sobre os primeiros passos. In: CONGRESSO NORDESTINO DE EXTENSÃO

UNIVERSITÁRIA, 2007, Salvador.

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ANEXOS

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ANEXO 1 – Relato de experiência por Céres Pauliena Fernandes Bandeira

Os dois meses de atividade do PINAB são, também, meus primeiros dois meses de

ligação a um projeto de extensão. Há algum tempo me sentia tocada, ainda que timidamente, pela

necessidade de envolvimento com a sociedade, de dentro e fora da universidade, que me

permitissem aliar meus novos conhecimentos à possibilidade de colocá-los em prática, de forma a

me tornar útil à população que, afinal, os financiava.

No ponto chave do curso, onde começava a cursar as tão ansiadas disciplinas específicas,

me incomodava a forma que a Nutrição era vista por alguns profissionais, que não reconheciam

sua importância para a saúde como um todo, como também a maneira que os profissionais

nutricionistas lidavam com a população, na qual às vezes, anos de estudo pareciam não surtir

nenhum efeito.

No meio a esses anseios particulares, ouvi falar de um projeto que seria exclusivamente

para estudantes de Nutrição, o primeiro da Universidade; projeto em construção, que iria

selecionar seus primeiros extensionistas. Logo me inscrevi, e mesmo desacreditando, fui

selecionada.

Começavam ai os dois meses do mais refinado aprendizado que a universidade me

proporcionou. Meses em que meus conceitos tímidos foram apurados e alguns, felizmente,

derrubados. Um dos primeiros impactos que tive foi quebrar a subestimação que tinha em relação

ao aprendizado da população de menor renda. Várias vezes tive prova de que em meio a

condições nada favoráveis ao aprendizado, as pessoas recebiam e repassavam conhecimento,

sendo capazes sim, de transformar o meio em que viviam por ações simples. Aprendi então a

confiar mais nas pessoas, perceber o amor nas adversidades, enxergar a vida com olhos que

alcançam mais longe.

Em cada reunião, oficina ou atividade no grupo recebi informações, ora simples, ora

refletidas de um conhecimento rebuscado, que acrescentariam fundamentalmente minha

formação, e pelas quais afirmo emocionada não querer ser a profissional que seria se não tivesse

passado pela extensão, sobretudo pelo PINAB, que hoje reconheço serem, aliados às disciplinas

curriculares, de fato, a universidade.

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ANEXO 2 – Relato de experiência por Jéssica Bezerra.

A experiência desse começo de projeto realmente foi única. Desde o primeiro dia que tive

contato com Pedro quando ele passou nas salas avisando sobre a primeira oficina e as inscrições

do projeto, fiquei muito entusiasmada. Começaram as inscrições e eu mais animada ainda para

que logo chegasse o dia do primeiro contato com o PINAB. Quando foi a primeira oficina, estava

eu lá, toda atenta a cada palavra que era dita cada gesto. Foi tudo muito lindo, tudo muito novo,

mas, começou aquela angústia de pensar que não iria ficar. Essa angústia continuou depois da

entrevista, depois de ver tanta gente capacitada e querendo ficar tão quanto eu.

Foi se passando os dias e eu não estava esquecida do resultado, me lembro como se fosse

hoje, fui correndo pra o departamento quando me deparei com Pedro e Ana colando a lista na

parede, nossa, quando vi meu nome lá nem acreditei, eu pulava de tanta felicidade.

Mas uma vez a espera, a espera da primeira reunião, a espera da primeira ida pra Unidade

de Saúde da Família, mas, acontece algo inesperado. Um dia antes de o projeto começar eu

quebro meu pé. Entro em desespero porque eu precisava ficar um mês em repouso e o grupo dos

escolares o qual eu participo iria fazer visitas domiciliares. Fiquei muito triste, pois sabia que ia

ficar sem esse primeiro contato com a comunidade, sem essa experiência.

Depois de me recuperar comecei a ir para as reuniões semanais, que porventura eram

riquíssimas e me ajudavam a absorver alguma coisa o qual eu não tinha passado ainda na

comunidade e comecei também a ir para a USF e a escola. As meninas do grupo pelo qual eu

participo e Ana não mediram esforços em me integrar e me ajudar no que eu precisasse.

Com todo o processo adquiri experiências grandiosas e percebi o quanto é bom trabalhar

em grupo, o quanto é bom ter pessoas com você comprometidas e amando o que fazem. Percebi

também o quanto eu mudei com relação ao pensar em conjunto, fiquei mais sensível em perceber

o limite do outro.

Agradeço muito a aqueles que pensaram nesse projeto como um todo, agradeço por

aqueles que fazem junto comigo esse projeto caminhar. Apesar de nós termos atuado junto com o

PINAB muito pouco, ele me fez ter um novo olhar para com as pessoas, me fez ficar mais

humana.

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ANEXO 3 – Relato de experiência por Jousianny Patrício

“Quando você quer alguma coisa todo o universo conspira para que você realize o seu desejo”

Era o início do meu segundo período na universidade e eu estava decidida a buscar por

um projeto que me tirasse daquela rotina de assistir aula e estudar, eu queria muito mais, queria

praticar, mas devido ao meu pouco saber científico por estar no início do curso achava muito

difícil isso acontecer. Então estava quase decidida a estagiar em um laboratório, apesar de não ser

exatamente o que eu queria, pois o projeto não tinha haver com nutrição; mas exatamente no dia

em que iria falar com o professor responsável pelo estágio, Pedro invade a nossa sala para

divulgar o PINAB, quando ele falou sobre o projeto percebi que era aquilo que eu tava

procurando e me encantei com o projeto, então logo fui fazer minha inscrição e lá tive o prazer de

conhecer a coordenadora e pude perceber o quanto ela tava entusiasmada com o PINAB e isso

me fez ainda mais querer fazer parte dele.

A reunião com todos os inscritos foi perfeita e tudo que foi dito naquele sábado,

independente se eu fosse ser selecionada ou não, foi muito gratificante, pois foi a partir dali que

eu pude perceber o que eu queria realmente: extensão popular. Tudo que venho aprendendo nesse

projeto vem sendo de grande importância, sem contar que ele reúne os requisitos que eu tenho

como meta para atuar na minha profissão, como trabalhar com a comunidade além da troca de

experiências aliando o saber científico com o saber popular.

As experiências que pude vivenciar como as visitas domiciliares junto aos ACSs para um

maior conhecimento da população, a coleta de dados para a avaliação nutricional dos alunos da

escola onde agente teve um maior contato com eles, a atividade da Semana Mundial da

Alimentação onde trabalhamos temas importantes sobre a alimentação, o aconselhamento

dietético individual em que agente pode aprender mais sobre a atuação de um nutricionista, tudo

isso me proporcionou um ganho enorme não só como futura nutricionista mas também como

pessoa. Pra mim hoje parece um sonho fazer parte dessa equipe e farei o possível para que o

projeto que ainda é um bebê cresça com muita garra e muito amor.

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ANEXO 4 – Relato de experiência por Julyana Assis.

O projeto Práticas Integrais da Nutrição na Atenção Básica (PINAB) trouxe mais uma

possibilidade de vivenciar a extensão na qual eu acredito ser um instrumento transformador e

revolucionário, a extensão popular. Há muito já vinha me familiarizando com esta prática, regida

pela educação popular, no entanto o PINAB estreitou ainda mais os laços entre a extensão

popular e um dos segmentos do curso pelo qual venho cada vez mais me apaixonando, nutrição

na atenção básica.

O trabalho em comunidades a meu ver é fascinante. Move-me, comove e embora já tenha

vivenciado um pouco este trabalho é impossível não angustiar-me e inquietar-me diante de

situações de extrema pobreza, abandono e marginalidade. Assim foi no Cristo, a comunidade

onde atua o PINAB. Nas primeiras idas a campo, as visitas domiciliares serviram para

impulsionar ainda mais minhas pretensões, que eram as de poder contribuir com ações, junto ao

grupo da escola, onde me inseri, e ao grupo PINAB no que diz respeito a questões no âmbito da

nutrição na saúde coletiva, construção de hábitos alimentares saudáveis para assim promover

saúde.

A partir do meu ainda pequeno acúmulo durante a graduação e minha vivência em

extensão pude trilhar junto às demais do grupo caminhos relevantes para a continuidade do

trabalho na escola. Por vezes o imediatismo e a ansiedade de ver resultados afligiram, no entanto

a consciência de que nossas práticas não se pautam em assistencialismo e, portanto, com

resultados imediatos fizeram com que se desse o exercício da paciência. Assim, os objetivos para

a escola nesse primeiro momento foram traçados e alcançados e estes poderão subsidiar ações

futuras onde um novo grupo se constituirá na próxima etapa do PINAB.

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ANEXO 5 – Relato de experiência por Monique Beserra de Freitas.

“O caminho se faz ao caminhar”

Aqui irei relatar um pouco da minha vida,de quem sou e das transformações que a

extensão está causando em mim.

Ao caminhar pela faculdade vi um papel anunciando as inscrições pro Pinab e ao ler

pensei que era isso o que eu queria fazer.Confesso que fiz minha inscrição sem acreditar que hoje

estaria sendo um membro dessa equipe. Quando eu fui para o encontro no sábado, onde todos os

inscritos estavam,era o início da seleção.Pedro passou um vídeo editado por ele e só eu sei o

quanto esse vídeo despertou vida dentro de mim.O quanto eu me senti viva,capaz,realizadora e

sonhadora.Senti-me útil e pensei:” eu posso fazer muitas coisas também”.Eu que sou parte dessa

sociedade,e que sempre quis trabalhar com comunidade,ajudar, trocar experiências.

Sei o quanto o USF é importante e o fato de poder atuar junto a um ou em uma escola,

que foi o meu caso,é uma experiência única.E o que me fez querer mais que muitas coisas essa

oportunidade foi à essência do PINAB!

A idéia de conviver, de visitar,conversar,ensinar e aprender.Isso sim me deixou sonhando

muitas coisas ao mesmo tempo.Quando eu fiz a entrevista já me senti mais perto e aquele

desânimo inicial se refletiu em muita esperança.Com o resultado minha alegria não poderia ser

maior! No primeiro encontro ouvimos as experiências do 1° e do 2° grupo e nossa essas pessoas

passaram tanta coisa boa que eu fiquei ainda mais ansiosa. Quero conhecer muito de educação

popular,de comunidades,quero conhecer as pessoas,seus nomes,seus dramas,seus dias.Quero

fazê-los enxergarem que a educação merece todo e qualquer esforço,que devemos exigir e fazer

nossos direitos serem ativos.Irei formar em mim e nas pessoas que passaram por mim uma base

forte,uma consciência humana,um respeito ao próximo e aos sonhos!

Quero transmitir pra essas pessoas todo meu amor,carinho e garra.Porque todos temos

direitos e não será uma sociedade que não enxerga além de si que irá inibir nossos passos.

Por tudo isso que sinto agora, sei que o PINAB assim como tudo que criamos com

amor,cuidado e muita dedicação se tornará um adulto centrado e atuante numa sociedade

melhor,mais limpa e muito mais consciente.

O PINAB em apenas 2 meses fez uma revolução em mim.Personalidade,metas e até

sonhos estão transformados.Hoje me sinto um Ser Humano e isso só me faz querer progredir

sempre,e o caminho desse progresso eu encontro na Extensão Popular porque hoje eu não sei

como eu seria sem ela.Não sei se eu encontrei o PINAB ou se ele me encontrou,só tenho certeza

que ele mudou o curso de minha vida,pode parecer estranho ou mesmo exagero mas ninguém

além de mim compreende sua dimensão em minha vida...

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ANEXO 6 – Relato de experiência por Nayara Massa.

O projeto de extensão permitiu que eu tivesse um novo olhar a acerca de tudo que esta ao

meu redor, através de simples gestos, palavras, expressões, mostrando que a parti de atos tão

simples e que estão ao alcance de todos podemos ajudar a algumas pessoas.

De inicio fizemos visita na comunidade, este sendo o primeiro contato com a população.

Nestas visitas domiciliares fomos acompanhados dos ACSs , os quais sempre dedicados a ajudar-

nos a conhecer e entender um pouquinho do que acontecia naquela comunidade.Começando com

a escuta, entendendo e tentando ajudar as pessoas da comunidade. E naquelas visitas que eu fui

para “ajudar” ou “ensinar” , tive outro conceito do que realmente eu iria fazer na casa destas

pessoas e eu fui simplesmente aprender, com cada olhar, gesto e com o falar.

O projeto é dividido em alguns grupos , que são estes: escolares, idosos, gestantes e PBF.

Eu participei do grupo dos escolares , um grupo que se tornou mais unido a cada encontro,

descoberta , expectativa . Um grupo que tem uma idéia em comum ajudar o próximo não

esperando nada em troca.

No primeiro mês que estávamos conhecendo a comunidade fui também conhecer a escola,

onde todo o grupo foi muito bem acolhido e fomos conhecer todos os compartimentos da escola ,

como as salas de aula , sala de informática, local que as merendeiras trabalham e a horta.

A nossa primeira atividade na escola foi pesar e medir as crianças para traçar o perfil

nutricional destas e poder trabalhar posteriormente em cima dos resultados obtidos , seja no perfil

da desnutrição ou sobrepeso, outra atividade também desenvolvida foi para a comemoração da

semana mundial de alimentação, através de uma esquete. No dia da comemoração teve uma

grande participação dos escolares e também dos professores e após a apresentação podemos

sentir e o quanto somos acolhidas na escola, lanchando com a diretora e escutando dela palavras

de tanto amor dedicadas a todas que fazem parte do projeto.

O projeto de extensão veio para contribuir na formação de uma nutricionista mais

principalmente contribuir na formação de uma menina mais humana e com olhar voltado para as

pessoas que estão ao seu redor , não só pra ajudá-las mais ter a certeza que a todos os momentos

estas pessoas que as rodeiam fazem parte do seu mundo e que unindo-se a elas tudo fica mais

completo.

Page 22: GRUPO ESCOLA, 2007

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ANEXO 7 – Relato de experiência por Samara Cíntia

A História de uma Extensionista

No primeiro dia em que cheguei à comunidade de atuação do PINAB, estava muito

ansiosa, pois era a primeira atividade prática do projeto, e o meu primeiro dia como extensionista,

o primeiro contato com a extensão, eu não sabia de que forma iria ser útil.

Começamos fazendo visitas domiciliares, conhecendo mais de perto a população. Naquele

dia ao chegar à primeira casa que visitei, comecei a descobrir o universo maravilhoso da

extensão, e todo o nervosismo e ansiedade que antes sentia passou, e, então comecei a me sentir

como se conhecesse aquela família há muito tempo. Essa sensação passou a me acompanhar em

todas as casas que visitava, e ela aumentava ao escutar as diferentes histórias de vida de cada

família, foi uma experiência única e inesquecível. Foi também naquele dia que descobri duas

palavras para representar a extensão: DOAÇÃO E TROCA. Percebi o quanto é especial doar um

pouco de tempo, atenção e de amor a pessoas que nem conhecemos, mas que me recebem de

braços abertos e se alegram com a nossa simples presença. Percebi também que com cada família

que conversamos trocamos nossos conhecimentos, experiências e vivências e saímos de cada

casa com a bagagem maior do que a que entramos. E isso era apenas o começo, eu nem tem

noção do que ainda estava por vir.

Eu vivi intensamente esta minha temporada no projeto e particularmente na escola, onde

fizemos um trabalho muito gratificante e inesquecível. Lá fomos muito bem recebidas pela

direção, e pelo os alunos e isso nos deixou muito a vontade para realizar o nosso trabalho.

Os dias foram passando, e eu me apaixonando cada vez pela extensão e pelo PINAB, pois

tudo era tão maravilhoso! As reuniões semanais, onde compartilhávamos as experiências vividas

pelos grupos, o próprio trabalho em grupo, pela afinidade que tínhamos; o projeto era só a alegria

e sucesso. O sucesso já era de se esperar, pois um projeto tão ousado e bem organizado como

esse não poderia ter outro resultado. E alegria é de ter a oportunidade de fazer parte deste projeto,

ou seria melhor chamar de família.

Pois é, a cada dia eram uma atividade e uma surpresa diferente, sempre com novas

emoções. Foi através desse projeto que descobri um novo jeito de olhar a nutrição, a comunidade,

a saúde pública. E agora posso dizer que serei uma profissional completa e feliz, pois fui

extensionista, convivi na comunidade através de um projeto que me trouxe muitos ensinamentos

e me proporcionou muita felicidade